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PROCEDIMENTOS DE CONTROLO DE EXISTÊNCIAS E

PRAZOS DE VALIDADE DE MEDICAMENTOS E


PRODUTOS DE SAÚDE
Disciplina GPP Módulo 2 30 aulas
OBJETIVOS

Efetuar correções da validade de medicamentos


e produtos de saúde quando necessário.

Criar listagens de controlo de


correções/alterações de validades.

Desenvolver listagem para controlo de


existências.
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CONTEÚDOS
Marcação de preços de produtos de saúde e
medicamentos

Verificar preço de armazenista/laboratório, IVA e


margem de comercialização

Cálculo do preço final

Listagens para controlo de existências e de


validades

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CONTEÚDOS
Efetuar listagens periódicas de controlo de produtos
sem validade definida

Efetuar correções sempre que necessárias através


de Contagens Físicas

Elaborar “Quebras” de produtos para destruição,


consumo ou manipulação

Listagem mensal do Inventário


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MARCAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS DE
SAÚDE E MEDICAMENTOS

A marcação de preços na farmácia está

dependente do tipo de medicamentos e

produtos de saúde, que podem ser

divididos em éticos e não éticos.


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MARCAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS DE
SAÚDE E MEDICAMENTOS

Éticos – correspondem a todos os produtos que


possuem PIC (o Preço Impresso na Cartonagem) na
embalagem.

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MARCAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS DE
SAÚDE E MEDICAMENTOS
Neste caso o PVP de um medicamento deriva do
PVA (o preço de venda ao armazenista), da
margem de comercialização do distribuidor
grossista, da margem de comercialização do
retalhista, da taxa sobre a comercialização dos
medicamentos e do IVA
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MARCAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS DE
SAÚDE E MEDICAMENTOS
Não-éticos – correspondem a todos os produtos
que não possuem PIC, ficando a marcação bem
como a aplicação da margem de lucro a cargo
da farmácia.

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MARCAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS DE
SAÚDE E MEDICAMENTOS
Nesta categoria inserem-se todos MNSRM
(Medicamento Não Sujeito a Receita Médica)
não comparticipados, produtos de cosmética,
de puericultura, homeopáticos ou dietéticos.

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MARCAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS DE
SAÚDE E MEDICAMENTOS
O PVP destes produtos é calculado tendo
em conta o PVF, o IVA e a margem de
comercialização da farmácia e apresenta-
se ao utente sob a forma de etiqueta que
exibe o nome do produto, o preço, o IVA e
o código de barras
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SIGLAS
MSRM – Medicamento Sujeito a Receita Médica
MNSRM - Medicamento Não Sujeito a Receita Médica

INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de


Saúde I.P.
PVA – Preço de Venda ao Armazenista - tipo Ético- PIC- MSRM
PVF – Preço de Venda à Farmácia – tipo Não ético- MNSRM-
marcação do preço e da margem de comercialização é a farmácia
PVP – Preço de Venda ao Público

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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

O preço de custo de uma mercadoria é o valor


que o consumidor e/ou comerciante paga ao
adquiri-la.

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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

Preço= Valor da mercadoria+ Despesas


adicionais-descontos comerciais obtidos na fatura.

Consideram-se despesas adicionais as despesas


de seguro, de transporte, entre outros.

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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

Nota:

Para o cálculo do preço de custo de uma


mercadoria não se considera o imposto sobre o
valor acrescentado (IVA)

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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

A Plural adquiriu 50 produtos de saúde, produtos


não éticos, nas seguintes condições:

Preço unitário: 12,50€


Descontos comerciais: 5%
Despesas de transporte: 14,96€
IVA à taxa normal
Calcule o preço de custo dos produtos de saúde.
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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

A Empifarma adquiriu 100 produtos de saúde,


produtos não éticos, nas seguintes condições:

Preço unitário: 10,00€


Descontos comerciais: 3%
Despesas de transporte: 20€
IVA à taxa normal
Calcule o preço de custo dos produtos de saúde.
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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

A Alliance adquiriu 20 produtos de saúde,


produtos não éticos, nas seguintes condições:

Preço unitário: 7,50€


Descontos comerciais: 2%
Despesas de transporte: 10€
IVA à taxa normal
Calcule o preço de custo dos produtos de saúde.
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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

A determinação do preço de venda resulta da


fixação do preço pelo vendedor, fazendo incidir
uma percentagem sobre o preço de custo ou
sobre o preço de venda de cada produto.

Para a fixação do preço é necessário predefinir


a margem comercial a aplicar.
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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

Deste modo, vamos dividir o estudo em duas


partes:

1- A percentagem de lucro e/ou prejuízo incide


sobre o preço de custo.

2- A percentagem de lucro e/ou prejuízo incide


sobre o preço de venda.
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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

1- A percentagem de lucro e/ou prejuízo incide


sobre o preço de custo.

No caso da empresa registar um lucro sobre o


preço de custo, genericamente, temos:
Preço de custo Preço de venda
100 100 + %Lucro

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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

Esta fórmula pode ser utilizada para o cálculo do

preço de custo, do preço de venda e ainda para

o cálculo da margem de comercialização, isto é,

o lucro ou o prejuízo, com as devidas adaptações.

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O PREÇO DE
ARMAZENISTA/LABORATÓRIO, IVA E
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO

O cálculo do preço de venda também poderá


efetuar-se recorrendo ao seguinte processo:

Preço de Venda (PV)= Preço de custo (PC)+ (% de


lucro (%L) x Preço de custo)

PV = PC (1+%L)

% de Lucro= margem de comercialização


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2- A percentagem de lucro e/ou prejuízo incide
sobre o preço de venda.

Preço de venda = Preço de custo


100 100 - %Lucro

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https://www.infarmed.pt/documents/15786/1647560/Informa%C3
%A7%C3%B5es+para+c%C3%A1lculo+de+PVP+de+Medicamento
s+%28margens%2C+factores+e+sites%29_2019+%28atualizado+
11_10_2019%29/4938e9f9-dcb5-4fcf-a305-59adf3d30b5c

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QUEBRAS - CONCEITOS
O que são quebras?
São diminuições que não decorrem da venda ou
uso.

Ocorrem devido a:
Furtos (interno e/ou externo)
Abates de produtos deteriorados ou
obsoletos.
QUEBRAS - CONCEITOS
QUEBRAS - CONCEITOS
As quebras extraordinárias: são as de verificação
imprevisível e resultantes de factos alheios ao
exercício da atividade.

Exemplos:

Incêndios e danos por água;

Derrocadas, falhas estruturais, tempestades;

Roubos e vandalismo.
QUEBRAS - CONCEITOS
As quebras operacionais são verificadas com alguma
regularidade e resultam da atividade e/ou
manuseamento de certos bens.

Exemplos:

Validade dos produtos ultrapassada;

Quebras acidentais de mercadorias;

Mau acondicionamento (embalagem);


QUEBRAS - CONCEITOS
Controlo das datas de validade dos produtos;

Deficiente registo da localização da


mercadoria;

Furtos e erros na expedição de mercadorias;

Devoluções de clientes.
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Pontos de Risco:

RECURSOS HUMANOS: Os seguintes fatores têm


influência no comportamento dos colaboradores e
portanto também podem agir como inibidores ou
potenciadores de certos comportamentos desonestos:
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Ambiente laboral (motivação);

Política de RH e de contratação (tipo de


contratos, rotação de pessoal, políticas de
retribuição).
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Pontos de Risco:

O PRODUTO: O risco de um produto poder ser


roubado aumentará em função da sua
atratividade para o potencial ladrão. Os
fatores que determinam esta atratividade são:
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
O valor;

A novidade;

A facilidade de venda;

A facilidade de ser furtado (tamanho);

Localização no armazém, locais das instalações


onde é mais simples “agir”.
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Pontos de Risco:

Os PROCEDIMENTOS: A forma como são


executados será determinante para inibir ou
facilitar comportamentos desonestos. Neste
sentido os maiores riscos são:
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

As encomendas em que não é possível controlar


o conteúdo no momento da entrega;

Entregas “cegas” (não é controlado o conteúdo


dos envios no ato da receção da mercadoria).
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Pontos de Risco

O TRANSPORTE: As operações de transporte estão


sujeitas a uma série de procedimentos de elevado
risco (carga, descarga, entregas).

Nota: Não esquecer a cumplicidade das pessoas que


têm acesso aos produtos (tanto externas, como
internas à organização).
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Como prevenir?

o Normas de funcionamento interno, tanto para


funcionamento geral da empresa, como para
os procedimentos mais críticos, e fazer uma
avaliação e acompanhamento constante da
aplicação destas normas;
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Como prevenir?

oMedidas de prevenção e controlo dos produtos e


nomear responsáveis encarregados de as aplicar.
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Causas:

A tentação: Que variará em função da necessidade


do empregado, da sua ambição/ganância.

Da tolerância: Dos quadros relativamente às ações


desonestas contra a própria empresa.
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Causas:

Da facilidade: Cometer um furto interno e esta


existe se houver oportunidade (acesso ao
produto, tempo disponível e posição que ocupa)
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Causas:

A perceção: Do empregado sobre as possíveis


repercussões que possa ter um comportamento
desonesto. Esta dependerá do “medo” de ser
apanhado, de ser castigado e de se sentir
culpado.
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS
Deve-se evitar que sejam criadas perceções entre
os empregados do tipo:

“A empresa já ganha dinheiro suficiente”

Neste caso existe um elevado nível de tolerância


relativamente às pessoas que cometem ações
desonestas.
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

“Aqui roubar é muito fácil”

Os empregados não têm medo, nem de serem

apanhados, nem de serem castigados.


QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Deve-se trabalhar eficientemente o conceito de:

“A empresa é a minha casa”


Inibidores
de
Tentações

A cultura empresarial
A integração do empregado
A política de Recursos Humanos
EXERCÍCIO
1. Qual o significado da palavra quebras.
2. Identifique os tipos de quebras que
conhece?
3. Exemplifique 3 tipos para cada quebra
mencionada na resposta anterior.
1-Defina o termo quebras.

São diminuições que não decorrem da venda


ou uso.
2-Identifique os tipos de quebras que conhece?

As quebras extraordinárias: são as de verificação


imprevisível e resultantes de factos alheios ao
exercício da atividade.

As quebras operacionais são verificadas com


alguma regularidade e resultam da atividade
e/ou manuseamento de certos bens.
3- Exemplifique 3 tipos para cada quebra
mencionada na resposta anterior.

Exemplos das extraordinárias:

Incêndios e danos por água;

Derrocadas, falhas estruturais, tempestades;

Roubos e vandalismo.
3- Exemplifique 3 tipos para cada quebra
mencionada na resposta anterior.

Exemplos das operacionais:

Validade dos produtos ultrapassada;

Quebras acidentais de mercadorias;

Mau acondicionamento (embalagem);


QUEBRAS: ERROS
Os erros são falhas na gestão, que fazem com que as
contas dos resultados apresentem valores inferiores.
Pontos de Risco
A falta de formação e de meios materiais
adequados para o tratamento da informação,
originam diferenças entre os fluxos físicos de
mercadoria e o fluxo de informação:
Quantidades e produtos incorretos (referência,
formato...)..
Deterioração dos produtos.
QUEBRAS: ERROS
Pontos de Risco

A preparação das encomendas;

Os processos de entrega e receção da mercadoria;

A gestão das devoluções e produtos estragados.


QUEBRAS: ERROS
A deterioração dos produtos acontece por não
existirem instalações adequadas que permitam:
Manter uma temperatura adequada para a
conservação dos produtos;

Execução de uma “paletização” correta.


QUEBRAS: ERROS
Procedimentos na prevenção e controlo dos
Erros
Recomenda-se:
A definição eficiente dos procedimentos mais
críticos;
O controlo sobre a execução dos mesmos;
A utilização eficiente das ferramentas
adequadas.
QUEBRAS: ERROS
Procedimentos na prevenção e controlo dos Erros
Recomenda-se:
A definição eficiente dos procedimentos mais críticos;
O controlo sobre a execução dos mesmos;
A utilização eficiente das ferramentas adequadas.
INVENTÁRIO

É uma relação de bens valorizada ao


preço de custo.

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OS DIFERENTES TIPOS DE
INVENTÁRIO

Um inventário pode ser classificado de diferentes


formas.
Uma delas é ser geral ou parcial, ou seja, se
abrange todas as existências ou apenas parte
delas.

CÉLIA MARTINS 56
OS DIFERENTES TIPOS DE
INVENTÁRIO

O inventário também pode ser classificado em


simples e classificado:
•Inventário simples: listagem dos elementos
patrimoniais sem qualquer ordem específica.
•Inventário classificado: os elementos
patrimoniais são agrupados pela sua natureza,
funções e caraterísticas.

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