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Sistemas de estratificação social numa perspetiva interdisciplinar

A questão da estratificação tem sido consideravelmente explorada pelas ciências sociais.


A base inicial da estratificação são os grupos formados por pessoas que ocupam
posições diferentes dentro da sociedade em questão. Uma forma mais simples de
entender o conceito de estratificação é vê-la como um conjunto de desigualdades que
atingem diferentes indivíduos de uma sociedade ou seja uma camada mais pobre de uma
sociedade acaba não tendo acesso aos mesmos serviços que a outra camada rica teria.
A estratificação, no entanto, não é característica exclusiva dos dias de hoje, ela vem
desde antigamente.
Cito 4 tipos de estratificação social: a escravatura, as castas, estados e as classes sociais.
Escravatura, as pessoas eram tidas como propriedades de outras;
Castas, o indivíduo está preso diretamente ao local onde ele nasceu
Estados, semelhante à casta, porém mais aberta. Era dividida em três estamentos (clero,
nobreza e plebe). Na sociedade feudal os indivíduos raramente conseguiam ascender
socialmente.
E por último as classes sociais, que representam uma determinada posição que os
indivíduos ocupam perante as forças produtivas.

Dois teóricos destacaram se no campo de estudo da teoria de classes:


Para Marx, por exemplo, ele identifica a estratificação como algo existente entre os que
possuem os meios de produção e os que não possuem (estratificação social baseada no
sistema de classes-burguesia e prole).
Pois aqueles que possuíam os meios de produção consequentemente possuíam o poder,
podendo manipular os aspetos que comandam a sociedade em questão.
E com essa divisão entre proprietários e não proprietários, Marx enxerga a estratificação
em classes gerando um conflito de classes.

Weber, entretanto, apesar de continuar pensando que estratificação estaria ligada a


economia, ele acreditava que havia mais fatores. Ou seja, os critérios utilizados por
Weber sobre a estratificação, vão além do trabalho que o indivíduo realiza (fator
econômico). Segundo Weber, a separação gerada na estratificação era originada não só
pelas classes, mas também pelos partidos e pelos status.
Os partidos que são grupos que detêm o poder, poder esse que não tem relação com o
trabalho, é o poder adquirido de diversas formas e com isso esse grupo consegue ter
influência perante os demais.
Por fim os grupos de status são grupos de pessoas, em que os indivíduos podem estar
em níveis diferentes de poder ou classes, mas partilham entre si símbolos, culturas,
estilos de vida semelhantes.

Ao debater sobre a estratificação temos que levar em conta não apenas as diferenças
entre posições economias ou profissões, mas também o que acontece aos indivíduos que
as ocupam. A mobilidade social é a possibilidade de um indivíduo se movimentar
perante uma estrutura social. Destaco primeiramente a mobilidade inter geracional que
significa uma possibilidade de comparar os indivíduos que dentro das suas posições
sociais de certas épocas com outras gerações. Outra mobilidade é a intra geracional,
compara dentro de uma mesma geração, indivíduos com posições sociais diferentes. A
mobilidade social está muito ligada aos conceitos de estratificação social, estes
conceitos que tentam explicar a origem da divisão ou hierarquização das sociedades que
se dão por fatores como poder, profissão, prestígio na sociedade e mais. Resumidamente
quanto mais rígida a estratificação social, menor será a mobilidade social.

Jessica Goncalves

15-01-2022

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