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Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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Caderno do Professor
A coleção didática do Sistema de Ensino Objetivo
(6.o ao 9.o ano)

1. Apresentação
A coleção didática do Sistema Objetivo de Ensino para o Ensino Fundamental é o resultado de uma sólida
experiência na elaboração de materiais didáticos e em sua efetiva utilização. Os Cadernos do Aluno e os
Livros do Professor são concebidos por coordenadores e professores de nossa equipe pedagógica,
profissionais com comprovada experiência na área educacional e atuantes em sala de aula. Isso torna possível
oferecer materiais didáticos com alto grau de aplicabilidade, na medida em que resultam de um profundo e
intencional diálogo entre a teoria e a prática no desenvolvimento das aulas e das propostas de atividades.

Além de oferecer as condições necessárias para a compreensão dos fenômenos envolvidos nas relações
que se estabelecem durante a progressão dos processos de aprendizagem, nosso objetivo central é garantir
que as ações pedagógicas fundadoras de nossa proposta teórico-metodológica ocorram em contextos
verdadeiramente significativos.

Partimos da concepção de que, nos dias atuais, não é mais possível reconhecer o processo de
ensino-aprendizagem apenas como mera transferência de informação. É preciso ir além, criando condições
para que o aluno assuma um papel ativo na construção do conhecimento e seja também um produtor de
“saber”. Da mesma forma, é necessário garantir que o professor possa atuar como mediador desse processo,
com habilidades aprimoradas para capacitar os alunos a aprenderem de maneira progressivamente autônoma,
estimulando o pensamento reflexivo e a capacidade analítica dos objetos de conhecimento vinculados a seus
contextos de uso real. Assumimos, assim, nosso respeito ao aluno, concebido como sujeito livre,
competente, criativo e apto à realização de novas descobertas.

Identificamos que tais princípios – seguramente comprometidos com a formação integral do aluno e
amparados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – estão alinhados às competências gerais da
Educação Básica determinadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)1. Destacamos que a noção de
competência é definida pelo documento como sendo

[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas


e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

1 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo
que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de
Educação (PNE).
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O documento salienta ainda que tais competências

[...] inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da


Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na
construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.

Considerando esses pressupostos, a BNCC apresenta as dez competências gerais da educação básica
para cujo desenvolvimento os diferentes componentes do currículo devem concorrer. São elas:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o


respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

(BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF, 2017.)

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Para assegurar o desenvolvimento dessas competências, o documento apresenta um conjunto de


habilidades específicas norteadoras para cada área de conhecimento, que devem ser interpretadas à luz dos
contextos específicos em que serão utilizadas.
Em nosso material serão fornecidos, progressivamente, os conteúdos necessários ao desenvolvimento
de tais habilidades, apresentados por meio de estratégias pedagógicas que permitirão ao professor integrar
valores cognitivos, socioemocionais, pragmáticos, culturais e éticos às suas práticas de sala de aula,
observando o respeito às suas diferentes representações. Nossa expectativa é estimular o desenvolvimento
do pensamento crítico e favorecer a aprendizagem continuada de habilidades numa perspectiva integrada e
comprometida com a formação de cidadãos ativos.
Especificamente, com relação às habilidades socioemocionais, cujo desenvolvimento foi integrado às
tarefas escolares pela BNCC, consideramos que no cotidiano da sala de aula são oferecidas muitas
oportunidades de se trabalhá-las com os alunos. Cumpre ressaltar que considerá-las significa valorizar uma
educação integral, na qual o conhecimento e o desenvolvimento cognitivo ocorrem conjuntamente com as
interações sociais (entre alunos e entre alunos e professores), tendo em vista a participação na sociedade e
contemplando o respeito e o reconhecimento emocional de cada um dos alunos.
Durante suas aulas, os professores promovem várias intervenções que, revestidas de intencionalidade
pedagógica, concorrem para o desenvolvimento dessas habilidades. Nos Cadernos de Atividades, procuramos
ressaltar, por meio de sugestões ao professor, quais delas poderão ser trabalhadas em atividades específicas.
Tomamos como referência fundamental para essas orientações as competências gerais da educação
básica apresentadas no próprio documento, que, no âmbito socioemocional, destaca as seguintes habilidades:
autonomia, responsabilidade, argumentação, negociação, consciência socioambiental, ética, autocuidado,
empatia, diálogo, resolução de conflitos, cooperação, respeito, tolerância, flexibilidade, resiliência,
solidariedade, tomada de decisão. Outras habilidades podem ser apontadas de acordo com as atividades
propostas. Entendemos, ainda, que as ações educativas devem nortear-se a partir de valores de consenso
social e, como afirma a base curricular, “com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
e solidários”.
Reconhecemos a importância do uso eficaz e consciente das tecnologias que sustentam o acesso à
cultura digital e, alinhados às orientações expressas pela BNCC, reforçamos e expandimos o tratamento
transversal dado às tecnologias digitais de informação e comunicação. Mais do que instruir consumidores de
tecnologia, pretende-se contribuir para a formação de alunos ativos e criativos, produtores de conteúdo em
ambiente digital e midiático que atuem de forma responsável e com valores condizentes com uma cidadania
digital.

2. Proposta didático-metodológica
A proposta didático-metodológica desta coleção é dar suporte ao desenvolvimento de um processo de
ensino-aprendizagem em que haja o predomínio da experimentação, da descoberta e da coautoria na
construção do conhecimento.
Procurou-se organizar, nas diferentes disciplinas, sequências didáticas que favoreçam os alunos com o
exercício da reflexão e a mobilização de recursos cognitivos, saberes e informações a serem aplicados em
situações de aprendizagem.
A ênfase desta coleção didática está no percurso de aprendizagem a ser empreendido pelos alunos, e não
apenas nos seus resultados. Abandonou-se o formato mais corriqueiro de apresentação do conteúdo no início
dos módulos, seguido de exercícios, em favor de atividades nas quais os alunos são envolvidos de fato no
processo de aprendizagem. Considera-se que a aprendizagem é mais significativa quando o aluno atua como

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protagonista, ou seja, assume um papel ativo e mobiliza habilidades cognitivas para explorar e descobrir
novos conhecimentos. Nisto se dá a incorporação de novos saberes e também se amplia o conhecimento
que ele tem de si próprio e da realidade como um todo, criando-se condições para uma atuação social mais
consciente. Espera-se que o aluno, ao assumir um papel ativo na própria aprendizagem, desenvolva a
metacognição, isto é, adquira domínio progressivo sobre suas habilidades cognitivas e sobre seu processo
de aprendizagem.
Como hoje se considera que há variados estilos de aprendizagem, elaboramos atividades bastante
diversificadas, de modo a atender a diferentes formas de aprender. Assim, garante-se também que os alunos
participem ativa e efetivamente da construção de sua aprendizagem, envolvendo-se em aulas mais dinâmicas,
de forma a ampliar a motivação e estimular o interesse desses aprendentes pelos assuntos tratados.
Sabe-se que os conceitos são interiorizados na medida do significado de que são revestidos no processo de
sua apreensão pelos alunos. Importa, pois, a sua contextualização e o quanto os alunos estão envolvidos e são
desafiados a se integrar na construção coletiva do conhecimento. Com isso em vista, são oferecidas
situações-problema e atividades desafiantes a serem solucionadas pelos alunos, como forma de garantir seu
envolvimento e a mobilização dos conhecimentos e das habilidades requeridas. O objetivo é que o aluno não
apenas tenha acesso às informações, mas também aprenda a lidar com elas para aplicá-las em situações
concretas.
O ponto de partida se dá na valorização do conhecimento prévio do aluno como alicerce importante para
a construção do conhecimento de registro acadêmico e científico. Com essa finalidade, criam-se condições
para que as novas informações possam articular-se com o conhecimento preexistente, desestabilizá-lo e
assim possibilitar aos alunos a construção de novos saberes, promovendo situações de aprendizagem que
os levem a ampliar seus conhecimentos.
Exposto a uma situação-problema, o aluno mobiliza novos saberes, pois um problema é uma situação
possível de ser resolvida, mas o indivíduo não dispõe, de antemão, de uma estratégia ou procedimento já
estruturado para solucioná-la. Com frequência, é possível chegar à solução por meio de mais de uma
estratégia ou procedimento. A situação-problema, por sua complexidade, geralmente se constitui em um
desafio instigante, mas com grau de dificuldade compatível com o repertório do aluno, quando etapas
anteriores foram consolidadas. Dar oportunidade ao surgimento de uma diversidade de posições encaminha
a possibilidade de haver um conflito cognitivo e, em consequência, promover o desenvolvimento intelectual
e a aprendizagem. Para solucionar situações-problema com pertinência e eficácia, dá-se a mobilização de um
conjunto de recursos, tais como conceitos, habilidades e atitudes. Trata-se de uma estratégia para a qual é
necessário e conveniente recorrer a procedimentos multíplices, como levantar hipóteses, analisar dados,
buscar recursos para a resolução e estabelecer relações, assumindo a complexidade da questão em estudo.
Isso implica também o comprometimento com valores éticos e sociais.
Ainda que a resposta certa não seja o único objetivo a ser alcançado, o compromisso com o saber
acadêmico e científico encaminha a necessidade da validação do conhecimento construído pelos alunos.
Para isso, este deve ser relacionado com os conhecimentos estabelecidos e nesse processo se dão a
ampliação e a reorganização dos seus saberes.
Algumas atividades de aprendizagem das sequências didáticas foram elaboradas para serem
necessariamente feitas em grupo, e isso deve ser respeitado. Considera-se que trabalhar em grupo não seja
apenas importante, mas sim fundamental. Na realização de atividades em duplas, ou em grupos, é favorecida
a interação entre os alunos, o que possibilita o confronto de pontos de vista e a troca de ideias entre eles.
Nelas os alunos são solicitados a planejar trabalhos, expor suas ideias, ouvir e analisar as dos outros, elaborar
sínteses e formular conceitos, realizando assim um enriquecedor percurso de aprendizagem. Enfatiza-se,
nesse caso, a aprendizagem colaborativa. Além de ser uma estratégia pedagógica, é também caminho de
preparação para o exercício responsável da cidadania ao dar ao aluno a oportunidade de se posicionar

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socialmente, no contexto escolar, de forma ativa. Como se observa pelo exposto, essas atividades são
valiosas oportunidades de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, tais como empatia, colaboração,
liderança, entre outras.
Sugerimos formas diferenciadas para organizar os agrupamentos de alunos, a fim de enriquecer os
processos de aprendizagem e também superar as suas dificuldades. Podem-se organizar duplas, trios, quartetos
e grandes grupos em círculo ou meia-lua e combinar essas formas de organização em momentos diferentes.

2.1. O papel do professor


A proposta de trabalho da coleção exige que o professor atue como mediador no processo de
aprendizagem, favorecendo a construção do conhecimento. Longe de ser apenas aquele que transmite as
informações, ele deve assumir uma postura problematizadora, promovendo a reflexão, a criatividade e a troca
de experiências entre os alunos. O mediador é aquele que faz perguntas, propõe problemas e desafios
possíveis que incitem o aluno a fazer indagações, observar, comparar, formular hipóteses e testá-las,
discriminar, generalizar, relacionar a construção de saberes novos com saberes prévios e aplicá-los a novas
situações.
A mediação pedagógica é entendida como a atitude e o comportamento do professor como um
organizador do processo de aprendizagem – alguém que oferece condições que desencadeiam a exploração
e a descoberta por parte do aluno e o estimula à construção do seu saber. É dinâmica e não comporta receitas
ou fórmulas – a ligação que o professor promove entre o aprendiz e o objeto de aprendizagem deve estruturar-se
e reestruturar-se em decorrência do processo individual do aluno, impossível de ser totalmente previsto,
antecipado. Há de se considerarem os processos individuais, os estilos de aprendizagem particulares, os
momentos em que se faz necessária uma atuação mais ou menos diretiva. Sem dúvida, atuar como mediador
é muito mais difícil, requer muito mais preparo e envolvimento do que fazer exposições totalmente planejadas
de conteúdos e aplicar exercícios com gabarito único.
O Caderno do Professor traz orientações didáticas que acompanham todas as propostas de trabalho,
funcionando como guia para a utilização adequada e eficiente do material didático. Ao mesmo tempo, não
restringe as opções do professor para atender às necessidades surgidas na dinâmica da sala de aula,
oferecendo, inclusive, sugestões alternativas para esse fim.

3. Avaliação
Para adequar-se à proposta de trabalho desta coleção, deve-se entender a avaliação como parte do
processo de aprendizagem. Durante todo o tempo, o aluno deve ser acompanhado, observado, questionado
e estimulado a buscar respostas. Nesse percurso, é possível identificar avanços ou resultados nos vários
processos de aprendizagem em questão, como também fazer levantamento de novas necessidades, planejar
e executar ações, melhorando o atendimento aos alunos. Nesse sentido, a função principal da avaliação não
é atribuir uma nota ou um conceito de acordo com a quantidade de conteúdos aprendidos, mas reorientar a
aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o ato de avaliar não pode ser mecânico; deve ser processual e
reflexivo, voltado para identificar os níveis de aprendizagem alcançados nos conteúdos curriculares em
desenvolvimento assim como nas habilidades a serem construídas, a fim de, se necessário, ajustarem-se ou
alterarem-se os processos em curso. Avaliar é reorientar a prática docente sempre que necessário, é oferecer
ao professor subsídios concretos para saber como prosseguir com sua ação educativa. Nessa visão, os erros
se tornam objetos de estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo
estudante em seu percurso de aprendizagem. Seguramente, para avaliação das habilidades construídas
instrumentos de avaliação específicos devem ser considerados.
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4. Atividades de aprendizagem e organização das sequências didáticas


A composição dos Cadernos de Atividades foi feita a partir de unidades subdivididas em módulos. A
proposta de trabalho se estrutura em sequências de aprendizagem apresentadas em seções didáticas
organizadas e, por consequência, nomeadas considerando o processo de construção dos saberes a ser
percorrido pelo aluno, conforme ilustrado a seguir:

O aluno desenvolve uma atividade inicial que deve permitir-lhe identificar e organizar seus
conhecimentos prévios sobre o tema, bem como aguçar sua curiosidade e interesse por
eles. Pode constituir parâmetro para que se autoavalie e monitore os próprios progressos.
Para o professor, ter noção clara dos conhecimentos prévios dos alunos permite-lhe planejar
as aulas de maneira a aprofundar e ampliar conceitos, esclarecer aspectos mal compreen-
didos e desfazer imprecisões conceituais preconcebidas pelos alunos.

O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de um raciocínio
e, por meio da exploração (como questões a responder, hipóteses a testar), chegar à descober-
ta, ou seja, a novos saberes. É importante que o professor não elimine questões nem junte
aspectos tratados isoladamente em uma única pergunta com o intuito de encurtar o processo.

Pelo desenvolvimento de uma atividade (como estudo de um texto, participação em uma


discussão, elaboração de uma síntese), espera-se que o aluno organize, sintetize e amplie os
saberes que foram sendo identificados, complementados e reorganizados nas etapas
anteriores.

Exposto a uma situação que exige dele uma resposta nova, original, diferente do exercício
de simples compreensão ou de aplicação reprodutiva de algo já dado, o aluno é solicitado a
mobilizar os novos conhecimentos, habilidades e atitudes.

As atividades de aprendizagem são acompanhadas de tarefas a serem realizadas em casa.


Além de colaborarem para o desenvolvimento de habilidades e apreensão de conteúdos, as
tarefas têm propósitos importantes de formação, pois contribuem para o desenvolvimento
de hábitos de estudo autônomo, que envolvem disciplina, organização, autorregulagem da
aprendizagem e pesquisa, entre outros. Podem ser também subsídios para o que vai ser
tratado nas aulas. Nestas, um tempo deve ser reservado para que os alunos comentem suas
respostas, exponham suas dúvidas e dificuldades.

No Portal Objetivo, são oferecidas orientações aos alunos para todas as tarefas. As
marcadas com o ícone “tarefanet” são construídas de forma a permitir a autocorreção por
parte deles.

As atividades assim assinaladas possibilitam o uso de recursos digitais e midiáticos em


sua realização.

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Por meio dessa plataforma, com acesso pelo Portal Objetivo, alunos e professores dispõem
do conteúdo digitalizado dos Cadernos de Atividades, Games e demais materiais didáticos.

Jogo digital disponível no Conteúdo On-line, relacionado a assuntos presentes nos


cadernos de atividades.

Cabe salientar que as seções didáticas apresentadas, embora tenham propósitos centrais diferentes umas
das outras, não são estanques nem se esgotam em si mesmas. Por exemplo, as atividades propostas em
“Suas experiências”, embora tenham como foco central a identificação e a organização dos saberes prévios,
já podem criar condições para alguma nova descoberta; da mesma forma, o desenvolvimento das atividades
de “Sua criação” ou a “Ampliação dos saberes” dão continuidade ao processo de exploração e descoberta,
possibilitando a construção de novos saberes.
Além das seções estruturantes do processo de aprendizagem, há outras marcações de atividades que
sinalizam de que formas estas se integram nas sequências didáticas organizadas. Algumas se repetem nas
diferentes disciplinas (“Pense no assunto”, “Atividade em grupo”, “Sua contribuição ao grupo” etc.) e outras
são específicas de algumas delas.
O professor pode planejar seu trabalho e organizar a duração de cada sequência didática, acompanhando
as sugestões de número de aulas previstas que são apresentadas em tabela no fim de cada caderno de
orientação ao professor. É certo que acompanhar o processo de aprendizagem impõe alguma flexibilidade a
partir das reações dos alunos às atividades, demandando do professor uma atenção constante. Respeitando-se
os interesses dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem, o tempo destinado a cada atividade e a duração da
sequência podem ser encurtados ou ampliados.

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A proposta do material didático de Ciências


1. Pontos de partida
A influência cada vez maior e mais presente da tecnologia em todas as áreas e em nosso dia a dia vem
despertando longos debates sobre o ensino de ciências. Nos últimos 60 anos, no ensino dessa disciplina,
influenciado pelas mudanças sociais, políticas, tecnológicas e ambientais, vem se percebendo a necessidade
de tornar o conteúdo e o aprendizado interessantes e compreensíveis para os estudantes do terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental. Isso porque, até então, a disciplina colocava o homem como centro de tudo,
e os demais seres eram apresentados como se estivessem a seu serviço. Essa é a chamada visão
antropocêntrica da ciência, que tem influenciado a visão científica, acadêmica e escolar.
Desde os PCN (MEC – SEF, 1998), questiona-se essa forma de apresentar a natureza e pretende-se que
o ensino de ciências seja muito mais que descrições e teorias: que sirva de estímulo ao aluno, para que ele
questione, investigue, discuta e seja reconhecido como cidadão ativo em nossa sociedade.
De acordo com os documentos da BNCC, o ensino de Ciências deve estar voltado ao letramento científico.
O mesmo documento esclarece que o letramento ou alfabetização científica baseia-se em um conjunto de
ações com objetivos de desenvolver no estudante a capacidade de compreender e interpretar o mundo e suas
esferas natural, social e tecnológica. Para isso, torna-se necessário fazer planejamentos integrados com as
demais áreas do conhecimento, com a finalidade de abranger temas que privilegiem a interdisciplinaridade,
a transversalidade, o multiculturalismo, a ética, a cidadania etc.
Por meio dos conhecimentos espontâneos (aqueles que tenham caráter intuitivo ou que estejam ligados
às situações do cotidiano), o estudante traz para a sala de aula as ideias sobre o assunto que o professor está
desenvolvendo.
Para consolidar objetivos de ensino e aprendizagem, oferecemos um material didático que possibilita que
o aluno construa o conhecimento e se aproprie dele e, acima de tudo, tenha acesso a um material inovador
e estimulante, capaz de despertar a curiosidade e o espírito investigativo.
O caderno de atividades de ciências deve servir como suporte de trabalho aos professores e, principal
mente, estimular os alunos a participar da sociedade, exercendo seus deveres e direitos, posicionando-se de
maneira crítica, valorizando o patrimônio ambiental e sociocultural, reconhecendo e adotando hábitos positivos
para sua saúde e para a saúde coletiva.
Para favorecer as possibilidades de compreensão dos alunos ao longo do ensino fundamental, alguns
assuntos são retomados e aprofundados. Exemplo disso é a fotossíntese, processo fundamental para o
aprendizado sobre fluxo de energia, sobre cadeia alimentar, na caracterização do reino vegetal, função das
folhas, exemplo fundamental de reação química, entre outros.
A ciência trabalha com resultados de pesquisas em universidades e outros centros por todo o mundo.
Valores numéricos apresentados em gráficos ou infográficos são modificados pelas ocorrências diárias. Assim,
é importante que o aluno e o professor saibam que alguns dados apresentados podem variar ao longo dos
anos, pois não são estanques, mas dinâmicos.
É importante mostrar ao aluno que a ciência deve ser aplicada, acima de tudo, para o bem da humanidade,
apesar de ser reconhecidamente aplicada com finalidades políticas e econômicas.

2. Objetivos de ensino e aprendizagem


O ensino de ciências tem como principais objetivos:

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• Estimular o pensamento científico para que o aluno compreenda as transformações da natureza ao


longo do tempo, reconhecendo-se como parte integrante dela.
• Fazer com que o aluno perceba a existência e a ocorrência do método científico como um processo
dinâmico na produção tecnológica e nas condições de vida da sociedade.
• Fornecer condições de observação, para que o aluno possa registrar características do ambiente e dos
seres que nele vivem.
• Desenvolver experimentos simples que permitam a visualização, a observação, a análise e a conclusão
das propriedades e dos fenômenos físicos/químicos dos diversos elementos formadores do ambiente.
• Favorecer a construção de conhecimentos que possibilitem ao aluno diagnosticar e formular questões
sobre a saúde, integrada às condições sociais, de forma a ampliar o pensamento crítico e assim permitir
que avalie riscos e benefícios.
• Introduzir no cotidiano do aluno o uso dos conceitos científicos básicos, capacitando-o a participar de
discussões de temas importantes que auxiliem nas decisões relativas aos rumos de nossa sociedade.

3. A BNCC na proposta do Ensino de Ciências no Colégio Objetivo


A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) divide as Ciências da Natureza em três Unidades Temáticas:
Vida e Evolução; Matéria e Energia e Terra e Universo, que orientam a organização dos cadernos de atividades
do Sistema de Ensino Objetivo para essa área de conhecimento.
Esse documento determina que seja garantido aos alunos o desenvolvimento de competências
específicas:
• Compreender e explicar conceitos científicos relacionados às Ciências da Natureza, a fim de reconhecer
as questões que podem ser investigadas cientificamente, associando-se o conhecimento como forma
de empreendimento humano e valorização do conhecimento cultural.
• Reconhecer as questões que podem ser investigadas e dominar os processos de atividades práticas
como garantia de conhecimento, e assim poder participar e promover debates sobre as questões
ambientais, tecnológicas e sociais.
• Compreender os fenômenos naturais a partir de questionamentos e curiosidades, estabelecendo
relações, buscando respostas e soluções e incluindo nessas situações todos os tipos de recursos
tecnológicos.
• Aplicar os conhecimentos das Ciências da Natureza aos desafios encontrados no mundo do trabalho.
• Agir de forma responsável e competente utilizando seus conhecimentos para ajudar nas tomadas de
decisões sobre questões relativas a saúde e tecnologia, sempre se levando em consideração a ética, a
democracia e o respeito frente às atitudes individuais e coletivas.
• Conhecer o seu corpo e respeitar a diversidade humana valorizando o bem-estar físico, mental e social
a partir dos conhecimentos das Ciências da Natureza.
• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências que inclui investigação,
reflexão e análise crítica, identificadas nas atividades propostas no material.
• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias que respeitem os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável,
posicionando-se de forma ética em relação aos cuidados consigo mesmo e com o planeta, é
competência geral da BNCC aplicável no material proposto.

Além de tratar dos objetos de conhecimento definidos por esse documento, outros assuntos são
apresentados de forma complementar. Entre esses objetos de conhecimento, alguns foram retomados das
séries iniciais do Ensino Fundamental de maneira mais aprofundada e outros foram mantidos de nossa
programação anterior por considerarmos essenciais para a formação integral dos nossos alunos.
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4. Atividades de Aprendizagem
A metodologia do ensino de Ciências sofreu modificações ao longo do tempo. Entre o século XIX e a
década de 1950, predominou a linha tradicional ou conteudista, que, apesar de não ser reconhecidamente a
mais adequada, se mantém até os dias atuais. Caracteriza-se pela transmissão de conhecimentos já
existentes, sendo o professor o detentor dos saberes. O aluno é apenas reprodutor das informações.
Em contraponto à linha tradicional, surgiu, em meados da década de 1950, a linha tecnicista, valorizando
e reproduzindo o método científico, dando ênfase às aulas experimentais que apenas reproduziam o
conhecimento já existente.
A tendência atual é chamada de Ciência Investigativa e insere o aluno no centro do processo, fazendo com
que ele aprenda a partir do que lhe é significativo e do conhecimento já adquirido.
Para que o aluno possa desenvolver explicações sobre o que acontece dentro e fora da escola, sobre
fenômenos naturais e conhecimentos tecnológicos, é necessário aguçar sua curiosidade.
A Ciência deve servir como meio de o aluno aperfeiçoar os conhecimentos que já possui, ajudando-o a
ampliá-los.
A ideia é criar uma situação-problema a partir da qual o aluno formulará hipóteses valendo-se de seus
conhecimentos prévios ou intuitivos, a fim de que se sinta estimulado a buscar explicações para o fenômeno
analisado.
O professor deve estimular o aluno e conscientizá-lo de que, se seu conhecimento não é suficiente para
explicação de um problema, deve investigar o assunto e então criar um novo modelo por meio do qual se
apropriará de mais conhecimento.

4.1. Orientações para o laboratório


As atividades práticas devem ser vistas com especial atenção quando se pretende desenvolver assuntos
relacionados a Ciências Naturais.
A experimentação pode ser realizada de forma demonstrativa ou pelos próprios alunos, dependendo da
natureza do experimento, da disponibilidade de espaço e do material adequado para sua realização.
Quando realizada de forma demonstrativa, a participação do aluno pode ser ampliada, desde que o
professor faça a mediação entre o experimento, seus resultados e os alunos. Antes mesmo da realização da
atividade, é possível levantar questões para a formulação de hipóteses pelos alunos em relação aos resultados
esperados. O questionamento antes da realização em função do resultado esperado e o próprio resultado são
essenciais para que o processo de aprendizagem seja alcançado.
Quando o experimento é realizado pelos próprios alunos, o desafio se torna maior para o professor, pois
há necessidade de mais atuação e atenção em relação aos grupos formados pelos alunos, aos materiais
utilizados, aos procedimentos e resultados. É necessária muita clareza por parte do professor sobre os
procedimentos que serão adotados e eventuais riscos em relação aos materiais. A avaliação dos resultados
obtidos pode ser feita de maneira coletiva, o que gera discussão e argumentação, considerando-se que muitas
vezes os resultados obtidos não são os esperados nem necessariamente os mesmos entre diferentes grupos.
Nas duas possibilidades descritas, muitas vezes os resultados obtidos divergem dos resultados previstos.
Nesse caso, deve-se aproveitar a oportunidade para questionar a razão do ocorrido, o que favorecerá as
discussões sobre o assunto. Independentemente do resultado de uma experimentação, o referido assunto
deve ser discutido, questionado, investigado e, mesmo que não haja uma conclusão exata e final, todo o
processo se torna significativo para o aluno e, dessa forma, há mais possibilidade de aprendizagem.
Em determinados momentos e experimentos, é possível que os alunos tenham ideias e sugestões sobre
alterações de materiais e procedimentos. Nesses casos, deve-se discutir as novas possibilidades e, quando
possível, colocá-las em prática.

XII
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Descrevemos a seguir algumas medidas que devem ser tomadas no ambiente de laboratório e algumas
sugestões de como trabalhar nesse ambiente. Ressaltamos que muitas vezes as atividades práticas poderão
ser realizadas em outros espaços, tais como quadra esportiva, pátio, jardim etc. Nesses casos, as medidas,
principalmente em relação à segurança, poderão ser alteradas.

• Antes de realizar os experimentos com os alunos, teste-os.


• Verifique se todos os materiais necessários estão disponíveis.
• Converse claramente com os alunos sobre os procedimentos que serão adotados.
• Trabalhe com os alunos preferencialmente em grupos para que surjam discussões e divergências de
ideias.
• Muito cuidado com experimentos que utilizem substâncias químicas, combustão de qualquer natureza,
ou que necessitem do uso de corrente elétrica.
• Utilize avental de manga longa e solicite o uso dele pelos alunos como ferramenta de proteção.
• Instrua os alunos em relação aos cuidados que devem ser tomados, como: não correr, não colocar
nada na boca, não coçar os olhos durante um experimento, tomar cuidado com as vidrarias e avisar
imediatamente o professor em caso de qualquer tipo de acidente.

4.2. Seções didáticas


• Suas experiências.
• Exploração e descoberta.
• Ampliação dos saberes.
• Sua criação.
• Pensando no assunto.
• Laboratório.
• Sua contribuição ao grupo.
• Atividade em grupo.
• Você sabia?

5. Avaliação
O processo de avaliação deve estar presente em todos os momentos, desde o preparo do conteúdo a
ser aplicado até o objetivo a ser alcançado. A avaliação deve ser usada como resposta para que saibamos se
o objetivo programado foi atingido e, a partir desse resultado, se a estratégia utilizada foi adequada ou deve
ser modificada.
As atividades apresentadas ao longo das unidades/módulos possibilitam verificações da forma oral,
escrita, individual ou em grupo.
A partir dessas verificações, podemos observar se o aluno consegue aplicar o que aprendeu e transferir
seu conhecimento para as diversas situações do dia a dia. É importante observar e registrar se ele não apenas
detém o conhecimento de forma individual, mas também sabe compartilhá-lo com o grupo.
Em relação às aulas práticas, a avaliação não deve ser baseada nos resultados obtidos pelos alunos, mas
sim em sua participação, seus questionamentos, suas hipóteses e nas conexões feitas por eles entre o que
está sendo proposto e o que foi discutido em sala de aula.
A avaliação deve ser realizada de forma gradual e contínua, e não somente no final do curso ou do caderno.

XIII
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6. Referências Bibliográficas
ARRUDA, Ana Maria da Silva; BRANQUINHO, Fátima Teresa Braga; BUENO, Shirley Neves. Ciências no
ensino fundamental, jan. 2006. Disponível em: <http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/downloads/livroii_
ciencias_final.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2014.
ATAIDE, MCES; SILVA, BVC. As metodologias de Ensino de Ciências: contribuições da experimentação
e da História e Filosofia da Ciência.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez,
1994.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais. Ática, 2010.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A docência em ciências naturais: construindo um currículo para o aluno e para
a vida. Erechim: Edelbra, 2012.
NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de
Ciências no Brasil: História, formação de professores e desafios atuais.
BNCC: A área de Ciências da Natureza. Competências específicas de Ciências da Natureza para o ensino
Fundamental. Brasilia: Ministério da Educação,2017 p.319.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/busca-pelo-saber-cientifico-ciencias-
observacaoexperiencia-pesquisa-542856.shtml>.
<http://portal.inep.gov.br/pisa-em-foco>.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br>.
<http://www.ufpa.br/eduquim/metodocientifico.htm>.
Jornal de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo; 13 set. 2010. Texto de Susana Lage. Revista
Eletrônica de Ensino de Ciências , v. 4, n. 3, 2005. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 39, p. 225-
249, set. 2010 – ISSN: 1676-2584 225. Revista Nova Escola – On-line – O que ensinar em Ciências .
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/curiosidade-pesquisador-425977.shtml?page=4>.

Sugestão de filme
– Planeta Terra, o mundo como você nunca viu, 1996, publicado por LogOn e BBC Earth Série de quatro
DVDs sobre a diversidade de vida no planeta. Para dar início ao tratamento de um dos temas do 7º ano, o
professor poderá selecionar alguns trechos, ou sequências, do filme que demonstrem a evolução dos
ambientes no decorrer dos tempos..

Referências de sites
https://www.brcactaceae.org/ecossistemas.html
https://www.todamateria.com.br/ecossistemas-brasileiros/
http://www.cienciamao.usp.br
http://ecologia.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/biomas
http://www.mma.gov.br/biomas/

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Unidade 1 – BNCC
Unidades Temáticas Objetos de Conhecimento Habilidades

Matéria e energia Máquinas simples • Reconhecer diferentes tipos de máquinas simples e sua aplicação.

• Discutir a aplicação, ao longo da história, das máquinas simples


e propor soluções e invenções para a realização de tarefas
mecânicas cotidianas. (EF07CI01)

Vida e evolução Diversidade dos


• Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto a
ecossistemas
paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade
de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas
características `a flora e fauna específicas. (EF07CI07)

Vida e evolução Classificação dos seres • Discutir a importância em classificar os seres vivos.
vivos
• Perceber os critérios utilizados para a classificação dos seres vivos.

Vida e evolução Os primeiros reinos: • Identificar as diferenças entre os organismos pertencentes a cada
monera, protista e fungi um desses três reinos.

• Relacionar patologias causadas por esses organismos assim como


sua prevenção.

Terra e universo Composição do ar


• Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua
composição, e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que
podem alterar sua composição. (EF07CI12)

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Número de aulas sugeridas


Ciências – 7.o ano – 1.o Bimestre
Caderno Módulo Semana Aulas Programa
1 Máquinas simples

1 2 Principais tipos de máquinas simples


1
3 Laboratório 1 – Máquinas simples

4 Diversidade dos ecossistemas

5 A diversidade dos seres vivos

6 As subdivisões da biosfera
1 2
7 A diversidade de biomas

8 Laboratório 2 – Montagem de ecossistemas brasileiros

9 Laboratório 2 – Montagem de ecossistemas brasileiros

10 Classificação dos seres vivos


3
11 Por que classificamos?
3 12 Os cinco reinos atuais dos seres vivos

13 Laboratório 3 – Classificação dos seres vivos

14 Os vírus
4
15 Os primeiros reinos: monera, protista e fungi

16 Reino monera: as bactérias e cianobactérias


1
17 Reino monera: as bactérias e cianobactérias

18 Laboratório 4 – Cultura de bactérias


5
19 Reino Protista

4 20 Reino Protista

21 Protozoários causadores de doenças

22 Laboratório 5 – Observação de protozoários


6
23 Reino Fungi

24 Reino Fungi

25 Laboratório 6 – Ação das leveduras

26 O ar que nos rodeia


7
27 A história da atmosfera terrestre

5 28 Composição da atmosfera e sua renovação

29 A descoberta da pressão atmosférica

30 As correntes de convecção
8
_ 31 Ajustes

_ 32 Ajustes

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Sumário

Unidade 1
Unidade Temática: Matéria e energia
Módulo 1 – Máquinas simples..................................................................... 03
1.1 – Máquinas simples .......................................................................... 03
1.2 – Principais tipos de máquinas simples .............................................. 05

Unidade Temática: Vida e evolução


Módulo 2 – Diversidade dos ecossistemas ................................................... 09
2.1 – A diversidade dos seres .................................................................. 10
2.2 – As subdivisões da biosfera.............................................................. 10
2.3 – Diversidade de biomas ................................................................... 13
2.4 – Ecossistemas brasileiros.................................................................. 15
Módulo 3 – Classificação dos seres vivos ..................................................... 17
3.1 – Por que classificamos? ................................................................... 18
3.2 – Os cinco reinos atuais dos seres vivos ............................................. 19
Módulo 4 – Os primeiros reinos: Monera, Protista e Fungi ........................... 23
4.1 – Reino Monera – As bactérias e cianobactérias ................................ 23
4.2 – Reino Protista................................................................................. 27
4.3 – Reino Fungi.................................................................................... 32

Unidade Temática: Terra e universo


Módulo 5 – Composição do ar.................................................................... 36
5.1 – O ar que nos rodeia ....................................................................... 36
5.2 – A história da atmosfera terrestre .................................................... 38
5.3 – Composição da atmosfera e sua renovação.................................... 39
5.4 – A descoberta da pressão atmosférica ............................................. 41
5.5 – As correntes de convecção............................................................. 43

Tarefas .................................................................................................... 45
Laboratórios ........................................................................................... 57

Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia

5
1 A1
Máquinas simples

1.1. Máquinas simples


Todos concordamos que a evolução humana vem acompanhada de uma rápida e incontestável
evolução tecnológica. Independente da finalidade, o homem há milhares de anos, vem inventando
artefatos, instrumentos e máquinas com as mais diversas finalidades.

a) Nas linhas abaixo cite algumas máquinas e sua relevância para o nosso dia a dia.
Professsor, imagina-se que o aluno deverá citar celulares, automóveis, aviões, televisão, vídeo games, etc. Podemos destacar também

equipamentos relacionados a área da saúde.

Mesmo com tanta tecnologia ao nosso redor ainda utilizamos utensílios que foram criados há muito
tempo e que fazem parte do nosso cotidiano. Observe as imagens a seguir:
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Essas imagens são exemplos das chamadas “máquinas simples”. Esses instrumentos são utilizados
com diversas finalidades e têm como objetivo facilitar o trabalho realizado por nós. Podemos citar como
máquinas simples:
• polias ou roldanas
• plano inclinado
• alavancas
3
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Observe as imagens a seguir e identifique a qual tipo de máquina simples estão relacionadas:
Ingimage/Fotoarena

Alavanca
Ingimage/Fotoarena

Plano inclinado
Ingimage/Fotoarena

Polias
123RF Easypix Brasil

Polias (engrenagem)
Ingimage/Fotoarena

Plano inclinado

4
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1.2. Principais tipos de máquinas simples A2

Esses equipamentos facilitam a realização de várias tarefas. Essas máquinas não produzem força, elas
apenas transformam energia ou transmitem uma força aplicada em um ponto para outro, aumentando
ou modificando a ação dessa força.

a) Alavancas
Figura - Objetivo Mídia

São formadas por uma barra


rígida ou haste que pode girar
sobre um ponto de apoio. Tem
como objetivo multiplicar a força
mecânica aplicada, o que facilita
muito determinados trabalhos.

Podemos classificar as alavancas em interfixas, interpotentes e inter-resistentes. Observe as imagens


a seguir:
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Observando as imagens dos tipos de alavancas, qual a diferença que é possível perceber?

Professor. As alavancas interfixas possuem o ponto de apoio entre a força aplicada e a força resistente. Nas inter-resistentes a força

resistente situa-se entre o ponto de apoio e a força aplicada e nas interpotentes a força aplicada situa-se entre o apoio e a força resistente.

5
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b) Roldana ou Polia

As polias são rodas que giram ao redor de um eixo e possuem um sulco por onde passa uma corda,
cabo ou correia ao seu redor. As polias fixas apenas permitem com que possamos mudar a direção da
força aplicada com a finalidade de facilitar o trabalho. Já as polias móveis reduzem a força necessária
quando por exemplo queremos elevar um objeto muito pesado. Cada polia móvel reduz pela metade a
força necessária para se elevar um corpo.

Figuras - Objetivo Mídia

c) Plano inclinado

O plano inclinado é uma superfície plana e rígida que se encontra em desnível, ou seja, os seus
pontos de início e final estão formando ângulos diferentes em relação à superfície, normalmente o solo.
Essa diferença de nível entre os dois pontos permite que possamos realizar uma força menor para elevar
ou descer um corpo sobre o qual tivéssemos que efetuar esse movimento verticalmente.

Agora, é a sua vez!


1. Na montagem a seguir, qual será a força necessária para levantar o objeto considerando seu peso
seja de 200N ?

50N

6
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2. Em relação às imagens a seguir, identifique o tipo de máquina simples associada.


a) b)

Figuras – Ingimage/Fotoarena
alavanca polias (engrenagens)

c) d)

plano inclinado alavanca

3. Se duas pessoas com pesos bem diferentes estiverem brincando em uma gangorra e as duas ficarem
a mesma distância do apoio (centro da gangorra) o que deve ocorrer?
A pessoa com menor peso ficaria “em cima” e a pessoa com maior peso ficaria “ em baixo”.

4. Em relação ao exercício anterior como proceder para deixar a gangorra equilibrada?


A pessoa com peso maior deve se aproximar do apoio até a gangorra equilibrar.

5. Como você definiria “máquinas simples”?


São máquinas que modificam e transmitem a ação de uma força para realizar algum movimento.

7
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A MULTIPLICAÇÃO DA ENERGIA HUMANA


Ao longo de milênios os seres humanos dependeram exclusivamente de sua força física para realizar os
trabalhos que lhes eram necessários. Deslocar-se por amplos territórios em busca de comida, bem como
defender-se da natureza frequentemente hostil, cheia de armadilhas e predadores, não era tarefa simples
para o Homo sapiens em seus primórdios. Uma grande pedra obstruindo a passagem de uma caverna, por
exemplo, poderia ser obstáculo insuperável para a força de um só homem. Todavia, se os músculos do ser
humano não eram lá grande coisa, seu cérebro sim, e bastante.

Para compensar as limitações físicas ou mesmo para economizar sua energia, aliás nada fácil de ser
obtida, a humanidade, provavelmente desde muito cedo, fez valer-se de mecanismos que possibilitaram
realização de trabalhos com o mínimo de esforço necessário. Daí a invenção das primeiras máquinas,
batizadas muito tempo depois pelo filósofo grego Arquimedes de “máquinas simples”. Obstáculos como
aquela grande pedra deixavam de ser impedimento para o homem que conhecesse e manuseasse a alavanca,
exemplo de máquina simples.

A revolução neolítica em 10.000 a.C. modificou radicalmente a vida de homens e mulheres pois,
plantando alimentos e criando animais, parcelas significativas da humanidade deixaram o nomadismo e
tornaram-se sedentárias. Ocorreu que algumas aldeias, instituindo governo e religião, levando a cabo obras
públicas, aumentando sua complexidade, se constituíram como cidades, ao mesmo tempo em que a
produção de excedentes agrícolas fez o homem, pela primeira vez, vislumbrar a possibilidade do comércio.
Ora, tudo isso requeria muita energia.

O ser humano multiplicou então a escassa energia mecânica que dispunha (basicamente a sua e a dos
animais domesticados), por meio de máquinas simples como a roda e o plano inclinado. Desenvolvida
provavelmente por volta de 3500 a.C., na região do Cáucaso e da Mesopotâmia, a roda multiplicou a
velocidade, a distância possível de ser percorrida e a capacidade de peso a ser carregado – sobretudo quando
aliada à tração animal, além de ter sido utilizada em tornos de confecção de vasos de cerâmica. A roda
serviu ainda como componente da polia, outra máquina simples utilizada para levantamento de pesos. Tanto
a polia quanto o plano inclinado foram fundamentais para o erguimento das grandes edificações da
antiguidade, como as pirâmides do Egito.

As máquinas simples, enquanto potencializadoras da força disponível à nossa espécie, foram


fundamentais ao processo de intervenção do homem na natureza, bem como à consequente modificação
da paisagem do planeta por ele empreendida.

Fonte: https://lereescreveremhistoria.wordpress.com/pre-historia/maquinas-simples/ acesso em 16/12/17

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar, em casa, A3
a Tarefa 1 “Máquinas Simples”. Realização do Laboratório 1
“Máquinas Simples”.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F101
8
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Vida e evolução

5
2 Diversidade dos ecossistemas

Ingimage/Fotoarena
A4

Ao observarmos as paisagens, sejam elas da janela de nossas casas, em


viagens, ao longo de uma estrada, em fotos diversas, na televisão ou qualquer outra fonte possível,
percebemos que existe uma grande diversidade de relevos, de espécies, de formações rochosas, de rios,
mares e tantos outros espaços delimitados por características próprias: são os ecossistemas.
Cada um deles é representado pela existência e permanência de determinadas espécies que se
ajustam ao ambiente devido às adaptações físicas e biológicas.
Pensando nessas situações você poderá descrever algumas características dos ecossistemas citados
a seguir e indicar algumas espécies que, seguramente, poderiam ser encontradas nesses locais.

a) Desertos:

b) Florestas tropicais:

c) Nas profundezas dos mares

d) Nos rios

9
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Professor: discutir sobre biodiversidade torna-se cada vez mais importante diante das ameaças constantes a seres e
ambientes aos quais estamos inseridos. É importante que o aluno perceba o seu papel como cidadão e desenvolva a

consciência e responsabilidade. Utilizar os seus conhecimentos para disseminar ideias positivas e se posicionar
criticamente diante do aumento de problemas ambientais são competências a serem desenvolvidas e adquiridas

2.1. A diversidade dos seres vivos A5


(segundo BNCC).

A palavra biodiversidade (ou diversidade biológica) designa a variedade dos seres vivos. Este é um
conceito importante, muito usado por biólogos, ambientalistas, políticos e cidadãos de todas as nações,
que se preocupam com a espantosa diminuição do número de espécies animais e vegetais ocorrida nos
últimos dois séculos. Os ambientes controlados pelos homens se caracterizam, justamente, pela enorme
redução no número de espécies, isto é, pela diminuição de sua biodiversidade. A biodiversidade natural
das floras e faunas varia entre as diferentes regiões. Como vimos, ela é maior nas regiões tropicais do
que nas tundras e nos desertos. Entretanto, onde chegam os homens, logo a riqueza da variedade
genética das populações e espécies decai, isto é, sua biodiversidade diminui drasticamente.

Em termos de biodiversidade, o Brasil ocupa um lugar privilegiado: entre os países considerados


mais diversos, somos o número 1 em quantidade de espécies. Para termos uma ideia do que isso
representa, basta dizer que o Brasil possui 10% de todos os anfíbios e mamíferos existentes no mundo,
além de 17% das aves do planeta. Quanto à flora brasileira, destacamo-nos ainda mais: somos o país
com a maior diversidade, possuindo 56 mil espécies de flores descritas, 22% do total mundial, além de
contarmos com a maior riqueza de espécies de palmeiras (390 espécies) e de orquídeas (2.300 espécies).

Note-se que, apesar da grande diversidade de espécies vegetais nativas sul-americanas,


aquelas que são hoje as mais cultivadas foram trazidas de fora: o trigo, a cevada e a uva vieram
da Europa; o arroz, a soja e a manga provieram do Oriente; a cana-de-açúcar, da nova Guiné;
o café foi trazido da Etiópia; e as laranjas foram desenvolvidas na China.
As plantas genuinamente sul-americanas mais conhecidas são o abacaxi, o amendoim, a
castanha-do-pará e, especialmentem a mandioca e o milho – desenvolvidos pelos índios.

A biodiversidade de toda a América do Sul está sendo rapidamente reduzida pelas monoculturas da
agroindústria e pelas mudanças climáticas induzidas pelo homem e por suas cidades. É bom saber que
essa perda de espécies não constitui apenas uma agressão aos ecossistemas, mas também a perda de
um potencial econômico ainda inexplorado por nossa biotecnologia. Infelizmente, os registros existentes
no Brasil sobre o risco de extinção de espécies de nossa flora são poucos e imprecisos.

2.2. As subdivisões da Biosfera A6

O conjunto de todos os seres vivos do planeta compõe a Biosfera.

Esta, por sua vez, divide-se em três enormes Biociclos.

Os biociclos são as três formas fundamentais de viver em nosso planeta. Estamos falando do imenso
biociclo marinho, do pequeno biociclo de água doce e do grande biociclo terrestre.

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Os três Biociclos

a) Biociclo Marinho

É o maior dos três. Os 4 fatores não vivos (chamados ABIÓTICOS) mais importantes nesse ambiente
são a salinidade, a luminosidade, a temperatura e a pressão.
As comunidades de seres vivos marinhos dividem-se em três grupos.

• Plâncton: São seres vivos microscópicos (ou quase) que vivem flutuando nas camadas superficiais
dos mares. As algas microscópicas flutuantes formam o fitoplâncton. O conjunto dos animaizinhos
flutuantes é chamado zooplâncton.
Fitoplâncton Zooplâncton
Figuras - 1 a 4

• Nécton: São os animais que nadam livremente, como os peixes, as baleias, as medusas etc.
Figuras - 5 e 6

Tartarugas e peixes Medusas

• Bentos: São os seres que vivem aderidos às rochas, rastejando ou enterrados nos sedimentos do
mar. Incluem-se esponjas, corais, equino - dermos (ouriços e estrelas-do-mar), moluscos (polvos
etc.), entre outros. Polvo. Estrela-do-mar. Ouriço-do-mar.
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Polvo Estrela-do-mar Ouriço-do-mar

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b) Biociclo de Água Doce (Rios e lagos)

Esse é o menor dos biociclos porque apenas 1% da água do planeta contém pouco sal dissolvido.
Ao contrário do biociclo marinho, o biociclo das águas continentais é descontínuo e menos
profundo.
Os ambientes de água doce são divididos em:
– LÓTICOS, de águas correntes; e
– LÊNTICOS, de águas paradas. Suas comunidades também se dividem em plâncton, nécton e
bentos.

Figuras – Ingimage/Fotoarena

Rio = água corrente (ambiente lótico) Lago = água parada (ambiente lêntico)

c) Biociclo Terrestre

Abrange a superfície dos continentes, que cobre apenas 28% da área total do globo.
O biociclo terrestre divide-se em biomas, compostos por animais e vegetais adaptados a certo clima.
Os biomas são enormes áreas do planeta recobertas por tipos de vegetação dominante. Exemplos
de biomas são o Pantanal, a Floresta Amazônica ou o Pampa gaúcho. Na África, na Indonésia, na Índia
e na América do Norte, existem biomas parecidos com os brasileiros. Entretanto, seus vegetais e animais
são de outras espécies.
Os biomas, por sua vez, subdividem-se nos ecossistemas, de que já falamos.

Agora, é a sua vez!

1. Relacione a biodiversidade do nosso país com o desenvolvimento de produtos farmacêuticos e


cosméticos.

A variedade/diversidade de espécies encontradas em nosso país, bem como aquelas que ainda estão a serem estudadas são determinantes

para a descoberta de medicamentos que podem ou que ainda possam ser estudados para a solução de problemas da saúde e também para

o desenvolvimento de cosméticos tão valorizados pela sociedade.

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2. Quais os biociclos que compõem a biosfera?


Biociclos terrestre, marinho e de água doce.

3. Como você caracterizaria o biociclo marinho?


É o maior dos biociclos que constitui a biosfera. A diversidade de espécies e os fatores como salinidade, pressão, luminosidade e

temperatura variam bastante de acordo com a região a ser considerada.

4. Existe delimitações entre as partes que compõem o biociclo marinho? Como ocorre essa divisão?
Não, as divisões consideradas para o biociclo marinho estão relacionadas ao modo de vida das espécies e não a localização ou profundidade

em que são encontradas.

5. Qual a diferença entre os ambientes lóticos e lênticos?


O ambiente lótico é representado por rios e cachoeiras que são formados por águas correntes e o ambiente lêntico é representado por lagos

e lagoas formados por água parada.

2.3. Diversidade de biomas A7

Você já parou para pensar por que alguns animais vivem em determinados lugares e
não existem em outros? Por que não há elefantes no Ártico, sapos nos desertos ou
ursos na Mata Atlântica?
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Para começar a descobrir as respostas, esquematize nos espaços a seguir:

13
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a) O deserto do Saara com algum ser vivo b) O nosso Pantanal, com algum ser vivo
característico. característico.

c) Agora observe o mapa a seguir e, usando a legenda, tente identificar os biomas/ecossistemas


brasileiros.

Figura – Objetivo Mídia

14
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2.4. Ecossistemas brasileiros


Professor: Para desenvolver o conteúdo a seguir sugerimos desenvolver o laboratório sobre
ecossistemas brasileiros onde cada um dos grupos formados em sala deverá pesquisar
características físicas e biológicas acerca do tema que foi sorteado ou escolhido. Dessa forma
eles poderão investigar e apresentar para a sala os resultados obtidos bem como o trabalho
manual desenvolvido. A tabela que segue deverá ser preenchida de acordo com as
informações trazidas por cada grupo e, caso seja necessário, os dados serão devidamente
corrigidos pelo professor. Certifique-se que os alunos destaquem as características básicas do
nosso gabarito para que o conteúdo possa ser eventualmente usado nas avaliações e tarefas.

A8e9
Realização do Laboratório 2,
“Montagem dos ecossistemas brasileiros”.

Ecossistema Caracterização
Ingimage/Fotoarena

Mata de terra firme, mata de várzea e igapó são formações


vegetais típicas deste bioma. A floresta Amazônica se estende
além do território brasileiro, é formada por grande quantidade de
árvores exuberantes, alto índice pluviométrico, solo rico em
nutrientes na camada superficial devido à decomposição de folhas
e outros restos vegetais e animais. Sua vegetação rasteira é pouco
desenvolvida devido à falta de luminosidade causada pelas
sombras das copas das grandes árvores. A flora é rica em espécies
como seringueiras, castanheiras, guaraná, cacaueiro e outros. A
fauna é representada por grande número de aves como tucanos e
araras, cobras, sapos, macacos, roedores, insetos, etc.

Floresta Amazônica
Ingimage/Fotoarena

A Mata Atlântica ocupa planaltos e serras. Se estende ao longo


de 17 estados brasileiros de Alagoas a Santa Catarina tendo
sofrido desmatamentos sequenciais para plantios e
desenvolvimento de monoculturas. Restam apenas 7% da mata
original. É formada por mata densa e fechada com bromélias,
begônias, orquídeas, ipê, palmeiras, quaresmeira, pau-brasil,
cipós, briófitas, jacarandá, peroba, jambo, jequitibá-rosa,
imbaúba, cedro, tapiriria, andira, ananás e figueiras.O clima é
tropical úmido sendo influenciado pelas massas de ar do oceano
Atlântico. Entre os animais que ocupam esse território estão as
onças pintadas, araras, tatu, capivaras, sapos, insetos, lontras,
quatis, gambás, veados e obviamente todos os animais que
habitam os rios que permeiam o território: São Francisco, Doce,
Uruguai, Paraná, Paraíba do Sul, Ribeira de Iguape.
Mata Atlântica
Adriano Kirihara/Pulsar Imagens

É o maior bioma da América do Sul e o segundo maior do Brasil.


O solo é pobre devido à sua formação porosa. A vegetação é
formada por árvores de médio porte e vegetação rasteira e
arbustiva. Grande parte da sua fauna está ameaçada de extinção
como o tamanduá bandeira, o bicho preguiça e a onça pintada.
Apresenta duas estações bem definidas, uma seca e outra
chuvosa. Sofre um grande problema de ameaça devido à
ocupação do território para desenvolvimento da agropecuária em
grande escala. No Brasil, a sua área se estende pelos estados de
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais,
Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito
Federal. É irrigado por diferentes bacias hidrográficas, como a
Bacia do Amazonas, Bacia do Tocantins, Bacia do Paraná, Bacia
do São Francisco e Bacia do Parnaíba.
Cerrado

15
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Tales Azzi/Pulsar Imagens

É um bioma que se estende pelos estados de Alagoas, Bahia,


Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte,
Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Na caatinga, o clima é
quente, predominam as estações secas e o regime de chuvas
influencia na vida de animais e vegetais. A diversidade de espécies
é menor, quando comparado a outros biomas brasileiros. Porém,
ali ocorrem grande número de espécies endêmicas como arbustos
e cactáceas. Os animais que ali vivem têm que adaptar-se ao clima
seco e quente e assim adquiriram hábitos noturnos para saírem
em busca de alimento. Aves típicas como carcará, asa-branca, nos
terrenos mais pedregosos vivem onças, gatos selvagens,
capivaras, gambás, preás, macacos-prego.
Caatinga
Ingimage/Fotoarena

É o bioma de menor extensão do Brasil, sendo caracterizado pela


formação aluvial ao longo da planície, sofrendo assim influência
dos rios da bacia do alto Paraguai. Apesar do tamanho é
caracterizado pela presença de grande variedade de peixes,
anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A flora é diversificada já que
o relevo é composto por áreas elevadiças e áreas baixas, assim as
árvores se estabelecem melhor nas áreas mais altas e as
gramíneas na planície. As chuvas se estende de novembro a abril
formando áreas alagadiças de onde vem o nome do bioma
(pântanos/pantanal). O jacaré do pantanal, o tuiuiú, o ipê-roxo, o
cervo do pantanal, as piranhas, o pacu, são alguns representantes
típicos da diversidade biológica desse bioma.
Pantanal
Ingimage/Fotoarena

Os campos ou pampas gaúchos localizam-se na porção sul do


Brasil, caracterizam-se pela presença de vegetação herbácea
rasteira e pequenos arbustos, relevo baixo com poucas
ondulações. As médias anuais não ultrapassam os 20º C e as
estações do ano são bem definidas. O solo não é muito fértil
devido à exposição às intempéries.

Campo ou Pampas
Ingimage/Fotoarena

Os mangues e formações arenosas (também conhecidas como


restingas) compõem esse ambiente. O solo dos mangues é
predominantemente salino e pouco oxigenado, já que as
oscilações das marés causam a mistura de águas doce e salgada
e consequentemente permanência de água salobra. A vegetação
do mangue é modificada e adaptada à essas condições. Sendo
assim encontramos espécies com raízes respiratórias para
aumentar a captação de oxigênio e raízes escoras que permitem
aumentar a área de apoio do vegetal. Já as restingas têm
vegetação associada à Mata Atlântica com arbustos e árvores que
se misturam à brejos e lagoas. Como representantes da fauna e da
flora podemos citar a maria-farinha, alguns gaviões, muitas
espécies de anfíbios, aves de pernas alongadas como o guará,
entre outros.
Formações litorâneas

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar, em No Portal Objetivo
casa, a Tarefa 2 “Diversidade
dos ecossistemas” Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite
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Módulo
Vida e evolução

5
3 Classificação dos seres vivos

A 10

Procure imaginar a quantidade e a variedade de seres vivos que já passaram por você
ao longo de toda a sua vida, não somente aqueles que estiveram ou estão à sua volta, mas também os
que você observou e observa em vídeos e fotos.
Há muitos seres que já foram extintos e, por essa razão, nem chegamos a conhecê-los. Isso nos faz
pensar que o número de seres vivos que já existiram e dos que ainda existem pode ser ainda muito maior
do que a nossa mente imagina, daí a necessidade de classificá-los. Vamos entender um pouco sobre a
importância da classificação.

a) Para iniciarmos essa atividade, vamos procurar no dicionário de língua portuguesa o significado da
palavra classificar e registrá-lo nas linhas abaixo.

b) Com certeza, ocorrem algumas situações na sua casa, por exemplo, em que o significado da palavra
classificar se faz presente. Cite ao menos uma dessas situações.

c) Com a ajuda dos seus colegas e do seu professor, faça uma lista com o nome de pelo menos quinze
seres vivos.

d) Em relação aos seres que você citou, existem semelhanças e diferenças entre alguns deles. Você
saberia agrupá-los e organizá-los? Que critérios você utilizaria para formar esses grupos?

Professor, é importante que essa atividade seja desenvolvida de forma interativa. Faça anotações no quadro, a fim de que o aluno perceba
que é necessário organizar os seres vivos em grupos, com características em comum. Após a execução do item “a” (segundo o Michaelis:
dicionário escolar da língua portuguesa, São Paulo: Melhoramentos, classificar significa distribuir em classes; pôr em ordem), ele vai perceber
que a organização do seu estojo, da sua agenda, da sua mochila, dos armários da sua casa ou de qualquer outro lugar é estabelecida
segundo alguns critérios, para facilitar o seu dia a dia.

17
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A 11

3.1. Por que classificamos?


Se você já organizou alguma coleção, deve ter percebido que esse trabalho envolve, normalmente,
a necessidade de agrupar coisas ou objetos semelhantes.
A classificação dos seres vivos deve ser vista como possibilidade de organizar melhor o nosso
raciocínio; ela facilita a compreensão da evolução dos organismos e das diferentes espécies.
A taxonomia é uma área da biologia que estuda a classificação dos seres vivos. Para formar grupos,
temos de levar em conta vários critérios, como as características externas, o modo de vida, a forma de
nutrição, o modo de reprodução, o número de células e outras tantas condições de vida de um
organismo.
Foi o naturalista sueco Karl Von Linné (conhecido simplesmente como Lineu) que, em 1735, criou
o sistema de classificação de seres que é usado até hoje. Nesse sistema, Lineu considerou diversas
características e montou níveis de organização em sequência, que nos leva à identificação mais precisa
de cada um dos seres vivos: a espécie.
Por definição, espécie é o conjunto de organismos semelhantes entre si que são capazes de cruzarem
e produzirem descendentes férteis, ou seja, filhotes, que poderão crescer e, ao chegarem na fase adulta,
terão também a capacidade de produzir seus filhotes.
O sistema de classificação que Lineu elaborou agrupa espécies semelhantes em um mesmo gênero;
os gêneros semelhantes, numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens
semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo; e filos
semelhantes são agrupadas em um reino. As categorias podem ser representadas, da mais ampla para
a mais restrita, da seguinte maneira:

REINO ⇒ FILO ⇒ CLASSE ⇒ ORDEM ⇒ FAMÍLIA ⇒ GÊNERO ⇒ ESPÉCIE

Observe o esquema a seguir e complete-o obedecendo aos critérios estabelecidos por Lineu.
REINO

FILO

CLASSE

ORDEM

FAMÍLIA

GÊNERO

ESPÉCIE
Professor, um exemplo clássico de animais de espécies
diferentes que se cruzam e geram descendentes não
férteis é o cruzamento entre o jumento ou jumenta (62
cromossomos) e a égua ou cavalo (64 cromossomos),
que origina a mula ou burro, ou o bardoto (63
cromossomos).
Asno e jegue são denominações populares atribuídas ao
jumento. A cria do cruzamento do jumento (Equus asinus)
com a égua (Equus caballus) se chama burro, caso seja do
sexo masculino, ou mula (besta), caso seja fêmea.
O cruzamento de um cavalo com uma jumenta gera o bardoto.

Égua + jumento = burro (macho) ou mula (fêmea).


Cavalo + jumenta = bardoto (macho ou fêmea).
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Observe as imagens a seguir e sugira o que pode resultar do cruzamento entre o lobo e o
coiote, ou entre o cachorro e o lobo.
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Canis lupus (lobo). Canis familiaris (cachorro). Canis latrans (coiote).

Professor, os descendentes nasceriam estéreis, já que ambos os cruzamentos se dariam entre seres de espécies diferentes.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar, em casa,
A 12
3.2. Os cinco reinos atuais dos seres vivos a Tarefa 3 “Sistema de Classificação”.

Lineu classificou os seres vivos em dois grandes reinos: animal e vegetal. Atualmente, são
considerados, descritos e classificados cinco reinos.
Para que possamos desenvolver esse assunto, é necessário que você saiba o significado de algumas
palavras muito comuns na área da biologia.

- Células procariontes: são aquelas que não possuem membrana ao redor do material genético ou
DNA, ou seja, são células anucleadas.

- Células eucariontes: são aquelas cujo material genético fica envolvido por uma membrana; são,
portanto, células nucleadas.

- Seres autótrofos: são seres que produzem seu próprio alimento.

- Seres heterótrofos: são seres que, para conseguirem seu alimento, precisam consumir outros seres
vivos

- Seres unicelulares: são formados por uma única célula, que é o próprio organismo do ser.

- Seres pluricelulares: são formados por duas ou mais células.

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Ingimage/Fotoarena
Seres unicelulares e procariontes, podendo ser
REINO MONERA autótrofos ou heterótrofos.
São as bactérias e as cianobactérias.

BSIP/Easypix Brasil
Seres unicelulares, pluricelulares e eucariontes,
REINO PROTISTA podendo ser autótrofos ou heterótrofos.
São os protozoários e as algas.

Ingimage/Fotoarena Seres unicelulares ou pluricelulares, eucariontes e


REINO FUNGI heterótrofos. São as leveduras, os mofos, os bolores
e os cogumelos.
Ingimage/Fotoarena

Seres pluricelulares, eucariontes e autótrofos.


REINO PLANTAE
São todas as plantas.
Ingimage/Fotoarena

Seres pluricelulares, eucariontes e heterótrofos.


REINO ANIMALIA São todos os animais, das esponjas
ao homem.

Reunimos aqui alguns animais certamente conhecidos por você. Registre nas lacunas a
seguir o nome de cada um deles.
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Caramujo Cobra Borboleta Carrapato Minhoca

Cachorro Boi Sapo Lagosta Aranha

Jacaré Abelha Gafanhoto Peixe Beija-flor


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a) Escreva abaixo o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que não possui(em) esqueleto
interno.
Carrapato, abelha, borboleta, lagosta, gafanhoto, minhoca, caramujo e aranha.

b) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) corpo longo e cilíndrico e
que não apresenta(m) esqueleto externo.
Cobra e minhoca.

c) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) corpo mole e coberto por
uma concha.
Caramujo.

d) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) esqueleto externo e patas
articuladas.

Carrapato, lagosta, aranha, abelha e gafanhoto.

e) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) esqueleto interno.

Cobra, cachorro, boi, sapo, jacaré, peixe e beija-flor.

f) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que não possui(em) patas, vive(m) em
ambiente exclusivamente aquático e respira(m) por brânquias.

Peixe.

g) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) dois pares de patas, vive(m)
em ambientes aquáticos e terrestres, apresenta(m) pele úmida e sem escamas e respira(m) por brânquias,
pulmões ou por meio da pele.

Sapo.

h) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) corpo coberto de penas,
dois pares de membros (um deles transformado em asas), respira(m) por pulmões e forma(m) ovos com
casca responsável por proteger o ser em desenvolvimento contra a perda de água (desidratação).

Beija-flor.

i) Escreva o nome do(s) animal(is) representado(s) no quadro que possui(em) corpo coberto de pelos, dois
pares de membros, respira(m) por pulmões, possui(em) glândulas mamárias e gera(m) embriões que se
desenvolvem dentro do corpo da mãe.

Cachorro e boi.

A 13 Ao concluir o item anterior,


Realização do Laboratório 3, você já pode realizar, em casa,
“Classificação dos seres vivos”. a Tarefa 4 “Classificação dos seres vivos”.

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A 14

Os vírus
Os vírus são o limite entre a matéria bruta e a matéria viva. Eles não são formados por células.
São apenas conjuntos de moléculas de proteínas (e poucas outras substâncias). Apresentam apenas
duas características dos seres vivos: a capacidade de se reproduzir; e a capacidade de sofrer
mutações.
Os cientistas ainda não chegaram a um acordo sobre se devem ou não classificar esses seres
como organismos vivos. Assim, os vírus não estão agrupados em nenhum reino. Estabeleceu-se
que seria melhor classificá-los em um reino exclusivo deles. O vírus só consegue sobreviver e se
reproduzir no interior das células (é um "parasita intracelular").
Para conseguir sobreviver, o vírus tem de injetar o seu material genético dentro de uma célula
viva. Quando isso ocorre, o vírus inativa (desliga) o DNA da célula invadida e a obriga a fabricar
novos vírus. Esses novos vírus irão contaminar novas células e, se o processo não for interrompido,
a infecção se alastra de célula em célula.
Os vírus são sempre parasitas. Ao se reproduzirem no interior das células vivas, podem causar
doenças graves. Existem vírus que atacam apenas animais e outros que atacam somente vegetais.
Os vírus causam a gripe, a caxumba, o sarampo, a hepatite, a febre amarela, a poliomielite (ou
paralisia infantil), a raiva, a rubéola, a AIDS, o ebola etc.
Quando substâncias estranhas penetram no nosso organismo (os vírus, por exemplo), certas
células do nosso sangue, os glóbulos brancos, as detectam e alertam outras células para o perigo
de uma infecção. As células alertadas fabricam proteínas de defesa chamadas anticorpos, que
inativam os invasores. Dessa forma, nosso corpo identifica e neutraliza a ação dos microrganismos,
inclusive a dos vírus. Essa capacidade de defesa denomina-se imunização.
Ainda não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles infectaram um
organismo. Só podemos esperar que o próprio organismo reaja e produza anticorpos específicos
para destruí-los. É o caso, por exemplo, da gripe. Não há remédios para essa doença. O que existe
são medicamentos para amenizar os sintomas desconfortáveis que ela provoca, como dores de
cabeça, febre etc. Alguns vírus são responsáveis por doenças fatais ou que deixam graves sequelas.
Para atuarem contra algumas doenças viróticas, existem as VACINAS. As vacinas são
medicamentos preventivos, ou seja, não curam um organismo já infectado por vírus, apenas
previnem a infecção. Elas são produzidas a partir de vírus “mortos” ou enfraquecidos. Uma vez
introduzidos num indivíduo, esses vírus não têm condições de provocar a doença, mas são capazes
de estimular o organismo a produzir anticorpos para imunizar-se.
Atualmente, uma grande quantidade de universidades e de laboratórios no mundo todo reúnem
pesquisadores trabalhando no desenvolvimento de medicamentos antivirais. Para algumas doenças,
já existem esses medicamentos; eles vêm auxiliando muito no combate a determinadas viroses e têm
diminuído significativamente o sofrimento de pessoas infectadas.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F103

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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Vida e evolução

5
4 Os primeiros reinos: Monera, Protista e Fungi

A 15
Professor: o conhecimento adquirido acerca dos diferentes grupos de microrganismos e de todas
as formas como contribuem para o equilíbrio dinâmico dos ecossistemas permite levar o aluno
à valorização da diversidade e da importância em investigar e refletir sobre a influência dos
mesmos nas área da saúde e da economia.

Neste módulo, serão descritos alguns seres vivos, sobre os quais você já deve ter algum
conhecimento. Para que possamos acrescentar outras informações a respeito desses seres, você deverá
preencher os espaços em branco com os seus conhecimentos.

Sobre as bactérias, responda:

a) Como elas são?

b) Onde podem ser encontradas?

c) Elas podem ser úteis? Como?

d) Quando são consideradas prejudiciais?

4.1. Reino Monera - As bactérias e cianobactérias A 16 e 17

As bactérias são microrganismos unicelulares e procariontes, sem exceção. Só podem ser vistas ao
microscópio. A maioria delas vive de forma isolada, porém algumas espécies podem formar colônias.
ar, em lugares extremos, como fendas de vulcões submarinos, ou dentro de outros seres vivos.

As bactérias podem ser encontradas nos mais diferentes ambientes, ou seja, nas águas, na terra, no
ar, em lugares extremos, como fendas de vulcões submarinos, ou dentro de outros seres vivos.
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BACTÉRIAS

Figuras – Ingimage/Fotoarena
Cocos Bacilos

Espirilos Vibrião

Estrutura de uma bactéria parasita


As bactérias são células revestidas pela membrana citoplasmática, que é reforçada por uma parede celular. As bactérias parasitas desenvolvem, além disso,
uma “couraça” defensiva: a cápsula. O material genético (DNA) boia no líquido interno (citoplasma). Os flagelos servem para a locomoção.

Nutrição das bactérias


As bactérias podem obter seu alimento de diversas formas. Podem ser autótrofas, por exemplo,
produzindo seu alimento por fotossíntese ou quimiossíntese.
Mas a maioria das bactérias são heterótrofas.
As saprofágicas ou decompositoras alimentam-se de matéria orgânica. Já as bactérias parasitas
atacam diversos tipos de seres, retirando deles o alimento para sobreviverem. Nesse grupo, estão as
bactérias patogênicas, ou seja, as bactérias causadoras de doenças.

Respiração das bactérias


Respiração é o nome que damos ao processo de extração de energia das moléculas dos alimentos.
Existem duas maneiras de extrair a energia dos alimentos: usando oxigênio; ou usando outros gases.
Denominamos respiração aeróbica aquela que usa oxigênio e respiração anaeróbica aquela que não
utiliza oxigênio. Existem bactérias que fazem respiração aeróbica e outras que fazem respiração
anaeróbica.

Reprodução das bactérias


As bactérias podem se reproduzir por:
– Bipartição ou divisão binária, que acontece quando seu material genético se duplica (a bactéria
divide-se em duas).
– Troca de material genético ou reprodução sexuada, que acontece quando as bactérias se unem por
meio das membranas, criando uma ponte entre o citoplasma das duas células: fragmentos do
DNA são transferidos de uma célula para outra, quando a célula se duplica; esse DNA se duplica
também, e as características são, assim, transferidas para as células-filhas.

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Bactérias decompositoras Você sabia?

Ingimage/Fotoarena
As bactérias decompositoras são aquelas que,
juntamente com fungos, fazem um papel de
grande importância no ciclo de vida do nosso
planeta.
Elas são responsáveis pela reciclagem de
nutrientes do ambiente, tornando possível a
ocorrência do fluxo de energia por meio da cadeia
alimentar.
O processo de decomposição consiste em Cheiro de terra molhada
“quebrar” substâncias complexas que formam os O aroma que sentimos quando as primeiras gotas de chuva
cadáveres dos seres vivos, transformando-as em tocam o solo é causado por bactérias. São as inofensivas e úteis
Streptomyces coelicolor, que vivem na terra e, em contato com a
substâncias mais simples, que podem ser água, liberam a geosmina, percebida como "cheiro de terra
aproveitadas e recolocadas no ciclo. molhada". Alguns animais, como os camelos, identificam esse odor
a 80 km de distância, uma capacidade importante para um ser que
vive no deserto, onde a água é tão escassa.
Bactérias fermentadoras
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Algumas bactérias fazem um processo por meio do qual


transformam moléculas orgânicas em energia sem precisar do
oxigênio. Esse processo é chamado fermentação; ele gera alguns
benefícios para a humanidade. Seguem alguns exemplos.
– O iogurte, a coalhada e o queijo fresco são produzidos a partir
da fermentação láctica, por meio da qual os açúcares do leite
(lactose) são transformados em ácido láctico, o que resulta na
coagulação do leite.
– O vinagre é produzido a partir da fermentação do álcool etílico,
que se transforma em ácido acético. Uma bactéria do gênero
Acetobacter provoca a fermentação acética do vinho, dando
origem ao vinagre de vinho. Figuras – Ingimage/Fotoarena

Bactérias nitrificantes ou fixadoras de nitrogênio

Existem bactérias que se associam com raízes de plantas


leguminosas, tais como ervilha, feijão, soja e amendoim. Essas bactérias
são capazes de absorver o nitrogênio do ar ou o nitrogênio dissolvido na
água e fornecê-lo à planta na forma de compostos nitrogenados (amônia,
nitritos e nitratos). Quando esses compostos são absorvidos, a planta
utiliza-os na produção de proteínas, que serão consumidas e repassadas
para os animais por meio da cadeia alimentar.
Leguminosas (feijão e lentilha).

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Bactérias patogênicas

São chamadas bactérias patogênicas aquelas que parasitam o corpo dos seres vivos, causando-lhes
doenças, e por isso são também chamadas de parasitas. São exemplos de doenças causadas por
bactérias: tétano, difteria, coqueluche, meningite, pneumonia, cólera, lepra, sífilis, entre outras.

A descoberta dos antibióticos e o aparecimento das superbactérias


Durante a maior parte da história da Humanidade, ninguém imaginou que um número enorme de
doenças fosse causado pelas bactérias. Devemos a dois grandes cientistas do século XIX – o francês Louis
Pasteur e o alemão Robert Koch – a descoberta de que algumas bactérias causam doenças. Esses dois
cientistas também criaram as primeiras vacinas e soros contra bactérias e vírus. Ainda assim, até a metade
do século XX, boa parte das crianças e dos adultos morria em decorrência de infecções causadas por
bactérias, ou passava a vida doente. As medicinas tradicionais não tinham a menor ideia do que fossem
infecções bacterianas e de como curá-las. Todavia, já fazia milhões de anos que os fungos e algas se
defendiam das bactérias produzindo antibióticos – a substância mais eficaz que existe para matar bactérias.
Quem descobriu isso foi Alexander Fleming (1881-1955), um cientista escocês que estudava diversos
microrganismos em placas de vidro chamadas placas de petri. Fleming estudava bactérias da espécie
Staphylococcus aureus quando notou que o bolor presente em uma das placas que continham essas
bactérias as havia matado. Assim, Fleming isolou o fungo e descobriu que ele pertencia ao gênero Penicillium.
A partir de então, foi descoberto o primeiro antibiótico, em 1928, a penicilina. Depois da penicilina, os
cientistas descobriram centenas de outros antibióticos que atacam tipos diferentes de bactérias. Com a
descoberta dos antibióticos, a história da medicina mudou para sempre.
A reprodução das bactérias é muito rápida. Bastam poucos minutos para que uma geração inteira de
bactérias seja substituída por outra. E essa geração seguinte pode estar cheia de mutantes, isto é, de bactérias
com novos tipos de revestimentos, alguns dos quais impedirão a ação de alguns antibióticos. Por isso, para
acabar com um tipo de bactéria em algum organismo, é preciso uma dose de antibiótico suficientemente
grande para acabar de uma só vez com as bactérias invasoras. Se for usada uma dose pequena e matar
apenas uma parte das bactérias, as bactérias que sobrarem poderão apresentar formas resistentes a esse
antibiótico. Ou seja, esse antibiótico vai se tornar ineficiente às recém-surgidas bactérias, que vão se espalhar,
passando para outros organismos.

Ao concluir o item anterior,


As cianobactérias você já pode realizar, em casa,
a Tarefa 5 “Folheto de Campanha”

As cianobactérias já foram chamadas pelo


Ingimage/Fotoarena

nome algas azuis, porque possuem aspecto verde-


azulado. São encontradas na superfície dos mares,
oceanos, rios e lagos. A presença de clorofila
permite que esse grupo realize a fotossíntese.
Atualmente, as cianobactérias são agrupadas no
reino monera, pois se sabe que não possuem
membrana ao redor do material genético, ou seja,
são procariontes, como as bactérias.
A 18
Realização do Laboratório 4
26 “Cultura de Bactérias”
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4.2. Reino Protista A 19 e 20

O Reino Protista é formado tanto por seres unicelulares quanto por seres pluricelulares, sendo que estes
últimos não são organizados em verdadeiros tecidos, como ocorre com animais e vegetais.
Pertencem a esse reino os protozoários e as algas unicelulares e pluricelulares. Os protistas possuem
células eucarióticas e incluem seres autótrofos e heterótrofos.
Durante muito tempo, as algas foram classificadas no Reino das Plantas, atualmente, porém, são
incluídas no Reino Protista.

a) As algas
As algas unicelulares são seres fotossintetizantes. Elas são comumente encontradas em mares, rios e
lagos, mas também em ambientes terrestres úmidos. Constituem o fitoplâncton marinho e o de água doce;
e são os mais importantes produtores dos ecossistemas aquáticos. Além da grande importância que revelam
para o meio ambiente, devido à produção de oxigênio, são fundamentais às cadeias alimentares aquáticas.
As algas pluricelulares apresentam um corpo multicelular, conhecido como talo – razão pela qual foram
designadas talófitas. O talo não possui órgãos especializados, como raiz, caule e folhas. Algumas espécies
das algas medem milímetros; e outras chegam a muitos metros de comprimento. Vivem fixas no fundo dos
rios e dos mares e são classificadas de acordo com a cor do seu pigmento.
Principais filos das algas

Imagem Nome Organização Imagem Nome Organização


Blickwinkel/MC Photo/
Bio/Alamy/Fotoarena

Figuras – Ingimage/Fotoarena

Unicelulares,
Unicelulares e
Dinoflagelados com dois Algas verdes
pluricelulares
Ingimage/Fotoarena

flagelos
De Agostini Picture Library/Album/Fotoarena

Diatomáceas Unicelulares Algas pardas Pluricelulares


Age Fotostock/Easypix Brasil

Unicelulares,
Algas
Euglenas com um ou Pluricelulares
dois flagelos vermelhas

27
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b) Os protozoários
São seres unicelulares, eucariontes e heterótrofos, classificados em quatro grupos, de acordo com
a sua forma de locomoção: Podem ser encontrados em praticamente todos os ambientes.
Alguns são seres de vida livre; e há os que se mantêm associados a outras espécies de seres vivos.

a) Rizópodes: encontrados principalmente na água doce


e na água salgada, movem-se e alimentam-se por meio de
expansões do citoplasma denominadas pseudópodes. É por
BSIP/Easypix/Brasil

meio dos pseudópodes que os rizópodes realizam a fagocitose,


que consiste na captura do alimento. Os principais
representantes desse grupo são as amebas.

(Representada, na imagem à esquerda, a espécie Amoeba proteus.)

b) Flagelados: movimentam-se por meio de estruturas


Science Photo Library RF/Easypix Brasil

denominadas flagelos. Encontramos espécies de vida livre,


espécies parasitas e espécies como as do gênero Trichonympha,
que realizam mutualismo com cupins, digerindo a madeira
ingerida por eles. Dos parasitas, devemos destacar o
Trypanosoma, a Leishmania e a Giardia, que causam o mal de
Chagas, a leishmaniose e a giardíase, respectivamente.
(Representada, na imagem à esquerda, a espécie Trypanosoma cruzi.)
Steve Gshmeissner/Science Photo Library/Fotoarena

c) Ciliados: encontrados na água doce e também na água


salgada, movimentam-se por meio de filamentos curtos e
numerosos, denominados cílios. Os ciliados mais conhecidos
são os paramécios, que não são parasitas. O único ciliado
parasita do homem é o Balantidium coli, que causa problemas
intestinais.

(Representada, na imagem à esquerda, a espécie Balantidium coli.)


Science Photo Library RF/Easypix Brasil

d) Esporozoários: não possuem meio de locomoção e


são todos parasitas. A malária é uma doença causada por
esporozoários do gênero Plasmodium.

(Representada, na imagem à esquerda, uma espécie do gênero Plasmodium


dentro de um glóbulo vermelho.)

28
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DATA: _____/_____/_____

A 21
Protozoários causadores de doenças
No quadro a seguir estão relacionados alguns protozoários causadores de doenças no homem.

Protozoário Classificação Doença Transmissão Sintomas Profilaxia

Proteção dos
mananciais;
Diarreia; cólicas;
Entamoeba Disenteria Água e alimentos saneamento básico;
Rizópode e fezes com
hystolytica amebiana contaminados; moscas educação sanitária;
sangue
cuidados com
alimentos

Combate ao
Dilatação do barbeiro;
Trypanosoma Mal de
Flagelado Fezes do barbeiro coração; arritmia; melhoria nas
cruzi Chagas
e hipotensão habitações; uso
de mosquiteiros

Cuidados com a
Giardia Água e alimentos Forte diarreia; água e alimentos;
Flagelado Giardíase
lamblia contaminados cólicas intestinais saneamento básico;
e higiene pessoal

Febre; dor de
cabeça; fraqueza;
dores nas Combate à mosca;
Trypanosoma Doença
Flagelado Mosca tsé-tsé articulações; e uso
gambiense do sono
coceiras; de mosquiteiros
confusão mental;
e convulsões

Leishmaniose Lesões ulcerosas


Combate ao
ou Mosquito-palha na pele e nas
Leishmania Flagelado mosquito; e uso
Úlcera de (mosquito birigui) mucosas
de mosquiteiros
Bauru buconasais.

Combate ao
Febre alta;
mosquito;
calafrios intensos
controle biológico
que se alternam
em seus
com ondas de
Plasmodium Esporozoário Malária Mosquito-prego criadouros; e uso
calor; sudorese
de telas e
abundante; dor
mosquiteiros nas
de cabeça; e dor
regiões de maior
no corpo
incidência
Alimentos contaminados,
como carnes cruas ou
malpassadas,
Pode ser
principalmente as de
assintomática ou
porco e de carneiro; Cuidados com os
provocar febre,
Toxoplasma vegetais mal lavados; alimentos; e evitar
Esporozoário Toxoplasmose manchas e dores
gondii contato com fezes de contato com fezes
no corpo,
animais hospedeiros, de animais
cansaço, íngua e
como gatos. A
lesões na retina
toxoplasmose pode ser
transmitida ao feto
durante a gravidez.

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Agora, é a sua vez!

1. A organização dos seres vivos em grupos baseia-se na observação de suas características. As algas
unicelulares e os protozoários são organizados em um mesmo reino mas estão em filos diferentes.
Descreva suas semelhanças e diferenças.

As algas e protozoários pertencem ao mesmo reino por serem unicelulares e eucariontes, porém, são diferentes no que diz respeito à forma

de nutrição sendo as algas autótrofas e os protozoários heterótrofos.

2. As amebas são protozoários do tipo rizópodes, que se movimentam por meio de expansões da
própria célula, chamadas pseudópodos. Essas estruturas são responsáveis por um processo chamado
FAGOCITOSE. Explique esse processo.

A fagocitose é a ingestão de partículas alimentares por meio do “englobamento” dessas partículas quando a célula emite expansões da

membrana.

3. “Nenhum ser vivo tem papel dispensável no ecossistema no qual vivem”. Considerando a veracidade
dessa frase, explique a importância das cianobactérias.

Elas são fundamentais como seres produtores da cadeia alimentar aquática, ou seja, produzem seu próprio alimento através da fotossíntese

e servem de alimento para os consumidores primários.

4. “Basta um fruto podre para estragar todo o balaio. ”

Ingimage/Fotoarena
Baseando-se nos conhecimentos adquiridos sobre reprodução
das bactérias, justifique o ditado citado anteriormente.

As bactérias podem se reproduzir assexuadamente por divisão binária, sendo assim basta

um desses seres vivos para que haja uma reprodução e o cesto de frutas fique

completamente contaminado e as frutas todas apodreçam.

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5. Como são classificados os protozoários e qual é a característica que os agrupam dessa forma?

São classificados em rizópodes, flagelados, ciliados e esporozoários cuja característica observada é a estrutura de locomoção, ou seja,

pseudópodes, flagelos, cílios e estrutura específica ausente respectivamente.

6. Resolva o crucigrama a seguir

Horizontal Vertical
2. Inseto transmissor da doença da Chagas 1. Grupo de protozoários que possuem cilios
3. Protozoários que se locomovem por 4. Doença transmitida por água e alimentos
pseudópodes contaminados
7. Tipo de protozoário causador da doença do 5. Profilaxia essencial para várias doenças
sono 6. Doença que provoca lesões na pele e nas
9. Captura de alimento feita por pseudópodes mucosas
10. Protozoário causador da malária 8. Protozoários que não possuem estruturas
11. Doença cujo um dos sintomas são lesões na locomotoras.
retina
12. Doença transmitida pela mosca tsé-tsé
A 22
Realização do Laboratório 5
“Observação de protozoários”
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4.3. Reino Fungi A 23 e 24

Depois de ter tomado conhecimento, no módulo anterior, de que a classificação tem


a finalidade de agrupar seres com características semelhantes, responda: qual ou quais seriam as
características que separam os vegetais dos fungos?
Professor, existem várias características de cada um dos grupos que podem ser citadas. Entre elas, os órgãos vegetativos e reprodutivos

dos vegetais, a realização de fotossíntese pelos vegetais, a nutrição dos fungos etc.

Agora, observe as figuras abaixo e escreva os nomes populares dos organismos por elas representados:
Figuras – Ingimage/Fotoarena

Após o desenvolvimento das atividades anteriores, podemos estabelecer algumas questões:

1. Como ocorre a nutrição dos fungos?


Os fungos são heterótrofos, decompositores, saprófagos ou parasitas.

2. O que faz com que os fungos apareçam nos lugares mais indesejados?

Os fungos propagam-se muito devido à facilidade do transporte dos esporos, principalmente pelo ar.

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Os principais representantes do Reino Fungi são os cogumelos, as orelhas-de-pau, os


mofos (ou bolores) e as leveduras. As células dos fungos possuem uma membrana
nuclear envolvendo seu DNA.

Figuras – Ingimage/Fotoarena
São, portanto, eucariontes.

Nutrição dos fungos (Amanita.) (Orelha-de-pau.)

Todos os fungos são heterótrofos, ou seja, não produzem seu próprio alimento. Eles precisam
alimentar-se de outros seres vivos ou de restos desses seres. A maioria dos fungos alimenta-se de matéria
morta (são decompositores ou saprófagos). Sem eles (além das bactérias e de outros organismos), não
haveria reciclagem de matéria orgânica em nosso mundo. E, como você já sabe, sem reciclagem a vida
neste planeta não seria possível. Muitos fungos, entretanto, alimentam-se de outros seres vivos, ou seja,
assumem a condição de parasitas, que prejudicam o desenvolvimento do hospedeiro e podem matá-lo.
As doenças causadas por fungos são chamadas micoses.

A estrutura dos fungos

Os fungos podem ser pluricelulares ou


unicelulares. Os fungos pluricelulares mais
conhecidos são os cogumelos, as orelhas-de-
pau e os bolores – todos são decompositores.
Você poderá encontrá-los em qualquer mata
Figura – Mídia Objetivo

úmida. Seus corpos são muito diferentes dos


corpos das plantas.
O corpo dos fungos é formado por
células alongadas, denominadas hifas. Essas
hifas entrelaçadas formam uma estrutura
chamada micélio, que é o corpo dos fungos.
Alguns organismos podem associar-se com outros em benefício mútuo, por isso a relação que se
estabelece recebe o nome de mutualismo. No caso dos fungos, eles podem aparecer formando os
liquens, um tipo todo especial de seres vivos: trata-se de uma associação indissolúvel entre algas e fungos.
Essas espécies de fungos e de algas não sobrevivem se forem separadas umas das outras. As algas
fornecem alimento aos fungos a partir da fotossíntese; e os fungos envolvem as células das algas,
protegendo-as, uma vez que são capazes de retirar água do substrato onde estão fixados.
Também é possível encontrar esse tipo de associação entre algumas plantas (como a pimenta), cujas
raízes se mantêm ligadas a alguns tipos de fungos, fenômeno que origina as micorrizas.
As micorrizas aumentam a capacidade de absorção de água e de nutrientes minerais pelas raízes.
As plantas ficam, assim, mais nutridas e tornam-se mais produtivas.
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A reprodução dos fungos

Os fungos podem reproduzir-se de duas maneiras: sexuada e assexuada. Lembre-se: o encontro


sexual ou acasalamento não é necessário para a reprodução de um grande número de seres vivos. Os
seres unicelulares podem reproduzir-se por meio da reprodução assexuada, dividindo-se em 2, 4, 8, e
assim por diante.
Os fungos unicelulares (leveduras) são aqueles que participam da produção do pão e da cerveja, por
meio da fermentação. Eles podem, inclusive, reproduzir-se impulsionados pelo próprio processo de
fermentação. Isto não significa que os unicelulares não cruzem sexualmente. O cruzamento é uma forma
de promover a variabilidade genética.
Os fungos pluricelulares criam células reprodutoras denominadas esporos. Os esporos são células
resistentes que os fungos formam aos milhões e lançam no ambiente para serem transportadas pelo
vento ou pela água. Ao caírem em lugares com umidade e com temperatura e alimentos adequados, os
esporos se desenvolvem, originando um novo fungo. Todos os fungos lançam milhões de esporos no
ambiente, não apenas os cogumelos.

Você já percebeu como é comum aparecerem nos pães e em outros tantos alimentos, como bolachas
e doces, manchas de colorações diversas? Tente explicar o que acontece nessas situações.

Os esporos lançados no ambiente podem depositar-se e desenvolver-se em qualquer local que haja alimento necessário à sua sobrevivência.

Agora, é a sua vez!

1. Quanto ao número de células, os fungos são todos iguais?

Não, as leveduras são unicelulares, enquanto os bolores e os cogumelos são pluricelulares.

2. Compare a nutrição das bactérias à nutrição dos fungos.

Existem tanto bactérias quanto fungos heterótrofos (parasitas ou saprófagos); porém, existem bactérias que fazem fotossíntese, o que

não acontece com nenhum fungo.

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3. Você saberia explicar por que aparecem fungos em lugares tão diversos, como em uma toalha ou
uma roupa na gaveta; em um pão dentro do armário; na parede do banheiro; ou até mesmo nos vãos
entre os dedos dos nossos pés?

O fungos ocorrem em diversos lugares devido ao seu modo de reprodução – por esporos (células reprodutivas), que são facilmente

transportados pelo vento e por outros agentes.

4. Qual o motivo de, ao prepararmos a massa de um pão, ser necessário esperar certo tempo para
colocá-la no forno?

A liberação do gás carbônico, responsável por deixar a massa fofa e leve, inicia-se no momento em que a farinha molhada recebe o levedo.

Mas, para que a massa fique adequadamente fofa e leve, é preciso esperar que ocorra uma liberação razoável de gás, o que leva certo

tempo.

5. Com a ajuda do seu professor, explique a diferença fundamental entre a cerveja e o vinho.

A cerveja é feita a partir de cereais e o vinho é feito a partir de uvas, mas tanto o cereal quanto a uva precisam de levedo para serem

fermentados.

A 25
Ao concluir o item anterior,
Realização do Laboratório 6 você já pode realizar, em casa,
“Ação das leveduras” a Tarefa 6 “Reino Fungi”

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F104
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Terra e universo

5 Composição do ar

5.1. O ar que nos rodeia A 26

Leia com atenção o texto a seguir:

Há uma coisa ao seu redor.


Não se pode pegar, nem rabiscar.
Não se pode ver tampouco abraçar.
Nela dançam as folhas, brincam os pássaros e as borboletas.
É nela que os perfumes das flores, o cheiro de terra molhada e todos os aromas e odores se espalham,
invadindo nosso olfato, trazendo para nossa memória as mais variadas lembranças e sensações.
Se não fosse a sua existência, nenhum de nós poderia existir.
Às vezes, em sua forma adulterada e desequilibrada transporta germes de todos os tipos, dos quais
não se pode desviar.

Agora observe as imagens:

Figuras – Ingimage/Fotoarena

Identifique e nomeie aquilo que você acha que foi descrito no texto anterior e que está sendo
representado nas imagens.
Professor, resposta do aluno (atmosfera/ar/vento).

Agora que você já sabe sobre o que estamos falando, descreva as características que são possíveis de
serem observadas.
Professor, o aluno deverá citar as características físicas básicas: incolor, inodora, insípida e transparente.

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Para escalar a montanha


mais alta do mundo, os

Figuras – Objetivo Mídia


alpinistas precisam levar ar
comprimido para respirar.
Se esse equipamento falhar,
Atmosfera é a camada de ar, formada por eles morrerão sufocados.

vários gases, que envolve nosso planeta. Os gases


que compõem a atmosfera estão, em sua maioria,
próximos à superfície terrestre e não há um limite
definido em relação a sua altura.
A maior parte do ar está a menos de 16
quilômetros de altitude. Depois disso, a
quantidade de ar vai diminuindo, até desaparecer.
Quanto mais alto você estiver, menos ar
encontrará. Se você embarcasse em um balão e
fosse subindo, ao atingir cerca de 6 quilômetros, já
teria dificuldade para respirar. Altitudes maiores
vão tornando nossa respiração cada vez mais
difícil, ou seja, com o aumento da altitude o ar vai
ficando cada vez mais rarefeito.

Monte Everest, parte da Cordilheira do Himalaia, na


fronteira entre o Nepal e o Tibete (China).
Com 8.848 metros de altura, seu pico é o ponto mais alto
da Terra.

O que mantém a atmosfera presa à Terra é a gravidade. Nosso planeta atrai o ar, ou seja, a atmosfera
tem um peso.
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Professor: a competência a ser desenvolvida nesse item diz respeito à valorização do conhecimento adquirido
A 27 sobre as mudanças no mundo físico e entender que o nosso planeta não funciona de maneira estanque.

O aluno deve compreender e saber explicar que


5.2. A história da atmosfera terrestre todas as esferas do nosso planeta podem sofrer
interferências as quais, ele como ser ativo e influente na sociedade, deve se manifestar a fim de colaborar na resolução de problemas e
na disseminação de propostas e soluções
Frequentemente, temos novas informações sobre a composição e a presença de atmosferas em
outros planetas. Algumas já foram confirmadas, mas há ainda muito para se descobrir. Em nosso planeta,
a atmosfera já é bem conhecida e sabe-se que, no decorrer do tempo, ela foi se transformando; por isso,
alguns estudiosos consideram que houve três atmosferas de diferentes composições.
A primeira foi composta por gases muito comuns nos outros planetas e nas estrelas: o hélio e o
hidrogênio. Esses gases emanavam das lavas que cobriam a superfície inicial do nosso planeta. Hoje em
dia, continuam sendo emanados pelas rochas, mas em quantidades mínimas.

Figura – Objetivo Mídia


Os vulcões tiveram uma enorme importância na formação das atmosferas anteriores à atual. Ainda hoje, eles
produzem o nitrogênio, que é o gás que constitui a maior parte da nossa atmosfera. Os vulcões contribuem,
também, com outros gases e vapor d’água.

A segunda atmosfera formou-se há cerca de 3,5 bilhões de anos, depois do resfriamento da crosta
do planeta, que originou numerosos vulcões.
As erupções vulcânicas soltavam vários gases: nitrogênio, enxofre, gás carbônico, metano e vapor
d’água. Nessa segunda atmosfera, havia pouquíssimo oxigênio livre e ela era 100 vezes mais densa que
a atmosfera atual.
Nessa fase, ocorreu o aparecimento de organismos fotossintéticos e assim a produção de gás
oxigênio foi aumentada, proporcionando condições para o surgimento dos seres aeróbios.
Na terceira ou atual atmosfera, que começou a surgir há cerca de 2,7 bilhões de anos, ocorreu o
aparecimento da camada de ozônio, favorecendo o desenvolvimento da vida na Terra, uma vez que
oferece proteção contra os raios ultravioleta do Sol.

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5.3. Composição da atmosfera e sua renovação A 28

a) Composição da atmosfera
O ar é composto por um conjunto de gases, mas entre eles há dois que se destacam pela sua
quantidade: o nitrogênio, com 78%; e o oxigênio, com 21%. Todos os outros gases juntos somam 1%.
Desses gases, três são essencialmente importantes para a vida: o oxigênio (O2); o nitrogênio (N2); e
o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2).
As plantas constroem seus corpos utilizando nitrogênio, gás carbônico e água. E os animais, por meio
das cadeias alimentares, direta ou indiretamente se alimentam dos vegetais.
Além disso, tanto os vegetais quanto os animais utilizam o oxigênio para produzir energia por meio
da respiração celular. A grande maioria dos seres vivos realiza esse processo e, por isso, são chamados
de seres aeróbios. Entretanto, algumas bactérias e fungos não utilizam o oxigênio para decompor seus
alimentos e produzir energia. Estes são chamados seres anaeróbios.

b) Renovação da atmosfera
Conforme gira em torno do Sol, a Terra vai perdendo um tênue rastro de ar no espaço cósmico. Se
o nosso planeta perde, aos poucos, ar para o espaço interplanetário, por que então a atmosfera ainda
não acabou?
Porque ela é constantemente renovada pelo próprio planeta. A Terra produz sua atmosfera. Os gases
da atmosfera são liberados: Professor. – Cometas são “pedras de gelo sujo”. O gelo dessas pedras é formado
principalmente por material volátil (passa diretamente do estado sólido para o estado
• em parte pelos vulcões e pelas rochas; gasoso) e a “sujeira” é constituída principalmente por poeira e pedras (dos tamanhos
mais variados). Cometas são objetos do Sistema Solar (estão presos gravitacionalmente
ao Sol). Ao contrário dos planetas, cujas órbitas são quase circulares (a distância de um
• em parte pelos oceanos; e planeta ao Sol varia pouco), os cometas têm órbitas muito elípticas, o que realça os seus
movimentos de aproximação e afastamento do Sol. Quanto mais distante for o seu afélio
• em parte pelos seres vivos. (ponto de sua órbita mais distante do Sol), mais tempo o cometa levará para dar uma
volta completa em torno do Sol.
Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas56.htm (adaptado)

O vapor de água (H2O) da atmosfera provém, principalmente, da evaporação dos oceanos, lagos e
rios. Mas de onde vem essa água? Uma boa parte da água do nosso planeta originou-se da eterna chuva
de bloquinhos de gelo vindos do espaço. Os cometas são feitos de gelo e estão caindo sobre a Terra há
bilhões de anos. Outra parte da água é emitida pelos vulcões, que liberam também o nitrogênio (N2) e
o gás carbônico (CO2). Parte do gás carbônico e da água é produzida pela respiração dos seres vivos. Já
o oxigênio (O2) resulta da fotossíntese realizada pelas plantas e algas.
Ingimage/Fotoarena Don Vail/Alamy/Fotoarena

Vulcão Kilauea Cometa Hale Bopp

A erupção dos vulcões solta grande quantidade de vapor O Hale Bopp é um dos cometas mai brilhantes
d’água, além de outros gases e lava. já observados

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Agora, é a sua vez!

1. O que é a atmosfera?
Atmosfera é a camada de ar – formada por vários gases – que envolve nosso planeta.

2. Se você escalar uma montanha ou fizer um passeio de balão, o que acontece com o ar à medida
que você vai subindo?
O ar vai ficando rarefeito.

3. O que “segura” a atmosfera na superfície do nosso planeta? Por quê?


O que mantém a atmosfera presa à Terra é a gravidade. Nosso planeta atrai o ar, ou seja, a atmosfera tem um peso.

4. Do que é feito o ar?


O ar é composto por diversos gases, mas apenas dois deles compõem quase todo o ar:

– o nitrogênio (N2) – 78,08%; e

– o oxigênio (O2) – 20,95%.

5. Quais são os gases mais importantes para a vida na Terra?


Nitrogênio (N2), gás carbônico (CO2) (para a fotossíntese) e oxigênio (O2) (para a respiração).

6. De onde vêm os gases que formam a atmosfera?


Certos gases atmosféricos (nitrogênio, gás carbônico e vapor d’água) provêm dos vulcões. Boa parte da água provém de pequenos cometas.

Os oceanos e os seres vivos também liberam água e CO2 na atmosfera. As plantas e as algas produzem oxigênio. Gases mais raros são

emanados pelas rochas.

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5.4. A descoberta da pressão atmosférica A 29

Com certeza, você já percebeu que quando descemos uma serra, ou seja, quando
mudamos de altitude, nossos ouvidos ficam parcialmente tampados, diminuindo a audição. Por que isso
acontece?
Observe a imagem abaixo para ajudá-lo a entender esse fenômeno.

Figura – Mídia Objetivo

Porque a pressão atmosférica aumenta e o nosso ouvido possui uma estrutura (a tuba auditiva) que regula a pressão interna para que esta

esteja em equilíbrio com a pressão externa. Assim, é necessário que essa estrutura se adapte à nova condição.

Professor, discuta com os alunos outros efeitos das mudanças de altitude, como:

– queda de temperatura, em média 6,5°C a cada 1.000m de altura;

– aumento na intensidade de raios solares;

– mudanças no organismo, como aumento da frequência cardíaca e respiratória e da produção de glóbulos vermelhos em médio prazo. Os

sintomas de adaptação podem não ser sentidos por todas as pessoas com a mesma intensidade, mas podem ocorrer náuseas, tonturas,

insônia, perda de apetite etc.

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A experiência de Torricelli

O mercúrio é um metal líquido. Torricelli encheu


uma vasilha com mercúrio. Depois, apanhou um tubo
com uma das pontas fechadas e também o encheu de
mercúrio até a borda. Por fim, mantendo o tubo
tampado com um dedo, virou-o de cabeça para baixo e
mergulhou a extremidade aberta do tubo no mercúrio
da vasilha. Aí, então, tirou o dedo. O mercúrio dentro do
tubo desceu um pouco e depois estacionou bem acima
do nível do mercúrio da vasilha. Na parte superior do
tubo, que não continha mercúrio, não havia mais nada. Se o barômetro de Torricelli for colocado no
vácuo, não haverá ar “pesando” (fazendo
Formara-se um vácuo. Quando Torricelli levava seu
pressão) sobre o mercúrio da vasilha. Nesse
barômetro para o alto de uma montanha, a altura da
caso, os níveis de mercúrio na vasilha e no
coluna de mercúrio no tubo (mergulhado no mercúrio
tubo serão iguais.
da vasilha) descia. Quanto mais alto se encontrasse o
aparelho, mais baixo era o nível do mercúrio no tubo.
Ele diminui porque o peso do ar (pressão) sobre o mercúrio da vasilha diminui. Isto é, o mercúrio
recebe menos pressão do ar atmosférico.
Conclusão: é a pressão do ar sobre o mercúrio da vasilha que faz variar a altura da coluna de
mercúrio no tubo. Quanto maior a pressão do ar, mais alta será a coluna de mercúrio no tubo. E a
pressão do ar diminui com a altitude.

Esquematize dois ambientes: uma praia e uma montanha. Represente, como quiser, o ar sobre esses dois
ambientes.
Professor. O mercúrio é um metal líquido à temperatura ambiente
porque seu ponto de fusão é muito baixo: –38°C. Isso quer dizer que
somente abaixo dessa temperatura ele é sólido (se não estiver
combinado com outros elementos). Encontra-se, na maioria das
vezes, na forma de sulfeto de mercúrio (HgS), um minério
avermelhado ou preto, conhecido como cinábrio geralmente
associado a traços de ouro, prata, ferro, zinco, antimônio ou platina.
A purificação desse minério é feita por um dos métodos mais
simples de extração metalúrgica: o cinábrio é aquecido numa
fornalha a aproximadamente 600°C, temperatura na qual o minério
sublima, isto é, passa diretamente do estado sólido para o gasoso.
O vapor de mercúrio é então coletado em uma série de
condensadores, passando para o estado líquido.

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E agora, responda: em qual dos ambientes desenhados o peso atmosférico é maior? Por quê?
Na praia, pois a “coluna” de ar ao nível do mar é mais alta (ou maior).

5.5. As correntes de convecção A 30

Na imagem abaixo, podemos ver um ovo cozinhando. Quando cozinhamos um ovo,


percebemos que ele realiza uma série de movimentos no interior da panela. Tente
explicar a razão dessa movimentação.
Ingimage/Fotoarena

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Conforme a água vai esquentando, o ovo começa a se movimentar. É como se algo o


empurrasse para cima. São as “correntes de convecção” que se formam na água aquecida. O fundo
da panela está em contato com o fogo, por isso a água do fundo fica mais quente do que a água da
superfície. Sendo mais quente, ela fica mais leve que a água fria de cima; então, essa água aquecida sobe,
carregando o ovo. Quando a água mais quente e mais leve chega à superfície, ela esfria em contato com
o ar. Por isso, volta a ficar mais pesada e desce para o fundo. Assim, entre o fundo (mais quente) e a
superfície (mais fria) dessa água, há sempre duas correntes. Elas sobem e descem ao mesmo tempo: a
mais quente para cima e a mais fria para baixo, ou seja, a água fica circulando na panela enquanto está
sendo aquecida.
Aquilo que acontece com a água da panela é o mesmo que acontece com o ar quando ele é
aquecido. A atmosfera está repleta dessas correntes de convecção. São elas que produzem os ventos.
O Sol esquenta o solo, e o solo esquenta o ar. Quanto mais perto do chão o ar estiver, mais quente será.
Por isso, durante o dia, o ar que está perto do solo sobe e ocupa o lugar do ar mais frio lá de cima. E
para onde vai o ar frio que foi deslocado pelo ar quente? É empurrado para os lados. E, por ser mais
pesado que o ar quente, ele desce em direção ao solo. Então, será novamente aquecido e subirá, dando
continuidade à circulação atmosférica. Quando você estiver sentado na grama de um parque e sentir o
vento acariciando seu rosto, lembre-se: você está sentindo o ar mais frio que desceu e está se
movimentando próximo ao chão para ocupar o lugar do ar quente que está subindo.
– Professor, Figura – Mídia Objetivo de convecção,
destaque a os fabricantes
ocorrência das posicionam o
correntes de congelador na
convecção não parte superior
só na atmosfera do aparelho.
(por exemplo, Dessa forma, o
os ventos), mas ar frio desce
também no resfriando
magma todos os
existente no alimentos que
manto estiverem no
terrestre, que compartimento
causa um inferior.
afastamento Podemos citar
entre as placas ainda outros
sul-americana e exemplos,
africana. Cite o como o
funcionamento posicionamento
da geladeira do aparelho de
para comprovar ar-condicionado
o que será (parte superior
estudado. do ambiente) e
Usando o de aquecedores
conhecimento (parte inferior
das correntes do ambiente).

As correntes de conveção dão origem aos ventos.


Ao concluir o item anterior,
você já pode realizar, em casa,
a Tarefa 7 “ A atmosfera”

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F105
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TAREFA 1 Máquinas simples

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Em relação as imagens a seguir, identifique os tipos de alavancas.


Figuras – Ingimage/Fotoarena

interfixa inter-resistente

interfixa inter-resistente

2. Podemos observar roldanas sendo utilizadas com diferentes finalidades. No caso da imagem a seguir,
qual a vantagem em utilizá-la?
Luis Augusto Vasconcellos

As polias fixas apenas permitem com que possamos mudar a direção da força aplicada com a

finalidade de facilitar o trabalho.

3. Justifique a veracidade da frase dita por Arquimedes (287 a.C. – 212 a.C): “Dê-me um ponto de
apoio e uma alavanca que moverei o mundo”.
Com o uso de uma alavanca, de acordo com a distância entre a aplicação da força e o fulcro podemos levantar objetos muito pesados.

4. Exemplifique alavancas interpotentes, inter-resistentes e interfixas.


Interfixas: tesoura e escavadeira, interpotentes: vara de pesca e pegador de salada e inter-resistentes: carrinho de mão e quebrador de

nozes.

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5. Faça um desenho em que uma pessoa levanta um corpo com o auxílio de duas polias móveis e uma
polia fixa.

6. Encontre no caça palavras a seguir dez palavras relacionadas as Máquinas Simples.


Polias, resistentes, plano inclinado, gangorra, engrenagens, interfixas, alavancas, interpotentes, máquinas força.

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TAREFA 2 Diversidade dos ecossistemas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. “A biodiversidade é um fator determinante para a riqueza de um país”. Justifique a veracidade


dessa frase.
A biodiversidade pode representar um reservatório de recursos diretos ou indiretos na produção de medicamentos, na criação de animais,

no plantio de diferentes espécies e na conservação de riquezas naturais. Nenhuma espécie fica sem função na estabilização do ambiente.

2. Considere os três biociclos que compõem a biosfera. Qual deles fornece maior quantidade de
alimentos para o Brasil?
Considerando a extensão territorial e os hábitos alimentares da sociedade brasileira, o biociclo terrestre é o mais explorado, sendo local de

cultivo de grande variedade de espécies vegetais e também na criação de animais.

3. O que caracteriza o cerrado brasileiro?


Solo pobre devido a grande porosidade.

4. Associe a formação vegetal da floresta Amazônica com o alto índice pluviométrico da região.
A densidade vegetal da área e a transpiração das mesmas provoca a formação frequente de nuvens com chuvas diárias.

5. Quais as semelhanças entre a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica?


A alta densidade da vegetação com árvores de grande porte, o alto índice de chuvas e a diversidade de espécies animais.

6. Quais são comunidades que compõem o biociclo marinho? Cite duas espécies de cada uma delas.
Plâncton: algas e microcrustáceos ; Nécton: tartarugas e tubarões ;

Bentos: corais e polvos

7. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas constatadas em


julho de 2016 saltaram de 104 para 864, ano em que as geadas secaram os pastos antes do previsto. O
uso do fogo, no manejo de propriedades rurais, gera polêmicas, e técnicos advertem que essa prática,
além de ser ilegal, degrada a vegetação e o solo. O IBAMA fiscaliza queimadas principalmente no Centro-
Oeste e na Amazônia. Campos ardentes. Correio do Povo. 07 ago. 2016.
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Utilizando-se dessas informações procure associar adequadamente a coluna da direita à da esquerda.


I. Amazônia ( II ) Vegetação arbórea esparsa com raízes profundas.
II. Cerrado ( II ) Árvores e arbustos com cascas grossas.
( I ) Vegetação arbórea densa disposta em diferentes estratos.
( II ) Predomínio de gramíneas recobrindo o solo.
( I ) Árvores altas com raízes tabulares.

8. Relacione as imagens aos ecossistemas .


a) Campos b) Pantanal c) Floresta Amazônica d) Caatinga
Marcos Amend/Pulsar Imagens

Ingimage/Fotoarena
( b ) ( a )
Tales Azzi/Pulsar imagens
Ingimage/Fotoarena

( c ) ( d )

9. O Brasil, devido sua localização e grande extensão territorial, abriga diversos tipos de cobertura
vegetal, sendo que cada Região brasileira apresenta um bioma predominante. Nesse sentido, relacione
o estado ou região ao tipo de vegetação predominante.
( 1 ) Região Nordeste ( 6 ) Campos / Pampas
( 2 ) Estado de Mato Grosso do Sul ( 4 ) Cerrado
( 3 ) Região Norte ( 5 ) Mata Atlântica
( 4 ) Região Centro-Oeste ( 2 ) Pantanal
( 5 ) Região Sudeste ( 3 ) Floresta Amazônica
( 6 ) Região Sul ( 1 ) Caatinga

10. O texto a seguir refere-se a qual ecossistema brasileiro?


“A vegetação é, em sua maior parte, semelhante à de savana, com árvores baixas, esparsas, troncos
retorcidos, folhas grossas e raízes longas; gramíneas e arbustos. Possui uma rica fauna e flora, sendo o
habitat de muitas espécies de animais. Este é também um dos motivos deste bioma ser um dos mais
afetados pelo tráfico de animais.”
cerrado

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TAREFA 3 Sistema de classificação

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Quando endereçamos uma carta a alguém, escrevemos no envelope o nome da pessoa, o nome da
rua onde ela mora, o número de sua casa, o nome do bairro, da cidade, do estado e do país onde ela
vive.
O país tem vários estados.
Cada estado contém muitas cidades.
As cidades são subdivididas em bairros.
Cada bairro tem mais de uma rua.
Cada rua tem várias casas, que são identificadas, cada uma com um número diferente.

Com os seres vivos também foi preciso estabelecer a mesma organização.


Temos vários Reinos na Natureza que, na nossa analogia, corresponderiam a vários países.
O Reino Animal contém vários filos, como o filo dos Anelídeos, o dos Artrópodes, o dos Moluscos
e o dos Cordados.

1. A que correspondem os FILOS em nossa analogia?


Aos estados.

2. Dentro do filo dos Cordados, encontramos várias CLASSES: a classe dos Peixes, dos Anfíbios, dos
Répteis, das Aves e dos Mamíferos. A que correspondem as CLASSES em nossa analogia?
Às cidades.

3. A CLASSE dos Mamíferos é subdividida em vários conjuntos, chamados ORDENS. Primatas,


carnívoros e marsupiais são apenas exemplos das muitas ORDENS que existem para subdividir os
mamíferos. A que correspondem as ORDENS em nossa analogia?
Aos bairros.

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4. Dentro da Ordem dos Carnívoros, existem ainda muitas FAMÍLIAS, como a dos Canídeos e a dos
Felinos. A que correspondem as FAMÍLIAS em nossa analogia?
Às ruas.

5. Existem ainda outras subdivisões. As famílias incluem GÊNEROS. Dentro da família dos Canídeos,
há os gêneros dos lobos, dos coiotes, das raposas e dos cães domésticos. A que correspondem os
GÊNEROS em nossa analogia?
Às casas.

Os gêneros podem ter mais de uma espécie. Dentro do gênero Canis, a espécie familiaris
identifica o CACHORRO comum. Na nossa analogia, a ESPÉCIE corresponderia ao nome da
PESSOA a quem endereçamos a carta.

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TAREFA 4 Sistema de classificação

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Relacione as colunas:
a) Bactérias pertencem ao reino: (B ) Protista.
b) Protozoários pertencem ao reino: (A ) Monera.
c) Fungos pertencem ao reino: (C ) Fungi.
d) Plantas pertencem ao reino: (E ) Animalia.
e) Animais pertencem ao reino: (D ) Plantae

2. Diferenciam-se dos demais seres vivos por não apresentarem uma estrutura celular, sendo, por isso,
estudados à parte de qualquer reino:
a) Os animais.
b) Os vegetais.
c) Os vírus.
d) Os fungos.
e) As bactérias.
C

3. Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido pelo naturalista e médico sueco
chamado
a) Aristóteles.
b) Darwin.
c) Lamarck.
d) Lineu.
e) Galileu.
D

4. A única afirmativa correta sobre a diferença entre animais e vegetais é:


a) Os animais realizam fotossíntese e os vegetais, não.
b) Os animais realizam fotossíntese, como os vegetais.
c) Os vegetais realizam fotossíntese e os animais, não.
d) Os vegetais não realizam fotossíntese, nem os animais.
e) Não há diferenças importantes entre animais e vegetais.
C

5. Complete a lacuna: o vírus é um _____________ intracelular, pois, para se manifestar, precisa penetrar
numa célula.
a) comensal.
b) simbionte.
c) predador.
d) parasita.
e) eucarionte.
D

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6. Um inseto e uma bactéria pertencem a quais reinos, respectivamente?


a) Animal e vegetal.
b) Vegetal e protista.
c) Monera e protista.
d) Animal e fungi.
e) Animal e monera.
E

7. Associe o reino à suas características.

1. Reino Monera ( 5 ) eucarióticos, multicelulares e heterotróficos


2. Reino Protoctista ( 1 ) procarióticos e unicelulares
( 2 ) eucarióticos, tanto uni quanto multicelulares; tanto autotróficos quanto
3. Reino Fungi
heterotróficos
4. Reino Plantae ( 4 ) eucarióticos, multicelulares e autotróficos fotossintetizantes
5. Reino Animalia ( 3 ) eucarióticos, uni ou multicelulares e heterotróficos

8. “Um grupo de organismos que se acasalam na Natureza e cujos descendentes são férteis” designa:
a) um reino.
b) um gênero.
c) uma família.
d) uma espécie.
e) uma ordem.
D

9. O lobo-guará e a onça são dois exemplares da nossa fauna ameaçados de extinção. O diagrama a
seguir mostra as principais categorias taxonômicas a que pertencem estes animais:
Lobo-guará: Cordado – mamífero – carnívoro – canídeo – Chrysocyon – Chrysocyon brachyurus
Onça parda: Cordado – mamífero – carnívoro – felídeo – Puma – Puma concolor

A análise do diagrama permite dizer que os dois animais estão próximos na mesma categoria até:
a) Classe
b) Filo
c) Família
d) Gênero
e) Ordem
E

10. Qual das alternativas abaixo apresenta características dos seres vivos que fazem parte do Reino
Plantae?
a) São unicelulares, procariontes e não possuem tecidos.
b) Realizam a respiração através da pele, são unicelulares e não realizam fotossíntese.
c) São organismos que realizam fotossíntese, são multicelulares e eucariontes, além de possuírem tecidos.
d) Fazem fotossíntese, vivem em colônias e transmitem diversas doenças aos seres humanos e outros
animais.
e) São uni ou pluricelulares, heterótrofos, podendo ser parasitas ou decompositores. C

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TAREFA 5 Folheto de campanha

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Você deverá preparar um folheto informativo sobre a importância da aplicação competente e


responsável dos antibióticos.

Imagine que o seu folheto será usado em uma campanha de saúde pública para conscientização da
população, a fim de evitar o aparecimento de superbactérias.

Esse folheto deve ser chamativo, esclarecedor e cientificamente correto. Utilize frases de efeito,
imagens, cores, desenhos, enfim, tudo o que estiver a seu alcance para resultar em uma boa campanha.
Veja os exemplos de outras campanhas e utilize folha de papel canson A4 para ilustrar a sua.
Figuras - 7 a 10

Professor, essa tarefa (folheto) deve ser avaliada; e os folhetos mais adequados podem ser espalhados/colados nos murais da
escola.

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Você poderá usar este espaço para anotar suas ideias.

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TAREFA 6 Reino Fungi

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Os animais são seres aeróbios, ou seja, que utilizam oxigênio para a respiração. Explique como foi
possível o surgimento desse tipo de organismo ao longo da formação da atmosfera.
O aparecimento e a existência de seres aeróbios só foram possíveis a partir do aparecimento de seres anaeróbios fotossintetizantes,

que passaram, então, a produzir e oferecer oxigênio para a atmosfera terrestre.

2. Sabemos que em outros planetas, como Vênus e Marte, existem atmosferas diferentes da terrestre
e que também há planetas nos quais a atmosfera é ausente. Quais são os fatores que favorecem a
existência da atmosfera em nosso planeta?
A gravidade e a produção contínua de gases pelos seres vivos aqui existentes.

3. Se a quantidade de gases, principalmente oxigênio, vai diminuindo à medida que a altitude


aumenta, como é possível viajarmos utilizando aeronaves que atingem facilmente 11.000 metros de
altitude?
O interior das aeronaves é devidamente pressurizado, de tal forma a manter concentração e diversidade de gases iguais às da

superfície onde vivemos.

4. É bastante conhecida a situação dos atletas que se deslocam de seus países para disputas em países
de grandes altitudes, como é o caso de La Paz, na Bolívia, que fica a 3.000 metros de altitude. Lá, esses
atletas precisam de um tempo de adaptação até que possam fazer um bom jogo. Explique que tipo de
problema os jogadores enfrentam e por que isso acontece.
Falta de oxigênio. Em locais de grandes altitudes, o ar é mais rarefeito e a quantidade de oxigênio é baixa, assim há a necessida-

de da adaptação para melhorar o transporte de oxigênio. Essa adaptação visa aumentar o fluxo sanguíneo e a concentração de

hemoglobina no sangue.

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5. Sabemos que existem algumas situações que provocam perda de gases da atmosfera para o espaço,
como os movimentos de rotação e translação do planeta. Explique como os gases da atmosfera são
renovados?
Renovam-se pelas atividades vulcânicas, pelas rochas, pelos

oceanos e pelos seres vivos.

6. O elemento químico nitrogênio (N) é fundamental para a formação de certas substâncias orgânicas,
como as proteínas, que constituem os seres vivos. Qual a porcentagem de nitrogênio existente na
atmosfera terrestre?
78%.

7. O gás oxigênio é fundamental para a nossa sobrevivência, porque o O2 participa da queima dos
alimentos. Disso resulta a energia necessária para o funcionamento dos nossos órgãos. Qual a
porcentagem de gás oxigênio existente na atmosfera terrestre?
21%.

8. Os cientistas consideram que existiram três atmosferas de diferentes composições. Quais os gases
que compunham a primeira atmosfera?
Hélio e hidrogênio.

9. Qual a origem da água dos oceanos e rios?


Uma parte vem de blocos de gelo do espaço; outra parte é emitida

pelos vulcões.

10. Dos gases que compõem a atmosfera, dois são provenientes também da respiração dos seres vivos.
Quais são esses gases?
Vapor d’água e gás carbônico.

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TAREFA 7 Reino Fungi

Nome: Data: ____/____/____ Sala:


Em relação aos fungos, preencha o jogo de palavras cruzadas a seguir:
1 2

L C

I E
3

Q H R
4

M U E V
7

M I C E L I O T E
5

C N H E J
8 9

P Ã O S M I C O R R I Z A S

S F Ó
10 6

L E V E D U R A T

S S S R

P O

O F
11

C A R B Ô N I C O O

O S
12

C O G U M E L O S

VERTICAL HORIZONTAL

1. Associação entre algas e fungos. 7. Nome dado ao entrelaçamento das hifas.


2. Bebida alcoólica produzida a partir de 8. Alimento produzido a partir da fermentação.
fermentação. 9. Associação entre algumas plantas e alguns
3. Em relação à nutrição, os fungos são... tipos de fungos.
4. Como são chamadas as doenças causadas por 10. Tipo de fungo responsável pela fermentação.
fungos? 11. Gás produzido no processo de fermentação.
5. Como são denominadas as células alongadas 12. Representantes do reino fungi.
que formam o corpo dos fungos?
6. Células lançadas pelos fungos no ambiente
com a finalidade de reprodução.
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LABORATÓRIO 1 Máquina simples

As máquinas simples são chamadas assim por serem ferramentas ou partes de máquinas usadas para
transmitir ou produzir movimentos que facilitem o trabalho dos operadores. Elas podem ser do tipo
roldana, alavanca ou plano inclinado.
Muitas dessas máquinas são utilizadas no nosso dia a dia.

Objetivo
Ao desenvolvermos o laboratório proposto devemos perceber que os tipos de trabalho executados
pelas máquinas simples são essenciais para o funcionamento de sistemas bastante complexos dos quais
somos dependentes e frequentemente não damos a devida importância.

Observe a imagem a seguir:

Figura – Mídia Objetivo


Você acredita ser possível o homem levantar a rocha?

Caso ele não consiga o que poderia ser feito?

Existe uma relação entre a força aplicada pelo operador e o braço de alavanca do operador para que ele
possa levantar a rocha?

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Essa relação pode ser expressa por uma equação muito simples:
F
_____ d1
= _____ Ou F . d2 = P . d1
P d2
Onde F é força aplicada para mover a pedra; P é o peso da pedra; d1 é a distância da pedra ao ponto de
apoio; d2 é a distância da outra extremidade ao ponto de apoio.

Material
- Um cabo de vassoura ou qualquer outra “barra” com comprimento entre 1m e 1,5m.
- Barbante resistente
- Dois “corpos” com massas diferentes, como por exemplo um saco de 1kg de arroz e outro de 2kg.

Procedimento
Encontre o centro de equilíbrio do cabo de vassoura e amarre o barbante com força. Fique em pé e
suspenda o cabo de vassoura pelo barbante.

Pendure os sacos de arroz de diferentes massas, nas extremidades do cabo de vassoura.

Encontre a posição correta para que esses corpos fiquem em equilíbrio.

a) O que você observa em relação as distâncias dos corpos ao centro de equilíbrio?

b) Utilizando a relação matemática expressa acima, preencha-a com os valores que obteve na prática
no momento em que obteve o equilíbrio dos corpos.

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LABORATÓRIO 2 Montagem de ecossistemas brasileiros

Objetivo

Fazer com que os alunos tenham uma explicação visual sobre a diferença entre os vários
ecossistemas brasileiros e possam entender que as diferentes espécies estão adaptadas ao ambiente, de
acordo com as condições físicas oferecidas pelo local.
É importante que as características principais de cada ecossistema sejam destacadas e que as
espécies representantes estejam presentes no seu trabalho.

Materiais

Os grupos poderão escolher o material com o qual julgam ter mais habilidade para trabalhar.
Poderão criar uma maquete ou um cartaz de fotos, fazer desenhos ou desenvolver qualquer outra ideia.
Vale tudo... desde que executem a tarefa com prazer.

Figuras – Ingimage/Fotoarena

Mandacaru - caatinga

Lírio da Amazônia

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LABORATÓRIO 3 Classificação dos seres vivos

Classificar os seres vivos foi uma das chaves encontradas pelos pesquisadores para aprimorar o
conhecimento sobre esses seres e facilitar o seu estudo. A partir de características em comum
encontradas em indivíduos pertencentes a um mesmo grupo, podemos conhecê-los melhor e traçar
comparações entre outros grupos, menos ou mais desenvolvidos.

Nesta atividade, você exercitará a capacidade de classificação e perceberá a importância de conhecer


as características básicas dos diferentes reinos.

Materiais
• Figuras de seres vivos em papel cartonado.
• Tesoura.

Procedimento
Recorte as figuras do papel cartonado que estão no final do caderno e siga as orientações de cada item
para que você descubra a qual ser vivo ele se refere.

I. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os invertebrados.
c) Separe os animais do filo dos artrópodes.
d) Separe os animais da classe dos crustáceos.
e) Qual é o animal?
Caranguejo.

II. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os animais do filo dos cordados.
c) Separe os animais da classe dos mamíferos.
d) Separe os animais da ordem dos carnívoros.
e) Dos animais que estão selecionados, qual deles não vive na África?
Urso.

III. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os animais do filo dos cordados.
c) Separe os animais da classe das aves.
d) Separe os animais que voam.
e) Qual deles é utilizado na ornamentação de lagos e parques?
Marreco.

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IV. a) Separe os seres do reino Plantae.


b) Separe os seres que produzem flores.
c) Qual deles é comestível?
Alcachofra.

V. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os animais do filo dos cordados.
c) Separe os animais da classe dos mamíferos.
d) Qual deles é da ordem dos primatas?
Macaco.

VI. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os invertebrados.
c) Separe os animais do filo dos moluscos.
d) Qual deles possui uma concha externa?
Caramujo.

VII. Entre todas as imagens, existe alguma que respresente um ser do reino monera? Qual é?
Bactérias.

VIII. Entre todas as imagens, existe alguma que respresente um ser do reino protista? Caso você tenha
identificado mais de um ser, algum deles possui flagelo?
Sim, um deles é flagelado (Trypanossoma).

IX. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os invertebrados.
c) Separe os que vivem no mar.
d) Qual dos seres possui células que podem nos queimar?
Medusa.

X. a) Separe os seres do reino animal.


b) Separe os animais do filo dos cordados.
c) Separe os animais da classe dos répteis.
d) Qual deles é conhecido pelo seu veneno?
Cobra coral.

Professor, os alunos, de posse das imagens recortadas, devem ir separando os seres de acordo com o que vai sendo pedido. Terminando
cada item, recomeça-se tudo do início. Após o término dos 10 itens, peça aos alunos para que eles “brinquem” uns com os outros solicitando
seres que não foram pedidos, ou seja, os alunos podem criar seus próprios itens para chegarem a um novo ser vivo.

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LABORATÓRIO 4 Cultura de bactérias

Sabemos que as bactérias estão presentes em todos os ambientes. Porém, é mais comum
associarmos a presença delas a lugares sujos, a alimentos estragados, a água poluída etc.
Na verdade, vimos em nossas aulas que existem bactérias prejudiciais, bactérias úteis e bactérias
que originam variadas reações ecológicas.
Mas e em nosso corpo? Sabemos que temos uma “flora” em nosso intestino, chamada “flora
intestinal”. Sabemos também que temos bactérias em nossa pele, em nossas unhas etc. Nesse
laboratório, vamos verificar a presença ou não de bactérias em nossa boca. Confira o procedimento
abaixo e tire suas conclusões. Professor:
O objetivo desse laboratório é mostrar ao aluno a presença de microrganismos em uma
cultura.
Materiais Muito provavelmente, após a espera de 3 a 5 dias, teremos a presença de bactérias e de
• Copos de café descartáveis. fungos bastante visíveis nos copinhos. A gelatina deve ser previamente preparada e cada aluno
receberá dois copinhos. Esse laboratório deve ser feito individualmente.
• Gelatina incolor. Espera-se que o copinho utilizado após o enxágue com o antisséptico bucal tenha um número
menor de microrganismos.
• Antisséptico bucal. Esse laboratório pode ser incrementado a partir da utilização das bactérias “do suor”.
• Escova de dentes (opcional). Pedimos que os alunos se exercitem e, com palitos, recolhemos o suor e o colocamos em
outros copinhos com gelatina. Isso pode ser feito com o auxílio do professor de educação física.

Procedimento
• Prepare a gelatina incolor e encha os copinhos com ela até a metade.
• Coloque os copinhos na geladeira e retire quando a gelatina endurecer.
• Após a gelatina ter endurecido, cuspa um pouco de saliva em um dos copos.
• Em seguida, faça um bom bochecho com o antisséptico bucal e, se possível, escove os dentes.
• Cuspa novamente em um segundo copinho com gelatina.
• Deixe os copinhos no laboratório por 3 a 5 dias, em temperatura ambiente.

Resultados e conclusão.
a) O que você observou nos dois copinhos nos quais cuspiu?

b) O desenvolvimento de microrganismos foi o mesmo nos dois copinhos? Se houve diferenças, explique
a razão dessas diferenças.

c) Que tipo de seres vivos se desenvolveram nesses copinhos?

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LABORATÓRIO 5 Observação de protozoários

Em relação aos grupos de protozoários que estudamos, vimos


que alguns são parasitas, outros, comensais, e outros, de vida livre.
Os protozoários parasitas são encontrados no sangue de seus

Age Fotostock/Easypix Brasil


hospedeiros. Para conseguirmos visualizá-los, são necessários
equipamentos e locais adequados (laboratórios). Porém, é possível
encontrarmos parasitas de vida livre nas águas de um aquário, de
um lago, de uma represa etc.
Neste laboratório, vamos visualizar esses protozoários e
conhecê-los um pouco melhor.

Materiais
• Lâminas. • Microscópio.
• Papel de filtro. • Conta-gotas. • Água de um laguinho ou aquário.

Procedimento
• Pegue uma lâmina limpa e coloque nela uma gota de água coletada.
• Coloque uma lamínula limpa sobre a gota de água.
• Leve ao microscópio para a visualização.
• Os seres vivos encontrados deverão ser observados e desenhados no espaço abaixo.
• Não esqueça de que todo desenho deve vir acompanhado de legenda e do registro do aumento
utilizado no microscópio.
Professor:
Essa água pode ser previamente “preparada”, utilizando-se a coleta de uma porção de água doce de um lago, com algumas
folhas de verduras adquiridas na feira ou no mercado, sem que estejam lavadas, para que possamos garantir a observação e a
presença dos protozoários. Nessas condições, eles deverão se multiplicar, contribuindo, assim, para o sucesso da nossa atividade.
Oriente os alunos na montagem das lâminas e no aumento adequado para melhor visualização dos organismos.

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LABORATÓRIO 6 A ação das leveduras

Nesse laboratório vamos observar a ação dos fungos no processo de fermentação. A produção de
pães é uma atividade muito antiga, mas que continua despertando interesse. O pão é o símbolo do
alimento, e, sem o alimento, não vivemos. Após essa atividade, você pode propor aos seus responsáveis,
em casa, a produção de um “pão caseiro”. Existem variadas receitas de pão caseiro e com certeza seu
preparo será um momento de diversão para todos.
Vamos lá, mão na massa!

Materiais
• Farinha de trigo – duas tigelas.

• Açúcar – duas colheres (sopa).

• Fermento biológico.

• Água morna.

Figura Mídia Objetivo


• Tigela.

Procedimento
• Colocar na tigela o fermento biológico e despejar sobre ele o açúcar.

• Aguardar alguns minutos (você notará que amistura ficará uniforme e úmida).

• Acrescentar a farinha e, aos poucos, a água morna. Misturar até que a massa tenha aspecto e
consistência uniforme.

• Retirar uma pequena porção dessa massa e colocar em um copo com água.

• Observar o que acontecerá.

Responda
• O que aconteceu com a bolinha de massa que você colocou no copo?

• Tente explicar o ocorrido.

• Qual o motivo de a mistura entre levedura e açúcar ter ficado úmida?

• Observando a embalagem do fermento, é possível encontrar o nome do fungo responsável pela


fermentação?

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Conclusão

Professor, a produção da massa de pão tem como objetivo a observação pelo aluno do processo fermentativo das leveduras.

A massa deverá aumentar bastante de volume, e o aluno deverá observar inclusive a formação de bolhas de gás carbônico. No início

do trabalho, separe uma amostra do fermento, coloque nela água e monte lâminas simples. Será possível observar as leveduras em

processo de reprodução (BROTAMENTO), bem como será possível observar a formação de bolhas.

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Créditos das Figuras

Figura 1 Figura 26
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afogamento.html>. <https://pixabay.com/pt/aranha-cabeludas-aracn%C3%ADdeo-adulto-538572/>.
Figura 2 Figura 27
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<https://pixabay.com/pt/siri-praia-nascer-do-sol-688297/>.
Figura 3
Disponível em: <http://www.sahfos.ac.uk/pil/Anomura_Galathea%20_zoea.htm>. Figura 28
Disponível em:
Figura 4 <https://pixabay.com/pt/sapo-macro-anf%C3%ADbio-verde-raineta-111179/>.
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Figura 5 Figura 29
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Disponível em: Figura 31
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ao_contra_a_raiva_2007_1254919751.jpg>;<http://novanazare.mt.gov.br/site/images <https://pixabay.com/pt/peixe-le%C3%A3o-aqu%C3%A1rio-sealife-tropical-
/2014/506bannerdengue744x1063.jpg>;<http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ck 711799/>.
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Figura 11 Figura 32
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Disponível em: <https://pixabay.com/pt/gigantes-centop%C3%A9ias-inseto-terr%C3%A1rio-
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123081_1280.jpg>.
Figura 12 Figura 33
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Figura 13 Figura 34
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Figura 14 Figura 35
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21685_1920.jpg>. Figura 36
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nata%C3%A7%C3%A3o-823258/>.
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Figura 19 Disponível em:
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Figura 20 Disponível em:
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Disponível em:
785193/>.
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Figura 21 Figura 42
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<https://pixabay.com/pt/nemo-peixe-palha%C3%A7o-peixe-332118/>.
Figura 22 Figura 43
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Figura 23 Figura 44
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<https://pixabay.com/pt/bezerro-vaca-festa-pasto-grama-433000/>.
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Figura 24 Figura 45
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Figura 25 Figura 46
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<https://pixabay.com/pt/lib%C3%A9lula-macro-inseto-%C3%A1gua-lago-122794/>.

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Figura 47
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/branco-flor-de-cerejeira-p%C3%A9tala-710675/>.
Figura 48
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/lula-polvo-subaqu%C3%A1tica-animal-225423/>.
Figura 49
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Figura 50
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/porquinho-da-%C3%ADndia-pre%C3%A1-242520/>.
Figura 51
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/arauc%C3%A1ria-heterophylla-%C3%A1rvore-343920/>.
Figura 52
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<https://pixabay.com/pt/do-parque-nacional-conguill%C3%ADo-vulc%C3%A3o-
710571/>.
Figura 53
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/alcachofra-flor-roxo-natureza-591685/>.
Figura 54
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/lucanidae-grande-lucanidae-383984/>.
Figura 55
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/macaco-de-barbary-macaco-384632/>.
Figura 56
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/flor-rosa-flores-natureza-rosas-817869/>.
Figura 57
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/insetos-lib%C3%A9lula-depressa-macro-591710/>.
Figura 58
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/golfinho-mam%C3%ADferos-marinhos-%C3%A1gua-
203875/>.
Figura 59
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/urso-polar-urso-animal-219880/>.
Figura 60
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/pinguim-engra%C3%A7ado-azul-%C3%A1gua-animal-
56101/>.
Figura 61
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/tigre-animal-selvagem-vida-selvagem-484097/>.
Figura 62
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/le%C3%A3o-rei-juba-selvagem-safari-378297/>.
Figura 63
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/samambaia-verde-planta-floresta-789380/>.
Figura 64
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/leopard-pontos-do-leopardo-animal-592187/>.

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Figura 28 Figura 25 Figura 22 Figura 19 Figura 16 Figura 13

Figura 27 Figura 24 Figura 21 Figura 18 Figura 15 Figura 12


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Figura 26 Figura 23 Figura 20 Figura 17 Figurra 14 Figura 11


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Figura 46 Figura 43 Figura 40 Figura 37 Figura 34 Figura 31

Figura 45 Figura 42 Figura 39 Figura 36 Figura 33 Figura 30


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Figura 44 Figura 41 Figura 38 Figura 35 Figura 32 Figura 29


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Figura 64 Figura 61 Figura 58 Figura 55 Figura 52 Figura 49

Figura 63 Figura 60 Figura 57 Figura 54 Figura 51 Figura 48


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Figura 62 Figura 59 Figura 56 Figura 53 Figura 50 Figura 47


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DATA: _____/_____/_____
Caderno

5
1
Módulo 2

Diversidade dos ecossistemas

Professor, esse complemento tem como objetivo fazer com que os alunos compreendam a importância da biodiversidade
para o meio ambiente e para a humanidade, reconheçam e valorizem a biodiversidade presente nos biomas brasileiros,
Em relação a biodiversidade, conteúdo visto no 6º ano, responda as questões a seguir:
compreendam os impactos negativos causados ao meio ambiente pelos desmatamentos, aprendam sobre as boas práticas
e iniciativas de utilização sustentável das florestas, fiquem cientes dos malefícios causados pela biopirataria e percebam
que proteger nosso patrimônio florestal e toda sua fauna e flora é um dever de todos.
a) Faça uma lista dos produtos produzidos a partir de recursos florestais existentes em sua residência
e na escola.

b) É possível identificar a origem da madeira utilizada nos produtos, ou seja, se ela foi extraída de
florestas nativas ou se originam de reflorestamento?

c) Quais as consequências da exploração descontrolada da biodiversidade para o meio ambiente e


para a humanidade?

1
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d) Quais os principais motivos dos desmatamentos?

e) Quais as consequências dos desmatamentos?

A variedade de espécies vem diminuindo devido à exploração do homem em


praticamente todas as regiões do planeta, mas percebemos uma queda mais acentuada de espécies
tanto da fauna como da flora principalmente nas regiões tropicais sendo que essa diminuição está
diretamente relacionada com a explosão demográfica humana e com os desmatamentos que destinam
grandes áreas de terra para a agricultura e pecuária.
A conservação e o uso sustentável da biodiversidade, assim como a possibilidade de produção de
bens e serviços ambientais e da geração de emprego e renda representam as melhores formas de
valorizar e proteger nosso patrimônio ambiental.
Entre as funções da biodiversidade, podemos citar algumas relacionadas ao próprio ambiente, outras
relacionadas as atividades econômicas e outras sociais e culturais.

a) Funções ambientais
• Polinização e dispersão dos vegetais
• Manutenção da cadeia alimentar
• Variabilidade genética e adaptação
• Estabilidade do regime hídrico e manutenção do clima

2
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b) Atividades econômicas
• Fontes de novos produtos e energia
• Potencial econômico ainda não explorado
• Sustentabilidade na agricultura e na pecuária
• Produtos florestais (emprego e renda)

c) Questão sócio cultural e lazer


• Populações indígenas e locais
• Ecoturismo

Você já ouviu falar em biopirataria?

A biopirataria é considerada o terceiro maior tráfico


em nosso planeta, atrás apenas do tráfico de drogas e
de armas.

A biopirataria é o nome dado à exploração e


utilização de recursos naturais ou de exploração de um
conhecimento tradicional prévio sem autorização, ou
seja, utilização desses recursos de forma ilegal.

Os principais exemplos de biopirataria que atinge o Brasil são o tráfico de animais, a extração e
utilização de princípios ativos retirados da fauna e flora e a utilização do conhecimento indígena e de
outros povos da região acerca da utilização de plantas, sementes e outras substâncias para uso medicinal.
Essa prática ilegal está presente no mundo todo, porém, países como o Brasil, que possui uma imensa
biodiversidade são os mais prejudicados. Com o avanço da biotecnologia essa prática hoje se torna mais
fácil pois é possível transportar apenas o material genético de um indivíduo ao invés do próprio.

Em relação a ação ilegal sobre os conhecimentos das populações locais, estes são levados para fora
do país e explorados por grandes indústrias, principalmente farmacêuticas. Temos, portanto, um
problema de soberania territorial e de utilização de nosso patrimônio genético, biológico e intelectual
por outros países sem autorização. Nas mãos dessas indústrias os produtos extraídos são patenteados e
se tornam de uso exclusivo para sua exploração comercial.

Para ficar mais claro, você precisa saber o que é uma “patente”:

Considera-se patente um documento formal, expedido por um órgão público, por meio do qual se
conferem e se reconhecem direitos de propriedade e uso exclusivo de uma invenção ou uma criação
industrializável. Trata-se de um privilégio concedido pelo Estado aos inventores (pessoas física ou jurídica)
detentores do direito de invenção de produtos e processos de fabricação, ou aperfeiçoamento de algo
já existente.
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A relação entre patentes e o assunto que estamos estudando é que são considerados patenteáveis
os métodos novos e melhorados de: extração, purificação, elucidação ou síntese de compostos naturais,
produção de fármacos industriais e engenharia genética. Pode-se também patentear: compostos naturais
quimicamente modificados; composições farmacêuticas ou cosméticas contendo um ou mais compostos
naturais ou modificados.
Ou seja, em nossa diversidade biológica existe uma infinidade de produtos já explorados e outros
que ainda nem são conhecidos que acabam indo para fora do nosso país de forma ilegal e ao serem
patenteados perdemos o direito sobre eles. Dessa forma entre muitos benefícios que a biodiversidade
nos proporciona, ela deixa de ser um bem comum a todos e se transforma em propriedade privada.
Pesquisadores estrangeiros ingressam no Brasil como turistas e dirigem-se principalmente a região
amazônica onde coletam informações com as comunidades locais e indígenas, estudando e obtendo
informações sobre diferentes espécies, e possíveis usos e aplicação.
Sabemos da importância de se preservar toda nossa biodiversidade e nos últimos tempos a região
amazônica está em pauta devido as enormes áreas desmatadas. Mas percebe-se também o interesse
internacional nessa região, e uma das razões é justamente o interesse comercial pela riqueza de nossa
biodiversidade.
Um cálculo realizado por nossos órgãos de defesa ambiental estima que o tráfico de animais
movimente aproximadamente 10 bilhões de dólares por ano e o Brasil tem grande representatividade
nesse mercado. Estima-se que são retirados do nosso país 38 milhões de espécimes, na maioria animais,
e que a cada 10 desses animais apenas um sobrevive em seu destino final.

Principais classes de animais que sofrem com o tráfico:

Fonte: IBAMA

Esse comércio possui basicamente quatro finalidades:

a) Colecionadores particulares e zoológicos, que priorizam as espécies ameaçadas de extinção, pois


quanto mais raro o animal, maior o seu valor. Os principais colecionadores particulares situam-se na
Europa (Alemanha, Portugal, Holanda, Bélgica, Itália, Suíça, França, Reino Unido e Espanha), na Ásia
(Singapura, Hong Kong, Japão e Filipinas) e América do Norte (EUA e Canadá).

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Na tabela a seguir veja os animais mais procurados por esses colecionadores e seu valor de mercado:

Nome Comum / Inglês Nome Científico Valor em US$ / Unidade

arara-azul-de-lear / lear’s macaw Anodorhynchus leari 60 000

arara-azul / hyacinthine macaw Anodorhynchus hyacinthinus 25 000

arara-canindé / blue and yellow macaw Ara ararauna 4 000

papagaio-de-cara-roxa / blue cheeked parrot Amazona brasiliensis 6 000

flamingo / american flamingo Phoenicopterus ruber 5 000

harpia / harpy eagle Harpia harpyja 20 000

mico-leão-dourado / golden lion tamarin Leontopithecus rosalia 20 000

uacari-branco / uakari Cacajao calvus 15 000

jaguatirica / ocelot Leopardus pardalis 10 000

b) Uso científico, que patrocinado principalmente por grandes indústrias farmacêuticas enviam
pesquisadores de forma ilegal em busca de novas espécies, princípios ativos e conhecimentos tradicionais
de populações locais.

Na tabela a seguir temos os animais mais procurados com essa finalidade e seu valor, se estiverem vivos:

Nome Comum / Inglês Nome Científico Valor em US$ / Unidade

jararaca / jararaca Bothrops jararaca 1 000

jararaca-ilhoa / jararaca Bothrops insularis 20 000

cascavel / rattlesnakes Lachesis muta muta 1 400

surucucu-pico-de-jaca / bush master Várias Espécies 5 000

sapos amazônicos / amazonian frogs Várias Espécies 300 a 1 500

aranha-marrom / brown spider Loxosceles sp. 800

aranhas / spiders Várias Espécies 150 a 5 000

besouros / beetles Várias Espécies 450 a 8 000

vespas / wasps Várias Espécies 50 a 350

5
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E na próxima tabela o valor do grama de substâncias extraídas de alguns animais:

Nome Comum / Inglês Nome Científico Valor em US$ / Grama

jararaca / jararaca Bothrops jararaca 433

urutu / urutu Bothrops alternatus 1 835

surucucu-pico-de-jaca / bush master Lachesis muta muta 3 200

coral-verdadeira / coral snake Micrurus frontalis 31 300

aranha-marrom / brown spider Loxosceles sp. 24 570

escorpião / yellow scorpion Tityus serrulatus 14 890

c) Comercialização em pet shops, que abrange uma grande quantidade de animais traficados. Veja os
mais procurados e o valor médio no mercado internacional na tabela a seguir:

Nome Comum / Inglês Nome Científico Valor em US$ / Unidade

jibóia / boa Boa constrictor 800 a 1 500

periquitambóia / amazon tree boa Corallus caninus 2 000

Tupinambis sp.
teiús / tizard 500 a 3 000

tartaruga / turtle Pseudemys dorbygnyi 350

arara-vermelha / scarlet macaw Ara macao 3 000

tucano-toco / toco-toucan Ramphastos toco 2 000

araçari / curl crested araçari Pteroglossus beauharnaesii 1 000

Gnorimopsar chopi
melro / chopi blackbird 2 500

Tangara seledon
saíra-sete-cores / green headed tanager 1 000

sagui-da-cara-branca / white fronted marmoset Callithrix geoffroyi 5 000

6
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d) Produtos da fauna, que são muito utilizados para adornos e artesanatos. Já foram também muito
utilizados no mundo da moda, mas hoje em dia há uma diminuição em função das campanhas contra
essa prática. Mas ainda são muito comercializados produtos como couros, penas, garras, presas etc.

As aves obviamente são fornecedoras de penas e os mamíferos e répteis abaixo são os principais
fornecedores de pele.

Nome Comum / Inglês Nome Científico

jibóia / boa Boa constrictor

lagarto teiú / lizard Tupinambis sp.

jacarés / caiman Caiman sp.

lontra / otter Lontra longicaudis

ariranha / giant otter Pteronura brasiliensis

onça-pintada / jaguar Panthera onca

jaguatirica / ocelot Leopardus pardalis

gatos-do-mato / wild cats Leopardus sp.

insetos / insects Ordem INSECTA

Agora que já exploramos um pouco sobre as razões pelas quais ocorre a biopirataria, vamos
refletir sobre suas consequências. Nas linhas a seguir indique quais as consequências dessa
prática considerando três aspectos:

a) Sanitário
Quando os animais são comercializados ilegalmente, não passam por nenhum controle sanitário, podendo transmitir doenças graves,

inclusive desconhecidas, para as criações domésticas e para o homem, acarretando sérias consequências sanitárias para o país importador

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b) Econômico/social
O comércio ilegal de animais silvestres pode ser também economicamente devastador, pois movimenta uma quantia incalculável na

economia ilegal do país, sem deixar parcela alguma para os cofres públicos. Além disso, há uma importância econômica da fauna silvestre,

ao atuar no controle de pragas, que muitas vezes causam prejuízos às lavouras brasileiras. Se considerarmos os custos e tempo gastos, os

animais silvestres atuam muito melhor no combate às pragas do que os métodos artificiais, como inseticidas e outros.

A fauna também é um recurso utilizado no turismo ecológico, que movimenta mundialmente dezenas de bilhões de dólares a cada ano.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, só a região Amazônica tem potencial turístico que pode render 13 bilhões de

dólares por ano. Em geral, quem lucra com o comércio ilegal são as grandes empresas que utilizam produtos da fauna silvestre e os grandes

traficantes. A população vende esses animais e seus produtos a preços mínimos, que depois alcançam altos valores nos mercados

internacionais. Uma araracanga, é comprada por cerca de US$ 100 na América do Sul e vendida por US$ 5 000 a 6 000 na Europa e América

do Norte. A TRAFFIC Sudamérica mostrou que no Chaco Argentino, um caçador vende um couro cru a US$ 2 a peça a um intermediário,

este a vende a US$ 4 para os curtumes, que vendem a peça por US$ 6. O couro depois de curtido no mercado internacional é vendido a

US$ 10 e um sapato fabricado com esse couro pode chegar a US$ 300. Todos perdem com isso, o país perde economicamente com a

destruição de seus recursos naturais, e a população, que alheia à eliminação de seu patrimônio, não tem retorno algum em seu benefício.

Além disso, socialmente, o comércio ilegal recruta uma importante parcela da população rural brasileira a participar de uma atividade

marginal como fonte econômica alternativa.

Adaptação do site: http://www.renctas.org.br/wp-content/uploads/2014/02/REL_RENCTAS_pt_final.pdf

c) Ecológico
O tráfico tem acelerado o processo de extinção levando as espécies ao extermínio. A principal ameaça à fauna silvestre é a caça, seja para

subsistência ou comércio. O comércio ilegal converge em uma pressão de exploração quase impossível de as espécies suportarem, pois é

realizada sem critério algum. A captura de pássaros canoros é quase sempre realizada no período reprodutivo destes, quando os animais

defendem seus territórios e demonstram, na mentalidade do caçador, a potencialidade a ser explorada nas disputas de canto. A retirada

da natureza desses espécimes mais privilegiados é altamente nociva, já que impede a transmissão de genes superiores, propiciando uma

redução na qualidade genética das espécies envolvidas. A captura de filhotes também é prejudicial, pois resulta na redução do recrutamento

de espécimes jovens para as populações de suas espécies. Além disso, para se ter um animal em cativeiro, muitos são mortos durante a

captura e comercialização e o espécime cativo é excluído do processo de reprodução natural, portanto sem possibilidade de deixar

descendentes. Quando se elimina uma espécie, morre com ela toda a sua história genética, que jamais poderá ser recriada. Deve-se

considerar que as espécies não evoluíram independentes, mas possuem relações intra e interespecíficas e com o meio. Essas relações,

muitas vezes por nós não compreendidas e até desconhecidas, contribuem para a complexidade, funcionamento e equilíbrio dinâmico dos

ecossistemas. Ao se eliminar espécies, muitas dessas interações se perdem, sendo difícil prever quais as reações e consequências nos

ecossistemas. Deve-se considerar também que muitos dos animais caçados estão envolvidos na predação e dispersão de sementes e,

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portanto, influenciam na estrutura da floresta tropical. Entre os primatas, 93,5% das espécies se alimentam de frutos, sendo importantes

na dispersão de sementes. Esses animais sofrem grande pressão de caça na região amazônica, e na ausência deles muitas espécies de

plantas têm de alterar seus padrões de dispersão. Normalmente, os estudos e programas de conservação enfocam apenas as extinções

demográficas, calculando o tamanho mínimo da população viável, mas não dão muita importância à extinção ecológica das espécies.

Adaptação do site: http://www.renctas.org.br/wp-content/uploads/2014/02/REL_RENCTAS_pt_final.pdf

Professor, nas questões a seguir os alunos não terão dificuldades para encontrar as respostas. Existem
Pesquisa vários exemplos de espécies exóticas introduzidas no Brasil que causaram prejuízos como o caramujo
africano (Achatina fulica), mosquito aedes (Aedes aegypti), javali (Sus scrofa L.), espatódea (Spathodea
campanulata), mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), rã touro (Rana catesbeiana), lebre europeia (Lepus
Utilizando a sala de informática ou a internet em seu celular faça uma breve pesquisa
sobre as questões listadas a seguir: europaeus ), peixe leão (Pterois volitans), pinus (Pinus elliotti/Pinus
taeda), pombas domésticas (Columba livia), búfalo (Bubalus sp.),
abelha africana (Apis melífera) etc. Mas também temos espécies extremamente úteis e importantes como café,
maçã, cana de açúcar, arroz, soja etc. Também em relação ao patenteamento de produtos/substâncias próprias do
nosso país há uma grande quantidade de exemplos como o açaí, acerola, cupuaçu, pau-Brasil, jenipapo, seringueira,
a) Como a introdução de espécies exóticas pode interferir na nossa biodiversidade?
unha-de-gato etc (http://arquivosbrasilbio.blogspot.com/2008/06/plantas-e-produtos-brasileiro.html).
Em relação a legislação existem leis que protegem toda a fauna e flora e atualmente restringe as patentes de alguma forma.

b) Cite exemplos de substâncias/princípios ativos extraídos de nossa fauna ou flora que foram
patenteados por outros países.

c) Qual legislação existe no País para a proteção da flora e da fauna?

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d) Como podemos conciliar progresso e conservação ambiental?

e) Como podemos contribuir para o consumo sustentável dos produtos florestais?

f) Após o estudo desse módulo, você acredita que possamos mudar algumas atitudes e conscientizar as
pessoas ao nosso redor em relação aos prejuízos provocados pela biopirataria?

Espera-se que após essa atividade os alunos tenham desenvolvido uma maior consciência social e no caso específico uma maior consciência
ambiental. Espera-se também que haja uma maior valorização de nossos bens naturais e um reconhecimento de sua importância para a
sociedade e para o bem estar da nossa população. É fundamental a apropriação do sentimento de responsabilidade sobre todo o nosso
patrimônio, seja ele biológico, tecnológico ou cultural. Perceber que o assunto em pauta é de interesse mundial, e que com iniciativa,
negociação e colaboração todos os benefícios que a biodiversidade oferece, se explorada de forma consciente, responsável e sustentável,
é uma das saídas para muitas situações negativas provocadas pelo próprio homem.

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Caderno

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1 Módulo 5
DATA: _____/_____/_____
A Atmosfera

https://pixabay.com/pt/photos/reino-unido-nuvens-c%C3%A9u-nublado-blue-1107579/

A atmosfera é uma camada gasosa que envolve o nosso planeta. Sua permanência próxima à
superfície terrestre se deve a força da gravidade que atrai todo e qualquer material em direção vertical
e no sentido do centro da Terra, ou seja, para baixo.
De modo geral a atmosfera possui uma composição básica descrita em 78% de gás nitrogênio (N2),
21 % de gás oxigênio (O2) e 1% de uma mistura de vários outros gases, incluindo o gás carbônico (CO2)
e gases nobres. Professor. O assunto a ser abordado nesse folheto complementar deve ser desenvolvido de forma a não nos
determos à dados técnicos tais como nomes de compostos poluentes, dados numéricos ou datas. O aluno em curso
no 7º ano não se atém ao assunto quando este não demonstra participação efetiva no seu dia a dia. Sugerimos o
uso de recursos midiáticos que possam dar acesso à internet mostrando imagens e ocorrências reais e atuais.

Você já estudou vários fatores, características e fenômenos relacionados à atmosfera


terrestre. Para compreendermos melhor alguns textos relacionados a esse assunto responda:

a) A composição da atmosfera é a mesma em toda sua extensão?

b) Justifique a resposta dada no item anterior.


Professor. A atividade sugerida pretende, não só retomar algumas informações já desenvolvidas e discutidas em momentos anteriores,
mas principalmente trazer para o grupo a oportunidade de reconhecer suas responsabilidades como cidadão e membro participativo da
sociedade. Ademais é necessário destacar a necessidade da colaboração e do trabalho em conjunto para preservação do ambiente. Algumas
respostas são esperadas, mas, no geral, o aluno deve se colocar de maneira autônoma e crítica sobre o assunto.
Os motivos pelos quais devemos controlar a composição da atmosfera estão relacionados principalmente à saúde dos seres vivos (não só
dos seres humanos) e à manutenção da dinâmica físico-química dos ecossistemas. Sem falar na forma como a instabilidade atmosférica
pode interferir na biodiversidade e consequentemente na economia mundial. Os profissionais inseridos nessa área de trabalho são formados
em diversas áreas e especialidades. Podemos encontrar Ecólogos, Biólogos, Engenheiros, Administradores, entre tantos outros profissionais
que se especializam na área. Os órgãos responsáveis variam de acordo com a região e com a política que cada país adota para efetuar as
atividades de saneamento básico.

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c) Existe uma preocupação muito grande com a manutenção dos níveis de gases da atmosfera. Cite, no
mínimo, dois motivos pelos quais essa preocupação seja importante e necessária.

d) Você saberia dizer quem são as pessoas, profissionais e/ou órgãos responsáveis pelo equilíbrio e
manutenção da qualidade do ar no local onde mora?

e) A qualidade do ar é uma responsabilidade individual ou conjunta? Discuta a sua ideia com seus
colegas e professor.

Qualidade do ar e poluentes atmosféricos


O monitoramento da qualidade do ar é uma das atividades sob responsabilidade das companhias
que cuidam do saneamento básico dos estados e das cidades. O índice de qualidade do ar é um indicador
do nível de poluição em uma dada área ou região e é calculado levando-se em conta a quantidade de
alguns poluentes específicos encontrados no ar e também no solo.
No Estado de São Paulo, a CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo é a agência do
Governo do Estado responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades
geradoras de poluição.

Segundo a CETESB, é considerado poluente atmosférico “toda e qualquer forma de matéria ou


energia com intensidade, quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os
níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo
à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à
segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.”

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A relação entre poluentes atmosféricos e a saúde foi observada de forma contundente a partir da
ocorrência de milhares de mortes em Londres entre os anos de 1948 e 1952. Em São Paulo na região
metropolitana, após o fim da 2.a Guerra Mundial passaram a ser instaladas grande quantidade de
indústrias sobre as quais não havia controle da quantidade de poluentes emitidos e muito menos regras
na instalação de filtros e chaminés.
Nas décadas de 60 e 70 foram registrados inúmeros casos de contaminação atmosférica chegando
até mesmo a causar pânico na população. Assim em 1972 deu-se início ao monitoramento da qualidade
do ar a partir da instalação de 14 estações de medição diária dos níveis de dióxido de enxofre (SO2) e
fumaça preta.
Posteriormente, o monitoramento passou a ser feito automaticamente com a instalação de novas
estações de medição e avaliação de poluentes, o que significou um grande salto no controle da qualidade
do ar. Desde então a CETESB só vem ampliando as estações, não só na região metropolitana, mas
também pelas cidades do interior.
A seguir a apresentação de uma imagem do boletim de informação da qualidade do ar apresentada
diariamente e atualizada de hora em hora.

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Inversão Térmica e SMOG – Um fenômeno das grandes cidades


Você já ouviu falar de inversão térmica?
A inversão térmica é um fenômeno que ocorre tipicamente no inverno e é decorrente do acúmulo
de poluentes nas baixas camadas da atmosfera.
Para entender melhor esse fenômeno vamos recordar como se formam as correntes de convecção.
Diariamente forma-se uma camada de ar quente próxima da superfície devido ao aquecimento natural
efetuado pelo Sol e uma camada mais fria nas partes superiores. Como o ar frio é mais denso que o ar
quente, ocorre uma “troca” de lugar. Assim se formam as correntes de convecção e, quando o ar quente
sobe, leva consigo os poluentes ocasionando a sua dispersão.
Porém, em dias frios, quando a camada de ar próxima da superfície não é aquecida, os poluentes
ficam retidos, ou seja, não sofrem dispersão. Isso é inversão térmica.
E qual a relação entre a inversão térmica e Smog?
Smog é uma palavra originada da língua inglesa onde as palavras smoke (fumaça) e fog (neblina)
foram unidas. O Smog é um fenômeno característico de cidades onde há grande emissão de gases
poluentes em dias de inversão térmica. Assim fica caracterizada a formação de uma nuvem onde há
acúmulo de fumaça, neblina, poluentes gasosos e partículas sólidas.
Esse termo foi usado pela primeira vez pelo Dr. Harold Des Voeux quando ocorreu um incidente na
cidade de Londres, Inglaterra, em dezembro de 1952, no qual morreram mais de 4000 pessoas devido
à uma nuvem de fumaça que ficou estacionada por cinco dias sobre a cidade.

O alto número de óbitos se deve ao fato de que, naquele ano, o inverno rigoroso levou a população
à queima de grande quantidade de carvão causando a formação de densas nuvens negras com alta
concentração de fuligens.
As causas foram ocasionadas por problemas respiratórios acometidos por crianças e idosos ou ainda
por pessoas com doenças pulmonares pré-existentes que inalaram grande quantidade de gases tóxicos
e fuligem.

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Mortes causadas pela poluição do ar aumentam


14% em 10 anos, aponta Ministério da Saúde
Um estudo do Ministério da Saúde aponta que o número de mortes classificadas como decorrentes da poluição
do ar aumentaram 14% em dez anos. Foram 38.782 em 2006 para 44.228 mortes em 2016, de acordo com o estudo
“Saúde Brasil 2018”.
O estudo considera as mortes classificadas dentro da categoria “Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)”, com
dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A maior incidência de casos está relacionada aos grandes
centros urbanos e a estados castigados pelas queimadas.

Principais causas de morte


As doenças isquêmicas do coração ocupam o primeiro lugar na causa de mortes, seguido das doenças
cerebrovasculares e do câncer. Entretanto, houve maior aumento no último grupo. “Verificou-se, no Brasil, aumento
nas mortes por câncer de pulmão, traqueia e brônquios e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) atribuídas à
poluição em ambos os sexos. No entanto, os casos em mulheres para câncer de pulmão, traqueia e brônquios (37,6%)
e DPOC (18,9%) foram maiores que nos homens (11,4%)”, apontou o ministério da Saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que ocorram anualmente 4,2 milhões de mortes
prematuras atribuídas à poluição do ar ambiente no mundo. Desse total, 91% ocorrem em países de baixa e média
rendas do Pacífico e Sudeste Asiático.
A organização também estima que a poluição do ar tenha sido responsável, no ano de 2016, por cerca de 58%
de mortes prematuras por doenças cerebrovasculares (DCV) e doenças isquêmica do coração (DIC); 18% por doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infecção respiratória aguda baixa; e 6% por câncer de pulmão, traqueia e
brônquios.
Texto adaptado (atualizado em 07/06/2019)

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/06/07/mortes-causadas-pela-poluicao-aumentam-14percent-em-
10-anos-aponta-ministerio-da-saude.ghtml

Agora é a sua vez!

Agora que você observou que a o estudo da qualidade do ar e os poluentes atmosféricos que
encontramos nele são assuntos de grande importância para a humanidade e para o planeta, você deverá
pesquisar alguns itens curiosos e partilhar as informações com os seus colegas de classe.

a) Países que apresentam alto nível de produção e emissão de poluentes atmosféricos


As discussões sobre essa questão não se restringem a determinado tipo de poluente e nem tampouco ao país que o produz, pois existem

fatores diversos a serem considerados, tais como dimensão, participação socioeconômica em âmbito mundial, questões políticas e até

mesmo catástrofes naturais. O site citado abaixo mostra os 10 maiores emissores de gases do efeito estufa entre 1850 e 2016.Peça para

que eles se atentem às diferenças apresentadas em momentos históricos como a Grande Depressão dos Estados Unidos em 1930, e o final

da segunda Guerra Mundial em 1945.


https://public.flourish.studio/visualisation/301892/?utm_source= showcase&utm_campaign=visualisation/301892
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b) Principais poluentes atmosféricos encontrados nos países citados no item anterior.


A questão foi colocada como forma de debater as frequentes variações na conclusão desse tipo de dados assim estimular os alunos

a realização de análises e críticas das variáveis. Sugerimos para o professor a leitura da seguinte publicação:

https://wribrasil.org.br/pt/blog/2019/04 /ranking- paises-que-mais-emitem-carbono-gases-de-efeito-estufa-aquecimento-global

c) O que são e quais são os objetivos dos Tratados Internacionais do Meio Ambiente?
São acordos feitos entre grupos de países afim de preservar o ambiente com a colaboração conjunta de todos, bem como o estabelecimento

de leis que definem e controlam as atividades de todos os países envolvidos na questão. As ideias ecológicas são produto de movimentos

sociais diversos, principalmente de ONGs que procuram exercer pressão sobre os governos e órgãos responsáveis, para que haja

colaboração e respeito entre os grupos participantes.

Anotações

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