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Epiderme viável
Glândula sebácea
Folículo piloso
Derme
Vaso sanguíneo
Glândula sudorípara
Figura 1. Esquema ilustrativo da pele humana demonstrando uma fibra capilar a partir do folículo piloso, bem como seu
surgimento a partir da derme e a sua forma de emergir através da epiderme e estrato córneo.
4
Do ponto de vista químico, o cabelo é um polímero biológico proteico formado por
um tipo específico de queratina, com alta cristalinidade, denominada a-queratina2. O
grande diferencial da queratina comparada a outros tipos de proteínas é o grande conteúdo
de enxofre (S) presente nos aminoácidos, derivado do ácido cisteico. Quando presentes
em cadeias próximas, os aminoácidos criam ligações covalentes enxofre-enxofre (S-S), que
conferem grande resistência mecânica aos fios de cabelo2,3.
Morfologicamente, o cabelo pode ser dividido em três camadas distintas (Figuras 2a e 2b):
Córtex
Medula
Figura 2a. Corte transversal do fio do cabelo humano, ilustrando as suas três principais estruturas morfoanatômicas:
cutícula, córtex e medula.
Cortex
Cutícula Medula
Cutícula do
invólucro Microfibrilas
ponta
Invólucro Canada de Macrofibrilas
interior Huxley
Canada Ortocortex
de Henie
Membrana
celular
Invólucro exterior
Medula Remanescentes
Tecido nucleares
conectivo
Paracortex
Zona de
queratinização
raiz
Melanocitos
Cutícula
Células em divisão
Cavidade dermo-papilar
Apesar das definições clássicas quanto à anatomofisiologia dos cabelos, há questões que
devem ser levadas em consideração no momento da escolha do melhor método de tratamento
químico ou físico dos cabelos, dentre elas, a diferença entre etnias.
6
Diferenças Étnicas relacionadas
à Morfologia Capilar
Os diferentes tipos de cabelo podem ser classificados genericamente em três grandes grupos,
cuja distinção origina-se, principalmente, pela diferença na elipticidade (Figura 3):
I. Caucasianos
II. Orientais (ou mongóis)
III. Afro-americanos (ou crespos)
Figura 3. Representação das secções transversais dos diferentes tipos de cabelo. O contorno em preto representa a
queratinização da camada cuticular.
Não se sabe exatamente a causa do formato seccional possuir conformação elíptica. Acredita-
se, que a diferença na inclinação do folículo piloso em relação à superfície cutânea, possa
afetar o desenvolvimento do cabelo durante a sua fase de queratinização. Esse processo
causa uma formação cuticular assimétrica (representada pela borda escura na Figura 3), que
é acentuada quanto maior for a inclinação do folículo. Assim, nas regiões de menor depósito
queratínico, há a formação de pontos de fragilidade onde se promove a curvatura do fio do
cabelo. A acentuação da curvatura pode chegar a casos extremos como, por exemplo, nos
cabelos crespos. Estudos mais recentes sugerem que a curvatura do fio dos cabelos crespos
se deve a uma programação celular e expressão proteica na região basal do folículo piloso,
A diferença do formato do fio de cabelo afeta tanto as características físicas do fio, como a
resistência mecânica e as propriedades de superfície, como também a reatividade a agentes
químicos. Isto ocorre, em especial, porque nas regiões de fragilidade pode haver uma maior
penetração das substâncias e consequentemente, um maior dano em resposta aos tratamentos
químicos1.
8
Propriedades Tênseis dos Cabelos
Como o fio do cabelo é considerado um substrato unidimensional, as propriedades que
regem a sua força longitudinal têm sido amplamente estudadas. As determinações tênseis são
aplicadas para avaliação de agentes agressivos, principalmente daqueles que atuam na região
do córtex, como é o caso dos processos de alisamento/relaxamento11.
C
Deformação
Segmentos:
A-B: região Hookeana;
B-C: região de reconstituição;
B C-D: região pós-reconstituição;
A D: ponto de ruptura.
Tensão
Outros parâmetros importantes que podem ser obtidos em um estudo de tensão vs. deformação
são: tensão de ruptura, força máxima na ruptura, trabalho de elongação e alongamento máximo.
Os valores de tensão a 15% e 30% de elongação foram determinados como independentes
de não-homogeneidade da seção transversal do fio12, e por isto, também são considerados
convenientes na determinação de alterações nas propriedades tênseis do cabelo, devido a
agentes agressores químicos ou físicos13.
A cor do cabelo, por sua vez, é determinada pela presença de grânulos de melanina na região
do córtex. Os pigmentos podem ser sub-classificados de acordo com a sua coloração, como: (1)
eumelaninas: coloração marrom a preta, ou (2) feomelaninas: coloração amarelo-avermelhada.
A melanina se apresenta na forma de grânulos de dimensões aproximadas de 0,4 a 1,0 µm de
comprimento e 0,1 a 0,5 µm de largura14.
As melaninas possuem rotas sintéticas comuns, sendo diferenciadas apenas a partir de certa
etapa da reação, conforme figura abaixo (Figura 5):
Ciclização e
polimerização oxidativa
Tirosina DOPA Dopaquinona
NH2
O O
SH O
OH
NH2
OH
5-S -cisteinilDopa
ciclização e
polimerização oxidativa
FEOMELANINAS
10
Por outro lado, na presença de cisteína, a dopaquinona sofre uma reação formando um
intermediário chamado 5-S-Cisteinildopa e outros isômeros de importância menor. A ciclização
e posterior polimerização desse intermediário, resulta na formação de feomelanina.
Como os dois tipos de melanina se formam através de rotas metabólicas semelhantes, acredita-
se que os pigmentos são formados no mesmo cabelo dependendo da quantidade de cisteína
presente no melanócito. As diversas colorações de cabelo existentes, são determinadas não
somente pela diferença na composição da quantidade de cada tipo de melanina, mas também
no diferente grau de agregação e dispersão de eumelanina15. Apesar da diferença de conteúdo
cisteico da eumelanina comparado à feomelanina, acredita-se que as propriedades físico-
químicas sejam bastante similares. Até o presente momento, não sabe-se ao certo se esta
diferença pode ter influência nas propriedades mecânicas do fio do cabelo inato (virgem).
Fotodegradação da melanina
A melanina possui a função de prover certo grau de fotoproteção aos cabelos, principalmente
na região do UVB (254 a 350 nm), onde possui maior absorção. Os pigmentos absorvem a
radiação eletromagnética, sofrem uma excitação eletrônica e, no relaxamento, dissipam essa
energia, geralmente na forma de calor. Como conseqüência, a melanina é degradada.
O
O O H
O O
O O H O I H I
O
OO
OO O
O
O
Eumelanina O
OO O
OO
OO
Excitação
Fotoquímica Intermediário
O OO
2
Cabe ressaltar, que não há estudos específicos sobre diferenças nas descolorações químicas
entre a feomelanina e a eumelanina. No entanto, devido à similaridade dos pigmentos em
termos de estrutura e rota metabólica, acredita-se que o nível de danificação seja similar16.
12
Composição Química dos Cabelos
O cabelo humano é um tecido complexo constituído de vários componentes morfológicos,
conforme visto anteriormente, e cada componente consiste em várias diferentes espécies químicas.
É um sistema integrado, tanto em termos de sua estrutura, quanto em relação à sua composição
química e comportamento físico, onde seus componentes podem agir separadamente ou como
uma unidade. Por exemplo, o comportamento do atrito do cabelo está relacionado principalmente
à cutícula, no entanto, a cutícula, o córtex e seu componente intercelular atuam em conjunto,
determinando a maciez do cabelo. O comportamento à tração, por sua vez, é determinado em
grande parte pelo córtex, porém, mais recentemente, demonstrou-se que a integridade física da fibra
ao pentear, por exemplo, é determinada mais fortemente pelos componentes não-queratinizados
da cutícula, com algumas contribuições do córtex, bem como de outros componentes cuticulares.
Para simplificar e facilitar a discussão, os diferentes tipos de grupos químicos que compõem
o fio de cabelo humano são descritos aqui separadamente. No entanto, para uma clara
compreensão do seu comportamento químico e físico, é importante ressaltar que a fibra
capilar é um sistema integrado, onde vários componentes atuam simultaneamente.
Dependendo do seu teor de umidade, que pode atingir até 32% em peso, o cabelo humano
consiste em aproximadamente 65-95% de proteínas. As proteínas são resultado da condensação
polimérica de aminoácidos. Os principais aminoácidos que compõem o fio do cabelo normal
(virgem), bem como suas estruturas químicas, são apresentados abaixo.
Quando R = hidrogênio
Glycina NH3 CH2 CO2
- ± 4,1%
+
Quando R = hidrogênio
Glycina NH3 CH2 CO2
- ± 4,1%
+
CH3
Leucina
+ ± 6,4%
NH3 CH CH2 CH
CO2 - CO2
14
Histidina NH3 CH CH2 C N ± 1,2%
+ CO2 - C CH
H H
H
*
Ácido aspártico e ácido glutâmico existem tanto como amidas primárias, como em ácidos livres no cabelo humano.
CH2 CH
-
CO2
Prolina ± 4,3%
N
+H H
+
NH3
CH2 CH
16
CAbEloS lISoS
dESMIStIFICAndo ProCEdIMEntoS
E AgEntES QuíMICoS
Como funciona um alisamento ou
relaxamento capilar químico?
Conforme descrito anteriormente, o cabelo é constituído basicamente de uma proteína:
a-queratina; composta por 4 cadeias poli-peptídicas formadas por uma série de aminoácidos
e enxofre. Um dos aminoácidos presentes e mais relacionado com a estrutura do fio é a
cisteína, responsável pelas ligações cisteínicas.
A busca pelo cabelo liso é constante e para quem possui cabelos crespos ou cacheados e
deseja um novo formato é necessário a quebra ou ataque das pontes de enxofre contidas na
cisteína.
Outro agente químico, utilizado para processos de relaxamento e alisamento capilar que
tornou-se frequente pois, além de mais barato, é um processo rápido e que deixa os fios com
brilho intenso, é o formaldeído (aldeído mais simples, de fórmula molecular H2CO).
O uso de formaldeído para alisamento capilar tornou-se frequente, o problema maior é que
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é volátil e após aquecido, uma maior quantidade é inalada tanto por quem aplica quanto por
quem se submete ao tratamento. A ANVISA proíbe o uso de formol como alisante.
Seguindo esta linha de raciocínio o formol relaxa pela formação de um filme sobre o
cabelo. O formol realmente pode polimerizar quando a concentração for muito elevada,
no entanto, a concentração usada nas formulações para alisamento e/ou relaxamento é
baixa para ocasionar tal polimerização. Outro fator contra essa idéia é que o polímero
de formaldeído, sofre hidrólise muito fácil em meio aquoso e assim o cabelo perderia
o efeito do alisamento na primeira lavagem. Mas é difícil afirmar que um filme formado,
consiga alisar o cabelo sem quebrar as ligações de dissulfeto responsável pela estrutura
encaracolada do cabelo. Se conseguir formar um filme sobre o cabelo, sem alterar as
pontes dissulfeto, a tendência seria que este filme seguisse o molde tridimensional do
cabelo, ou seja, seu molde natural sem promover o estiramento do fio.
Um mecanismo indiscutível ainda está por vir através de comprovação científica do que
está sendo feito em termos da química do cabelo, nesses processos de alisamento com
formaldeído. Mas uma boa suposição é que no processo de alisamento há uma quebra das
ligações dissulfetos, assim como um bloqueio para que essas não se restabeleçam novamente,
como a exemplo, nos processos químicos convencionais.
Sendo um composto com estrutura molecular pequena, permite que o aldeído tenha acesso
a centros reativos do cabelo.
A inserção do ácido glioxílico entre a ligação dissulfeto como um espaçador pode ser reversível,
principalmente em meio aquoso, permitindo assim o restabelecimento natural das pontes
dissulfeto, depois de sucessivas lavagens.
O OH
O
S S + H OH
S S
O
20
Explicando um possível fenômeno de
desbotamento que pode ocorrer no
processo de RELAXAMENTO
A cor da tintura, o tipo de alisante, o pH da formulação e a temperatura do secador e da
prancha, são algumas das variáveis que podem interferir na manutenção da cor do cabelo
tingido que sofre processos de relaxamento.
A tonalidade da cor pode ser conseguida com o mesmo agente de polimerização, alterando
apenas a sua quantidade, permitindo assim controlar o tamanho médio da cadeia polimerizada
na estrutura capilar. Outra forma de conseguir tonalidades diferentes é acrescentar substituintes
tais como Cl e NO2 na estrutura molecular das aminas, permitindo assim mudar a interação
eletrônica das mesmas e consequentemente a propriedade eletrônica do polímero formado a
partir dessas aminas aromáticas.
Como dito anteriormente, tanto o grau de polimerização como a estrutura molecular dessas
aminas podem gerar tonalidades diferentes em função da interação com a luz. Um polímero
de maior cadeia molecular geralmente tem a capacidade de absorver mais o espectro da
luz visível e consequentemente adquirir tons mais escuros. O polímero de massa menor, ou
seja, de cadeia menor pode não conseguir absorver todo o espectro da luz visível e acabar
refletindo as cores complementares.
Considerações:
As aminas aromáticas empregadas na coloração dos cabelos formam polímeros que podem
estabelecer conjugações eletrônicas entre suas unidades poliméricas e assim auxiliar na
absorção da radiação eletromagnética da luz.
Esta capacidade é proveniente do grau de interação eletrônica entre cada unidade polimérica
e de outros fatores da estrutura molecular do polímero. O grau de interação eletrônica é
determinado através da conjugação eletrônica promovida pelo par de elétrons do átomo de
nitrogênio do polímero e o tamanho da cadeia polimérica.
Assim uma argumentação que explique a mudança de cor do cabelo tingido com essas
aminas aromáticas pode estar no par de elétrons do nitrogênio, responsável pela conjugação
eletrônica por ressonância com os anéis aromáticos. O par de elétrons possui caráter básico e
na presença de um ácido é facilmente protonado. Esta interação é quimicamente favorável e
é neste ponto que a mudança de pH pode interferir no desbotamento do cabelo.
Consideremos uma unidade polimérica A , representada pelo dímero das aminas 1,4- diamino
benzeno e 1,3-diamino benzeno que podem ser encontradas em formulações destinadas à
coloração capilar.
A unidade polimérica representada em A pode gerar uma outra B, através de uma forma de
ressonância que é comum para esse tipo de estrutura conforme demonstrado na figura 8.
Essa conjugação por ressonância pode se estender a outras estruturas de ressonância e com a
participação dos outros átomos de nitrogênio.
H
NH2 NH2 . H : NH2 : NH2
-
N N+
+ : : : :
N N N N
NH2
NH2 H H H H
n n
A B
Figura 8. Conjugação por ressonância entre aminas aromáticas
22
Em uma análise complementar, para melhor entendermos o fenômeno do desbotamento,
se colocarmos essa mesma unidade polimérica A na presença de um ácido poderá ocorrer
uma protonação em um dos átomos de nitrogênio afetando a sua ativação eletrônica no
anel aromático através da ressonância. Quando isso ocorre no nitrogênio indicado na figura 9
ocorre a quaternização; não tendo mais um par de elétrons livre, não poderá mais estabelecer
ressonância com o anel aromático.
H+
H : NH2 H : NH2
H
:
N N+
: : : :
N N N N
H H H H
n n
Outra questão bastante pertinente que pode ocorrer quando se utiliza ácido glioxílico
é uma reação de formação de imina entre o ácido glioxílico e o polímero dessas aminas;
principalmente com a terminação do polímero que apresentar amina primária. Essa reação
também afeta a conjugação do nitrogênio com os anéis aromáticos podendo modificar a cor.
NH2 N
O
OH
As considerações que seguem tem como referência as tinturas baseadas em aminas aromáticas
(embora possa ser aplicado a outros processos de tingimento).
Nossas observações durante os estudos realizados com ácido glioxílico aliados aos
conhecimentos de química e física nos levam a supor que isto pode ocorrer por 3 razões:
24
A tração mecÂnica aumenta a cinética das reações
descritas para explicar a causa do desbotamento?
Avaliando o efeito da escovação sobre o desbotamento, verifica-se que o processo mecânico
arrasta também os pigmentos, favorecendo a mudança de tom, mas a causa principal é a ação
do ácido, pois podemos observar um tom mais claro, na mecha que não sofreu escovação.
As substâncias ácidas, utilizadas nos processos de realinhamento capilar, geram H+, prótons
que quimicamente apresentam afinidade com a estrutura dos pigmentos artificiais das tinturas
e quando em contato com estes, facilitam o processo de retirada destes referidos pigmentos,
resultando em desbotamento do cabelo.
26
SErIlISS
A VErdAdE EM rElAxAMEnto
CAPIlAr ProFISSIonAl
Vamos conhecê-lo...
SERILISS
A VERDADE EM RELAXAMENTO CAPILAR PROFISSIONAL
Descrição
Policarbamida proteica, ácido glioxílico, polímero catiônico e proteína da seda.
Composição
Nome INCI CAS No EINECS (I) / ELINCS (L)
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A sericina é uma proteína natural gelatinosa e hidrofílica produzida pelo bicho da seda, Bombyx
mori, cuja massa molecular varia entre 10kDa e 300kDa. Na fibra da seda, sua principal função
consiste em atuar como cimento entre dois filamentos fibrosos de fibroína.
Possui alta afinidade com a queratina do cabelo humano e na forma de proteína reticulada
liga-se fortemente a ela, agindo como um cimento, protegendo a cutícula.
Testes de segurança
Substância teste = Seriliss
Avaliação da Biodegradabilidade
Princípio do Método
A avaliação foi realizada pela determinação da biodegradabilidade imediata, pela medida de
dióxido de carbono desprendido em sistema fechado.
Resultado
Seriliss foi considerado um produto facilmente biodegradável.
Realizado por:
Grupo Ecolyzer
A avaliação de citotoxicidade da substância teste foi realizada por testes in vitro utilizando o
método da liberação do corante vermelho neutro.
Resultado
Seriliss apresenta citotoxicidade classificada como importante com IC50 ≤ 25%. Este resultado
é compatível com o esperado para a categoria de produtos ácidos.
Realizado por:
Chemyunion (Protocolo validado pelo ECVAM - European Centre for Validation of Alternative
Methods)
SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04
29
Avaliação do potencial fototóxico
Princípio do Método
O estudo da fototoxicidade é baseado na comparação da citotoxicidade da substância teste,
na presença e ausência de radiação UVA em cultura de fibroblastos humanos.
Resultado
Seriliss é classificado como não fototóxico.
Realizado por:
Chemyunion (protocolo validado pelo ECVAM - European Centre for Validation of Alternative
Methods)
Mutagenicidade
Princípio do Método
A avaliação do potencial mutagênico da substância teste foi realizada pelo Teste de Ames
através da indução de mutação reversa em cinco linhagens diferentes de Salmonella
typhimurium auxotróficas para o aminoácido histidina, isto é, estas linhagens requerem este
aminoácido para crescer, e foram construídas com o objetivo de detectar diferentes tipos de
agentes mutagênicos.
Um produto mutagênico muda a transcrição do gene, ou seja, a célula danificada teve mudança
no gene que será transmitido célula a célula.
Resultado
De acordo com os resultados obtidos, nas condições experimentais, a substância teste
(Seriliss) não induziu mutação, nas cinco linhagens diferentes de Salmonella typhimurium.
Realizado por:
GENOTOX-ROYAL
30
Corrosividade
Princípio do Método
A avaliação da corrosividade da substância teste foi realizada pelo método Corrositex®, que
é um teste in vitro, proposto como alternativa para os métodos in vivo para avaliação do
potencial de produtos químicos para provocar a corrosão da pele.
Resultado
De acordo com os resultados obtidos, nas condições experimentais, a substância teste
(Seriliss) é classificada no grupo de embalagem II (grau de corrosividade moderada).
Realizado por:
Chemyunion (protocolo aceito pelo ICCVAM - Interagency Coordinating Committee on the
Validation of Alternative Methods)
A dose letal média (DL50) é definida como a quantidade de substância necessária para matar
50% de uma população de animais submetidos a uma única administração via oral dentro de
um pequeno período.
Resultado
Nas condições experimentais, a substância teste (Seriliss), apresentou dose letal média (DL50) maior
que 2000mg/kg de peso vivo quando administrada por via oral em ratos. o que permite classificar
o Seriliss na classe toxicológica 5, destinada a produtos com toxicidade aguda relativamente baixa
(The Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals – GHS).
Realizado por:
BIOAGRI Laboratórios
O potencial irritante é classificado com base na pontuação média obtida em relação aos sinais
observados característicos de irritação.
Resultado
Nas condições experimentais, a substância teste (Seriliss) foi considerada irritante contra a
membrana corioalantoide dos ovos de galinha embrionado.
Este resultado é compatível com a categoria de produtos ácidos tendo como referência ácido
láctico a 5%.
Realizado por:
Chemyunion (protocolo aceito pelo ICCVAM - Interagency Coordinating Committee on the
Validation of Alternative Methods )
Resultado
Nas condições experimentais, a substância foi considerada moderadamente irritante.
Este resultado é compatível com a categoria de produtos ácidos tendo como referência ácido
láctico a 5%.
Realizado por:
In Vitro Cells (protocolo validado pelo ECVAM)
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Avaliação da compatibilidade cutânea – PC1
Princípio do Método
A avaliação da compatibilidade cutânea da substância teste foi realizada através da avaliação
clínica da tolerância cutânea da mesma, em condições controladas e maximizadas.
O teste consiste na aplicação de forma padronizada, da substância teste, (forma pura -28% do
ativo), na pele da região antecubital dos braços dos voluntários.
Resultado
Nas condições experimentais, foi possível observar que nenhum voluntário apresentou sensação
de desconforto e 3 voluntários apresentaram eritema leve após a aplicação do produto, o que
de acordo com as condições e procedimentos adotados durante o estudo, considera que
o Seriliss apresentou muito boa compatibilidade cutânea dentro da população amostral
avaliada (9 voluntários).
Realizado por:
Grupo Ecolyzer
Princípio do Método
A avaliação do potencial de irritabilidade dérmica e sensibilização cutânea da substância teste,
foi realizada por teste de contato (patch test), que vem sendo a principal ferramenta utilizada no
diagnóstico das reações provocadas por produtos cosméticos e na pesquisa da alergenicidade.
O teste consiste em aplicações repetidas da substância teste,(diluída a 5,0% em soro fisiológico estéril,
distribuídos sobre discos de papel de filtro e fixados na região do dorso) na pele dos voluntários.
Resultado
Nas condições experimentais, foi possível concluir que Seriliss não induziu processo de
irritação e sensibilização cutânea, durante o período de estudo, uma vez que não foram
detectadas reações adversas (eritema, edema, pápulas ou vesículas) nas áreas de aplicação
do produto, durante o período de estudo.
Realizado por:
Grupo Ecolyzer
Formaldeído lIVRE
Metodologia:
Quantificação do formaldeído livre, através da técnica de cromatografia líquida de alta
eficiência, após derivatização com dinitrofenilhidrazina (DNPH) e detecção por UV a 360 nm.
Resultado
Não foi detectado formaldeído livre na amostra do produto Seriliss, comprovando que
Seriliss não possui formaldeído em sua composição.
Sendo assim, recomenda-se que essa determinação seja feita por método utilizando
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) mediante a derivatização em compostos
estáveis.
O objetivo foi comprovar que o produto Seriliss, quando submetido ao calor , gerado pelo
uso do secador e da chapinha é seguro para uso.
A segurança em uso do Seriliss foi avaliada seguindo duas normas regulamentadoras quanto à
insalubridade gerada pela exposição de trabalhadores à agentes químicos, sendo neste caso o foco
de detecção ambiental, o formaldeído. As diferentes entidades de proteção aos trabalhadores
determinam valores máximos de exposição por um limite de horas semanais trabalhadas.
34
1. ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists):
Estabelece a concentração, abaixo da qual, a maioria dos trabalhadores pode
ficar exposta, repetidas vezes, dia após dia, sem resultar em efeito adverso
para sua saúde. Esta concentração foi calculada para carga de trabalho de
40h semanais.
LIMITES DE TOLERÂNCIA
ACGIH NR15
RISCO QUÍMICO
IR: Índice de Risco – é o valor calculado pela relação entre os resultados encontrados para a
substância em teste e o limite de tolerância para as mesmas.
Salon Test
Este teste consistiu em quantificar o risco de exposição ao formaldeído no processo de
relaxamento, realizado em salão de cabeleireiro, verificando se os valores encontrados
estão de acordo com a instituição ACGIH (American Conference of Governmental Industrial
Metodologia
Quantificação do formaldeído liberado no ar atmosférico, realizado em ambiente de salão
de beleza, após etapas de aplicação do produto, escovação e passagem de prancha térmica. A
amostragem do ar foi realizada por meio de bombas de aspiração conectadas a amostradores,
e posterior determinação através de cromatografia líquida de alta eficiência, com detector
UV. O amostrador consistiu em um tubo de sílica gel tratado com dinitrofenilhidrazina
(DNPH).
Este teste foi realizado para o Seriliss na forma aplicada em base defrizante a 20% p/p.
36
Resultado
Valores de formaldeído liberado em Salon Test, correspondente ao produto Seriliss, aplicado
em base defrizante a 20% p/p.
1ª ETAPA
0,03 0,10 0,02
Aplicação do produto contendo Seriliss
2ª ETAPA
Escovação com secador 0,03 0,10 0,02
(cabelereira 1)
2ª ETAPA
Escovação 0,05 0,17 0,03
(cabelereira 2)
3ª ETAPA
Prancha térmica 0,08 0,27 0,05
(cabelereira 1)
3ª ETAPA
Prancha térmica 0,09** 0,30 0,06
(cabelereira 2)
IR = 0,09
1,6
IR = 0,06
Conclusão:
A concentração de formaldeído liberada da amostra do Seriliss em teste está 16,67 vezes
abaixo do limite permitido (IR= 1) tendo como referência a NR15.
IR = 0,09
0,3
IR = 0,3
Conclusão:
A concentração de formaldeído liberada da amostra do Seriliss em teste está 3,75 vezes abaixo
do limite permitido (IR= 1), tendo como referência a ACGIH.
IR Descrição
38
A medida do conteúdo de formaldeído liberado após a aplicação da formulação contendo
Seriliss demonstrou liberação de formaldeído extremamente baixa, estando os valores
encontrados muito próximos da concentração inicial encontrada no ambiente, antes da
aplicação da formulação contendo Seriliss.
SERILISS
mAU
40
6.292
12.784 -
3.563
30
3.141
20
12.279 -
4.691 -
14.055 -
10
15.260 -
40
30
3.358
3.009
20
6.059
10
Figura 11. Perfil cromatográfico dos produtos Seriliss e ácido glioxílico 50%
Cromatogramas obtidos através do cromatógrafo líquido da Agilent Technologies 1200 series.
Destacamos que Seriliss contém ácido glioxílico porém, como demonstra o gráfico, o produto
é muito mais que isso. Os demais componentes visam reduzir o dano ao cabelo, criando um
sistema não liberador de formaldeído. Mesmo em condições extremas de temperatura, o
sistema de proteção capilar reduz o dano deixando a cutícula mais homogênea, o que significa
maior brilho e tratamento.
Sugerimos às empresas que utilizam em suas formulações produtos ácidos como Seriliss, que
alertem os profissionais desta eventual possibilidade, especialmente em cabelos tingidos de
vermelho, ruivo e loiro.
40
TESTES DE EFICÁCIA
MEV - AVALIAÇÃO POR MEV DE AMOSTRAS DE FIOS DE CABELOS.
Mechas Avaliadas
Mecha Controle:
Lavada com sol. LSS 10% e tingida com coloração Loreal Excellence (vermelho amora 556).
Mecha controle (com processo de lavagem e tintura) Mecha controle (com processo de lavagem e tintura)
Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss
42
Figura 13:
Mecha controle (com processo de lavagem e tintura) Mecha controle (com processo de lavagem e tintura)
Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss
Mecha controle (com processo de lavagem e tintura) Mecha controle (com processo de lavagem e tintura)
Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss
Resultado: de acordo com a avaliação realizada por Microscopia Eletrônica de Varredura constatamos uma
maior proteção ao dano nas mechas tratadas com a formulação contendo Seriliss a 20% nas figuras 1, 2 e 3.
44
Advertências
Incompatibilidades
Caso o cabelo já tenha passado por algum processo químico é fundamental observar a
possibilidade de incompatibilidade do produto que foi aplicado e o que será aplicado.
NÃO RECOMENDAMOS o uso de Seriliss em cabelos que utilizaram processos químicos
baseados em hidróxidos, tioglicolatos e guanidinas, pois a formação de lantioninas, passíveis
de ocorrer nos pontos de intersecção no processo de retoque de raiz, onde as diferentes
substâncias químicas foram utilizadas, pode levar à quebra capilar.
Sempre sugerimos o teste de mecha preliminar.
Farmacotécnica
FASE A (% p/p)
• Álcool cetoestearílico 3,50
• Óleo mineral 1,00
• Hidragloss Quat C22 (Behentrimonium Chloride
(and) Cetearyl Alcohol (and) Astrocaryum Murumuru Seed Butter) 3,00
• Chemylan AGLA (Cetyl Acetate (and) Acetylated Lanolin Alcohol) 1,00
• Activeshine WCG (Vegetable Oil) 1,00
• Chemynol (Phenoxyethanol and Parabens) 0,50
FASE B
• Água deionizada q.s.p. 100,00
• EDTA Dissódico (Disodium EDTA) 0,20
• Cloreto de cetil trimetil amônio (50%) 2,00
• Glicerina 2,00
FASE C
Seriliss (Water (and) Glyoxyloyl Hydrolyzed Wheat Protein/Sericin
(and) Glyoxylic Acid (and) Sericin (and) Guar Hydroxypropyltrimonium
Chloride) 20,00
PROCESSO DE FABRICAÇÃO:
• Aquecer, separadamente, as fases A e B a 75-80°C.
• Adicionar a fase B em A. Emulsionar sob agitação.
• Manter agitação e aquecimento por 10 minutos. Iniciar resfriamento sob agitação.
• Por volta, dos 45°C, adicionar fase C. Homogeneizar.
REF.: 2232-B
46
RINSE-OFF DEFRIZANTE - LOTE : CLV002A12
FASE A (% p/p)
• Uniox C (Cetearyl Alcohol (and) Polysorbate-60) 7,00
• Activeshine WCG (Vegetable Oil) 3,00
FASE B
• Água deionizada (Water) qsp 100,00
• Hidroxietilcelulose (Hydroxyethylcellulose) 0,20
FASE C
• Chemynol MIT/CMIT (Water (and) Methylchloroisothiazolinone
(and) Methylisothiazolinone (and) Magnesium Nitrate) 0,10
• Silicone DC 949* (Amodimethicone (and) CetrimoniumChloride (and)
Trideceth-12) 1,50
• Seriseal (Water (and) Polyquaternium-7 (and) Sericin (and)
Guar Hydroxypropyltrimonium Chloride (and) Cetrimonium Chloride
(and) Behentrimonium Chloride) 3,00
FASE D
• Seriliss (Water (and) Glyoxyloyl Hydrolyzed Wheat Protein/Sericin
(and) Glyoxylic Acid (and) Sericin (and) Guar Hydroxypropyltrimonium
Chloride) 20,00
PROCESSO DE FABRICAÇÃO:
• Aquecer, separadamente, os componentes da fase A e B a 75-80ºC.
• Adicionar a fase B sobre a fase A. Emulsionar.
• Manter a temperatura e agitação por 10 minutos. Iniciar resfriamento com agitação.
• Por volta dos 45ºC, adicionar, um a um, os componentes da fase C, homogeneizando
após cada adição.
• Adicionar fase D. Homogeneizar.
2. Enxaguar.
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POR QUE USAR?
Quais os reais benefícios de Seriliss frente a tantas
promessas?
• ALINHA E PROTEGE = reduz volume, cachos e pela RETICULAÇÃO
PROTEICA protege o fio de um dano maior, cabelo este
normalmente já poroso e danificado por outros processos.
Concentração Sugerida
• Até 20%
2. Feughelman M. Morphology and Properties of Hair, In: Hair and Hair Care, Johnson D,
Marcel Dekker Inc., New York, 1997.
5. Swift JA. Human Hair Cuticle, Biologically Conspired to Owner´s Advantage. Int J Cosm
Sci, 50:23-47, 2008.
7. Mercer EH. The Fine Structure of Keratin. Text Res J, 27:860-866, 1957.
8. Rogers GE. Electron Microscope Studies of Hair and Wool. Annals of New York
Academy of Sciences, 83:378-399, 1959.
10. Bernard B. Hair Shape of Curly Hair. J Am Acad Dermatol, 48:S120-S126, 2003.
11. Robbins C, Crawford R. Cuticle Damage and the Tensile Properties of Human Hair. J Soc
Cosmet Chem, 42:59-67, 2001.
13. Beyak R, Kass G, Meyer C. Elasticity and Tensile Properties of Human Hair II. Light
Radiation Effects. J Soc Cosmet Chem, 22:667-678, 1991.
50
15. Wolfram L, Albrecht L. Chemical and Photobleaching of Brown and Red Hair. J Soc
Cosmet Chem 38: 179-191, 1987.
17. Formol e Glutaraldeído como alisantes – Diga NÃO ao Uso Indevido. Disponível
em: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/escova_progressiva.htm.
Acessado em: 06/10/2011