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que Carl Jung desenhou em seu livro “Tipos Psicológicos”, reorganizando o sistema e o
misturando com as investigações de Kretschmer, e de forma que reinvente o assunto,
planejo puxar o tópico mais para o lado da psiquiatria e da neurologia, ou pelo menos
associar com o que se conhece atualmente.
Quando se traduz literalmente, temos que as funções psicológicas definidas por Jung
seriam sensação, intuição, sentimento e pensamento. Aušra Augustinavičiūtė, fundadora
da teoria psicológica “Sociônica” (ela baseou sua teoria nos conceitos criados por Jung e
misturou com a ideia de metabolismo de informação desenvolvida por Antoni Kępiński),
renomeou as funções pensamento e sentimento para lógica e ética, respectivamente, e
manteve intuição e sensação como estavam. Ainda assim, eu particularmente discordo de
como está. O substantivo ‘pensamento’ não realmente consegue descrever o que Jung
estava se referindo, nem ao que estamos interpretando como tal função e outros. Mesma
situação com sentimento, e o caso desta função é pior ainda. Lógica e ética também não
satisfazem e podem ser até mais confusos do que pensamento e sentimento, a meu ver. O
uso do termo intuição para conceitualizar a função psicológica nomeada também não
parece muito certeiro, já que “intuitivo” é uma qualidade muitas vezes definida como
conhecimento e raciocínio a priori ou simples “achismos”, percepções e decisões tomadas
de forma passiva, indireta, vaga etc. O que quero dizer é, ‘intuitivo’ é um nome fraco,
‘pensamento’ e ‘lógica’ são nomes que confundem, ‘sentimento’ e ‘ética’ são mais
confusos e errados ainda. Apenas sensação parece ser realmente descrita com uma única
palavra. Acerca de Kretschmer, irei falar mais especificamente dos temperamentos do
que os tipos de físico. De início, vou abordar a discussão do que é uma “função
psicológica”, iniciando um estudo de processos cognitivos e alterações químicas,
neurofisiológicas etc. Uma filosofia de processos, visualizando não um elemento ou
conjunto específico mas uma realidade dinâmica, abstraindo e concluindo do que se
conhece sobre o cérebro e alguns sistemas (sistema límbico, sensorial, cérebro emocional,
córtex pré-frontal etc.); um vir-a-ser que constrói a noção de “função”. O conceito de
diferenciação, que pode se entender como desenvolvimento de uma função (não muito
recomendado), também será estudado, junto com a ideia de acentuação e manifestação.
Há também o que eu chamo de ‘atualização’ (o que seria um tal desenvolvimento).
Sumário
Funções Psicológicas ............................................................................................. 3
Atualização e subtipos
O conceito de atualização é simplesmente o que se entende intuitivamente de tal
termo. É quando atualizamos os conhecimentos e processos que formam uma função ou
múltiplas funções, ou quando introversão e extraversão são alteradas e o fluxo de energia
motivacional da pessoa é totalmente alterada ou apenas particularmente adaptada para
uma situação e por assim em diante. Uma atualização também pode ser uma vontade
consciente e pessoal da pessoa de estudar ou lidar com alguma coisa, particularmente uma
função inferior. “Subtipo” é um assunto controverso, e no momento só posso visualizar
subtipo em função do conceito de acentuações e atualizações, ou manifestações. Subtipo
significaria que há um subpadrão ou forma de personalidade dentro do tipo (que já é um
padrão ou forma de personalidade) que se distingue de uma outra forma de personalidade
dentro do mesmo tipo. No entanto, não se encontra evidências para nenhum padrão ou
distintos comportamentos típicos dentro do mesmo tipo. Em outras palavras, “subtipo”
está na área do imaginário e só posso me apegar ao fato de que o sistema é dinâmico e
possui casos acidentais ou atípicos e coisas similares. Manifestação, acentuação,
diferenciação, atualização e possíveis formas de funções operarem são a base da tipologia
além da classificação e organização dos tipos de mentalidade, ‘racionalidade’ e
‘irracionalidade’. A introversão e a extraversão são formas de libido e orientação, atitude,
que podem filosoficamente descrever e estruturar novas ordens de tipo e função.