Direito Constitucional1
Teoria geral do controle de constitucionalidade. O controle difuso de
constitucionalidade. O controle concentrado de constitucionalidade
(ADI, ADI por omissão, ADI interventiva, ADC, ADPF). Mutações
constitucionais. Técnicas de decisão dos Tribunais Constitucionais.
Decisões aditivas e substitutivas dos Tribunais Constitucionais.
Controle de constitucionalidade do direito estadual e do direito
municipal. Bloco de constitucionalidade. (prof. Filipe Kinsky)
1
Muito zelo foi dedicado a este trabalho; prestigie os autores. Esta obra é protegida. Sua circulação não autorizada
caracteriza crime de violação de direito autoral, previsto no art. 184 do Código Penal.
5. As normas constitucionais não só têm força normativa, como ocupam, hoje, o topo de
todo o ordenamento jurídico. Para manter essa sistemática, indispensável existirem métodos de
controle da validade das normas, a fim de não permitir que uma nova norma sobrepuja a
Constituição e todos os valores fundamentais que ela carrega. Essa alternativa é (verdadeira /
falsa).
10. Identifica-se, neste ponto da matéria, o seguinte sinalagma: ao mesmo tempo em que a
rigidez constitucional é pressuposto de existência do Controle de Constitucionalidade, o Controle
de Constitucionalidade é pressuposto para a existência de um efetivo sistema constitucional
rígido. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
11. Ainda, é necessário, para que haja controle de constitucionalidade, que um ou mais
órgãos tenham competência para realiza-lo. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
12. A doutrina reconhece, ainda, um segundo requisito necessário para que haja controle de
constitucionalidade: que um ou mais órgãos tenham competência para realiza-lo. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa).
13. No Brasil, somente órgãos do Poder Judiciário tem poder para declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo – ao que se dá o nome de Controle de
Constitucionalidade em Sentido Estrito –. Essa possibilidade de declarar a inconstitucionalidade
não se confunde com a possibilidade de apreciar a constitucionalidade ou não de lei ou ato
normativo, já que, neste último caso, a competência é mais abrangente. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).
Político: Quando é exercido exclusivamente por órgãos não pertencentes aos quadros do
judiciário.
Misto: Quando fica reservado, a algumas normas, a apreciação exclusiva de órgãos não
judiciários.
18. Segundo essa classificação, podemos concluir que o Brasil adota o controle de
constitucionalidade Jurisdicional.
Parâmetro é o nome dado ao bloco de normas de hierarquia constitucional que serão referência
para o controle. Em síntese, o parâmetro é o que deve prevalecer. É o modelo paramétrico que
será utilizado para aferir se o objeto – a lei ou o ato normativo impugnado – é ou não
constitucional. O Brasil adota tese em que todo o chamado Bloco de Constitucionalidade –
conjunto de todas as normas constitucionais – constitui o parâmetro.
(x) Texto principal da Constituição Federal – tirando o preâmbulo, que já vimos não ter pertinência
no mundo normativo –;
(x) ADCT;
( ) Normas apenas materialmente constitucionais.
(x) Trechos das Emendas Constitucionais não incorporados ao texto principal da Constituição;
(x) Princípios Constitucionais implícitos;
(x) Tratados sobre direitos humanos que passem pelo mesmo processo exigido para as Emendas
Constitucionais;
São, de acordo com Gustavo Zagrebelsky, as normas editadas por exigência direta da
Constituição Federal – seriam, portanto, as normas infraconstitucionais editadas em homenagem
a normas constitucionais de eficácia limitada ou contida –. O autor ventilou a ideia de que a
ofensa a essas normas seria ofensa direta a própria constituição. Como vimos, normas
infraconstitucionais, mesmo estas que se destinam a possibilitar ou restringir a eficácia de norma
constitucional, não podem ser parâmetro para o controle, já que não são formalmente
constitucionais.
O trecho passou por uma evolução interpretativa que, em apertada síntese, se deu da seguinte
forma:
i) Lei em sentido formal: É aquela que respeita o trâmite legal previsto na Constituição
Federal, sendo criada pelo Legislativo e Promulgada pelo Executivo.
ii) Lei em sentido material: É aquela que veicula norma abstrata e genérica – ela prevê
situação e, qualquer um que nela se enquadre será por ela afetado –.
iii) Ato Normativo: É ato genérico e abstrato, seja ele uma lei – em sentido formal – ou não.
A título de exemplo, um ato infralegal que regulamente uma lei, será Ato Normativo, mas não
será Lei em sentido formal.
A princípio, o STF adotou interpretação que conferia o sentido material ao termo “lei” – qualquer
norma abstrata e genérica –. Neste momento, “lei” e “ato normativo” foram considerados,
portanto, termos sinônimos.
Evoluindo sua interpretação, o STF passou a interpretar o termo “lei” em sentido formal. Essa
interpretação parece mais acertada porque prestigia a conjunção utilizada pelo constituinte – “ou”
–. Sabe aquela história de que “o constituinte não utiliza palavras em vão”? Pois é, na
interpretação antiga, ele parecia ter utilizado, sendo redundante. Portanto, na interpretação mais
nova, foram conferidos significados diferentes a “lei” – aquela que passa pelo trâmite legal –, e
“ato normativo” – norma de conteúdo genérico e abstrato –.
25. Lei de efeito concreto não pode ser objeto no Controle Abstrato. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa). Pode SIM! Note que, conforme explicado no box, pela interpretação
conferida anteriormente ao texto constitucional, não havia essa possibilidade. Contudo,
com a nova interpretação, há! Porque a Lei de Efeitos Concretos é uma Lei em sentido
formal. Exemplo: Lei Orçamentária.
26. Lei já revogada pode ser objeto do Controle Abstrato de Constitucionalidade, por meio de
ADI. Essa alternativa é (verdadeira / falsa). Em regra, NÃO! Retomemos a ideia de que a ADI
se presta a manter a harmonia do ordenamento jurídico vigente. Logo, não há
compatibilidade entre o fundamento existencial da ADI e um pedido de análise, pelo STF,
de uma norma que já fora revogada, a fim de ser perquirir se ela era ou não compatível
com o ordenamento – lembrando que, caso a lei tenha, quando em vigor, causado algum
tipo de dano, quem tenha sofrido tal dano poderá pleitear a reparação no controle difuso,
que aceita tranquilamente a norma já revogada como objeto –.
normativo no curso da ADI, a fim de que essa fosse extinta por perda de objeto, e editou-
se outro ato normativo de idêntico teor –. Nestes casos, o STF admite a emenda da inicial
pelo requerente, a fim de fazer constar o novo objeto, mantendo-se a ação.
configura excesso do poder de legislar, não encontrando eco no sistema constitucional vigente.
Essa alternativa é (verdadeira / falsa). Trata-se do RE 197.917, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ
07/05/04, que exemplifica o uso da expressão “excesso do poder de legislar”, pelo
Supremo, para se referir ao vício material de inconstitucionalidade.
34. i-c; ii-b; iii-a O problema prático apontado – inclusive pelo próprio PGR – para a
aceitação desta tese a fim de se declarar a inconstitucionalidade dos PL’s impugnados em
algumas ADI’s, é provar que o número de Congressistas comprometidos seria suficiente
para influenciar no resultado final das respectivas votações, levando-se em conta que só
se poderia colocar numa contagem de comprometidos aqueles votos dos congressistas
condenados penalmente, afinal, o Princípio da Inocência também acoberta congressistas.
Mas a tese é indiscutivelmente interessante, não é?
35. Quando se pretende criar um município, é requisito a edição Lei Estadual estipulando
essa criação, somada a um Estudo de viabilidade e um plebiscito, devendo ser observada uma
Lei Complementar Federal (art. 18 §4º da CR/88). Ocorre que essa Lei Complementar Federal
nunca existiu. As criações de Municípios realizadas de 1988 até aqui sofrem, portanto, de um
vício classificado como de inconstitucionalidade formal propriamente dita objetiva.
criado, mas não criou, mesmo havendo ordem constitucional para que trabalhasse – lembra das
normas de eficácia limitada? É delas mesmo que estamos falando –.
46. A técnica de declaração de inconstitucionalidade parcial tem por limite a não subversão
da mens legis. Exemplo: Se retira-se apenas a palavra “não”, de uma lei que aponta que “não é
permitido emitir poluentes acima de determinado nível, subverter-se-ia totalmente o sentido da
norma. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
Caso fosse impugnado perante o Supremo Tribunal Federal o art. 2º, e a Corte entendesse que
somente a extensão da prerrogativa "b" ao cargo BBB foi inconstitucional, não teria como retirar
essa regra do texto da lei mediante a supressão de alguma palavra ou expressão, porque o art.
2.º não contém, em seu texto, citação expressa do inciso II do art. 1º. Vale dizer, não seria
tecnicamente possível, mediante redução do texto do art. 2º, obter o efeito desejado - retirar do
cargo BBB a prerrogativa prevista no inciso II do art. l.º. Também não se pode suprimir o inciso
II do art. 1º 0 porque é perfeitamente válida a atribuição da prerrogativa "b" ao cargo AAA.”
Neste caso, eles sugerem a utilização da técnica da declaração parcial de inconstitucionalidade
sem redução de texto, a fim de simplesmente afastar a aplicação do inciso II do art. 1º do cargo
BBB. Nenhuma palavra seria suprimida, mas haveria declaração da inconstitucionalidade parcial
do art. 2º.
51. Existem dois tipos de inconstitucionalidade indireta, uma é a reflexa e a outra é por
arrastamento. Identifique-as:
52. A inconstitucionalidade por arrastamento não pode ser declarada de ofício. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa). PODE SIM! Não há que se falar em ofensa ao Princípio da
Adstrição. A declaração de ofício nada mais faz do que se valer da lógica.
53. Na ação direta de inconstitucionalidade ajuizada perante o STF, apesar de lhe ser
aplicável o princípio da congruência ou da adstrição ao pedido, admite-se a declaração de
inconstitucionalidade de uma norma que não tenha sido objeto do pedido, na hipótese
configuradora da denominada inconstitucionalidade por arrastamento. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).
56. O Presidente da República, a pretexto de exercer seu poder regulamentar, editou decreto,
sem que existisse lei tratando da matéria por ele disciplinada, pelo qual criou obrigações que
somente poderiam, à luz da Constituição Federal, ter sido instituídas por lei formal. Por esse
motivo, a constitucionalidade do referido decreto foi arguida em um caso concreto, como questão
prejudicial para o julgamento do pedido principal da petição inicial, ensejando, em segundo grau
de jurisdição, o pronunciamento do plenário de determinado Tribunal declarando a
inconstitucionalidade da norma, pelo voto da maioria absoluta de seus membros. À luz da
Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o decreto presidencial
poderia ter sido declarado inconstitucional pelo plenário do Tribunal, uma vez que as obrigações
foram criadas sem qualquer amparo legal e com ofensa direta à Constituição Federal, sendo
dispensada a manifestação plenária do Tribunal se o plenário do Supremo Tribunal Federal já
tiver declarado a inconstitucionalidade do mesmo decreto. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
Juiz do Trabalho – TRT-18ªR 2014 (FCC) A questão aborda o seguinte tema: E se o ato
secundário for editado sem existir um ato primário que lhe sirva de pressuposto de
validade? A lógica aqui é: Se foi editado um ato normativo secundário – um decreto
regulamentar, por exemplo –, sem base em qualquer ato normativo primário – não existe
uma lei tratando daquele tema que foi regulamentado –, o ato normativo secundário, em
verdade, está no ordenamento jurídico como se ato primário fosse – afinal, não existe
entre ele e a Constituição qualquer outra norma –. Segundo esse raciocínio, o STF
entendeu que este ato pode, sim, ser objeto de controle de constitucionalidade! Não se
trata de controle de legalidade, porque não há lei para servir de parâmetro. Interessante,
não é mesmo?
59. Uma norma não muda seu caráter constitucional ao longo do tempo. Se ela nasce
constitucional, ela sempre será constitucional. Se ela nasce inconstitucional, ela sempre foi
60. A chamada Inconstitucionalidade Circunstancial está ligada não a norma, em si, mas a
sua aplicação em determinada situação. Ocorre que a norma é constitucional, mas sua aplicação
em determinadas circunstâncias redundaria em inconstitucionalidade. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).
INCONSTITUCIONALIDADE CIRCUNSTANCIAL
Pedro Lenza traz o seguinte exemplo: “Como interessante exemplo, destacamos a ADI 223, na
qual se discutia a constitucionalidade de normas que proibiam a concessão de tutela antecipada
e liminares em face da Fazenda Pública. Sem dúvida, como anota Barcellos, a análise do
Judiciário seria diferente para duas situações distintas:
a) reenquadramento de servidor público;
b) concessão de tutela antecipada para que o Estado custeasse cirurgia de vida ou morte.
Nesse segundo caso, sem dúvida, dada a circunstância, a lei seria inconstitucional,
especialmente diante do art. 5º, XXXV da Constituição”.
O que nós iremos estudar agora, neste tópico, são as espécies de controle de
constitucionalidade. Veremos como e quando ocorre o controle. Animadíssimos? Tenho
certeza que sim. Vamos lá, então.
62. De acordo com o momento em que é realizado – antes ou depois da edição da norma –
o controle será classificado como preventivo ou repressivo. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).
65. Apesar de ser realizado usualmente pelo judiciário, tanto o Legislativo quanto o Executivo
contam, no ordenamento jurídico, com hipóteses em que lhes é possível realizar ou, pelo menos,
participar do controle de constitucionalidade repressivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
66. Os Chefes do Executivo Federal e Estadual tem legitimidade ativa para a propositura de
ação de (in)constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
67. Quando o Chefe do Executivo ordena que toda a Administração Pública a ele
subordinada deixe de aplicar determinada lei, porque a entende inconstitucional, está realizado
o controle de constitucionalidade repressivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Esse tema é interessante, vale a pena fazermos uma incursão histórica, dando uma aprofundada
para entendermos o porquê de existir essa possibilidade, mesmo não havendo previsão legal.
Contudo, esta posição não vingou no STF, que manteve o entendimento de que é possível o
descumprimento da lei quando o chefe do executivo considera-la inconstitucional.
Uadi Lammêgo Bulos aponta que“[...] assim, os titulares do poder – e não os seus agentes
– podem deixar de aplicar, no âmbito da Administração, leis ou atos administrativos
reputados inconstitucionais.
69. Um exemplo de costume constitucional citado pela doutrina seria o descumprimento, pelo
Poder Executivo, de leis que repute inconstitucionais, comportamento que não teria base
constitucional expressa, mas que é consagrado pelo uso, tratando-se, no caso, de um costume
praeter constitutionem. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz do Trabalho – TRT-23ªR
2011 (TRT-23R)
71. A competência exclusiva do Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder
Executivo é entendida, pela doutrina, como mecanismo político de controle repressivo de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz do Trabalho – TRT-6ªR 2010
(TRT-6ªR)
74. Existe, no Supremo, julgado no sentido de que, pelos mesmos motivos e raciocínio
exposto para os Chefes do Executivo, as Chefias do Legislativo também podem exigir que os
órgãos subordinados deixem de cumprir determinada norma por entendê-la inconstitucional.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). “Os Poderes Executivo e Legislativo, por sua chefia — e
isso mesmo tem sido questionado com o alargamento da legitimação ativa na ação direta de
inconstitucionalidade —, podem tão só determinar aos seus órgãos subordinados que deixem de
aplicar administrativamente as leis ou atos com força de lei que considerem inconstitucionais."
(ADI 221-MC, REL. MIN. MOREIRA ALVES, DJ 22/10/93)
77. Se o controle repressivo é o que acontece quando a norma já está pronta, a contrário
senso, o preventivo é aquele exercido durante o procedimento de confecção da norma, ou seja,
durante o processo legislativo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
78. O controle preventivo é usualmente realizado por órgãos políticos, ou seja, pelo Executivo
e pelo Legislativo e, só excepcionalmente, pelo Judiciário. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Isso acontece porque, afinal, o judiciário opera limitado pela inércia, só controlando a
constitucionalidade de alguma norma quando alguém o provoca para que analise a
constitucionalidade de uma norma – e para que isso aconteça, a norma, em regra, já estará
pronta –.
79. Uma das formas de controle preventivo é o veto, pelo Chefe do Executivo, de um projeto
de lei, com fundamento em um vício de constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). A fim de diferenciar do veto que não tem motivação jurídica, e sim política, convencionou-
se chamar este último de Veto Político. Trata-se de veto motivado pelo interesse público –. Note
que só a Controle de Constitucionalidade no veto Jurídico! O Veto Político não guarda qualquer
relação com o juízo de compatibilidade vertical entre norma infraconstitucional e a norma maior.
83. O referido veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de _______________ (15/ 30/
45) dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria
_____________ (simples/ absoluta) dos Deputados e Senadores. Art. 66 da CR/88, §4°
84. O controle prévio ou preventivo de constitucionalidade não pode ocorrer pela via
jurisdicional, uma vez que ao Poder Judiciário foi reservado o controle posterior ou repressivo,
realizado tanto de forma difusa quanto de forma concentrada. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).
Tendo o parlamentar esse direito líquido e certo, o desrespeito ao Devido Processo Legislativo
Constitucional, surge para ele a possibilidade de impetração de Mandado de Segurança, com
competência originária para apreciação do próprio STF (no caso de parlamentares federais, é
claro).
85. O parlamentar tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a
finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais
que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). (MS 24.642 , MIN. CARLOS VELLOSO, DJ 18/06/04)
instrumento hábil a provocar o judiciário, neste caso, é o M.S., e não uma ação típica do controle
de constitucionalidade concentrado.
87. Como, em âmbito federal, existem duas casas do legislativo, e o projeto tramita em uma
casa por vez, só poderá propor M.S. o parlamentar da casa em que o Projeto que tem seu
processo legislativo desrespeitado se encontra. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
88. O mérito do M.S. não será apreciado se o trâmite legislativo chegar ao fim, já que há
perda do objeto. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Sobre o tema, destacamos, para leitura, a seguinte ementa, de julgado que pode ser lido na
íntegra, aqui:
http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14819733/mandado-de-seguranca-ms-22487-df-stf
Congresso Nacional à correta observância, pelo Poder Legislativo da União, das diretrizes, que,
em nosso sistema institucional, condicionam, formal e materialmente, a validade do processo de
positivação do Direito. Cabe assinalar, desde logo, na linha do magistério jurisprudencial desta
Suprema Corte (MS 23.334-RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RDA 215/228-231, v.g.), que os
membros do Congresso Nacional dispõem de legitimidade ativa ad causam para provocar
a instauração do controle jurisdicional sobre o processo de formação das leis e das
emendas à Constituição, assistindo-lhes, sob tal perspectiva, irrecusável direito subjetivo
de impedir que a elaboração dos atos normativos, pelo Poder Legislativo, incida em
desvios inconstitucionais. É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal tem
reiteradamente proclamado, em favor dos congressistas - não, porém, em favor de terceiros - o
reconhecimento desse direito público subjetivo à correta elaboração das leis e das emendas à
Constituição: [...] somente ao parlamentar - que dispõe do direito público subjetivo à correta
observância das cláusulas que compõem o devido processo legislativo - assiste
legitimidade ativa ad causam para provocar a fiscalização jurisdicional.- A jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de recusar, a terceiros que não ostentem a
condição de parlamentar, qualquer legitimidade que lhes atribua a prerrogativa de questionar,
incidenter tantum, em sede mandamental, a validade jurídico-constitucional de proposta de
emenda à Constituição, ainda em tramitação no Congresso Nacional. [...] Desse modo, torna-se
possível, em princípio, a fiscalização jurisdicional do processo de criação dos atos normativos,
desde que, instaurada para viabilizar, incidenter tantum, o exame da compatibilidade das
proposições com o texto da Constituição da República, venha a ser iniciada por provocação
formal de qualquer dos integrantes das Casas legislativas. [...]
(STF - MS: 22487 DF, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 01/08/2001,
Data de Publicação: DJ 14/08/2001 P - 00236)
92. Como não há um tipo de ação específica para tratar da inconstitucionalidade quando do
controle difuso, infere-se que, quando invocada a inconstitucionalidade, ela existirá como
incidente no processo – incidenter tantum –, ou seja, será questão prejudicial à apreciação do
mérito, e nunca o mérito propriamente dito, nunca será o objeto da ação, sob pena de substituir
as ações próprias. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
93. A Ação Civil Pública tutelando direitos difusos ou coletivos não pode suscitar
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, já que seus efeitos transcendem o das pessoas em
juízo, o que redunda na substituição das ações típicas do controle concentrado por este
instrumento, mas sem haver legitimidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Esse raciocínio
já foi levantado, mas é superado. É sim possível o controle difuso, inclusive nas ACP’s, desde
que, assim como nas outras ações, o controle se limite a uma prejudicial, e não ao mérito, ou
seja, o reconhecimento da (in)constitucionalidade seja a causa de pedir, e não pedido.
94. O Controle de Constitucionalidade concreto faz coisa julgada material. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). NÃO! No Controle Difuso a Inconstitucionalidade é, no máximo, causa de
pedir, enquanto no Controle Concentrado faz parte do Pedido. E, daí, extrai-se o seguinte: No
Controle Difuso, justamente pela análise da constitucionalidade tratar-se de incidente processual,
não se fará presente o instituto da Coisa Julgada. Inclusive, se quer é possível a utilização da
Ação Declaratória Incidental.
95. A diferença básica entre o Controle Concentrado e o Difuso é que o controle concentrado
é feito em tese, abstratamente, de forma objetiva e concentrada em determinado órgão, enquanto
o Difuso é realizado por qualquer órgão do judiciário, sendo concreto, alegado como questão
prejudicial, incidentalmente no processo –. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
96. Quando o judiciário é invocado para resolver um litígio, pode ser que a resolução dependa
da análise da constitucionalidade de uma norma, análise esta sem a qual se torna inviável a
pacificação do conflito. Isso pode acontecer em qualquer processo e, quando acontecer,
qualquer uma das partes será apta para inaugurar discussão acerca da (in)constitucionalidade
da norma, de forma incidental – ou seja, o objeto central do processo não é a análise da
constitucionalidade, mas, para a solução do litígio, ela é necessária, sendo tratada como um
“incidente no curso do processo” –. Inclusive, não só as partes, mas o terceiro interveniente, o
MP – inclusive como custos legis, é claro –, e até mesmo o juiz, ex officio podem levantar a
hipótese da inconstitucionalidade de uma norma em caráter incidental. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa).
98. Para que seja apreciada a questão incidental de inconstitucionalidade nas instâncias
extraordinárias é indispensável o pré-questionamento. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
100. Quando a prejudicial de inconstitucionalidade deva ser analisada pelos Tribunais, aplica-
se a chamada Cláusula de Reserva de Plenário, prevista constitucionalmente. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Está lá no artigo 97 da Constituição Federal.
106. A Cláusula de Reserva de Plenário, apesar do nome, não exige a votação pelo pleno,
caso seja instalado Órgão Especial no Tribunal, que pode analisar a (in)constitucionalidade da
norma. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
107. Nos tribunais com número superior a ________________ (15, 20, 25) julgadores, poderá
ser constituído órgão especial, com o mínimo de ___________ (10, 11, 12, 13) e o máximo de
(15, 20, 25) membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra
metade por eleição pelo tribunal pleno. Art. 93 da CR/88, XI
110. Caso a (in)constitucionalidade de determinada norma já tenha sido apreciada pelo pleno
ou órgão especial do respectivo tribunal, não se faz mais necessária a aplicação da cláusula de
reserva de plenário. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
111. Caso a (in)constitucionalidade de determinada norma já tenha sido apreciada pelo pleno
ou por ambas as turmas do Supremo Tribunal Federal, seja no controle concentrado, seja no
controle difuso, não se faz mais necessária a aplicação da cláusula de reserva de plenário. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).
112. Quando se alega que determinada norma anterior a Constituição Federal de 1988 não é
com ela compatível, deve ser observada a cláusula de reserva de plenário. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Não existe inconstitucionalidade superveniente, lembra? Não há que se falar
em controle de constitucionalidade, aqui, e sim em juízo de recepção.
113. Entende o Supremo Tribunal Federal que a reserva de plenário é regra constitucional
aplicável à declaração de inconstitucionalidade pelos tribunais como também na aferição da
revogação (ou da recepção) do direito anterior à Constituição Federal de 1988. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Promotor de Justiça – MPE-PR 2014 (2014)
114. Viola a cláusula de reserva de Plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que,
embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público, afasta sua incidência no todo ou em parte. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É o
texto da Súmula Vinculante número 10. É que para declarar constitucional a norma, mas
afastando determinada interpretação por considera-la inconstitucional, o tribunal estará sujeito a
Cláusula de Reserva de Plenário.
O efeito ex tunc pode ser altamente prejudicial, em alguns casos, à Segurança Jurídica e ao
Interesse Social – afinal, declarar uma norma inconstitucional importa, pela lógica que vimos
acima, tirar a validade de todos os negócios jurídicos feitos com embasamento na tal norma.
119. Se a lei for declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF em ADI, caberá ao
Senado Federal, mediante resolução, suspender sua execução. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). Analista Legislativo – Câmara dos Deputados 2014 (CESPE) Em ADI não, né! É só no
controle difuso que essa participação do Senado é necessária. No controle concentrado nem
existem partes para que possa se discutir eventual alargamento dos efeitos subjetivos. A norma,
em abstrato, é considerada (in)constitucional para todos.
121. Caso o Senado Federal suspenda a execução de lei declarada inconstitucional, em sede
de controle difuso, pelo Supremo Tribunal Federal, não haverá óbice no ordenamento jurídico
brasileiro para que, posteriormente, o Senado Federal, por motivos de conveniência política,
anule a resolução que efetuar tal suspensão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). O STF
entende não ser possível a revogação por conveniência política.
Sem estar com o conteúdo das partes 1, 2 e 3 frescas na memória, você pode encontrar alguma
dificuldade nas questões que se seguem. Por isso, é aconselhável revisar o seu material antes
de partir para a resolução desta parte 4.
Por consequência lógica, não há que se falar em pretensão ou em lide em sede de controle
abstrato, tampouco, há que se falar em réu – afinal, o réu é aquele contra quem se deduz a
pretensão, pretensão essa que aqui inexiste –.
às suas decisões. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Essa questão, da banca CESPE, foi
considerada incorreta porque, como vimos na introdução, o Controle de Constitucionalidade em
Abstrato tem caráter eminentemente político, de acordo com a doutrina, e não jurídico.
123. Por consequência lógica da abstração, não há que se falar em pretensão ou em lide em
sede de controle abstrato, tampouco, há que se falar em réu – afinal, o réu é aquele contra quem
se deduz a pretensão, pretensão essa que aqui inexiste –. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
124. No controle abstrato de constitucionalidade, os atores que tem, nos processos subjetivos,
prerrogativas processuais, mantém essas prerrogativas. O exemplo típico são os prazos em
dobro para manifestações da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa). Não há prazo recursal em dobro no processo de controle
concentrado de constitucionalidade. Os prazos em dobro se aplicam apenas aos processos
subjetivos.
126. O conjunto normativo que serve como Parâmetro da ADI é todo o Bloco de
Constitucionalidade brasileiro – Texto Principal, ADCT’s, Emendas, Princípios Implícitos e os
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos equivalentes à E.C. –. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa).
127. Caso seja proposta a ADI e, após, a parâmetro seja revogado por uma E.C., a ADI restará
prejudicada. Contudo, se o parâmetro foi apenas modificado, e essa modificação não alterou a
essência da norma, não tendo sido substancial a referida mudança, é possível aditamento da
inicial. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
131. Podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, além de leis de todas as formas
e conteúdos, decretos legislativos, decretos autônomos e decretos editados com força de lei pelo
Poder Executivo, resoluções do Tribunal Superior Eleitoral e medidas provisórias, mas não
resoluções ou deliberações administrativas de tribunais, que não são consideradas atos
normativos primários. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Há que se aferir no caso concreto
se o ato não é materialmente ato normativo primário, porque, só se for, é possível a realização
do controle.
132. A Lei de efeito concreto – ou seja, aquela que é formalmente ato normativo primário, mas
não o é materialmente, porque lhe falta abstração – não pode ser objeto do controle abstrato de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Antes de mais nada, nota-se que o
ato apenas formalmente primário é aquele transvestido de lei, mas que não é dotado de
abstração – o que se deduz pelo próprio nome “Lei de Efeito Concreto” –.
133. Caso um ato normativo materialmente secundário seja contrário a CR/88, tem-se a
Inconstitucionalidade Reflexa – ou Indireta –, que não autoriza o Controle de Constitucionalidade,
mas sim um Controle de Legalidade, ao qual a ADI não se presta. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).
134. A Lei n.º 9.882, de 3/12/1999, regulamentadora do dispositivo constitucional que previu a
ADPF, estabeleceu para ela uma regra de subsidiariedade, embora a Constituição não haja
fixado esse caráter subsidiário. Com base nisso, a arguição não será cabível, por exemplo, contra
ato normativo formalmente secundário mas materialmente primário, como uma portaria de órgão
federal que fira diretamente a Constituição, porquanto esse ato é passível de controle
concentrado por meio de ADIn. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Agente – Polícia Federal
2002 (CESPE)
136. O preâmbulo não é ato normativo, e, por consequência, não é parâmetro ou objeto de
Controle de Constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
137. Não é possível que figurem como objeto de Controle as normas constitucionais
originárias. Caso haja duas normas constitucionais originárias controversas, o caminho a ser
seguido é o da harmonização, da ponderação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
138. Conforme assentado pelo STF, havendo confronto entre normas constitucionais
originárias, a solução do caso concreto não pode ser encontrada no âmbito do controle de
constitucionalidade, mas pode ser dada por critérios hermenêuticos, inclusive pela ponderação
de valores. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz Federal – TRF-5ªR 2005 (CESPE)
140. As normas constitucionais elaboradas pelo constituinte derivado, seja ele reformador,
revisional ou decorrente, podem ser questionadas mediante controle difuso de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
141. A despeito de parte da doutrina sustentar a natureza normativa das Súmulas Vinculantes,
o STF entende que não é possível seu controle por ADI, até porque há um procedimento próprio
para sua edição, revisão e cancelamento. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
143. Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do distrito federal derivada da sua
competência legislativa municipal. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Súmula nº 642 do STF
144. Tratados internacionais incorporados ao direito brasileiro podem ser alvo de Controle de
Constitucionalidade em sede de ADI, independentemente da forma como são internalizados –
se são leis infraconstitucionais, normas supralegais ou tem força de emendas constitucionais –,
isto porque todos os veículos normativos citados podem efetivamente ser examinados em ADI.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
146. No caso da questão anterior, caso a norma estadual seja considerada Constitucional no
processo originado pela ADI Federal, não há que se falar em prejudicialidade para a análise da
ADI Estadual. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É que os parâmetros são diferentes. Em
âmbito Estadual, o parâmetro da ADI será a Constituição Estadual (isso porque estamos falando
de um ato normativo que foi questionado concomitantemente em uma ADI Federal e em uma
ADI Estadual, o que leva a conclusão inexorável de se trata de um ato normativo estadual –
porque, caso fosse municipal, não poderia ser objeto da ADI Federal, e caso fosse ato federal,
não seria impugnado mediante ADI Estadual –.)
147. A ADPF não é o único remédio jurídico por meio do qual uma lei municipal pode ter a
alegação de sua inconstitucionalidade levada a julgamento no plenário do STF. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Também pode haver a referida análise no caso de ADI Estadual objeto de
Recurso Extraordinário para o STF – o que é possível no caso de o parâmetro da referida ADI
Estadual ser uma norma de repetição obrigatória –.
148. Mesmo quanto as normas de repetição obrigatória, bem como nos casos das normas de
mera repetição, o órgão competente para realizar o controle abstrato de uma ADI Estadual
continuará sendo o Tribunal de Justiça, já que o parâmetro é a Constituição Estadual. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).
149. O STF decidiu que, como o guardião da CF é ele próprio, para evitar que haja uma
usurpação de sua competência, será possível interpor recurso extraordinário para o próprio STF,
dos Acórdãos proferidos em controle de constitucionalidade pelo TJ, quando o parâmetro do
controle for norma de repetição obrigatória. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
150. Caso o objeto da ADI Estadual seja Lei Municipal, e o parâmetro seja norma de repetição
obrigatória da Constituição Estadual, e seja interposto Recurso Extraordinário do acórdão do TJ,
o referido recurso será recebido como se fosse uma ADI Genérica e, na prática, então, tem-se
um caso de ADI Genérica Federal que tem como objeto uma Lei Municipal sendo julgada pelo
STF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
153. O STF não está condicionado, no desempenho de sua atividade jurisdicional, pelas
razões de ordem jurídica invocadas como suporte da pretensão de inconstitucionalidade
deduzida pelo autor da ação direta. Tal circunstância, no entanto, não suprime à parte o dever
processual de motivar o pedido e de identificar, na Constituição, em obséquio ao princípio da
especificação das normas, os dispositivos alegadamente violados pelo ato normativo que
pretende impugnar. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). (ADI 561-MC, REL. MIN. CELSO DE
MELLO, JULGAMENTO EM 23-8-1995, PLENÁRIO)
154. Caso haja uma modificação superveniente do objeto – ou seja, uma modificação da
norma que está sendo impugnada, durante o curso do processo – restará prejudicada a ADI,
salvo se a modificação não for substancial ou se tratar de modificação que tenha exatamente o
propósito de impedir o prosseguimento do controle de constitucionalidade. Nesses casos, a ADI
deverá prosseguir. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
155. A revogação de lei ou ato normativo objeto de ação direta de inconstitucionalidade não
implica perda de objeto da ação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Implica sim, como regra.
157. Art. 103 da CR/88 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
VI - o Procurador-Geral da República;
São QUATRO as Autoridades Legitimadas: (i) PREP; (ii) PGR; (iii) GOV. Estados; (iv) GOV.
do DF.
São QUATRO as Mesas Legitimadas: (i) Mesa da Câmara; (ii) Mesa do Senado; (iii) Mesa de
Assembleia Legislativa dos Estados; (iv) Mesa da Câmara Legislativa do DF.
São QUATRO as Entidades Legitimadas: (i) Conselho Federal da OAB; (ii) Partido Político
com representação no CN; (iii) Confederação Sindical; (iv) Entidade de Classe de âmbito
nacional.
PERTINÊNCIA TEMÁTICA
158. Liste quais são os legitimados para a propositura da ADI que devem comprovar
pertinência temática:
Governadores;
Mesas das Assembleias Legislativas;
Confederações Sindicais;
Entidades de Classe de Âmbito Nacional.
159. Os partidos políticos necessitam de advogado constituído nos autos para a propositura
de ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
161. As entidades de classe de âmbito nacional necessitam de advogado constituído nos autos
para a propositura de ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
164. Já que tem de demonstrar pertinência temática quando atua em Controle Abstrato de
Constitucionalidade, o Governador de determinado estado federado não pode propor ADI para
questionar uma lei estadual de um outro ente da federação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Desde que ele demonstre que a lei editada pelo outro Estado traz algum tipo de prejuízo para o
Estado que ele próprio governa, pode sim propor a referida ADI.
165. Os requisitos para o ajuizamento da ADI incluem representação do partido político por
seu diretório nacional e presença do partido político no Congresso Nacional, que é configurada
pela existência de pelo menos um parlamentar do partido no Senado Federal ou na Câmara dos
Deputados. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
168. Federação de abrangência nacional é competente para ajuizar ADI perante o STF, pois,
ainda que não seja confederação sindical, sua abrangência nacional constitui pressuposto
suficiente para o reconhecimento de sua legitimidade para o controle concentrado de normas.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Advogado – METRÔ-DF 2014 (IADES) Não basta o
caráter nacional da entidade sindical, é necessário que ela esteja constituída juridicamente na
forma de Confederação Sindical.
171. Conselho Federal de Medicina propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) que
tem por objeto Emenda à Constituição. Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal,
a referida ação não deverá ser conhecida sob o fundamento de que o Conselho Federal de
Medicina não se enquadra na previsão constitucional relativa às entidades de classe de âmbito
nacional. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
174. O relator da ADI pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a
lei ou o ato normativo impugnado, que serão prestadas no prazo de ____________ (10/ 15/ 30)
dias contados do recebimento do pedido. Art. 6º da Lei 9868/99
176. O advogado-geral da União será sempre citado para a defesa de ato impugnado em ADI,
ainda que o STF já tenha se manifestado pela inconstitucionalidade em caso semelhante. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).
178. Quando a norma impugnada for contrária aos interesses da União o AGU estará livre da
obrigatoriedade de defender a constitucionalidade da norma impugnada. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). ADI 3916/DF
181. O PGR deve se manifestar mesmo quando foi ele próprio quem propôs a ADI, sendo que,
neste caso, não pode opinar pela improcedência da ação, já que isso seria uma contradição.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Errado. O PGR pode mudar de opinião e, além disso, dado
o tempo médio de tramitação de uma ADI, é bem provável que o sujeito que ocupa o cargo de
PGR nem seja o mesmo quando chegar a hora de se manifestar.
182. Caso o PGR se torne ministro do STF, ele estará impedido de atuar naquelas Ações de
(in)constitucionalidade nas quais já tiver se manifestado, seja como autor, seja como órgão
interveniente. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
185. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu
especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das
informações, no prazo de ______________ (5/ 10/ 15) dias, e a manifestação do Advogado-
Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de
______________ (5/ 10/ 15) dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a
faculdade de julgar definitivamente a ação. Art. 12 da Lei 9868/99
187. A participação dos amici curiae em processos abstratos é limitada, não lhes sendo
reconhecida legitimidade para requerer concessão de medida cautelar e oferecer embargos
declaratórios, em face de decisão de mérito proferida pelo STF. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). Procurador – Prefeitura de Recife-PE 2014 (FCC)
pelo Supremo Tribunal Federal de audiências públicas para ouvir depoimentos de pessoas com
experiência e autoridade na matéria, em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou
circunstância de fato ou, de notória insuficiência das informações existentes nos autos. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)
191. Para o deferimento do pedido cautelar é necessário a comprovação do fumus boni iuris
e do periculum in mora, assim como nos processos subjetivos. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).
192. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc,
salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Art. 11 da lei 9.868/99, § 1o
193. A cautelar em ADI produz efeitos erga omnes, vinculante e, em regra, ex nunc. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).
194. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente,
salvo expressa manifestação em sentido contrário. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Art.
11 da lei 9.868/99, § 2o
196. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria _______________________ (simples/ absoluta) dos membros do Tribunal,
observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou
a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de _______________ (5/
10/ 15) dias.
197. O julgamento da ADI se dará sempre pelo Pleno do STF. Sobre a composição do plenário,
serão necessários no mínimo _________ (5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10) ministros presentes para que se julgue
a ADIN e, para que se declare a constitucionalidade ou inconstitucionalidade, serão exigidos
votos da maioria _______________________________ (relativa/ absoluta) da corte em
qualquer destes sentidos, ou seja, de no mínimo _________ (5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10) ministros votando
pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade.
201. Dentro do prazo de _________ (5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10) dias após o trânsito em julgado da
decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do
Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. Art. 28 da Lei 9.868/99
202. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa). Art. 102 da CR/88, § 2º
205. A declaração de inconstitucionalidade da norma na decisão final pelo pleno do STF tem,
em regra, efeito ____________________ (ex tunc/ ex nunc)
206. Para que se conceda efeito Ex-Nunc, Pró-Praeterio ou efeito Pró-futuro à declaração de
inconstitucionalidade é preciso que a decisão seja tomada por 2/3 da corte. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Art. 27 da Lei 9.868/99 Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social,
poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado
ou de outro momento que venha a ser fixado.
210. No Brasil, até a CR/88, o instrumento apto a dar início ao processo de análise de
compatibilidade constitucional era a Representação de Inconstitucionalidade, cujo único
legitimado para propositura era o Procurador Geral da República. O Procurador-Geral da
República, se pretendesse que determinada norma fosse declarada constitucional, ajuizava a
Representação de Inconstitucionalidade e voltava, no curso do processo, manifestando-se a
favor da improcedência da ação, a fim de alcançar a declaração de constitucionalidade. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)
211. Com a EC. nº 3/1993 é criada a Ação Declaratória de Constitucionalidade, que põe fim a
necessidade de que o Procurador-Geral da República se socorra de uma verdadeira “gambiarra
processual” para perquirir a constitucionalidade de uma norma. A princípio, a Ação Declaratória
de Constitucionalidade conta com apenas 4 legitimados ativos – o Presidente da República,
Mesa do Senado Federal e Mesa da Câmara dos Deputados, além do Procurador Geral da
República –, mas tem este rol equiparado ao da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade pela
EC. nº 45/2004. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
214. O objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade é mais restrito que o da Ação Direta
de Inconstitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Veja: Art. 102 da CR/88 Compete
ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
217. A controvérsia judicial, doutrinária ou acadêmica deve ser demonstrada na inicial, como
pressuposto de admissibilidade da Ação Declaratória de Constitucionalidade. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) A controvérsia judicial é a única que basta para o ajuizamento. As
controvérsias no campo doutrinário, sem repercussão jurisprudencial, não são suficientes para
ensejar o prosseguimento da ação.
218. A petição inicial indicará a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação
da disposição objeto da ação declaratória. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 14 da lei
9.868/99
219. Proposta a ação declaratória, se admitirá a desistência, desde que antes de prolatada
qualquer decisão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 16 da lei 9.868/99 Proposta a ação
declaratória, não se admitirá desistência.
221. O Advogado Geral da União tem o mesmo prazo que o Procurador-Geral da República
para se manifestar nos autos. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Entende-se que é
desnecessária a participação do AGU na Ação Declaratória de Constitucionalidade, já que o
que se pretende é declarar a norma constitucional.
222. Uma vez admitida, pelo STF, a ação declaratória de constitucionalidade, a autoridade
responsável pela criação da lei ou do ato normativo e o advogado geral da União deverão ser
citados para se pronunciarem sobre o objeto da ação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz
Federal – TRF-2ªR 2011 (CESPE) Vide o comentário da questão anterior
228. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção
especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de
__________________ (dez/ quinze/ vinte/ vinte e cinco) dias, devendo o Tribunal proceder ao
julgamento da ação no prazo de __________________ (45/ 90/ 120/ 180) dias, sob pena de
perda de sua eficácia. Art. 21 da lei 9.868/99, Parágrafo único
231. A decisão final tem efeitos erga omnes, vinculante e, em caso de improcedência da Ação
Declaratória de Constitucionalidade – redundando em declaração de inconstitucionalidade da
norma – há possibilidade de modulação dos efeitos temporais, ou seja, aplica-se o mesmo
regime da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade, sendo, a regra, a eficácia retroativa – ex
tunc –. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
suspende os processos em que haja interferência da norma objeto de controle. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa)
Denota-se, por tanto, que ambas as medidas – ADO e M.I. – têm essencialmente o mesmo
objetivo, qual seja, exigir que o legislador cumpra sua obrigação de legislar, conforme impõe
Norma Constitucional de Eficácia Limitada. Pedro Lenza aponta que o fundamento existencial
destas ações é pôr fim à Síndrome de Inefetividade das Normas Constitucionais.
235. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em
__________________________ (dez/ vinte/ trinta) dias. Art. 103 da CR/88, § 2º
237. Por toda a sistematização da separação de poderes, não seria razoável dizer que o objeto
do Controle de Constitucionalidade por Omissão é a produção da norma. É que não poderia o
Judiciário dizer como deve agir o Legislativo em sua função típica. Daí extrai-se que o objeto
destes tipos de Ação é a declaração da mora legislativa. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
238. A ADO não cabe somente contra omissão de lei em sentido estrito, mas cabe, também,
em desfavor da omissão de qualquer medida, de qualquer dos poderes ou, ainda, de órgão
administrativo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
240. A ação direta de inconstitucionalidade por omissão tem como objeto omissão
administrativa que afete a efetividade da CF ou omissão legislativa de órgãos legislativos
federais, mas não estaduais, em face da CF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz Federal
– TRF-2ªR 2011 (CESPE)
241. No caso de omissão parcial, entende-se haver uma relativa fungibilidade entre a ADO e
a ADI, eis que a norma pode ser encarada como inconstitucional por estar em descompasso com
a constituição ou pode ser encarada como omissa por deixar de tratar do que lhe impõe a
constituição. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
246. O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser
encaminhada no prazo de ______________ (10/ 15/ 20/ 30) dias. Art. 12-E da lei 12.063/2009,
§ 2º
247. O Procurador-Geral da República, nas ações em que for ou não autor, terá vista do
processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Art. 12-E da lei 12.063/2009, § 3º O Procurador-Geral da República, nas
ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do
prazo para informações.
248. A Inicial deve apontar o pedido, com suas especificações, deixando clara, de forma
expressa. Qual é a omissão, seja ela total ou parcial, bem como apontar a obrigação de legislar
ou a medida de caráter administrativo que deva ser tomada. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)
250. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
251. A legislação em vigor não admite a concessão de medida cautelar em ação direta de
inconstitucionalidade por omissão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
252. A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo
questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de
procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 12-F da lei 9.868/99, § 1o
único efeito da decisão é dar-lhe ciência do dever de legislar. A natureza da decisão é meramente
Declaratória.
MANDADO DE INJUNÇÃO
255. Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania; Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
256. Pode ser objeto de Mandado de Injunção qualquer omissão que torne inviável o
exercício de direitos e liberdades constitucionais desde que relacionada à nacionalidade, à
soberania e à cidadania. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 5º CR/88 LXXI - conceder-
se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
259. São legitimados para o mandado de injunção, como impetrados, o Poder, o órgão ou a
autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)
260. A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente
incabível ou manifestamente improcedente, e da decisão de relator que indeferir a petição inicial,
caberá agravo, em ________________________ (5/ 10/ 15/ 20/ 30) dias, para o órgão colegiado
competente para o julgamento da impetração.
261. Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para determinar prazo
razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora, e para estabelecer
as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas
reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria
visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 8º da Lei 13.300/2016
262. Será dispensada a determinação de prazo para suprir a mora legislativa quando
comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo
estabelecido para a edição da norma. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
263. Como regra, a decisão em Mandado de Injunção terá efeito erga omnes, alcançando
todos os sujeitos cuja incidência da norma, se existisse, afetaria. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa) Art. 9º da Lei 13.300/2016 A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá
efeitos até o advento da norma regulamentadora.
264. Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da
impetração. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
265. Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos
análogos por decisão monocrática do relator. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
13.300/2016, §3º O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação
da impetração fundada em outros elementos probatórios.
269. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pelo Ministério Público, quando a
tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa)
270. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido por partido político com
representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa)
271. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido por organização sindical, entidade
de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano,
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de
parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a
suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)
272. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pela Defensoria Pública, quando a
tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa
dos direitos individuais e coletivos dos necessitados. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
273. O Sindicato dos Águias da Região Metropolitana de Belo Horizonte pretende, na defesa
dos interesses de seus membros, impetrar um Mandado de Injunção Coletivo, a fim de que o
Poder Judiciário tome alguma medida quanto a sistemática omissão do Poder Legislativo no que
diz respeito a falta de edição de norma que deveria garantir determinada liberdade constitucional
aos Águias. Consultado sobre a possibilidade da impetração, o advogado da entidade apontou
que deveriam esperar mais 3 meses para ingressar com a demanda, já que, naquele momento,
somavam-se apenas 9 meses desde a criação do Sindicato. O Advogado está certo ou errado?
Por que?
274. A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente
incabível ou manifestamente improcedente, e da decisão de relator que indeferir a petição inicial,
caberá agravo, em ________________________ (5/ 10/ 15/ 20/ 30) dias, para o órgão colegiado
competente para o julgamento da impetração.
277. O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, mas
os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência da
demanda individual no prazo de ___________________ (10/ 15/ 20/ 30) dias a contar da ciência
comprovada da impetração coletiva.
A REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA
Como bem se sabe, os entes federativos são autônomos entrei si, e essa autonomia é dosada
pela própria Constituição Federal. Essa autonomia, em alguns casos excepcionalíssimos, pode
ser quebrada, e esse rompimento se dá pela intervenção. Inclusive, Pedro Lenza diz que “a
intervenção é a antítese da federação”. Ora, se é a própria Constituição que faz o exercício de
dosimetria da autonomia federativa, por óbvio, é ela mesma que estabelece as hipóteses nas
quais se é tolerada uma quebra da harmonia federativa a fim de se retomar a ordem. Ainda,
importante ressaltar que o que vigora é o Princípio da Não-Intervenção, sendo que o rol de
hipóteses em que a intervenção é possível constitui-se de maneira taxativa.
Pelo exposto, é possível concluir que o objetivo da Representação Interventiva nada tem a ver
com uma eventual declaração de (in)constitucional determinada norma, mas sim de determinado
ato do Estado, Município ou DF, que, por descumprir uma disposição constitucional de natureza
mais sensível, desafia a intervenção federativa.
280. A Representação Interventiva nada mais é do que uma das formas de se requerer uma
intervenção, de utilização possível em algum daqueles casos em que é necessária a provocação
do Presidente da República. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
281. A União poderá decretar a intervenção, por meio do Presidente da República, nos
Estados e no Distrito Federal, além dos municípios que estejam localizados em territórios
federais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
282. Os Estados podem decretar, por meio do Governador, intervenção nos seus próprios
municípios. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
284. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando o Tribunal de Justiça der provimento a representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 35
da CR/88 O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando:
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de
decisão judicial.
287. Atos omissivos não podem ser objeto de controle de constitucionalidade interventivo,
devendo ser ajuizada Ação de Inconstitucionalidade por Omissão. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa) A omissão pode sim ensejar controle de constitucionalidade interventivo. É o caso, por
exemplo, da intervenção que ocorre quando não é aplicado o mínimo exigido da receita
resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde
288. O rol de legitimados para a propositura da Ação Interventiva é o mesmo das Ações
Declaratórias de Inconstitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Só o PGR tem essa
legitimidade, em âmbito federal.
289. O PGR tem ampla discricionariedade para propor ou não a Ação Interventiva. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)
290. A lei que regulamenta a ADI Interventiva inovou, possibilitando pela primeira vez a
concessão de liminar nessas ações. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) A Lei 12.562/2011
prevê expressamente a possibilidade da concessão de liminar. Contudo, mesmo antes da lei o
entendimento já era pela possibilidade, fundamentando-se no Dever Geral de Cautela do Juiz –
.
293. O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem
como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de
__________________________ (dois/ três/ quatro/ cinco/ seis) dias.
294. O procedimento interventivo é dividido em três fases. Uma primeira, denominada Fase
Judicial. Uma segunda, a que se convencionou chamar Fase de Intervenção Branda e, por
último, a Fase de Intervenção Efetiva. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
295. Identifique cada uma das fases procedimentais da intervenção, procedendo a correlação
entre as colunas:
A primeira intervenção do
Executivo se dará por meio da
mera suspensão do ato
Fase Judicial impugnado,
independentemente de
qualquer controle político por
meio do Poder Legislativo.
296. Nos casos em que a intervenção for fundada em prover a execução de lei federal, ordem
ou decisão judiciado, ou assegurar os Princípios Constitucionais Sensíveis, dispensada a
300. Na Fase Judicial, o Plenário dá a decisão final, na exata sistemática da ADI, sendo
necessários ____________________ (6/ 8/ 10/ 11) presentes e no mínimo
____________________ (4/ 5/ 6/ 7) votos no mesmo sentido para a decisão de mérito.
301. Da decisão final na Fase Judicial são cabíveis Embargos Infringentes e, se preenchidos
os requisitos pertinentes, Ação Rescisória. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) A decisão é
irrecorrível e irrescindível, sendo possível apenas a interposição de Embargos de Declaração.
303. Num breve retrospecto histórico, nota-se que, anteriormente à CR/88, não existia no
ordenamento jurídico brasileiro qualquer previsão de ADPF. A CR/88 inaugura a ADPF no
ordenamento. Contudo, conforme interpretação dada pelo STF, essa inauguração se deu por
meio de uma norma de eficácia limitada, que dependia de norma regulamentadora para produção
dos seus efeitos principais. Essa norma só veio em 1999, com a lei 9.882/99, o que levou o STF
a extinguir todas as ADPF’s propostas antes desta data. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
Art. 102 da CR/88 A arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente desta
Constituição será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
304. Nem o constituinte, nem o legislador, se dispuseram a esclarecer o que são “Preceitos
Fundamentais”. Este trabalho ficou a cargo da jurisprudência do STF, apoiada na doutrina. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)
Sobre o significado de preceito fundamental, “vale registrar, que do voto do Ministro Néri da
Silveira, relator na ADPF 1-RJ, consta uma citação de Oscar Dias Corrêa (in "A Constituição de
1988, contribuição crítica", l .ª ed., Forense Universitãria, 1991 ), abaixo reproduzida, válida como
orientação geral: Parece-nos, porém, que, desde logo, podem ser indicados, porque, pelo próprio
texto, não objeto de emenda, deliberação e, menos ainda, abolição: a forma federativa do Estado,
o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos poderes, os direitos e garantias
individuais. Desta forma, tudo o que diga respeito a essas questões vitais para o regime pode
ser tido como preceitos fundamentais. Além disso, admita-se: os princípios do Estado
democrático, vale dizer, soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do
trabalho, livre-iniciativa, pluralismo político; os direitos fundamentais individuais e coletivos; os
direitos sociais; os direitos políticos, a prevalência das normas relativas à organização político-
administrativa; a distribuição de competências entre a União, Estados, Distrito Federal, Territórios
e Munic!pios; entre Legislativo, Executivo e Judiciário; a discriminação de rendas; as garantias
da ordem econômica e financeira, nos princípios básicos; enfim, todos os preceitos que,
assegurando a estabilidade e a continuidade da ordem jurídica democrática, devam ser
cumpridos.”
306. A lei que regulamentou a ADPF parece ter criado duas espécies distintas de Ações, as
quais a Doutrina apelidou de (I) Arguição Autônoma – é autônoma porque independe da matéria
estar ou não sendo discutida em outro processo – e (II) Arguição Incidental – que, a contrário
senso, depende, para sua apreciação, que a matéria esteja já sendo discutida em outro processo
–. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
307. A arguição incidental será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto
evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Esta seria a arguição autônoma (chamada também de direta),
conforme o seguinte dispositivo ensina:
Art. 1º da Lei 9.882/99 A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito
fundamental, resultante de ato do Poder Público.
318. O STF, seguindo a doutrina constitucional majoritária, entende que a ADPF é cabível
contra ato do poder público de natureza administrativa ou normativa, mas não contra ato judicial.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz Federal – TRF-1ªR – 2011 (CESPE)
319. Uma vez que, num processo difuso, tenha surgido uma questão de constitucionalidade
incidental, sendo que, esta questão diz respeito a um Preceito Fundamental, ajuíza-se a
chamada APDF Incidental como meio de levar à questão diretamente ao STF para uma
apreciação com efeitos de processo objetivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 1º da
Lei 9.882/99, Parágrafo único Caberá também arguição de descumprimento de preceito
fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
325. Os legitimados para a propositura da ADPF são os mesmos da ADI genérica. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)
326. Caso o relator julgue inepta a inicial, é incabível qualquer recurso, exceto embargos de
declaração. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É possível a interposição de agravo no prazo
de 5 dias. A decisão irrecorrível é a final, com julgamento de mérito. Cuidado.
328. Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso,
poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Art. 5º da Lei 9.882/99, §1º
330. A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos
do Poder Público. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 10 da Lei 9.882/99, § 3º
ADI ESTADUAL
333. A Constituição Federal não trata da ADI Estadual, que tem previsão somente
infraconstitucional. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 125 da CR/88, § 2º - Cabe aos
Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos
335. Os Estados são livres para decidir quais serão as autoridades ou órgãos legitimados à
propositura da ADI Estadual, sendo que, a única indicação feita ao Constituinte Derivado
Decorrente é que legitime ao menos dois sujeitos para tanto. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)
337. Caso a norma utilizada como parâmetro do controle em âmbito estadual seja de repetição
obrigatória, caberá Recurso Extraordinário para o STF, recurso este que será recebido como se
ADI genérica fosse. Inclusive, esta situação peculiar possibilita a análise de Lei Municipal em ADI
pelo STF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
338. Os efeitos da ADI Estadual são os mesmos da ADI Genérica: Erga Omnes, Vinculante e,
por regra, _______________________________________________ (ex nunc/ ex tunc/ pro
futuro).