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PESQUISA EM
ECONOMIA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
224 p. Ilustração
“Graduação - EaD”. Bruno de Camargo Pinhata
Gabriel Amaral
1. Técnicas. 2. Pesquisa . 3. Economia 4. EaD. I. Título. Marta Kakitani
Marcelo Goto
ISBN 978-85-459-1682-6
CDD - 22 ed. 330
CIP - NBR 12899 - AACR/2
http://lattes.cnpq.br/7867304750238505
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) aluno(a), meu nome é Marcela Gimenes Bera Oshita. Seja bem-vindo(a) à
nossa disciplina de Técnicas de Pesquisa em Economia. Você alguma vez já pensou que
ao final do curso terá que desenvolver um trabalho acadêmico? E que este trabalho aca-
dêmico precisa ser estruturado de forma científica? Talvez não.
Iniciaremos nosso estudo destacando o que é pesquisa, aspectos introdutórios e clas-
sificação em relação aos objetivos. Aprenderemos sobre as técnicas e métodos utiliza-
dos, em especial a importância da pesquisa em Ciências Econômicas. Trabalharemos
também a importância do planejamento, da formulação do problema e da hipótese de
pesquisa.
Pare e pense que nós, economistas, estamos sempre estudando a administração dos
recursos escassos, a atividade econômica, os processos de produção, acumulação, distri-
buição, circulação e consumo de bens e serviços, entre outros. Para que tenhamos êxito
em nossos estudos, precisamos entender de classificação de pesquisa, de técnica de
coleta de dados e amostragem. Também é importante conhecermos a diferença entre
pesquisas quantitativas e qualitativas, e como se apresentam os resultados.
Este livro, além de apresentar os métodos e as técnicas de pesquisa, auxiliará você
na elaboração das etapas do projeto e nas tipologias estrutura do trabalho científico.
Destaca-se que, os módulos trabalhados neste material não devem ser estudados ou
analisados de maneira isolada, mas de forma interligada e sempre que possível, vários
aspectos serão rememorados durante o nosso estudo, e ao longo do desenvolvimento
do seu projeto.
Além disso, você observará que no decorrer da leitura serão indicados elementos de
composição, como Saiba Mais, Reflita entre outros indicados para aprofundar e refletir
sobre o assunto tratado. Você ainda poderá pensar com o que quer trabalhar em sua
pesquisa e, assim, delinear hipóteses e técnicas que melhor se adequam ao tema de
sua escolha. De antemão, iniciar com um questionamento pode auxiliá-lo nos primeiros
passos dessa etapa de investigação: pense em uma pergunta central e, em seguida, ve-
rifique o que precisa ser feito para respondê-la. E para consegui atingir os objetivos pro-
postos nesta disciplina, utilize as referências que se encontram indicadas neste material
e atente-se às indicações de leituras complementares. Desejo-lhe bons estudos e muito
sucesso no desenvolvimento de trabalhos científicos!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
16 O Que é Pesquisa?
28 Hipóteses de Pesquisa
34 Trabalhos Científicos
39 Ética em Pesquisas
44 Considerações Finais
49 Referências
51 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE II
55 Introdução
56 Pesquisa Bibliográfica
60 Pesquisa Documental
63 Pesquisa Experimental
67 Levantamento de Dados
70 Pesquisa-Ação
73 Pesquisa Participante
76 Estudo de Coorte
78 Considerações Finais
83 Referências
84 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE III
87 Introdução
88 Planejamento da Pesquisa
94 Tipos de Perguntas
128 Referências
130 Gabarito
12
SUMÁRIO
UNIDADE IV
135 Introdução
149 Tabulação
180 Referências
182 Gabarito
UNIDADE V
185 Introdução
222 Referências
223 Gabarito
224 Conclusão
Pofessora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
I
PESQUISA, ASPECTOS INTRO-
UNIDADE
DUTÓRIOS E CLASSIFICAÇÃO
EM RELAÇÃO AOS OBJETIVOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Ensinar o que é pesquisa acadêmica.
■■ Instruir sobre as técnicas e métodos de pesquisa.
■■ Orientar a respeito da importância da pesquisa em Ciências
Econômicas.
■■ Explicar sobre a importância do projeto de pesquisa para orientar o
trabalho científico.
■■ Ensinar a desenvolver a hipótese de pesquisa.
■■ Preparar para realizar a classificação das pesquisas em relação a seus
objetivos.
■■ Orientar o discente sobre a importância da ética no desenvolvimento
de pesquisas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O que é pesquisa?
■■ O que são técnicas e métodos de pesquisa?
■■ Qual a importância da pesquisa em Ciências Econômicas?
■■ Importância do projeto de pesquisa
■■ Formulação do problema de pesquisa
■■ Hipóteses de pesquisa
■■ Classificação das pesquisas em relação aos seus objetivos
■■ Trabalhos científicos
■■ Ética em pesquisas
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O QUE É PESQUISA?
Vale destacar que existem dois tipos de pesquisa: a pura (básica) e a aplicada.
A pesquisa pura é destinada à investigação dos fenômenos na busca de des-
cobertas e de melhorias científicas úteis para o avanço da ciência, que podem
melhorar a vida das pessoas sem aplicação prática prevista, por exemplo: a teoria
da relatividade ou uma planta que cura o câncer. Já a pesquisa aplicada objetiva
gerar conhecimentos de aplicação prática, voltados às soluções de problemas con-
cretos, como por exemplo: aplicação da energia nuclear ou o desenvolvimento
de patentes de um remédio que utiliza a planta que cura o câncer.
De acordo com Quivy e Campenhoudt (1995), para desenvolver pesquisas,
é necessário, inicialmente, compreender a articulação da pesquisa, que passa por
três etapas: o processo de ruptura, de construção e de constatação.
O processo de ruptura está relacionado com a nossa “bagagem teórica”, ou
seja, grande parte das nossas ideias podem estar relacionadas a aparências ime-
diatas ou partidarismos: “eu quero fazer isso, pois eu acho isso”, normalmente
essas ideias são ilusórias ou até preconceituosas. Nessa perspectiva, o processo
de ruptura consiste em desfazer-se das eventuais ideias preconcebidas e com
as pérfidas evidências que nos dão a ilusão de compreender as coisas (QUIVY;
CAMPENHOUDT, 1995, p. 30).
O Que É Pesquisa?
18 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
possa ser realizada para se conhecer a realidade ou descobrir verdades “parciais”.
Dessa forma, a pesquisa científica normalmente é caracterizada por um
roteiro planejado seguido com rigor (o método científico) e pela utilização de
técnicas e procedimentos, em que todas as fases devem ser respeitadas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pois permitem a coleta de informações, às quais os pesquisadores de campo
ainda não têm acesso.
Fonte: Lume ([2018],on-line)1.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA EM CIÊNCIAS
ECONÔMICAS?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PESQUISA
Embora não haja regras fixas para elaboração de um projeto de pesquisa, visto
que sua estrutura será determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado e
pelos estilos, é importante destacar que o projeto deve ser detalhado, contendo
explicação do que estudará na pesquisa, quais as etapas que serão desenvolvi-
das e os recursos a serem alocados (GIL, 2010).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
terísticas, seus motivos e consequências, por exemplo: quais as causas da alta
concentração de renda e suas consequências?
Gil (2010, p. 8) ressalta outros exemplos que envolvem variáveis suscetíveis
de observação, como: “Em que medida a escolaridade influencia na preferência
político-partidária?”, “A desnutrição contribui para o rebaixamento intelectual?”
ou ainda, “A modalidade predominante de liderança tem a ver com a cultura
organizacional?”
Marconi e Lakatos (2006, p. 26) salientam que “o problema deve ser levantado,
formulado, de preferência em forma de interrogativa e delimitado com indica-
ções das variáveis que intervém no estudo de possíveis relações entre si”. Também
destacam que antes do problema ser considerado apropriado, o pesquisador deve
levar em consideração a viabilidade (pode ser resolvido por meio de pesquisa?),
relevância (traz conhecimentos novos?), novidade (está adequado ao estágio da
evolução científica?), exequibilidade (pode levar a conclusão válida?) e oportu-
nidade (atende aos interesses particulares e gerais?). Além disso, é importante
ressaltar que o problema deve ser claro e preciso, uma vez que deve ser respon-
dível, não sendo portanto uma pergunta vaga, conforme Gil (2010, p. 11) cita:
“como funciona a mente? ”, “os cavalos possuem inteligência?”. Nesse caso seria
melhor reformular a primeira pergunta: “que mecanismos psicológicos podem
ser identificados no processo de memorização?” e “como saber se os cavalos pos-
suem inteligência?”, isso vai depender de como se define inteligência em cavalos.
Estão expostos, no Quadro 2, exemplos de problemas de pesquisas científicas:
HIPÓTESES DE PESQUISA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tada para determinar sua validade, uma
vez que os resultados da pesquisa pode-
rão comprovar ou rejeitar a hipótese
(MARCONI; LAKATOS, 2006).
Vergara (2003) destaca que as hipóteses são antecipações da resposta de um
problema, que, em geral, estão mais associadas à investigação via procedimen-
tos estatísticos. As hipóteses estatísticas são elaboradas de forma nula (H0) ou
alternativa (H1):
Problema de pesquisa: o nível de escolaridade afeta a distribuição de renda
de um país?
Assim, uma hipótese e/ou suposição deve ser: uma afirmação (uma hipótese é
uma afirmação sobre algo), simples (escrita em linguagem simples), sujeita à
negação (passível de ser negada) e consistente (não deve estar se contradizendo,
ou contradizendo um conhecimento teórico amplo). Sampieri et al (2013) des-
taca que existem diversas formas de classificar hipóteses: de pesquisas, nulas,
alternativas, estatísticas etc.
As hipóteses de pesquisa são definidas entre duas ou mais variáveis e devem
satisfazer cinco requisitos (H1, H2, H3, H4, H5), denominados de hipóteses de tra-
balho (SAMPIERI et al, 2013), conforme apresentado no Quadro 4.
Hipóteses de Pesquisa
30 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
H3: “para maior atração física, maior equidade”
H4: “para maior confiança, maior proximidade física”
H5: “para maior confiança maior equidade”
H6: “para maior proximidade física, maior equidade”
Hipóteses de diferença entre Hi: “os adolescentes dão mais importância aos
grupos atrativos físicos em suas relações de casal do que
as adolescentes.”
Hipóteses que estabelecem Hi: “um clima organizacional negativo cria níveis
relação de causalidade baixos de inovação nos empregados”.
Fonte: adaptado de Sampieri et al (2013, p. 118, 119).
Hi: “o candidato A vai obter na eleição para presidência do conselho escolar entre
50 a 60% do total de votos.”
H0: “o candidato A não vai obter na eleição para presidência do conselho escolar
entre 50 a 60% do total de votos.”
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ha: “o candidato A vai obter na eleição para presidência do conselho escolar mais
de 60% do total de votos.”
Ha: “o candidato A vai obter na eleição para presidência do conselho escolar me-
nos de 50% do total de votos.”
Fonte: adaptado de Sampieri et al (2013, p. 125).
Toda pesquisa tem seus objetivos, assim, antes de iniciar qualquer estudo deve-
mos conhecê-los. Este tópico tratará das classificações das pesquisas em relação
aos seus objetivos, como exploratórias, descritivas e explicativas.
PESQUISAS EXPLORATÓRIAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
momento, exibem apenas características exploratórias, pois pouco se sabe a res-
peito do que irá explorar. Normalmente, seu planejamento é flexível e envolve
levantamento bibliográfico e estudo de caso.
Nessa perspectiva, em pesquisas exploratórias não há formulação de hipó-
teses, visto que os métodos empregados são levantamentos de experiências,
levantamentos em fontes secundárias, estudos de casos selecionados e obser-
vação informal.
PESQUISAS DESCRITIVAS
PESQUISAS EXPLICATIVAS
Assim, para Gil (2010), as pesquisas explicativas são caracterizadas como expe-
rimentais e ex-post facto. O autor ressalta que esse tipo de pesquisa pode ser a
continuação da descritiva, visto que a identificação de fatores que determinam
um fenômeno exige que seja descrito e detalhado.
TRABALHOS CIENTÍFICOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conforme as as normas e fins para que se
destinam e ainda serem inéditos, o que con-
tribui para ampliação do conhecimento, para
compreensão dos problemas e, até mesmo, ser-
vem de base para outros trabalhos (MARCONI; LAKATOS, 2006).
ARTIGOS
Caro(a) aluno(a), ao observar a Figura 1, você verá que o artigo possui, abaixo do
título, os nomes dos autores, o resumo, abstract e as palavras-chaves em português e
inglês, bem como o currículo dos autores, lembrando que o artigo é composto tam-
bém de introdução, desenvolvimento, conclusão e referências utilizadas.
Os artigos têm como característica serem completos, o que permite ao leitor
replicar o trabalho em outras amostras ou até na mesma, caso queira compro-
var sua veracidade. Esses trabalhos apresentam temas originais ou revisão de
artigos já publicados.
Trabalhos Científicos
36 UNIDADE I
MONOGRAFIAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como é um trabalho inicial, possibilita que o aluno desenvolva a sua capa-
cidade de coletar, organizar, descrever as relações obtidas com a pesquisa e
apresentar conclusões, tendo como finalidade descobrir e redescobrir a verdade,
expondo interpretações e relações entre os fenômenos e como eles ocorrem.
Veja na Figura 2 a estrutura de trabalho comumente exigida nas monografias,
dissertações e teses que envolvem elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
ESTRUTURA TRABALHO PARA
MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E TESES
Capa (obrigatório)
Lombada (opcional)
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimento (opcional)
Elementos
Epígrafe (opcional)
Pré -textuais
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
Elementos
Desenvolvimento
Textuais
Conclusão
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice(s) (opcional) Pós-textuais
Anexo(s) (opcional)
Índice (opcional)
Figura 2 - Estrutura de trabalho de monografias, dissertações e teses
Fonte: Richardt e Lopes (2007, p. 13).
DISSERTAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Trabalhos Científicos
38 UNIDADE I
TESES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
com a ABNT, NBR 14724:2005, tese é:
documento que representa o resultado de um trabalho experimental
ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimi-
tado. Deve ser elaborado com base em investigação original, cons-
tituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É
feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção
do título de doutor, ou similar (ABNT, p.3).
RELATÓRIO DE PESQUISA
Para elaborar o relatório existem etapas que precisam ser seguidas, por meio
de planejamento, seleção e coleta de dados, e análise. Diante disso, para apresen-
tar os resultados é importante realizar uma introdução do relatório, apresentando
as justificativas para sua elaboração e explicando o objeto de pesquisa.
Em seguida, é o momento de descrever o aparato teórico em que se está
amparado a pesquisa, e o método do trabalho realizado, de forma que os leitores
possam compreender facilmente. Finaliza-se o relatório mostrando os resulta-
dos práticos alcançados e a conclusão da pesquisa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÉTICA EM PESQUISAS
Ética em Pesquisas
40 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gação dos dados científicos, transcrever de forma cuidadosa os resultados a fim
de evitar erros, analisar e interpretar de forma independente, sem influências,
descrever e compartilhar os métodos utilizados para alcançar os resultados, de
forma que outras pessoas consigam replicar o estudo, buscar fontes de infor-
mação seguras para utilização de dados e ideias, e terem, também obrigações
morais para com a sociedade em geral.
Considera-se uma má conduta científica a invenção de dados ou informa-
ção e a alteração de resultados observados, gerando informações tendeciosas
durante o desenvolvimento da pesquisa. Vale frisar: se você tem uma postura
intencional em copiar algo da internet e não citar a fonte de onde foi extra-
ído aquilo, quem escreveu está desrespeitando o autor, tendo assim uma má
conduta científica.
Se você desenvolve algo na pesquisa que não pode ser divulgado, por
demonstrar alguma falha nos dados e/ou informações, analise se está
sendo ético.
Fonte: a autora.
Portanto, se você apresenta algo feito por outra pessoa como sendo da sua própria
autoria, seja um texto, uma obra, um artigo, uma música, etc., a ação denomina-
-se plágio. Por exemplo, ao escrever e não citar o autor ou a fonte de onde aquilo
foi tirado, estará fraudando o autor que escreveu anteriormente, como se você
estivesse reivindicando uma autoria que não é sua.
Para evitar o plágio é importante que ao desenvolver uma pesquisa o autor
sempre cite a fonte, visto que ao fazer isso seu trabalho ficará fundamentado.
Por exemplo, ao desenvolver um trabalho com o objetivo de analisar a adminis-
tração financeira de uma pequena empresa, é importante que a parte teórica (o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ética em Pesquisas
42 UNIDADE I
Para que não se configure crime é importante dar crédito a quem escreveu a
ideia, por meio de citação, seja ela direta ou indireta. A citação direta sempre
aparece com aspas e pode ser realizada de duas formas, conforme apresentado
no Quadro 8:
Quadro 8: Citação direta
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
informações sobre a empresa bem como da economia”.
Fonte: a autora.
1. O preço dos títulos de valores mobiliário das empresas que operam no mer-
cado de capitais depende das informações sobre a companhia e de situações
econômicas (OSHITA; SANCHES, 2016).
2. Segundo Oshita e Sanches (2016, p. 148), o preço dos títulos de valores
mobiliário das empresas que operam no mercado de capitais depende das
informações sobre a companhia e de situações econômicas.
Fonte: a autora.
Ética em Pesquisas
44 UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, conseguimos ver fundamentos que talvez você não tenha conhe-
cido durante a sua formação. Tivemos uma visão geral sobre pesquisa, aspectos
introdutórios e classificação em relação aos objetivos. Vimos que na prática a ati-
vidade de pesquisa é envolta por um conjunto de conceitos que são necessários
para que o problema pesquisado seja sistematicamente planejado e organizado.
Vimos que a metodologia de pesquisa proporciona uma visão detalhada
de todos os aspectos que envolvem a pesquisa, por meio de métodos e técnicas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que possibilitam que o conhecimento gerado seja reconhecido como científico.
Aprendemos que desenvolver pesquisa envolve a procura por respostas
de um determinado problema, como uma atividade inerente à construção do
conhecimento, isto é, da ciência, como se fosse um processo que se inicia, mas
permanece inacabado. Assim, fazer ciência possibilita uma compreensão da rea-
lidade, ou seja, o porquê das coisas.
Verificamos também que no conceito de pesquisa não existe “achismo”, uma
vez que você precisa utilizar as metodologias científicas para que seu trabalho
seja considerado uma ciência. Descobrimos então, que para uma pesquisa ser
considerada científica é importante conhecer as técnicas e métodos para o seu
desenvolvimento.
Aprendemos que não podemos solucionar problemas de pesquisas de forma
genérica, mas sim, detalhadamente, a fim de obter respostas coerentes e organi-
zadas. Vimos também a importância da formulação de hipóteses.
Esta unidade pôde proporcionar uma visão sobre os aspectos da pesquisa,
técnicas e métodos empregados em seu desenvolvimento, bem como a importân-
cia da utilização de metodologia para ter o trabalho reconhecido como científico,
além de permitir o conhecimento de diversos tipos de trabalhos científicos e a
importância da ética no desenvolvimento da pesquisa.
5. De acordo com Vargas (2013), a ética define o que é certo e errado, e tem como
objetivo balizar as atuações humanas. Sendo assim, se você desenvolve pes-
quisa científica precisa ter responsabilidades éticas. Sobre essa afirmativa, assi-
nale a alternativa correta.
a) O pesquisador pode lesar o trabalho coletivo.
b) Para ser ético em pesquisa é necessário ter honestidade na divulgação dos
dados científicos.
c) Para ser ético em pesquisa não é necessário divulgar os métodos utilizados
para chegar ao resultado.
d) Considera-se uma boa conduta científica a invenção de dados ou informa-
ções.
e) É ético copiar algo da internet sem referenciar.
47
Você sabia que o método científico é funda- Assim, parte-se da afirmação geral, como
mental para iniciar e concluir uma pesquisa uma lei, para se chegar à conclusão. Porém,
e que, por isso, precisa ser delimitado?As- a validade da conclusão depende da análise
sim, vamos aprender que a investigação da validade das premissas e da abrangên-
econômica aborda a realidade por meio cia e relevância da conclusão. Se você parar
de quatro métodos científicos: o analítico, para analisar a escola clássica de Adam
o dedutivo, o indutivo e o dialético. Smith, David Ricardo e Thomas Malthus
isso pode ser tratada como dedutivo.
O método analítico analisa o objeto de
pesquisa por partes e elementos inter- Por outro lado, o método indutivo parte do
nos e externos que lhe condicionam a particular para o todo, por meio de gene-
buscar uma relação entre causa e efeito. ralizações. Esse método permite acumular
Por exemplo: a redução da inflação gera experiências, realizar determinadas obser-
desemprego. Essa análise pode ser em vações da realidade, verificar a evidência
menor ou maior nível de detalhamento, da classificação e comparar para chegar
isso vai depender da natureza do objeto às generalizações. Por exemplo: Sócrates
de pesquisa. A análise deve ser realizada é mortal, Aristóteles é mortal e Epicuro é
segundo os limites da condição prática da mortal.Todos eles, Sócrates, Platão, Aris-
pesquisa enquanto pesquisado. tóteles e Epicuro são homens, logo, os
homens são mortais. Observe que a gene-
O método dedutivo trata-se do alcance de ralização é o ponto de chegada, não o de
um resultado pela lógica a partir de pre- partida, pois esse inicia do particular para
missas dadas. Nessa perspectiva, deve-se o todo.
ter um rigor na construção do raciocínio e
de demonstrações lógicas, saindo do geral As afirmações do método indutivo são de
para o particular. Exemplo: analisar a influ- natureza probabilística, ou seja, uma ver-
ência de uma redução nos salários e um dade provável. Com o método indutivo, o
aumento do emprego no setor de serviços. positivismo criticou a escola clássica por
As premissas normalmente são inques- ser subjetiva.
tionáveis, os salários representam custos
para empresa, logo, uma variação no salá- Assim, a dedução ficaria a cargo da eco-
rio afeta o custo. Outro exemplo do método nomia pura, relacionada às premissas
dedutivo: a independência do banco cen- fundamentais da economia e a indução esta-
tral é necessária para um sistema monetário ria voltada à economia aplicada, centrada
estável. Entretanto se o banco central não na pesquisa de determinados contextos,
é independente, conclui-se que o sistema sociais e históricos, em que o fenômeno
bancário do país não é estável. econômico ocorre.
REFERÊNCIA ONLINE
1 Em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/65209/Resu-
mo_25652.pdf?sequence=1>. Acesso em: 28 jan. 2018.
2 Em: <http://www.economia.ufpr.br/?q=node/152>. Acesso em: 28 jan. 2018.
3 Em: <http://www.leonarde.pro.br/problema.pdf>. Acesso em: 28 jan. 2018.
4 Em: <http://pesquisatec.com/new-blog/2014/5/13/como-construir-uma-hipte-
se-de-trabalho-e-apresentar-bem-a-sua-pesquisa>. Acesso em: 28 jan. 2018.
51
GABARITO
1. Alternativa C.
2.
1. Formulação do problema.
2 . Construção de hipóteses.
3. Identificação do tipo de pesquisa.
4. Operacionalização das variáveis.
5. Seleção da amostra.
6. Elaboração dos instrumentos e determinação das estratégias de coleta de dados.
7. Determinação do plano de análise dos dados.
8. Previsão da forma de apresentação dos resultados.
9. Cronograma de execução da pesquisa.
10. Determinação dos recursos humanos, materiais e financeiros a serem alocados.
3. As monografias são trabalhos científicos iniciais, que se referem a trabalhos de
conclusão de cursos de graduação, em que dá oportunidade aos estudantes
para explorar temas ou problemas com diferentes níveis de profundidade. A
dissertação é um trabalho acadêmico que tem como finalidade a obtenção do
título de mestre. É um trabalho mais extensivo e exige maior reflexão do que
uma monografia e deve cumprir as exigências do trabalho científico monográfi-
co, com relação à estrutura, contudo, é um tipo de trabalho exigido no mestrado,
para fins de conclusão do curso. A tese se distingue da dissertação pois contribui
para o avanço científico na área em que o estudo se realiza. Ao elaborar a tese
o doutorando deve inovar na ideia, ou no método aplicado para chegar a uma
conclusão do seu trabalho.
4. Alternativa A.
5. Alternativa B.
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
II
CLASSIFICAÇÃO DE
UNIDADE
PESQUISA EM RELAÇÃO AOS
PROCEDIMENTOS ADOTADOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Preparar para identificar e realizar uma pesquisa documental.
■■ Explicar o que é a pesquisa experimental.
■■ Instruir o aluno sobre estudo de caso e casos múltiplos, bem como as
diferenças de cada um.
■■ Habilitar o aluno a identificar e realizar uma pesquisa de
levantamento de dados.
■■ Ensinar sobre as características de pesquisa-ação.
■■ Instruir o aluno sobre as características da pesquisa participante.
■■ Ensinar sobre as características da pesquisa ex-post facto.
■■ Instruir sobre as características de estudos de coorte.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Pesquisa Bibliográfica
■■ Pesquisa Documental
■■ Pesquisa Experimental
■■ Estudo de Caso e Casos Múltiplos
■■ Levantamento de Dados
■■ Pesquisa-ação
■■ Pesquisa Participante
■■ Pesquisa Ex-post Factos
■■ Estudo de Coorte
55
INTRODUÇÃO
e essência da pesquisa.
Você ainda conhecerá a pesquisa bibliográfica, que se desenvolve a partir de
materiais já elaborados, constituída, por exemplo, por livros e artigos científicos.
A pesquisa documental, semelhante à pesquisa bibliográfica, utiliza materiais
sem tratamento analítico e que podem ser reelaborados de acordo com a fina-
lidade da pesquisa.
Teremos como assunto, ainda, a pesquisa experimental, que consiste em
determinar um objeto de estudo e identificar as variáveis capazes de influenciá-
-lo, o estudo de caso, que proporciona certa vivência da realidade, e a técnica de
levantamento de dados, que tem por função a interrogação direta das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer.
Sobre o tema pesquisa-ação, você vai passar a entender que ela se trata de
uma pesquisa realizada de forma estreita com uma ação, em que os participan-
tes e o pesquisador estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Já a
pesquisa participante é uma atividade de pesquisa orientada para ação e a pes-
quisa ex-post facto parte de um fato passado. Temos ainda o estudo de coorte,
que analisa grupos de indivíduos expostos e não expostos a uma determinada
situação ao longo do tempo.
Agora que já conhecemos o contexto sobre as formas de realizar pesquisa,
quero convidá-lo(a) a continuar em nossa jornada de estudos. Nesta unidade
proponho a reflexão sobre o método de desenvolvimento de pesquisas nas ciên-
cias econômicas.
Introdução
56 UNIDADE II
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção é feita com base em algum critério
que, neste caso, abriga um conjunto
de técnicas de coleta de dados.
Pois bem, agora vamos apren-
der o que é pesquisa bibliográfica,
documental e experimental, o que é um estudo de caso e casos múltiplos e as
diferenças que caracterizam cada um. Você aprenderá ainda sobre pesquisa de
levantamento de dados, pesquisa-ação, pesquisa participante, pesquisa ex-post
facto e estudos de coorte.
De acordo com, a etimologia grega da palavra bibliografia, biblio significa
livro e grafia, descrição e/ou escrita, ou seja, entendemos que se trata de um
estudo de textos. Por certo, a pesquisa bibliográfica é realizada com base em
livros, artigos científicos, teses e outros documentos, isto é, a partir de materiais
já existentes. Para seu desenvolvimento é necessário realizar a atividade de loca-
lização e consulta das fontes diversas de informações orientadas pelo tema, que
consiste na coleta de materiais mais específicos ou mais genéricos a respeito de
um tema (LIMA, 2008).
Falando em tema, ao realizar uma pesquisa bibliográfica, você deve pen-
sar: o que exatamente quero pesquisar? Onde posso procurar? São questões que
poderão conduzir a sua pesquisa. Tenha em mente que você deve montar uma
estratégia de como pesquisar, onde procurar e como refinar a sua pesquisa.
De acordo com Gil (2010), a principal vantagem da pesquisa bibliográfica é
que permite ao pesquisador ter acesso a uma gama de informações ou fenôme-
nos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Pense
que você precise de dados que estão muitos dispersos no território brasileiro, e
seria impossível percorrer o país todo buscando coletá-los, por exemplo, dados
sobre a população, renda, estudos históricos (GIL, 2010).
Se os dados não forem de fontes confiáveis podem comprometer os resul-
tados da pesquisa, isto é, muitas vezes os dados secundários podem apresentar
erros por serem processados de forma equivocada (GIL, 2010).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pesquisa Bibliográfica
58 UNIDADE II
Lima (2008) ressalta que apesar de utilizar um material já existente para fun-
damentar o trabalho que está sendo desenvolvido é importante esgotar as buscas
nas bases científicas, pois são resultadas de esforços contínuos dos homens para
interpretar o meio em que vivem. Assim, você, pesquisador, terá conhecimento
de toda base científica do assunto estudado que lhe permitirá trazer contribui-
ções novas a partir de sua pesquisa, isto é, você conhecerá o que deu certo e o
que não deu, e com base nisso, propor novas soluções.
Nesse contexto, você pode perceber que a ciência é reconhecida como um conhe-
cimento provisório, histórico e inacabado, e precisa de um esforço contínuo para
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
atualização, correção e aprofundamento (LIMA, 2008). Por isso, a metodologia de
pesquisa é uma técnica que visa minimizar eventuais equívocos em estudos científi-
cos e, ao mesmo tempo, otimizar a validade dos resultados alcançados (LIMA, 2008).
Assim, ao desenvolver uma pesquisa você não “partirá do zero”, isto é, poderá
consultar o que já foi desenvolvido, para conhecer os conceitos sobre o assunto,
teorias e conclusões que já fizeram parte de um estudo, consequentemente, você
construirá uma fundamentação teórica em sua pesquisa capaz de trazer elemen-
tos que reforçam os conhecimentos já encontrados, interpretar e compreender
novos fenômenos (LIMA, 2008).
É importante destacar que uma pesquisa bibliográfica bem feita não deve
ser baseada em um único autor. É necessário reunir um conjunto de autores, de
preferência renomados no assunto, com conteúdo que possa servir de base para
a discussão teórica. Portanto, para que a pesquisa tenha credibilidade, ao desen-
volver uma fundamentação teórica sobre determinado conteúdo, não se pode
esquecer de utilizar como referência o principal autor do tema.
A etapa de seleção do material bibliográfico é crítica, no sentido de que, com
o acesso à internet, normalmente encontramos um volume grande de material
em escala mundial. Diante disso é necessário estabelecer critérios para selecionar
os materiais mais importantes. Lima (2008) afirma que normalmente os pesqui-
sadores sofrem mais com o excesso de informação do que com a escassez. Nessa
perspectiva, a autora destaca alguns critérios que podem contribuir nesse processo:
■■ Priorizar os títulos originais em detrimento das traduções.
■■ Priorizar os trabalhos originais em detrimento da releitura desses auto-
res elaboradas por terceiros.
■■ Ler obras mais gerais, para depois chegar às obras mais específicas.
■■ Evitar ensaios, pois tendem a traduzir a perspectiva do autor, sem ter a
obrigação de apoiar em referenciais bibliográficos.
■■ Os materiais de natureza jornalística só servem para ilustrar o raciocínio
construído e jamais para fundamentar argumentos ou conclusões alcançadas.
■■ Não desprezar o valor dos artigos publicados em periódicos técnico-cien-
tíficos indexados em anais de eventos, uma vez que podem representar
materiais mais atualizados.
■■ Dar prioridade para autores renomados no assunto, e de preferência reco-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nhecidos mundialmente.
■■ Caso não conheça o autor, considerar seu currículo, suas produções aca-
dêmicas anteriores e posteriores aquele trabalho. Verificar o quanto o seu
trabalho foi citado por outros autores.
■■ Analisar também a qualidade das referências utilizadas pelo trabalho que
se tem como base para pesquisa.
■■ Investir em tempo de estudos para ampliar os conceitos sobre o assunto
e sobre os principais autores referenciais.
Pesquisa Bibliográfica
60 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pense que para sua pesquisa ficar robusta seria importante realizar uma re-
visão sistemática da literatura.
PESQUISA DOCUMENTAL
país antiuniversitário.
• A compreensão da cultura empresarial brasileira por meio de biografias de
empreendedores brasileiros.
Fonte: Lima (2008, p. 57).
Pesquisa Documental
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
produzidos com objetivo de servir de fonte de informação para pesquisas so-
ciais. Neste caso, o material explorado pode suscitar a ocorrência de diferentes
vieses que merecem ser enfrentados pelo pesquisador.
• A inexistência de um formato padrão em tais documentos dificulta sobrema-
neira o seu tratamento (pré-análise, análise e análise de resultados).
• É difícil o estabelecimento de critérios capazes de validar as escolhas dos
documentos que podem efetivamente contribuir para a fundamentação de
discussões travadas ao longo da pesquisa. Nesse sentido, a questão reside em
saber até que ponto os documentos acessíveis ao pesquisador são de fato os
mais relevantes, os mais confiáveis e os mais significativos sobre o que está
sendo investigado.
• Ao adotar a técnica de análise de conteúdo de cunho quantitativo, torna-se
indispensável considerar que os documentos dificilmente constituem amostras
quantitativamente representativas do fato/fenômeno investigado.
Fonte: Lima (2008, p. 59-60).
PESQUISA EXPERIMENTAL
Pesquisa Experimental
64 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que proíbe a manipulação, como colocar alguém em situação de estresse para
verificar sua saúde mental.
definidas”.
Ainda, de acordo com Yin (2005, p. 33) a investigação de estudo de caso:
enfrenta uma situação tecnicamente única que haverá muito mais vari-
áveis de interesse do que pontos de dados, e, como resultado, baseia-se
em várias fontes de evidências, com os dados precisando convergir em
um fenômeno de triângulo, e, com outro resultado, beneficia-se do de-
senvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e
análise dos dados (YIN, 2005, p. 33).
Gil (2008) destaca que o estudo de caso tem como característica o estudo pro-
fundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de forma detalhada, isto é, busca
retratar a realidade de forma completa, evidenciando a interpretação ou aná-
lise do objeto no ambiente em que se encontra. Para Yin (2005, p. 33), “esse
metódo como estratégia de pesquisa compreende um método que abrange tudo”,
é uma das formas mais desafiadoras de fazer pesquisas em ciências sociais. De
acordo com o autor, o estudo de caso permite uma investigação para preservar
as características dos acontecimentos da vida real. Para Gil (2008),
■■ Permite explorar condições cujos limites não estão claramente definidos;.
■■ Concede a condição de preservar o caráter unitário do objeto estudado;.
■■ Aprova a descrição da situação do contexto em que está sendo realizada
uma determinada investigação.
■■ Permite formular hipóteses ou desenvolver teorias.
■■ Auxilia na explicação de variáveis causais em situações complexas que
não permitam o uso de levantamentos e experimento.
O estudo de caso pode ser único ou múltiplo. Em exceções a pesquisa pode ser
justificada quando o caso representa um teste de uma teoria existente, uma cir-
cunstância rara ou exclusiva, um caso típico ou representativo ou quando um
caso seja revelador ou longitudinal (YIN, 2005). Já os estudos de casos múltiplos
devem seguir uma lógica de replicação e não de amostragem, e o pesquisador
deve escolher, de criteriosamente, cada caso.
Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma
entidade bem definida como um programa, uma instituição, um siste-
ma educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em
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profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que
se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que
há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende
intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o per-
cebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva
interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto
de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa
simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível
completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investi-
gador. (FONSECA, 2002, p. 33).
LEVANTAMENTO DE DADOS
Levantamento de Dados
68 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Conhecimento da realidade de forma direta. A investigação torna-se
mais livre de interpretações e calcadas no subjetivismo dos pesquisadores
na medida em que as próprias pessoas informam sobre seus comporta-
mentos, crenças e opiniões.
b) Economia e Rapidez. Os dados são obtidos mediante questionários,
tornando os custos relativamente baixos, num curto período de tempo,
desde que se tenha uma equipe de entrevistadores, codificadores e tabu-
ladores devidamente treinados.
c) Quantificação. As variáveis podem ser quantificadas, permitindo o uso
de correlações e outros procedimentos estatísticos, pois, os dados obti-
dos em levantamento podem ser agrupados em tabelas, possibilitando
sua análise estatística.
Gil (2010) destaca ainda as principais limitações dos levantamentos, que são:
a) a ênfase nos aspectos perceptivos, o que pode resultar em dados distorci-
dos, visto que há diferenças entre o que as pessoas fazem ou sentem e o que
elas dizem a esse respeito. Para contornar esse problema, pode-se omitir as
perguntas que a maioria das pessoas não sabe ou não quer responder, e por
meio de perguntas indiretas, controlar as respostas fornecidas.
b) a pouca profundidade no estudo da estrutura e dos processos sociais,
em que os levantamentos mostram-se pouco adequados para a investi-
gação profunda desses fenômenos.
c) restrita apreensão do processo de mudança, na qual o levantamento
normalmente proporciona visão estática do fenômeno estudado, isto é,
não indica tendências.
Não obstante, Gil (2008, p. 122), destaca também que a utilização do questioná-
rio apresenta limitações como:
a) Excluir as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas cir-
cunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investi-
gação.
b) Impedir o auxílio ao informante quando este não entende correta-
mente as instruções ou perguntas.
c) Impedir o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido,
o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas.
d) Não oferecer a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no
devidamente preenchido, o que pode implicar na significativa dimi-
nuição da representatividade da amostra.
e) Envolver, geralmente, número pequeno de perguntas, porque é sa-
bido que questionários muito extensos apresentam alta probabilida-
de de não serem respondidos.
Levantamento de Dados
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a fim de obter uma maximização na verificação dos seus objetivos.
PESQUISA-AÇÃO
Pesquisa-Ação
72 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pecífico numa situação específica a fim de adquirir relevância na prática dos
resultados.
Também é autoavaliativa, ou seja, as modificações introduzidas na prática
são avaliadas constantemente durante o processo de intervenção, e cíclica,
isto é, as fases iniciais são utilizadas para aprimorar os resultados das fases
anteriores.
Fonte: Engel (2000, p.184).
PESQUISA PARTICIPANTE
Pesquisa Participante
74 UNIDADE II
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O pesquisador, ao realizar uma observação participante, deve se preparar
de forma que as fases abordagem sejam devidamente planejadas. Para isso
ele deve:
• Aproximar-se do grupo social a ser observado e garantir aceitação e
confiança.
• Conhecer o grupo a ser observado por meio de uma visão de conjunto do
coletivo, buscando conhecer sua história de vida, realizar o levantamento
de dados em documentos, conhecer pessoas e/ou instituições relevantes
e escrever no diário de campo as observações relevantes do cotidiano do
grupo em estudo.
• Sistematizar e organizar os dados, isto é, a análise dos dados deve infor-
mar ao pesquisador sobre a situação real do grupo e da percepção que
esse possui de seu estado.
Fonte: Queiroz et al (2007).
Caro(a) aluno(a), para realizar uma pesquisa ex-post facto você pode utili-
zar dados de registro e recenseamento, como dados demográficos (nasci-
mento, casamentos, óbitos etc.), dados sobre criminalidade (por faixa etária,
região, sexo), dados educacionais (matrículas, aprovação e evasão), dados
sobre saúde, eleitorais, atividade comercial e industrial, número de veículos
automotores, emprego e desemprego, entre outros.
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESTUDO DE COORTE
foram expostas ou não a uma determinada condição. Esse metódo, para utiliza-
ção na área da economia da saúde, tem como vantagem a apresentação de dados
mais semelhantes aos da população em geral.
Estudo de Coorte
78 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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do objeto de estudo, isto é, do que se busca pesquisar. Aprendemos que a pes-
quisa bibliográfica é constituída por materiais já elaborados como livros e artigos
científicos.
Descobrimos que a pesquisa documental utiliza materiais que não pos-
suem um tratamento analítico e que podem ser reelaborados de acordo com a
finalidade da pesquisa. Passamos a compreender também que a pesquisa expe-
rimental consiste em determinar um objeto de estudo, e identificar as variáveis
capazes de influenciá-lo. O estudo de caso proporciona certa vivência da reali-
dade de forma profunda e intensa.
Juntos podemos ver que a técnica de levantamento de dados é a interroga-
ção direta às pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Em seguida vimos
que a pesquisa-ação é uma pesquisa realizada de forma estreita com uma ação
em que os participantes e o pesquisador estão envolvidos de modo coopera-
tivo ou participativo, e que a pesquisa participante é uma atividade de pesquisa
orientada para ação.
Por último, observamos que a pesquisa ex-post factos parte de um fato
passado e que o estudo de coorte analisa grupos de indivíduos expostos e não
expostos a uma determinada situação ao longo do tempo.
Agora que você já conhece o as técnicas para a realização de uma pesquisa,
quero instigá-lo (a) a começar a pensar em uma questão de pesquisa e tentar
encaixar alguns dos métodos estudados neste tópico como uma técnica a ser uti-
lizada no desenvolvimento do seu trabalho. Vamos lá?
Pesquisa Bibliométrica
Caro(a) aluno(a), você já ouviu falar da pesquisa bibliométrica? Pois bem, se você nunca
ouviu falar vamos conhecê-la e, caso já conheça, vamos nos aprofundar no assunto.
Compendex, Web of Science, Scopus (da dados. Não se preocupe, pois os objetivos
Elsevier, entre outras). propostos definirão os recursos estatísti-
cos mais apropriados ao estudo. Por fim,
A terceira etapa se refere à escolha da ferra- a quarta etapa é a de coleta de dados e
menta a ser utilizada na busca e o aplicativo a última é a de tratamento de dados, que
estatístico de apoio para tratamento de demanda análise estatística.
1. Alternativa A.
2. Alternativa D.
3. A pesquisa documental é semelhante à pesquisa bibliográfica. Entretanto, a di-
ferença entre elas está na natureza das fontes de coleta de dados, pois, enquan-
to a bibliográfica emprega autores como base, a documental utiliza materiais
que não empregam um tratamento analítico e que podem ser reelaborados de
acordo com a finalidade da pesquisa. Assim, o desenvolvimento da pesquisa
documental segue os mesmos passos da bibliográfica. Contudo, enquanto na
bibliográfica as fontes são construídas por um material impresso e localizado, na
documental as fontes são mais dispersas e muito mais diversificadas.
4. A pesquisa-ação consiste na elucidação da relação entre os objetivos de pesqui-
sa e os objetivos da ação, por meio de uma forma de ação planejada, de caráter
social, educacional e técnico. A pesquisa participante envolve posições valora-
tivas, derivadas, do humanismo cristão e de concepções marxistas, comprome-
timento com a minimização das desigualdades sociais, sobretudo em investi-
gações voltados para a ação comunitária, junto a grupos mais desfavorecidos.
Assim, na pesquisa-ação o grupo que está sendo pesquisado conhece os obje-
tivos do estudo e participa do processo de realização. Na pesquisa participante
o pesquisador se insere no grupo observado, de forma autônoma, e pode ser
camuflado ou conhecido.
5. A diferença mais importante entre as duas modalidades é que na pesquisa ex-
-post facto o pesquisador não tem controle sobre a variável independente, por-
que o fenômeno já ocorreu (GIL, 2010). O autor destaca ainda que o delinea-
mento da pesquisa ex-post facto não garante que as conclusões sobre causa e
efeito sejam seguras.
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
TÉCNICA DE COLETA DE
III
UNIDADE
DADOS E AMOSTRAGEM
Objetivos de Aprendizagem
■■ Ensinar a realizar o planejamento de pesquisa.
■■ Preparar o aluno para desenvolver os tipos de perguntas para
pesquisa.
■■ Habilitar o discente a realizar o levantamento de dados.
■■ Instruir sobre amostra e tipos de amostragem.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Planejamento da Pesquisa
■■ Tipos de Perguntas
■■ Métodos de Levantamento
■■ Amostra e Tipos de Amostragem
87
INTRODUÇÃO
Introdução
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Caro(a) aluno(a), esta unidade lhe permitirá a começar a entender como realizar
a primeira etapa da pesquisa, o planejamento, que é o ato ou o efeito de plane-
jar. Vamos aprender também ao longo da unidade sobre os tipos de perguntas a
serem realizadas em uma pesquisa, além dos métodos de levantamento de dados
e amostra, e tipos de amostra.
Pense que antes de planejar uma pesquisa, é necessário escolher um tema,
que por sinal, é vasto nas ciências econômicas., assim a dificuldade está em deci-
dir por um deles. Entretanto, vale destacar que, no momento que você seleciona
um tema, deve se fixar-se nele, de forma prioritária. Assim, o tema da pesquisa
é qualquer assunto que precise de definições melhores do que as que já existem
sobre ele (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
Os motivos que podem levar um pesquisador a formular questões de pes-
quisas são de dois tipos: intelectuais, voltadas para o desejo de conhecer mais, e
práticas, baseadas no desejo de conhecer algo melhor ou mais eficiente (CERVO;
BERVIAN; SILVA, 2007).
O tema pode surgir de um interesse pessoal ou profissional, que, normal-
mente, vem de uma dúvida para, assim, procurarmos entender. Nesse contexto,
ao pensar no tema, deve-se evitar, assuntos fáceis, desinteressantes e os que já
Não obstante, deve-se tomar cuidado com temas extremamente complexos, que
exigem esforço muito além da capacidade do pesquisador e/ou demandam muito
tempo e recursos financeiros. Diante disso, o tema deve ser adequado à capa-
cidade e à formação do pesquisador. Deve-se ainda considerar o tempo, bem
como os recursos disponíveis para realização da pesquisa.
A partir da escolha do tema, surge a primeira etapa: o planejamento, que é
o ato ou o efeito de planejar. Para planejar, você precisará ter uma ideia, desen-
volver um plano de intenção, realizar uma revisão da literatura, bem como as
variáveis de interesse, a viabilidade, os testes de instrumentos e de procedimento,
e, por fim, o seu projeto de pesquisa.
Com a ideia manisfestada, é necessário que você faça um plano de intenção,
que é uma anotação a ser realizada no momento em que surge a ideia, para que a
mesma não se perca, essa fase é importante que você pense em questões pertinen-
tes, como: o que busco pesquisar? Com quem vou pesquisar? Onde vou pesquisar?
Qual amostra vou precisar? Essas questões servirão de orientação ao pesquisador
durante a realização da pesquisa (CASTRO; CLARK, 2001).
Planejamento da Pesquisa
90 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O plano de intenção é dinâmico, pois, normalmente, deve ser reescrito di-
versas vezes, até conseguir uma precisão de conteúdo necessária. Neste
contexto, os elementos constituintes do plano devem ser colocados de
forma a mostrar a pretensão do autor e que a mesma poderá modificar ao
longo do tempo. O plano de intenção será aperfeiçoado, entretanto não de-
vemos fazer esse aperfeiçoamento. Precisamos apresentar a ideia de forma
estruturada para o orientador ou para alguém que possa avaliar, e, fim de
criticar e dar sugestões.
Fonte: Castro e Clark (2001).
Planejamento da Pesquisa
92 UNIDADE III
Inteligência/Gênio/Reflexão FENÔMENO
? Problema
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Pista para
- investigação
- coleta material
- coleta de dados
4. Condiciona os resultados
- interessantes
- banais
Após a estruturação do problema, que serve para aguçar e dar foco ao estudo,
chega o momento de definir os objetivos, que tem por finalidade responder a
questão de pesquisa. Lembrando que a natureza da resposta depende do que
queremos fazer com ela (CASTRO, 2006).
Assim, os objetivos de pesquisa podem ser definidos como gerais ou espe-
cíficos. No objetivo geral, os autores devem mencionar o propósito do estudo.
Nos específicos, deve-se realizar um aprofundamento das intenções expressas
no objetivo geral, isto é, tem função intermediária e instrumental, indicando
pequenas respostas que devem conduzir à resposta maior.
Planejamento da Pesquisa
94 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
trabalho, nesse caso, tanto Hautsch, Hess e Veredas quanto Oshita e Sanches.
TIPOS DE PERGUNTAS
Tipos de Perguntas
96 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
conhecemos o tema em estudo. Observamos que existem diversos formatos de res-
postas e agora vamos ver as mais utilizadas: fechada, aberta, semiaberta,dicotômica,
encadeadas, com ordem de preferência, de ranking, escala de Likert e escala itemizada.
PERGUNTA FECHADA
São aquelas que oferecem apenas duas alternativas como resposta (LIMA 2008).
Nesse de questão, apresentada no Quadro 2, em que as respostas são mais obje-
tivas, restringe-se a liberdade das respostas, contudo o trabalho do pesquisados
e a compilação de dados são facilitados.
Quadro 2 - Perguntas fechadas
Como o(a) senhor(a) avalia a atual política econômica adotada pelo governo?
( ) Ótimo.
( ) Bom.
( ) Satisfatório.
( ) Regular.
( ) Insatisfatório.
Fonte: a autora.
Tipos de Perguntas
98 UNIDADE III
PERGUNTA ABERTA
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Qual a sua opinião sobre a política fiscal vigente?
Como a queda da taxa de juros pode influenciar na sua vida?
O que você pensa sobre…?
Fonte: a autora.
PERGUNTA SEMIABERTA
Em que termos poderia traduzir o projeto que irá concretizar ao concluir o curso
em Ciências Econômicas:
( ) Fazer mestrado.
( ) Fazer carreira em uma grande empresa.
( ) Iniciar um programa de MBA.
( ) Realizar um projeto internacional.
( ) Outro projeto? Qual? ________________________.
Fonte: a autora.
Tipos de Perguntas
100 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4. Se uma questão é formulado de maneira deficiente, o respondente
pode recusar-se a respondê-la ou a responder incorretamente.
5. Evitar a necessidade do respondente fazer cálculos.
6. Evitar perguntas de dupla respostas.
7. Evitar alternativas longas.
Use palavras comuns, de acordo com o nível de vocabulário do entrevista-
do. As palavras devem ter significado único, conhecido dos entrevistados.
Exemplo: se na resposta deve-se escolher entre “nunca”, “às vezes”, “frequen-
temente” ou “regularmente”, , não utilize esses termos, pois não há como
saber a frequência. “menos de uma vez”, “uma ou duas vezes”, “três ou quatro
vezes” etc.
Fonte: Chagas (2000).
PERGUNTA DICOTÔMICA
de algo genérico. Você utilizará muito esse tipo de resposta para fazer apli-
cações em dados socioeconômicos, que em um modelo econométrico se
convenciona denotar cada observação i como y = 1 se o evento ocorrer, e y.
= 0. caso o contrário. Por exemplo: na pesquisa estamos avaliando a renda
dos indivíduos por sexo, assim y = 1, quando os indivíduos forem do sexo
masculino; y= 0, caso não forem. Outro exemplo seria o quadro 7, em que
podemos avaliar se os alunos de economia, em geral, gostam de estudar a
disciplina de Mercado Financeiro e de Capitais, em que denotamos y = 1
quando os indivíduos responder sim, e y = 0 caso o contrário.
Fonte: a autora.
PERGUNTAS ENCADEADAS
Tipos de Perguntas
102 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
especializar-se nessa área e comumente utilizará perguntas encadeadas para ten-
tar coletar o máximo de informação do sujeito de interesse na pesquisa. No caso
do questionário, do Quadro 8, o objetivo inicial era saber se a pessoa tinha inte-
resse e condições financeiras de adquirir um imóvel.
Entretanto, esse tipo de pergunta apresenta uma desvantagem, pois exige que
os entrevistados prestem mais atenção ao responder, o que pode deixá-los can-
sados, visto que, se atribuírem em mais de um item a mesma classificação, será
necessário iniciar novamente a questão para corrigir as respostas. E mais quando
não há o contato entre o entrevistador e o entrevistado, como, por exemplo, uma
pesquisa via e-mail, fica difícil retornar a questão para o respondente, pois ele
pode não retornar, isto é, abandonar a pesquisa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PERGUNTA DE RANKING
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESCALA DE LIKERT
Assim, na escala Likert os itens são selecionados e, para cada um deles, é desen-
volvida uma afirmação na qual o entrevistado indica o grau de concordância
ou discordância, de acordo com as variáveis relacionadas ao objeto (COSTA,
2011). A proposição inicial de Likert traduz-se no uso de escala de cinco pon-
tos, conforme a Figura 4.
Afirmação genérica...
1 2 3 4 5
Discordo Concordo
Discordo Indeciso Concordo
totalmente totalmente
Figura 4 - Escala Likert
Fonte: Costa (2011, p. 154).
CODIFICAÇÃO DA ESCALA
1 2 3 4 5 6 7
AFIRMAÇÃO ESCALA
Tipos de Perguntas
106 UNIDADE III
Costa (2011) destaca que uma alternativa para solucionar o problema de ponto
central seria expor a escala sem denominar os pontos, indicando, assim, somente
os seus extremos, ou indicando uma posição genérica intermediária, mas sem
denominar pontos, conforme apresentado na Figura 6.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Afirmação genérica...
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ESCALA ITEMIZADA
( ) Totalmente satisfeito
( ) Parcialmente satisfeito
( ) Parcialmente insatisfeito
( ) Totalmente insatisfeito
Tipos de Perguntas
108 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sentatividade de seu conteúdo, isto é, avaliando o conceito. E, a validade de
construção, é o grau com que os resultados do questionário se correlacio-
nam com resultados obtidos de outra forma. É feito depois de já respondido,
avaliando os resultados obtidos com o questionário de outra maneira, ou
seja, perguntado sobre a lucratividade da empresa para os diretores, e de-
pois, comparam as respostas com as demonstrações, analisando, também,
se as respostas correlacionavam com a teoria.
Fonte: Vieira (2009).
MÉTODOS DE LEVANTAMENTO
OBSERVAÇÃO
Métodos de Levantamento
110 UNIDADE III
ENTREVISTA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
formuladas, em que o entrevistador segue um roteiro sem alterar tópicos, sem
incluir ou excluir questões (LEHFELD; BARROS, 2007). As não estruturadas,
não tem roteiro pré-estabelecido, pois é o pesquisador quem busca dados durante
a entrevista utilizando-se da conversação (LEHFELD; BARROS, 2007), na qual
é comum encontrar as seguintes classificações:
a) Focalizada: a partir de um roteiro de itens para pesquisar, e o entre-
vistador pode incluir as questões, se desejar.
Como se pode observar, as entrevistas podem ser realizadas de forma pessoal, isto
é, face a face, em grupo ou até mesmo por telefone. Assim, a entrevista é a con-
versa entre duas ou mais pessoas, em que o objetivo é uma troca de informações
Planejando entrevistas
Ao realizar a entrevista é necessário que se busque a informação do indiví-
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Métodos de Levantamento
112 UNIDADE III
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Há algumas limitações no método de entrevista, visto que pode surgir di-
ficuldade de expressão de ambas as partes, a incompreensão por parte do
informante, a possibilidade do entrevistado ser influenciado, uma possível
falta de disposição do entrevistado em dar informações necessárias, a reten-
ção de alguns dados importantes, pode ocupar muito tempo e o tamanho
da amostra pode ser menor que o questionário.
Fonte:Costa ([2018], on-line)2.
MÉTODO ELETRÔNICO/INTERNET
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Tempo disponível Curto Longo
Tamanho da população Grande Pequeno
Variância na característica Pequena Grande
Custo do erro de amostragem Baixo Alto
Custo de erros de não amostragem Alto Baixo
Natureza da medição Destrutiva Não destrutiva
Atenção a casos individuais Sim Não
Fonte: adaptado de Shiraishi (2012, p. 80).
ele deve ter uma ideia do número de indivíduos a serem estudados. (RODRIGUES,
2015).
Por fim, executar o processo de amostragem requer a implementação dos
detalhes do modelo da amostra, isto é, especificações detalhadas sobre a popula-
ção, quadro de amostragem, unidades de amostragem, técnica de amostragem e
tamanho da amostra. Exemplo: alguns procedimentos devem ser específicos para
residências desabitadas ou casos em que não há ninguém no momento da coleta. para
casas desabitadas e no caso de não haver ninguém em casa (RODRIGUES, 2015).
desenvolvimento de hipóteses.
A amostragem por julgamento é uma amostragem por conveniência, cujos
elementos populacionais são selecionados com base no julgamento do pesquisador
e, se forem adotados critérios razoáveis, pode-se alcançar a resultados confiá-
veis. Isso significa que o pesquisador utiliza o seu julgamento para selecionar a
amostra, que são fontes de informação precisas. Exemplos: testes de mercado
para o lançamento de um novo produto ou lojas de departamento selecionadas
para testar um novo produto (SHIRAISHI, 2012).
Da amostragem por julgamento deriva a amostragem por cota, relaciona-se
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ao desenvolvimento de categorias de controle ou cotas de elementos populacio-
nais (SHIRAISHI, 2012). Essas categorias ou cotas são selecionadas com base
em informações como idade, sexo e etnia. Por exemplo: uma empresa de cos-
méticos que pretende lançar uma nova linha de cremes de cabelo para mulheres
negras . Nesse caso, as mulheres negras de 18 e 35 anos foram consideradas rele-
vantes para o estudo (SHIRAISHI, 2012). Em seguida, estima-se a proporção
dessa população-alvo com base em experiências passadas ou dados secundários.
Destaca-se que a amostragem por cota, não permite uma formal e correta infe-
rência da população, com intervalo de confianças aceitáveis (SHIRAISHI, 2012).
A amostragem bola de neve refere-se a uma população que foi inicialmente
selecionada de forma aleatória e que deve indicar outra população-alvo, isto é com
o mesmo perfil, para a pesquisa. Este tipo de amostragem é indicado para estu-
dar população com característica rara ou difícil de encontrar, por exemplo, um
público formado por viúvos com menos de 35 anos. Observe o quadro a seguir:
Quadro 10 - Exemplo de amostragem bola de neve
A Starbucks usou a amostragem por conveniência com seus clientes para detectar
a viabilidade de ampliar sua linha de produtos. Essa técnica de amostragem fazia
sentido, pois o mercado principal seriam os próprios clientes. Os resultados do
levantamento indicaram potencial para o lançamento de sorvetes, o que levou ao
desenvolvimento de um produto com o intenso sabor do café Starbucks. Dados da
Information Resources Inc. apontam que a empresa se tornou a primeira marca de
sorvetes de café dos Estados Unidos três meses após esse lançamento.
Fonte: Shiraishi (2012, p. 83).
• N = tamanho da população
• E0 = erro amostral tolerável
1
• n0 = primeira aproximação do
tamanho da amostra
• n = tamanho da amostra
Figura 09 - Cálculo do tamanho da amostra
Fonte: adaptado de Barbetta (2002).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
n = 300x400/300+400 = 120.000/700 = 172 estudantes
E se a população fosse de 300.000 estudantes?
n = (300.000)x400/(300.000 +400) = 399 estudantes
Fonte: a autora.
Amostragem sistemática
Tipo de resposta
Caro(a) aluno(a), antes de calcular o tamanho da amostra é importante estar
claro qual o tipo de pergunta, isto é, a resposta a ser observada, pois é esta
variável que vai medir o evento estudado. Assim, existem três categorias de res-
posta:
Quantitativa: que se refere às variáveis (que podem ser classificadas de dis-
cretas ou contínuas) e resultam comumente de uma contagem ou mensu-
ração, (peso, altura, idade e pressão arterial).
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Amostragem estratificada
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Amostra estratificada uniforme: ocorre quando definimos uma amostra
uniforme. É necessário atribuir o mesmo tamanho de amostra para todas as
camadas, sexo feminino e sexo masculino, independentemente do peso dos
estratos da população.
Amostra estratificada ótima (a respeito do desvio-padrão): ocorre quan-
do, o tamanho das camadas da amostra não é proporcional com a popula-
ção. Não obstante, o tamanho das camadas é definido em proporção com o
desvio-padrão das variáveis estudadas.
Fonte: Ochoa (2015, on-line)3.
mos garantir que temos representantes em nossa amostra que vêm de todos
os estratos.
Já a amostragem por conglomerados é utilizada quando os grupos são muito
semelhantes entre si, isto é não há grande diferença entre estudar indivíduos
em um grupo ou de outro.
Fonte: Ochoa (2015, on-line)3.
AMOSTRAGEM
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
PROBABILÍSTICA
Aleatória De fácil compreensão, resul- Difícil construir a estrutura de
simples tados projetáveis. amostragem, alto custo, baixa
precisão, nenhuma garantia
de representatividade para
amostras pequenas.
Amostra Pode aumentar a representa- Pode diminuir a representati-
sistemática tividade é mais fácil imple- vidade.
mentar do que a aleatória
simples, estrutura de amos-
tragem não é necessária.
AMOSTRAGEM
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
PROBABILÍSTICA
Amostragem inclui todas as subpopula- Difícil escolher variáveis
estratificada ções, precisão relevantes de estratificação,
não é viável estratificar com
muitas variáveis, alto custo.
Amostragem por Fácil de implementar, eficaz Imprecisa, difícil de computar
agrupamento no custo e de interpretar os resultados
Fonte: Shiraishi (2012, p. 86).
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Ao observar o Quadro 11, verificamos os pontos fortes e fracos de cada tipo de
amostragem. Diante disso, cabe a você aluno(a), decidir qual tipo de amostra-
gem é mais adequada ao objetivo de pesquisa uma vez que a finalidade desta
unidade é apresentar todas as possiblidades para que você possa enquadrá-
-las na sua pesquisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
124
Sequência de Perguntas
Pesquisa Mercadológica
Airton Rodrigues
Editora: Pearson
Sinopse: a obra visa expor um cenário atualizado sobre o campo da pesquisa
mercadológica. Entre os assuntos apresentados ao estudante, estão transcrição
e tratamento dos dados, o papel da pesquisa de mercado na decisão gerencial
e a dinâmica do macroambiente de negócio.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <http://administracaograduacao.blogspot.com.br/2015/09/perguntas-e-es-
calas.html>. Acesso em: 30 jan. 2018.
2 Em: <https://docente.ifrn.edu.br/andreacosta/desenvolvimento-de-pesquisa/
tecnicas-de-coletas-de-dados-e-instrumentos-de-pesquisa>. Acesso em: 30 jan.
2018.
3 Em: <https://www.netquest.com/blog/br/blog/br/amostra-probabilistica-aleato-
ria-simples>. Acesso em: 30 jan. 2018.
4 Em: <http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/tipo_resposta.html>. Aces-
so em: 30 jan. 2018.
GABARITO
1. Por exemplo, uma declaração pode ser “estou completamente satisfeito com o
serviço fornecido pelo Plano de Saúde Estou Bem” e os níveis podem ser:
a) Discordo fortemente
b) Discordar
c) Não concordo nem discordo
d) Concordo
e) Concordo plenamente
2. A observação, é uma forma de coleta de dados que consiste em observar, ouvir e
examinar os fatos, detalhadamente no momento em que ocorrem possibilitan-
do verificar detalhes de uma situação. O pesquisador pode realizar a observação
participante em que consiste na sua participação com a comunidade ou grupo
em que pertence ou pode se integrar a algum. Entretanto, a observação pode
ser não participante, em que o pesquisador coleta informações de um grupo ou
comunidade sem integrar-se a ela.
3. A amostragem por conveniência é baseada conforme o interesse do pesqui-
sador. Normalmente os entrevistados são selecionados porque estão no local
e momentos certos. Em outras palavras, é a opção mais barata e mais rápida,
com amostragens acessíveis e fáceis de medir. Entretanto, existem limitações,
visto que não é uma amostra representativa para qualquer população-alvo, o
que sugere que esse tipo de amostragem não é apropriada para estudos que
pretendem tirar conclusões a respeito da população , como as pesquisas des-
critiva e causal (SHIRAISHI, 2012). O autor destaca ainda que é útil em estudos
exploratórios que buscam novas ideias para o desenvolvimento de hipóteses.
A amostragem por julgamento é uma amostragem por conveniência, cujos ele-
mentos populacionais são selecionados com base no julgamento do pesquisa-
dor e se forem adotados critérios razoáveis pode-se chegar a resultados confiá-
veis. Isso quer dizer que o pesquisador utiliza o seu julgamento para selecionar
a amostra que são fontes de informação precisas. Exemplos: testes de mercado
para o lançamento de um novo produto ou lojas de departamento selecionadas
para testar um novo produto (SHIRAISHI, 2012).
A amostragem por cota, estende-se da amostragem por julgamento, pois envol-
ve o desenvolvimento de categorias de controle ou cotas de elementos popula-
cionais (SHIRAISHI, 2012). Essas categorias ou cotas são selecionadas com base
em informações como idade, sexo e etnia. Por exemplo: uma empresa de cosmé-
ticos que pretende lançar uma nova linha de cremes de cabelo para mulheres
negras . Neste caso, as mulheres negras de 18 e 35 anos foram consideradas rele-
vantes para o estudo (SHIRAISHI, 2012). Em seguida estima-se a proporção dessa
população alvo com base em experiências passadas ou dados secundários. Des-
taca-se que a amostragem por cota, não permite uma formal e correta inferência
131
GABARITO
IV
PESQUISAS QUANTITATIVAS,
UNIDADE
QUALITATIVAS E APRESENTAÇÃO
DE RESULTADOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Preparar o aluno para identificar as características da pesquisa
quantitativa.
■■ Instruir para identificar as características da pesquisa qualitativa.
■■ Explicar ao aluno sobre a tabulação de dados.
■■ Ensinar o discente a apresentação dos resultados de pesquisa.
■■ Instruir sobre os principais software utilizados em pesquisas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Pesquisa Quantitativa
■■ Pesquisa Qualitativa
■■ Tabulação
■■ Apresentação dos Resultados de Pesquisa
■■ Principais Softwares Utilizados em Pesquisas
135
INTRODUÇÃO
Introdução
136 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PESQUISA QUANTITATIVA
outra, sem comprovar, peas técnicas quantitativas, por isso, o autor enfatiza,
que é necessário o desenvolvimento de questões e objetivos, que possam
representar um modelo visual de causa e efeito da esquerda para direita.
Observe na Figura 1.
Por esse viés, a declaração de objetivo quantitativa, tem início com a identifica-
ção das variáveis propostas para o estudo, como independente, interveniente,
dependente ou de controle definindo, assim, uma forma visual para identificar
claramente essa sequência e para localizar como as variáveis são mensuradas e
analisadas (CRESWELL, 2007).
Pesquisa Quantitativa
138 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Crenças (hipóteses)
Pesquisa quantitativa Realidade (fenômeno)
do pesquisador
As crenças (hipóteses) do
Se coincidirem
pesquisador são aceitas como Realidade (fenômeno)
=
válidas, a teoria é comprovada.
As crenças (hipóteses) do
pesquisador são rejeitadas, elas Se não coincidirem
Realidade (fenômeno)
precisam ser modificadas junto ≠
com a teoria.
Revisão da Elaboração de
Formação do literatura e Visualização do hipóteses e
Ideia
problema desenvolvimento alcance do estudio definição de
do marco teórico variáveis
Pesquisa Quantitativa
140 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 4 - Formulação do problema quantitativo
Fonte: Sampieri, Collado e Lucio (2013, p. 31).
Você sabia que ao realizar uma pesquisa quantitativa poderá utilizar dados
primários ou secundários? Os dados primários, são aqueles coletados por
meio de questionários e os secundários estão disponíveis em banco de da-
dos nacionais e internacionais.
Principais bancos de dados nacionais
IBGE: <http://www.ibge.gov.br/home/>.
BANCO CENTRAL: <http://www.bcb.gov.br>.
IPEA: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>.
Principais bancos de dados internacionais:
Eurostat: <http://ec.europa.eu/eurostat>.
OCDE: <http://www.oecd.org/>.
Banco Mundial: <http://www.worldbank.org/>.
FMI: <http://www.imf.org/external/index.htm>.
Fonte: a autora.
Pesquisa Quantitativa
142 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PESQUISA QUALITATIVA
Pesquisa Qualitativa
144 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tribuições do estudo, e a definição inicial do ambiente ou contexto (SAMPIERI;
COLLADO; LUCIO, 2013).
Frase 9 Frase 4
Elaboração do
Concepção do
relatório de
desenho do estudo
resultados
Literatura existente
(marco referencial)
Frase 8
Frase 5
Interpretação de
resultados Definição da
Frase 6 amostra inicial do
estudo a acesso a
Frase 7 coleta de dados ela
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Documentos jornais. palavras dos participantes. para acesso público ou
• Documentos privados, • Pode ser acessado em um privado.
como registros, diários e momento conveniente para • Exige que o pesquisador
cartas. o pesquisador -uma fonte procure a informação em
• Discussões via e-mail. de informações discreta. locais difíceis de encontrar.
• Representa dados • Exige a transcrição ou leitura
refletidos, aos quais os ótica para passar para o
participantes dedicaram computador.
atenção para compilar. • Os materiais podem estar
• Como prova escrita, incompletos.
economiza tempo do • Os documentos podem não
pesquisador e despesas ser autênticos ou precisos.
com transcrição.
• Fotografias • Pode ser um método • Pode ser difícil de interpre-
• Fitas de vídeo não-oportuno para coletar tar. • Pode não estar acessível
Materiais • Objetos de arte dados. pública ou privadamente.
audiovisuais • Software de computador • Dá uma oportunidade para • A presença de um observa-
• Filme os participantes compartil- dor (por exemplo, fotógrafo)
harem diretamente sua pode interromper e
"realidade". atrapalhar as respostas.
• Criativo no sentido de que
chama a atenção
visualmente.
Fonte: Creswell (2007, p.191, 192).
Na pesquisa qualitativa as variáveis não são medidas, pois a coleta de dados não
padronizada é realizada por meio de biografias ou histórias de vida, documentos,
registros e artefatos, grupos focais; entrevistas em que podem ser feitas questões
sobre experiências, opiniões, valores e crenças -, observações, anotações e diá-
rios de campo (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013).
Após a coleta de dados, inicia-se a fase de análise e interpretação dos resul-
tados o que exige um aprofundamento no entendimento dos dados, a partir de
informações fornecidas pelos participantes (CRESWELL, 2007).
“A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que
possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para a investigação”
(GIL, 2008, p. 156). Ainda o autor enfatiza que, a interpretação tem como finali-
dade a procura de conhecimento mais amplo, isto é, realizado a partir de outros
conhecimentos adquiridos anteriormente, comparando com a teoria ou trabalhos
já existentes. Por fim, chega-se o momento de a elaborar o relatório de pesquisa.
Pesquisa Qualitativa
148 UNIDADE IV
Validação da pesquisa
Validade é definido como aquilo que tem condição de válido. Na pesquisa
quantitativa, a validade seria referente à semelhança entre o conceito e o que
se espera, isto é, a comprovação da teoria por meio da aplicação de métodos
em que a medida está livre de qualquer erro. Sendo assim, é a extensão em
que uma medida representa corretamente o conceito do estudo, capaz de
corresponder precisamente o que se espera. A validade da pesquisa qualita-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tiva é um ponto importante a ser destacado, pois o estudo deve ter uma coe-
rência e o pesquisador quem deve informar os passos para verificar a precisão
e credibilidade dos resultados apresentados, como verdadeiros e confiáveis.
Assim, é necessário discutir uma ou mais estratégias disponíveis para confir-
mar a exatidão dos resultados, como: realizar triangulações de diferentes fon-
tes de informação, realizar uma descrição rica e densa, esclarecer vieses, entre
outros.
Fonte: Creswell (2007).
TABULAÇÃO
Tabulação
150 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ALTERNATIVA Freq. %
Até 20 anos 43 43
De 21 a 25 anos 27 27
De 26 a 30 anos 18 18
Mais de 31 anos 12 12
TOTAL 100 100
Figura 7 - Tabulação simples
Fonte: Portal da administração (2015, on-line)1.
Nessa figura temos uma forma de tabulação simples, com uma contagem do
número de vezes em que são respondidas em cada uma das variáveis. Nesse caso
o entrevistado só pode optar por uma resposta em questão. Ao tabular, coloca-
-se as alternativas, da questão, em forma de tabela, bem como a frequência da
resposta e o percentual sobre o total da amostra.
Há também, as questões que possuem mais de uma alternativa, isto é, que
permitem mais de uma resposta. Na Figura 8, se buscou conhecer o que o con-
sumidor considera importante na escolha de um supermercado ao realizar suas
compras mensais. Assim, verifica-se que o preço baixo é o item de maior impor-
tância, seguido pela variedade de produtos e, por último, a localização.
ALTERNATIVA Freq. %
Preço baixo 68 68%
Variedade de produtos 49 49%
Localização 23 23%
TR - Total de respostas(1) 140 140%
TE - Total de entrevistas(2) 100 100%
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo:
Por que você compra roupas da marca “Y”?
- São boas -São bem feitas -Mais baratas
Ao definir o padrão, realiza-se a tabulação, que pode ser simples, na qual, cada
resposta condiz a uma classe constituída, ou múltipla, em que cada resposta pode
equivaler a mais de uma categoria gerada.
Tabulação
152 UNIDADE IV
CATEGORIA Resp.
São boas 30
QUALIDADE
São bem feitas 10
Mais baratas 30
PREÇO
De grife 10
Marca conhecida 10 MARCA
Melhor que as outras 05
Custam menos 05
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TOTAL 100
ALTERNATIVA Freq. %
Qualidade 45 45
Preço 35 35
Macar 20 20
TOTAL 100 100
Figura 10 - Tabulação simples ou múltipla
Fonte: Portal da administração (2015,on-line)1.
A média (4,44) é a divisão de 7.810 por 1.760. Assim, o item redução da taxa
de juros foi, melhor avaliado pelos indivíduos em 4,44 em detrimento do
aumento de impostos, avaliado em 1,56 (2.750/1.760), Observe a figura 12.
Tabulação
154 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE PESQUISA
Ao analisar a Figura 13, você, aluno, terá que descrever os dados encontrados.
Por exemplo: de acordo com a Figura 13, o tempo médio que os cônjuges con-
tinuaram desempregados, sem fazer distinção entre dados censurados ou não, é
de cerca de 8 meses, em que a duração mínima é de 0,0333 meses e, a máxima,
de 66 meses (OSHITA et al., 2017).
0.75 0.75
0.50 0.50
0.25 0.25
0.00 0.00
0 20 40 60 80 0 20 40 60 80
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Belo Horizonte Rio de JAneiro Belo Horizonte Rio de JAneiro
São Paulo Porto Alegre São Paulo Porto Alegre
Figura 14 – Funções de sobrevivência do chefe de família e cônjuge Brasil, 2003-2015
Fonte: Oshita et al. (2017, p. 9).
Da mesma forma, na Figura 14 a análise se faz necessária: Oshita et al. (2017, p. 9):
As regiões de Salvador e Rio de Janeiro apresentam as maiores taxas de
sobrevivência na desocupação, em que aos 66 meses atinge mais de 56%
dos chefes de família e influencia 63% dos cônjuges de ambas as regi-
ões metropolitanas a permanecerem no desemprego.” Assim, a saída do
desemprego nessas regiões tende a ser mais difícil do que em qualquer
outra. Todavia, Belo Horizonte e Porto Alegre possuem as menores taxas
de sobrevivência para os casais. (OSHITA et al, 2017, p. 9)
Assim, após a descrição dos dados, você passará para etapa de análise, inter-
pretação, discussão e avaliação dos resultados, buscando explicar as possíveis
causas, razões e circunstâncias do objeto de estudo, estabelecendo uma ligação
com o que foi descrito na introdução e os artigos citados durante a parte teórica.
Isto posto, chega o momento da comparação da descoberta com a literatura
existente, visando dar suporte a avaliação da descoberta, ou seja, é importante
que o autor confronte os resultados com os de outros pesquisadores, buscando
sistematizar a sua discussão sobre as divergências e incongruências, sob a sua
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Esses fatores podem representar possíveis explicações para a sobrevivência delas
por mais tempo na procura por emprego. Ademais, os resultados encontrados de
modo geral, apontam que os cônjuges não brancos, mulheres ou que já traba-
lharam na informalidade, que vivem em Belo Horizonte e não foram demitidos,
têm idade entre 16 e 19 anos, são analfabetos ou estudaram por até três anos
tendem a ser uma mão de obra adicional na economia brasileira em 2015. Diver-
sos trabalhos também sinalizam que há o efeito do trabalhador adicional para
o Brasil e outros países, como Lee e Parastanis (2014), Kohara (2008), Lundberg
(1985), Heckman e Macurdy (1982), Gonzaga e Reis (2011), Schmitt e Ribeiro
(2004) e Fernandes e Felício (2002).
Fonte: Oshita et al. (2017, p. 12,13).
Por fim, tem-se o resumo no final dos resultados e a conclusão. No resumo final
dos resultados, você poderá destacar os resultados mais relevantes e ainda fazer
sugestões de pesquisas futuras. Já na conclusão e/ou considerações finais, você
inicia descrevendo o seu objetivo de pesquisa e, em seguida, deve levantar alguns
pontos e fazer algumas observações de forma clara e sucinta.
Faz parte, também da conclusão, as limitações encontradas durante o desen-
volvimento da pesquisa, as sugestões de pesquisas posteriores e recomendações
para que outros possam repetir as experiências e observações.
RESULTADOS:
Na pesquisa quantitativa, os resultados comumente utilizam-se de estatísti-
cas inferenciais e descritivas, em que os resultados podem ser interpretados
com relação às perguntas da pesquisa ou das hipóteses. Já na pesquisa qua-
litativa, eles normalmente incluem números ou porcentagens, de forma que
se obtém tópicos recorrentes encontrados na análise dos dados ilustrando
cada um dos temas e representações gráficas. Assim, nessa análise se busca
explicar os motivos que levaram aos produtos observados e suas implica-
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ções, por meio de uma discussão. Ainda o pesquisador deve enfatizar como
os resultados contribuem para a literatura acadêmica na área, bem como
suas limitações.
Fonte: Escrita Acadêmica (2018, on-line)2.
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dade e sobrevivência. Oferece, também, ferramentas mais usuais em empresas
como: controle da qualidade, planejamento de experimentos (DOE), análise de
confiabilidade e estatística geral, além de ser o software mais utilizado no desen-
volvimento de projetos Seis Sigmas (DIAS; FIGUEIREDO, 2012). A seguir, na
Figura 15, a interface desse programa.
Janela
Session
Worksheet
- Colunas
- Linhas
- Células
Project
Manager
Figura 15 – Interface do Minitab
Fonte: Introdução ao Minitab 18 (2017, p. 6, on-line)3.
Na barra de menus está disponível o Help (ajuda), que disponibiliza ajuda sobre
o ambiente do Minitab. Para inserir dados em uma worksheet (planilha) do
Minitab, Figura 16, você poderá fazer das seguintes formas:
■ Digite os dados diretamente na worksheet.
■ Copie e cole os dados de outros aplicativos.
■ Importe os dados de arquivos Microsoft Excel files ou de arquivos de texto
(INTRODUÇÃO AO MINITAB 18, 2017, p. 60, on-line)3.
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Com o Minitab você poderá criar uma tabela, levantar estatísticas, como média,
moda, mediana, desvio padrão etc. Ao realizar uma análise estatística, você deve
criar gráficos que apresentem características dos dados. Você pode verificar
determinar, se os dados de envio seguem uma distribuição normal, poderá criar
um histograma selecionando “gráfico” e, em seguida, “histograma”, a Figura 17.
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Figura 17 - Histograma Minitab
Fonte: Introdução ao MINITAB 18 (2017, p. 9)3.
Caro(a) aluno(a), você sabia que o Excel pode ser utilizado para realizar aná-
lises em pesquisas. Ele consiste em uma planilha eletrônica desenvolvida
pela Microsoft. É recomendado em todos os setores acadêmicos e profissio-
nais que utilizam dados numéricos, sendo amplamente utilizado em cálcu-
los e geração de dados.
Na barra de menu do Excel, há uma opção denominada “funções”, quando sele-
cionada, disponibiliza uma biblioteca que contém vários tipos de funções lógi-
cas, matemáticas, estatísticas etc. Além disso, existe a ferramenta de análise de
dados do Excel, disponível na opção “suplementos”. Para utilizá-la, basta habili-
tá-la e, então, ela será encontrada na aba de “análise de dados”.
Fonte: Ebah ([2018], on-line)4.
Figura 18 - Interface do R
Fonte: a autora.
De acordo com Landeiro (2011), uma forma de otimizar o uso do R com objetivo
de poupar tempo é usar um script (um arquivo .txt) para digitar seus coman-
dos, o que permite a correção e execução automática do código. Os comandos
são digitados diretamente na linha em um editor de texto (por exemplo: R edi-
tor, Notepad, tinn-R). Eu, particularmente, utilizo o Tinn-R.
O Tinn-R “this is not notepad”, possui todos os menus presentes no note-
pad e, ainda, agrega vários outros recursos extras. Ele possui a seguinte interface:
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Figura 19 - Interface do Tinn-R Editor
Fonte: a autora.
Instalando RStudio
<https://www.rstudio.com/products/RStudio/>
Instalando o Tinn-R
<http://sourceforge.net/projects/tinn-r/les/Tinn-R%20setup/>
Digite na interface
install.packages() instala um pacote específico
install.packages(“xlsx”)
install.views(“Econometrics”)
install.views(“Finance”)
install.views(“Spatial”)
install.views(“TimeSeries”)
update.views(“Econometrics”)
Caso queira aprender como utilizar o R entre no site abaixo, no qual está
disponível um pequeno curso de estatística R: <http://www.uft.edu.br/en-
gambiental/prof/catalunha/arquivos/r/r_bruno.pdf>
Você poderá, também, obter manuais no próprio site do R, disponível em:
<https://cran.r-project.org/manuals.html> e ainda no link:
<https://cran.r-project.org/doc/contrib/Landeiro-Introducao.pdf>
Fonte: a autora.
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Figura 20 - Interface do MATLAB
Fonte: a autora.
Com o MATLAB®, você poderá trabalhar com matrizes. Diante disso vamos criar
um vetor simples chamado a.
a = [1 2 3 4 6 4 3 4 5]
Agora, vamos adicionar 2 a cada elemento do nosso vetor a, e armazenar o resul-
tado em um novo vetor. Observe como o MATLAB não requer nenhum tratamen-
to especial de matemática vetorial ou matricial.
b=a+2
b=345686567
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Para criar gráfico de linha de grade no MATLAB, basta traçar o resultado da nossa
adição de vetores.
Trama (b)
Grade em
8
7.5
7
6.5
6
5.5
5
4.5
4
3.5
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução ao MATLAB
O MATLAB (Matrix Laboratory) tem como pontos fortes a criação e
manipulação de gráficos científicos, bem como a possibilidade de
extensão por meio de pacotes. Apesar do software ser de fácil utilização,
quanto maiores e mais complexas as rotinas e funções da biblioteca,
maior a dificuldade na utilização. Acesse o site e aprenda um pouco mais
sobre o software. Disponível em: <http://www.apmath.spbu.ru/ru/staff/
smirnovmn/files/buildgui.pdf>.
Fonte: Portugal ([2018], on-line)6.
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Observe a seguir, no Quadro 5.
Quadro 5 - Pacotes do SAS
A funcionalidade do sistema SAS foi construída com base em quatro ideias básicas
no tratamento de dados: acessar os dados, administrá-los, analisá-los e apresentá-
-los. Assim, “todos os dados devem estar armazenados em arquivos com estrutura
SAS (Data Set’s), para serem analisados pelos procedimentos do SAS (PROC)”
(CENAPAD, 2016, p. 11). A interface do SAS está apresentada na Figura 22.
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Figura 23: Interface do STATA 13
Fonte: a autora.
Qualquer dúvida que você tiver durante a programação, poderá consultar o help.
Basta digitar o comando na interface do programa, exemplo: help logistic, e apa-
recerá um manual no próprio software, conforme apresentado na Figura 25.
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Figura 25 - Comando Help do STATA 13
Fonte: a autora.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
176
Projeto de pesquisa
John W, Creswell
Editora: Artimed
Sinopse: este livro, que já auxiliou mais de 80 mil alunos e pesquisadores
em todo o mundo a preparar o seu plano para trabalhos acadêmicos,
além de orientar na produção de artigos para publicações científicas,
foi totalmente revisado e atualizado, tornando-se ainda mais completo
e didático, mas mantendo todas as características que tornaram a sua
primeira edição tão popular.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ONLINE
1 Em: <http://administracaograduacao.blogspot.com.br/2015/09/tabulacao-e-a-
nalise-de-dados.html>. Acesso em: 09 ago. 2017.
2 Em: <http://www.escritaacademica.com/topicos/elementos/resultados-e-discus-
sao/>. Acesso em: 9 ago. 2017.
3 Em: <(https://www.minitab.com/uploadedFiles/Documents/getting-started/Mi-
nitabGettingStarted_PT.pdf )>. Acesso em: 12 set. 2017.
4 Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfQWUAG/softwares-estatisti-
cos#>. Acesso em: 8 ago. 2017.
5 Em: <https://www.mathworks.com/academia.html?s_tid=gn_acad>. Acesso em:
8 set. 2017.
6 Em: <http://www.fmt.if.usp.br/~luisdias/MiniCurso/Apostilas/matlab_rodrigo.
pdf>. Acesso em: 9 ago.2017.
7 Em: <http://www.ssc.wisc.edu/sscc/pubs/spss/classintro/spss_students1.html>.
Acesso em: 16 out. 2017.
8 Em: <https://www.sas.com/en_us/software/university-edition.html>. Acesso em:
10 set. 2017.
GABARITO
V
ELABORAÇÃO DO PROJETO,
UNIDADE
TIPO E ESTRUTURA DE
TRABALHO CIENTÍFICO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Ensinar o aluno a elaborar um projeto científico.
■■ Instruir sobre os tipos e estruturas dos trabalhos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Elaboração do projeto científico
■■ Tipos e estruturas dos trabalhos
185
INTRODUÇÃO
Introdução
186 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ELABORAÇÃO DO PROJETO CIENTÍFICO
Elementos pré-textuais
Capa
Folha de rosto
Sumário
Elementos textuais
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
3 Metodologia
4 Resultados Esperados
5 Cronograma
Elementos pós-textuais
Referências
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
INTRODUÇÃO
Nos anos de 2003 a 2015 o mercado de trabalho do Brasil teve variações signifi-
cativas na taxa de desemprego que, em emeados do ano de 2003, chegou a 13%,
no mesmo período de 2006 a 10,4%, em 2009 a 8,1%, já 2012 a 5,9% e 2015 em
6,9% (IBGE, 2016). Destaca-se que, nas últimas décadas, as mulheres ampliaram
cada vez mais sua participação no mercado de trabalho, considerando os arran-
jos familiares. Elas representam cerca de 40% das chefias das famílias brasileiras
(IBGE,2014).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sentado no Quadro 3.
Quadro 3 - Apoio do Tema na Literatura
Identificar como são as decisões sobre a oferta de trabalho das famílias é essencial
para explicar o comportamento do mercado de trabalho, e por isso, esse tema
tem sido objeto de vários estudos internacionais. Entre eles estão os de Heckman
e MaCurdy (1982), Doris (1999), Prieto Rodríguez e Rodríguez Gutiérrez (2000),
Stephens (2002), Juhn e Potter (2007), Kohara (2008), e Ortigueira e Siassi (2013),
que estudaram o efeito do trabalhador adicional, frente à entrada da esposa no
mercado de trabalho, ao desemprego do marido.
Outros estudos sobre a oferta de trabalho dos cônjuges utilizando modelos de
racionalidade coletiva foram realizados por Lundberg (1988), Devereux (2004),
McGrattan e Rogerson (2008), Gihleb e Lifshitz (2016), nos Estados Unidos, Fortin
e Lacroix (1997), no Canadá, de Blundell, Chiappori e Magnac, (2007) no Reino
Unido, que partiram da hipótese de que as famílias se comportam como se fos-
sem unidades únicas de tomada de decisão e eficiência de pareto, resultado de
um processo de maximização da utilidade de cada um dos membros (cônjuges),
dada a restrição orçamentária conjunta da família.
No Brasil, o efeito do trabalhador adicional foi objeto de estudo para Jatobá (1990),
que investigou a taxa de participação da família no mercado de trabalho. Fernandes
e Felício (2002), e Schmitt e Ribeiro (2004) verificaram o efeito trabalhador adicional
para esposas. Duryea, Lam e Levison (2003) analisaram os efeitos dos choques eco-
nômicos sobre as transições da escola para o trabalho de crianças e adolescentes. Já
Oliveira (2005) estimou o efeito trabalhador para o filho mais velho.
Fonte: Oshita et al. (2017, p. 2).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Identificar o comportamento da oferta de trabalho dos casais.
■■ Analisar a probabilidade dos casais ofertarem trabalho por idade e nível
de capital humano.
■■ Analisar a probabilidade dos casais saírem do desemprego em épocas de
crise e não crise por região metropolitana.
■■ Analisar a probabilidade dos chefes de famílias com diferentes níveis de
capital humano saírem do desemprego em épocas de crise e não crise.
■■ Analisar a probabilidade dos cônjuges, com diferentes níveis de capital
humano saírem do desemprego em épocas de crise e não crise.
Observe que, os objetivos específicos são as ações a serem executadas para alcan-
çar o objetivo geral, isto é, relacionam-se diretamente, servindo como um guia
para o processo de alcance do objetivo geral, ao longo do trabalho acadêmico.
Este trabalho se justifica, uma vez que, a economia é composta por famílias que
são tomadoras de decisões, o que, de forma agregada, pode impactar na econo-
mia de um país ao longo do tempo. Entender os determinantes da alocação de
trabalho dentro das famílias frente ao capital humano e aos ciclos econômicos,
pode trazer explicações sobre as relações do mercado de trabalho no Brasil nos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
últimos anos.
Fonte: Oshita et.al. (2017, p. 3).
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REVISÃO DE LITERATURA
Caro(a) aluno(a), note que o nome do autor no exemplo acima apareceu entre
parênteses e deverá ser grafado em letras maiúsculas. Caso ele seja posicionado
fora do sinal gráfico deverá ser grafado em letras maiúsculas e minúsculas, como,
por exemplo:
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Oshita et al. (2017, p. 4) descreve que “a teoria econômica sugere que quando
um chefe de família perde seu emprego, um membro secundário procura traba-
lho adicional para reforçar os recursos domésticos”.
Exemplo de citação direta com mais de 3 linhas:
A literatura desenvolvida ao longo do tempo mostra que mudanças na
taxa de desemprego podem ter impactos diferentes na taxa de partici-
pação da força de trabalho, isto é, a existência do efeito trabalhador adi-
cional pode variar entre as condições econômicas, decisões das famílias
e entre os países (OSHITA et al. 2017, p. 4).
Nas citações indiretas, são apresentadas as ideias do autor, sem haver uma trans-
crição direta, isto é, identica à transcrita na obra original. Nesse caso, não se deve
apresentar aspas, mas o autor e o ano de publicação devem aparecer (CANONICE,
2013). Observe o Quadro 8.
Quadro 8 - Citação indireta
De acordo com Oshita et al. (2017) a gestão do orçamento familiar tem um impacto
sobre o bem-estar dos membros.
ou
A gestão do orçamento familiar tem um impacto sobre o bem estar dos membros
(OSHITA, et. al. 2017).
Fonte: Oshita et al. (2017).
Há ainda, um caso muito especial que deve ser utilizado somente na impos-
sibilidade total de acessar o documento original: as citações de citações,
descritas como “apud” expressão latina que significa “citado por”, que deverá
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ser usada em casos de utilização de um autor dentro da obra que estamos con-
sultando (CANONICE, 2013). Por exemplo: Bredtmann, Otten, Rulff, (2014)
apud Oshita et al. (2017) desenvolveram um estudo para identificar o efeito
do trabalhador adicional na Europa, no período de 2004 a 2011, com uma
amostra de 28 países europeus.
Na revisão de literatura, é importante buscar o autor original da obra, por
exemplo, se o assunto é capital humano, deve-se buscar a primeira pessoa que
desenvolveu a teoria. Caso tenham ocorrido modificações, deve-se buscar os
responsáveis e demonstrar o que mudou, construindo assim, o assunto de
forma temporal, isto é, desde a primeira versão da teoria e como ela evoluiu.
METODOLOGIA
RESULTADOS ESPERADOS
Natureza da pesquisa:
qualitativa; quantitativa,
Tipo de Metodologia e Utilização das técnicas e
pesquisa fundamentação instrumentos de recolha de
dados. Teste das hipótese.
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Análise
comparativa Reformulação ou
entre as
hipóteses Resultados e refutação de argumentos.
conclusões Sugestão de novas
previstas e os
resultados hipóteses de investigação.
obtidos.
Figura 1 - Fluxograma sobre etapas de investigação
Fonte: Freitas (2010, on-line)1.
Assim, na análise e na avaliação dos resultados, você deve descrever como será
realizada a análise, bem como a avaliação dos dados, com o que vai comparar e
se vai utilizar algum método estatístico.
CRONOGRAMA
Quadro 10 - Cronograma
ATIVIDADES OUT/ NOV/ DEZ/ MAR/ ABR/ MAI/ JUN/ AGO/ SET/ OUT/ NOV/
18 18 18 19 19 19 19 19 19 19 19
Escolha do tema e do
orientador
Encontros com o
orientador
Pesquisa bibliográfica
preliminar
Leituras e elaboração
de resumos
Elaboração do
projeto
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Entrega do projeto de
pesquisa
Revisão bibliográfica
complementar
Coleta de dados
complementares
Redação da
monografia
Revisão e entra oficial
do trabalho
Apresentação do
trabalho em banca
Fonte: a autora.
O tempo pode ser dividido em dias, semanas, meses, semestres, entre outros.
Tudo dependerá da sua necessidade de tempo para execução das etapas.
Recursos
REFERÊNCIAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
exemplo, OLIVEIRA, JUNIOR ou SILVA, NETO.
Livro
Caso não seja possível identificar o local da obra, deverá ser utilizado [s.l.] (sine
loco), entre colchetes. Se não for possível identificar a editora, utiliza-se [s.n.]
(sine nomine) (CANONICE, 2013).
Artigo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Site
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para site, deve-se colocar a autoria, isto é, pessoa, entidade ou jurisdição, seguido
pelo título: subtítulo. Disponível em: . Acesso em: dia mês abreviado ano. Exemplo:
Trabalhos Acadêmicos
Monografia
Dissertação
Tese
Ao referenciar teses, você deve colocar: título (negrito), subtítulo (sem negrito),
ano de conclusão, número de páginas seguidos da letra “f ”, a palavra “Tese”, e
depois, “Doutorado”, seguido por hífen (-), o nome do programa de mestrado e
da instituição, cidade e ano de publicação.
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texto deve ter caráter impessoal, isto é, as referências pessoais, como“meu tra-
balho”, “meu estudo” e ‘minha tese” devem ser evitadas. As expressões devem
ser: “este trabalho”, “o presente estudo”, entre outros. Sendo objetivo, deve ser
escrito em linguagem direta evitando considerações irrelevantes. Assim, toda
argumentação deve apoiar-se em teorias, provas e não em opiniões pessoais.
Ressalta-se que a clareza das ideias deve ser respeitada, utilizando vocabu-
lário adequado, sem expressões com duplo sentido. Deve-se evitar o uso de
adjetivos e palavras que causam um efeito de generalização, como: peque-
no, médio, grande, quase todos, uma boa parte, etc. Além disso, advérbios
que não explicam exatamente o tempo, o modo e o lugar devem ser evita-
dos, como: antigamente, recentemente, lentamente e provavelmente.
Fonte: Gil (2008).
Resumo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de um determinado documento e que pode ser crítico, informativo ou indicativo.
O resumo crítico, ou resenha crítica, é um texto redigido com análise crí-
tica de um documento, isto é, de uma síntese sobre uma obra, sendo essencial
o resumo e a crítica. O resumo informativo informa ao leitor os detalhes sobre
o documento que está sendo resumido, bem como as finalidades, metodologia,
resultados e conclusões, de forma quedispense a consulta ao original.
E, por fim, o resumo indicativo, que deve indicar apenas os pontos principais
do documento que estão sendo resumida, isto é, sem que sejam aprofundados os
dados qualitativos, quantitativos etc. Este tipo de resumo, não dispensa a con-
sulta ao original.
Fichamento
Paper
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além de ser produzido para divulgar resultados de pesquisas científicas,
o paper pode abordar conceitos, ideias, teorias ou mesmo hipóteses, de
forma a discuti-los ou pormenorizar aspectos. Ao produzir o artigo a partir
do paper, o aluno inicia uma aproximação aos conceitos e à linguagem
científica, que necessitará desenvolver na elaboração de seu trabalho de
conclusão de curso.
Assim, o paper pode ser elaborado com os seguintes propósitos:
• Discutir aspectos de assuntos inovadores.
• Aprofundar discussões sobre assuntos com o objetivo de alcancar novos
resultados.
• Estudar temáticas clássicas sob enfoques contemporâneos.
• Aprofundar ou dar continuidade à análise dos resultados de pesquisas.
• Resgatar ou refutar resultados controversos da pesquisa, buscando a
resolução satisfatória ou a explicação.
Nessa perspectiva, a elaboração de papers estimula a análise e a crítica
de conteúdos teóricos, e de pensamentos de diferentes autores, visto que
a sintetização de várias ideias contribui para que o aluno aprenda a sin-
tetizar conceitos, fazer comparações e ainda formular críticas sobre um
determinado tema.
Fonte: SOS Monografia ([2018], on-line)3.
Elementos pré-textuais
Quadro 11 - Capa
A OFERTA DE TRABALHO DOS CASAIS: UMA ANÁLISE DA A OFERTA DE TRABALHO DOS CASAIS: UMA ANÁLISE DA
TRANSIÇÃO DA DESOCUPAÇÃO PARA O EMPREGO NO TRANSIÇÃO DA DESOCUPAÇÃO PARA O EMPREGO NO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BRASIL METROPOLITANO DE 2003 A 2015 BRASIL METROPOLITANO DE 2003 A 2015
Maringá Maringá
2018 2018
Fonte: a autora.
A OFERTA DE TRABALHO DOS CASAIS: UMA ANÁLISE DA A OFERTA DE TRABALHO DOS CASAIS: UMA ANÁLISE DA
TRANSIÇÃO DA DESOCUPAÇÃO PARA O EMPREGO NO TRANSIÇÃO DA DESOCUPAÇÃO PARA O EMPREGO NO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Maringá Maringá
2018 2018
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel
em Ciências Econômicas, do Unicesumar
Aprovado em __ / __ / ___
Prof. Dr.
Componente da Banca
Unicesumar
Prof. Dr.
Componente da Banca
Unicesumar
Fonte: a autora.
Resumo
O resumo é o último item a ser feito no trabalho científico, pois deve ser composto
por: objetivo geral do trabalho (o mesmo objetivo da introdução), metodologia
utilizada no trabalho, de forma resumida, e o principais resultados encontra-
dos, conforme o Quadro 14.
Quadro 14 - Resumo
Este artigo tem como objetivo verificar o impacto do capital humano e a influ-
ência do ciclo econômico da economia brasileira sobre a oferta de trabalho dos
casais entre 2003 e 2015. A metodologia empregada neste trabalho é o método
da análise de sobrevivência por meio do método paramétrico. Os resultados en-
contrados foram que a desocupação tende a ser maior para os cônjuges do sexo
feminino, não brancos, já trabalharam em atividades informais, desempregados
entre 2003 e 2014, e residentes em São Paulo e Rio de Janeiro em 2015. Diferen-
temente, os chefes de família brancos, do sexo masculino e que já trabalharam
em atividades formais, desocupados e residentes em Belo Horizonte e Recife em
2015 obtiveram novos postos de trabalho com maior êxito ao longo do período
analisado. Além disso, os cônjuges não brancos, mulheres ou que já trabalharam
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
na informalidade, que vivem em Belo Horizonte e não foram demitidos, têm idade
entre 16 e 19 anos, são analfabetos ou estudaram por até três anos, podem ser
uma mão de obra adicional na economia brasileira em 2015. Conclui-se, assim,
que maiores níveis de capital humano implicam na expansão da duração do de-
semprego em cerca de 31%, para cônjuges ou chefes de família, e o ano de 2015
foi menos favorável para saída do desemprego que de 2003 a 2014.
Palavras chaves: duração do desemprego; trabalhador adicional; capital humano..
Fonte: a autora.
Lista de Ilustrações
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ativos intangíveis ..................................................................................... 17
Figura 2 – Resultado da opção de compra ........................................................... 25
Figura 3 – Resultado da opção de venda............................................................... 25
Figura 4 – Variáveis que determinam o valor de uma opção real................. 30
Figura 5 – Preço do ativo no final do período...................................................... 33
Figura 6 – Preço do ativo no final de dois períodos........................................... 34
Fonte: a autora.
Observe que, nos Quadros 15 e 16, a relação numérica das figuras e quadros,
aparecem na mesma ordem em que são citadas no texto, com indicação da
localização.
Quadro 16 - Lista de Quadros
LISTA DE FIGURAS
Quadro 1 – Determinantes do valor da opção..................................................... 26
Quadro 2 – Variáveis básicas das opções reais..................................................... 26
Quadro 3 – Diferenças entre ativos reais e financeiros...................................... 28
Quadro 4 – Planilha de investimentos patente................................................... 51
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: a autora.
LISTA DE SIGLAS
CMPC Custo Médio Ponderado do Capital
FCD Fluxo de Caixa Descontado
MGB Modelo Geométrico Browniano
P&D Pesquisa e Desenvolvimento
SMC Simulação de Monte Carlo
TOR Teoria das Opções Reais
Fonte: a autora.
Sumário
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 10
2 TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA................................................................................ 12
2.1 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA NO BRASIL E NO MUNDO.......................... 15
2.1.1 Transferência tecnológica no Brasil.................................................................. 15
2.1.2 Transferência tecnológica no Mundo............................................................... 19
2.2 INOVAÇÃO TECNOLÓGICA............................................................................................. 21
3 METODOLOGIA.................................................................................................................... 24
4 RESULTADOS......................................................................................................................... 26
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5 CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................... 30
ANEXOS...................................................................................................................................... 33
Figura 2 - Sumário
Fonte: a autora.
Observe, na Figura 2, que os títulos não contêm pontos (.), apenas espaço entre
os caracteres. Isso deve ser observado ao longo da escrita do texto. Também é
importante destacar que os títulos primários devem ser escritos em letras mai-
úsculas, em negrito, letra tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5 antes
do início do texto e sempre começar no início da página.
Os títulos dos itens 2, 2.1 e 2.2 da Figura 1, devem estar em letra maiús-
cula, sem negrito e podem ser iniciados na sequência do texto, ou seja, após
o término do assunto, não sendo necessário começar numa nova página. Por
fim, o título 3, itens 2.1.1 e 2.1.2 devem ser escritos em letras minúsculas e em
negrito ao longo do texto.
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gia a ser empregada e descreve-se o assunto a ser tratado em a cada capítulo até
chegar a conclusão.
Desenvolvimento
Elementos pós-textuais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
B - Laudo de viabilidade).
O apêndice, é um documento escrito ou elaborado pelo pesquisador, que
complementa as ideias descritas no desenvolvimento. Exemplo: questionários de
pesquisa, gráficos referentes aos resultados da pesquisa ou, até mesmo, “saída” dos
softwares. Inicia-se em folha distinta, com a palavra apêndice em maiúsculo em
negrito (APÊNDICE), no início da folha centralizada. Devem ser intitulados alfa-
beticamente por letras maiúsculas na sequência (APÊNDICE A - Questionário
para coleta de dados; APÊNDICE B - Saída do Stata).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
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Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ONLINE
1 Em: <http://letragorda.blogspot.com.br/2010/11/fluxograma-sobre-etapas-de-
-investigacao.html>. Acesso em: 01 out. 2017.
2 Em: <http://www.redimovel.com.br/nisul/fase11/monog/Unidade%205.pdf>.
Acesso em: 1 out. 2017.
3 Em: <http://sosmonografias.webnode.com.br/news/paper-o-que-e-e-como-fa-
zer/>. Acesso em: 30 set. 2007.
223
GABARITO
1. O projeto de pesquisa deve ser composto por elementos pré-textuais, capa, con-
tracapa e sumário. E por elementos textuais: introdução, revisão da literatura,
metodologia, resultados esperados cronograma, recursos e referências.
2. O resumo crítico ou resenha é um texto redigido com análise crítica de um do-
cumento, isto é, de uma síntese sobre uma obra, sendo essencial o resumo e a
crítica. O resumo informativo informa ao leitor os detalhes sobre o documento
que está sendo resumido, bem como finalidades, metodologia, resultados e con-
clusões, de forma que dispense a consulta ao original. E, por fim, o resumo indi-
cativo deve indicar apenas os pontos principais do documento, sem que sejam
aprofundados os dados qualitativos quantitativos, etc, visto que não dispensa a
consulta ao original.
3. A introdução é composta pela contextualização do tema, problema de pesquisa,
hipóteses, objetivos, justificativas, delimitação do assunto, metodologia resumi-
da, a relevância e/ou contribuições do trabalho e a sua estrutura, bem como o
assunto a ser tratado em a cada capítulo até chegar a conclusão.
4. Alternativa D.
5. Alternativa D.
CONCLUSÃO
Caro(a) aluno(a), neste livro descobrimos que a pesquisa não permite suposições,
deve ser desenvolvida a partir de um conjunto de métodos, que sistematizam o
processo de construção do conhecimento. Logo, conseguimos ver que os funda-
mentos de metodologia proporcionam a visão de todos os aspectos que envolvem
a pesquisa científica.
Aprendemos que, na prática, a atividade de pesquisa é envolta pelo conjunto de
métodos e técnicas necessários para que o problema pesquisado seja planejado
e organizado sistematicamente. Descobrimos que pesquisar envolve procurar res-
postas para determinado problema e que, para isso, há diversas formas de realizar
a pesquisa, e que cada uma apresenta, em suas características, vantagens e desvan-
tagens.
Estudamos que, para desenvolver pesquisa, é necessário pensar no tema a ser pes-
quisado, elaborar um problema, definir um objetivo, delinear os limites e a metodo-
logia utilizada. Para isso, vimos que é necessário realizar o planejamento, que envol-
ve propor, projetar ou esquematizar os itens que compõem a pesquisa científica.
Neste livro, você pode entender sobre a classificação da pesquisa quanto aos enfo-
ques quantitativos, qualitativos e ainda conhecer as vantagens e desvantagens de
ambos os métodos, bem como em quais situações são recomendadas tais perspec-
tivas. Estudamos, também, que em alguns momentos podemos utilizá-los de forma
mista, unindo, ambos os métodos, e que a utilização dependerá do que se busca
pesquisar e dos dados a serem coletados.
Por fim, conhecemos o processo de elaboração do projeto, tipo e estrutura de tra-
balho científico. Vimos que, para que ele tenha validade, deve obedecer a normas e
regras, seguidas de coerência lógica desde o projeto de pesquisa.
Agora que você já aprendeu o contexto da elaboração do projeto, está apto a reali-
zar pesquisas e relatórios na suas vidas acadêmica e profissional.