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Terminologia de Soldagem - Analise Critica Da N-1438
Terminologia de Soldagem - Analise Critica Da N-1438
09/09/2011
3 Termos e Definições
3.43 face de fusão (“fusion face”): superfície do metal de base que foi
fundida durante a soldagem (ver Figura A.8).
Alerta:
Enfatizo que não vejo qualquer necessidade de ficar traduzindo cada palavrinha
ou expressão usual em inglês, porque nós temos outras formas de nos expressar e norma
técnica não é dicionário. Nós não usamos a expressão “face de fusão”. O que dizemos é
“bordos a serem fundidos” ou “área fundida do material de base” ou “bordos originais
do metal de base” ou ainda “superfície original do metal de base”. Podemos e devemos
ter as nossas formas próprias de nos expressar, ainda que não tenham uma tradução
direta para o inglês.
3.44 face da raiz (“root face”): parte da face do chanfro adjacente à
raiz da junta (ver Figura A.7).
Alerta:
Novamente a confusão entre chanfro e junta. Face da raiz é a parte das faces da
junta que se situam à menor distância uma da outra, na seção reta da junta.
Normalmente as faces de raiz não são chanfradas. A rigor, para AWS junta não é um
termo técnico, como também não é raiz da junta. No entanto são termos usuais, com
significado bem específico no jargão da soldagem e, portanto, deveriam ser bem
definidos. Considerando a seção reta da junta, chama-se de raiz da junta ao volume a
ser preenchido com material de adição delimitado pelas faces mais próximas do metal
de base. Considerando apenas a seção reta da junta, a raiz é uma área. Chama-se de
folga ou abertura da junta à largura da raiz.
3.45 face da solda (“weld face”) : superfície exposta da solda, pelo
lado por onde a solda foi executada (ver Figura A.9).
1) A frase “Dimensão de uma solda em ângulo que determina:” não faz sentido
com relação a sua sequência: “a) a altura do maior...”;
2) Garganta é a parte mais estreita de uma abertura. Assim, garganta da junta é
a parte mais profunda, a raiz da junta. No entanto, não é disso que se trata aqui. O que
se chama de dimensão da solda relaciona-se com o modo como a peça resiste a tensões.
A dimensão a que chamamos de garganta é a largura do maior estreitamento das linhas
de força em uma solda sob tensão. É a dimensão que determina a seção resistente da
solda. Logo, não é algo atinente somente a soldas de filete.
a) a altura do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da
solda: garganta teórica (“theoretical throat”);
Alerta:
O triângulo será retângulo somente no caso particular em que os elementos a
soldar forem ortogonais. Este erro foi transcrito da AWS 3.0. Para corrigir, é preciso
retirar o adjetivo retângulo. Além disso, é preciso refinar a redação dizendo que a
garganta teórica é a altura do maior triângulo inscrito que tenha vértice na origem da
junta, caso contrário se confundirá com a garganta efetiva. A garganta teórica não
considera a penetração. Finalmente recomendo substituir a expressão “seção
transversal”, por seção reta, ou seção ortogonal. A seção reta é a seção transversal
ortogonal ao eixo da solda.
b) a distância entre a raiz da solda e a face da solda: garganta real
(“actual throat”);
Alerta:
Primeiro, faltou dizer que se trata da menor distância entre a raiz da solda e sua
face. Segundo, como a solda possui duas raízes, em sua seção reta, é preciso especificar
que se trata da raiz correspondente à menor penetração.
c) a distância entre a raiz da solda e a face da solda menos o reforço:
garganta efetiva (“effective throat”) (ver Figura A.5).
Alerta:
Vale o alerta anterior. A garganta efetiva é, de fato, o maior afunilamento das
linhas de força. É a menor distância entre a raiz da solda e a reta definida pelos pés da
solda.
3.49 gás de proteção (“shielding gas”): gás utilizado para prevenir
contaminação pela atmosfera ambiente.
Alerta:
Melhor seria: gás utilizado para proteger a poça líquida contra os efeitos nocivos
da atmosfera ambiente.
3.50 gás de purga (“purge”): gás utilizado para criar uma atmosfera
protetora da poça de fusão, pelo lado oposto em que a solda está sendo feita,
e promover a sua contenção durante a soldagem.
Alerta:
Não entendo o que se quer dizer com “e promover a sua contenção”. O pronome
possessivo “sua” refere-se a quê? Se for à poça de fusão, não concordo. A função do gás
purgatório não é esta, é apenas proteger o verso da solda contra a oxidação.
3.51 gás inerte (“inert gas”) : gás que não combina quimicamente com
o metal de base ou metal de adição em fusão. Ver também o termo atmosfera
protetora.
Alerta:
Norma técnica não é dicionário.
3.52 geometria da junta (“joint geometry”): forma e dimensões da
seção transversal de uma junta a ser soldada.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, a expressão geometria da
junta não diz respeito apenas à seção reta da junta (comprimento e volume da solda, por
exemplo, também fazem parte de sua geometria.
3.53 goivagem (“gouging”): operação de remoção de material por
meios mecânicos ou térmicos com o objetivo de se preparar um chanfro.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, o objetivo da goivagem não
é “preparar um chanfro”. Goivagem não é operação de preparar juntas de soldagem.
Persiste a confusão entre chanfro e junta, agora embaraçada com o conceito de
goivagem. Goivagem ou goivadura é o ato de goivar, fazer uma canaleta com uma goiva
(a qual permite esculpir, isto é, dar forma).
3.54 goivagem a arco (“arc gouging”): operação pela qual se prepara
um chanfro através da remoção do material por arco elétrico.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, goivagem a arco voltaico
(“arc gouging”) é uma metáfora (um tipo de expressão em sentido figurado). Consiste
em utilizar o arco com o mesmo objetivo de uma goiva; terceiro, o objetivo da
“goivagem a arco” não é “preparar um chanfro”, nem mesmo uma junta. Persiste a
confusão entre chanfro e junta.
3.55 goivagem na raiz (“back gouging”): remoção de parte do metal de
solda e do metal de base pelo lado oposto de uma junta parcialmente soldada
para facilitar a fusão e a penetração na soldagem subseqüente naquele lado.
3.56 inserto consumível (“consumable insert”): metal de adição
posicionado na região da raiz da junta e que será fundido durante a soldagem,
tornando-se parte integrante do metal de solda.
Alerta:
Metal de adição posicionado no fundo da junta, mas não necessariamente na
raiz.
3.57 inspetor de soldagem: profissional qualificado, empregado pela
executante dos serviços para exercer as atividades de controle de qualidade
relativas à soldagem. As atividades exercidas pelos Inspetores de Soldagem
níveis 1 e 2 estão detalhadas na ABNT NBR 14842.
3.58 Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS): documento
escrito com base em EPS qualificada detalhando os parâmetros de soldagem
adequados para cada junta ou serviço, bem como os ensaios não destrutivos
aplicáveis e respectivas extensões.
3.59 junta (“joint”): arranjo de componentes ou extremidades de
componentes que serão unidos.
Alerta:
Junta não é um “arranjo”! Em soldagem, junta é o volume a ser preenchido
com metal de adição e delimitado pelas bordas dos elementos a unir, depois que estes
estão posicionados para soldagem e corretamente fixados. O problema com relação a
este conceito deriva do fato de se simplesmente traduzir normas técnicas americanas.
Uma das falhas da AWS é justamente não fazer de “joint” (junta) um termo técnico de
soldagem, não o distinguindo de “junction” (junção).
3.60 junta de aresta (“edge joint”): junta entre as extremidades de 2
ou mais componentes, podendo estes componentes se encontrarem paralelos
ou aproximadamente paralelos (ver Figura A.10).
Alerta:
A figura A.10 mostra a posição relativa dos elementos a unir, mas não a junta
(ou as juntas), conforme anuncia o título da figura.
3.61 junta dissimilar (“dissimilar joint”): junta constituída por
componentes, cujas composições químicas dos metais de base diferem
significativamente entre si.
3.62 junta de ângulo: junta em que, numa seção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de um ângulo (ver Figura
A.11.1). Em posições particulares recebem as denominações de:
Alerta:
Numa seção longitudinal os dois elementos a unir não apareceriam juntos.
Portanto, é desnecessária a expressão “numa seção transversal”.O que a figura A.11.1
denomina “situação genérica” chama-se junta oblíqua.
a) junta de ângulo em L - ver Figura A.11.2 (“corner joint”);
b) junta de ângulo em T - ver Figura A.11.3 (“T-joint”).
3.63 junta de topo (“butt joint”): junta entre 2 componentes alinhados
aproximadamente no mesmo plano (ver Figura A.12).
Alerta:
Definir junta de topo como “junta entre dois componentes alinhados
aproximadamente num mesmo plano” parece-me insuficiente. O que significa fazer
“alinhados”, neste caso? Os componentes precisam ser planos? A expressão “de topo” é
clara por si mesma, significa “de ponta”. Seria melhor assim: juntas em que os
componentes a soldar encontram-se de topo de modo que, numa seção transversal,
estes componentes apresentem-se aproximadamente num mesmo nível.
3.64 junta sobreposta (“lap joint”): junta formada por 2 componentes
a soldar, de tal maneira que suas superfícies sobrepõem-se (ver Figura A.13).
Alerta:
Eu prefiro dizer que os dois componentes estão paralelos e sobrepostos. Sempre
que os elementos a unir não estiverem de topo, nem em ângulo, eles estarão paralelos e
sobrepostos.
3.65 junta soldada (“welded joint”): união, obtida por soldagem, de 2
ou mais componentes incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada
pelo calor e metal de base nas proximidades da solda (ver Figura A.8).
Alerta:
Aqui aparece novamente o problema da definição de junta. A AWS não
distingue junta e junção, embora outras normas, inclusive a ISO 209692-1, definam
junta como um volume a ser preenchido por material de adição, especificando a sua
geometria de modo categórico. A definição acima poderia ser a de junção soldada
(embora junção ainda não seja um termo técnico), mas não de junta. Junta não é solda,
nem junção. Depois do processo de soldagem a junta inexiste, pois existirá a solda. O
volume da solda é sempre maior que o da junta. A ZAC não faz parte da solda, mas do
material de base. Ela é a zona do material de base que foi afetada pelo calor da
soldagem. A figura A.8 deve ser corrigida.
3.66 linha de fusão (“weld interface”): a interface entre o metal de
solda e o metal de base em uma solda por fusão, ou entre os metais de base
em uma solda no estado sólido sem metal de adição ou entre o metal de
adição e o metal base em uma solda no estado sólido com metal de adição e
em uma brasagem (ver Figura A.8).
Alertas:
Aqui temos muitos erros crassos juntos!
1) A tradução de “weld interface” é interface da solda e não linha de fusão.
2) Então, diz que “linha de fusão é a interface...”. Afinal, trata-se de é linha ou
de face?
3) Depois complementa assim: “ou (a interface) entre metais de base em uma
solda no estado sólido”. Solda no estado sólido ou soldagem no estado
sólido? Se a soldagem se faz no estado sólido, então não há fusão! A redação
acima é absurda e muito confusa terá que ser refeita integralmente.
3.74 metal de solda (“weld metal”): porção da junta soldada que foi
completamente fundida durante a soldagem (ver Figura A.8).
Alerta:
1. Metal de solda não é uma “porção da junta soldada que foi fundida”, é o
metal que foi utilizado como metal de adição. A junta é o volume vazio no
qual se deposita o metal de solda. Junta é volume e solda é massa.
2. Não é apenas por fusão que se solda. Na soldagem por pressão há solda e
não há porção que tenha sido completamente fundida.
3.75 operador de soldagem (“welding operator”): profissional
capacitado e qualificado a operar equipamento de soldagem automático ou
mecanizado.
3.76 oscilação (“oscillation”): técnica de soldagem na qual é imposto
ao arco ou chama um movimento alternado no sentido transversal ao cordão
de solda (tecimento).
Alerta:
Seria melhor assim: movimento transversal imposto à fonte de energia ou a
técnica na qual é imposta à fonte de calor uma oscilação transversal. As fontes de
calor usadas na soldagem por fusão não são apenas a chama e o arco voltaico. Existem
outras.
3.77 passe (“pass”): ver termo passe de solda.
3.78 passe de acabamento (“cover pass”): passe de solda feita para
produzir 1 ou mais cordões que resultam em uma camada exposta pelo lado
em que a solda é executada.
Alerta:
Tradução equivocada da AWS 3.0: “passe de solda feita para produzir 1 ou
mais cordões”. Ora, cada passe produz um único cordão. Basta ver a definição de passe.
Bastaria dizer que passe de acabamento é um passe da última camada de uma soldagem
de múltiplos passes.
3.79 passe de raiz (“root pass”): passe de solda feita para produzir 1
ou mais cordões que se estendem em parte ou na totalidade da raiz da junta.
Alerta:
Repete-se tradução equivocada da AWS 3.0: “passe de solda feito para produzir
1 ou mais cordões”. Ora cada passe produz um único cordão. Basta ver a definição de
passe da própria AWS. Bastaria dizer que passe de raiz é um passe do verso de uma
solda unilateral.
3.80 passe à ré: ver termo seqüência a ré.
3.81 passe de revenimento: passe ou camada depositado em condições
que permitam a modificação estrutural do passe ou camada anterior e de suas
zonas afetadas termicamente.
3.82 passe de solda: progressão unitária de uma operação de soldagem
ao longo de uma junta ou operação de revestimento. Um passe é composto de
1 ou mais cordões de solda localizados no mesmo eixo. (ver Figuras A.3.1 e
A.3.2).
Alerta:
Se o passe é uma progressão única, como pode ser composto de vários cordões?
Segundo a AWS 3.0, que serviu de base para estas normas, o passe é “a single
progression of welding along a joint. The result of a weld pass is a weld bead or layer”.
Portanto, de cada passe resulta um único cordão.
3.83 passe de solda oscilante (“weave bead”): passe realizado com
oscilação transversal em relação ao eixo da solda (ver Figura A.14.2).
3.84 passe de solda estreito (“stringer bead”): passe realizado sem
movimento oscilatório apreciável (ver Figura A.14.1).
3.85 peça de teste (“test coupon”): peça soldada para qualificação de
procedimento de soldagem ou para qualificação de soldadores ou operadores
de soldagem ou ainda para efeito de teste de produção.
Alerta:
“Test coupon” é uma redundância constante na AWS 3.0. O termo “Coupon”,
em inglês técnico, já significa “amostra de teste de um produto”.
3.86 penetração da junta (“joint penetration”): a profundidade que a
solda alcança na junta, desde a sua face, excluindo os reforços. (ver Figura
A.6).
Alerta:
Esta definição é de penetração da solda, não da junta. Esta falha está presente na
própria AWS 3.0 e foi feita uma translação. A penetração da junta é a profundidade
dela. Junta é o volume que se pretende que seja preenchido por material de adição, o
que nem sempre ocorre. Para não dar margem a confusões, é preferível reservar o termo
penetração apenas para a solda. Quando se trata da junta, é melhor denominar de
profundidade da junta.
3.87 penetração da raiz (“root penetration”): a profundidade que a
solda alcança na raiz da junta (ver Figura A.6).
Alerta:
Penetração da raiz da solda é a própria penetração da solda, mas não é isso que
se quer dizer, como mostra a figura A6. Aqui há erro de tradução, porque em inglês é
costume suprimir a preposição na adjetivação com dois substantivos, sendo que o
adjetivado é preposto. Pode-se pensar que se ganha em praticidade, mas certamente
perde-se em acuidade semântica. No caso em foco, a expressão “root penetration”
deveria ser traduzida por penetração na raiz ao invés de penetração da raiz. Trata-se da
penetração da solda na face de raiz da junta (penetração medida perpendicularmente ao
segmento de reta que define a largura da solda (segmento limitado pelos pés da solda).
Não se trata de penetração em face. Deve-se corrigir isto também na figura A6 – b.
3.88 perna de solda (“fillet weld leg”): distância da raiz da junta à
margem da solda em ângulo (ver Figura A.5).
Alerta:
Não. Perna não é “a distância da raiz da junta até a margem da solda”. Perna é
a distância da origem da junta até o pé da solda. A origem da junta é uma só, já as raízes
são duas. A solda tem duas pernas e dois pés.
3.89 poça de fusão (“weld pool”): volume localizado de metal líquido
em uma solda antes da sua solidificação.
Alerta:
Recomendo que modifique a definição dada para: volume localizado de metal
líquido, em uma solda, que acompanha o movimento da fonte de calor.
3.90 polaridade direta (“straight polarity”): ver termo corrente
contínua (com) polaridade direta.
3.91 polaridade inversa (“reverse polarity”): ver termo corrente
contínua (com) polaridade inversa.
3.92 ponteamento (“tack weld”): uma solda feita para fixar os
componentes de uma junta em posição de alinhamento até que a solda
definitiva seja produzida.
Alerta:
Melhor: pequenos trechos ou pontos de solda feitos para fixar os componentes
de uma junta em posição de alinhamento até que a solda definitiva seja produzida.
3.93 porta-eletrodo (“electrode holder”): dispositivo usado para
prender mecanicamente o eletrodo e transmitir a corrente elétrica.
Alerta:
Melhor: dispositivo usado para o manuseio do arco voltaico, o qual prende
mecanicamente o eletrodo, isola-o do operador e transmite a corrente elétrica ao arco.
3.94 pós-aquecimento (“postheating”): aplicação controlada de calor
na junta imediatamente após a soldagem, brasagem, corte e aspersão
térmica.
Alerta:
Seria melhor assim: aquecimento controlado, imediatamente posterior ao
aquecimento da soldagem, feito com o objetivo de manter a temperatura da junção
soldada num valor mínimo, durante determinado tempo, necessário para que alguma
transformação metalúrgica se complete, em geral para difundir o hidrogênio atômico.
Explicação:
1) A definição dada pela norma vigente abarca indevidamente qualquer
tratamento térmico posterior à soldagem. O que falta dizer é que se trata da
aplicação controlada de calor na junção imediatamente após a soldagem.
Não me consta que se use pós- aquecimento nas operações de brasagem, a
não ser em casos muito raros quando se precisa aliviar tensões residuais.
2) Há outra questão interessante a perceber, que exemplifica a intensidade da
contaminação da linguagem popular (imprecisa e econômica por natureza)
na linguagem técnica. O prefixo pós indica um período posterior ao indicado.
Por exemplo: pós-adolescência (período imediatamente posterior ao da
adolescência). Portanto, pós-aquecimento seria qualquer procedimento feito
imediatamente após o aquecimento. No jargão da soldagem, fica
subentendido que se trata de algo após o aquecimento da soldagem (o
aquecimento principal). Logo, pós-aquecimento é uma referência
simplificada (reduzida) ao aquecimento posterior ao aquecimento da
soldagem. O mais inequívoco seria dizer aquecimento pós-soldado ou pós-
brasado ao invés de simplesmente “pós-aquecimento”. Esta palavra deve ser
um termo técnico, corretamente definido numa norma oficial.
3.171 zona de fusão (“fusion zone”): região do metal de base que sofre
fusão durante a soldagem (ver Figura A.8).
Alerta:
O material de base se solubiliza na solda. Por isso, seria melhor a seguinte
definição: porção do material de base original que fundiu durante a soldagem. Na
seção reta da solda, esta porção é uma área.
3.172 zona de ligação: ver termo linha de fusão.
Alerta:
Zona de ligação não é o mesmo que linha de fusão! Linha de fusão é a linha,
na seção reta da solda, que delimita a solda em relação ao material de base. Por sua vez,
zona de ligação, na seção reta da solda, é a área que foi fundida e é composta por
material de base não solubilizado. Esta zona pertence à camada limite laminar, que não
chega a se solubilizar na poça metálica, a qual formada pela íntima mistura dos metais
de adição e de base. Esta zona subsiste mesmo quando há forte convecção na poça
fundida e, a rigor, não pertence à solda, mas a ZAC (metal de base).
3.173 zona fundida: ver termo metal de solda.
Alerta:
Zona fundida não é o mesmo que metal de solda! Primeiro, porque zona é uma
região e metal é um tipo de matéria. Segundo, porque não é apenas por fusão que se
solda. Na soldagem por pressão há solda e não há porção que tenha sido completamente
fundida. Terceiro, porque metal de solda é o metal de adição e não se deve confundir
metal de solda com metal da solda.
3.174 Zona Termicamente Afetada - ZTA (“heat-affected zone”): ver
termo zona afetada pelo calor.
Fim.
No momento, esta é a minha contribuição à N1438.
Prof. A. Quites
http://www.soldasoft.com.br