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INTERNATO – SETOR: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

ESTUDO DIRIGIDO – SEMANA 1


TEMA A SER REVISADO: BIOQUÍMICA CLÍNICA
Nome: Luiz Gustavo Carvalho Aguiar

1. Correlacione as enzimas com suas definições.

(4) Alanina amino transferase - ALT


(5) Aspartato amino transferase - AST
(2) Gama glutamil transferase - GGT
(6) Fosfatase alcalina - FA
(3) Creatina quinase - CK
(1) Fosfatase ácida – FA

1 - Sua avaliação ainda não está totalmente estabelecida na Medicina


Veterinária, mas aumentos desta enzima em animais domésticos e humanos
estão relacionados a patologias prostáticas.

2 – Está presente em muitas células do organismo animal: células renais,


hepáticas, pancreáticas e intestinais, e tem aumento de produção por indução
em resposta a colestases e utilização de drogas. Esta enzima também pode se
apresentar elevada em bovinos de aptidão leiteira de alta produção.

3 – Localizada em células na musculatura esquelética, cardíaca e cérebro. É


utilizada primariamente para o diagnóstico de lesões do tecido muscular
esquelético.

4 – É encontrada no citoplasma dos hepatócitos sendo desta forma


essencialmente hepato específica em pequenos animais apesar de em grandes
animais não tem alto valor diagnóstico nas hepatopatias. Aumentos de sua
atividade sérica em geral indicam dano dos hepatócitos com liberação da
enzima na circulação.

5 - Em caninos, felinos e primatas tem pouco valor diagnóstico devido as


reduzidas concentrações em vários tecidos. Nessas espécies, está localizada
na mitocôndria do hepatócito e por isso, a elevação da atividade dessa enzima
está relacionada a severidade da agressão hepática. Para ruminantes, equinos,
lagomorfos e aves é indicada para diagnóstico de lesões hepáticas e
eventualmente musculares (associada com outra enzima mais específica para
lesões musculares).
6 – É uma isoenzima presente em muitos órgãos como fígado (células do
epitélio do ducto biliar e do parênquima hepático), ossos (osteoblasto),
intestinos, rins e placenta. Seu aumento é resultado de indução (aumento de
síntese) e acontece em pequenos animais principalmente pela colestase e
atividade de osteoblastos (crescimento ósseo e recuperação de fraturas).Ao se
deparar com um animal ictérico é necessário solicitar dosagem de bilirrubinas
para avaliar a causa primária da alteração.

2. Quais as bilirrubinas podem ser dosadas e qual a interpretação do


aumento das mesmas levando em consideração seu metabolismo no
organismo animal?

Bilirrubina direta e indireta. O aumento da bilirrubina direta está ligada


intimamente com lesão hepática, já a bilirrubina indireta pode estar associada a
hemólise ou problemas na conjugação pós hepática.

3. Complete o quadro abaixo de forma mais completa possível com


informações sobre as principais bioquímicas renais.

Metabólito a ser Origem do metabólito Causas de aumento


dosado no organismo animal sérico
Ureia Produzida através da Dieta rica em
reação da amônia no proteína, alta
organismo. metabolização
hepática e lesão
renal.
Creatinina Origina-se no fígado, Lesão de 75% ou
pâncreas e rins, mais dos rins.
através da
metabolização da
creatina.
Dimetilarginina É produzida através Lesão de 25% ou
simétrica (SDMA) da metilação da mais dos rins.
proteína intracelular
seguido por
degradação de
proteínas.

4. Qual a diferença entre soro e plasma? Qual material utilizamos


majoritariamente para realização de exames bioquímicos e em qual tubo
este material é coletado?

O plasma apresenta todos os fatores sanguíneos, incluindo o


fibrinogênio. Já o soro não possui o fibrinogênio e nem os fatores da
cascata de coagulação, pois o soro é encontrado quando já houve a
coagulação.

Para análise de plasma, em casos de hemograma, usa-se tubos com


anticoagulante, como tubos com EDTA. Mas para análise bioquímica
utiliza-se tubos sem anticoagulante, para a obtenção do soro.

5. Em que situações é importante dosar proteínas totais e suas frações


(albumina e globulina) e como interpretar estes resultados? Qual a
relação/interpretação da dosagem de albumina com a avaliação de
função hepática?

Em casos em que o animal apresenta desidratação, que corresponderá


a níveis altos, ou em casos de inanição, dietas pobres em proteínas,
suspeita de má absorção intestinal, afecções hepáticas crônicas,
hemorragias graves. A dosagem de albumina pode ser em casos de
choque e desidratação (hiperalbuminenia) ou ingestão deficiente de
proteínas, síntese deficiente pelo fígado, quebras excessivas de
proteínas, perda pelos rins ou parasitores gastrointestinais
(hipoalbuminemia).
O aumento da globulina ocorre por reações inflamatória de origem
bacteriana ou viral, casos de hiperlipemia, anaplasmose, neoplasias, e a
diminuição em agamaglobulinemia devido a alterações caráter
hereditário. Pode estar relacionada em casos de hepatites crônicas, pois
a degradação do parênquima não deixará que ocorra a produção da
proteína.

6. Qual a importância da dosagem de glicose? Qual tubo é o mais indicado


para a realização deste exame? Em casos onde o animal apresenta o
valor de glicose acima da referência qual exame pode ser solicitado para
comprovar ou não a presença de diabetes? Explique como o exame é
realizado e sua interpretação.

Animais que apresentam hipoglicemia ou hiperglicemia podem


apresentar distúrbios que podem levar ou que são característicos de
diabetes. Para a dosagem de glicose o tubo de tampa cinza contendo
fluoreto de sódio.
Para a dosagem de glicose utiliza-se o teste de curva glicêmica, que é
feito durante um período de 24 horas, onde se avalia a glicose do animal
em jejum, após se alimentar e durante o dia, onde o animal faz suas
atividades normais. A partir disso também é possível estabelecer o tipo
de diabetes e se haverá necessidade do uso diário de insulina.

7. O que são frutosamina e hemoglobina glicada? Em quais situações


estes exames devem ser solicitados?
Exame de hemoglobina glicada avalia níveis de glicose sanguínea a
curto e longo prazo, independente de insulina.
A frutosamina é uma proteína glicada que não depende de insulina, é
um marcador de glicemia durante a vida útil das proteínas circulantes.
8. Qual a importância da dosagem sérica de colesterol total, HDL, LDL e
triglicerídeos? Em quais situações estes exames devem ser solicitados?

Em cães alterações nos valores dos colesteróis e de triglicerídeos


podem ser indicativos de algumas doenças, como a diabetes,
hipotiroidismo e hiperlipidemia. Em casos de obesidade, alimentação
inadequada e em animais mais velhos.

9. Qual a importância da dosagem de fósforo em animais acometidos por


patologias renais? Explique também a interpretação destes resultados
levando em consideração o equilíbrio entre cálcio e fósforo.

Nos pacientes com alterações renais crônicas as lesões nos rins fazem com
que não excrete corretamente substâncias que deveriam, como o fosforo.

O fosforo juntamente com o cálcio dão estrutura necessária para os ossos e


os dentes. O fosforo em excesso liga-se ao cálcio, porém, por estar em
maior quantidade obriga as glândulas paratireoides a ir buscar o cálcio
necessário nos ossos, tornando-os frágeis e sujeitos a fraturas fáceis.

10. O que é colinesterase? Quando este teste bioquímico deve ser


solicitado e qual a interpretação de alterações na dosagem desta
enzima?

Enzima responsável pela degradação de uma substância chamada


acetilcolina, que é um neurotransmissor responsável por controlar os
impulsos nervosos. É medida como um índice de função hepática e
funciona como indicador de possíveis envenenamentos com inseticidas.
Alterações nos valores abaixo do ideal podem significar que o animal
está intoxicado. Já valores acima do ideal podem indicar diabetes.

11. Quais testes bioquímicos (enzimas) podem ser solicitados para se


realizar avaliação de alterações pancreáticas de um animal? Como
interpretar alterações nestes exames?
Dosagem de amilase, lipase e lipase imunorreativa.

A amilase e lipase podem estar alteradas e não ser devido a alterações


do pâncreas, e podem também, não apresentar alterações e o pâncreas
ter alguma anomalia. Devido a inespecificidade da amilase e lipase foi
implantado o uso da lipase imunorreativa para detecção de alterações
pancreáticas, mesmo que mínimas. Este teste passou a ser o mais
específico para avaliação pancreática, porém, pode não apresentar
alterações em casos de pancreatite crônicas.

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