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SErIlISS

RELAJACIÓN PROFESIONAL PROGRESIVA


Introdução
Sempre alinhada às necessidades do consumidor e às tendências mercadológicas éticas, a
Chemyunion intensificou, em especial nos últimos dois anos, suas pesquisas na área capilar,
possibilitando, além de uma evolução tecnológica relacionada à qualidade, segurança e
eficácia de seus produtos, um avanço científico em anatomofisiologia e química dos cabelos,
essenciais para um envolvimento completo na busca por soluções inovadoras em cuidados
capilares.

É dentro deste contexto de transparência e cientificismo que, antes mesmo de demostrar


todas as virtudes e particularidades do Seriliss, temos a intenção de abordar em detalhes,
todos os aspectos relacionados à química e ao comportamento físico dos cabelos, desde
aqueles meramente morfológicos, até os mais notoriamente interessantes no que tange aos
benefícios de diferentes tratamentos, aos cuidados requeridos em cada um dos processos
químicos normalmente adotados e, finalmente, ao bem-estar final do consumidor.

Caro cliente, boa leitura!

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MorFologIA E EStruturA
MACroMolECulAr doS CAbEloS
nas últimas décadas, um grande avanço pode ser observado no que diz respeito às descobertas
na área da ciência capilar. Estudos relacionados à morfologia, ao crescimento e aqueles inerentes
à estrutura macromolecular do cabelo, foram os mais intensos. lipídios covalentemente ligados
consistindo de ácido 18-metileicosanóico, por exemplo, foram identificados recentemente
como sendo a estrutura de cobertura ligada à camada externa das cutículas, contribuindo para
as propriedades de superfície das fibras, sendo inteiramente relacionados à penetração de
ingredientes e à proteção, incluindo a quebra permanente da membrana cuticular por agressão
química ou física, como processos de coloração (tingimento), alisamento, permanentes e radiação
solar. o conhecimento do desenvolvimento e formação capilar, tanto celular quanto molecular,
cresce rapidamente.

As estruturas e nomenclaturas das proteínas capilares, desde os filamentos intermediários, até


aqueles de terminação queratina-associados, continuam em constante evolução. Por fim, o
sequenciamento de proteínas do cabelo e as relações proteínas-genes, incluindo as mutações,
estão começando a se encaixar de uma maneira mais significativa. Embora ainda haja muito a
ser descoberto, o que se postula hoje, nos permite evoluir no desenvolvimento de produtos
e correlatos para aplicação capilar, com o máximo de eficácia, dentro dos limites mínimos de
segurança1.

do ponto de vista anatômico-funcional, o cabelo humano é um apêndice contendo queratina


que cresce a partir de grandes cavidades ou sacos chamados folículos. Folículos pilosos
estendem-se desde a superfície da pele através do estrato córneo, partindo da derme e
passando pela epiderme (Figura 1). Estrato córneo

Epiderme viável

Glândula sebácea

Folículo piloso

Derme
Vaso sanguíneo

Glândula sudorípara

Figura 1. Esquema ilustrativo da pele humana demonstrando uma fibra capilar a partir do folículo piloso, bem como seu
surgimento a partir da derme e a sua forma de emergir através da epiderme e estrato córneo.

4
Do ponto de vista químico, o cabelo é um polímero biológico proteico formado por
um tipo específico de queratina, com alta cristalinidade, denominada a-queratina2. O
grande diferencial da queratina comparada a outros tipos de proteínas é o grande conteúdo
de enxofre (S) presente nos aminoácidos, derivado do ácido cisteico. Quando presentes
em cadeias próximas, os aminoácidos criam ligações covalentes enxofre-enxofre (S-S), que
conferem grande resistência mecânica aos fios de cabelo2,3.

Morfologicamente, o cabelo pode ser dividido em três camadas distintas (Figuras 2a e 2b):

• Cutícula: camada mais externa do cabelo, formada por


sobreposição de várias camadas de células cuticulares (em
torno de 5 a 10), apresentando um grande número de conteúdo
cisteico3,4,5,6. Promove proteção do córtex e é a principal interface
com o meio externo. É nessa região que se observam os principais
efeitos macroscópicos relacionados à superfície, tais como
penteabilidade, desembaraçamento, brilho e aparência geral dos
cabelos.

• Córtex: essa região constitui a maior parte da massa do fio do


cabelo. Pode-se identificar também, grânulos de melanina cujo
tipo, tamanho e quantidade são responsáveis pela cor dos
cabelos e pela sua fotoproteção natural. É formado por fibras
alinhadas na direção do fio (macro e microfibrilas) nas quais estão
contidas as a-hélices de queratina, comumente conhecidas como
a-queratinas. A justaposição destes filamentos confere ao fio
de cabelo propriedades elásticas e resistência mecânica. No
córtex é onde os processos químicos envolvendo descoloração,
alisamentos, permanentes e algumas tinturas exercem sua
ação7,8. Maiores detalhes destes processos, em especial aqueles
destinados ao alisamento e alinhamentos dos fios, serão
abordados em momentos específicos neste documento.

• Medula: é a região central da fibra e pode ser ausente ou


descontínua em alguns casos. Como contribui pouco para as
propriedades mecânicas e químicas dos cabelos e, devido à
dificuldade em isolá-la, recebe pouca atenção científica pois
apresenta praticamente nenhuma função no cabelo humano2,5.

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Cutícula

Córtex

Medula

Figura 2a. Corte transversal do fio do cabelo humano, ilustrando as suas três principais estruturas morfoanatômicas:
cutícula, córtex e medula.

Cortex

Cutícula Medula

Cutícula do
invólucro Microfibrilas
ponta
Invólucro Canada de Macrofibrilas
interior Huxley

Canada Ortocortex
de Henie
Membrana
celular
Invólucro exterior
Medula Remanescentes
Tecido nucleares
conectivo
Paracortex
Zona de
queratinização

raiz
Melanocitos
Cutícula
Células em divisão

Cavidade dermo-papilar

Figura 2b. Macro e microestruturas do cabelo humano.

Apesar das definições clássicas quanto à anatomofisiologia dos cabelos, há questões que
devem ser levadas em consideração no momento da escolha do melhor método de tratamento
químico ou físico dos cabelos, dentre elas, a diferença entre etnias.

6
Diferenças Étnicas relacionadas
à Morfologia Capilar
Os diferentes tipos de cabelo podem ser classificados genericamente em três grandes grupos,
cuja distinção origina-se, principalmente, pela diferença na elipticidade (Figura 3):

I. Caucasianos
II. Orientais (ou mongóis)
III. Afro-americanos (ou crespos)

Caucasiano Oriental Crespo

Figura 3. Representação das secções transversais dos diferentes tipos de cabelo. O contorno em preto representa a
queratinização da camada cuticular.

Não se sabe exatamente a causa do formato seccional possuir conformação elíptica. Acredita-
se, que a diferença na inclinação do folículo piloso em relação à superfície cutânea, possa
afetar o desenvolvimento do cabelo durante a sua fase de queratinização. Esse processo
causa uma formação cuticular assimétrica (representada pela borda escura na Figura 3), que
é acentuada quanto maior for a inclinação do folículo. Assim, nas regiões de menor depósito
queratínico, há a formação de pontos de fragilidade onde se promove a curvatura do fio do
cabelo. A acentuação da curvatura pode chegar a casos extremos como, por exemplo, nos
cabelos crespos. Estudos mais recentes sugerem que a curvatura do fio dos cabelos crespos
se deve a uma programação celular e expressão proteica na região basal do folículo piloso,

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associado à uma falta de simetria axial na região do bulbo capilar fazendo com que, durante
a sua diferenciação, o fio do cabelo adquira a conformação curvada com corte seccional
elipsoidal9, 10.

A diferença do formato do fio de cabelo afeta tanto as características físicas do fio, como a
resistência mecânica e as propriedades de superfície, como também a reatividade a agentes
químicos. Isto ocorre, em especial, porque nas regiões de fragilidade pode haver uma maior
penetração das substâncias e consequentemente, um maior dano em resposta aos tratamentos
químicos1.

8
Propriedades Tênseis dos Cabelos
Como o fio do cabelo é considerado um substrato unidimensional, as propriedades que
regem a sua força longitudinal têm sido amplamente estudadas. As determinações tênseis são
aplicadas para avaliação de agentes agressivos, principalmente daqueles que atuam na região
do córtex, como é o caso dos processos de alisamento/relaxamento11.

GRÁFICO DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO DE UM FIO DE CABELO

C
Deformação

Figura 4. Gráfico de tensão vs.


deformação de um fio de cabelo.

Segmentos:
A-B: região Hookeana;
B-C: região de reconstituição;
B C-D: região pós-reconstituição;
A D: ponto de ruptura.
Tensão

Na medida em que a força de estiramento atua, há a progressão da mudança termodinâmica


de fase da proteína. Essa alteração ocorre com uma pequena variação da tensão comparada à
deformação, demonstrando a relação constante entre esses valores na região de reconstituição.
No início da região de pós-reconstituição, a proteína se encontra completamente desenrolada
e as forças atuantes para se continuar o processo de alongamento da fibra capilar são as
covalentes. Observam-se então, as quebras das ligações dissulfídicas até o rompimento do fio.

Outros parâmetros importantes que podem ser obtidos em um estudo de tensão vs. deformação
são: tensão de ruptura, força máxima na ruptura, trabalho de elongação e alongamento máximo.
Os valores de tensão a 15% e 30% de elongação foram determinados como independentes
de não-homogeneidade da seção transversal do fio12, e por isto, também são considerados
convenientes na determinação de alterações nas propriedades tênseis do cabelo, devido a
agentes agressores químicos ou físicos13. 

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Cor dos Cabelos
A cor é um fenômeno óptico provocado pelo estímulo das células especializadas da retina via
radiação eletromagnética em uma determinada região do visível. Entretanto, a denominação
de uma determinada cor é subjetiva por não haver uma escala física de medida, o que pode
levar a diferentes formas de sua interpretação.

A cor do cabelo, por sua vez, é determinada pela presença de grânulos de melanina na região
do córtex. Os pigmentos podem ser sub-classificados de acordo com a sua coloração, como: (1)
eumelaninas: coloração marrom a preta, ou (2) feomelaninas: coloração amarelo-avermelhada.
A melanina se apresenta na forma de grânulos de dimensões aproximadas de 0,4 a 1,0 µm de
comprimento e 0,1 a 0,5 µm de largura14.

As melaninas possuem rotas sintéticas comuns, sendo diferenciadas apenas a partir de certa
etapa da reação, conforme figura abaixo (Figura 5):

Ciclização e
polimerização oxidativa
Tirosina DOPA Dopaquinona

Tirosinase Cisteína EUMELANINAS

NH2
O O

SH O
OH
NH2
OH

5-S -cisteinilDopa
ciclização e
polimerização oxidativa

FEOMELANINAS

Figura 5. Mecanismo de formação de melanina14.

Conforme o diagrama demonstrado na Figura 5, a tirosina é primeiramente oxidada à DOPA e,


posteriormente à dopaquinona, ambas por ação da enzima tirosinase. Caso não haja a presença
de cisteína, a dopaquinona sofre uma ciclização direta e posterior polimerização, resultando
na formação de eumelaninas.

10
Por outro lado, na presença de cisteína, a dopaquinona sofre uma reação formando um
intermediário chamado 5-S-Cisteinildopa e outros isômeros de importância menor. A ciclização
e posterior polimerização desse intermediário, resulta na formação de feomelanina.

Como os dois tipos de melanina se formam através de rotas metabólicas semelhantes, acredita-
se que os pigmentos são formados no mesmo cabelo dependendo da quantidade de cisteína
presente no melanócito. As diversas colorações de cabelo existentes, são determinadas não
somente pela diferença na composição da quantidade de cada tipo de melanina, mas também
no diferente grau de agregação e dispersão de eumelanina15. Apesar da diferença de conteúdo
cisteico da eumelanina comparado à feomelanina, acredita-se que as propriedades físico-
químicas sejam bastante similares. Até o presente momento, não sabe-se ao certo se esta
diferença pode ter influência nas propriedades mecânicas do fio do cabelo inato (virgem).

Fotodegradação da melanina
A melanina possui a função de prover certo grau de fotoproteção aos cabelos, principalmente
na região do UVB (254 a 350 nm), onde possui maior absorção. Os pigmentos absorvem a
radiação eletromagnética, sofrem uma excitação eletrônica e, no relaxamento, dissipam essa
energia, geralmente na forma de calor. Como conseqüência, a melanina é degradada.

Um mecanismo proposto sugere que a degradação da eumelanina resulta em uma abertura do


anel quinônico por dois processos: (1) reação iônica (ou degradação química), na qual há um ataque
nucleofílico por um ânion resultante do H2O2•, ou (2) através da reação radicalar (degradação
fotoquímica), na qual a eumelanina sofre uma excitação eletrônica e, posteriormente, reage com um
oxigênio aniônico radicalar (gerado por degradação de algum componente no cabelo), causando
uma abertura no anel quinônico15 (Figura 6).

O
O O H
O O
O O H O I H I

O
OO
OO O
O
O
Eumelanina O
OO O
OO

OO
Excitação
Fotoquímica Intermediário
O OO
2

Figura 6. Mecanismo de degradação da melanina15 .

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Degradação Química da Melanina
A descoloração dos cabelos por um produto comercial ocorre em duas etapas distintas: (1)
dissolução dos grânulos de melanina e (2) clareamento (ou descoloração) propriamente dito.
A primeira fase ocorre, geralmente, sob ação de um oxidante específico, como o peróxido de
hidrogênio. Quando os grânulos estiverem “disponíveis”, eles são descoloridos de acordo com
a força do agente oxidante (segunda fase) sendo comumente utilizado o persulfato.

Cabe ressaltar, que não há estudos específicos sobre diferenças nas descolorações químicas
entre a feomelanina e a eumelanina. No entanto, devido à similaridade dos pigmentos em
termos de estrutura e rota metabólica, acredita-se que o nível de danificação seja similar16. 

12
Composição Química dos Cabelos
O cabelo humano é um tecido complexo constituído de vários componentes morfológicos,
conforme visto anteriormente, e cada componente consiste em várias diferentes espécies químicas.
É um sistema integrado, tanto em termos de sua estrutura, quanto em relação à sua composição
química e comportamento físico, onde seus componentes podem agir separadamente ou como
uma unidade. Por exemplo, o comportamento do atrito do cabelo está relacionado principalmente
à cutícula, no entanto, a cutícula, o córtex e seu componente intercelular atuam em conjunto,
determinando a maciez do cabelo. O comportamento à tração, por sua vez, é determinado em
grande parte pelo córtex, porém, mais recentemente, demonstrou-se que a integridade física da fibra
ao pentear, por exemplo, é determinada mais fortemente pelos componentes não-queratinizados
da cutícula, com algumas contribuições do córtex, bem como de outros componentes cuticulares.

Para simplificar e facilitar a discussão, os diferentes tipos de grupos químicos que compõem
o fio de cabelo humano são descritos aqui separadamente. No entanto, para uma clara
compreensão do seu comportamento químico e físico, é importante ressaltar que a fibra
capilar é um sistema integrado, onde vários componentes atuam simultaneamente.

Dependendo do seu teor de umidade, que pode atingir até 32% em peso, o cabelo humano
consiste em aproximadamente 65-95% de proteínas. As proteínas são resultado da condensação
polimérica de aminoácidos. Os principais aminoácidos que compõem o fio do cabelo normal
(virgem), bem como suas estruturas químicas, são apresentados abaixo.

Estrutura química dos aminoácidos encontrados na forma


hidrolisada do cabelo humano

FÓRMULA GENÉRICA ANFOTÉRICA + NH3 CH R=

DOS AMINOÁCIDOS = CO2 -

Quando R = hidrogênio
Glycina NH3 CH2 CO2
- ± 4,1%
+

Quando R = substituintes contendo hidrocarbonetos alifáticos

Alanina NH3 CH CH3 ± 2,8%


SERILISS
+
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04 2
-
CH3 13
DOS AMINOÁCIDOS = CO2 -

Quando R = hidrogênio
Glycina NH3 CH2 CO2
- ± 4,1%
+

Quando R = substituintes contendo hidrocarbonetos alifáticos

Alanina NH3 CH CH3 ± 2,8%


+ CO2 -
CH3

Valina NH3 CH CH ± 5,5%


+ CO2 - CH3

Isoleucina NH3 CH CH CH2 CH3 ± 4,8%


+ CO2 - CH3

CH3

Leucina
+ ± 6,4%
NH3 CH CH2 CH

CO2 - CO2

Quando R = substituintes contendo hidrocarbonetos aromáticos


Fenilalaina NH3 CH CH2 ± 2,4%
+ CO2 -

Tirosina NH3CH CH2 OH ± 2,2%


+ CO2 -

Quando R = substituintes contendo grupo amino


Lisina NH3 CH CH2 CH2 CH2 CH2 NH2 ± 1,9%
+ CO2 -
NH
Arginina NH3 CH CH2 CH2 CH2 NH C NH2 ± 8,9%
+ CO2 -

Histidina NH3 CH CH2 C N ± 1,2%


+ CO2 - C CH
H H
H

14
Histidina NH3 CH CH2 C N ± 1,2%
+ CO2 - C CH
H H
H

Quando R = substituintes contendo grupo carboxílico

Ácido aspártico* NH3 CH CH2 CO2H ± 3,9%


+ CO2 -

Ácido glutâmico* NH3 CH CH2 CH2 CO2H ± 13,6%


+ CO2 -

Quando R = substituintes contendo grupo hidroxila


OH

Treonina NH3 CH CH CH2 ± 8,5%


+ CO2 -

Serina NH3 CH CH2 OH ± 10,6%


+ CO2 -

Quando R = substituintes contendo enxofre


Cistina NH3 CH CH2 S S CH2 CH NH3 ± 9,0%
+ CO2 - CO2 - +

Metionina NH3 CH CH2 CH2 S CH3 ± 0,7%


+ CO2 -

Cisteína NH3 CH CH2 SH ± 9,0%


+ CO2 -

Ácido cistico NH3 CH CH2SO3H ± 6,9%


+ CO2 -

*
Ácido aspártico e ácido glutâmico existem tanto como amidas primárias, como em ácidos livres no cabelo humano.

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Quando R = substituintes contendo grupamento heterocíclico 15


2

Ácido cistico NH3 CH CH2SO3H ± 6,9%


+ CO2 -

Quando R = substituintes contendo grupamento heterocíclico


CH2 CH2

CH2 CH
-
CO2
Prolina ± 4,3%
N
+H H
+
NH3
CH2 CH

Triptofano CO2 - ± 1,0%


N

16
CAbEloS lISoS
dESMIStIFICAndo ProCEdIMEntoS
E AgEntES QuíMICoS
Como funciona um alisamento ou
relaxamento capilar químico?
Conforme descrito anteriormente, o cabelo é constituído basicamente de uma proteína:
a-queratina; composta por 4 cadeias poli-peptídicas formadas por uma série de aminoácidos
e enxofre. Um dos aminoácidos presentes e mais relacionado com a estrutura do fio é a
cisteína, responsável pelas ligações cisteínicas.

As ligações intramoleculares entre os aminoácidos da mesma cadeia promovem a sustentação


da estrutura da queratina. Entre os tipos de interação, temos as fracas como as pontes de
hidrogênio e as salinas e as fortes representadas pelas pontes dissulfeto. As fracas são
quebradas no simples ato de molhar os cabelos.

Existem os alisamentos temporários, que utilizam técnicas físico-químicas, como o secador


e a piastra (“chapinha”), e também a técnica do “hot comb” (pente quente de alisamento).
Ditos temporários, pois duram até a próxima lavagem. Necessitam que os cabelos sejam
previamente molhados, para que ocorra a quebra das pontes de hidrogênio no processo de
hidrólise da queratina, permitindo assim, a abertura temporária de sua estrutura helicoidal.
Com isso, o fio fica liso. A desidratação rápida com o secador mantém a forma lisa da
haste. A aplicação da prancha quente molda as células da cutícula (escamas), como se as
achatasse paralelamente à haste. O fio adquire aspecto liso e brilhante, por refletir mais
a luz incidente.

A busca pelo cabelo liso é constante e para quem possui cabelos crespos ou cacheados e
deseja um novo formato é necessário a quebra ou ataque das pontes de enxofre contidas na
cisteína.

Os alisamentos definitivos visam romper as pontes dissulfeto da queratina. A possibilidade


da interconversão entre as formas oxidadas (RSSR) e reduzidas (RSH) da cisteína é que
permite alisar um cabelo crespo ou ondular um cabelo liso. De maneira geral isso é
conseguido com fórmulas contendo alguns agentes químicos conhecidos, como: hidróxido
de sódio, lítio e potássio, hidróxido de guanidina (hidróxido de cálcio mais carbonato de
guanidina), bissulfitos e tioglicolato de amônia ou etanolamina. Essa ação acontece em pH
altamente alcalino.

Outro agente químico, utilizado para processos de relaxamento e alisamento capilar que
tornou-se frequente pois, além de mais barato, é um processo rápido e que deixa os fios com
brilho intenso, é o formaldeído (aldeído mais simples, de fórmula molecular H2CO).

O uso de formaldeído para alisamento capilar tornou-se frequente, o problema maior é que

18
é volátil e após aquecido, uma maior quantidade é inalada tanto por quem aplica quanto por
quem se submete ao tratamento. A ANVISA proíbe o uso de formol como alisante.

Formol é o formaldeído em solução a 37% . Normalmente uma concentração desta solução


é empiricamente misturada à queratina líquida e a um creme base condicionador. O produto
final é aplicado aos fios e espalhado com o auxílio de um pente. Em seguida, utilizam-se
secador e piastra. O calor do secador e da prancha aceleram a reação do formol e modelam
mais rapidamente o cabelo. Postula-se que o formaldeído se liga às proteínas da cutícula e aos
aminoácidos hidrolizados da solução de queratina, formando um filme endurecedor ao longo
do fio, impermeabilizando-o e mantendo-o rígido e liso. O fio torna-se suscetível à quebra, em
consequência aos traumas normais do dia a dia, como pentear e prender os cabelos.

Seguindo esta linha de raciocínio o formol relaxa pela formação de um filme sobre o
cabelo. O formol realmente pode polimerizar quando a concentração for muito elevada,
no entanto, a concentração usada nas formulações para alisamento e/ou relaxamento é
baixa para ocasionar tal polimerização. Outro fator contra essa idéia é que o polímero
de formaldeído, sofre hidrólise muito fácil em meio aquoso e assim o cabelo perderia
o efeito do alisamento na primeira lavagem. Mas é difícil afirmar que um filme formado,
consiga alisar o cabelo sem quebrar as ligações de dissulfeto responsável pela estrutura
encaracolada do cabelo. Se conseguir formar um filme sobre o cabelo, sem alterar as
pontes dissulfeto, a tendência seria que este filme seguisse o molde tridimensional do
cabelo, ou seja, seu molde natural sem promover o estiramento do fio.

Um mecanismo indiscutível ainda está por vir através de comprovação científica do que
está sendo feito em termos da química do cabelo, nesses processos de alisamento com
formaldeído. Mas uma boa suposição é que no processo de alisamento há uma quebra das
ligações dissulfetos, assim como um bloqueio para que essas não se restabeleçam novamente,
como a exemplo, nos processos químicos convencionais.

Outra forma de relaxamento capilar é o tratamento químico em pH ácido, na faixa de


1,0-1,5, que utiliza o ácido glioxílico ou seus derivados como agentes ativos.

O ácido glioxílico é um composto de menor peso molecular contendo as funções orgânicas,


ácido carboxílico e aldeído. Essa combinação promove uma excelente reatividade do aldeído
e baixa volatilidade tornando-o mais seguro em manipulações, ao contrário dos demais
aldeídos de baixo peso molecular que são voláteis ou mesmo de gases como o formaldeído,
facilmente absorvido na respiração.

Sendo um composto com estrutura molecular pequena, permite que o aldeído tenha acesso
a centros reativos do cabelo.

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O átomo de enxofre presente na estrutura capilar formando ligações dissulfeto, representa
um desses centros reativos; quando em contato com o ácido glioxílico, pode promover
uma reação de quebra da ligação e desta forma promover o RELAXAMENTO tanto pelo
alongamento da ligação dissulfeto quanto pela neutralização de carga negativa da superfície
do cabelo (devido a função do ácido carboxílico Fig 7).

A inserção do ácido glioxílico entre a ligação dissulfeto como um espaçador pode ser reversível,
principalmente em meio aquoso, permitindo assim o restabelecimento natural das pontes
dissulfeto, depois de sucessivas lavagens.

O OH
O

S S + H OH
S S
O

Figura 7. Mecanismo de insersão do ácido glioxílico na ligação dissulfeto

20
Explicando um possível fenômeno de
desbotamento que pode ocorrer no
processo de RELAXAMENTO
A cor da tintura, o tipo de alisante, o pH da formulação e a temperatura do secador e da
prancha, são algumas das variáveis que podem interferir na manutenção da cor do cabelo
tingido que sofre processos de relaxamento.

A coloração do cabelo geralmente ocorre pelo desbotamento do pigmento natural e a


inserção de um novo pigmento na cor desejada. Uma forma de conseguir essa pigmentação
sem chumbo é pela polimerização de pequenas moléculas orgânicas pertencentes a classe de
aminas aromáticas, que se inserem na estrutura do cabelo, principalmente no córtex capilar.

A tonalidade da cor pode ser conseguida com o mesmo agente de polimerização, alterando
apenas a sua quantidade, permitindo assim controlar o tamanho médio da cadeia polimerizada
na estrutura capilar. Outra forma de conseguir tonalidades diferentes é acrescentar substituintes
tais como Cl e NO2 na estrutura molecular das aminas, permitindo assim mudar a interação
eletrônica das mesmas e consequentemente a propriedade eletrônica do polímero formado a
partir dessas aminas aromáticas.

Como dito anteriormente, tanto o grau de polimerização como a estrutura molecular dessas
aminas podem gerar tonalidades diferentes em função da interação com a luz. Um polímero
de maior cadeia molecular geralmente tem a capacidade de absorver mais o espectro da
luz visível e consequentemente adquirir tons mais escuros. O polímero de massa menor, ou
seja, de cadeia menor pode não conseguir absorver todo o espectro da luz visível e acabar
refletindo as cores complementares.

Considerações:
As aminas aromáticas empregadas na coloração dos cabelos formam polímeros que podem
estabelecer conjugações eletrônicas entre suas unidades poliméricas e assim auxiliar na
absorção da radiação eletromagnética da luz.

Esta capacidade é proveniente do grau de interação eletrônica entre cada unidade polimérica
e de outros fatores da estrutura molecular do polímero. O grau de interação eletrônica é
determinado através da conjugação eletrônica promovida pelo par de elétrons do átomo de
nitrogênio do polímero e o tamanho da cadeia polimérica.

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Cadeias poliméricas maiores possibilitam maior grau de interação eletrônica e
consequentemente maior interatividade com a radiação composta da luz.

Cadeias poliméricas menores tem menor grau de interação eletrônica e consequentemente


podem não conseguir absorver toda a radiação composta da luz, e isto acaba resultando na
emissão de cor.

Assim uma argumentação que explique a mudança de cor do cabelo tingido com essas
aminas aromáticas pode estar no par de elétrons do nitrogênio, responsável pela conjugação
eletrônica por ressonância com os anéis aromáticos. O par de elétrons possui caráter básico e
na presença de um ácido é facilmente protonado. Esta interação é quimicamente favorável e
é neste ponto que a mudança de pH pode interferir no desbotamento do cabelo.

Isto pode ser melhor entendido na ilustração abaixo:

Consideremos uma unidade polimérica A , representada pelo dímero das aminas 1,4- diamino
benzeno e 1,3-diamino benzeno que podem ser encontradas em formulações destinadas à
coloração capilar.

A unidade polimérica representada em A pode gerar uma outra B, através de uma forma de
ressonância que é comum para esse tipo de estrutura conforme demonstrado na figura 8.
Essa conjugação por ressonância pode se estender a outras estruturas de ressonância e com a
participação dos outros átomos de nitrogênio.

H
NH2 NH2 . H : NH2 : NH2
-
N N+

+ : : : :
N N N N
NH2
NH2 H H H H

n n
A B
Figura 8. Conjugação por ressonância entre aminas aromáticas

22
Em uma análise complementar, para melhor entendermos o fenômeno do desbotamento,
se colocarmos essa mesma unidade polimérica A na presença de um ácido poderá ocorrer
uma protonação em um dos átomos de nitrogênio afetando a sua ativação eletrônica no
anel aromático através da ressonância. Quando isso ocorre no nitrogênio indicado na figura 9
ocorre a quaternização; não tendo mais um par de elétrons livre, não poderá mais estabelecer
ressonância com o anel aromático.

H+

H : NH2 H : NH2
H
:
N N+

: : : :
N N N N
H H H H

n n

Figura 9. Protonação da amina aromática

Outra questão bastante pertinente que pode ocorrer quando se utiliza ácido glioxílico
é uma reação de formação de imina entre o ácido glioxílico e o polímero dessas aminas;
principalmente com a terminação do polímero que apresentar amina primária. Essa reação
também afeta a conjugação do nitrogênio com os anéis aromáticos podendo modificar a cor.

NH2 N
O

OH

Figura 10. Formação de imina

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23
Objetivando...
Agora que já foi discutido o mecanismo pelo qual o ácido glioxílico pode relaxar
temporariamente o cabelo e em alguns casos causar desbotamento é interessante perguntar:

Porque a aplicação do ácido glioxílico provoca maior desbotamento no cabelo tingido de


vermelho ou loiro do que no preto?

As considerações que seguem tem como referência as tinturas baseadas em aminas aromáticas
(embora possa ser aplicado a outros processos de tingimento).

Nossas observações durante os estudos realizados com ácido glioxílico aliados aos
conhecimentos de química e física nos levam a supor que isto pode ocorrer por 3 razões:

1. a polimerização para formação da cor vermelha e/ou loira é


resultado do tipo e do grau de polimerização da amina empregada.
Polímeros de menor peso molecular, quando são protonados
podem ser mais facilmente retirados em meio aquoso do que
polímeros grandes da cor escura que se encontram mais presos
na estrutura do cabelo.

2. na cor vermelha e loira, em função das unidades poliméricas


serem geralmente menores há mais terminações que podem ter
a amina primária e reagir conforme mostrado na figura 10.

3. em relação ao cabelo tingido de preto, o córtex do cabelo colorido


de vermelho e loiro pode estar menos saturado com o polímero,
portanto a penetração do ácido glioxílico pode ser facilitada.

24
A tração mecÂnica aumenta a cinética das reações
descritas para explicar a causa do desbotamento?
Avaliando o efeito da escovação sobre o desbotamento, verifica-se que o processo mecânico
arrasta também os pigmentos, favorecendo a mudança de tom, mas a causa principal é a ação
do ácido, pois podemos observar um tom mais claro, na mecha que não sofreu escovação.

SEM AÇão coM AÇão


controle mecânica mecânica

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


25
A TEMPERATURA aumenta a cinética das reações ?
A temperatura aumenta a cinética das reações pois, oferece a energia necessária para atingir o
estado de transição entre a quebra de ligações e a formação de novas, processo que sempre
requer energia.

O pH interfere no desbotamento do cabelo?


Sim, pelo fenômeno conhecido como PROTONAÇÃO

As substâncias ácidas, utilizadas nos processos de realinhamento capilar, geram H+, prótons
que quimicamente apresentam afinidade com a estrutura dos pigmentos artificiais das tinturas
e quando em contato com estes, facilitam o processo de retirada destes referidos pigmentos,
resultando em desbotamento do cabelo.

26
SErIlISS
A VErdAdE EM rElAxAMEnto
CAPIlAr ProFISSIonAl

dentro do conceito de transparência e levando em consideração a ciência descrita de forma única


e desmistificada nesta literatura, a Chemyunion apresenta ao mercado:
Seriliss - Sistema de Relaxamento Capilar Profissional
Sinergia de ácido glioxílico e reticulação proteica, que promove relaxamento e alinhamento dos
fios ao mesmo tempo em que trata o cabelo e diminui o dano.

Vamos conhecê-lo...
SERILISS
A VERDADE EM RELAXAMENTO CAPILAR PROFISSIONAL

Descrição
Policarbamida proteica, ácido glioxílico, polímero catiônico e proteína da seda.

Composição
Nome INCI CAS No EINECS (I) / ELINCS (L)

Water (EU: Aqua; JPN: Onsen-Sui) 7732-18-5 231-791-2 (I)

Glyoxyloyl Hydrolyzed Wheat Protein/Sericin 67254-75-5 -

Glyoxylic Acid 298-12-4 206-058-5 (I)

Sericin 96690-41-4 306-235-8 (I)

Guar Hydroxypropyltrimonium Chloride 65497-29-2 232-536-8 (I)

Seriliss é um sistema de relaxamento capilar profissional baseado na sinergia de ácidos


carboxílicos e reticulação proteica, que atuará de maneira temporária promovendo relaxamento
e realinhamento dos fios por interação molecular entre as ligações hidrogênicas e salinas dos
fios de cabelo.

Os principais problemas dos relaxamentos convencionais são o enfraquecimento do fio, o


desbotamento, a quebra capilar, a perda do brilho e em alguns casos, processos insalubres
tanto para o profissional quanto para o consumidor.

A redução ao dano promovida pela ação do Seriliss é no processo de relaxamento.

Isto ocorre devido à enriquecida composição do produto, especialmente a SERICINA, proteína


capaz de promover o selamento da cutícula capilar, repondo a massa proteica e tratando o fio.

28
A sericina é uma proteína natural gelatinosa e hidrofílica produzida pelo bicho da seda, Bombyx
mori, cuja massa molecular varia entre 10kDa e 300kDa. Na fibra da seda, sua principal função
consiste em atuar como cimento entre dois filamentos fibrosos de fibroína.

Possui alta afinidade com a queratina do cabelo humano e na forma de proteína reticulada
liga-se fortemente a ela, agindo como um cimento, protegendo a cutícula.

Testes de segurança
Substância teste = Seriliss

Avaliação da Biodegradabilidade

Princípio do Método
A avaliação foi realizada pela determinação da biodegradabilidade imediata, pela medida de
dióxido de carbono desprendido em sistema fechado.

Resultado
Seriliss foi considerado um produto facilmente biodegradável.

Realizado por:
Grupo Ecolyzer

Avaliação do potencial citotóxico

A avaliação de citotoxicidade da substância teste foi realizada por testes in vitro utilizando o
método da liberação do corante vermelho neutro.

O estudo de citotoxicidade consiste na avaliação quantitativa da viabilidade celular em


resposta ao contato direto com a substância teste.

Resultado
Seriliss apresenta citotoxicidade classificada como importante com IC50 ≤ 25%. Este resultado
é compatível com o esperado para a categoria de produtos ácidos.

Realizado por:
Chemyunion (Protocolo validado pelo ECVAM - European Centre for Validation of Alternative
Methods)
SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04
29
Avaliação do potencial fototóxico

Princípio do Método
O estudo da fototoxicidade é baseado na comparação da citotoxicidade da substância teste,
na presença e ausência de radiação UVA em cultura de fibroblastos humanos.

Resultado
Seriliss é classificado como não fototóxico.

Realizado por:
Chemyunion (protocolo validado pelo ECVAM - European Centre for Validation of Alternative
Methods)

Mutagenicidade
Princípio do Método
A avaliação do potencial mutagênico da substância teste foi realizada pelo Teste de Ames
através da indução de mutação reversa em cinco linhagens diferentes de Salmonella
typhimurium auxotróficas para o aminoácido histidina, isto é, estas linhagens requerem este
aminoácido para crescer, e foram construídas com o objetivo de detectar diferentes tipos de
agentes mutagênicos.

Um produto mutagênico muda a transcrição do gene, ou seja, a célula danificada teve mudança
no gene que será transmitido célula a célula.

Resultado
De acordo com os resultados obtidos, nas condições experimentais, a substância teste
(Seriliss) não induziu mutação, nas cinco linhagens diferentes de Salmonella typhimurium.

Seriliss não é mutagênico.

Realizado por:
GENOTOX-ROYAL

30
Corrosividade
Princípio do Método
A avaliação da corrosividade da substância teste foi realizada pelo método Corrositex®, que
é um teste in vitro, proposto como alternativa para os métodos in vivo para avaliação do
potencial de produtos químicos para provocar a corrosão da pele.

O método de classificação é baseado na corrosão de uma membrana seguida da coloração de


um sistema de detecção.

Resultado
De acordo com os resultados obtidos, nas condições experimentais, a substância teste
(Seriliss) é classificada no grupo de embalagem II (grau de corrosividade moderada).

Realizado por:
Chemyunion (protocolo aceito pelo ICCVAM - Interagency Coordinating Committee on the
Validation of Alternative Methods)

Toxicidade Oral Aguda


Princípio do Método
A avaliação da toxicidade oral aguda da substância teste foi realizada através de ensaios de
Dose Fixa para ratos, com o objetivo de avaliar possíveis efeitos tóxicos da substância teste.

A dose letal média (DL50) é definida como a quantidade de substância necessária para matar
50% de uma população de animais submetidos a uma única administração via oral dentro de
um pequeno período.

Resultado
Nas condições experimentais, a substância teste (Seriliss), apresentou dose letal média (DL50) maior
que 2000mg/kg de peso vivo quando administrada por via oral em ratos. o que permite classificar
o Seriliss na classe toxicológica 5, destinada a produtos com toxicidade aguda relativamente baixa
(The Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals – GHS).

Realizado por:
BIOAGRI Laboratórios

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


31
Avaliação do potencial de irritação – HET - CAM
Princípio do Método
A avaliação do potencial irritante (HET - CAM) é um método semi-quantitativo, que vem sendo
aceito por órgãos regulatórios como um teste alternativo, para identificar o potencial irritante,
com o objetivo de reduzir os testes em animais.

O teste é baseado na observação dos sinais característicos de irritação (hiperemia, hemorragia


e coagulação), que podem ocorrer após 5 minutos da aplicação da substância teste (forma
pura - 28% do ativo), na membrana corioalantoide de ovo de galinha embrionado.

O potencial irritante é classificado com base na pontuação média obtida em relação aos sinais
observados característicos de irritação.

Resultado
Nas condições experimentais, a substância teste (Seriliss) foi considerada irritante contra a
membrana corioalantoide dos ovos de galinha embrionado.

Este resultado é compatível com a categoria de produtos ácidos tendo como referência ácido
láctico a 5%.

Realizado por:
Chemyunion (protocolo aceito pelo ICCVAM - Interagency Coordinating Committee on the
Validation of Alternative Methods )

Avaliação do potencial de irritação ocular – BCOP


Princípio do Método
A avaliação do potencial irritativo e tóxico ocular (BCOP) da substância teste foi baseada
na avaliação da opacidade e permeabilidade de uma substância após aplicação sobre um
complexo biológico com características similares às respostas em córnea humana.

Resultado
Nas condições experimentais, a substância foi considerada moderadamente irritante.

Este resultado é compatível com a categoria de produtos ácidos tendo como referência ácido
láctico a 5%.

Realizado por:
In Vitro Cells (protocolo validado pelo ECVAM)

32
Avaliação da compatibilidade cutânea – PC1
Princípio do Método
A avaliação da compatibilidade cutânea da substância teste foi realizada através da avaliação
clínica da tolerância cutânea da mesma, em condições controladas e maximizadas.

O teste consiste na aplicação de forma padronizada, da substância teste, (forma pura -28% do
ativo), na pele da região antecubital dos braços dos voluntários.

Resultado
Nas condições experimentais, foi possível observar que nenhum voluntário apresentou sensação
de desconforto e 3 voluntários apresentaram eritema leve após a aplicação do produto, o que
de acordo com as condições e procedimentos adotados durante o estudo, considera que
o Seriliss apresentou muito boa compatibilidade cutânea dentro da população amostral
avaliada (9 voluntários).

Realizado por:
Grupo Ecolyzer

Avaliação do potencial de irritabilidade dérmica primária,


cumulativa e sensibilização cutânea - HRIPT

Princípio do Método
A avaliação do potencial de irritabilidade dérmica e sensibilização cutânea da substância teste,
foi realizada por teste de contato (patch test), que vem sendo a principal ferramenta utilizada no
diagnóstico das reações provocadas por produtos cosméticos e na pesquisa da alergenicidade.

O teste consiste em aplicações repetidas da substância teste,(diluída a 5,0% em soro fisiológico estéril,
distribuídos sobre discos de papel de filtro e fixados na região do dorso) na pele dos voluntários.

Resultado
Nas condições experimentais, foi possível concluir que Seriliss não induziu processo de
irritação e sensibilização cutânea, durante o período de estudo, uma vez que não foram
detectadas reações adversas (eritema, edema, pápulas ou vesículas) nas áreas de aplicação
do produto, durante o período de estudo.

Realizado por:
Grupo Ecolyzer

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


33
SERILISS É LIVRE DE FORMALDEÍDO
Avaliação da Ausência de Formaldeído no Produto Seriliss
O objetivo deste teste foi verificar a presença ou não de traços de formaldeído na
composição do produto Seriliss.

Formaldeído lIVRE

Metodologia:
Quantificação do formaldeído livre, através da técnica de cromatografia líquida de alta
eficiência, após derivatização com dinitrofenilhidrazina (DNPH) e detecção por UV a 360 nm.

Resultado
Não foi detectado formaldeído livre na amostra do produto Seriliss, comprovando que
Seriliss não possui formaldeído em sua composição.

Amostra Formaldeído livre (ppm)

Seriliss Não detectado

Observação: Em sistemas contendo substâncias ácidas e básicas , não é recomendável a


detecção de formaldeído livre através de métodos analíticos usuais, tais como titulação ácido-
base, devido a interferência desses grupos químicos. Dentro desse conceito, compostos como
ácido glioxílico e aminoácidos presentes na formulação do produto Seriliss , impossibilitam a
utilização desses métodos.

Sendo assim, recomenda-se que essa determinação seja feita por método utilizando
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) mediante a derivatização em compostos
estáveis.

Comprovada a ausência de formaldeído na composição do produto Seriliss, a Chemyunion


partiu para os estudos do produto aplicado em um sistema cosmético, simulando as condições
em uso de um produto acabado contendo 20% do ativo Seriliss.

O objetivo foi comprovar que o produto Seriliss, quando submetido ao calor , gerado pelo
uso do secador e da chapinha é seguro para uso.

A segurança em uso do Seriliss foi avaliada seguindo duas normas regulamentadoras quanto à
insalubridade gerada pela exposição de trabalhadores à agentes químicos, sendo neste caso o foco
de detecção ambiental, o formaldeído. As diferentes entidades de proteção aos trabalhadores
determinam valores máximos de exposição por um limite de horas semanais trabalhadas.

34
1. ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists):
Estabelece a concentração, abaixo da qual, a maioria dos trabalhadores pode
ficar exposta, repetidas vezes, dia após dia, sem resultar em efeito adverso
para sua saúde. Esta concentração foi calculada para carga de trabalho de
40h semanais.

2. NR 15 (Atividades e Operações Insalubres): Norma regulamentadora do


Ministério do Trabalho que estabelece em seu anexo 11 as condições de
trabalho e os limites de tolerância para exposição a agentes químicos. Estes
limites foram fixados com base na OSHA, 1978 e ajustados para carga de
trabalho de 48h semanais 18.

LIMITES DE TOLERÂNCIA

A presença de algumas substâncias químicas no ambiente de trabalho poderá causar danos


à saúde dependendo basicamente de sua toxicidade, concentração, tempo de exposição e
suscetibilidade individual. Para o controle preventivo do ambiente de trabalho, é importante
quantificar as concentrações dos agentes químicos no ambiente e comparar com os limites
estabelecidos, chamados de limites de tolerância.

ACGIH NR15

Limite de Tolerância para formaldeído 0,3 ppm 1,6 ppm

RISCO QUÍMICO

São riscos causados pelas substâncias químicas no ambiente de trabalho, os quais em


função das condições de utilização poderão entrar em contato com o corpo humano e
causar danos.

IR: Índice de Risco – é o valor calculado pela relação entre os resultados encontrados para a
substância em teste e o limite de tolerância para as mesmas.

Salon Test
Este teste consistiu em quantificar o risco de exposição ao formaldeído no processo de
relaxamento, realizado em salão de cabeleireiro, verificando se os valores encontrados
estão de acordo com a instituição ACGIH (American Conference of Governmental Industrial

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


35
Hygienists), e a norma regulamentadora N°15 (NR15, anexo 11), da portaria 3214/78 do
Ministério do Trabalho.

Metodologia
Quantificação do formaldeído liberado no ar atmosférico, realizado em ambiente de salão
de beleza, após etapas de aplicação do produto, escovação e passagem de prancha térmica. A
amostragem do ar foi realizada por meio de bombas de aspiração conectadas a amostradores,
e posterior determinação através de cromatografia líquida de alta eficiência, com detector
UV. O amostrador consistiu em um tubo de sílica gel tratado com dinitrofenilhidrazina
(DNPH).

Este teste foi realizado para o Seriliss na forma aplicada em base defrizante a 20% p/p.

Etapa Descrição Número de amostras

1ª Etapa Aplicação do produto 1 amostra (1 cabelereira)

2ª Etapa Escovação e Secagem com Secador 2 amostras (2 cabelereiras)

3ª Etapa Uso da prancha com temperatura de 220°C 2 amostras (2 cabelereiras)

36
Resultado
Valores de formaldeído liberado em Salon Test, correspondente ao produto Seriliss, aplicado
em base defrizante a 20% p/p.

Formaldeído liberado em salão de beleza


Resultado IR* IR*
Etapa de avaliação (ppm) (ACGIH) (NR15)

Avaliação do ambiente antes da aplicação


do produto contendo Seriliss (Controle 0,05 0,17 0,03
negativo para presença de Formaldeído)

1ª ETAPA
0,03 0,10 0,02
Aplicação do produto contendo Seriliss

2ª ETAPA
Escovação com secador 0,03 0,10 0,02
(cabelereira 1)
2ª ETAPA
Escovação 0,05 0,17 0,03
(cabelereira 2)
3ª ETAPA
Prancha térmica 0,08 0,27 0,05
(cabelereira 1)
3ª ETAPA
Prancha térmica 0,09** 0,30 0,06
(cabelereira 2)

*IR: Corresponde ao Índice de Risco


Observação: ppm = partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.
** valor de formaldeído liberado utilizado para exemplificar o cálculo do índice de risco.

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


37
Exemplo 1 : IR para a Norma NR15 – Brasil

IR = Valor de formaldeído liberado da substância teste


Limite de tolerância

IR = 0,09
1,6

IR = 0,06

Conclusão:
A concentração de formaldeído liberada da amostra do Seriliss em teste está 16,67 vezes
abaixo do limite permitido (IR= 1) tendo como referência a NR15.

Exemplo 2 : IR para a ACGIH

IR = Valor de formaldeído liberado da substância teste


Limite de tolerância

IR = 0,09
0,3

IR = 0,3

Conclusão:
A concentração de formaldeído liberada da amostra do Seriliss em teste está 3,75 vezes abaixo
do limite permitido (IR= 1), tendo como referência a ACGIH.

IR Descrição

0 a 0,5 Abaixo do nível de ação e limite de tolerância

0,5 a 1,00 Entre nível de ação e limite de tolerância

Acima de 1,00 Acima do limite de tolerância

Observando os resultados da tabela: Formaldeído liberado em salão de beleza, verificamos


que existe naturalmente uma baixa concentração de formaldeído no ambiente.

38
A medida do conteúdo de formaldeído liberado após a aplicação da formulação contendo
Seriliss demonstrou liberação de formaldeído extremamente baixa, estando os valores
encontrados muito próximos da concentração inicial encontrada no ambiente, antes da
aplicação da formulação contendo Seriliss.

O resultado dos testes comprova também que a concentração de formaldeído liberada em


todas as etapas do processo de relaxamento com Seriliss ficou na faixa de IR (Índice de
Risco) entre 0 e 0,5 ou seja, abaixo do nível de ação e dos limites de tolerância de acordo
com a instituição American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH),
adotada como referência internacional e da norma regulamentadora N°15 (NR15, anexo 11),
da portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho (Atividades e Operações Insalubres).

ANÁLISE CROMATOGRÁFICA COM DETECÇÃO


POR ESPECTROFOTOMETRIA UV VISÍVEL
Perfis cromatográficos comparativos entre Seriliss e Ácido
Glioxílico

SERILISS
mAU

40
6.292

12.784 -
3.563

30
3.141

20
12.279 -
4.691 -

14.055 -

10
15.260 -

2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 mm


DAD1 A, Sig=260, 4 Ref=off (20120210\SERILISS 2012-02-10 11-51-23/002-0401.D)

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


39
ÁCIDO GLIOXÍLICO 50%
mAU

40

30
3.358
3.009

20
6.059

10

2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 mm


DAD1 A, Sig=260, 4 Ref=off (20111021\SERILISS 2011-10-21 11-57-11\0101. D)

Figura 11. Perfil cromatográfico dos produtos Seriliss e ácido glioxílico 50%
Cromatogramas obtidos através do cromatógrafo líquido da Agilent Technologies 1200 series.

Destacamos que Seriliss contém ácido glioxílico porém, como demonstra o gráfico, o produto
é muito mais que isso. Os demais componentes visam reduzir o dano ao cabelo, criando um
sistema não liberador de formaldeído. Mesmo em condições extremas de temperatura, o
sistema de proteção capilar reduz o dano deixando a cutícula mais homogênea, o que significa
maior brilho e tratamento.

Recomendações sobre o fenômeno de desbotamento:

Sugerimos às empresas que utilizam em suas formulações produtos ácidos como Seriliss, que
alertem os profissionais desta eventual possibilidade, especialmente em cabelos tingidos de
vermelho, ruivo e loiro.

Para solucionar este eventual fenômeno recomendamos ao profissional:

1. Relaxar e depois tingir (colorir) o cabelo.

2. Se for o caso de somente relaxar, caso ocorrer desbotamento,


corrigir colorindo.

40
TESTES DE EFICÁCIA
MEV - AVALIAÇÃO POR MEV DE AMOSTRAS DE FIOS DE CABELOS.

Teste realizado no Laboratório de Filmes Finos no Instituto de Física da Universidade de São


Paulo – USP, utilizando Microscópio Eletrônico de Varredura 6460LV da Jeol.

Mechas Avaliadas

Mecha Controle:
Lavada com sol. LSS 10% e tingida com coloração Loreal Excellence (vermelho amora 556).

Mecha tratada com SERILISS:


Lavada com sol. LSS 10% e tingida com coloração Loreal Excellence (vermelho amora 556) e
tratada com a formulação 2214, acrescida de Seriliss, 20%.

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


41
Figura 12:

Aumento de 1000 vezes Aumento de 3000 vezes

Mecha controle (com processo de lavagem e tintura) Mecha controle (com processo de lavagem e tintura)

Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss

Referência da fórmula 2214: Leave-on Defrizante – Lote CLV002A12, pg 48.

42
Figura 13:

Aumento de 1000 vezes Aumento de 3000 vezes

Mecha controle (com processo de lavagem e tintura) Mecha controle (com processo de lavagem e tintura)

Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss

Referência da fórmula 2214: Leave-on Defrizante – Lote CLV002A12, pg 48.

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


43
Figura 14:

Aumento de 1000 vezes Aumento de 3000 vezes

Mecha controle (com processo de lavagem e tintura) Mecha controle (com processo de lavagem e tintura)

Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss Mecha tratada - fórmula 2214 com Seriliss

Referência da fórmula 2214: Leave-on Defrizante – Lote CLV002A12, pg 48.

Resultado: de acordo com a avaliação realizada por Microscopia Eletrônica de Varredura constatamos uma
maior proteção ao dano nas mechas tratadas com a formulação contendo Seriliss a 20% nas figuras 1, 2 e 3.

44
Advertências

• Produto deve ser aplicado somente por PROFISSIONAL.

• Produto destinado a aplicação somente nos cabelos: Evitar que


o produto entre em contato com o couro cabeludo devido à
possibilidade de causar reações irritativas

• Excesso de produto aplicado deve ser removido para minimizar


risco de irritação.

Por esses motivos é imprescindível tomar certos cuidados :

1. Seguir sempre as orientações e restrições de uso.

2. Fazer um teste preliminar em uma mecha do cabelo para avaliar


o tempo necessário para obter o efeito desejado e se o cabelo
tem resistência ao produto.

3. Realizar uma prova de toque, conforme legislação para todos os


demais alisantes convencionais.

4. Cabelos coloridos devem ser avaliados criteriosamente.

Incompatibilidades

Caso o cabelo já tenha passado por algum processo químico é fundamental observar a
possibilidade de incompatibilidade do produto que foi aplicado e o que será aplicado.
NÃO RECOMENDAMOS o uso de Seriliss em cabelos que utilizaram processos químicos
baseados em hidróxidos, tioglicolatos e guanidinas, pois a formação de lantioninas, passíveis
de ocorrer nos pontos de intersecção no processo de retoque de raiz, onde as diferentes
substâncias químicas foram utilizadas, pode levar à quebra capilar.
Sempre sugerimos o teste de mecha preliminar.

Farmacotécnica

Devido à característica ácida da matéria-prima, as emulsões formuladas com Seriliss devem


ser cuidadosamente estudadas quanto à estabilidade.

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


45
Sugestões De Fórmulas

RINSE-OFF DEFRIZANTE - LOTE : CAC001A12

FASE A (% p/p)
• Álcool cetoestearílico 3,50
• Óleo mineral 1,00
• Hidragloss Quat C22 (Behentrimonium Chloride
(and) Cetearyl Alcohol (and) Astrocaryum Murumuru Seed Butter) 3,00
• Chemylan AGLA (Cetyl Acetate (and) Acetylated Lanolin Alcohol) 1,00
• Activeshine WCG (Vegetable Oil) 1,00
• Chemynol (Phenoxyethanol and Parabens) 0,50

FASE B
• Água deionizada q.s.p. 100,00
• EDTA Dissódico (Disodium EDTA) 0,20
• Cloreto de cetil trimetil amônio (50%) 2,00
• Glicerina 2,00

FASE C
Seriliss (Water (and) Glyoxyloyl Hydrolyzed Wheat Protein/Sericin
(and) Glyoxylic Acid (and) Sericin (and) Guar Hydroxypropyltrimonium
Chloride) 20,00

PROCESSO DE FABRICAÇÃO:
• Aquecer, separadamente, as fases A e B a 75-80°C.
• Adicionar a fase B em A. Emulsionar sob agitação.
• Manter agitação e aquecimento por 10 minutos. Iniciar resfriamento sob agitação.
• Por volta, dos 45°C, adicionar fase C. Homogeneizar.

REF.: 2232-B

46
RINSE-OFF DEFRIZANTE - LOTE : CLV002A12

FASE A (% p/p)
• Uniox C (Cetearyl Alcohol (and) Polysorbate-60) 7,00
• Activeshine WCG (Vegetable Oil) 3,00

FASE B
• Água deionizada (Water) qsp 100,00
• Hidroxietilcelulose (Hydroxyethylcellulose) 0,20

FASE C
• Chemynol MIT/CMIT (Water (and) Methylchloroisothiazolinone
(and) Methylisothiazolinone (and) Magnesium Nitrate) 0,10
• Silicone DC 949* (Amodimethicone (and) CetrimoniumChloride (and)
Trideceth-12) 1,50
• Seriseal (Water (and) Polyquaternium-7 (and) Sericin (and)
Guar Hydroxypropyltrimonium Chloride (and) Cetrimonium Chloride
(and) Behentrimonium Chloride) 3,00

FASE D
• Seriliss (Water (and) Glyoxyloyl Hydrolyzed Wheat Protein/Sericin
(and) Glyoxylic Acid (and) Sericin (and) Guar Hydroxypropyltrimonium
Chloride) 20,00

PROCESSO DE FABRICAÇÃO:
• Aquecer, separadamente, os componentes da fase A e B a 75-80ºC.
• Adicionar a fase B sobre a fase A. Emulsionar.
• Manter a temperatura e agitação por 10 minutos. Iniciar resfriamento com agitação.
• Por volta dos 45ºC, adicionar, um a um, os componentes da fase C, homogeneizando
após cada adição.
• Adicionar fase D. Homogeneizar.

FORNECEDOR: *Dow Corning


REF.: 2214-B

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


47
PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO PELO PROFISSIONAL


1. Lavar os cabelos com xampú de limpeza profunda, com pH


ligeiramente alcalino.

2. Enxaguar.

3. Tirar excesso com toalha.

4. Aplicar rinse-off com Seriliss da raiz até as pontas.

5. Deixar o produto em contato com o cabelo por 20 minutos.

6. Após esse tempo secar o cabelo com secador e proceder a


escovação.

7. Aplicar a prancha térmica na temperatura média de 200°C,


(“chapinha”) até que fique com a aparência desejada. Passar da raiz
as pontas ao redor de 5 a 7 vezes. Evite temperaturas superiores
a 210°C.

8. Após esse procedimento aguardar 15 minutos.

9. Enxaguar o cabelo somente com água e aplicar o condicionador.

10. Remover excesso com água e secar com secador.

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POR QUE USAR?
Quais os reais benefícios de Seriliss frente a tantas
promessas?
• ALINHA E PROTEGE = reduz volume, cachos e pela RETICULAÇÃO
PROTEICA protege o fio de um dano maior, cabelo este
normalmente já poroso e danificado por outros processos.

• ESCOVA PROGRESSIVA TEMPORÁRIA = performance e atributos


sensoriais : BRILHO, MACIEZ, MALEABILIDADE, HIDRATAÇÃO.

• SEGURO = dados de segurança disponíveis inclusive a não liberação


de formaldeído.

Para FINALIZAR, entre cada escova progressiva recomendamos


UMA PLÁSTICA CAPILAR COM O SERIdefrizz Intense Salon,
um sistema de nanocristalização capilar recém lançado pela
Chemyunion.

Aplicação e Indicações de Uso


• Emulsão capilar de contato temporário.

• Somente USO PROFISSIONAL.

• Dependendo do grau de encaracolamento do cabelo, recomenda-


se a aplicação de outros agente emolientes, doadores de brilho
tais como Activeshine WCG nas emulsões à quente e Omega Plus
em emulsões à frio, entre outros.

Concentração Sugerida
• Até 20%

SERILISS Relaxamento Progressivo Profissional - Revisão: 04


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Behavior of Human Hair, 4th Edition, Springer-Verlag, New York Inc., New York, 2002.

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Marcel Dekker Inc., New York, 1997.

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Português), 12(2):59-61, 2000.

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melanin. Physiol Chem Phys 14:363-374, 1982.

17. Formol e Glutaraldeído como alisantes – Diga NÃO ao Uso Indevido. Disponível
em: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/escova_progressiva.htm.
Acessado em: 06/10/2011

18. NR15. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentado-


ran-15-1.htm

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