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Nivea preparava-se
para estrear um novo processo de avaliação de desempenho, que vai definir as
metas de seus funcionários para 2015.
A novidade fica por conta das competências pelas quais a equipe será
avaliada: cuidado, confiança, simplicidade e coragem. No lugar de
pensamento estratégico ou liderança, palavras comuns nas revisões anuais, a
Nivea gastou dois anos discutindo seus valores corporativos e agora vai
colocar os funcionários para praticá-los. “As competências de nossos
executivos e nossos valores tinham de convergir”, diz Christian Goetz,
presidente da Nivea no Brasil.
Nos últimos anos, muitas empresas revisaram seus valores para traduzir
melhor em ações sua estratégia corporativa. Boa parte desse movimento se
deve à crise de 2008, quando várias companhias viram que seus executivos
não praticavam o que elas escreviam na parede da recepção. “Foi aí que essa
tendência de aproximar valores e competências ganhou força”, diz Cristina
Nogueira, da consultoria Walking the Talk, especializada em cultura
empresarial, de São Paulo.
Sinergia
Peter Estermann, vice-presidente de infraestrutura e estratégia do Grupo Pão
de Açúcar. Entenda a nova competência adotada pelo Grupo Pão de Açúcar,
maior empregador da iniciativa privada no Brasil, com 154 000 funcionários:
Nos últimos cinco anos, o Grupo Pão de Açúcar passou a atuar em cinco
negócios: varejo de alimentos, atacado, varejo de eletroeletrônicos, comércio
eletrônico e segmento imobiliário.
Um dos maiores cuidados que temos é fazer com que a adrenalina que corre
por aqui seja sempre a boa, aquela que traz resultados e se transforma em
desejo de se empenhar cada vez mais. Queremos manter longe aquela
adrenalina resultante de uma pressão exagerada.”
Ditar as tendências
Andre Fontes, diretor de negócios do segmento de biocirurgias da Johnson &
Johnson. Mais do que inovar em produtos que já existem, a Johnson &
Johnson busca profissionais capazes de identificar oportunidades para
produtos que ainda não foram criados:
Criar propósito
Como Eduardo Ribeiro, vice-presidente de vendas da Avon, explica a
habilidade de mostraro significado maior do trabalho:
Ser desastrado
Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina, explica
por que os funcionários da rede social são estimulados a agir rapidamente e
sem medo de errar:
Não faz muito tempo, tivemos de transferir nossa atenção das atividades do
dia a dia para focá-la nas plataformas móveis. Em uma empresa tradicional,
fazer essa mudança demandaria muito tempo, mas o Facebook reorientou toda
a sua estrutura em muito pouco tempo. Fazer algo tão grande e tão rápido é
um risco e poderia resultar em um grande erro. Mas é nosso jeito de fazer as
coisas.
Simplicidade
Flávio Augusto Silva, fundador e ex-proprietário da rede de escolas WiseUp e
criador da rede social Geração de Valor, que recebe 10 milhões de visitas por
semana, opina sobre a difícil habilidade de ser simples:
“Sempre existe uma forma diferente, mais eficiente e mais lucrativa de fazer
as coisas que todo mundo insiste em fazer mecanicamente, sem jamais
questionar. O nome dessa prática é inovação. Mas inovar não é inventar — é
criar soluções simples para questões corriqueiras.