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[ PÓS-GRADUAÇÃO FAE 2009 ]

EMPREENDEDORISMO ]
Rosângela Angonese
rangonese@terra.com.br

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PÓS-GRADUAÇÃO FAE 2010: EMPREENDEDORISMO
1. Definição de empreendedorismo

Empreendedorismo

Termo derivado da palavra empreendedor utilizado para designar os estudos relativos ao


empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades e seu universo de atuação
(Dolabela, 1999).

Para Peter Drucker (1985)

“Empreendedorismo não é nem ciência nem arte, é uma prática!”

O que é um empreendedor?

Um exame da literatura disponível mostra que definir um empreendedor ainda é um dos grandes
problemas a ser resolvido pelo empreendedorismo como disciplina acadêmica, pois não se chegou
até hoje a um consenso sobre isto. Calvin Kent (1990) cita a comparação feita por Peter Kilby em
1971: a busca do empreendedor seria igual à caça do Heffalump, um personagem do Ursinho Pooh

“Trata-se de um animal um tanto grande e importante. Ele tem sido caçado por
muitos indivíduos utilizando-se de vários tipos de engenhocas e armadilhas,
mas até agora ninguém teve sucesso em capturá-lo. Todos que clamam tê-lo
visto relatam que ele é enorme, mas todos discordam das peculiaridades. [...]
Assim é o empreendedor. Ninguém definiu exatamente como um
empreendedor é, contudo, as contribuições dos empreendedores para o bem
estar da humanidade são ao mesmo tempo grandes e importantes” (KENT,
1990, p. 1).

Neste sentido podemos começar pela origem da palavra “empreendedor”. Cunningham e Lischeron
(1991) apontam que essa seria derivada do francês entrependre:

“No início do século dezesseis, os empreendedores eram definidos como


franceses que se encarregavam de liderar expedições militares. O termo foi
estendido, por volta de 1700, incluindo contratistas que se encarregavam de
construções para os militares: estradas, pontes, portos, fortificações e coisas
pelo estilo. Na mesma época, economistas franceses também usaram a palavra
para descrever pessoas que corriam riscos e suportavam incertezas a fim de
realizar inovações” (CUNNINGHAM e LISCHERON, 1991, p. 50).

Em 1755, Richard Cantillon identificou o empreendedor como sendo quem assume riscos no
processo de comprar serviços ou componentes por um certo preço com a intenção de revendê-los
mais tarde por um preço incerto. Para ele, havia uma relação entre capacidade inovadora e lucro:
“… se o empreendedor lucrara além do esperado, isto ocorrera porque ele havia inovado: fizera algo
de novo e diferente.“ (CANTILLON apud FILION 2000, p. 17).

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No início do século XIX, Jean-Baptiste Say caracterizou o empreendedor pelas funções1 de reunir
diferentes fatores de produção e fazer a sua gestão, além da capacidade para assumir riscos
(SAY, 1986).

Livesay (1982) afirma que durante muito tempo o termo “empreendedor” foi associado ao
homem de negócios bem sucedido, sendo seu sucesso prova suficiente de suas habilidades, sendo
motivado pela prosperidade material, reconhecimento público e estima. Segundo esse autor, as
primeiras definições traziam também, no seu bojo, uma estreita relação entre a propriedade do
negócio e empreendedorismo.

Bruce (1976) propôs uma maior extensão da palavra “empreendedor” para incluir indivíduos
envolvidos em organizações já existentes, ao descrever um empreendedor como sendo qualquer
pessoa cujas decisões determinam diretamente o destino da empresa. Essa definição
desvincularia o empreendedor da propriedade do negócio.

Garcia (2004) associou o termo empreendedor a resultados: para ele, as “pessoas que se destacam
em qualquer campo, por gerarem resultados e se destacarem das demais merecem ser
chamadas de empreendedoras”. Segundo este mesmo pesquisador, a área de negócios permite que
as pessoas empreendedoras encontrem um campo propício para testar suas habilidades, vencer
desafios e aprender com suas experiências, motivo pelo qual os empreendedores costumam ser
encontrados dirigindo empresas.

Na perspectiva da Economia os empreendedores são um elemento chave para o investimento,


inovação e expansão da capacidade produtiva. Apesar dos empreendedores terem sido citados pelos
primeiros economistas no século XVIII, sua verdadeira importância só foi reconhecida no início do
século XX, por Joseph Schumpeter.

Schumpeter (1982) não usa especificamente o termo empreendedor, mas sim “empresário”, o qual
aparece como um dos três fatores do desenvolvimento econômico, junto com a “nova combinação
dos meios de produção” e o crédito. Esse autor diferencia os “empresários” dos “capitalistas”
afirmando que os primeiros são responsáveis pelas novas combinações produtivas, enquanto que os
segundos são “proprietários de dinheiro, de direitos ao dinheiro, ou de bens materiais”.

Para Schumpeter (1982) “alguém só é um empresário (empreendedor) quando efetivamente


levar a cabo novas combinações, e perde esse caráter assim
que tiver montado o seu negócio, quando dedicar-se a dirigi-
O PENSAMENTO DE SCHUMPETER (1934) lo...”. ...Há o desejo de conquistar: O impulso de lutar, para
provar-se superior aos outros, de ter sucesso em nome, não de
seus frutos, mas do próprio sucesso. O resultado financeiro é
 Inovação uma consideração secundária...”. Schumpeter associou os
 A tomada de riscos
 Personalidade empreendedora inata empreendedores com a inovação. Ele via os
empreendedores como agentes de mudança.

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Usa-se aqui o termo “função” como “atribuição de uma pessoa dentro de sua atividade profissional
específica” (Dicionário Aurélio).
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Empreendedor é a pessoa que acredita que sempre há uma maneira melhor de fazer o que já está
sendo feito, muda e transforma valores, assumindo riscos. O conceito base schumpeteriano de
empreendedor destaca as funções inovadoras e de promoção de mudanças que ao combinar
recursos numa maneira nova e original, serve para promover o desenvolvimento e o
crescimento econômico. Schumpeter, em 1934, dizia que este tipo de personalidade é inato e de
ocorrência aleatória.

Definição de Empreendedor (baseado em FILION, 1999)


A definição que aqui propomos pretende ser uma descrição e uma interpretação do que os
empreendedores fazem. Baseia-se também num estudo de aproximadamente 60 das definições mais
comuns na literatura (Filion, 1987, 1988). Parte do ponto de vista de Pinchot (1989), que descreveu
os intraempreendedores como sendo “sonhadores que fazem”.

Como muitos outros, Lynn (1969) mostrou o paralelo existente entre empreendedores e criadores.
Incluímos este aspecto em nossa definição, acreditando ser fundamental na compreensão do
comportamento empreendedor, ou seja, a atitude de pessoas criativas com imaginação ativa.

Slide– Como os empreendedores agem

Temos observado que a imaginação empreendedora age em


Como os empreendedores agem dois níveis: os empreendedores imaginam a situação e o
cenário no qual eles trabalharão e construirão seu negócio, e
eles também imaginam um número significativo de
Os empreendedores imaginam a situação e o alternativas para a forma como irão organizar e fazer as coisas
cenário no qual trabalharão e construirão seu para transformar suas visões em realidade.
negócio, imaginam um número significativo de
alternativas para fazer as coisas.

A primeira parte de nossa definição, portanto, é a seguinte:


“O empreendedor é uma pessoa criativa...”

Esta pessoa criativa gosta de estabelecer objetivos que está certa de atingir. Os objetivos nem
sempre estão escritos, mas eles existem e constituem o maior vínculo ou visão em torno do qual o
empreendedor organiza todas as outras atividades. Empreendedores agem em função de atingir
objetivos e desenvolvem características de tenacidade, internalidade e criatividade, que têm sido
freqüentemente atribuídas a eles na literatura.
O segundo elemento de nossa definição expressa este aspecto:
“marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos”.

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Outro aspecto comumente encontrado na literatura é o vínculo entre empreendedores e a capacidade
de detectar oportunidades. Isto sugere que o empreendedor desenvolve um alto nível de consciência
do ambiente em que vive. Nós expressamos isto da seguinte maneira:

“que mantém um alto nível de consciência do ambiente em que vive usando-a para de
detectar oportunidades de negócios”.

De fato, enquanto eles continuarem a detectar tais oportunidades e agirem no sentido de explorá-las,
continuarão a ter um papel empreendedor. Empreendedores são pessoas que precisam continuar a
aprender, não somente sobre o que está acontecendo no seu ambiente, para detectar as tais
oportunidades, mas também sobre o que eles fazem, para que possam agir e se ajustar de acordo
com a situação. Enquanto continuarem a aprender, continuarão a cumprir seu papel e agir de
maneira empreendedora. Vivem um processo de evolução constante. Entretanto o foco principal do
seu processo de aprendizagem é sempre a capacidade de detectar oportunidades, que os permite
continuar a desempenhar seu papel de empreendedores. Este aspecto foi incluído em nossa
definição da seguinte maneira:
“Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de
negócios”.

Empreendedores não jogam roleta russa com seus negócios. Dão início a projetos, geralmente
negócios. Como forma de serem bem-sucedidos, minimizam os riscos associados às suas decisões.
Pesquisas têm mostrado que empreendedores são pessoas que tendem a assumir riscos moderados e
minimizar incertezas nos seus processos de tomada de decisões. Este aspecto tem sido expresso da
seguinte maneira:
“e a tomar decisões moderadamente arriscadas”

Além disto, Jean-Baptiste Say e, mais tarde, Joseph Schumpeter, relacionaram os empreendedores à
inovação. Empreendedores são agentes de mudanças; eles fazem coisas novas e diferentes. Só
podemos chamar uma pessoa de empreendedor se ela contribuir com algo novo. Este aspecto foi
incluído em nossa definição da seguinte maneira:
“que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor”.

Definição completa de Empreendedor:

Empreendedor
“O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela
“O empreendedor é uma pessoa criativa, capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém
marcada pela capacidade de estabelecer e um alto nível de consciência do ambiente em que vive
atingir objetivos e que mantém um alto nível usando-a para de detectar oportunidades de negócios. Um
de consciência do ambiente em que vive
usando-a para de detectar oportunidades de
empreendedor que continua a aprender a respeito de
negócios. Um empreendedor que continua a possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões
aprender a respeito de possíveis moderadamente arriscadas que objetivam a inovação,
oportunidades de negócios e a tomar decisões continuará a desempenhar um papel empreendedor.”
moderadamente arriscadas que objetivam a
inovação, continuará a desempenhar um papel
empreendedor.”

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Resumimos esta definição nos atendo aos elementos essenciais, para chegar ao seguinte:

Um Empreendedor é uma pessoa que imagina,


“um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e
desenvolve e realiza visões. realiza visões”.

(Filion, 1991)

Essa versão reduzida inclui todos os elementos da mais longa. A imaginação é obviamente
necessária para que se tenha visões. O termo “visão” denota habilidade de definir e alcançar
objetivos. A diferença entre um sonho e uma visão é que a visão é uma forma realista e alcançável
de sonho - em outras palavras, uma imagem desejada de uma situação futura. Também requer um
alto nível de consciência do meio em que está inserido para detectar oportunidades de negócios.
Para que uma visão se desenvolva, o empreendedor deve continuar aprendendo sobre o meio. Para
concretizar a visão e permanecer no negócio ele também deve tomar decisões moderadamente
arriscadas. Essas decisões devem incluir novos elementos.
Uma visão implica em algo novo que motivará os membros da organização e atrairá o interesse do
mercado. Enquanto o empreendedor continuar a imaginar, desenvolver e concretizar as visões que
formam a trama em torno da qual as atividades do negócio são organizadas, continuará a assumir
um papel empreendedor.
Uma pessoa que inventa algo sempre será um inventor aos olhos do mundo, entretanto,
empreendedores serão considerados como tal apenas enquanto continuarem a assumir um papel
empreendedor. Quando alguém vende um negócio, as pessoas tendem a dizer: “Ele era um
empreendedor.”

Diferença de empreendedor e empresário

Simplesmente querem dar bom uso às suas habilidades


Operadores/ de forma a ganhar a vida.
empresários Buscam atingir os objetivos a partir dos recursos
Disponíveis dentro de uma estrutura existente ou
copiada.

Empreendedores têm sonhos realistas, visões,


Empreendedores
com cuja realização estão comprometidos.

Fonte: FILION, L. J. Diferenças entre sistemas gerenciais de empreendedores e operadores de


pequenos negócios. RAE - Revista de Administração de Empresas. São Paulo v. 39 •Out./Dez.
1999. • v. 39 • n. 4).

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Filion (1999) apresenta essa distinção didática para enfatizar os aspectos que caracterizam o
empreendedor, que são distintos de que é proprietário-dirigente de uma empresa, seja ela pequena
ou grande. Enquanto o empreendedor está principalmente interessado na inovação, empresário é
alguém que possui e administra. No entanto, um empreendedor pode ser um empresário
(proprietário-dirigente), assim como um proprietário-dirigente pode também ser um empreendedor.
Uma pessoa pode ser ainda um ou outro, dependendo de suas características comportamentais
relativas à sua maneira de lidar com pessoas e com atividades da empresa.

A visão é “a imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos
produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar isso”. (FILION).

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1. Empreendedorismo: sua história mundial e brasileira

O que representada
empreendedorismo
no Brasil hoje?

Congresso
Peter Drucker empreendedorismo
Curso empreed e inovação Toronto Privatizações
Univ. Nova York
Inglaterra – estímulo ao
1981 – Curso de empreendedorismo na Europa
empreendedorismo na
FGV - SP

1953 1956 1973 1981 1984 1987 1990 1992 2009

SBA Empreend.na
USA FEA/USP UFSC/ENE
Congresso Frontiers
of Entrepreneurship Lançamento livro
Reserarch Innovation and SEBRAE
Babson College Entrepreneurship Brasil
- Peter Drucker -

Segundo Harold Livesay (1982), como disciplina formal o empreendedorismo surgiu no final da
década de 1920, através das pesquisas iniciadas por Norman Gras sobre história dos negócios na
Universidade de Harvard. Posteriormente, em 1947, a Harvard Business School criou um curso
sobre gerenciamento de pequenas empresas e, em 1953, Peter Drucker montou um curso sobre
empreendedorismo e inovação na universidade de Nova York.

Segundo Dolabella (1999) outros eventos marcantes na história do empreendedorismo foram:

 1956: Criação do International Council for Small Business.


 1973: realização do primeiro congresso internacional realizado sobre o tema em Toronto.
 1981: criação no Babson College de um dos mais importantes congressos acadêmicos em
empreendedorismo, o Frontiers of Entrepreneurship Research.

Um dado que mostra o crescimento do interesse pelo empreendedorismo é que nos Estados Unidos
o número de cursos passou de dez, em 1967, para 1.064 em 1998.

No Brasil pode-se dizer que o empreendedorismo está apenas começando. Os primeiros cursos de
empreendedorismo nas universidades brasileiras surgiram na década de 80. O primeiro curso na
área surgiu em 1981, na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, sendo
que em 1984 o ensino de empreendedorismo foi introduzido na FEA/USP. Em 1992 a Universidade
Federal de Santa Catarina criou a ENE – Escola de Novos Empreendedores, que veio a se tornar

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com o tempo uma das referências em nível nacional, apoiando a formação de centros congêneres
em outras universidades do Brasil.

Nos anos 80, o campo do empreendedorismo explodiu e espalhou-se para dentro de quase todas as
ciências sociais e administrativas. A transição foi marcada por dois eventos: a publicação da
primeira enciclopédia própria contendo o estado da arte neste campo (Kent, Sexton, et al. 1982), e a
primeira grande conferência anual (The Babson Conference) dedicada à pesquisa neste novo campo.

Os primeiros doutorados em empreendedorismo e pequenos negócios apareceram nos anos 80


(Fillion, 1988).

A Importância das micro e pequenas empresas no mundo

O segmento das micro e pequenas empresas é mundialmente reconhecido como instrumento de


desenvolvimento econômico e social, gerador de renda e emprego. Nos Estados Unidos 80% dos
novos empregos são gerados em pequenas empresas (BIRCH, 1987). Entre 1997 e 1998, 45% dos
novos empregos na Austrália foram criados por novas empresas. A metade dos empregos na
Holanda entre 1992 e 1997 veio de novas empresas com menos de 5 anos de idade. No Canadá 75%
do emprego líquido entre 1990 e 1997 veio de novas empresas, sendo que três quartos deles
correspondiam ao incremento de pessoas com auto-emprego através de negócios próprios sem
empregados (STEVENSON; LUNDSTRÖM, 2001).

Em 1950, surgiam em média cerca de 1800 novos negócios por dia nos Estados Unidos, em 1960
eram 4000, sendo que em 1983 este número elevou-se para algo em torno de 12000. Estes pequenos
novos negócios fizeram surgir 20 milhões de novos empregos, enquanto as 500 empresas da
Fortune, não criaram nenhuma oportunidade de emprego. Estas mesmas empresas deixaram de
oferecer no período de 1980 a 1983 3 milhões de novos postos de trabalho, ao passo que
organizações com menos de dez anos atividades criaram 750 mil novos postos (Pinchot III, 1989).

A Importância das micro e pequenas empresas no Brasil

O GEM2 (Global Entrepreneurship Monitor) mede o nível de atividade empreendedora no mundo


desde 1999 e, na edição de 2009, envolveu 54 países. No Brasil, a pesquisa é realizada desde 2000.

Não é novidade que o Brasil figura entre os países mais empreendedores do mundo. A taxa média
de empreendedorismo no Brasil nos últimos dez anos foi de 13%. E, em 2009, esse percentual
aumentou, foi de 15%.

Isso significa que de cada 100 brasileiros, que fazem parte da população economicamente ativa, 15
estão empreendendo. Em termos absolutos, o Brasil possui cerca de 33 milhões de pessoas
desempenhando alguma atividade empreendedora.

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Fonte: <http://ibqp.org.br/empreendedorismo/home/>

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A Pesquisa GEM mostra, também, que as mulheres estão empreendendo mais do que os homens,
além de serem as mais empreendedoras do mundo. De cada 100 novas empresas, 53 são lideradas
por mulheres. Além disso, elas empreendem mais por oportunidade do que os homens.

Empreender por oportunidade é a situação em que a decisão de empreender deriva de uma escolha
feita entre mais de uma alternativa, por exemplo, avaliando os custos de oportunidade.

Já o envolvimento no empreendedorismo por necessidade é quando simplesmente não existem


outras opções para ganhar a vida e não há uma avaliação comparativa a ser feita.
A maioria dos novos empreendedores brasileiros é formada por jovens de 18 a 34 anos, 52,5% do
que empreendem fazem parte dessa faixa etária.

Além disso, o brasileiro não teme o fracasso. O empreendedor brasileiro tem uma atitude positiva
no que tange a inserção da atividade empreendedora. Apenas 32% dos respondentes da pesquisa
consideram o medo um fator impeditivo para o inicio de um novo negócio.

O perfil da maioria dos empreendedores iniciais ainda se concentra nas atividades relacionadas aos
serviços prestados aos consumidores. A maioria dos serviços prestados nessa categoria está
relacionada à comercialização de alimentos e roupas no varejo. Esse tipo de atividade cresceu
36% de 2006 a 2007. (GEM, 2007)

Também contribuíram para o crescimento das atividades de serviços em 2007 estão relacionadas ao
aumento do número de bares e lanchonetes (56%) e tratamentos de estética e beleza (66%).
(GEM, 2007)

No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 5,9
milhões de micro e pequenas empresas formais e mais de 10 milhões informais. Pesquisa
SEBRAE/Dieese 2008 (Anuário do Trabalho) aponta 450 mil empresas formais no Paraná e 565 mil
informais.

As micro e pequenas empresas respondem por quase 60% dos empregos com carteira assinada, no
Brasil. Esse segmento é responsável por 38% da massa salarial brasileira, indicando maior
relevância das micro e pequenas empresas na geração de renda.

Em 2008, o Paraná registrou um recorde no número de novas empresas. Segundo a Junta Comercial
do Paraná, foram abertas no Estado 53.087 empresas, dessas 96% são micro e pequenas empresas.
O número aponta um aumento em comparação ao ano de 2007, quando se registrou um total de
47.716 novas empresas (SEBRAE, 2008).

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80%
80% dos
dos
novos
novos
ESTADOS
ESTADOS UNIDOS
UNIDOS Empregos
Empregos

75% BRASIL
BRASIL
75% dos
dos
novos
novos MPE
MPE
CANADÁ
CANADÁ
CANADÁ empregos
empregos

60% empregos
45%
45% dos
dos 99% empresas
AUSTRÁ
AUSTRÁLIA
AUSTRÁLIA
novos
novos 38% salários
Empregos
Empregos 5,9 milhões de MPEs

50%
50% dos
dos
HOLANDA novos
novos
HOLANDA
Empregos
Empregos

Fonte: SEBRAE; STEVENSON, L., LUNDSTRÖM, A. Patterns and trends in entrepreneurship/SME


policy and practice in ten economies. Swedish foundation for small business research: Stockholm, 2001.

Índice de sobrevivência das novas empresas (SEBRAE, 2006)

A taxa de sobrevivência das pequenas empresas brasileiras ao final do segundo ano de vida é de
78%, ou seja, de cada 100 empresas abertas, 20 fecham as portas em menos de dois anos.
Essa taxa nos coloca entre aquelas observadas num conjunto expressivo de países. No período de
2000 a 2002: Austrália com 87,6%; Inglaterra com 81,9%; Cingapura com 75%; Estados Unidos
com 74% (referente ao quarto ano); Portugal com 72,6%; Itália com 72,4%; Finlândia com 71.3%.
Esses mesmos países registravam, na metade da década passada, percentuais entre 50% e 65%. Por
exemplo: a Inglaterra registrava em 1995 a taxa de 65,6%, passando para 81,9% em 2003, e
Cingapura passou de 62% em 1994 para 75% em 2002.

A taxa de sobrevivência nos dois primeiros anos de vida das novas empresas, observada no Brasil,
evoluiu de 51% em 2002 para 78% em 2005

Características dos novos empreendimentos Brasileiros (GEM, 2007)

 Pouco elaborados
 Em segmentos já testados e de alta concorrência
 De baixo nível de inovação, seja tecnológica ou de mercado
 As mulheres iniciam mais negócios do que os homens

Homens Mulheres
2001 70,9 29,1
2007 47,6 52,4

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Inovação em Produtos e Novas Tecnologias

O Brasil apresenta uma das mais baixas taxas de lançamento de produtos novos (desconhecidos
para o consumidor) e de uso de tecnologias disponíveis há menos de um ano no mercado (GEM,
2008)

Mercado Internacional
O Brasil é o país cujos empreendimentos têm menor expectativa de exportação (0,5% dos
empreendimentos são criados com a expectativa de que mais de 75% dos consumidores sejam
provenientes do mercado externo) (GEM, 2008).

Jovens empreendedores
O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial em termos de participação de jovens
empreendedores (25%), sendo superado somente pelo Irã (29%) e pela Jamaica (28%) (GEM,
2008).

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2. Cultura Intraempreendedora

A necessidade de intraempreendedores permite refletir sobre a evolução da noção de centralidade


do empreendedor para a de equipe empreendedora pelos seguintes motivos:

 A gestão das empresas conta com a participação de mais de uma pessoa, é formada por um
grupo de governança corporativa. Por líderes empreendedores.
 Cada dirigente é um importante stakeholder para o outro; portanto, é preciso dar atenção à
qualidade das relações e comunicações entre co-proprietários-dirigentes (lideres
empreendedores);
 O dirigente influencia as equipes de sua empresa e vice versa – ele aprende com estes últimos e
vice versa; portanto, as relações de influência são bilaterais;
 Os empregados têm influência expressiva nas definições e na implantação das estratégias e
desenvolvimento da empresas;

O empreendedorismo corporativo facilita a expressão intraempreendedora e gera uma


cultura empreendedora.

A Cultura Intraempreendedora:

 Valoriza a inovação: novas maneiras de fazer


 Os funcionários têm maior nível de responsabilidade
 Foco nos clientes : Inovaçao em produtos e serviços
 Importância do aprendizado
 Apoio aos que “fazem”
 Tolerância aos erros relativos ao gerenciamento de riscos, não à estupidez
 Valoriza a presença de empreendedores
 Recompensa o sucesso
 Compartilha os resultados

O que é Intraempreendedorismo?

A ação de estimular empregados a se envolverem em atividades de inovação na organização é


conhecida como empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismos. Intraempreendedor é
a pessoa que, nos últimos dois anos, se envolveu com novas atividades empresariais, tais como
geração de novos produtos e/ou serviços e participação na criação de novos estabelecimentos e/ou
filiais para entrar em novos mercados e novas combinações de produto-mercado. O
desenvolvimento de novas atividades empresariais, por sua vez, reúne duas etapas fundamentais: a
de desenvolvimento de ideias, que inclui, por exemplo, busca de informação, discussão sobre a
nova atividade empresarial e submissão de novas idéias próprias para a gerência.

A segunda etapa refere-se ao planejamento e exploração, que reúne, por exemplo, a promoção de
uma nova ideia própria, o preparo de um plano de negócios, marketing ou a busca por fontes de
financiamentos e a organização de uma equipe de trabalho.

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PÓS-GRADUAÇÃO FAE 2010: EMPREENDEDORISMO
Portanto, considera-se intraempreendedor a pessoa empregada em tempo integral que se
envolveu como líder em ambas as etapas de desenvolvimento de novas atividades
empresariais.

De acordo com os dados da pesquisa GEM 2008, 0,6% dos brasileiros adultos desenvolveram
atividades que lhes permitiram ser classificados como intraempreendedores.

Processo visionário como suporte à criação de cultura empreendedora e equipes


empreendedoras (Filion, 1999)

Somente pessoas criativas e comprometidas não basta para que a empresa se torne uma empresa
empreendedora. Para concretizar essa ideia é preciso um trabalho persistente, que envolva o
processo de criação da visão, liderado pela alta direção e envolvendo as equipes empreendedoras. A
capacidade de articular uma visão requer a habilidade de conceber cenários futuros.

Modelo para criação da Visão (Filion, 1999).

Planejando

Imaginando e definindo
contextos organizacionais

Focalizando um nicho de
uma forma diferente

Percebendo uma
oportunidade de negócios

Entendendo um setor de negócios

Identificando um interesse em um setor de negócios

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3. Perfil Empreendedor

O modelo McClelland (Universidade de Harvard) e Cooley (ONU-USAID)

Fonte:COOLEY, L. Entrepreneurship Training and the Strengthening of Entrepreneurial Performance.


Final Report. Contract No. DAN-5314-C-00-3074-00. Washington: USAID, 1990.

Existem vários modelos de competências para empreendedores. Apresentaremos o modelo


desenvolvido por David McClelland (Universidade de Harvard e McBer empresa de consultoria
norte-americana especializada em gestão por competências) e Lawrence Cooley.
Em 1983, a Agência Internacional para o Desenvolvimento (USAID) financiou o estudo
intercultural para identificar “características empreendedoras pessoais”, ou seja, competências
capazes de prever a criação e sucesso de negócios em diferentes culturas.
Utilizando a ferramenta “Entrevista de Eventos Comportamentais”, a qual foi desenvolvida a partir
da técnica de incidentes críticos de John Flanagan, foi escolhida uma amostra de empreendedores
exitosos e menos exitosos em três países em desenvolvimento na América Latina (Equador), África
(Malawi) e Ásia (Índia). As amostras foram formadas a partir das indicações de várias fontes de
informação, incluindo bancos, câmeras de comércio, ministros de indústria e comércio,
organizações comerciais e outras entidades no estilo, dentro de cada país.
Os pesquisadores entrevistaram 12 empreendedores com “desempenho superior” e 12 com
“desempenho médio” nas áreas de indústria, comércio e serviços, perfazendo um total de 72
empreendedores em cada país e 216 no total. Cada empreendedor deveria ser o proprietário ou sócio
no negócio, envolvido diretamente no início do negócio (fundação), e estar participando do mesmo
nos últimos 3 anos. A partir da análise das entrevistas foi desenvolvido o modelo de competências
para empreendedores, posteriormente revisado por Cooley, que é apresentado junto com seus
“indicadores comportamentais”3 a seguir:

Busca de Oportunidades e Iniciativa


Age para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços.
Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio novo, obter financiamento,
equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.
Faz as coisas antes de solicitado ou antes de forçado pelas circunstâncias.
Persistência
Age diante de um obstáculo significativo.
Age repetidamente ou muda para uma estratégia alternativa a fim de enfrentar um desafio ou
superar um obstáculo.
Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para completar uma tarefa.

3
Entenda-se por “indicadores comportamentais” aqueles comportamentos que indicam a presença de uma competência em um
indivíduo, ou aqueles comportamentos cuja prática leva ao desenvolvimento da competência.
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PÓS-GRADUAÇÃO FAE 2010: EMPREENDEDORISMO
Comprometimento
Junta-se aos empregados ou coloca-se no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho.
Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho ao atingimento de metas e objetivos.
Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade em longo
prazo acima do lucro em curto prazo.
Exigência de qualidade e Eficiência
Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência.
Encontra maneiras de fazer as coisas de uma forma melhor, mais rápida e/ou mais barata.
Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o
trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.
Correr riscos calculados
Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.
Estabelecimento de metas
Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;
Define objetivos de longo prazo, claros e específicos.
Estabelece metas de curto prazo mensuráveis.
Busca de informações
Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes.
Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou como fornecer um serviço.
Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
Planejamento e Monitoramento Sistemáticos
Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos.
Revisa os planos feitos, baseando-se em informações sobre o desempenho real e em novas
circunstâncias.
Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.
Persuasão e Rede de Contatos
Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros.
Utiliza pessoas chave como agentes para atingir seus próprios objetivos.
Age para desenvolver e manter relações comerciais.
Independência e Autoconfiança
Busca autonomia em relação a normas e controles de outros.
Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados desanimadores.

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Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um
desafio.

Perfil Empreendedor dos empresários Brasileiros


Existem poucos estudos realizados sobre o perfil dos empreendedores brasileiros desde a
perspectiva do modelo de competências de McClelland / Cooley.
Cabe citar os estudos realizados por LOPES (1999) com 64 empreendedores da cidade de São Paulo
e por MORALES (2005) a partir de um levantamento feito com 307 empreendedores no estado de
Santa Catarina. Ambos os estudos usaram uma escala que vai de 0 (zero – ausência da competência)
a 5 (cinco), sendo apresentados os resultados na tabela 1.

Características dos LOPES, 1999 MORALES, 2005


empreendedores de sucesso N= 64 N= 307
Média Média
Busca de Oportunidades e
2,40 2,17
Iniciativa
Persistência 2,70 2,04
Comprometimento 2,20 2,17
Exigência de Qualidade e
1,60 1,12
Eficiência
Riscos Calculados 2,70 1,37
Estabelecimento de Metas 1,30 0,81
Busca de Informações 2,40 1,95
Planejamento e
1,20 0,92
Monitoramento Sistemático
Persuasão e Redes de Contato 2,50 1,74
Independência e
3,30 1,92
Autoconfiança
Escore total 22,40 16,21

Fonte:

LOPES, R. M. A. Avaliação de Resultados de um Programa de Treinamento Comportamental para


Empreendedores – EMPRETEC. 1999. Dissertação (Mestrado em psicologia) - Instituto de Psicologia, USP,
São Paulo.

MORALES Sandro Afonso. Relação entre Competências e Tipos Psicológicos Junguianos nos
Empreendedores. 2004. Tese de doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis – SC.

Pode-se observar que, com exceção da competência “Comprometimento”, que o perfil médio dos
empreendedores catarinenses é mais baixo que na amostra de São Paulo. Contudo, deve-se ter em
conta que a amostra de Lopes foi tomada de um grupo de empreendedores que haviam passado por
um programa de seleção prévio, sendo escolhidos apenas os melhores candidatos, o que além de ter
tornado o grupo mais homogêneo, pode ter contribuído para elevar as médias.
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Contudo uma coisa coincide nas duas amostras: as competências mais baixas são “Estabelecimento
de Metas”, “Planejamento e Monitoramento Sistemático” e “Exigência de Qualidade e Eficiência”,
o que permite sugerir que estes pontos merecem especial atenção em programas de capacitação
voltados para empreendedores brasileiros.

“O uso das viagens é acertar a imaginação pela realidade e, em lugar de pensar como as coisas
talvez sejam, ver como realmente são”. (Garcia, 2008)

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Referências Bibliográficas

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conhecimento em riqueza. 1ª ed. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.
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_________________ O empreendedorismo como tema de estudos superiores. In:
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