recuperação de clientes
Índice
Índice............................................................................................................................................................... 2
Introdução...................................................................................................................................................... 3
Âmbito do manual..................................................................................................................................................... 3
Objetivos........................................................................................................................................................................ 3
Conteúdos programáticos..................................................................................................................................... 3
Carga horária............................................................................................................................................................... 3
2.Reconquista de clientes........................................................................................................................ 15
2.1.Gestã o da emoçã o do cliente – ter paciência e fazer escuta ativa...................................................15
2.2.Comunicaçã o com o cliente - explicaçã o da situaçã o...........................................................................18
2.3.Comportamento gera comportamento – saber lidar com um cliente irritado / insatisfeito
........................................................................................................................................................................................... 20
2.4.Procurar e dar sempre uma soluçã o e/ou alternativas......................................................................22
2.5.Técnicas de negociaçã o.................................................................................................................................... 23
2.6.Conquista de clientes - ética e responsabilidade................................................................................... 25
3.Retenção de clientes.............................................................................................................................. 27
3.1.Identificaçã o do perfil do cliente.................................................................................................................. 27
3.2.Desenvolvimento de propostas direcionadas aos clientes................................................................32
3.3.Pó s-venda: gerar novas vendas.................................................................................................................... 36
Bibliografia.................................................................................................................................................. 42
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Introdução
Âmbito do manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formaçã o de curta
duraçã o nº 9211 – Fidelização e recuperação de clientes, de acordo com o Catálogo Nacional
de Qualificações.
Objetivos
Identificar as causas da insatisfaçã o.
Identificar técnicas de reconquista de clientes.
Conteúdos programáticos
Identificaçã o das causas da insatisfaçã o dos clientes
o Expectativas que nã o sã o cumpridas
o Serviço ineficiente / falta de educaçã o
o Informaçõ es contraditó rias entre colaboradores
o Sensaçã o ter sido prejudicado / açã o do colaborador ter consequência para o cliente
o Atrasos e longas esperas na resoluçã o do pedido do cliente
o Prestaçã o de um serviço ou produtos de má qualidade
o Empresas com honestidade ou integridade duvidosa (má imagem perante os clientes)
Reconquista de clientes
o Gestã o da emoçã o do cliente – ter paciência e fazer escuta ativa
o Comunicaçã o com o cliente - explicaçã o da situaçã o
o Comportamento gera comportamento – saber lidar com um cliente irritado /
insatisfeito
o Procurar e dar sempre uma soluçã o e/ou alternativas
o Técnicas de negociaçã o
o Conquista de clientes - ética e responsabilidade
Retençã o de clientes
o Identificaçã o do perfil do cliente
o Desenvolvimento de propostas direcionadas aos clientes
o Pó s-venda: gerar novas vendas
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Carga horária
25 horas
O grau das expectativas vai ter assim um impacto no nível de (in)satisfaçã o sentido pelos
clientes, a probabilidade da insatisfaçã o do consumidor aumentar é maior quanto mais elevados
forem os níveis de expectativas em relaçã o ao standard ideal.
A insatisfaçã o dos clientes ocorre quando o serviço recebido fica aquém do esperado e nã o vai,
portanto, ao encontro das expectativas do cliente.
Ao contrá rio da satisfaçã o, a insatisfaçã o irá resultar num passa-palavra negativo, tornando
difícil atrair mais clientes, o que afetará as vendas de uma empresa.
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atendimento das reclamaçõ es, é fundamental reconhecer a sua importâ ncia no relacionamento
com o consumidor e tomar atitudes pró -ativas, visando a satisfaçã o do consumidor acima das
suas expectativas e proceder à criaçã o de procedimentos para resolver eventuais problemas
antes que estes ocorram.
Com efeito, as empresas devem incentivar os seus clientes a reclamar, porque quando estes o
fazem estã o a comunicar à organizaçã o que esta tem deficiências que devem ser corrigidas,
oferecendo assim à empresa a hipó tese de restabelecer a satisfaçã o do cliente.
Para qualquer situaçã o difícil, deve existir uma estratégia de atuaçã o que deve assentar no
levantamento de dados para melhor compreensã o, perceçã o e o diagnó stico da situaçã o, através
de uma aná lise à referida situaçã o avaliando a sua importâ ncia, premência e tendência de
evoluçã o, pelo que dever-se-á :
Considerar em termos de decisã o qual a importâ ncia e impacto para a organizaçã o e sua
imagem;
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Se a expectativa do cliente for superada, o cliente teve excelência no atendimento.
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1.2.Serviço ineficiente / falta de educação
Os clientes, nesta constante procura da qualidade e excelência nos serviços, requerem que todos
os profissionais que têm como funçã o o atendimento ao pú blico, independentemente da sua
forma de estar e da á rea em que atuam, imprimam sempre uma certa dinâmica dentro do
princípio que o foco da organizaçã o será o cliente com um atendimento personalizado, e nã o
padronizado, para que este nã o se sinta apenas um nú mero.
Ainda porque um cliente num mercado de forte concorrência volta somente se houver um
vínculo mais forte que o vá fidelizar a essa organizaçã o ou prestador de serviço.
Existem, como é evidente, razõ es quanto ao procedimento dos colaboradores que conduzem a
um mau serviço ao cliente e que passam por:
Repetiçã o de frases e atuando da mesma maneira, como se tivesse decorado uma cena e
nã o conseguisse sair dela;
Todos sabemos que nem sempre “o cliente tem razã o” ou pelo menos, nem sempre reclama da
forma mais educada. É , por isso, importante que o pessoal de contacto e a pró pria organizaçã o
estejam sensibilizados para este facto.
O «nã o» é frequentemente utilizado para expressar uma recusa tendo como consequência nã o
ser uma palavra agradá vel de ser ouvida ou de se receber como resposta um «nã o».
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É ó bvio que em muitas situaçõ es existe realmente a impossibilidade de se atender a todas as
solicitaçõ es, mas o importante será a forma como esta negativa é expressada, porque na hora de
dar uma recusa ou indicar uma impossibilidade, se tivermos habilidade em a comunicar, de
certeza que iremos cativar o cliente e este aceitará muito mais facilmente a situaçã o.
É fácil dizer «nã o», mas no atendimento convém aprender a dizer «nã o» de uma forma suave
para que o cliente nã o sinta o embate de uma frase com carga negativa e uma recusa, o que
poderá ser prejudicial para a organizaçã o.
Nunca começar uma frase com a palavra «nã o», embora seja o resultado final do que se
pretende dizer;
Suavizar a palavra «nã o» com informaçã o adicional que leve o cliente a compreender a
situaçã o;
É evidente que a excelência no atendimento abrange, também, a palavra «nã o», apenas esta vai
requer muito mais preparaçã o e conhecimento sobre o que se está a tratar e ainda como se deve
conduzir o diá logo com o cliente.
Um cliente considera-se bem atendido, mesmo quando tem o «nã o» como resposta, se:
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1.3.Informações contraditórias entre colaboradores
Do ponto de vista do cliente, a interaçã o com o pessoal de contacto define o encontro de serviço,
por isso é tã o importante treinar e capacitar os funcioná rios para se relacionarem com o cliente
de forma a garantir uma entrega de serviço efetiva.
Quando surgem os problemas, ainda que inevitá veis os clientes ficam desiludidos. A forma mais
certa de recuperar dos percalços dos serviços é o pessoal de contacto identificar e resolver o
problema.
Assim, para que um plano de serviços possa ter sucesso é fundamental que os colaboradores
compreendam o objectivo de servir bem os clientes e a necessidade de alcançá-lo.
Numa organizaçã o com foco no cliente, uma quantidade suficiente de tempo, energia e recursos
é dirigida aos colaboradores na linha da frente para assegurar que estes tenham os instrumentos
adequados para a funçã o, nomeadamente documentaçã o adequada para entregar, ambiente e
aconselhamento adequados quando algo sai errado.
O front office ou linha da frente refere-se à parte da organizaçã o visível pelos clientes e em
contacto direto com estes, como as equipas de marketing e comerciais, de apoio ao utilizador e
serviço pó s-venda.
O back office apesar de se encontrar na linha da retaguarda e nã o tendo muito contacto direto
com os clientes está também sujeito a fazer atendimento ao cliente para prestar esclarecimentos
adicionais, quando necessá rios.
Como tal, todos os colaboradores do back office devem, também, ter um bom conhecimento de
todas as técnicas de atendimento para que o seu contacto com o cliente siga os mesmos
princípios estabelecidos pela política da organizaçã o para o atendimento ao cliente praticado
pelos colaboradores da linha da frente.
Enquanto o front office é a imagem mais visível da organizaçã o e muitas vezes a tarefa de
atendimento é
(1) Uma etapa inicial resultante dos primeiros contactos do cliente para obter
informaçõ es ou formular a sua intençã o de compra, ou
(2) Uma etapa final como consequência de um processo de mú ltiplas facetas que se
desenrola no contexto organizacional envolvendo o back office, com o seu papel
primordial no suporte a ser dado ao front office.
O atendimento do front office tanto pode ser sob a forma presencial como via telefone ou email
e, por regra, um cliente que é bem atendido e bem tratado regressa sempre.
É neste ponto que o profissional, que atende o cliente quer seja elemento do front ou do back
office tem uma grande responsabilidade sobre a satisfaçã o do cliente e quanto à sua fidelizaçã o
ou nã o à organizaçã o.
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Será a articulaçã o entre estes dois setores que evita a prestaçã o de informaçõ es contraditó rias
ao cliente, que constitui um motivo frequente de insatisfaçã o/ reclamaçã o.
Para potenciar este alinhamento, existem algumas atitudes ativas que devem acontecer no
quotidiano do atendimento, traduzindo- se em atitudes obrigató rias que irã o proporcionar uma
boa imagem no cliente.
O cumprimento da promessa depende de outros sectores e será que esses sectores estã o
preparados para cumprir com o que está a prometer?
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As atitudes proactivas sã o fruto de qualquer oportunidade detetada pelo profissional do
atendimento e podem basear-se em comportamentos simples, tais como:
Ter bom senso, sabendo o que pode e o que nã o pode oferecer, ou o que deve e o que nã o
deve fazer;
Ter iniciativa para agir instantaneamente apó s ter-se apercebido de alguma expectativa
do cliente, podendo fazer algo mais para o surpreender.
Deve-se ter em atençã o que apesar da primeira impressã o ser fundamental, a ú ltima é a que irá
dominar a mente do cliente, porque uma atuaçã o correta e a aplicaçã o do conhecimento sã o
poder em potencial, e se nã o forem colocados em prá tica, nada se realiza, e onde nã o há
realizaçã o, nã o haverá sucesso.
Logo, serviços e atendimento como factores essenciais para o sucesso da organizaçã o têm de
estar presentes através da:
Recetividade e disponibilidade;
Credibilidade e confiabilidade;
Personalizaçã o do atendimento.
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1.5.Atrasos e longas esperas na resolução do pedido do cliente
O tempo de espera pode ser um elemento para avaliaçã o da qualidade do atendimento. O tempo
despendido na espera para receber o serviço pode ser considerado como tempo desperdiçado e
provocar impaciência, irritaçã o ou indiferença, interferindo na avaliaçã o do serviço por parte do
cliente.
Quando um cliente faz uma consulta ou uma compra, ele está a adquirir uma prestaçã o de
serviços que deve ir ao encontro das suas necessidades e expectativas, pelo que o tempo de
espera quer em filas, quer ao telefone, deve ser o mais breve possível.
Para a excelência no atendimento e no caso de poder existir um tempo de espera, o cliente deve
ser sempre informado sobre o tempo estimado que terá de aguardar até ser atendido.
Esperas por tempo indeterminado tornam-se bem mais longas, do que aquelas em que é dado a
conhecer o tempo real de espera. Nã o se deve manter o cliente na ignorâ ncia, porque dá origem
a insatisfaçã o e irá aumentar a sua intolerâ ncia relativamente à situaçã o.
Quanto ao tempo de espera, e sendo este suscetível de existir com frequência, devem-se
intensificar os esforços para abreviar a duraçã o percebida pelo cliente.
Ainda quanto ao tempo de espera, o profissional deve programar o tempo que vai dedicar a esta
tarefa, evitando agendar vá rios compromissos para o mesmo horá rio implicando que o cliente
espere e resulte logo num atendimento deficiente.
Deve-se dar um prazo um pouco mais alargado do que o real para solucionar a situaçã o, pois vai
servir como margem de segurança caso surja qualquer imprevisto que escape ao controlo de
quem faz o atendimento. Assim, transmite-se ao cliente uma sensaçã o de «serviço executado
antes do que estava previsto», o que é sempre um aspeto positivo e conta muito a favor da
organizaçã o.
Quem está no atendimento deve ter uma boa capacidade de aná lise e saber escolher qual a
melhor forma de agir de acordo com a estratégia que for mais adequada, sabendo harmonizar,
negociar, evitar o conflito e mostrar-se flexível para uma eventual soluçã o.
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1.6.Prestação de um serviço ou produtos de má qualidade
Os consumidores formam opiniõ es sobre a performance do produto baseado em experiências
anteriores que tiveram com o produto e/ou com indicaçõ es que tiveram de familiares e/ou
amigos sobre o mesmo, o que implica um certo nível de qualidade.
Quando a performance do produto/ serviço está de acordo com aquilo que o consumidor está à
espera, o mesmo nã o pensa muito acerca do assunto, revelando ter um sentimento agradá vel e
de satisfaçã o.
No entanto, caso a performance do produto/ serviço falhe em relaçã o à perspetiva inicial que o
consumidor tem, este irá desenvolver um sentimento negativo.
Receber um produto que nã o funciona como deveria ou ter um serviço mal-executado é, sem
dú vida, motivo de descontentamento. O mínimo que se espera da empresa é que ela realize o
conserto ou a substituiçã o do produto.
A reclamaçã o devida a falhas na entrega ocorre muito em empresas de e-commerce, mas pode
acontecer também com negó cios de qualquer natureza.
As falhas na entrega podem ser por: nã o cumprimento do prazo da entrega, produto errado,
entrega em outro endereço, extravio de mercadoria, qualidade comprometida etc.
Para evitar que esse tipo de reclamaçã o aconteça, é importante que a empresa trace um
planeamento estratégico específico para o seu setor de logística e de expediçã o.
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O cliente nã o é alguém com quem discutir ou competir, ele merece que sejamos simpá ticos,
cordiais e atenciosos, porque o cliente nã o depende de nó s, mas a nossa organizaçã o depende
dele, porque torna possível o nosso salá rio, independentemente da profissã o que exerçamos.
Nestas circunstâ ncias, seguem alguns conselhos relativamente à forma como se deve responder
aos clientes:
Nã o tomar o cliente como uma pessoa fá cil, mesmo que ele aparente sê-lo, porque ao
longo do diá logo podem surgir surpresas, porque ao embarcar num diálogo descontraído
pode cair em alguma armadilha;
Se o cliente expô s uma situaçã o, dando-lhe determinada sequência, lembre-se que existe
uma regra comercial que deverá respeitar e que será a de responder ao cliente pela
sequência em que este apresentou o assunto;
Mesmo que o cliente faça uma pergunta de cará cter mú ltiplo, esta deve ser desdobrada e
cada questã o terá uma resposta;
No caso de existir alguma dú vida, esta deve ser sempre esclarecida e deve ser
reformulada uma pergunta aberta que permita esclarecer melhor o assunto;
Nã o ser muito insistente, pois poderá parecer que está a fazer um interrogató rio.
No caso do segundo motivo, cabe à empresa garantir o má ximo de clareza possível ao cliente no
momento da compra do produto ou contrataçã o de serviço, antecipando-se à s reclamaçõ es.
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Ninguém pode avaliar um atendimento sem primeiro ter passado por ele, e será através dessa
experiência que o cliente se baseia para avaliar a qualidade de um serviço prestado e se existiu
excelência ou nã o.
Aspetos sobre os quais um cliente se irá pronunciar ou formular a sua opiniã o sobre a
integridade e honestidade da empresa sã o:
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2.Reconquista de clientes
Para além dos conhecimentos profissionais e competências dos seus colaboradores, pesa muito
o seu temperamento e comportamento e ainda a forma de se relacionarem, porque num
ambiente onde é prestado um serviço, estes têm de transmitir profissionalismo e saber lidar
com as mais diversas situaçõ es com que se deparam no decorrer da sua atividade.
Muitas vezes as situaçõ es difíceis podem ser originadas pelas pessoas (aqui representadas pelos
clientes na sua grande diversidade, com quem é necessá rio interagir) que as tornam como tal,
levantando problemas e criando certos obstá culos no desenvolvimento da atividade da
organizaçã o, sendo necessá rio que o profissional do atendimento saiba:
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Ter empatia colocando-se verdadeiramente no lugar daqueles com os quais se mantém o
contacto, entendendo-os e percebendo os seus sentimentos, intençõ es e mensagens;
Reconhecer os pontos de vista do interlocutor, tendo a perceçã o da perspetiva da
posiçã o contrá ria;
Conhecer o momento certo de argumentar, contra-argumentar ou de ceder;
Aliviar o clima pesado de determinada situaçã o e manter-se calmo;
Ver a situaçã o sob vá rios â ngulos, diagnosticando de forma objectiva e impessoal as
causas do problema ou do conflito;
Separar as pessoas do problema, nã o tomando o assunto como pessoal;
Aprender a observar o interlocutor e nã o estabelecer uma relaçã o desigual, sabendo
dialogar dentro do universo do outro;
Demonstrar controlo da situaçã o e autoconfiança;
Utilizar a escuta ativa e deixar o interlocutor terminar o que está a expor;
Nã o demonstrar que está na defensiva;
Salientar o que está ao seu alcance para resolver a situaçã o, nã o ignorando, nem
«dourando» certos pormenores de uma situaçã o;
Descrever a situaçã o de modo claro, evitando juízos de valor e conduzindo o assunto
para um consenso ou resoluçã o;
Concentrar-se no problema indo direto ao assunto, porque divagar sobre questõ es
periféricas e fazer rodeios pode fazer com que a situaçã o, que já de si nã o será agradá vel,
adquira uma maior tensã o e dimensã o, tornando-se num conflito.
Ao solicitar feedback está a criar condiçõ es para que a comunicaçã o seja efetiva, ou seja, para
que a mensagem que está a interpretar/descodificar seja a mesma que a outra pessoa está a
enviar.
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A escuta ativa é uma das técnicas a utilizar no sentido de obter feedback do interlocutor. Isto é
possível através de algumas atitudes e comportamentos concretos:
Manter o contacto visual. Faz com que mantenha a sua atençã o focalizada na tarefa e
envolvido no assunto que está a ser tratado;
Sorrir nos momentos apropriados;
Tirar apontamentos apenas quando for mesmo necessá rio;
Dar a quem está a falar a possibilidade de expor a sua ideia até ao fim, mesmo que nã o
concorde, com ela. Poderá exprimir a sua opiniã o depois;
Ser sensível ao comportamento nã o-verbal, ouvir com os olhos e com os ouvidos;
Ouvir primeiro e tirar conclusõ es depois;
Nã o estar a planear uma resposta enquanto a outra pessoa está a falar. Nã o pode estar
mesmo a escutar se já estiver ocupado a pensar no que é que vai dizer a seguir;
A nossa mente tem a capacidade de ouvir, pensar, escrever e ponderar, em simultâ neo,
mas é necessá rio prá tica;
Tentar nã o filtrar a mensagem através das suas "lentes" de subjetividade.
Reaja à s ideias, nã o à pessoa;
Interromper apenas para fazer perguntas que visem esclarecer o que a outra pessoa
quer dizer. As pessoas gostam de acabar o seu raciocínio e dizer tudo o que têm para
dizer. Quando interrompe, pode dar a ideia de que nã o esteve a escutar, mesmo que isto
nã o seja verdade;
Esperar pela resposta;
Fazer perguntas. Se nã o tem certeza de que percebeu o que acabou de ser dito, pergunte;
De vez em quando, repetir com palavras suas o que a outra pessoa está a dizer, no
sentido de se certificar de que está a compreender a mensagem. Frases como: “Portanto,
se bem percebi, está a ter um problema com....”;
Nã o querer ter sempre a ú ltima palavra.
Saber fazer perguntas é mais complicado do que aquilo que lhe pode parecer à primeira vista,
mas é fundamental, no atendimento porque permite:
Conhecerem-se os factos, os dados;
O cliente sente que o interlocutor se interessa por ele;
O cliente sente que o atendedor o escuta;
O cliente é levado a precisar, objectiva os factos, que de outra forma seriam demasiado
genéricos para serem trabalhados;
O atendedor reduz a possibilidade de estar a tirar conclusõ es erradas;
Se o cliente estiver a ser inoportuno, o facto de responder a perguntas bem formuladas,
ajuda-o a tornar-se mais calmo;
As perguntas ajudam a estabelecer uma boa relaçã o com o cliente;
As perguntas ajudam a resolver com eficácia as situaçõ es
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As perguntas permitem conduzir a relaçã o Atendedor / Cliente.
Clarificado o pedido ou o problema do cliente, chega efetivamente a altura de lhe dar resposta ou
andamento. É disso que ele está à espera.
Perder esse cliente porque o conflito nã o se declarou, podendo ter um preço demasiado alto e
com efeitos multiplicadores.
Existe uma forma de gerir conflitos de forma eficaz, através da competência comunicacional que
se evidencia pela:
No âmbito da açã o, existem algumas técnicas que podemos mobilizar e que serã o importantes
auxiliares:
Clarificar: Com recurso a questõ es que permitem esclarecer dú vidas, mas que, também,
resultam numa tentativa de centralizar no problema e sua aná lise para que
posteriormente se passe para o domínio da resoluçã o.
"Queira, por favor, indicar qual a hora de entrega que consta do formulário de
entrega";
Parafrasear: Com recurso a uma similitude de palavras do interlocutor devolve-se o
discurso.
"Se bem entendi, disse-me que se sente insatisfeito pelo facto de a entrega não ter
sido feita antes das 12h00";
Resumir: Com recurso a uma síntese clara, curta e concisa devolve-se ao interlocutor o
entendimento de ambas as partes.
"De acordo com o que falamos, manifestou a sua insatisfação pelo facto de a
entrega não ter sido realizada antes das 12h00, tal como constava do formulário de
entrega".
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Neste âmbito, um dos métodos frequentemente referido no treino da assertividade foi proposto
par Bower (1976), que permite o treino e o desenvolvimento da atitude de autoafirmaçã o -
método DEEC.
Descrever - momento dedicado à descriçã o factual dos acontecimentos e/ou situaçõ es,
de forma clara e concisa sem que haja lugar à verbalizaçã o de juízos de valor;
Esta estruturaçã o verbal como é ó bvio nã o pode ser dissociada de uma correspondência com a
comunicaçã o nã o verbal, sob pena de anular os objetivos a que se propõ e.
Numa situaçã o de reclamaçã o de um cliente, o clima de tensã o instala-se e o foco deixa de ser a
reclamaçã o para ser a ofensa individual ao profissional.
Como poderia o profissional recorrendo ao método DEEC estruturar o seu discurso perante o
cliente?
Descreve - "O senhor dirigiu-se aos nossos serviços para apresentar a sua reclamaçã o e
é nosso objetivo a resoluçã o da situaçã o. No entanto, no decorrer do diá logo desviou-se
do tema central e começou a centralizar-se em mim de forma menos adequada";
Expressa - "A forma como me esta a abordar nã o É a mais adequada, o que me provocou
desconforto";
Especifica - "Proponho que nos centremos na reclamaçã o e que se dirija a mim de forma
adequada";
Consequência - "Se assim for, permitira que resolvamos a situaçã o e que ambos
fiquemos satisfeitos pela qualidade da relaçã o estabelecida".
A partir deste ponto estã o reunidas as condiçõ es para que se passe para o plano de negociaçã o
entre ambas as partes no sentido de encontrar uma resoluçã o que possa ser positiva e
gratificante para ambas as partes.
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2.3.Comportamento gera comportamento – saber lidar com um cliente
irritado / insatisfeito
Uma situaçã o difícil pode surgir quando nã o é dada a devida atençã o, tendo tendência para
resultar num problema ou conflito.
Enquanto que um conflito surge quando um cliente se apercebe que as suas necessidades ou
requisitos sã o incompatíveis com as soluçõ es apresentadas e os pontos de vista divergem.
Nem todos os problemas conduzem a conflitos, mas um conflito pressupõ e que na sua origem
esteja um problema.
SENTIMENTOS
“Sinto-me roubado”, “Estã o a gozar comigo?”, “É constrangedor”, etc.
OPINIÕ ES
“Os senhores sã o uns incompetentes”, “É sempre a mesma coisa!”, “Vocês sã o uns ladrõ es”, “A
vossa empresa nã o presta”, etc.
FACTOS
Informaçã o pertinente que é importante para a resoluçã o do caso.
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FORMULAR RESPOSTAS DEVE ATENDER AOS SEGUINTES PRINCÍPIOS:
Nã o deixar transparecer impaciência em relaçã o à s perguntas do cliente
Nã o aceitar perguntas mú ltiplas, responder a cada pergunta de sua vez
Pedir ao cliente, sempre que necessá rio, que especifique, complete ou reformule a sua
pergunta
Se houver dú vidas, reformular a pergunta do cliente e perguntar-lhe se concorda com a
reformulaçã o feita
Nã o dar razã o ao cliente só para ser simpá tico, se a seguir for necessá rio discordar
acerca da mesma realidade
Se for necessá rio responder negativamente, deve-se fazê-lo de forma clara e breve,
justificando a seguir os motivos
Estar atento ao feedback que o cliente fornece, à medida que responde, aproveitar essas
informaçõ es para melhorar a forma como lhe está a responder.
3. Não deixe que o seu interlocutor, por mais razão que tenha, o(a) desrespeite
Faça-lhe ver, calmamente, que é sua firme intençã o colaborar, mas que tal só será
possível se compreender bem aquilo que lhe está a ser explicado.
Mesmo que o seu interlocutor tenha razã o, nã o lhe poderá permitir excessos de
linguagem ou gestos, enfrentando-o com firmeza, olhos nos olhos.
Será talvez também oportuno introduzir uma interrupçã o, que servirá de distraçã o.
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2.4.Procurar e dar sempre uma solução e/ou alternativas
Nas empresas de serviços, o pessoal que assegura as diferentes prestaçõ es é essencial para a
avaliaçã o que o cliente faz das suas qualidades e para a satisfaçã o pelo seu consumo,
especialmente o que está em contacto direto com os clientes.
Assim, a gestã o do pessoal em contacto deverá permitir que este assuma corretamente nã o só as
suas funçõ es operacionais como, também, as funçõ es de relacionamento com a clientela.
Como regra, quem faz o atendimento deverá ter uma atuaçã o que compreenda os seguintes
passos:
Nã o é possível evitar o descontentamento por parte dos seus clientes já que muitas das vezes a
origem do descontentamento nã o reside no atendimento prestado mas em fatores externos,
difíceis de controlar e prever.
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Escute atentamente o cliente. Demonstre empatia. Coloque questõ es que conduzam a
uma melhor compreensã o do problema – Contudo, a conversa deverá ser conduzida no
sentido de apuramento dos factos – nã o se deixe “conduzir” pelas emoçõ es.
Faça um resumo da exposiçã o do cliente. Verifique com o cliente que se encontra na
posse de todos os dados.
Apó s identificaçã o da causa do problema, analise com o cliente quais as alternativas para
a sua resoluçã o.
Um cliente descontente/zangado nã o deverá terminar o contacto sem antes se ter
conseguido acordar numa soluçã o para o seu descontentamento.
Apó s alcançar uma soluçã o, aceite pelo cliente, lamente o ocorrido e certifique-se que o
problema foi efetivamente resolvido. O cliente deverá confirmar a sua aceitaçã o pela
soluçã o encontrada.
2.5.Técnicas de negociação
A negociaçã o comercial ultrapassa a antiga visã o unilateral, de nó s versus eles, os “clientes”. O
novo objetivo é satisfazer as necessidades dos diversos intervenientes: Empresas e Pessoas, do
lado do Cliente e do lado do Fornecedor.
Mesmos estes conceitos – cliente e fornecedor – tendem a tornar-se sinó nimos em alternâ ncia,
conforme as relaçõ es de parceria e mú tua dependência os tornam parte de um sistema de trocas,
denominado mercado.
Em rigor, temos agora um negociador ativo, que procura os seus interlocutores, realiza esforços
para os contactar, enfrenta a sua indiferença ou rejeiçã o, expõ e os seus argumentos, pressiona
decisõ es, faz novas propostas, propõ e compromissos.
Por outro lado, temos o negociador passivo, que observa, analisa, compara, resiste, objeta, rejeita
ou aceita e, em ú ltima aná lise, decide.
Qualquer um destes dois tipos pode estar do lado cliente, além de que os papéis podem alternar-
se durante as fases de uma negociaçã o. Reconhecer este facto é compreender a subtileza da nova
perspetiva de negociaçã o comercial.
Esta envolve mú ltiplas vertentes de competência, necessá rias ao seu exercício eficaz:
Dar à argumentaçã o verbal uma forma eficaz;
Estabelecer uma estratégia ou processo de negociaçã o;
Conhecer as características e vantagens da sua oferta;
Conhecer os potenciais clientes, os seus problemas e necessidades,
Assumir uma atitude adequada.
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Assim, com a nova abordagem, querem-se criar novas competências ao nível da negociaçã o
comercial.
A situaçã o de negociaçã o assim representada demonstra a importâ ncia de cada uma das partes
em atingir um acordo, motivadas pela procura da soluçã o de problemas e necessidades, que
apresentam ser divergentes mas, pela negociaçã o, convergirã o com vista à melhor soluçã o
possível, ou seja, aquela em que ambas as partes ganham o má ximo possível.
No entanto, os objetos serã o trocados apenas na condiçã o de serem cumpridos três requisitos:
1. É necessá rio estabelecer-se um processo de comunicaçã o que crie uma relaçã o entre
as partes, nã o só entre as Organizaçã o mas também entre os representantes
responsá veis pela Negociaçã o;
3. O valor dos objetos de troca deve ser estabelecido em equilíbrio pelas partes, em
perspetiva cruzada, isto é, ambos considerarem que entregam menor valor do que o
que recebem, traduzindo-se na perceçã o de ganho para ambas as partes.
O cliente procura a satisfaçã o das suas necessidades, procurando sempre ouvir um "sim". No seu
imaginá rio, a qualidade de cliente suscita-lhe o desejo de ouvir sempre um "sim" à s suas
solicitaçõ es, mesmo quando a nível organizacional tal se torna impossível de concretizar.
Uma negociaçã o entre duas partes, que devem negociar com frequência, e em que só uma ganha
sempre, acabará por resultar mal: pode ganhar-se uma batalha, mas ambos podem ter perdido a
guerra. Inicia-se um processo de escalada, que pode conduzir a um resultado desastroso para
ambas as partes ou para aquela que queria ser a ú nica vitoriosa.
Cada uma das partes implicadas deve fazer todo o possível para que o seu opositor possa sair
"de cabeça erguida".
Se cada uma das partes pensa ter obtido um ó timo resultado, podemos concluir que a
negociaçã o teve êxito.
Para obter êxitos em situaçã o de negociaçã o há que saber qual o momento ideal de a concluir.
No entanto, se pensamos que ainda podemos empurrar o nosso opositor para mais uma fase,
antes de o fazermos, devemos pensar de facto vale a pena.
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A negociaçã o integradora utiliza o método para a resoluçã o de um problema comum:
1. Definiçã o do problema;
2. Aná lise das causas;
3. Fixaçã o de objetivos;
4. Procura de soluçõ es alternativas;
5. Ponderaçã o das soluçõ es;
6. Escolha da melhor alternativa.
Guardar discriçã o e reserva sobre documentos, factos e informaçõ es aos quais se tenha
acesso ou conhecimento, independentemente de o assunto ser qualificado ou nã o como
confidencial;
Esta qualidade pode ser entendida como aquela em que uma pessoa adere a princípios sociais e
éticos muitas vezes perante a adversidade e atuando sob pressõ es.
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Esta qualidade vem associada a um comportamento que leva a uma atuaçã o profissional honesta
e com ética dentro das suas á reas de competência, sendo um requisito fundamental para o
exercício de qualquer actividades profissional;
Considerar o direito de escolha do destinatá rio dos serviços, oferecendo-lhe, sempre que
possível, alternativas viá veis e adequadas à s solicitaçõ es;
Ter uma conduta ética irrepreensível significa saber que tudo o que fazemos e falamos em
relaçã o a nó s mesmos, aos colegas, aos superiores e à organizaçã o funciona, para quem nos ouve
e vê, como uma referência, no que respeita aos padrõ es de conduta geralmente aceites e
exigidos.
Adotando uma atitude pró pria de uma organizaçã o vocacionada para a prestaçã o de
serviços;
Facultando aos Clientes as informaçõ es necessá rias a uma tomada de decisã o esclarecida
e assegurando o cumprimento escrupuloso das condiçõ es acordadas;
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3.Retenção de clientes
Assim, na perspetiva do Marketing relacional uma empresa deve desenvolver e manter relaçõ es
de troca duradouras com os clientes e abandonar as relaçõ es de curto-prazo .
O marketing relacional surge assim como uma especificidade do marketing que se direciona
para a gestã o dos clientes de forma mais particular e com maior proximidade de forma a
garantir a definiçã o caso a caso de estratégias que garantam a captaçã o e fidelizaçã o destes
clientes.
Existem quatro conceitos que devem ser, igualmente, considerados. Estes conceitos representam
uma visã o atual do marketing relacional.
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O modelo dos 4 R’s refere-se ao relacionamento, à retençã o, à referência e à recuperaçã o.
Esta nova abordagem permite estabelecer um programa de marketing mais efetivo, no qual se
torna indispensá vel que a empresa compreenda que o sucesso só poderá ser alcançado se o
valor do cliente for aumentado a longo prazo
Numa altura em que o problema nã o reside na capacidade de produçã o, mas sim na captaçã o de
clientes, é necessá rio recorrer a todas as estratégias para os manter ligados a uma empresa pelo
maior período de tempo possível.
Retenção significa que a empresa executa um trabalho diferenciado, cujo resultado exceda as
expectativas dos clientes, mantendo-os ligados a si. Esta estratégia acarreta custos mais
reduzidos do que os que seriam necessá rios para a captaçã o de novos clientes.
Quando o cliente se disponibiliza para colaborar com a empresa durante o determinado período
de tempo e, findado este período, permanece empenhado com a empresa, demonstrando o
mesmo entusiasmo inicial. Podemos classificar esta etapa como o estabelecimento de um
Relacionamento.
Construir relacionamentos é uma tarefa bastante importante, uma vez que a mesma significa
que a empresa trabalha com o intuito de estabelecer uma relaçã o de proximidade com os
clientes, envidando esforços para conquistar/merecer a confiança dos clientes, valorizando-os.
É de suma importâ ncia, atribuir a este aspeto a mesma prioridade que é atribuída a outros
elementos do negó cio.
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A Referência diz respeito ao poderoso efeito da publicidade gratuita levada a cabo por um
cliente satisfeito. Um cliente satisfeito atrai novos clientes.
O marketing centrado no humano continua a ser a chave para a criaçã o da atraçã o da marca na
era digital, uma vez que as marcas com cará ter humano serã o talvez as mais diferenciadas.
O processo começa com o desvelamento das ansiedades e desejos mais profundos dos
consumidores. Requer uma auscultaçã o empá tica e uma investigaçã o imersiva.
Revelado o lado humano dos consumidores, é altura de as marcas revelarem o seu lado humano.
As marcas devem demonstrar atributos humanos que possam atrair os consumidores e criar
conexõ es humano-humano.
Os clientes Web podem ser pessoas com motivaçõ es de compra, contextos culturais,
necessidades, características demográ ficas, ou estilos de vida diferentes dos consumidores
convencionais.
Ainda mais, os clientes online podem estar localizados fora das á reas geográ ficas onde a
empresa normalmente opera, um facto que por si só levanta sérios problemas logísticos, legais e
administrativos.
No caso dos dados de pesquisa de mercado nã o serem vá lidos, um nú mero inicial de assunçõ es
bá sicas deverã o ser feitas em relaçã o aos perfis mais prová veis, necessidades, motivaçõ es,
atitudes e características demográ ficas, dos potenciais clientes Web.
Estas assunçõ es irã o ajudar os marketer online a identificar potenciais segmentos de mercado e
decidir a posiçã o inicial do site, proposiçã o de venda ú nica, estilo, design, estrutura, políticas de
produto e estratégias de preços.
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As assunçõ es feitas nesta fase inicial devem ser constantemente refinadas utilizando recolha de
informaçã o dos clientes online como físicos.
Quem compra o nosso produto? (Atividades, valores, interesses, estilos de vida, dados
geográ ficos, demográ ficos e situaçã o só cio econó mica.)
Apó s ter realizado a segmentaçã o de mercado e definido os seus target relevantes, um dos
princípios base do marketing, passe para uma outra fase: elabore as personas para sintetizar a
informaçã o.
Pode utilizar este modelo, ou outro que lhe seja mais familiar, o mais importante é que
identifique e defina o percurso (comportamento) do processo de compra do consumidor.
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De forma a entender melhor o funil de conversã o e a jornada de compra, vou expô r um exemplo
prá tico.
Consideração
Pesquisa por duas ou três marcas que já conhece e através de um anú ncio de publicidade
(estímulo externo) acrescenta mais uma marca.
Procura ainda aconselhamento junto dos amigos e familiares, podendo descobrir novas
marcas.
Onde e como acontece? Partilha com um amigo no messenger do facebook, fica fã nas
pá ginas do facebook e pesquisa por hashtags.
Avaliação
O consumidor pode ser incentivado por vá rios motivos, como por exemplo, a
necessidade de ter mais espaço porque os colaboradores visitam muitos clientes e
necessitam de guardar informaçã o, ou porque necessitam de acesso rá pido à internet
porque utilizam o dispositivo como GPS.
Nos dias de hoje utilizamos o smartphone para realizar registar todos os momentos que
vivemos.
Comparação de Marcas
Esta avaliaçã o pode ser influenciada por vá rios canais de comunicaçã o e pessoas.
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Onde e como? Na loja online com a melhor oferta, com as melhores recomendaçõ es, que
esteja visível nos motores de busca e que tenha as marcas que ele escolheu.
Pós-venda
Onde e como? Partilha nas redes sociais, faz uma avaliaçã o ao produto ou serviço.
Partilha com os amigos a experiência de compra e a utilizaçã o do produto.
Penetraçã o de mercado – utilizaçã o dos canais digitais para vender mais produtos a mais
mercados.
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Desenvolvimento de produto – utilizaçã o da Web para acrescentar valor ou expandir
produtos já existentes.
É importante que, operando no meio digital, se avaliem novos modelos de negó cios já que se as
empresas nã o analisarem novas oportunidades para inovar, os concorrentes e novas empresas
de certeza que o farã o.
Decisão 3: Targetting
Determinar em que mercados se vai operar, é uma decisã o estratégica fundamental para o
marketing digital, como o é para o marketing tradicional.
Existem quatro opçõ es estratégicas para posicionar uma empresa no mercado online:
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Excelência nas relaçõ es – disponibilizando informaçõ es que permitam ao utilizador criar
empatia com a empresa, por exemplo, através de possibilidade de escrever comentá rios
sobre os produtos.
Nesta avaliaçã o torna-se necessá rio distinguir entre canais de comunicaçã o com o cliente e
canais de distribuiçã o.
As empresas devem decidir se a Internet vai, em primeira instâ ncia, complementar os outros
canais de distribuiçã o ou se vai substituí-los.
Esta avaliaçã o é fundamental já que define se a Internet vai ser “outro meio de comunicaçã o” ou
se, definitivamente, vai mudar a maneira como a empresa vende.
Preferências de canal dos clientes – alguns clientes podem preferir selecionar produtos
online, outros poderã o preferir fazê-lo offline.
Preferências de canal da organizaçã o – os canais tradicionais de comunicaçã o/
distribuiçã o tendem a ser mais caros que os canais online, o que é mais vantajoso para as
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empresas. No entanto, parecem nã o ser tã o eficientes a converter os consumidores em
clientes.
Ou seja, a estratégia de comunicaçã o multicanal precisa de especificar a dimensã o de escolhas
disponíveis para os clientes e a medida em que a empresa consegue persuadir os clientes a
utilizar determinados canais. Decidir qual a melhor combinaçã o de canais é, sem dú vida, um
desafio para as organizaçõ es.
A seguinte check-list consiste numa série de passos que poderã o melhorar a performance dos
canais digitais.
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Passo 8: Capacidade de análise do marketing para realizar comunicaçõ es multicanal
eficientes e integradas.
Passo 9: Aperfeiçoar a gestão da informação – garantir que Web analytics e outras
ferramentas do género disponibilizam o má ximo de informaçã o sobre como os medias
digitais estã o a influenciar o desempenho da empresa.
Passo 10: Identificar e implementar quick wins – com base nas estratégias em curso,
criar projetos aplicados aos canais digitais que, a curto prazo, confiram resultados para
empresa.
3.3.Pós-venda: gerar novas vendas
O serviço pó s-venda é uma das principais formas de uma empresa se diferenciar no mercado, de
facto uma eficaz estratégia de pó s-venda possibilita estabelecer uma forte relaçã o com o cliente,
acompanhando-o e demonstrando que este é importante para a empresa mesmo apó s ter
efetuado a compra, momento em que a maioria das empresas abandona os seus clientes.
Estudos demonstram que 70% dos clientes que apresentam uma reclamaçã o, voltaram adquirir
o serviço novamente, se o seu problema for resolvido e 95% voltam a comprar se o problema for
resolvido no mais curto espaço de tempo possível.
Assim sendo, as empresas que fazem um acompanhamento pró ximo e se preocupam com a
satisfaçã o de seus consumidores, trabalham com base em informaçõ es ricas e atualizadas dos
seus clientes, que ajudam a melhorar a qualidade do atendimento e consequente a satisfaçã o.
Os serviços de pó s-venda, que surgem em funçã o das reclamaçõ es dos clientes insatisfeitos com
o serviço prestado, devem ser encarados como oportunidades, o facto de um cliente reclamar e
nã o deixar simplesmente de comprar sem que a empresa perceba o porquê, representa uma
oportunidade que estas têm de se redimir da fraca qualidade fornecida ou na desilusã o das
expectativas cridas.
Desta forma, poderá trabalhar para melhorar e até exceder as expectativas dos clientes, agindo
com rapidez, empatia e profissionalismo, atitudes que transformam uma situaçã o negativa em
positiva.
CRM – Costumer relationship management - é uma filosofia que permite desenvolver técnicas de
gestã o de relacionamentos com clientes, de forma a conquistar a sua fidelidade maximizando as
relaçõ es a longo prazo.
A utilizaçã o de técnicas de CRM, ao valorizar a relaçã o com o cliente permitem que as relaçõ es
comerciais aumentem o seu ciclo de vida e apontem para uma melhor qualidade de atendimento.
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dados e modelos para análise) e por dados front Office, que permitem desenhar um plano de
comunicaçã o com o cliente.
Estes dados facilitam e aceleram a gestã o de relacionamento com cada cliente, criando um
histó rico que englobe dados pessoais, dados derivados, dados relativos a compras, dados de
comunicaçã o com o cliente, situaçã o financeira, de forma a que cada departamento possa tirar o
melhor partido da informaçã o disponibilizada.
Neste contexto, a CRM social - a utilizaçã o das redes sociais para gerir as interaçõ es da marca
com os clientes e construir relacionamentos a longo prazo - será uma ferramenta essencial para
o envolvimento do consumidor.
A CRM social é uma mudança importante em relaçã o à CRM tradicional. Enquanto esta é
normalmente orientada para a empresa, a CRM social é orientada para o cliente.
Graças à dinâ mica social, as questõ es nã o podem ser contidas nem isoladas. Qualquer pessoa,
incluindo os potenciais clientes, pode ver as respostas das marcas e entrar na conversa.
O primeiro é ouvir a voz do cliente. As marcas podem extrair informaçõ es das conversas gerais
que ocorrem nas redes sociais a seu respeito.
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O segundo é envolver as marcas nas conversas gerais. As empresas podem atribuir a uma equipa
a tarefa de comentar e influenciar as conversas a fim de obterem resultados mais favorá veis.
O terceiro caso de utilizaçã o é lidar com as queixas que podem conduzir a crises da marca. É
expectá vel que as empresas forneçam soluçõ es ao cliente antes de os problemas se tornarem
virais.
De entre os vá rios processos de pó s-venda, destaca-se o que tem mais eficiência e valor na
perceçã o do cliente. Trata-se de um eficiente processo de pó s-venda que tem por objetivo a
economia do tempo do consumidor – first call resolution (FCR).
92 % dos clientes que ligam para o serviço de apoio ao cliente de uma empresa e tiveram
a soluçã o na primeira ligaçã o (FCR) continuaram a comprar na empresa
86 % dos consumidores que foram atendidos também de acordo com a FCR estavam
dispostos a recomendar a empresa a amigos e familiares.
Neste â mbito, será necessá rio considerar que o cliente atual pode nem ligar para o SAC da
empresa, usando para o efeito as redes sociais.
Caso uma marca receba comentá rios positivos explícitos em plataformas online (como o
Facebook, Twitter, linkedin) os benefícios podem ser, por exemplo, o aumento do orgulho e da
satisfaçã o dos colaboradores, a conquista de novos acionistas para a companhia ou o
crescimento do volume do investimento.
Caso as mençõ es sejam negativas, os produtos e serviços podem ser descontinuados, podem ser
criadas novas leis ou controlos de qualidade mais exigentes.
É importante fazer uma série de perguntas aos profissionais de relacionamento com o cliente
para compreender a importâ ncia das redes sociais para a empresa:
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O CRM na empresa preocupa-se com peculiaridades regionais na hora de avaliar
comentá rios nas redes sociais?
A nossa empresa preocupa-se sobre o que os usuá rios comentam sobre a mesma na
internet?
Se todas as respostas forem “nã o”, é preciso ter em atençã o que caso a empresa sofra uma
ameaça nas redes sociais, o seu poder de reaçã o será inexistente, já que nã o se relaciona com o
cliente de modo adequado nessas plataformas.
É importante destacar que o maior desafio do profissional de atendimento está em cultivar esta
e-relacionamento, mapeando os comentá rios negativos e positivos em todas as plataformas (on-
line e off-line). Apenas desta forma a organizaçã o pode atualizar-se e construir uma carteira de
clientes satisfeitos e fidelizados.
Neste sentido, o CRM social deve respeitar 3 etapas para uma boa atuaçã o:
Portanto, o profissional de
relacionamento com o cliente deve criar
mecanismos de monitorizaçã o das redes
sociais e medidas para tratar os
comentá rios dos usuá rios.
Além do Facebook, o instagram, Youtube e linkedin devem ser geridos pela pró pria empresa. O
profissional deve motivar a empresa a criar uma conta nessas redes e transformar os insights
em informaçõ es, depois sistematizadas em tabelas e grá ficos.
As empresas devem considerar que as redes sociais sã o cada vez mais eleitas pelos
consumidores para fazer uma reclamaçã o ou expor uma situaçã o negativa. Esses casos devem
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ser tratados por uma equipa diferenciada e com grande habilidade para se relacionar com o
cliente via internet.
Estes profissionais devem abordar o consumidor insatisfeito e propor uma soluçã o em tempo
reduzido. As redes sociais, POR SEREM MUITO DINÂ MICAS, REQUEREM Respostas rá pidas:
portanto, o tempo médio de soluçã o é primordial nestas situaçõ es.
Além disso, estes profissionais devem atuar como investigadores, analisando todas as redes e a
manifestaçã o de comentá rios. Abordar proactivamente um consumidor é também uma açã o
fundamental para solucionar problemas.
Para contemplar as abordagens de um bom e-relacionamento, o CRM deve ter foco na procura
de novas oportunidades a partir dos insights dos consumidores.
Se a investigaçã o sobre o perfil dos consumidores fosse feita pelos métodos tradicionais, isso
seria muito custoso para a empresa. As redes sociais permitem abordar um grupo extenso de
clientes a custo baixo.
Outro benefício que o CRM pode ter ao colher informaçã o nas redes é o de poder fazer o
cruzamento entre a opiniã o de um consumidor e os seus há bitos de consumo, o seu
comportamento online e o nível de influência da empresa.
1.Minimizar problemas
Minimizar um problema nas redes sociais é um grande erro, pois além de sugerir
desonestidade, faz com que o cliente tenha a perceçã o de que o assunto nã o está a ser
tratado com a devida importâ ncia.
2.Esconder problemas
3.Mentir
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Independentemente do canal de atendimento, mentir é um problema sério e diminui a
satisfaçã o do consumidor. Nas redes sociais, esse comportamento pode propagar-se de
forma descontrolada e fazer com que a organizaçã o nunca mais consiga recuperar a
idoneidade.
Num momento de crise, uma empresa deve prestar muita atençã o à s informaçõ es
transmitidas ao cliente. Nesse momento, o consumidor precisa de ajuda, e uma
informaçã o correta prejudica a soluçã o.
O consumidor deve ser tratado com respeito e honestidade. Oferecer uma promoçã o
para tentar minorizar um problema nã o é um caminho seguro.
O tempo é o maior inimigo das manifestaçõ es nas redes sociais. Por isso, os profissionais
devem sempre posicionar a empresa e a chefia sobre a gravidade dos acontecimentos.
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10.Desconhecer informações
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Bibliografia
Aguiar, V., Atendimento Na Era 4.0: Como Criar A Melhor Experiência Para O Seu Cliente, Ed.
Appris, 2021
Sites consultados
Resultados digitais
https://resultadosdigitais.com.br/
https://tsecommerce.com/blog/
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