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O Papel do Enfermeiro no SAMU

SOROCABA – SP
2011
Alunos: RA:

Giorgia G. Repiso A98DGD-3


Jéssica Gomes Rosa A95367-1
Lilian Alessandra Barbui B07HBC-1
Márcio Felipe Ferreira Egea A73866-5
Monique de Oliveira Almeida A9681A-2
Nádia Caroline Benites A645DH-4
Viviane Albuquerque Marques A77JGD-7

Curso: Enfermagem

Turma: 1º semestre - Manhã

Trabalho apresentado à disciplina


de Fundamentos Históricos
de Enfermagem ministrada pela
Prof.ª Regina.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO AO SAMU......................................................................................4
1.1. Tipos de Unidades e as Intervenções..........................................................5

2. OBJETIVOS DO SAMU...........................................................................................6

3. AS EQUIPES........................................................................................................8

4. A REDE DE URGÊNCIA................................................................................9

5. O SAMU NOS TRAUMAS E O TRABALHO CONJUNTO..................................10

6. A REGULAÇÃO MÉDICA DA URGÊNCIA............................................................ 11

7. OS CASOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA...........................................................12

8. TRANSFERÊNCIAS INTER-HOSPITALARES DE PACIENTES GRAVES...........13

9. FUNÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR...............15


9.1. Perfil e Formação.....................................................................................15
9.2. Papel do Enfermeiro no SAMU..................................................................16
9.3. Técnicas...................................................................................................17
9.4.Particularidades.........................................................................................18
9.5. Rotinas de trabalho.............................................................................................19
9.5.1 No Pré-Atendimento.........................................................................................19
9.5.3. No Pós-Atendimento..............................................................................19
9.5.2. No Atendimento................................................................................................19

10. CONCLUSÃO................................................................................................20

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................21


INTRODUÇÃO AO SAMU
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), no âmbito do


SUS, tem uma cobertura que abrange 49,8 milhões de brasileiros em 18 estados. É
um programa que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de
emergência. Com o Samu, o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o
tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro
precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde,
como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às
urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e
de saúde mental da população.

O Samu realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar:


residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada
gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na Central de
Regulação que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema
para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o
atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a
chamada, sobre as primeiras ações.

Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia qual o melhor procedimento para


o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma
ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar de enfermagem e socorrista para
o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI
móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico
regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa
maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade.

A partir dessa atuação, o Samu tem um forte potencial para corrigir uma das
maiores queixas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a lentidão
no momento do atendimento. Historicamente, o nível de resposta à urgência e
emergência tem sido insuficiente, provocando a superlotação das portas dos
hospitais e pronto-socorros, mesmo quando a doença ou quadro clínico não é
característica de um atendimento de emergência. Essa realidade contribui para que
hospitais e pronto-socorros não consigam oferecer um atendimento de qualidade e
mais humanizado.

1.1 Tipos de Unidades e as Intervenções:

• Unidades de Suporte Básico de Vida do SAMU

Cada Unidade Móvel de Suporte Básico tem, além de material de consumo onde
inclui-se medicações, no mínimo: rede de oxigênio, prancha longa de madeira
para imobilização da coluna, colares cervicais, cilindro de O2, talas de
imobilização de fraturas e ressuscitador manual adulto e infantil (ambu).

• UTI móveis do SAMU

Cada Unidade de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM) tem, além de material de


consumo, no mínimo: uma incubadora para transporte, um aspirador cirúrgico
para ambulância, um respirador a volume, um monitor multiparâmetros, um
oxímetro digital e bomba de infusão para seringas, além de todo o material
para imobilização e medicamentos de cuidados intensivos.

• Helicóptero de Suporte Avançado de Vida PRF-SAMU

O Helicóptero de Suporte Avançado de Vida PRF-SAMU, viabilizado através de um


convênio entre a Polícia Rodoviária Federal e o SAMU tem, além de material
de consumo, no mínimo: um aspirador cirúrgico, um respirador a volume, um
monitor multiparâmetros, um oxímetro digital e bomba de infusão para
seringas, além de todo o material para imobilização e medicamentos de
cuidados intensivos.
2. OBJETIVOS DO SAMU

O SAMU-192 tem como objetivos:

1. Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central


de Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito;

2. Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que


concerne às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e
proporcionando resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão,
através de orientação ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os
municípios da região de abrangência;

3. Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à


distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares;

4. Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de


traumas como em situações clínicas, prestando os cuidados médicos de
urgência apropriados ao estado de saúde do cidadão e, quando se fizer
necessário, transportá-lo com segurança e com o acompanhamento de
profissionais do sistema até o ambulatório ou hospital;

5. Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos serviços de


salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia
Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças Armadas quando se fizer
necessário;

6. Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de pacientes graves


internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional e
estadual, ativando equipes apropriadas para as transferências de pacientes;

7. Participar dos planos de organização de socorros em caso de desastres ou


eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário, inundações,
terremotos, explosões, intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de
radiações ionizantes, e demais situações de catástrofes;
8. Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis para o
atendimento às urgências;

9. Prover banco de dados e estatísticas atualizados no que diz respeito a


atendimentos de urgência, a dados médicos e a dados de situações de crise e
de transferência inter-hospitalar de pacientes graves, bem como de dados
administrativos;

10. Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de urgência,


transferências inter-hospitalares de pacientes graves e recursos disponíveis na
rede de saúde para o atendimento às urgências;

11. Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino;

12. Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação, ações que


precisam ser desencadeadas dentro da própria área da saúde e de outros
setores, como trânsito, planejamento urbano, educação dentre outros.

13. Participar da educação sanitária, proporcionando cursos de primeiros socorros


à comunidade, e de suporte básico de vida aos serviços e organizações que
atuam em urgências;

14. Estabelecer regras para o funcionamento das centrais regionais.


3. AS EQUIPES

Todas as equipes trabalham em sistema de plantão, com cobertura por 24


horas, todos os dias da semana, excetuando-se a equipe aérea, onde somente são
realizados vôos diurnos.

- Equipe da central de regulação:

Médicos reguladores, Técnicos auxiliares de regulação médica, Controladores de


Frota e Radioperadores.

- Equipe das Unidades de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM):

Médico, Enfermeiro e Motorista-socorrista.

- Equipe do Helicóptero de Suporte Avançado PRF-SAMU:

Médico (SAMU), Enfermeiro (SAMU), Piloto (PRF) e Técnico de Operações


Especiais (PRF).

- Equipes das Unidades Móveis de Suporte Básico:

Técnico de Enfermagem e Motorista-socorrista.

- Equipe do Helicóptero de Suporte Avançado ARCANJO I:

Médico (SAMU), Enfermeiro (SAMU), Piloto (Corpo de Bombeiros) e Operador de


Vôo (Corpo de Bombeiros).
4. A REDE DE URGÊNCIA

• As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192 estabelecem a


conexão com toda a rede de saúde na macro-região de abrangência através de
telefonia ou rádio.
• As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192, em número de
oito no estado de Santa Catarina, estão inter-conectadas entre si através de
telefonia. Dentre estas oito, cinco são Centrais Integradas, três com a Polícia Militar
e duas com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.
• Com as demais instituições e nas centrais ainda não integradas as Centrais
de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192 estão inter-conectadas por rádio e
telefone, em sua área de abrangência, com as centrais de atendimento da Polícia
Rodoviária Federal (191), da Polícia Militar (190), da Polícia Rodoviária Estadual
(198), com as centrais de atendimento dos bombeiros (193), assim como com as
centrais de atendimento da defesa civil e de todas as outras centrais que se fizerem
necessárias e, através de protocolos de ativação e, de acordo com suas
competências, trabalharão em conjunto.
5. O SAMU NOS TRAUMAS E O TRABALHO CONJUNTO

O SAMU realiza a coordenação, a regulação e a supervisão médica direta e à


distância de todos os atendimentos pré-hospitalares que se fizerem necessários nas
situações traumáticas, ativando as equipes mais adequadas a cada situação,
apoiando estas equipes e preparando a recepção hospitalar das vítimas/pacientes.

Quando uma situação de urgência necessita no local da ocorrência da


participação conjunta de meios médicos (suporte avançado de vida ou
medicalização) e de meios de resgate, o SAMU une-se aos serviços de salvamento
e resgate do corpo de bombeiros, polícia militar, polícia rodoviária, defesa civil e/ou
das forças armadas.

O SAMU participa dos Planos de Organização de Socorros em caso de


desastres ou eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário,
inundações, terremotos, explosões, intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de
radiações ionizantes, etc., ficando responsável pelos atos de saúde nestas
situações.

As ações que demandem atendimento a embarcações e aeronaves, em


território do Estado de Santa Catarina, são reguladas através da Central de
Regulação Médica de Urgência do SAMU de Florianópolis.
6. A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS

Na Central de Regulação Médica de Urgência um médico, auxiliado por um


ou vários técnicos, recebe as ligações de pedidos de urgência, tria e classifica em
função da urgência do caso, e responde de acordo com a necessidade do mesmo.

As respostas podem ser dadas de diversas maneiras e são adaptadas a cada


necessidade:

• Orientação por telefone : Quando pode ser resolvido por telefone, tanto por
uma orientação de encaminhamento como outras orientações.

• Ativação de unidades móveis: De acordo com o tipo de atendimento,


traumático ou clínico, e a gravidade estimada do caso, podem ser acionados
unidades de suporte básico (bombeiros, polícia), unidades de suporte básico do
SAMU, UTI Móveis do SAMU, e até helicóptero de Suporte Avançado de Vida
PRF-SAMU.

Após o acionamento das unidades pela regulação médica de urgências do


SAMU, independente da decisão tomada, a central de regulação médica de
urgência acompanhará o atendimento até seu término, apoiando as equipes
quando necessário e preparando a recepção hospitalar adequada ao atendimento
da urgência.
7. OS CASOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA

O SAMU atua nos casos clínicos através da central de regulação médica de


urgências, servindo de escuta permanente para todos os casos clínicos de urgência,
através do número telefônico 192.

O Médico regulador, além de poder orientar o cidadão que necessita de


atendimento, pode ativar equipes do programa de saúde da família para o
atendimento domiciliar e, dependendo da gravidade avaliada, enviar equipes móveis
de suporte básico de vida ou de Unidades de Tratamento Intensivo Móveis (UTI
Móveis).

A atuação nos casos de urgência clínica no âmbito pré-hospitalar visa:

• A redução do número de mortes em função do retardo diagnóstico e


terapêutico;
• A redução do número de pacientes com seqüelas decorrentes de atendimento
tardio, atendimento parcial e/ou inadequado;
• A agilização da disponibilidade de recursos colocados à disposição do
paciente;
• A racionalização dos recursos para atendimento ao paciente, evitando
desperdício decorrente do uso inadequado de meios, duplicação de atendimentos,
retardo do tratamento com conseqüente aparecimento de seqüelas, que
aumentam o custo social;
• Orientação para utilização de outros meios que não apenas as emergências
hospitalares.
• Otimização do uso de ambulâncias hospitalares e ambulatoriais (básicas);
• Disponibilização de equipes treinadas e UTIs móveis para o correto transporte
de pacientes graves entre os hospitais.
8. TRANSFERÊNCIAS INTER-HOSPITALARES DE PACIENTES
GRAVES

Como atividade secundária, o SAMU intermedia, para os pacientes internados


pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através da central de regulação médica das
urgências, as transferências inter-hospitalares de pacientes graves. Analisa as
necessidades do paciente, confere sua recepção, promove a ativação das equipes
apropriadas e a transferência do paciente em condições de suporte avançado de
vida, evitando a interrupção de seu suporte hemodinâmico, ventilatório e
medicamentoso.

A transferência de pacientes graves internados por planos, seguros e


convênios de saúde são de responsabilidade dos referidos planos, seguros e
convênios e, nas situações urgentes, uma regulamentação do Conselho de Saúde
Suplementar (CONSU número 13) ampara o cidadão nesta situação.

1. O SAMU é responsável pelo atendimento de urgência e assume,


através da regulação, os casos onde haja a caracterização de quadro
urgente grave que necessite o atendimento em um hospital de referência,
garantindo, para isto, através da autoridade sanitária do médico regulador,
que a situação de urgência seja esclarecida e/ou resolvida no Hospital de
Referência, onde utiliza inclusive do conceito de "vaga zero" quando
necessário. A Portaria Ministerial 2048 em seu capítulo II coloca como uma
das atividades gestoras da regulação de urgência: "decidir os destinos
hospitalares não aceitando a inexistência de leitos vagos como argumento
para não direcionar os pacientes para a melhor hierarquia disponível em
termos de serviços de atenção de urgências, ou seja, garantir o
atendimento nas urgências, mesmo nas situações em que inexistam leitos
vagos para a internação de pacientes (a chamada "vaga zero" para
internação). Deverá decidir o destino do paciente baseado na planilha de
hierarquias pactuada e disponível para a região e nas informações
periodicamente atualizadas; sobre as condições de atendimento nos
serviços de urgência, exercendo as prerrogativas de sua autoridade para
alocar os pacientes dentro do sistema regional, comunicando sua decisão
aos médicos assistentes das portas de urgência".

2. Nas situações em que há necessidade de transferência entre UTIs,


mas que não está caracterizado uma urgência, a busca de leito deve ser
sempre realizada pelo médico assistente do hospital de origem e, após
obtenção disto, entrando em contato com a Regulação Médica do SAMU e
solicitando a execução do transporte especializado. Após esta solicitação,
feita pelo médico assistente, caberá ao SAMU confirmar o leito e proceder
ao transporte do paciente grave, direcionando a unidade móvel mais
adaptada à situação.

3. Nos casos em que for necessária a remoção com cuidados em UTI


Móvel, o médico assistente deverá passar o caso ao médico da UTI Móvel,
juntamente com a ficha de transferência detalhada. A responsabilidade, a
partir deste momento, é do médico da Unidade Móvel, encerrando-se
quando da passagem do caso ao médico da unidade receptora.

4. Nos casos em que for necessária a remoção com cuidados de


enfermagem, que possam ser realizados em Unidade de Suporte Básico de
Vida, a responsabilidade do médico assistente acabará apenas após a
recepção do paciente/vítima pelo médico do hospital/unidade de destino.

5. Após regulação/julgamento do médico regulador, caracterizado que o


caso necessite apenas remoção simples, social, não havendo urgência que
justifique o envio de um recurso maior, este transporte permanece como
responsabilidade dos municípios.
9. A FUNÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR

O tipo de trabalho desenvolvido do enfermeiro no pré-hospitalar, na


assistência direta, vem desenvolvendo-se a partir da década de 90, com o inicio das
unidades de suporte avançado.

A partir de então, o enfermeiro é participante ativo da equipe de atendimento


pré-hospitalar e assume em conjunto com a equipe a responsabilidade pela
assistência prestada as vitimas. Atua onde há restrição de espaço físico e em
ambientes diversos, em situações limite de tempo, da vitima e da cena e, portanto
são necessárias decisões imediatas, baseadas em conhecimento e rápida avaliação.

O enfermeiro participa da previsão de necessidades da vitima, definindo


prioridades; iniciando intervenções necessárias; fazendo a estabilização, reavaliando
o estado geral e realizando o transporte da vitima para tratamento definitivo.

Para que esta estabilização seja obtida de forma rápida e eficiente é


fundamental contar com pessoal qualificado e devidamente treinado; meio de
transporte rápido, e eficaz e, devidamente equipado para esta finalidade, hospitais
de referência para um atendimento adequado às demandas de assistência da vitima
aquele tipo de paciente e, portanto, e um meio de comunicação direto entre o veiculo
de transporte e o hospital.

9.1 Perfil e Formação

A função do enfermeiro, em qualquer área de atuação, necessita de


demanda, também conhecimento cientifico sempre atualizado, habilidade na
realização dos procedimentos, disposição pessoal para a atividade, equilíbrio
emocional e autocontrole, disposição para cumprir ações orientadas, capacidade
física e mental para a atividade, iniciativa e facilidade de comunicação, destreza
manual e física para trabalhar em unidades móveis, capacidade de trabalhar em
equipe, experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento
de urgências e emergências, disponibilidade para a capacitação específica para
APH de acordo com a Portaria 2.048/MS/02, bem como para re-certificação
periódica.
No atendimento pré-hospitalar hoje são requeridas características gerais
como em outras especialidades de formação, experiência profissional e habilidade.
Outra característica especifica são de fácil definição e identificação para atuação no
atendimento pré-hospitalar. Entre as características mais óbvias estão: formação,
cursos de especialização, experiência profissional, habilidade e capacidade física,
de lidar com estresse, de tomada de decisões imediata, de definição de prioridades
e de trabalho em equipe, como por exemplo, necessidade de atuação com
profissionais de outras áreas: policiais, companhia de energia elétrica, de
saneamento básico e ambiental, trânsito e outros.

É essencial também que o enfermeiro tenha estabilidade emocional e


resposta ao stress e tenha espírito de equipe e que possua alguns cursos
específicos: BLS, ACLS, PHTLS, TLSN, PALS, etc.

9.2 O Papel do enfermeiro no SAMU

O papel do enfermeiro na unidade de emergência consiste não só em obter a


historia do paciente, fazer o exame físico, executar tratamento, aconselhar, ensinar e
manter a saúde orientada, mas também em aliar a fundamentação teórica e a
pratica do trabalho, ao discernimento, à iniciativa, á habilidade de ensino, à
maturidade, à estabilidade emocional e à capacidade de liderança.

Por isso, a constante atualização destes profissionais é necessária, pois,


através dela, desenvolvem, com a equipe medica e de enfermagem, habilidades
para que possam atuar em situações inesperadas na qual estão inseridos, de forma
objetiva e sincrônica. Assim, o enfermeiro deve ser uma pessoa tranqüila, ágil, de
raciocínio rápido, de forma a adaptar-se, de imediato, a cada situação que se
apresente à sua frente. Este profissional deve estar preparado para o enfrentamento
de intercorrências emergentes, necessitando, para isso, de conhecimento científico
e competência clínica.
Finalmente, o enfermeiro necessita compreender o processo de liderar e
desenvolver as habilidades necessárias, dentre elas, salienta-se a comunicação, o
relacionamento interpessoal, a tomada de decisão e a competência clinica, bem
como aplicá-las em sua prática profissional. Nesse sentido, entende-se que, em
situações de emergência, deve existir um sistema de atendimento organizado por
uma equipe multiprofissional, em que o enfermeiro, como parte integrante no
processo de risco, tenha consciência de sua própria conduta e possa gerenciar suas
próprias ações. Compreende-se, desta forma, que o profissional enfermeiro que atua
em emergência deve possuir uma formação alem de acadêmica, que o qualifique
como especialista, creditando ao mesmo a capacidade para estabelecer as
prioridades e monitorizar o atendimento em situações de risco.

Quanto às habilidades técnicas sugeridas pelos enfermeiros, além das


previstas na Portaria, observou-se que a de para preparar e administrar
medicamentos, incluindo a técnica de acesso venoso periférico, intra-ósseo e
femoral, manipulação e dosagem de drogas, foi citada como habilidade básica por
doze entre os vinte e três. É importante ressaltar que a aquisição dessas habilidades
pelo enfermeiro implica realização de atividades práticas.

9.3 Técnicas

Segundo o Anexo II da portaria n° 2048/GM (que é o regulamento técnico dos


sistemas estaduais de urgência e emergência no Brasil) capitulo IV, no atendimento
pré-hospitalar móvel, o enfermeiro é o: ““... profissional de nível superior titular do
diploma de Enfermeiro, devidamente no Conselho Regional de Enfermagem de sua
jurisdição, habilitado para ações de enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar
Móvel, conforme os termos deste regulamento, devendo além das ações
assistenciais, prestar serviços administrativos e operacionais em sistemas de
atendimento pré-hospitalar”.

O atendimento em situações de emergência requer que tanto a unidade seja


equipada para aparar o paciente na sua necessidade emergente, quanto à equipe
profissional esteja capacitada para atuar interdependentemente, porém
sistematicamente organizada nas técnicas e realizações de cada procedimento.
Para tanto, é imprescindível melhorar a conduta ou diminuir a possibilidade de erros
no sistema de atendimento.

O profissional enfermeiro deve ser capaz de atuar com eficiência na


assistência de alta qualidade na enfermagem de emergência, bem como ter
conhecimento das condutas apropriadas que não incorram erros nas atuações de
sua pratica e buscar o desenvolvimento da visão holística da situação e da
habilidade para resolver as diversas situações diante de um processo de risco.

Embora existam circunstancias que não são capazes de serem controladas,


ou mesmo prevenidas, supõe-se que o enfermeiro busque sempre a melhor
assistência executando-a com o melhor de si. Pressupõe-se que o enfermeiro tenha
consciência de todas as suas ações e que seja capaz de responder por elas ainda
que legalmente, enfatizando os valores éticos e morais em sua profissão.

• Decisão COREN-SP-DIR/001/2001 dispõe sobre a regulamentação da


Assistência de Enfermagem em Atendimento Pré-Hospitalar e demais
situações relacionadas com o Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida
• Resolução COFEN N° 300/2005 dispõe sobre a atuação do profissional de
Enfermagem no Atendimento Pré- hospitalar e Inter-hospitalar.
• Resolução COFEN N° 280/2003 dispõe sobre a proibição de Profissional de
Enfermagem em auxiliar procedimentos cirúrgicos. Art.1° - vedado a qualquer
Profissional de Enfermagem a função de Auxiliar de Cirurgia.

9.4 Particularidades de enfermeiro no atendimento pré-hospitalar


• Plantões de no mínimo 12 horas;
• Ter horário para assumir plantão, mas não para deixar o plantão;
• Sem horário certo para as refeições;
• Sem horário certo para descanso;
• Sem permissão para “horário de almoço”.

9.5 Rotinas de trabalho


9.5.1 No Pré-Atendimento:
• Checagem e reposição de materiais e medicações - manutenção da
padronização dos Kit’s de atendimento;
• Verificar o funcionamento dos equipamentos;
• Verificar volume dos cilindros de oxigênio;
• Previsão de material;
• Conferir e encaminhar material para esterilização;
• Equipamentos de segurança;
• Conhecimento prévio do local.

9.5.2 No Atendimento:
• É importante o profissional de enfermagem ter um bom preparo físico;
• O enfermeiro irá trabalhar com diferentes pacientes: crianças, jovens,
gestantes, adultos e idosos;
• Deve estar preparado para atender às diferentes ocorrências: tanto pode ser
um acidente de veículo como uma parada cardiorrespiratória; e a trabalhar
com situações adversas (riscos de explosão, tiroteio e incêndio)
• Acessar a vitima com segurança;
• Avaliar a cena;
• Realizar a triagem para o atendimento;
• Realizar ABC dos cuidados;
• Realizar avaliação secundária;
• Colher a história da vítima;
• Procedimentos (realizar punção de acesso venoso, imobilizações, liberação
de vias aéreas
• Exame físico.

9.5.3 No Pós-Atendimento:
• Prestar cuidados intensivos;
• Prover transporte seguro;
• Passar as informações a respeito do caso à equipe da sala de emergência;
• Reposição do material utilizado na ocorrência;
• Colocar os equipamentos com bateria para recarregar;
• Providenciar reposição do oxigênio, se necessário
• Efetuar a limpeza e desinfecção dos equipamentos;
• Efetuar a limpeza do veículo de emergência;
• Fazer o registro da ocorrência em impresso próprio.

10. CONCLUSÃO

Para que a atividade de enfermagem no atendimento pré-hospitalar seja


responsável, eficiente, nacionalmente regulamentada e definida, com a mesma
importância que recebe em outros países, temos que iniciar uma discussão para
definir a atuação do profissional de enfermagem, no que tange aos serviços de
atendimento pré-hospitalar, estabelecendo formação específica e pré requisitos
mínimos, assim como legislação que respalde a autonomia para os profissionais de
enfermagem que desempenham esta atividade.
11.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Disponível em: http://samu.saude.sc.gov.br/index.php. Acesso dia 01/05/2011


às 11 horas.

• VI Encontro de Enfermagem em Emergência “Atuação do enfermeiro no


Atendimento Pré-Hospitalar”. Disponível em:
http://www.cobeem.com.br/doc0405/aula_samu_atuacao_enfermeiro_aph.pdf.
Acesso dia 01/05/2011 às 13 horas.

• Programa Salvar do SAMU de Rio Grande do Sul. Disponível em:


http://www.saude.rs.gov.br/dados/1218730655905Criterios
%20Enfermeiro.pdf. Acesso em 02/05/2011 às 20 horas.

• Artigo “Atuação do Enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar na cidade de


São Paulo”. Disponível em:
http://www.unifesp.brdenfacta200013_3pdfart7.pdf. Acesso dia 02/05/2011 às
21 horas.

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