AgInt no RECURSO ESPECIAL N� 1850211 - SP (2019/0350863-2) RELATOR : MINISTRO
GURGEL DE FARIA AGRAVANTE : JOSE MAURICIO MACHADO E ASSOCIADOS - ADVOGADOS E
CONSULTORES JURIDICOS ADVOGADOS : DANIEL LACASA MAYA - SP163223 JULIO MARIA DE OLIVEIRA - SP120807 LORENA DE MORAIS XIMENES CAMPOS - DF035694 AGRAVADO : MUNIC�PIO DE S�O PAULO PROCURADOR : MURILO GALEOTE - SP257954 EMENTA PROCESSUAL CIVIL. EXECU��O FISCAL. EXTIN��O. INSCRI��O EM D�VIDA ATIVA. CANCELAMENTO. HONOR�RIOS ADVOCAT�CIOS. PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA CAUSA. DESPROPORCIONALIDADE. JU�ZO DE EQUIDADE. POSSIBILIDADE.
1. N�o obstante a literalidade do artigo 26 da LEF, que exonera as partes de
quaisquer �nus, a jurisprud�ncia desta Corte Superior, sopesando a necessidade de remunerar a defesa t�cnica apresentada pelo advogado do executado em momento anterior ao cancelamento administrativo da CDA, passou a admitir a fixa��o da verba honor�ria, pelo princ�pio da causalidade. Intelig�ncia da S�mula 153 do STJ.
2. A necessidade de deferimento de honor�rios advocat�cios em tais casos n�o pode
ensejar �nus excessivo ao Estado, sob pena de esvaziar, por completo, o referido artigo de lei.
3. Da senten�a fundada no artigo 26 da LEF n�o � poss�vel identificar objetiva e
direta rela��o de causa e efeito entre a atua��o do advogado e o proveito econ�mico obtido pelo seu cliente, a justificar que a verba honor�ria seja necessariamente deferida com essa base de c�lculo, de modo que ela deve ser arbitrada por ju�zo de equidade do magistrado, crit�rio que, mesmo sendo residual, na espec�fica hip�tese dos autos, encontra respaldo nos princ�pios da razoabilidade e da proporcionalidade preconizados no artigo 8� do CPC/2015.
4. Precedente: REsp 1.795.760/SP, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma,