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As grandes pinturas eram mais utilizadas em espaços públicos fechados, pois muitas
delas, mesmo com carácter de propaganda, não podiam ser expostas ao ar livre.
Pintura com carácter de reflexão e meditação.
2. Isolada ou de Conjunto:
Podem aparecer em retábulos em madeira ou em pedra, com uma moldura complexa
que pode ter pintura ou escultura/microescultura, revestidas em talhas douradas.
Dípticos, trípticos ou polípticos.
A Pintura individual surge a partir do séc. XVI, atingindo o seu auge no século. XVIII
GENÉROS DE PINTURA:
E havia vários tipos de vistas, como a vista cavaleira, onde se tenta abarcar o máximo
de paisagem, embora se pudesse associar várias vistas para captar o máximo de
informação.
Muitas vezes, eram modificadas pelos valores da nobreza, nunca é uma mensagem
inócua, há sempre uma mensagem por detrás, uma imagem a ser passada. Ex: As
representações de Lisboa continham sempre um rio, pois havia os portos.
A partir do gótico final começa a aparecer um gosto muito especial pela descrição da
paisagem. Jan van Eyck começa a prestar uma atenção especial da representação do
real, da natureza. Mesmo as paisagens urbanas. Isto, uma vez mais, começa a aparecer
mais no Norte da Europa.
Joachim Patinier - paisagem com S. Jerónimo.
Nos finais do século 16, com a contrarreforma, no norte, a igreja deixa de ser grande
encomendadora, vamos encontrar grande parte dos artistas a canalizar a sua pintura
para outros gêneros que lhes permitam sobreviver, as paisagens e tratos, assim estes
gêneros floriram nos países a norte da europa. Este tipo de pintura era um desafio aos
pintores, uma experiência formal. Haviam variados aspetos de cor, contrastes,
perspetivas, vistas, aspetos alumínicos, detalhes entre outros que necessitavam ser
dominados.
Em Itália, a paisagem tem menos importância do que no Norte. Mesmo assim, em
Botticelli, também existe a procura e a minúcia e o detalhe na representação da
natureza, de determinadas espécies de plantas, podem surgir associadas a
simbolismos (relembro-me, por exemplo, de Leonardo e dos seus estudos de
botânica).
Romantismo. representação da paisagem como forma de acentuar a pequenez do ser
humano face às forças da natureza. Representação da paisagem de forma
intensamente emocional.
A figura humana poderia aparecer como um elemento que dava escala á imagem e
não como figura principal. Mas além desta, a pintura de género também é trazida para
a paisagem através dos detalhes ( exemplo: o que acontece nas janelas, ou ações
quotidianas) concessionando paisagens amplas e panorâmicas com detalhes que
permite a duplicidade minuciosa e vasta do olhar, é o que capta o olhar do observador.
A obra tem objeto com valores lumíneos, formas de mostrar a sua mestria na
representação de objetos com características desafiantes.
Casamento de Camponeses, Pieter Bruegel 1
Nesta obra, os nossos olhos vão diretamente á figura central de azul indo para o
homem em frente, esse estende o braço e os nossos olhos aos seguirem esse braço
encontra a noiva ressaltada pelo pano verde. Os detalhes são inusitados, a forma da
representação da retirada das sopas, todo um conjunto de aspetos, representados de
uma forma obliqua para dar a sensação de profundidade.
RETRATO DE CORTE: era difícil haver alguma corte que não se fizesse representar. Duplicidade
de honrar uns aos outros. Por exemplo, é uma honra representar a rainha, e é uma honra para
a corte ser representada ao pé do poder (a rainha).
BIOGRAFIA PINTADA: Retrato sistematizado uma narrativa para conta a história de alguém. O
auge do retrato, que enaltece e demonstra características psicológicas e caracter vigoroso.
Maria de Médicis. Encomenda uma biografia pintada para o novo palácio, pede a Piter Paul
Rubens, um pintor famoso na altura. Começa com uma representação da educação que ela
teve, representando figuras clássicas que confere a sabedoria de Atena e a sensibilidade das
artes clássicas, e alguém com grande inteligência e interpretação das vontades divinas,
mostrando estar destinada a governar França.
Utilizado por muitos autores, não só como forma de autovalorização da sua figura (elevação do
estatuto social do próprio pintor), mas também como maneira de desafio.
Durer demonstram-nos a forma em como o pintor se via a si próprio. Num momento em que o
estatuto do pintor se eleva do artesão ao intelectual, especialmente no século XVI, em que
conquistam um estatuto superior ao comum artífice. Nos retratos de Durer desloca-se dessa
qualidade de pintor para se representar como um homem nobre, um homem respeitável.
Rubens não se autorretrata muito, mas o suficiente para deixar essa ideia do autorretrato em
que mais nada nos distrai das suas feições físicas, mas também para reforçar o seu carácter
intelectual e nobre, de pensador. Autorretrato com a sua primeira mulher, e com o irmão.
A emancipação do retrato e o culto da personalidade: Frederico de Montefeltro
O VALOR DO RETRATO
Uns revelam mais sobre o ambiente e relações sociais, muitas vezes não são as características
físicas que estão em causa, os retratos são construções de identidade complexas.
A partir da década de 40 a fotografia começa a expandir-se, no ponto de vista do retrato esta
substitui a pintura por ser mais rápido e mais barato. Começa-se então a fazer retratos de
grupo e de família.
Linha
fixa a aparência das coisas. Identificação e reconhecimento das formas. Apela muito mais ao
intelecto do que aos sentidos Qualidade gráfica
Mancha ampla, desvalorização da linha para uma forma sem contorno. William Turner,
romantismo e explosão de cor e mancha, difícil de identificar o tema sem ajuda do titulo.
A pintura pode atuar no plano (linhas planas que sobressaem o carácter bidimensional do
quadro) ou em profundidade.
Cor
Pigmentos que permitem reações diferentes por parte do observador, a conjugação das
cores é uma experiência explorada pelos vários movimentos artísticos que muitas vezes
contrariavam as normas das academias de belas-artes.
Limitadas e circunscritas: Matize dá-nos o corte das cores, não há mistura, temos cores
que vivem de matizes diferentes, mas que são encerradas em espaços distintos e não se
misturam. Em Van Gogh as cores misturam-se umas nas outras.
A cor quase que narra o próprio tema, o vermelhão concentra mais o nosso olhar nesse
elemento por exemplo. Pode ser utilizada também de uma forma mais naturalista. Jan Van
Evick
A representação de volume, o modelado
Valores tácteis /valores escultóricos Socorre-se para esse efeito da luz e da sombra, do
claro-escuro, conseguidos quer através do desenho, quer através da cor
Procura da profundidade e da ilusão de ótica: Trompe l'oeil termo francês que significa
"enganar olho", este foi genero praticamente autónomo.
A Luz
Foi um elemento trabalhado de forma autónoma, muitas vezes a sua presença nem é
notada ou pode assumir todo o protagonismo da obra.
No barroco foi utilizada bastante, obras que vivem da intensidade da luz, as narrativas sao
contadas pelos jogos de luz.
Utilizar a luz para colocar grandes partes dos quadros na penumbra e outras iluminadas
para criar o aspeto teatral
Composição
Totalmente solidários, constituem um universo próprio em que nada pode ser alterado ou
suprimido sem pôr em causa a obra Assinatura do pintor. Marca da personalidade artística.
Cria uma realidade única, nova e autónoma
A Adoração de Vénus, terminada por Ticiano. Tem uma composição clássica, com uma
figura central que é elevada com outros figurantes que ilham para ela, é um esquema
tradicional. Depois o esquema é modificado, dividido em várias partes, temos a paisagem,
a estátua no pedestal, uma figura que nos obriga a olhar para a estatua. muita coisa
acontecer, o nosso olhar é redirecionado em várias direções que acabam todas na Vénus.
Diferentes maneiras com o mesmo efeito.
Suportes
Madeira
Tela
Papel
Cartão
Metal
Vidro
DENOMINAÇÕES A SABER:
Oficial / De corte
Identificação / Individualização
Psicológico, introspetivo
Fundos e soluções espaciais
Atributos
Individual, coletivo, de grupo
Foi frequente utilizar o fresco para o muro, a têmpera para a tábua e o óleo para a tela,
mas é incorreto identificar uma técnica com um suporte. Quase todas foram utilizadas
quer no cavalete quer no muro, podendo o pintor recorrer a mais do que uma técnica num
só e mesmo quadro.
Pintasse por partes, de cima para baixo, exige uma grande capacidade pois
não pode ser alterada ou corrigida logo de seguida, requere também
esforço físico, as posições exigiam grandes esforços, o que dificultava a
pintura.
1. ARRICCIO: Sobre um muro completamente seco aplicase uma
camada de cal e areia, amassada com água.
2. SINOPA: Realiza PISANELLO, 1440, Palácio Ducale, Mântua -se
o desenho prévio ou preparatório em tinta vermelha.
3. INTONACO: Seguem-se outras camadas, progressivamente
mais finas (intonaco) e uma outra ainda (tonachino).
4. GIORNATA: Sobre esta última, ainda húmida, aplicamse as
tintas. Área susceptível de se acabar num dia, a dimensão
depende da rapidez de trabalho do pintor. Aplica-se a tinta de
cima para baixo para evitar tocar no que já foi pintada.
Vantagens:
o Pode ser trabalhada durante sessões longas;
o Tinta permanece fresca durante dias
o Permite acabamentos mais refinados
o Vasta gama de cores disponíveis.
John Goffe Rand, pintor americano, inventou o tubo de tinta que patenteou em 1841.
William Winsor (Winsor & Newton) acrescentou a tampa de enroscar.
IMPASTOS:
Técnica em que a tinta é aplicada em quantidades que a destacam da
superfície. Foi muito utilizado para representar texturas. Pintores como
Rembrandt, Frans Hals e Velázquez usaram-na para retratar a pele
enrugada, jóias e tecidos. Também van Gogh ficou conhecido pelo uso e
qualidade dos seus impastos, de pinceladas espessas e rápidas.
É uma técnica de perspectiva que oferece uma vista distorcida do objeto representado quando
ele é observado do ponto de vista comum (frente ao quandro, ao centro). Para captar a
imagem correcta é necessário que o observador se coloque num ângulo particular. Leonardo
da Vinci integra esta técnica nos seus cadernos. Foi considerada uma demonstração de
virtuosismo técnico, e incluída na maioria dos manuais de desenho dos séculos XVI e XVII.
É uma técnica que usa contrastes extremos de luz e escuridão em composições figurativas para
aumentar seu efeito dramático. As figuras são frequentemente retratadas num pano de fundo
escuro, sendo iluminadas por uma luz brilhante e penetrante. A técnica foi introduzida pelo
pintor italiano Caravaggio (1571-1610) e foi retomada no início do século XVII por pintores
como o pintor francês Georges de La Tour.
Sombras que produzem transições suaves e quase imperceptíveis entre as cores e os tons.
Graduações subtis sem contornos ou fronteiras entre a luz e as zonas iluminadas.
É uma técnica de pintura em que os pigmentos são misturados com cera líquida quente. Após
a aplicação da tinta ao suporte aproxima-se uma fonte de calor sobre a superfície até que as
marcas individuais da escova ou da espátula se fundem num filme uniforme (“queima” das
cores).
Pontilhismo
Técnica de pintura, criada em França em meados do século XIX que faz uso da justaposição de
pequenas manchas ou pontos de cor provocando uma mistura óptica nos olhos do observador