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Direito Constitucional1
Teoria geral do controle de constitucionalidade. O controle difuso de
constitucionalidade. O controle concentrado de constitucionalidade
(ADI, ADI por omissão, ADI interventiva, ADC, ADPF). Mutações
constitucionais. Técnicas de decisão dos Tribunais Constitucionais.
Decisões aditivas e substitutivas dos Tribunais Constitucionais.
Controle de constitucionalidade do direito estadual e do direito
municipal. Bloco de constitucionalidade. (prof. Filipe Kinsky)

1. O Controle de Constitucionalidade é o método pelo qual se afere, em último grau, a


validade ou não de determinada norma. É através do controle que verificamos se a lei ou o ato
normativo impugnado tem ou não validade. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

2. O Controle de Validade não se resume ao Controle de Constitucionalidade. Existem


outros tipos de controle de validade dentro do ordenamento jurídico. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).
Constituição Você se lembra-se da pirâmide de
validade atribuída a Kelsen, apresentada
Normas de Primeiro quando estudamos os conceitos de
Grau
Constituição? Ela vai nos ajudar a

Normas de entender os mais diversos controles de


Segundo Grau validade. Observe-a antes de responder a
próxima questão.

3. i-b; ii-c; iii-a; iv-d

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Muito zelo foi dedicado a este trabalho; prestigie os autores. Esta obra é protegida. Sua circulação não autorizada
caracteriza crime de violação de direito autoral, previsto no art. 184 do Código Penal.

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4. O Controle de Constitucionalidade é método de controle da estabilidade do ordenamento


jurídico, servindo para manter funcional o Estado Democrático de Direito. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).

5. As normas constitucionais não só têm força normativa, como ocupam, hoje, o topo de
todo o ordenamento jurídico. Para manter essa sistemática, indispensável existirem métodos de
controle da validade das normas, a fim de não permitir que uma nova norma sobrepuja a
Constituição e todos os valores fundamentais que ela carrega. Essa alternativa é (verdadeira /
falsa).

6. Se não existissem métodos de controle, a norma infraconstitucional que contrariasse a


constituição estaria negando a eficácia da própria norma constitucional, afinal, ela estaria
produzindo efeitos, e não a Constituição. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

7. Através do Controle de __________________________ (Constitucionalidade/


Convencionalidade/ Legalidade) que podemos notar a invalidade de uma norma frente a
Constituição e expurga-la do ordenamento jurídico, fazendo prevalecer a superioridade
hierárquico-constitucional.

8. O Controle de Constitucionalidade efetivo depende de alguns pressupostos, tais como a


Constituição ser Superrígida, e não simplesmente rígida. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
O Pressuposto é que a constituição seja Rígida, simplesmente. A Constituição
Superrígida, que é aquela que possuí matérias imutáveis – como a Constituição brasileira
com suas cláusulas pétreas –, pode, definitivamente, propiciar terreno fértil para um
efetivo controle de constitucionalidade, não sendo, contudo, uma exigência inarredável, a
existência de parte imutável.

9. Para que possamos falar em Controle de Constitucionalidade, indispensável a rigidez. Ou


seja, a alteração da Constituição deve demandar um processo mais rigoroso do que o exigido
para a aprovação das leis. É que se a edição de atos normativos infraconstitucionais pode ser
realizada pelo mesmo processo exigido para a modificação da Constituição Federal, deixa de
existir, na prática, hierarquia. A figura do constituinte e do congressista acabam se confundindo.
Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

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10. Identifica-se, neste ponto da matéria, o seguinte sinalagma: ao mesmo tempo em que a
rigidez constitucional é pressuposto de existência do Controle de Constitucionalidade, o Controle
de Constitucionalidade é pressuposto para a existência de um efetivo sistema constitucional
rígido. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

11. Ainda, é necessário, para que haja controle de constitucionalidade, que um ou mais
órgãos tenham competência para realiza-lo. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

12. A doutrina reconhece, ainda, um segundo requisito necessário para que haja controle de
constitucionalidade: que um ou mais órgãos tenham competência para realiza-lo. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa).

13. No Brasil, somente órgãos do Poder Judiciário tem poder para declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo – ao que se dá o nome de Controle de
Constitucionalidade em Sentido Estrito –. Essa possibilidade de declarar a inconstitucionalidade
não se confunde com a possibilidade de apreciar a constitucionalidade ou não de lei ou ato
normativo, já que, neste último caso, a competência é mais abrangente. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).

14. À apreciação da inconstitucionalidade, que é a realização da fiscalização e o


reconhecimento, damos o nome de Controle de Constitucionalidade em Sentido Amplo – que é
estendida aos demais poderes quando, por exemplo, é permitido ao Senado Federal sustar a lei
declarada inconstitucional pelo STF (art. 52, X da CR/88) ou ao Chefe do Executivo determinar
aos órgãos que lhe são subordinados que deixem de aplicar a norma que entenda
inconstitucional. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

15. Nas atividades de apreciação da constitucionalidade, realizadas pelo executivo e


legislativo, a norma não é expurgada do ordenamento – exatamente porque a declaração de
inconstitucionalidade é atividade privativa do Judiciário –. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA. REVOGAÇÃO.
PEDIDO DE LIMINAR. Por ser a medida provisória ato normativo com forca de lei, não é
admissível seja retirada do congresso nacional a que foi remetida para o efeito de ser, ou
não, convertida em lei. - em nosso sistema jurídico, não se admite declaração de
inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo com forca de lei por lei ou por ato

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normativo com forca de lei posteriores. O controle de constitucionalidade da lei ou dos


atos normativos é da competência exclusiva do poder judiciário. [...] (ADI 221 MC / DF -
DISTRITO FEDERAL MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. MOREIRA ALVES Publicação: DJ DATA-22-10-
93 PP-22251 EMENT VOL-01722-01 PP-00028 Julgamento: 29/03/1990 - TRIBUNAL PLENO.)

16. O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a


constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
Trata-se da Súmula 347 do STF. Note que o Supremo foi bastante técnico na redação do
verbete, utilizando-se do termo “Apreciação”, e não “Declaração”, a fim de não misturar o
Controle de Constitucionalidade em sentido Amplo, de realização possível pelo TCU, com
o Controle de Constitucionalidade em sentido Estrito, privativo do Judiciário.

17. Jurisdicional: Quando exercido exclusivamente por órgãos pertencentes ao judiciário.

Político: Quando é exercido exclusivamente por órgãos não pertencentes aos quadros do
judiciário.

Misto: Quando fica reservado, a algumas normas, a apreciação exclusiva de órgãos não
judiciários.

18. Segundo essa classificação, podemos concluir que o Brasil adota o controle de
constitucionalidade Jurisdicional.

19. No Brasil, os sistemas de controle de constitucionalidade adotados são o jurisdicional, o


político e o misto, isso porque podem declarar a inconstitucionalidade das leis o Poder Judiciário,
o Poder Legislativo e o Poder Executivo. Essa alternativa é (verdadeira / falsa). INCORRETO
Por aqui a declaração de (in)constitucionalidade é de competência exclusiva do judiciário.
Portanto, adotamos o sistema Jurisdicional. Nada de Político, nada de Misto.

O que é o “Parâmetro” no Controle de Constitucionalidade?

Parâmetro é o nome dado ao bloco de normas de hierarquia constitucional que serão referência
para o controle. Em síntese, o parâmetro é o que deve prevalecer. É o modelo paramétrico que

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será utilizado para aferir se o objeto – a lei ou o ato normativo impugnado – é ou não
constitucional. O Brasil adota tese em que todo o chamado Bloco de Constitucionalidade –
conjunto de todas as normas constitucionais – constitui o parâmetro.

20. Identifique, abaixo, com um X, o que é considerado, no Brasil, parte do Bloco de


Constitucionalidade, a fim de sabermos o que pode ou o que não pode ser utilizado como
Parâmetro do Controle de Constitucionalidade:

(x) Texto principal da Constituição Federal – tirando o preâmbulo, que já vimos não ter pertinência
no mundo normativo –;
(x) ADCT;
( ) Normas apenas materialmente constitucionais.
(x) Trechos das Emendas Constitucionais não incorporados ao texto principal da Constituição;
(x) Princípios Constitucionais implícitos;
(x) Tratados sobre direitos humanos que passem pelo mesmo processo exigido para as Emendas
Constitucionais;

21. Apesar de fazerem parte do conceito amplo de “Bloco de Constitucionalidade”, as normas


que veiculam matéria constitucional, mas não são dotadas de constitucionalidade formal – não
tem processo de formação equiparado ao das normas constitucionais –, não podem ser
parâmetro de constitucionalidade no Brasil. Exemplo: O Código Eleitoral, a despeito de tratar de
temática constitucional, não pode ser parâmetro, porque é norma formalmente
infraconstitucional. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

Você sabe o que são as Normas Constitucionais Interpostas?

São, de acordo com Gustavo Zagrebelsky, as normas editadas por exigência direta da
Constituição Federal – seriam, portanto, as normas infraconstitucionais editadas em homenagem
a normas constitucionais de eficácia limitada ou contida –. O autor ventilou a ideia de que a
ofensa a essas normas seria ofensa direta a própria constituição. Como vimos, normas
infraconstitucionais, mesmo estas que se destinam a possibilitar ou restringir a eficácia de norma
constitucional, não podem ser parâmetro para o controle, já que não são formalmente
constitucionais.

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22. Normas constitucionais interpostas seriam aquelas disposições normativas às quais as


normas constitucionais fazem expressa referência, vinculando atos e procedimentos legislativos,
apresentando uma força normativa diferenciada por derivar diretamente da referência
constitucional. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

O que é o “Objeto” no Controle de Constitucionalidade?

O objeto do Controle de Constitucionalidade é aquilo que se está impugnando. Ou seja, é a lei


ou ato normativo que se pretende declarar (in)constitucional. No Controle de Constitucionalidade
Concreto – incidenter tantum –, podem ser objeto quaisquer leis ou atos normativos de qualquer
esfera federativa – federal, estadual, municipal ou distrital –, seja anterior ou posterior a
Constituição vigente – mas, não vamos cansar de repetir, o parâmetro será sempre o vigente
quando da criação da norma! –. Já no Controle Abstrato, cada uma das ações permite levar ao
órgão competente a apreciação de determinados objetos.

23. i-a; ii-b; iii-c.

24. Compete ao _______________________________________ (Supremo Tribunal


Federal/ Superior Tribunal de Justiça/ Poder Judiciário) precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente (i) a ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e (ii) a ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

O que se entende por “Lei ou Ato Normativo”?

O trecho passou por uma evolução interpretativa que, em apertada síntese, se deu da seguinte
forma:
i) Lei em sentido formal: É aquela que respeita o trâmite legal previsto na Constituição
Federal, sendo criada pelo Legislativo e Promulgada pelo Executivo.
ii) Lei em sentido material: É aquela que veicula norma abstrata e genérica – ela prevê
situação e, qualquer um que nela se enquadre será por ela afetado –.

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iii) Ato Normativo: É ato genérico e abstrato, seja ele uma lei – em sentido formal – ou não.
A título de exemplo, um ato infralegal que regulamente uma lei, será Ato Normativo, mas não
será Lei em sentido formal.

A princípio, o STF adotou interpretação que conferia o sentido material ao termo “lei” – qualquer
norma abstrata e genérica –. Neste momento, “lei” e “ato normativo” foram considerados,
portanto, termos sinônimos.
Evoluindo sua interpretação, o STF passou a interpretar o termo “lei” em sentido formal. Essa
interpretação parece mais acertada porque prestigia a conjunção utilizada pelo constituinte – “ou”
–. Sabe aquela história de que “o constituinte não utiliza palavras em vão”? Pois é, na
interpretação antiga, ele parecia ter utilizado, sendo redundante. Portanto, na interpretação mais
nova, foram conferidos significados diferentes a “lei” – aquela que passa pelo trâmite legal –, e
“ato normativo” – norma de conteúdo genérico e abstrato –.

25. Lei de efeito concreto não pode ser objeto no Controle Abstrato. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa). Pode SIM! Note que, conforme explicado no box, pela interpretação
conferida anteriormente ao texto constitucional, não havia essa possibilidade. Contudo,
com a nova interpretação, há! Porque a Lei de Efeitos Concretos é uma Lei em sentido
formal. Exemplo: Lei Orçamentária.

26. Lei já revogada pode ser objeto do Controle Abstrato de Constitucionalidade, por meio de
ADI. Essa alternativa é (verdadeira / falsa). Em regra, NÃO! Retomemos a ideia de que a ADI
se presta a manter a harmonia do ordenamento jurídico vigente. Logo, não há
compatibilidade entre o fundamento existencial da ADI e um pedido de análise, pelo STF,
de uma norma que já fora revogada, a fim de ser perquirir se ela era ou não compatível
com o ordenamento – lembrando que, caso a lei tenha, quando em vigor, causado algum
tipo de dano, quem tenha sofrido tal dano poderá pleitear a reparação no controle difuso,
que aceita tranquilamente a norma já revogada como objeto –.

Obs.: Se a lei já estava revogada antes da propositura da Ação: Há ausência de objeto, e


a ADI não será cabível.
Obs. 2: Se a lei foi revogada no curso da Ação: Em regra, haverá perda do objeto e,
consequentemente, a ADI será prejudicada. Contudo, já tentou-se tirar proveito desta
regra, para que a constitucionalidade de uma lei não fosse apreciada – revogou-se o ato

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normativo no curso da ADI, a fim de que essa fosse extinta por perda de objeto, e editou-
se outro ato normativo de idêntico teor –. Nestes casos, o STF admite a emenda da inicial
pelo requerente, a fim de fazer constar o novo objeto, mantendo-se a ação.

TIPOLOGIA DOS VÍCIOS DE (IN)CONSTITUCIONALIDADE

27. No estudo da tipologia das inconstitucionalidades, convencionou-se dizer que a


inconstitucionalidade será material, nomoestática ou interna quando a incompatibilidade com a
Constituição nasce de uma violação a matérias constitucionais, ao conteúdo da constituição.
Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

28. Convencionou-se na doutrina chamar a inconstitucionalidade material, também, de


Inconstitucionalidade ________________________________ (nomodinâmica/ nomoestática) –
a classificação se opõe a ________________________________ (nomodinâmica/
nomoestática), atinente aos vícios formais de constitucionalidade. É que o processo de formação
da norma é dinâmico, envolve diversas fases. Já o vício material é um vício que nasce não de
um processo dinâmico, mas de um vício material, e a matéria é estática.

29. A inconstitucionalidade material também é chamada de Inconstitucionalidade


__________________________ (Interna/ Externa) porque o vício está dentro da norma, em seu
conteúdo, e não fora, não no seu processo de formação.

30. O STF afirma que quando há inconstitucionalidade ___________________________


(material/ formal), há um excesso no uso do Poder de Legislar – extrapola-se a área de atuação
delimitada pelo constituinte –. A ideia é que o constituinte delimitou uma grande área para a
atuação do legislador – imagine um grande lote, cercado pelo constituinte e, que ele
próprio, conferiu ao Legislativo o poder de construir e edificar dentro dos limites daquele
lote. Se o legislador ultrapassar a cerca, e construir fora do lote, fora dos limites materiais,
essa atuação estará eivada de vício material de constitucionalidade –. Em síntese, quando
o STF utiliza-se do termo “excesso do poder de legislar”, ele está apontando para a
inconstitucionalidade material.

31. A aprovação de norma municipal que estabelece a composição da Câmara de


Vereadores sem observância da relação cogente de proporção com a respectiva população

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configura excesso do poder de legislar, não encontrando eco no sistema constitucional vigente.
Essa alternativa é (verdadeira / falsa). Trata-se do RE 197.917, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ
07/05/04, que exemplifica o uso da expressão “excesso do poder de legislar”, pelo
Supremo, para se referir ao vício material de inconstitucionalidade.

32. A Inconstitucionalidade ________________________________ (nomodinâmica/


nomoestática) faz alusão ao próprio processo legislativo, que é composto de diversas etapas que
se sucedem, sendo efetivamente dinâmico.

33. O termo Inconstitucionalidade _____________________ (interna/ externa) é utilizado


porque os elementos para se aferir a inconstitucionalidade da norma – a forma, o processo
legislativo – se encontram fora da própria norma.

34. i-c; ii-b; iii-a O problema prático apontado – inclusive pelo próprio PGR – para a
aceitação desta tese a fim de se declarar a inconstitucionalidade dos PL’s impugnados em
algumas ADI’s, é provar que o número de Congressistas comprometidos seria suficiente
para influenciar no resultado final das respectivas votações, levando-se em conta que só
se poderia colocar numa contagem de comprometidos aqueles votos dos congressistas
condenados penalmente, afinal, o Princípio da Inocência também acoberta congressistas.
Mas a tese é indiscutivelmente interessante, não é?

35. Quando se pretende criar um município, é requisito a edição Lei Estadual estipulando
essa criação, somada a um Estudo de viabilidade e um plebiscito, devendo ser observada uma
Lei Complementar Federal (art. 18 §4º da CR/88). Ocorre que essa Lei Complementar Federal
nunca existiu. As criações de Municípios realizadas de 1988 até aqui sofrem, portanto, de um
vício classificado como de inconstitucionalidade formal propriamente dita objetiva.

36. A Inconstitucionalidade por _______________________ (ação/ omissão) é aquela


inconstitucionalidade oriunda da edição de lei ou ato normativo incompatíveis com a Constituição.

37. A Inconstitucionalidade por _______________________ (ação/ omissão) é uma


inconstitucionalidade por inércia – a falta de um ato que deveria ter sido praticado. Em síntese,
trata-se de vício oriundo da abstenção do congresso quanto à edição de uma lei que deveria ter

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criado, mas não criou, mesmo havendo ordem constitucional para que trabalhasse – lembra das
normas de eficácia limitada? É delas mesmo que estamos falando –.

38. i-b; ii-a.

39. Há fungibilidade entre a impugnação de uma inconstitucionalidade por omissão parcial e


por inconstitucionalidade por ação. Afinal, se o legislador criou uma norma regulamentadora de
dispositivo constitucional, mas não o fez com todo o zelo que deveria, há inconstitucionalidade
tanto pela omissão – pelo que ele deixou de legislar – quanto pelo que legislou – pela
abrangência insuficiente –. Daí retiramos que é perfeitamente cabível a fungibilidade da ADI e
da ADO por omissão parcial. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

40. A Inconstitucionalidade __________________________ (total/ parcial) se faz presente


quando nenhuma das normas no dispositivo inconstitucional podem ser declaradas
constitucionais.

41. A Inconstitucionalidade __________________________ (total/ parcial) acontece quando


é preservada parte da lei ou ato normativo, por não ser viciado em sua integralidade.

42. A regra é o reconhecimento da inconstitucionalidade de apenas parte da lei ou ato


normativo. Afinal, a aferição da validade da norma é feita dispositivo por dispositivo, matéria por
matéria, e não em bloco, globalmente. Essa alternativa é (verdadeira / falsa). Direito
Constitucional descomplicado; Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. -14. ed. - Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO: 2015.

43. A inconstitucionalidade total se faz presente quase sempre que houver


inconstitucionalidade formal – porque todo diploma é viciado pelo mesmo equívoco formal – e
que, de outra forma, será muito difícil haver inconstitucionalidade total derivada de vício material,
afinal, é improvável que todos os dispositivos do diploma impugnado violem a Constituição
Federal. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

44. A inconstitucionalidade formal relaciona-se, sempre, com a inconstitucionalidade total,


visto que o ato editado em desconformidade com as normas previstas constitucionalmente deve
todo ele ser declarado inconstitucional. Essa alternativa é (verdadeira / falsa). Há um exemplo

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ventilado na doutrina que aponta para a possibilidade de declaração apenas parcial de


inconstitucionalidade, mesmo quando há vício formal: No caso em que uma Lei Ordinária
trata de dois temas, um reservado a Lei Complementar, e outro não. Pode ser declarada
parcialmente inconstitucional por vício formal, apenas no que diz respeito a matéria
reservada a Lei Complementar. Daí ter sido considerada INCORRETA essa assertiva,
presente na prova de Juiz de Direito – TJ-PB 2011 (CESPE).

45. i-b; ii-a

46. A técnica de declaração de inconstitucionalidade parcial tem por limite a não subversão
da mens legis. Exemplo: Se retira-se apenas a palavra “não”, de uma lei que aponta que “não é
permitido emitir poluentes acima de determinado nível, subverter-se-ia totalmente o sentido da
norma. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL SEM REDUÇÃO DE TEXTO


Os professores Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino trazem, em seu livro, um ótimo
exemplo para elucidar esse ponto da matéria. Veja só:
“Imagine-se, por exemplo, que uma Lei "Z" estabeleça prerrogativas para uma determinada
categoria de servidores públicos em um artigo, dividido em incisos, e, em outro artigo, estenda
algumas das prerrogativas a outra categoria de servidores, simplesmente fazendo remissão ao
primeiro artigo.
Teríamos algo assim:
Art. 1º São prerrogativas dos titulares do cargo AAA:
I) prerrogativa "a";
II) prerrogativa "b";
III) prerrogativa "e";
IV) prerrogativa "d".
Art. 2º Aplicam-se aos titulares do cargo BBB as prerrogativas previstas nos incisos I a III do
art. 1º.

Caso fosse impugnado perante o Supremo Tribunal Federal o art. 2º, e a Corte entendesse que
somente a extensão da prerrogativa "b" ao cargo BBB foi inconstitucional, não teria como retirar
essa regra do texto da lei mediante a supressão de alguma palavra ou expressão, porque o art.
2.º não contém, em seu texto, citação expressa do inciso II do art. 1º. Vale dizer, não seria

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tecnicamente possível, mediante redução do texto do art. 2º, obter o efeito desejado - retirar do
cargo BBB a prerrogativa prevista no inciso II do art. l.º. Também não se pode suprimir o inciso
II do art. 1º 0 porque é perfeitamente válida a atribuição da prerrogativa "b" ao cargo AAA.”
Neste caso, eles sugerem a utilização da técnica da declaração parcial de inconstitucionalidade
sem redução de texto, a fim de simplesmente afastar a aplicação do inciso II do art. 1º do cargo
BBB. Nenhuma palavra seria suprimida, mas haveria declaração da inconstitucionalidade parcial
do art. 2º.

47. Não se pode confundir a “Declaração de Inconstitucionalidade Parcial sem Redução de


Texto com a chamada “Interpretação conforme a Constituição”. Esta trata dos possíveis sentidos
da norma, e aquela da sua abrangência. Não raro a banca irá tentar confundi-lo. Identifique cada
uma:

Inconstitucionalidade Parcial sem


Interpretação Conforme
Redução de Texto

Interpretação Conforme a Constituição: A aplicação deste método tem por pressuposto a


possibilidade plurívoca de interpretações da norma, sendo que ao menos uma interpretação será
inconstitucional, e ao menos uma será constitucional. O objetivo é fazer prevalecer apenas a
interpretação constitucional.
Neste caso, não há mudança textual, sendo que o STF apenas declara que a norma é
constitucional, desde que interpretada de tal maneira, e que é inconstitucional se interpretada de
outra forma. Nas ADI’s em que é aplicada essa técnica, o STF vem julgando-as, no mérito,
procedentes, a fim de declarar a inconstitucionalidade de determinadas interpretações.
Inconstitucionalidade Parcial sem Redução de Texto: Determinados efeitos que a lei ou ato
normativo já tenha produzido sobre determinadas pessoas ou em determinado lapso temporal
são considerados inconstitucionais. Nesses casos, também há a procedência da ADI para que
seja declarada a inconstitucionalidade parcial, mantendo-se a norma operante, sem modificação
textual.

48. O julgamento de mérito proferido em sede de ação direta de inconstitucionalidade que


decide mediante a técnica da interpretação conforme a Constituição importa, segundo a

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jurisprudência do STF, em juízo de improcedência da ação. Essa alternativa é (verdadeira /


falsa). Questão de Analista Judiciário – TRT-2ªR 2014 (FCC)

49. Inconstitucionalidade __________________________________ (direta/ indireta) é


aquela em que o vício de inconstitucionalidade que ofende frontalmente a Constituição, não
havendo, entre o dispositivo violador e a Constituição, nenhum elemento intermediário
necessário à comprovação do desrespeito à Constituição. Simplificando, é aquela que atinge um
ato normativo primário.

50. Inconstitucionalidade __________________________________ (direta/ indireta) é


aquela em que a demonstração do vício depender da análise de um terceiro dispositivo.

51. Existem dois tipos de inconstitucionalidade indireta, uma é a reflexa e a outra é por
arrastamento. Identifique-as:

Inconstitucionalidade Indireta Reflexa (oblíqua): Acontece quando um ato normativo


secundário – como um decreto regulamentar, por exemplo – fere a lei e, acaba ferindo, por
consequência, a Constituição. Note que o vício de inconstitucionalidade atinge a Constituição
apenas de forma indireta, de forma mediata, ferindo primeiro a Lei, para depois, somente, atingir
a Constituição. No direito brasileiro, este tipo de irregularidade é visto como mera ilegalidade,
devendo a validade do ato ser analisada por meio de Controle de Legalidade, e não de
Constitucionalidade. Em outras palavras, não é reconhecida, no Brasil, essa forma de vício como
Inconstitucionalidade. Ação direta de inconstitucionalidade: descabimento: caso de
inconstitucionalidade reflexa. Portaria nº 001-GP1, de 16. 1.2004, do Presidente do Tribunal
de Justiça de Sergipe, que determina que o pagamento por via bancária dos emolumentos
correspondentes aos serviços notariais e de registro - obtidos através do sistema informatizado
daquele Tribunal - somente pode ser feito nas agências do Banco do Estado de Sergipe S/A -
BANESE. Caso em que a portaria questionada, editada com o propósito de regulamentar o
exercício de atividade fiscalizatória prevista em leis federais (L. 8.935/94; L. 10.169/2000) e
estadual (L.est. 4.485/2001), retira destas normas seu fundamento de validade e não
diretamente da Constituição. Tem-se inconstitucionalidade reflexa - a cuja verificação não
se presta a ação direta - quando o vício de ilegitimidade irrogado a um ato normativo é o
desrespeito à Lei Fundamental por haver violado norma infraconstitucional interposta, a
cuja observância estaria vinculada pela Constituição. (STF - ADI: 3132 SE, Relator:

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SEPÚLVEDA PERTENCE, Data de Julgamento: 15/02/2006, Tribunal Pleno, Data de


Publicação: DJ 09-06-2006)

Inconstitucionalidade por Arrastamento (por atração; por reverberação normativa ou


consequencial): Basicamente, se resume a ideia de que o dispositivo legal principal que for
declarado inconstitucional, leva consigo os diplomas que dele retirem sua validade. Até porque,
não faria sentido, por exemplo, um decreto que só existe para regulamentar determinada lei
continuar existindo quando essa lei for declarada inconstitucional, não é mesmo?

52. A inconstitucionalidade por arrastamento não pode ser declarada de ofício. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa). PODE SIM! Não há que se falar em ofensa ao Princípio da
Adstrição. A declaração de ofício nada mais faz do que se valer da lógica.

53. Na ação direta de inconstitucionalidade ajuizada perante o STF, apesar de lhe ser
aplicável o princípio da congruência ou da adstrição ao pedido, admite-se a declaração de
inconstitucionalidade de uma norma que não tenha sido objeto do pedido, na hipótese
configuradora da denominada inconstitucionalidade por arrastamento. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).

54. Se os ministros do STF, por um lapso, deixarem de reconhecer a inconstitucionalidade


do ato normativo secundário de forma expressa, quando houver inconstitucionalidade por
arrastamento a inconstitucionalidade pode ser declarada em outro processo, sem maiores
problemas. Não há uma preclusão pro judicato se o STF não declarar a inconstitucionalidade do
ato normativo secundário no mesmo processo que declara a inconstitucionalidade do primário.
Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

55. De acordo com a doutrina, a técnica da declaração de inconstitucionalidade por


arrastamento pode ser aplicada tanto em processos distintos como no mesmo processo. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa). Questão de Juiz Federal – TRF-2ªR 2009 (CESPE), que
explora o tema abordado na questão anterior.

56. O Presidente da República, a pretexto de exercer seu poder regulamentar, editou decreto,
sem que existisse lei tratando da matéria por ele disciplinada, pelo qual criou obrigações que
somente poderiam, à luz da Constituição Federal, ter sido instituídas por lei formal. Por esse

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motivo, a constitucionalidade do referido decreto foi arguida em um caso concreto, como questão
prejudicial para o julgamento do pedido principal da petição inicial, ensejando, em segundo grau
de jurisdição, o pronunciamento do plenário de determinado Tribunal declarando a
inconstitucionalidade da norma, pelo voto da maioria absoluta de seus membros. À luz da
Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o decreto presidencial
poderia ter sido declarado inconstitucional pelo plenário do Tribunal, uma vez que as obrigações
foram criadas sem qualquer amparo legal e com ofensa direta à Constituição Federal, sendo
dispensada a manifestação plenária do Tribunal se o plenário do Supremo Tribunal Federal já
tiver declarado a inconstitucionalidade do mesmo decreto. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).
Juiz do Trabalho – TRT-18ªR 2014 (FCC) A questão aborda o seguinte tema: E se o ato
secundário for editado sem existir um ato primário que lhe sirva de pressuposto de
validade? A lógica aqui é: Se foi editado um ato normativo secundário – um decreto
regulamentar, por exemplo –, sem base em qualquer ato normativo primário – não existe
uma lei tratando daquele tema que foi regulamentado –, o ato normativo secundário, em
verdade, está no ordenamento jurídico como se ato primário fosse – afinal, não existe
entre ele e a Constituição qualquer outra norma –. Segundo esse raciocínio, o STF
entendeu que este ato pode, sim, ser objeto de controle de constitucionalidade! Não se
trata de controle de legalidade, porque não há lei para servir de parâmetro. Interessante,
não é mesmo?

57. A Inconstitucionalidade Originária, também chamada de Congênita, é a única


reconhecida no nosso ordenamento jurídico. O parâmetro deve ser sempre anterior ao objeto.
Ou seja, quando se quer impugnar uma norma, buscamos analisar se ela era ou não
constitucional de acordo com o parâmetro que vigia no momento de seu nascimento. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa).

58. A Inconstitucionalidade Superveniente não é reconhecida no ordenamento brasileiro.


Essa incompatibilidade é tratada como um problema de direito intertemporal. Em outras palavras,
se a incompatibilidade com a constituição é superveniente, temos um problema de recepção, e
não de constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

59. Uma norma não muda seu caráter constitucional ao longo do tempo. Se ela nasce
constitucional, ela sempre será constitucional. Se ela nasce inconstitucional, ela sempre foi

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inconstitucional – só se aguardava que esta inconstitucionalidade fosse declarada pelo judiciário


–. Essa alternativa é (verdadeira / falsa).

60. A chamada Inconstitucionalidade Circunstancial está ligada não a norma, em si, mas a
sua aplicação em determinada situação. Ocorre que a norma é constitucional, mas sua aplicação
em determinadas circunstâncias redundaria em inconstitucionalidade. Essa alternativa é
(verdadeira / falsa).

INCONSTITUCIONALIDADE CIRCUNSTANCIAL
Pedro Lenza traz o seguinte exemplo: “Como interessante exemplo, destacamos a ADI 223, na
qual se discutia a constitucionalidade de normas que proibiam a concessão de tutela antecipada
e liminares em face da Fazenda Pública. Sem dúvida, como anota Barcellos, a análise do
Judiciário seria diferente para duas situações distintas:
a) reenquadramento de servidor público;
b) concessão de tutela antecipada para que o Estado custeasse cirurgia de vida ou morte.
Nesse segundo caso, sem dúvida, dada a circunstância, a lei seria inconstitucional,
especialmente diante do art. 5º, XXXV da Constituição”.

61. O STF já se utilizou dos termos inconstitucionalidade chapada, enlouquecida ou


desvairada para se referir a normas em que a inconstitucionalidade é flagrante, é latente. Essa
alternativa é (verdadeira / falsa).

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 2

Bom, já sabemos quais são os objetos possíveis no Controle de Constitucionalidade; Já sabemos


também o que pode ser utilizado de parâmetro; e, por fim, estudamos quais são e como se
manifestam os vícios de inconstitucionalidade.

O que nós iremos estudar agora, neste tópico, são as espécies de controle de
constitucionalidade. Veremos como e quando ocorre o controle. Animadíssimos? Tenho
certeza que sim. Vamos lá, então.

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62. De acordo com o momento em que é realizado – antes ou depois da edição da norma –
o controle será classificado como preventivo ou repressivo. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).

63. O Controle _________________________ (Preventivo/ Repressivo) normalmente é


realizado pelo judiciário – seja pelo controle abstrato, seja pelo controle concentrado –, e se
manifesta quando a análise de constitucionalidade recai sobre norma já pronta e acabada,
produzindo – ou apta a produzir – seus efeitos. Ou seja, recai sobre norma que já passou pelo
processo legislativo.

64. Se a o controle é realizado durante o vacatio legis, trata-se de controle


_________________________ (Preventivo/ Repressivo), porque a norma já está pronta e
acabada neste momento. Só lhe falta eficácia.

65. Apesar de ser realizado usualmente pelo judiciário, tanto o Legislativo quanto o Executivo
contam, no ordenamento jurídico, com hipóteses em que lhes é possível realizar ou, pelo menos,
participar do controle de constitucionalidade repressivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

66. Os Chefes do Executivo Federal e Estadual tem legitimidade ativa para a propositura de
ação de (in)constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

67. Quando o Chefe do Executivo ordena que toda a Administração Pública a ele
subordinada deixe de aplicar determinada lei, porque a entende inconstitucional, está realizado
o controle de constitucionalidade repressivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

68. Se há presunção absoluta de constitucionalidade – a norma foi, em decisão vinculante e


erga omnes declarada constitucional pelo Supremo –, a prerrogativa do chefe do executivo de
ordenar que a Administração Pública a ele subordinada deixe de observar a norma em questão
se esvai. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

Possibilidade dos Chefes do Executivo negarem aplicação a lei que reputem


inconstitucional

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Esse tema é interessante, vale a pena fazermos uma incursão histórica, dando uma aprofundada
para entendermos o porquê de existir essa possibilidade, mesmo não havendo previsão legal.

Antes da CR/88 o rol de legitimados para a propositura da Representação de


Inconstitucionalidade era limitado ao PGR. Nada de Chefes do Executivo na lista. Daí, por não
existir meio hábil para que eles questionassem a constitucionalidade de uma norma,
jurisprudencialmente, construiu-se hipótese na qual os Chefes do Executivo – todos eles,
inclusive os Prefeitos – detinham a prerrogativa de descumprir uma lei no âmbito que lhe é
competência governar, argumentando que ela é inconstitucional, a despeito da presunção
relativa de constitucionalidade que lhe emantava.

Após extensão do Rol de Legitimados promovida pela CR/88, os Chefes do Executivo –


excetuado os Prefeitos – passaram a ter legitimidade para a propositura de ADI. Daí, surgiu a
seguinte crítica na Doutrina: se o Presidente e o Governador agora têm meio hábil de questionar
a constitucionalidade da lei, não mais existiria para eles a possibilidade de descumprir lei por
entende-la inconstitucional, devendo eles propor ADI e, em caso de urgência, requerer Cautelar.

Contudo, esta posição não vingou no STF, que manteve o entendimento de que é possível o
descumprimento da lei quando o chefe do executivo considera-la inconstitucional.

Uadi Lammêgo Bulos aponta que“[...] assim, os titulares do poder – e não os seus agentes
– podem deixar de aplicar, no âmbito da Administração, leis ou atos administrativos
reputados inconstitucionais.

O entendimento do Pretório Excelso parte da premissa de que, no Estado Democrático de


Direito, viceja o primado da legalidade (art. 5º, II), cuja influência imprime direção à
conduta dos órgãos públicos.

Pela jurisprudência da Corte Suprema, portanto, o titular do poder, no âmbito do exercício


discricionário de suas atribuições, ao certificar-se que uma norma agride, material ou
formalmente, a constituição, não deve aplicá-la, assumindo os riscos daí decorrentes, sob
pena de ferir, sponte sua, a própria manifestação constituinte originária.

O fio condutor desse pensamento remonta a nossa primeira Constituição Republicana, de


1891, e, até hoje, é aceito por juízes e Tribunais.”

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69. Um exemplo de costume constitucional citado pela doutrina seria o descumprimento, pelo
Poder Executivo, de leis que repute inconstitucionais, comportamento que não teria base
constitucional expressa, mas que é consagrado pelo uso, tratando-se, no caso, de um costume
praeter constitutionem. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz do Trabalho – TRT-23ªR
2011 (TRT-23R)

70. Também é dado ao Legislativo exercer o Controle de Constitucionalidade Repressivo,


quando, por exemplo, é conferido a(o) _________________________________ (Câmara dos
Deputados/ Senado Federal/ Congresso Nacional) sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. Esse é
o artigo 49 da Constituição Federal, no seu inciso V. Na primeira hipótese (sustação de
atos do executivo que exorbitem do poder regulamentar) trata-se de inconstitucionalidade
reflexa, em que se constata vício no regulamento expedido pelo executivo, e não na lei a
que o decreto regulamentar busca esmiuçar – isso porque o Decreto Regulamentar é Ato
Normativo Secundário –. Nesse caso, não há inconstitucionalidade para o Direito
brasileiro, mas mera ilegalidade. Lembra?
Já na segunda parte do dispositivo (possibilidade de sustação dos atos do executivo que
exorbitem dos limites de delegação legislativa) há inequívoco controle de
constitucionalidade, já que aponta caber ao Congresso Nacional sustar Lei Delegada, nos
trechos em que o Presidente tenha extrapolado os limites da delegação legislativa – a Lei
Delegada é ato normativo primário, está lá no rol do art. 59 da CR/88 –.

71. A competência exclusiva do Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder
Executivo é entendida, pela doutrina, como mecanismo político de controle repressivo de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz do Trabalho – TRT-6ªR 2010
(TRT-6ªR)

72. Outra hipótese de controle repressivo pelo Legislativo é a possibilidade do(a)


______________________________ (Câmara dos Deputados/ Senado Federal/ Congresso
Nacional) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

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73. O Legislativo também participa do Controle de Constitucionalidade porque tem


legitimidade ativa para propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade, através de alguns
dos seus órgãos. Quais são eles?
i) Mesa da Câmara dos Deputados;
ii) Mesa do Senado Federal;
iii) A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

74. Existe, no Supremo, julgado no sentido de que, pelos mesmos motivos e raciocínio
exposto para os Chefes do Executivo, as Chefias do Legislativo também podem exigir que os
órgãos subordinados deixem de cumprir determinada norma por entendê-la inconstitucional.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). “Os Poderes Executivo e Legislativo, por sua chefia — e
isso mesmo tem sido questionado com o alargamento da legitimação ativa na ação direta de
inconstitucionalidade —, podem tão só determinar aos seus órgãos subordinados que deixem de
aplicar administrativamente as leis ou atos com força de lei que considerem inconstitucionais."
(ADI 221-MC, REL. MIN. MOREIRA ALVES, DJ 22/10/93)

75. O Legislativo, em sua típica função de legislar, também pode controlar a


constitucionalidade de leis através da revogação da norma que entenda inconstitucional, o que
caracteriza controle de constitucionalidade stricto sensu. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
A possibilidade, é claro, é real. Contudo, de forma alguma a revogação de uma norma por outra
caracterizaria o que se convencionou chamar de Controle de Constitucionalidade stricto sensu.
Nesse sentido: “Em nosso sistema jurídico, não se admite declaração de inconstitucionalidade
de lei ou de ato normativo com força de lei por lei ou por ato normativo com força de lei
posteriores. O controle de constitucionalidade da lei ou dos atos normativos é da competência
exclusiva do Poder Judiciário.” (ADI 221-MC, REL. MIN. MOREIRA ALVES, DJ 22/10/93)

76. O tribunal de contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade


das leis e dos atos do poder público. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Súmula nº 437 do
STF

77. Se o controle repressivo é o que acontece quando a norma já está pronta, a contrário
senso, o preventivo é aquele exercido durante o procedimento de confecção da norma, ou seja,
durante o processo legislativo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

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78. O controle preventivo é usualmente realizado por órgãos políticos, ou seja, pelo Executivo
e pelo Legislativo e, só excepcionalmente, pelo Judiciário. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Isso acontece porque, afinal, o judiciário opera limitado pela inércia, só controlando a
constitucionalidade de alguma norma quando alguém o provoca para que analise a
constitucionalidade de uma norma – e para que isso aconteça, a norma, em regra, já estará
pronta –.

79. Uma das formas de controle preventivo é o veto, pelo Chefe do Executivo, de um projeto
de lei, com fundamento em um vício de constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). A fim de diferenciar do veto que não tem motivação jurídica, e sim política, convencionou-
se chamar este último de Veto Político. Trata-se de veto motivado pelo interesse público –. Note
que só a Controle de Constitucionalidade no veto Jurídico! O Veto Político não guarda qualquer
relação com o juízo de compatibilidade vertical entre norma infraconstitucional e a norma maior.

80. Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional


ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de _______________
(cinco/ dez/ quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
_______________ (24/ 48/ 72) horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

81. O Legislativo pode participar do Controle Preventivo através das Comissões de


Constituição e Justiça. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É verdade que esta hipótese pode
ocorrer durante todo o trâmite do projeto, já que em quaisquer votações o projeto pode não obter
o quórum necessário sob o argumento de padecer de vício de inconstitucionalidade. Contudo,
destaca-se que o órgão interno das casas legislativas que tem a função precípua de realizar este
controle é a CCJ – Comissão de Constituição e Justiça – (Senado Federal) e a CCJC – Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (Câmara dos Deputados).

82. Outra possibilidade de Controle de Constitucionalidade Preventivo pelo Legislativo é de


se vetar o veto do Projeto de Lei realizado pelo Chefe do Executivo, caso o Legislativo entenda
que a norma é, em verdade, Constitucional. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É um controle
de constitucionalidade do controle de constitucionalidade. Interessante, não é?

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83. O referido veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de _______________ (15/ 30/
45) dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria
_____________ (simples/ absoluta) dos Deputados e Senadores. Art. 66 da CR/88, §4°

84. O controle prévio ou preventivo de constitucionalidade não pode ocorrer pela via
jurisdicional, uma vez que ao Poder Judiciário foi reservado o controle posterior ou repressivo,
realizado tanto de forma difusa quanto de forma concentrada. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO PELO JUDICIÁRIO

Já sabemos que a regra é o Controle de Constitucionalidade do Judiciário ser apenas repressivo.


A hipótese excepcional que vimos existir ali em cima, quando dissemos que o Poder Judiciário
exerce o Controle Preventivo de forma excepcional, é a seguinte:

Todos os parlamentares têm o direito líquido e certo de participar de um processo legislativo


hígido, que respeite os regramentos constitucionais – o chamado Devido Processo Legislativo
Constitucional –.

Tendo o parlamentar esse direito líquido e certo, o desrespeito ao Devido Processo Legislativo
Constitucional, surge para ele a possibilidade de impetração de Mandado de Segurança, com
competência originária para apreciação do próprio STF (no caso de parlamentares federais, é
claro).

Obs.: Note que caso desrespeitado regramento legislativo-procedimental não previsto


constitucionalmente, o vício será de legalidade, não havendo que se falar em Controle de
Constitucionalidade, e sim em ilegalidade.

85. O parlamentar tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a
finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais
que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). (MS 24.642 , MIN. CARLOS VELLOSO, DJ 18/06/04)

86. De acordo com entendimento do STF, o controle jurisdicional prévio ou preventivo de


constitucionalidade sobre projeto de lei ainda em trâmite somente pode ocorrer de modo
incidental, na via de exceção ou defesa. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Isso porque o

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instrumento hábil a provocar o judiciário, neste caso, é o M.S., e não uma ação típica do controle
de constitucionalidade concentrado.

87. Como, em âmbito federal, existem duas casas do legislativo, e o projeto tramita em uma
casa por vez, só poderá propor M.S. o parlamentar da casa em que o Projeto que tem seu
processo legislativo desrespeitado se encontra. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

88. O mérito do M.S. não será apreciado se o trâmite legislativo chegar ao fim, já que há
perda do objeto. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

89. Caso se encerre o mandato do congressista impetrante, haverá perda de legitimidade


ativa ad causum. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

Sobre o tema, destacamos, para leitura, a seguinte ementa, de julgado que pode ser lido na
íntegra, aqui:

http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14819733/mandado-de-seguranca-ms-22487-df-stf

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO. IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE


SEGURANÇA POR PARLAMENTARES.POSSIBILIDADE. DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À
CORRETA FORMAÇÃO DAS ESPÉCIES NORMATIVAS. APROVAÇÃO DA PROPOSTA DE
EMENDA PELO CONGRESSO NACIONAL. HIPÓTESE CARACTERIZADORA DE PERDA
SUPERVENIENTE DA LEGITIMIDADE ATIVA PARA O PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO
MANDAMENTAL.PROCESSO EXTINTO, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.- A jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal - embora reconheça, ao membro do Congresso Nacional,
qualidade para fazer instaurar o controle jurisdicional pertinente ao processo de elaboração
normativa, nega-lhe, no entanto, legitimidade ativa para prosseguir no processo mandamental,
quando, em decorrência de fato superveniente a proposição normativa, em tramitação na esfera
parlamentar, vem a transformar-se em lei ou a converter-se em emenda à Constituição. A
superveniência da aprovação parlamentar do projeto de lei ou da proposta de emenda à
Constituição implica a perda da legitimidade ativa dos membros do Congresso Nacional
para o prosseguimento da ação mandamental, que não pode ser utilizada como sucedâneo
da ação direta de inconstitucionalidade. Precedentes. Trata-se de mandado de segurança
impetrado com o objetivo de preservar a integridade jurídica do processo de elaboração de
emenda à Constituição da República e de fazer prevalecer o direito subjetivo de membros do

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Congresso Nacional à correta observância, pelo Poder Legislativo da União, das diretrizes, que,
em nosso sistema institucional, condicionam, formal e materialmente, a validade do processo de
positivação do Direito. Cabe assinalar, desde logo, na linha do magistério jurisprudencial desta
Suprema Corte (MS 23.334-RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RDA 215/228-231, v.g.), que os
membros do Congresso Nacional dispõem de legitimidade ativa ad causam para provocar
a instauração do controle jurisdicional sobre o processo de formação das leis e das
emendas à Constituição, assistindo-lhes, sob tal perspectiva, irrecusável direito subjetivo
de impedir que a elaboração dos atos normativos, pelo Poder Legislativo, incida em
desvios inconstitucionais. É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal tem
reiteradamente proclamado, em favor dos congressistas - não, porém, em favor de terceiros - o
reconhecimento desse direito público subjetivo à correta elaboração das leis e das emendas à
Constituição: [...] somente ao parlamentar - que dispõe do direito público subjetivo à correta
observância das cláusulas que compõem o devido processo legislativo - assiste
legitimidade ativa ad causam para provocar a fiscalização jurisdicional.- A jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de recusar, a terceiros que não ostentem a
condição de parlamentar, qualquer legitimidade que lhes atribua a prerrogativa de questionar,
incidenter tantum, em sede mandamental, a validade jurídico-constitucional de proposta de
emenda à Constituição, ainda em tramitação no Congresso Nacional. [...] Desse modo, torna-se
possível, em princípio, a fiscalização jurisdicional do processo de criação dos atos normativos,
desde que, instaurada para viabilizar, incidenter tantum, o exame da compatibilidade das
proposições com o texto da Constituição da República, venha a ser iniciada por provocação
formal de qualquer dos integrantes das Casas legislativas. [...]

(STF - MS: 22487 DF, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 01/08/2001,
Data de Publicação: DJ 14/08/2001 P - 00236)

90. É admissível o controle de constitucionalidade de emenda constitucional antes mesmo


de ela ser votada, no caso de a proposta atentar contra cláusula pétrea, já que vedada até mesmo
a deliberação de projeto com este intento, sendo o referido controle feito por meio de mandado
de segurança, que deve ser impetrado exclusivamente por parlamentar federal. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Advogado da União – AGU 2009 (CESPE) - Adaptada

91. i-b; ii-a.

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92. Como não há um tipo de ação específica para tratar da inconstitucionalidade quando do
controle difuso, infere-se que, quando invocada a inconstitucionalidade, ela existirá como
incidente no processo – incidenter tantum –, ou seja, será questão prejudicial à apreciação do
mérito, e nunca o mérito propriamente dito, nunca será o objeto da ação, sob pena de substituir
as ações próprias. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

93. A Ação Civil Pública tutelando direitos difusos ou coletivos não pode suscitar
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, já que seus efeitos transcendem o das pessoas em
juízo, o que redunda na substituição das ações típicas do controle concentrado por este
instrumento, mas sem haver legitimidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Esse raciocínio
já foi levantado, mas é superado. É sim possível o controle difuso, inclusive nas ACP’s, desde
que, assim como nas outras ações, o controle se limite a uma prejudicial, e não ao mérito, ou
seja, o reconhecimento da (in)constitucionalidade seja a causa de pedir, e não pedido.

94. O Controle de Constitucionalidade concreto faz coisa julgada material. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). NÃO! No Controle Difuso a Inconstitucionalidade é, no máximo, causa de
pedir, enquanto no Controle Concentrado faz parte do Pedido. E, daí, extrai-se o seguinte: No
Controle Difuso, justamente pela análise da constitucionalidade tratar-se de incidente processual,
não se fará presente o instituto da Coisa Julgada. Inclusive, se quer é possível a utilização da
Ação Declaratória Incidental.

95. A diferença básica entre o Controle Concentrado e o Difuso é que o controle concentrado
é feito em tese, abstratamente, de forma objetiva e concentrada em determinado órgão, enquanto
o Difuso é realizado por qualquer órgão do judiciário, sendo concreto, alegado como questão
prejudicial, incidentalmente no processo –. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 3


Neste tópico estudaremos o controle difuso – realizado por qualquer órgão do judiciário – e
concreto (incidental) – que é alegado como questão prejudicial, incidentalmente no processo –.
Portanto, sintonize-se ai; Não estamos falando, no momento, daquele controle realizado
exclusivamente no âmbito do STF por meio das Ações de (in)Constitucionalidade; este seria o
controle concentrado, que será minudenciado posteriormente. Vamos lá?

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96. Quando o judiciário é invocado para resolver um litígio, pode ser que a resolução dependa
da análise da constitucionalidade de uma norma, análise esta sem a qual se torna inviável a
pacificação do conflito. Isso pode acontecer em qualquer processo e, quando acontecer,
qualquer uma das partes será apta para inaugurar discussão acerca da (in)constitucionalidade
da norma, de forma incidental – ou seja, o objeto central do processo não é a análise da
constitucionalidade, mas, para a solução do litígio, ela é necessária, sendo tratada como um
“incidente no curso do processo” –. Inclusive, não só as partes, mas o terceiro interveniente, o
MP – inclusive como custos legis, é claro –, e até mesmo o juiz, ex officio podem levantar a
hipótese da inconstitucionalidade de uma norma em caráter incidental. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa).

97. A Inconstitucionalidade em controle concreto pode ser alegada em qualquer momento


nas instâncias ordinárias. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

98. Para que seja apreciada a questão incidental de inconstitucionalidade nas instâncias
extraordinárias é indispensável o pré-questionamento. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

99. O Controle de Constitucionalidade faz coisa julgada material. Essa alternativa é


(verdadeira/ falsa). A sentença é dividida em Relatório, Fundamento e Mérito. Só o Mérito faz
coisa julgada. Como a inconstitucionalidade é prejudicial, apreciada nos fundamentos, não há
possibilidade de transitar em julgado. A Ação Declaratória Incidental não é cabível.

100. Quando a prejudicial de inconstitucionalidade deva ser analisada pelos Tribunais, aplica-
se a chamada Cláusula de Reserva de Plenário, prevista constitucionalmente. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Está lá no artigo 97 da Constituição Federal.

101. Somente pelo voto da __________________________________ (maioria simples/


maioria absoluta) de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

102. A declaração de constitucionalidade da norma, pelo tribunal, independe da observância


da Cláusula de Reserva de Plenário, já que a lei ou ato normativo é emantada pela presunção
de constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

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103. A reserva do plenário para declaração de inconstitucionalidade não se aplica às turmas


recursais de Juizado Especial. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). (RE 453.744-AgR, voto
do rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 13-6-2006, Primeira Turma, DJ de 25-8-2006.)

104. O STF exerce, por excelência, o controle difuso de constitucionalidade quando do


julgamento do recurso extraordinário, tendo os seus colegiados fracionários competência
regimental para fazê-lo sem ofensa à Cláusula de Reserva de Plenário. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). (STF - RE: 361829 RJ, Relator: Min. ELLEN GRACIE, Data de
Julgamento: 02/03/2010, Segunda Turma.

105. Ao julgar os recursos extraordinários, o STF deve observar a cláusula de reserva de


plenário, razão por que esses recursos devem sempre ser apreciados pela composição plena
daquele tribunal. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). A cláusula de reserva de plenário não se
aplica ao STF.

106. A Cláusula de Reserva de Plenário, apesar do nome, não exige a votação pelo pleno,
caso seja instalado Órgão Especial no Tribunal, que pode analisar a (in)constitucionalidade da
norma. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

107. Nos tribunais com número superior a ________________ (15, 20, 25) julgadores, poderá
ser constituído órgão especial, com o mínimo de ___________ (10, 11, 12, 13) e o máximo de
(15, 20, 25) membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra
metade por eleição pelo tribunal pleno. Art. 93 da CR/88, XI

108. Se a cláusula de reserva de plenário for desrespeitada, o julgamento é nulo. Essa


alternativa é (verdadeira/ falsa).

109. Decisão que enseja a interposição de recurso ordinário ou extraordinário, não é a do


plenário que resolve o incidente de inconstitucionalidade, mas a do órgão (câmaras, grupos ou
turmas) que completa o julgamento do feito. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Súmula nº
513 do STF

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110. Caso a (in)constitucionalidade de determinada norma já tenha sido apreciada pelo pleno
ou órgão especial do respectivo tribunal, não se faz mais necessária a aplicação da cláusula de
reserva de plenário. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

111. Caso a (in)constitucionalidade de determinada norma já tenha sido apreciada pelo pleno
ou por ambas as turmas do Supremo Tribunal Federal, seja no controle concentrado, seja no
controle difuso, não se faz mais necessária a aplicação da cláusula de reserva de plenário. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

112. Quando se alega que determinada norma anterior a Constituição Federal de 1988 não é
com ela compatível, deve ser observada a cláusula de reserva de plenário. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Não existe inconstitucionalidade superveniente, lembra? Não há que se falar
em controle de constitucionalidade, aqui, e sim em juízo de recepção.

113. Entende o Supremo Tribunal Federal que a reserva de plenário é regra constitucional
aplicável à declaração de inconstitucionalidade pelos tribunais como também na aferição da
revogação (ou da recepção) do direito anterior à Constituição Federal de 1988. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Promotor de Justiça – MPE-PR 2014 (2014)

114. Viola a cláusula de reserva de Plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que,
embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público, afasta sua incidência no todo ou em parte. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É o
texto da Súmula Vinculante número 10. É que para declarar constitucional a norma, mas
afastando determinada interpretação por considera-la inconstitucional, o tribunal estará sujeito a
Cláusula de Reserva de Plenário.

115. O Controle de Constitucionalidade Concreto produz, em regra, efeitos ex tunc e inter-


partes. Caso a declaração de inconstitucionalidade seja realizada pelo STF, entende-se haver
possibilidade de modulação destes efeitos. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

Modulação dos Efeitos Temporais

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O efeito ex tunc pode ser altamente prejudicial, em alguns casos, à Segurança Jurídica e ao
Interesse Social – afinal, declarar uma norma inconstitucional importa, pela lógica que vimos
acima, tirar a validade de todos os negócios jurídicos feitos com embasamento na tal norma.

Acontece que o Controle de Constitucionalidade é um conjunto de instrumentos criado,


essencialmente, para resolver problemas de compatibilidade constitucional no ordenamento
jurídico, em nome da Supremacia da Constituição, da Segurança Jurídica e também do Interesse
Social. Do ponto de vista principiológico, como vimos em outro encontro, é totalmente viável a
harmonização destes princípios. É pensando nisso que a lei da ADI dá permissão ao STF para,
no controle concentrado, modular o efeito ex tunc – podendo fazer a declaração de
inconstitucionalidade ter efeito ex nunc ou até mesmo pró-futuro.

O STF, então, em interpretação extensiva, estendeu este poder modulador-temporal também


aos casos de controle difuso.

116. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de


segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria ________________________________ (absoluta/ relativa/ de dois terços) de seus
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de
seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Art. 27 da lei 9.868/99

117. Com a participação do Legislativo, é possível que a declaração de inconstitucionalidade


realizada pelo STF, que é, em regra ____________________ (erga omnes/ inter-partes) no
controle difuso, seja alargada – não no curso do processo, mas depois, através de ato normativo.

118. Compete privativamente a(o) ____________________________________________


(Câmara dos Deputados/ Senado Federal/ Congresso Nacional) suspender a execução, no todo
ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
Art. 52 da CR/88

119. Se a lei for declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF em ADI, caberá ao
Senado Federal, mediante resolução, suspender sua execução. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). Analista Legislativo – Câmara dos Deputados 2014 (CESPE) Em ADI não, né! É só no
controle difuso que essa participação do Senado é necessária. No controle concentrado nem

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existem partes para que possa se discutir eventual alargamento dos efeitos subjetivos. A norma,
em abstrato, é considerada (in)constitucional para todos.

120. Se a declaração de inconstitucionalidade, pelo STF, no controle difuso, for parcial, o


Senado não pode suspender a norma como um todo, estando vinculado estritamente aos
contornos da decisão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Informativo nº 477 do STF

121. Caso o Senado Federal suspenda a execução de lei declarada inconstitucional, em sede
de controle difuso, pelo Supremo Tribunal Federal, não haverá óbice no ordenamento jurídico
brasileiro para que, posteriormente, o Senado Federal, por motivos de conveniência política,
anule a resolução que efetuar tal suspensão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). O STF
entende não ser possível a revogação por conveniência política.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 4

Sem estar com o conteúdo das partes 1, 2 e 3 frescas na memória, você pode encontrar alguma
dificuldade nas questões que se seguem. Por isso, é aconselhável revisar o seu material antes
de partir para a resolução desta parte 4.

INTRODUÇÃO: O Controle Abstrato, objeto do nosso estudo de hoje, diferencia-se do Concreto


porque, aqui, discute-se a norma em tese. O pedido, o mérito, diz respeito à própria
(in)constitucionalidade.

O STF, ao realizar o Controle Abstrato, exerce a função de Legislador Negativo – retirando a


norma incompatível do ordenamento jurídico –, ou seja, realiza uma função tipicamente
política. O controle é feito em abstrato.

Por consequência lógica, não há que se falar em pretensão ou em lide em sede de controle
abstrato, tampouco, há que se falar em réu – afinal, o réu é aquele contra quem se deduz a
pretensão, pretensão essa que aqui inexiste –.

122. No sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, os órgãos competentes aferem


a compatibilidade de uma lei ou ato normativo com as normas explícitas e implícitas presentes
no texto constitucional, avaliando a adequação tanto sob o ponto de vista formal quanto no que
se refere ao aspecto material, circunstâncias que determinam um caráter eminentemente jurídico

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às suas decisões. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Essa questão, da banca CESPE, foi
considerada incorreta porque, como vimos na introdução, o Controle de Constitucionalidade em
Abstrato tem caráter eminentemente político, de acordo com a doutrina, e não jurídico.

123. Por consequência lógica da abstração, não há que se falar em pretensão ou em lide em
sede de controle abstrato, tampouco, há que se falar em réu – afinal, o réu é aquele contra quem
se deduz a pretensão, pretensão essa que aqui inexiste –. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

124. No controle abstrato de constitucionalidade, os atores que tem, nos processos subjetivos,
prerrogativas processuais, mantém essas prerrogativas. O exemplo típico são os prazos em
dobro para manifestações da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa). Não há prazo recursal em dobro no processo de controle
concentrado de constitucionalidade. Os prazos em dobro se aplicam apenas aos processos
subjetivos.

125. São possíveis tanto as cautelares preparatórias quanto as cautelares intraprocessuais no


Controle de Constitucionalidade Abstrato. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Não são
cabíveis cautelares preparatórias.

126. O conjunto normativo que serve como Parâmetro da ADI é todo o Bloco de
Constitucionalidade brasileiro – Texto Principal, ADCT’s, Emendas, Princípios Implícitos e os
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos equivalentes à E.C. –. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa).

127. Caso seja proposta a ADI e, após, a parâmetro seja revogado por uma E.C., a ADI restará
prejudicada. Contudo, se o parâmetro foi apenas modificado, e essa modificação não alterou a
essência da norma, não tendo sido substancial a referida mudança, é possível aditamento da
inicial. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

128. Se houver modificação do parâmetro a fim de conformar determinada norma


inconstitucional com a Constituição, essa norma deverá ser considerada inconstitucional de
qualquer forma, já que a inconstitucionalidade é um vício congênito. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Não existe Constitucionalidade Superveniente. Nasceu inconstitucional? É
inconstitucional.

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129. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe processar e julgar, originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Art. 102 da CR/88 Ação
declaratória de constitucionalidade não suporta a análise de lei ou ato normativo estadual, só
federal.

130. É incabível a ação direta de inconstitucionalidade quando destinada a examinar atos


normativos de natureza secundária que não regulem diretamente dispositivos constitucionais,
mas sim normas legais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). O ato normativo secundário (que
se presta somente a regular um ato normativo primário) não enseja controle de
constitucionalidade, e sim de legalidade. É que a falta de conformação, seja com a lei que regula,
seja com a constituição federal, perpassa, num exame de validade, pelo ato normativo primário.
Note, contudo, que caso o ato normativo secundário seja materialmente primário – não havendo,
portanto, uma norma intermediária entre o ato normativo formalmente secundário e a
Constituição Federal –, será possível a realização do controle. Neste sentido, a ADC 12-MC,
REL. MIN. CARLOS BRITTO, JULGAMENTO EM 16-2-06.

131. Podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, além de leis de todas as formas
e conteúdos, decretos legislativos, decretos autônomos e decretos editados com força de lei pelo
Poder Executivo, resoluções do Tribunal Superior Eleitoral e medidas provisórias, mas não
resoluções ou deliberações administrativas de tribunais, que não são consideradas atos
normativos primários. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Há que se aferir no caso concreto
se o ato não é materialmente ato normativo primário, porque, só se for, é possível a realização
do controle.

132. A Lei de efeito concreto – ou seja, aquela que é formalmente ato normativo primário, mas
não o é materialmente, porque lhe falta abstração – não pode ser objeto do controle abstrato de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Antes de mais nada, nota-se que o
ato apenas formalmente primário é aquele transvestido de lei, mas que não é dotado de
abstração – o que se deduz pelo próprio nome “Lei de Efeito Concreto” –.

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133. Caso um ato normativo materialmente secundário seja contrário a CR/88, tem-se a
Inconstitucionalidade Reflexa – ou Indireta –, que não autoriza o Controle de Constitucionalidade,
mas sim um Controle de Legalidade, ao qual a ADI não se presta. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).

134. A Lei n.º 9.882, de 3/12/1999, regulamentadora do dispositivo constitucional que previu a
ADPF, estabeleceu para ela uma regra de subsidiariedade, embora a Constituição não haja
fixado esse caráter subsidiário. Com base nisso, a arguição não será cabível, por exemplo, contra
ato normativo formalmente secundário mas materialmente primário, como uma portaria de órgão
federal que fira diretamente a Constituição, porquanto esse ato é passível de controle
concentrado por meio de ADIn. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Agente – Polícia Federal
2002 (CESPE)

135. Se o Decreto Regulamentar extrapola os limites da lei, há mera ilegalidade, e não


inconstitucionalidade. Contudo, é possível o controle de constitucionalidade do decreto
regulamentar caso ele seja editado sem uma lei, ou seja, fazendo às vezes de lei, se ligando
diretamente a ela – em síntese, trata-se de Decreto Regulamentar transvestido de Decreto
Autônomo, tratando-se de autonomia indevida e passível de controle de constitucionalidade –.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DECRETO
REGULAMENTAR. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO. Se o ato
regulamentar vai além do conteúdo da lei, pratica ilegalidade. Neste caso, não há falar em
inconstitucionalidade. Somente na hipótese de não existir lei que preceda o ato regulamentar,
é que poderia este ser acoimado de inconstitucional, assim sujeito ao controle de
constitucionalidade. Ato normativo de natureza regulamentar que ultrapassa o conteúdo da lei
não está sujeito à Jurisdição constitucional concentrada. ADI 589/DF, REL. MIN. CARLOS
VELLOSO

136. O preâmbulo não é ato normativo, e, por consequência, não é parâmetro ou objeto de
Controle de Constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

137. Não é possível que figurem como objeto de Controle as normas constitucionais
originárias. Caso haja duas normas constitucionais originárias controversas, o caminho a ser
seguido é o da harmonização, da ponderação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

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138. Conforme assentado pelo STF, havendo confronto entre normas constitucionais
originárias, a solução do caso concreto não pode ser encontrada no âmbito do controle de
constitucionalidade, mas pode ser dada por critérios hermenêuticos, inclusive pela ponderação
de valores. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz Federal – TRF-5ªR 2005 (CESPE)

139. É possível a declaração de inconstitucionalidade de norma constitucional originária


incompatível com os princípios constitucionais não escritos e os postulados da justiça,
considerando-se a adoção, pelo sistema constitucional brasileiro, da teoria alemã das normas
constitucionais inconstitucionais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Advogado da União –
AGU 2009 (CESPE) O Brasil não adotou a teoria das normas constitucionais inconstitucionais,
sendo impossível, no nosso ordenamento, o controle de constitucionalidade das normas
elaboradas pelo próprio Constituinte Originário.

140. As normas constitucionais elaboradas pelo constituinte derivado, seja ele reformador,
revisional ou decorrente, podem ser questionadas mediante controle difuso de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

141. A despeito de parte da doutrina sustentar a natureza normativa das Súmulas Vinculantes,
o STF entende que não é possível seu controle por ADI, até porque há um procedimento próprio
para sua edição, revisão e cancelamento. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

142. É possível se questionar mediante Ação Direta de Inconstitucionalidade a


constitucionalidade de um ato normativo distrital, desde que este tenha sido editado mediante a
competência Estadual do Distrito Federal, e não no exercício da competência Municipal. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

143. Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do distrito federal derivada da sua
competência legislativa municipal. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Súmula nº 642 do STF

144. Tratados internacionais incorporados ao direito brasileiro podem ser alvo de Controle de
Constitucionalidade em sede de ADI, independentemente da forma como são internalizados –
se são leis infraconstitucionais, normas supralegais ou tem força de emendas constitucionais –,

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isto porque todos os veículos normativos citados podem efetivamente ser examinados em ADI.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

145. Se determinada Lei Estadual é questionada, concomitantemente, em ADI Federal e em


ADI Estadual, será sobrestada a ADI Estadual até que seja julgada, pelo STF, a ADI Federal.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

146. No caso da questão anterior, caso a norma estadual seja considerada Constitucional no
processo originado pela ADI Federal, não há que se falar em prejudicialidade para a análise da
ADI Estadual. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É que os parâmetros são diferentes. Em
âmbito Estadual, o parâmetro da ADI será a Constituição Estadual (isso porque estamos falando
de um ato normativo que foi questionado concomitantemente em uma ADI Federal e em uma
ADI Estadual, o que leva a conclusão inexorável de se trata de um ato normativo estadual –
porque, caso fosse municipal, não poderia ser objeto da ADI Federal, e caso fosse ato federal,
não seria impugnado mediante ADI Estadual –.)

147. A ADPF não é o único remédio jurídico por meio do qual uma lei municipal pode ter a
alegação de sua inconstitucionalidade levada a julgamento no plenário do STF. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Também pode haver a referida análise no caso de ADI Estadual objeto de
Recurso Extraordinário para o STF – o que é possível no caso de o parâmetro da referida ADI
Estadual ser uma norma de repetição obrigatória –.

148. Mesmo quanto as normas de repetição obrigatória, bem como nos casos das normas de
mera repetição, o órgão competente para realizar o controle abstrato de uma ADI Estadual
continuará sendo o Tribunal de Justiça, já que o parâmetro é a Constituição Estadual. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

149. O STF decidiu que, como o guardião da CF é ele próprio, para evitar que haja uma
usurpação de sua competência, será possível interpor recurso extraordinário para o próprio STF,
dos Acórdãos proferidos em controle de constitucionalidade pelo TJ, quando o parâmetro do
controle for norma de repetição obrigatória. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

150. Caso o objeto da ADI Estadual seja Lei Municipal, e o parâmetro seja norma de repetição
obrigatória da Constituição Estadual, e seja interposto Recurso Extraordinário do acórdão do TJ,

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o referido recurso será recebido como se fosse uma ADI Genérica e, na prática, então, tem-se
um caso de ADI Genérica Federal que tem como objeto uma Lei Municipal sendo julgada pelo
STF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

151. O ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade (ADI) da lei estadual em face da


Constituição do Estado, perante o Tribunal de Justiça, impede a propositura de ADI da mesma
lei estadual em face da Constituição Federal, perante o STF, ainda que o Tribunal de Justiça do
Estado não tenha julgado a ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Defensor Público – DPE-
AM 2013 (FCC) Incorreto porque não é verdadeiro o referido óbice.

152. A ADI não é instrumento hábil a realização de Controle de Constitucionalidade de lei ou


ato normativo editado antes da entrada em vigor do parâmetro, isto porque, caso este objeto seja
efetivamente contrário ao novo parâmetro, ele não será considerado inconstitucional, e sim não-
recepcionado. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

153. O STF não está condicionado, no desempenho de sua atividade jurisdicional, pelas
razões de ordem jurídica invocadas como suporte da pretensão de inconstitucionalidade
deduzida pelo autor da ação direta. Tal circunstância, no entanto, não suprime à parte o dever
processual de motivar o pedido e de identificar, na Constituição, em obséquio ao princípio da
especificação das normas, os dispositivos alegadamente violados pelo ato normativo que
pretende impugnar. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). (ADI 561-MC, REL. MIN. CELSO DE
MELLO, JULGAMENTO EM 23-8-1995, PLENÁRIO)

154. Caso haja uma modificação superveniente do objeto – ou seja, uma modificação da
norma que está sendo impugnada, durante o curso do processo – restará prejudicada a ADI,
salvo se a modificação não for substancial ou se tratar de modificação que tenha exatamente o
propósito de impedir o prosseguimento do controle de constitucionalidade. Nesses casos, a ADI
deverá prosseguir. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

155. A revogação de lei ou ato normativo objeto de ação direta de inconstitucionalidade não
implica perda de objeto da ação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Implica sim, como regra.

156. O estado de regulamentação legislativa incompleta de determinada prescrição


constitucional, quando resulte suprido por efeito de ulterior complementação normativa, importa

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em prejudicialidade da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, em virtude da perda


superveniente de seu objeto. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

157. Art. 103 da CR/88 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade:

I - o Presidente da República;

II - a Mesa do Senado Federal;

III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

VI - o Procurador-Geral da República;

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

DICA: O NÚMERO QUATRO NO CONTROLE CONCENTRADO DE


CONSTITUCIONALIDADE

São QUATRO as Autoridades Legitimadas: (i) PREP; (ii) PGR; (iii) GOV. Estados; (iv) GOV.
do DF.

São QUATRO as Mesas Legitimadas: (i) Mesa da Câmara; (ii) Mesa do Senado; (iii) Mesa de
Assembleia Legislativa dos Estados; (iv) Mesa da Câmara Legislativa do DF.

São QUATRO as Entidades Legitimadas: (i) Conselho Federal da OAB; (ii) Partido Político
com representação no CN; (iii) Confederação Sindical; (iv) Entidade de Classe de âmbito
nacional.

PERTINÊNCIA TEMÁTICA

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A Pertinência Temática nada mais é do que um requisito criado jurisprudencialmente, de


comprovação exigida para alguns dos legitimados, que se consubstancia na relação de afinidade
entre a matéria discutida e os objetivos institucionais do autor da Ação.
A fim de destacar quem deve comprovar a pertinência temática STF vem classificando os
legitimados em dois grupos, o dos (i) Legitimados Universais, que tem o interesse de agir
presumido, e os (ii) Legitimados Especiais que, como condição para a propositura da ação,
devem demonstrar a existência de pertinência temática.

158. Liste quais são os legitimados para a propositura da ADI que devem comprovar
pertinência temática:
Governadores;
Mesas das Assembleias Legislativas;
Confederações Sindicais;
Entidades de Classe de Âmbito Nacional.

159. Os partidos políticos necessitam de advogado constituído nos autos para a propositura
de ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

160. As confederações sindicais necessitam de advogado constituído nos autos para a


propositura de ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

161. As entidades de classe de âmbito nacional necessitam de advogado constituído nos autos
para a propositura de ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

162. Os governadores necessitam de advogado constituído nos autos para a propositura de


ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Só os Partidos Políticos, Confederações Sindicais e
Entidades de Classe de âmbito Nacional é que não possuem jus postulandi no controle
concentrado de constitucionalidade. Os demais legitimados têm capacidade postulatória.

163. O governador de estado, além de ativamente legitimado à instauração do controle


concentrado de constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante
ajuizamento da ação direta perante o STF, possui capacidade processual plena, dispondo de
capacidade postulatória, enquanto ostentar a condição de agente político, sendo-lhe possível

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praticar, no processo de ação direta de inconstitucionalidade, quaisquer atos ordinariamente


privativos de advogado. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

164. Já que tem de demonstrar pertinência temática quando atua em Controle Abstrato de
Constitucionalidade, o Governador de determinado estado federado não pode propor ADI para
questionar uma lei estadual de um outro ente da federação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Desde que ele demonstre que a lei editada pelo outro Estado traz algum tipo de prejuízo para o
Estado que ele próprio governa, pode sim propor a referida ADI.

165. Os requisitos para o ajuizamento da ADI incluem representação do partido político por
seu diretório nacional e presença do partido político no Congresso Nacional, que é configurada
pela existência de pelo menos um parlamentar do partido no Senado Federal ou na Câmara dos
Deputados. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

166. Se há perda superveniente da representação do Partido Político no CN não restará


prejudicada a ADI. Inclusive, o próprio partido se mantém no polo ativo da Ação, mesmo sem ter
legitimidade para propor uma nova ADI, caso queira. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).
Partido político. Legitimidade ativa. Aferição no momento da sua propositura. Perda
superveniente de representação parlamentar. Não desqualificação para permanecer no polo
ativo da relação processual. Objetividade e indisponibilidade da ação. (ADI 2.618-AgR-AgR, Rel.
Min. Gilmar Mendes, DJ de 31-3-2006.)

167. Não pode o Governador ou o Presidente da República propor Ação Direta de


Inconstitucionalidade em desfavor de lei que eles próprios tenham sancionado. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa).

168. Federação de abrangência nacional é competente para ajuizar ADI perante o STF, pois,
ainda que não seja confederação sindical, sua abrangência nacional constitui pressuposto
suficiente para o reconhecimento de sua legitimidade para o controle concentrado de normas.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Advogado – METRÔ-DF 2014 (IADES) Não basta o
caráter nacional da entidade sindical, é necessário que ela esteja constituída juridicamente na
forma de Confederação Sindical.

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169. A heterogeneidade da composição da autora, conforme expressa disposição estatutária,


descaracteriza a condição de representatividade de classe de âmbito nacional. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa).

170. Também são legitimadas as chamadas Associações de Associações, ou Associações de


2º grau, que são aquelas que tem como associados não pessoas físicas, mas sim outras
associações. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

171. Conselho Federal de Medicina propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) que
tem por objeto Emenda à Constituição. Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal,
a referida ação não deverá ser conhecida sob o fundamento de que o Conselho Federal de
Medicina não se enquadra na previsão constitucional relativa às entidades de classe de âmbito
nacional. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

172. Os denominados conselhos, compreendidos no gênero "autarquia" e tidos como a


consubstanciar a espécie corporativista não se enquadram na previsão constitucional relativa às
entidades de classe de âmbito nacional. Da Lei Básica Federal exsurge a legitimação de
Conselho único, ou seja, o Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Daí a ilegitimidade "ad
causam" do Conselho Federal de Farmácia e de todos os demais que tenham idêntica
personalidade jurídica - de direito público. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). ADI nº 641

173. Se a entidade de classe de âmbito nacional representar apenas uma fração de


determinada classe – como a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, que
é uma fração da classe dos Magistrados –, ela, em regra, não terá legitimidade para a propositura
da ADI. Só haverá legitimidade se o objeto impugnado disser respeito somente àquela fração da
classe. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). ADI 4462 MC/TO, rel. Min. Cármen Lúcia,
29.6.2011

174. O relator da ADI pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a
lei ou o ato normativo impugnado, que serão prestadas no prazo de ____________ (10/ 15/ 30)
dias contados do recebimento do pedido. Art. 6º da Lei 9868/99

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175. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma


legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou
texto impugnado. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Art. 103 da CR/88, § 3º

176. O advogado-geral da União será sempre citado para a defesa de ato impugnado em ADI,
ainda que o STF já tenha se manifestado pela inconstitucionalidade em caso semelhante. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

177. Quando o próprio supremo já houver declarado a inconstitucionalidade da tese jurídica


defensiva, seja em via difusa ou concentrada, o AGU estará livre da obrigatoriedade de defender
a constitucionalidade da norma impugnada. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). ADI 1.616

178. Quando a norma impugnada for contrária aos interesses da União o AGU estará livre da
obrigatoriedade de defender a constitucionalidade da norma impugnada. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). ADI 3916/DF

179. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de


inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Art. 103 da CR/88 § 1º

180. O Procurador-Geral da República não tem sua liberdade de manifestação condicionada,


podendo defender ou contestar a constitucionalidade da norma. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).

181. O PGR deve se manifestar mesmo quando foi ele próprio quem propôs a ADI, sendo que,
neste caso, não pode opinar pela improcedência da ação, já que isso seria uma contradição.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Errado. O PGR pode mudar de opinião e, além disso, dado
o tempo médio de tramitação de uma ADI, é bem provável que o sujeito que ocupa o cargo de
PGR nem seja o mesmo quando chegar a hora de se manifestar.

182. Caso o PGR se torne ministro do STF, ele estará impedido de atuar naquelas Ações de
(in)constitucionalidade nas quais já tiver se manifestado, seja como autor, seja como órgão
interveniente. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

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183. Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral


da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de
_____________ (10/ 15/ 30) dias. Art. 8º da Lei 9868/99

184. Em caso de pedido cautelar, o relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral


da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de ___________ (3/ 5/ 15) dias. Art. 10º
da Lei 9868/99, §1º

185. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu
especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das
informações, no prazo de ______________ (5/ 10/ 15) dias, e a manifestação do Advogado-
Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de
______________ (5/ 10/ 15) dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a
faculdade de julgar definitivamente a ação. Art. 12 da Lei 9868/99

186. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de


inconstitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Art. 7º da Lei 9868/99

187. A participação dos amici curiae em processos abstratos é limitada, não lhes sendo
reconhecida legitimidade para requerer concessão de medida cautelar e oferecer embargos
declaratórios, em face de decisão de mérito proferida pelo STF. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). Procurador – Prefeitura de Recife-PE 2014 (FCC)

188. Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de


notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar
informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a
questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com
experiência e autoridade na matéria. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 9º da Lei
9868/99, § 1º

189. Ao dispor sobre o processamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação


declaratória de constitucionalidade, a Lei nº 9.868/1999, expressamente autoriza a realização

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pelo Supremo Tribunal Federal de audiências públicas para ouvir depoimentos de pessoas com
experiência e autoridade na matéria, em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou
circunstância de fato ou, de notória insuficiência das informações existentes nos autos. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

190. As ações cautelares no controle de constitucionalidade têm, em verdade, natureza


jurídica de tutela antecipada, já que buscam satisfazer faticamente o direito. Ademais, é
verdadeiro dizer que é possível o referido “pedido cautelar” em todas as ações de
(in)constitucionalidade, até mesmo em ADO. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa).

191. Para o deferimento do pedido cautelar é necessário a comprovação do fumus boni iuris
e do periculum in mora, assim como nos processos subjetivos. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa).

192. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc,
salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Art. 11 da lei 9.868/99, § 1o

193. A cautelar em ADI produz efeitos erga omnes, vinculante e, em regra, ex nunc. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

194. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente,
salvo expressa manifestação em sentido contrário. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Art.
11 da lei 9.868/99, § 2o

195. A concessão de medida cautelar em sede de ação direta de inconstitucionalidade


proposta contra diploma legal determina, como regra geral, a suspensão de eficácia da lei
impugnada com efeito ex nunc e eficácia contra todos, restabelecendo, no entanto, a legislação
que vigorava anteriormente, de modo a não ensejar situação de indesejável vácuo legislativo.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Assessor Jurídico – TCE-PI 2014 (FCC)

196. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria _______________________ (simples/ absoluta) dos membros do Tribunal,
observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou

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a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de _______________ (5/
10/ 15) dias.

197. O julgamento da ADI se dará sempre pelo Pleno do STF. Sobre a composição do plenário,
serão necessários no mínimo _________ (5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10) ministros presentes para que se julgue
a ADIN e, para que se declare a constitucionalidade ou inconstitucionalidade, serão exigidos
votos da maioria _______________________________ (relativa/ absoluta) da corte em
qualquer destes sentidos, ou seja, de no mínimo _________ (5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10) ministros votando
pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade.

198. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo


pelo STF está sujeita à manifestação, em um ou em outro sentido, de, pelo menos, oito ministros,
quer se trate de ADI, quer se trate de ADC. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Juiz Federal
– TRF-1ªR 2011 (CESPE) 8 é a presença mínima. A manifestação que se exige é de no mínimo
6, desde que estes votem no mesmo sentido.

199. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de


inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento,
este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se
atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Art. 23 da lei 9.868/99, Parágrafo único

200. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato


normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de
embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa). Art. 26 da lei 9.868/99

201. Dentro do prazo de _________ (5/ 6/ 7/ 8/ 9/ 10) dias após o trânsito em julgado da
decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do
Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. Art. 28 da Lei 9.868/99

202. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e

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à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa). Art. 102 da CR/88, § 2º

203. De acordo com entendimento do STF, a decisão declaratória de inconstitucionalidade de


determinada lei ou ato normativo não produzirá efeito vinculante em relação ao Poder Legislativo,
sob pena de afronta à relação de equilíbrio entre o tribunal constitucional e o legislador. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

204. O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade da Lei n. 1.234, do Estado


"X", que estabelecia reserva de vagas para as mulheres nas universidades estaduais, por
entender configurada a ofensa ao princípio constitucional da isonomia.
Se outro Estado da
Federação editar lei de idêntico teor e o Supremo Tribunal Federal admitir o cabimento da
Reclamação contra a nova lei, reconhecendo atentado à autoridade da sua decisão, estará
adotando a teoria da eficácia transcendente dos motivos determinantes. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Analista de Direito – MPE-MS 2013 (FGV). Note que, apesar de correta,
esta questão traz posição não mais adotada pelo STF. É que a corte decidiu pela
inaplicabilidade da Teoria da eficácia transcendente dos motivos determinantes, em
julgamento de dezembro de 2015, que consta do informativo nº 808: “Entretanto, a
jurisprudência do STF é firme quanto ao não cabimento de reclamação fundada na
transcendência dos motivos determinantes do acórdão com efeito vinculante. ” Portanto,
se a questão, de forma objetiva, perguntar sobre a adoção ou não da teoria pelo STF, vá
de “não”, com fulcro no julgamento da reclamação nº 8168.

205. A declaração de inconstitucionalidade da norma na decisão final pelo pleno do STF tem,
em regra, efeito ____________________ (ex tunc/ ex nunc)

206. Para que se conceda efeito Ex-Nunc, Pró-Praeterio ou efeito Pró-futuro à declaração de
inconstitucionalidade é preciso que a decisão seja tomada por 2/3 da corte. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa). Art. 27 da Lei 9.868/99 Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social,
poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado
ou de outro momento que venha a ser fixado.

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207. Prevalece entendimento jurisprudencial de que Deve haver pedido na Ação de


(in)constitucionalidade pela modulação temporal dos efeitos da declaração de
inconstitucionalidade, não podendo a modulação acontecer por iniciativa do próprio STF. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa).

208. A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta a repristinação


da norma anterior que por ela havia sido revogada, efeito que pode ser afastado, total ou
parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa). Advogado da União – AGU 2009 (CESPE)

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 5

209. A finalidade da Ação Direta de Constitucionalidade é converter a presunção relativa de


constitucionalidade em uma presunção absoluta de constitucionalidade, conferindo caráter erga
omnes e vinculante a decisão do STF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

210. No Brasil, até a CR/88, o instrumento apto a dar início ao processo de análise de
compatibilidade constitucional era a Representação de Inconstitucionalidade, cujo único
legitimado para propositura era o Procurador Geral da República. O Procurador-Geral da
República, se pretendesse que determinada norma fosse declarada constitucional, ajuizava a
Representação de Inconstitucionalidade e voltava, no curso do processo, manifestando-se a
favor da improcedência da ação, a fim de alcançar a declaração de constitucionalidade. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

211. Com a EC. nº 3/1993 é criada a Ação Declaratória de Constitucionalidade, que põe fim a
necessidade de que o Procurador-Geral da República se socorra de uma verdadeira “gambiarra
processual” para perquirir a constitucionalidade de uma norma. A princípio, a Ação Declaratória
de Constitucionalidade conta com apenas 4 legitimados ativos – o Presidente da República,
Mesa do Senado Federal e Mesa da Câmara dos Deputados, além do Procurador Geral da
República –, mas tem este rol equiparado ao da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade pela
EC. nº 45/2004. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

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212. Entende-se majoritariamente, hoje, que houve inconstitucionalidade na criação do


instituto da Ação Declaratória de Constitucionalidade pelo constituinte derivado reformador, eis
que foi modificada a tripartição de poderes, tendo sido aumento o controle do judiciário sob o
legislativo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Logo quando da introdução da Ação
Declaratória de Constitucionalidade no ordenamento jurídico foi proposta uma Ação Declaratória
de Constitucionalidade – ADC nº 1 – em favor da própria existência da Ação Declaratória de
Constitucionalidade no ordenamento jurídico, buscando afastar as críticas que eram então feitas.
Argumentou-se que a introdução de novo mecanismo de controle do Judiciário sobre o
Legislativo redundaria em desarmonização do sistema criado pelo constituinte originário. O
argumento foi refutado, afinal, a ADI, que tem natureza ambivalente, já existia, e já possibilitava,
quando da sua improcedência, o efeito erga omnes e vinculante no sentido da
constitucionalidade absoluta da norma impugnada. Pormenorizando, não houve um aumento no
poder de controle do Judiciário sobre o Legislativo, ouve a implementação de um novo caminho
para se chegar a um mesmo resultado já possível anteriormente.

213. O parâmetro da Ação Declaratória de Constitucionalidade é mais restrito que o da Ação


Direta de Inconstitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) São iguais. Todo o
chamado “Bloco de Constitucionalidade” pode servir de parâmetro para a Ação Declaratória de
Constitucionalidade, assim como servem para a ADI.

214. O objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade é mais restrito que o da Ação Direta
de Inconstitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Veja: Art. 102 da CR/88 Compete
ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

215. Compete ao ________________________________________ (Supremo Tribunal


Federal/ Superior Tribunal de Justiça), precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe
processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
____________________________________________ (federal ou estadual/ federal/ estadual/
de qualquer das esferas federativas) e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato

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normativo ____________________________________________ (federal ou estadual/ federal/


estadual/ de qualquer das esferas federativas)

216. Há a necessidade de se demonstrar a existência de controvérsia judicial na aplicação da


lei para que se dê prosseguimento a Ação Declaratória de Constitucionalidade, afinal, a lei já
conta com presunção de constitucionalidade. Se esta presunção não foi contestada, não há
motivo algum para se propor uma Ação Declaratória de Constitucionalidade para reafirmar aquilo
que já é presumido – ou seja, a constitucionalidade –. Portanto, se não há controvérsia nos
tribunais quanto a sua constitucionalidade, não há motivo para o ajuizamento de uma Ação
Declaratória de Constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

217. A controvérsia judicial, doutrinária ou acadêmica deve ser demonstrada na inicial, como
pressuposto de admissibilidade da Ação Declaratória de Constitucionalidade. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) A controvérsia judicial é a única que basta para o ajuizamento. As
controvérsias no campo doutrinário, sem repercussão jurisprudencial, não são suficientes para
ensejar o prosseguimento da ação.

218. A petição inicial indicará a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação
da disposição objeto da ação declaratória. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 14 da lei
9.868/99

219. Proposta a ação declaratória, se admitirá a desistência, desde que antes de prolatada
qualquer decisão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 16 da lei 9.868/99 Proposta a ação
declaratória, não se admitirá desistência.

220. O Procurador-Geral da República, que também participa do processo da Ação


Declaratória de Constitucionalidade, deverá se manifestar dentro do prazo de
_______________________ (5/ 10/ 15/ 20/ 25) dias.

221. O Advogado Geral da União tem o mesmo prazo que o Procurador-Geral da República
para se manifestar nos autos. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Entende-se que é
desnecessária a participação do AGU na Ação Declaratória de Constitucionalidade, já que o
que se pretende é declarar a norma constitucional.

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222. Uma vez admitida, pelo STF, a ação declaratória de constitucionalidade, a autoridade
responsável pela criação da lei ou do ato normativo e o advogado geral da União deverão ser
citados para se pronunciarem sobre o objeto da ação. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz
Federal – TRF-2ªR 2011 (CESPE) Vide o comentário da questão anterior

223. Como o Pressuposto Objetivo da Ação Declaratória de Constitucionalidade é a existência


de controvérsia judicial, há previsão no sentido da possibilidade de que o STF peça aos demais
tribunais as informações necessárias ao esclarecimento destas controvérsias. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Art. 20 da Lei 9868/99, § 2º O relator poderá solicitar, ainda, informações
aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação
da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.

224. Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de


notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar
informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a
questão ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência
e autoridade na matéria. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

225. As informações, perícias e audiências a que se referem a questão anterior serão


realizadas no prazo de _______________________ (quinze/ vinte/ trinta/ quarenta e cinco) dias,
contado da solicitação do relator.

226. A despeito da inexistência de previsão constitucional para Cautelar em Ação Declaratória


de Constitucionalidade – só há previsão para Ação Declaratória de Inconstitucionalidade –, o
STF entendeu plenamente possível a concessão de Cautelar fundamentada no Poder Geral de
Cautela do juiz, mesmo quando ainda não havia nem a previsão legal para a cautelar em Ação
Declaratória de Constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

227. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da __________________________ (maioria


simples/ maioria absoluta/ dois terços) de seus membros, poderá deferir pedido de medida
cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os
juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei
ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. Art. 21 da lei 9.868/99

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228. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção
especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de
__________________ (dez/ quinze/ vinte/ vinte e cinco) dias, devendo o Tribunal proceder ao
julgamento da ação no prazo de __________________ (45/ 90/ 120/ 180) dias, sob pena de
perda de sua eficácia. Art. 21 da lei 9.868/99, Parágrafo único

229. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato


normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos ________________ (seis/
sete/ oito/ nove/ dez/ onze) Ministros.

230. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade


da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo
menos ________________ (seis/ sete/ oito/ nove/ dez/ onze) Ministros, quer se trate de ação
direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.

231. A decisão final tem efeitos erga omnes, vinculante e, em caso de improcedência da Ação
Declaratória de Constitucionalidade – redundando em declaração de inconstitucionalidade da
norma – há possibilidade de modulação dos efeitos temporais, ou seja, aplica-se o mesmo
regime da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade, sendo, a regra, a eficácia retroativa – ex
tunc –. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

232. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato


normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de
embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa)

233. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade, o legitimado passivo é o órgão ou autoridade


que emanou a norma. Já na Ação Declaratória de Constitucionalidade, não há legitimado
passivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

234. A Cautelar em Ação Declaratória de Inconstitucionalidade tem, na prática, efeitos de


tutela antecipada, que no juízo precário de compatibilidade acaba suspendendo-se a eficácia da
norma. Já na Ação Declaratória de Constitucionalidade, trata-se mesmo de cautelar, que

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suspende os processos em que haja interferência da norma objeto de controle. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa)

CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO

INTRODUÇÃO: O Controle de Constitucionalidade por Omissão é feito tanto na via concentrada


como na via difusa. Quanto à via concentrada, há ação específica, qual seja, a ADO; de outro
lado, quando do controle difuso, também há medida específica, qual seja, o Mandado de
Injunção.

Denota-se, por tanto, que ambas as medidas – ADO e M.I. – têm essencialmente o mesmo
objetivo, qual seja, exigir que o legislador cumpra sua obrigação de legislar, conforme impõe
Norma Constitucional de Eficácia Limitada. Pedro Lenza aponta que o fundamento existencial
destas ações é pôr fim à Síndrome de Inefetividade das Normas Constitucionais.

235. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em
__________________________ (dez/ vinte/ trinta) dias. Art. 103 da CR/88, § 2º

236. A respeito da legislação infraconstitucional, a Lei que normatiza a ADI regulamenta


também a ADO, e ela prevê que o procedimento deve ser semelhante, sendo cabível, inclusive,
a participação de Amicus Curiae, além de se admitir a manifestação do AGU, seja a omissão
total ou parcial. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

237. Por toda a sistematização da separação de poderes, não seria razoável dizer que o objeto
do Controle de Constitucionalidade por Omissão é a produção da norma. É que não poderia o
Judiciário dizer como deve agir o Legislativo em sua função típica. Daí extrai-se que o objeto
destes tipos de Ação é a declaração da mora legislativa. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

238. A ADO não cabe somente contra omissão de lei em sentido estrito, mas cabe, também,
em desfavor da omissão de qualquer medida, de qualquer dos poderes ou, ainda, de órgão
administrativo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

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239. O objeto da ADO é qualquer omissão total ou parcial, do legislativo ou do administrador


público, seja no âmbito federal ou estadual. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

240. A ação direta de inconstitucionalidade por omissão tem como objeto omissão
administrativa que afete a efetividade da CF ou omissão legislativa de órgãos legislativos
federais, mas não estaduais, em face da CF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz Federal
– TRF-2ªR 2011 (CESPE)

241. No caso de omissão parcial, entende-se haver uma relativa fungibilidade entre a ADO e
a ADI, eis que a norma pode ser encarada como inconstitucional por estar em descompasso com
a constituição ou pode ser encarada como omissa por deixar de tratar do que lhe impõe a
constituição. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

242. Todas as normas inseridas no Bloco de Constitucionalidade constituem parâmetro para


o Controle de Constitucionalidade por Omissão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Não é
difícil deduzir, pelo próprio fundamento existencial da ADO, que não são todas as normas que
lhe servem de parâmetro, mas tão somente aquelas que exigirem, para que alcancem a plenitude
de seus efeitos, a ação do legislador infraconstitucional.

243. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à


propositura da ação direta de inconstitucionalidade, que são também os mesmos legitimados
para propositura da ação declaratória de constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)

244. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que


couber, as mesmas disposições que normatizam a ADI. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

245. Os demais titulares da legitimidade à propositura da ADO – além do que efetivamente a


tenha proposto – poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de
documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como
apresentar memoriais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

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246. O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser
encaminhada no prazo de ______________ (10/ 15/ 20/ 30) dias. Art. 12-E da lei 12.063/2009,
§ 2º

247. O Procurador-Geral da República, nas ações em que for ou não autor, terá vista do
processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Art. 12-E da lei 12.063/2009, § 3º O Procurador-Geral da República, nas
ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do
prazo para informações.

248. A Inicial deve apontar o pedido, com suas especificações, deixando clara, de forma
expressa. Qual é a omissão, seja ela total ou parcial, bem como apontar a obrigação de legislar
ou a medida de caráter administrativo que deva ser tomada. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)

249. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão


liminarmente indeferidas pelo relator. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

250. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

251. A legislação em vigor não admite a concessão de medida cautelar em ação direta de
inconstitucionalidade por omissão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

252. A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo
questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de
procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 12-F da lei 9.868/99, § 1o

253. A Constituição de 1988 introduziu em nosso ordenamento jurídico a inconstitucionalidade


por omissão, medida que objetiva tornar efetiva norma constitucional e cuja declaração obriga o
Poder competente a adotar as providências necessárias no prazo de trinta dias. Essa alternativa
é (verdadeira/ falsa) Juiz do Trabalho – TRT-8ªR 2014 (TRT-8ªR) Os efeitos da decisão em
processo de declaração de inconstitucionalidade por omissão em que o omisso é um poder, o

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único efeito da decisão é dar-lhe ciência do dever de legislar. A natureza da decisão é meramente
Declaratória.

254. Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser


adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente
pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público
envolvido. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 12-H da Lei 9.868/99, § 1º Note, em
comparação à ultima questão, que aqui a omissão é de um Órgão Administrativo, e não de um
Poder.

MANDADO DE INJUNÇÃO

255. Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania; Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

256. Pode ser objeto de Mandado de Injunção qualquer omissão que torne inviável o
exercício de direitos e liberdades constitucionais desde que relacionada à nacionalidade, à
soberania e à cidadania. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 5º CR/88 LXXI - conceder-
se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

257. O Mandado de Injunção _________________________ (Individual/ Coletivo) Pode ser


impetrado por qualquer um que queira exercer um direito garantido constitucionalmente, mas
não pode fazê-lo porque falta legislação infraconstitucional.

258. São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas


_________________________ (Naturais/ Jurídicas/ Naturais ou Jurídicas) que se afirmam
titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania. Art. 3º da Lei 13.300/2016

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259. São legitimados para o mandado de injunção, como impetrados, o Poder, o órgão ou a
autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)

260. A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente
incabível ou manifestamente improcedente, e da decisão de relator que indeferir a petição inicial,
caberá agravo, em ________________________ (5/ 10/ 15/ 20/ 30) dias, para o órgão colegiado
competente para o julgamento da impetração.

261. Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para determinar prazo
razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora, e para estabelecer
as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas
reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria
visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 8º da Lei 13.300/2016

262. Será dispensada a determinação de prazo para suprir a mora legislativa quando
comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo
estabelecido para a edição da norma. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

263. Como regra, a decisão em Mandado de Injunção terá efeito erga omnes, alcançando
todos os sujeitos cuja incidência da norma, se existisse, afetaria. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa) Art. 9º da Lei 13.300/2016 A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá
efeitos até o advento da norma regulamentadora.

264. Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da
impetração. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

265. Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos
análogos por decisão monocrática do relator. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

266. O indeferimento do pedido por insuficiência de prova impede a renovação da impetração


fundada em outros elementos probatórios. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 9º da Lei

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13.300/2016, §3º O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não impede a renovação
da impetração fundada em outros elementos probatórios.

267. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex tunc em relação aos


beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for
mais favorável. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 11 da Lei 13.300/2016 A norma
regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por
decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável.

268. Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada antes da


decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa)

269. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pelo Ministério Público, quando a
tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa)

270. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido por partido político com
representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa)

271. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido por organização sindical, entidade
de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano,
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de
parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a
suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)

272. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pela Defensoria Pública, quando a
tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa
dos direitos individuais e coletivos dos necessitados. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

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273. O Sindicato dos Águias da Região Metropolitana de Belo Horizonte pretende, na defesa
dos interesses de seus membros, impetrar um Mandado de Injunção Coletivo, a fim de que o
Poder Judiciário tome alguma medida quanto a sistemática omissão do Poder Legislativo no que
diz respeito a falta de edição de norma que deveria garantir determinada liberdade constitucional
aos Águias. Consultado sobre a possibilidade da impetração, o advogado da entidade apontou
que deveriam esperar mais 3 meses para ingressar com a demanda, já que, naquele momento,
somavam-se apenas 9 meses desde a criação do Sindicato. O Advogado está certo ou errado?
Por que?

O Advogado se equivocou. O requisito de estar em funcionamento a pelo menos um ano se


aplica somente as Associações, não se estendendo às organizações sindicais ou entidades de
classe.

274. A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente
incabível ou manifestamente improcedente, e da decisão de relator que indeferir a petição inicial,
caberá agravo, em ________________________ (5/ 10/ 15/ 20/ 30) dias, para o órgão colegiado
competente para o julgamento da impetração.

275. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo


são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou
determinada por grupo, classe ou categoria. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

276. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente às


pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo
impetrante. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

277. O mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, mas
os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência da
demanda individual no prazo de ___________________ (10/ 15/ 20/ 30) dias a contar da ciência
comprovada da impetração coletiva.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 6

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278. A Representação Interventiva é apenas um dentre vários meios de se concretizar a


Intervenção Federal. Ou seja, a Representação Interventiva não esgota as possibilidades de
intervenção de um ente em esfera federativa distinta. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

279. Subdividem-se em duas as formas de intervenção. Complete as lacunas abaixo,


identificando cada uma.

INTERVENÇÕES ESPONTÂNEAS INTERVENÇÕES PROVOCADAS

Intervenções Espontâneas: Tratam-se das hipóteses em que cabe ao próprio Presidente da


República analisar se há ou não margem para intervenção.

Intervenções Provocadas: São casos que, a contrário senso, a atuação do Presidente da


República fica condicionada à provocação.

A REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA

Como bem se sabe, os entes federativos são autônomos entrei si, e essa autonomia é dosada
pela própria Constituição Federal. Essa autonomia, em alguns casos excepcionalíssimos, pode
ser quebrada, e esse rompimento se dá pela intervenção. Inclusive, Pedro Lenza diz que “a
intervenção é a antítese da federação”. Ora, se é a própria Constituição que faz o exercício de
dosimetria da autonomia federativa, por óbvio, é ela mesma que estabelece as hipóteses nas
quais se é tolerada uma quebra da harmonia federativa a fim de se retomar a ordem. Ainda,
importante ressaltar que o que vigora é o Princípio da Não-Intervenção, sendo que o rol de
hipóteses em que a intervenção é possível constitui-se de maneira taxativa.

Pelo exposto, é possível concluir que o objetivo da Representação Interventiva nada tem a ver
com uma eventual declaração de (in)constitucional determinada norma, mas sim de determinado
ato do Estado, Município ou DF, que, por descumprir uma disposição constitucional de natureza
mais sensível, desafia a intervenção federativa.

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280. A Representação Interventiva nada mais é do que uma das formas de se requerer uma
intervenção, de utilização possível em algum daqueles casos em que é necessária a provocação
do Presidente da República. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

281. A União poderá decretar a intervenção, por meio do Presidente da República, nos
Estados e no Distrito Federal, além dos municípios que estejam localizados em territórios
federais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

282. Os Estados podem decretar, por meio do Governador, intervenção nos seus próprios
municípios. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

283. A representação interventiva propriamente dita, só pode ensejar a intervenção em alguns


poucos casos dentro do universo de possibilidades em que é permitida a intervenção, conforme
disciplina o art. 36 da Constituição Federal. Após uma leitura do referido dispositivo no seu
vade meccum ou no seu computador, marque, com um X, as situações em que a intervenção
Federal depende, obrigatoriamente, de representação interventiva:

X Fazer prover a execução de lei federal

Fazer prover a execução de lei estadual

X Assegurar os direitos da pessoa humana

X Assegurar a autonomia municipal

X Assegurar a forma republicana, o sistema representativo e o regime democrático

X Assegurar a prestação de contas da administração pública, direta e indireta

Prover a execução de ordem ou decisão judicial

Assegurar a aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,


X compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde

Reorganizar as finanças da unidade da Federação suspender o pagamento da dívida


fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior

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284. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando o Tribunal de Justiça der provimento a representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 35
da CR/88 O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando:
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de
decisão judicial.

285. Sobre a natureza jurídica do controle de constitucionalidade interventivo, há corrente que


defenda tratar-se de Controle Abstrato, pois a declaração de inconstitucionalidade recairá sobre
determinado ato do Estado; Contudo, a doutrina majoritária defende que se trata de Controle
Concentrado, sendo que a Análise da Inconstitucionalidade do ato se daria de forma incidenter
tantum no processo que julga a ADI Interventiva, sendo que seu objeto principal seria o litígio
entre entes federativos e a consequente intervenção. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Para
provas de concurso, sugere-se seguir a doutrina majoritária.

286. A representação interventiva, prevista na Constituição Federal tem como parâmetro de


controle os princípios constitucionais sensíveis. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Auditor
Fiscal do Tesouro – SEFAZ-PE 2014 (FCC)

287. Atos omissivos não podem ser objeto de controle de constitucionalidade interventivo,
devendo ser ajuizada Ação de Inconstitucionalidade por Omissão. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa) A omissão pode sim ensejar controle de constitucionalidade interventivo. É o caso, por
exemplo, da intervenção que ocorre quando não é aplicado o mínimo exigido da receita
resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde

288. O rol de legitimados para a propositura da Ação Interventiva é o mesmo das Ações
Declaratórias de Inconstitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Só o PGR tem essa
legitimidade, em âmbito federal.

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289. O PGR tem ampla discricionariedade para propor ou não a Ação Interventiva. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

290. A lei que regulamenta a ADI Interventiva inovou, possibilitando pela primeira vez a
concessão de liminar nessas ações. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) A Lei 12.562/2011
prevê expressamente a possibilidade da concessão de liminar. Contudo, mesmo antes da lei o
entendimento já era pela possibilidade, fundamentando-se no Dever Geral de Cautela do Juiz –
.

291. O objetivo da Liminar na ADI Interventiva é garantir que se suspenda o andamento de


processos ou os efeitos de decisões judiciais ou administrativas ou de qualquer outra medida
que apresente relação com a matéria objeto da representação interventiva. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Art. 5º da Lei 12.562/2011, §2º

292. A decisão liminar deverá ser concedida por ____________________________ (maioria


simples/ maioria absoluta) dos membros do Supremo Tribunal Federal.

293. O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem
como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de
__________________________ (dois/ três/ quatro/ cinco/ seis) dias.

294. O procedimento interventivo é dividido em três fases. Uma primeira, denominada Fase
Judicial. Uma segunda, a que se convencionou chamar Fase de Intervenção Branda e, por
último, a Fase de Intervenção Efetiva. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

295. Identifique cada uma das fases procedimentais da intervenção, procedendo a correlação
entre as colunas:

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62

A primeira intervenção do
Executivo se dará por meio da
mera suspensão do ato
Fase Judicial impugnado,
independentemente de
qualquer controle político por
meio do Poder Legislativo.

É a mais drástica de todas. Só


se chega aqui se a suspensão
da fase anterior não bastar
para sanar a situação de
crise. Aqui, o Executivo
nomeia um Interventor,
Fase de Intervenção
afastando-se o Governador
Branda
ou Prefeito. Aqui sim há um
controle político do
Legislativo, tendo este poder
24h para apreciar o decreto
do executivo que estabeleceu
a intervenção.

Busca-se, nesta fase, o


reconhecimento da violação
constitucional e, uma vez
declarada procedente a Ação,
Fase de Intervenção Efetiva o STF – ou o TJ – requisita ao
Presidente – ou ao
governador – a intervenção,
que tem o dever de decretá-
la.

296. Nos casos em que a intervenção for fundada em prover a execução de lei federal, ordem
ou decisão judiciado, ou assegurar os Princípios Constitucionais Sensíveis, dispensada a

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apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a


suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade, o que ocorre na denominada fase branda da intervenção. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa)

297. O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de


execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso
Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de __________________ (12/ 24/
36) horas.

298. Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á


convocação extraordinária, no mesmo prazo de __________________ (12/ 24/ 36) horas.

299. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos não


poderão a eles retornar, salvo autorização legal. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 36 da
CR/88, § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a
estes voltarão, salvo impedimento legal.

300. Na Fase Judicial, o Plenário dá a decisão final, na exata sistemática da ADI, sendo
necessários ____________________ (6/ 8/ 10/ 11) presentes e no mínimo
____________________ (4/ 5/ 6/ 7) votos no mesmo sentido para a decisão de mérito.

301. Da decisão final na Fase Judicial são cabíveis Embargos Infringentes e, se preenchidos
os requisitos pertinentes, Ação Rescisória. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) A decisão é
irrecorrível e irrescindível, sendo possível apenas a interposição de Embargos de Declaração.

302. A inobservância, pelos estados, dos denominados princípios constitucionais sensíveis


configura um ilícito constitucional de dupla consequência. De um lado, haverá uma consequência
de caráter estritamente político administrativo, qual seja, a ilegitimidade constitucional do ato do
poder público local; de outro, haverá uma consequência de natureza jurídica, consistente na
possibilidade de decretação de intervenção federal no estado membro. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Procurador Federal – AGU 2007 (CESPE) A despeito de ser correto afirmar
existir um caráter dúplice, estão invertidos os fundamentos de cada uma das facetas da
intervenção.

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AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL

303. Num breve retrospecto histórico, nota-se que, anteriormente à CR/88, não existia no
ordenamento jurídico brasileiro qualquer previsão de ADPF. A CR/88 inaugura a ADPF no
ordenamento. Contudo, conforme interpretação dada pelo STF, essa inauguração se deu por
meio de uma norma de eficácia limitada, que dependia de norma regulamentadora para produção
dos seus efeitos principais. Essa norma só veio em 1999, com a lei 9.882/99, o que levou o STF
a extinguir todas as ADPF’s propostas antes desta data. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)
Art. 102 da CR/88 A arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente desta
Constituição será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

304. Nem o constituinte, nem o legislador, se dispuseram a esclarecer o que são “Preceitos
Fundamentais”. Este trabalho ficou a cargo da jurisprudência do STF, apoiada na doutrina. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

Trecho do livro Direito Constitucional Descomplicado, de Vicente Paulo e Marcelo


Alexandrino. -14. ed. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO: 2015.

Sobre o significado de preceito fundamental, “vale registrar, que do voto do Ministro Néri da
Silveira, relator na ADPF 1-RJ, consta uma citação de Oscar Dias Corrêa (in "A Constituição de
1988, contribuição crítica", l .ª ed., Forense Universitãria, 1991 ), abaixo reproduzida, válida como
orientação geral: Parece-nos, porém, que, desde logo, podem ser indicados, porque, pelo próprio
texto, não objeto de emenda, deliberação e, menos ainda, abolição: a forma federativa do Estado,
o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos poderes, os direitos e garantias
individuais. Desta forma, tudo o que diga respeito a essas questões vitais para o regime pode
ser tido como preceitos fundamentais. Além disso, admita-se: os princípios do Estado
democrático, vale dizer, soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do
trabalho, livre-iniciativa, pluralismo político; os direitos fundamentais individuais e coletivos; os
direitos sociais; os direitos políticos, a prevalência das normas relativas à organização político-
administrativa; a distribuição de competências entre a União, Estados, Distrito Federal, Territórios
e Munic!pios; entre Legislativo, Executivo e Judiciário; a discriminação de rendas; as garantias
da ordem econômica e financeira, nos princípios básicos; enfim, todos os preceitos que,
assegurando a estabilidade e a continuidade da ordem jurídica democrática, devam ser
cumpridos.”

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305. Constituem parâmetro da ADPF os Princípios Constitucionais Sensíveis, cujo teor a


doutrina e a jurisprudência tentam decodificar. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

306. A lei que regulamentou a ADPF parece ter criado duas espécies distintas de Ações, as
quais a Doutrina apelidou de (I) Arguição Autônoma – é autônoma porque independe da matéria
estar ou não sendo discutida em outro processo – e (II) Arguição Incidental – que, a contrário
senso, depende, para sua apreciação, que a matéria esteja já sendo discutida em outro processo
–. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

307. A arguição incidental será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto
evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Esta seria a arguição autônoma (chamada também de direta),
conforme o seguinte dispositivo ensina:
Art. 1º da Lei 9.882/99 A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito
fundamental, resultante de ato do Poder Público.

308. A Arguição Autônoma se presta tanto a reparação quanto a prevenção de lesões a


preceitos fundamentais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

309. Quanto ao controle de constitucionalidade repressivo, realizado por meio de ação de


descumprimento de preceito fundamental, é possível afirmar que há exigência de demonstração
de controvérsia judicial relevante capaz de afetar a presunção de legitimidade da lei ou da
interpretação judicial adotada e, por conseguinte, a eficácia da decisão legislativa. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa) Analista Legislativo de Direito – Câmara Municipal do Rio
de Janeiro 2014 (FJG)

310. O objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma é Lei ou Ato


Normativo Federal, Estadual ou Municipal, seja da Administração Pública Direta ou Indireta. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

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311. Pode ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, lei ou ato normativo anterior à Constituição de 1988. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)

312. Pode ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, ato normativo infralegal e atos administrativos. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

313. Pode ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, projeto de emenda à Constituição. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Errado! O
único caso de controle judicial de constitucionalidade possível para projeto de emenda
constitucional é o do M.S. impetrado por parlamentar, quando ofendido seu direito ao devido
processo legislativo.

314. Podem ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, atos jurisdicionais. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

315. Podem ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, omissões do poder público. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

316. Podem ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, atos privados equiparados ao de poder público. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

317. Podem ser objeto da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental Autônoma,


inclusive, súmulas vinculantes. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) A despeito de serem fruto
de um conjunto de decisões judiciais, há procedimento próprio para impugnação de súmulas e
de súmulas vinculantes, o que, por força do Princípio da Subsidiariedade, afasta a possibilidade
de ajuizamento de ADPF.

318. O STF, seguindo a doutrina constitucional majoritária, entende que a ADPF é cabível
contra ato do poder público de natureza administrativa ou normativa, mas não contra ato judicial.
Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz Federal – TRF-1ªR – 2011 (CESPE)

319. Uma vez que, num processo difuso, tenha surgido uma questão de constitucionalidade
incidental, sendo que, esta questão diz respeito a um Preceito Fundamental, ajuíza-se a

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chamada APDF Incidental como meio de levar à questão diretamente ao STF para uma
apreciação com efeitos de processo objetivo. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 1º da
Lei 9.882/99, Parágrafo único Caberá também arguição de descumprimento de preceito
fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;

320. É prescindível a existência de uma controvérsia constitucional relevante para a


interposição de ADPF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). Imprescindível*

321. O Princípio da Subsidiariedade implica em não ser admitida arguição de descumprimento


de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

322. A principal consequência do Princípio da Subsidiariedade é a inadmissibilidade da ADPF


sempre que for possível a solução da crise jurídica mediante a utilização de outra ação de
constitucionalidade. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

323. Em face do princípio da subsidiariedade, segundo entendimento do STF, a possibilidade


de impetração de mandado de segurança exclui a de se ingressar com arguição de
descumprimento de preceito fundamental. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Juiz Federal –
TRF-5ªR 2009 (CESPE) O Princípio da Subsidiariedade deve ser interpretado sem deixar de
levar em conta a força de cada medida protetiva do ordenamento. O M.S. não tem os mesmos
efeitos da ADPF, por ser meio subjetivo de impugnação.

324. A jurisprudência do STF vem aceitando a possibilidade de fungibilidade recíproca entre a


ADI Genérica e a ADPF, ao que se convencionou chamar de Princípio da Fungibilidade Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

325. Os legitimados para a propositura da ADPF são os mesmos da ADI genérica. Essa
alternativa é (verdadeira/ falsa)

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326. Caso o relator julgue inepta a inicial, é incabível qualquer recurso, exceto embargos de
declaração. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa). É possível a interposição de agravo no prazo
de 5 dias. A decisão irrecorrível é a final, com julgamento de mérito. Cuidado.

327. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da ____________________________ (maioria


simples/ maioria absoluta/ maioria qualificada) de seus membros, poderá deferir pedido de
medida liminar na arguição de descumprimento de preceito fundamental. Art. 5º da Lei 9.882/99

328. Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso,
poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. Essa alternativa é
(verdadeira/ falsa) Art. 5º da Lei 9.882/99, §1º

329. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela


prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação
do preceito fundamental. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 10 da Lei 9.882/99

330. A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos
do Poder Público. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 10 da Lei 9.882/99, § 3º

331. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição de


descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria
__________________________ (absoluta/ de dois terços/ de três quintos) de seus membros,
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito
em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Art. 11 da Lei 9.882/99

ADI ESTADUAL

332. A competência é originária do Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Essa alternativa


é (verdadeira/ falsa)

333. A Constituição Federal não trata da ADI Estadual, que tem previsão somente
infraconstitucional. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 125 da CR/88, § 2º - Cabe aos
Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos

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estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação


para agir a um único órgão.

334. Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos


normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, devendo a legitimação
para agir ser atribuída a um único órgão. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa) Art. 125 da CR/88,
§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão.

335. Os Estados são livres para decidir quais serão as autoridades ou órgãos legitimados à
propositura da ADI Estadual, sendo que, a única indicação feita ao Constituinte Derivado
Decorrente é que legitime ao menos dois sujeitos para tanto. Essa alternativa é (verdadeira/
falsa)

336. O parâmetro da ADI Estadual será, necessariamente, a Constituição Estadual, sendo


que, mesmo que tenha o Constituinte Derivado Decorrente deixado de reproduzir norma de
reprodução obrigatória da CR/88, não será possível ajuizar a ADI Estadual tendo por parâmetro
o texto da CR/88. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

337. Caso a norma utilizada como parâmetro do controle em âmbito estadual seja de repetição
obrigatória, caberá Recurso Extraordinário para o STF, recurso este que será recebido como se
ADI genérica fosse. Inclusive, esta situação peculiar possibilita a análise de Lei Municipal em ADI
pelo STF. Essa alternativa é (verdadeira/ falsa)

338. Os efeitos da ADI Estadual são os mesmos da ADI Genérica: Erga Omnes, Vinculante e,
por regra, _______________________________________________ (ex nunc/ ex tunc/ pro
futuro).

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