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Educação para a cidadania através do ubuntu (LISBOA 1)

25/09/2020

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O método Ubuntu como inspiração para um novo paradigma educacional para a Cidadania. 
Comente este pressuposto, dando exemplos de aplicação do mesmo em contexto
escolar tendo em conta a implementação do método Ubuntu.

A educação para a cidadania visa contribuir para a formação de


pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os
seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito
democrático, pluralista, crítico e criativo, tendo como referência os valores
dos direitos humanos.
(https://www.dge.mec.pt/educacao-para-cidadania)

No âmbito das prioridades definidas no Programa do XXI Governo Constitucional para a área da
Educação, foi produzida a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC).

Deste modo, na componente do currículo de Cidadania e Desenvolvimento (CD), os professores têm


como missão preparar os alunos para a vida, para serem cidadãos democráticos, participativos e
humanistas.
Os “Ubuntus” vão fazendo pequenas-grandes escolhas ao longo de todo o percurso de aprendizagens, as quais
os vão esclarecendo e vão reforçando os seus recursos pessoais, conferindo novos saberes e novas
competências, novos compromissos também , mas sobretudo um novo olhar e a convicção de que é possível
gerar transformação desde o ponto onde cada um se encontra. As aprendizagens proporcionadas neste
contexto favorecem, portanto, a emergência de “uma nova identidade” – e toda uma consciência acrescida do
que significa, para cada um, ser responsável, sentir-se responsável e agir responsável” (Pilares do Método
Ubuntu, pág. 82).

No âmbito da Academia de Líderes Ubuntu, podemos desenvolver alguns das dimensões existentes,
segundo as orientações da Direção Geral de Educação. Nomeadamente:

A Educação para a Igualdade de Género, que visa a promoção da igualdade de direitos e deveres
dos alunos, através de uma educação livre de preconceitos e de estereótipos de género.

A Educação para os Direitos Humanos, que está intimamente ligada à educação para a cidadania
democrática, incidindo especialmente sobre o espectro alargado dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais.

A Educação Intercultural, que pretende desenvolver a capacidade de comunicar e incentivar a


interação social, criadora de identidades e de sentido de pertença comum à humanidade.

A promoção do Voluntariado, permitindo de uma forma ativa, a compreensão da defesa de valores


fundamentais como o da solidariedade, da entreajuda e do trabalho. A criação de uma cultura
educacional baseada na defesa destes mesmos valores promove a coesão social.
A Educação Ambiental/Desenvolvimento Sustentável, que pretende promover um processo de
consciencialização ambiental, de promoção de valores, de mudança de atitudes e de
comportamentos face ao ambiente.

A prática da cidadania constitui um processo participado, que apela à reflexão e à ação. Mas quando
falamos em ação, temos de a pensar como transformação social. Este é o grande desafio que se
coloca às escolas, sendo crucial reforçar a nossa ação junto dos alunos. É preciso efetivar a sua
vontade de mudança e para que a mesma se concretize tendo por base as premissas da justiça social
e dos Direitos Humanos, precisamos de desenvolver novas práticas e ferramentas de olhar o mundo,
dai o UBUNTU com os seus 5 pilares, se ajustarem a uma estratégia de Cidadania e Desenvolvimento
nas escolas.

Neste contexto a participação democrática dos alunos na formação de Assembleias de Escola e


Associação de Estudantes, vão de encontro a estas necessidades, quando nos referimos à dimensão
dos Direitos Humanos.

A prática de voluntariado, nomeadamente nas mentorias entre alunos e na interajuda entre os


pares, também são imprescindíveis para a empatia e coesão dos mesmos.

A criação de workshops com temáticas na área do Bulliyng, violência doméstica e racismo também
são temáticas que se enquadram nas dimensões da cidadania versus Ubuntu, nomeadamente na
Educação para os Direitos Humanos, Educação para a interculturalidade e na Educação para a
Igualdade de Género.

Aliás, durante a formação de Líderes para a Academia Ubuntu os nossos alunos pediram-nos para no
World Café II, programarmos ações neste sentido.

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