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Aula 04

Contabilidade de Custos e Gerencial p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

56842783534 - Bruna
CONTABILIDADE GERENCIAL E DE CUSTOS PARA O EXAME DE SUFICIÊNCIA – 2018 - 1
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

AULA 04: F) CUSTOS PARA CONTROLE: CUSTOS REAIS (HISTÓRICOS),


ESTIMADOS E PROJETADOS. CUSTO PADRÃO. COMPONENTES DO CUSTO
PADRÃO (PADRÕES FÍSICOS E PADRÕES FINANCEIROS). B) CUSTOS
PARA CONTROLE: CUSTOS ESTIMADOS. CUSTO PADRÃO. ANÁLISE DAS
VARIAÇÕES CUSTO PADRÃO X REAL. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA.
DECISÕES ENTRE COMPRAR OU FABRICAR. CUSTO DE OPORTUNIDADE.
CUSTOS PERDIDOS. CUSTOS IMPUTADOS. ANÁLISE DO CUSTO
DIFERENCIAL. ANÁLISE DOS CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO.

SUMÁRIO

OLÁ, AMIGOS. ................................................................................................................ 2


1 – FORMAS DE CONTROLE DOS CUSTOS. ......................................................................... 3
1.1 – CUSTOS REAIS (HISTÓRICOS). ............................................................................... 4
1.2 – CUSTOS ESTIMADOS / PROJETADOS. ....................................................................... 4
2 – CUSTOS PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES. ............................................................. 4
2.1 - CONCEITOS ............................................................................................................ 4
2.1.1 – PADRÕES FÍSICOS E PADRÕES FINANCEIROS ......................................................... 6
2.2 - FINALIDADE E UTILIDADE DO CUSTO-PADRÃO ........................................................... 6
2.3 – TRATAMENTO CONTÁBIL .......................................................................................... 6
2.4 - CUSTO PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES .............................................................. 7
2.5 - MÉTODO XI ........................................................................................................... 9
2.6 - CUSTO-PADRÃO APLICADO AO CUSTO FIXO ............................................................. 13
3. FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS. ............................................................................. 15
3.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS ......................................................... 15
3.1.1 - BASEADO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO ................................................................ 16
3.1.2 - BASEADO NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ........................................................... 17
3.2 - FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS COM TRIBUTOS. ................................................. 18
4 – DECISÃO DE COMPRAR OU PRODUZIR. ...................................................................... 21
5. - CUSTO DE OPORTUNIDADE. CUSTOS PERDIDOS. CUSTOS IMPUTADOS. ........................ 24
5.1 - CUSTO DE OPORTUNIDADE .................................................................................... 24
5.2 - CUSTO DE OPORTUNIDADE E A TAXA DE RETORNO ................................................... 25
5.3 - CUSTOS PERDIDOS (SUNK COSTS) ......................................................................... 27
5.4 - CUSTOS IMPUTADOS ............................................................................................ 27
6 - ANÁLISE DO CUSTO DIFERENCIAL ............................................................................ 28
7. RESUMO GERAL ........................................................................................................ 28
8 - QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................... 30
9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................ 52
10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................... 61

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OLÁ, AMIGOS.

Nesta aula, veremos os seguintes tópicos do último Edital:

Aula 04: f) Custos para controle: custos reais (históricos), estimados e


projetados. Custo padrão. Componentes do custo padrão (padrões físicos e
padrões financeiros). B) Custos para controle: custos estimados. Custo padrão.
Análise das variações custo padrão x real. Fixação do preço de venda. Decisões
entre comprar ou fabricar. Custo de oportunidade. Custos perdidos. Custos
imputados. Análise do custo diferencial. Análise dos custos de distribuição.

Encontramos poucas questões da FBC sobre os assuntos desta aula. Mas vamos
complementar com questões de outras bancas (FCC, ESAF, Vunesp,
Cesgranrio).

O fórum de dúvidas do site do Estratégia Concursos está em pleno


funcionamento. Por favor, postem lá as suas dúvidas.

Forte abraço!

GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA.

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1 – FORMAS DE CONTROLE DOS CUSTOS.

Segundo o Prof. Eliseu Martins: “Controlar significa conhecer a realidade,


compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências
e suas origens e tomar atitudes para sua correção”. (“Contabilidade de Custos”,
10ª Edição, 2010, pg.305).

O primeiro ponto a destacar nessa definição é a necessidade de um padrão, de


algo para comparar com a realidade, daquilo que “deveria ser”.

Geralmente as empresas usam um orçamento anual (ou por prazo maior),


detalhando as metas de vendas, custo dos produtos vendidos, despesas,
investimentos e o lucro mensal.

Assim, a empresa tem controle sobre os seus custos quando tem uma
estimativa do que eles deveriam ser, compara os custos reais com essa
estimativa, identifica e corrige as distorções.

Ciclo de Controle

Veremos a seguir outro aspecto relacionado aos Custos Controláveis.

A NBC (Norma Brasileira de Contabilidade) T 16.11 - Sistema de Informação de


Custos do Setor Público, aprovada pela Resolução CFC nº 1.366, de 25 de
Novembro de 2011, fornece a seguinte definição:

“Custo controlável utiliza centro de responsabilidade e atribui ao gestor


apenas os custos que ele pode controlar.”

Por esse ponto de vista, “os Custos Controláveis são os que estão diretamente
sob responsabilidade e controle de uma determinada pessoa cujo desempenho
se quer controlar e analisar, e os Não Controláveis estão fora dessa
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responsabilidade e controle. Não significa que Custos Não Controláveis estejam


fora da responsabilidade da empresa, mas sim da pessoa que chefia o setor em
análise. O que não é controlável pelo Chefe de Fundição, talvez o seja pela
administração da Produção, pela Diretoria da empresa ou pelos seus
proprietários. Não existem de fato Custos Não Controláveis. O que existe é
Custo só controlável em nível hierárquico superior ao daquele que está sendo
considerado.’ (Eliseu Martins, op.cit., pg. 309)

1.1 – CUSTOS REAIS (HISTÓRICOS).

Os Ativos são registrados pelo valor original, ou seja, pelo valor de aquisição
(conforme o Princípio do Registro pelo Valor Original).

Assim, a matéria prima é registrada (e será considerada no custo do produto)


pelo valor histórico de aquisição.

O mesmo ocorre com as máquinas e equipamentos de produção, que ficam


registrados pelo custo de aquisição e irão impactar o custo do produto (através
da depreciação) baseado no custo histórico.

1.2 – CUSTOS ESTIMADOS / PROJETADOS.

Para controlar os custos (e definir responsabilidade), é necessário um padrão,


uma estimativa do valor esperado.

Mas a empresa não deve apenas calcular a média dos períodos passados, sem
qualquer ajuste. É necessário melhorar os números apurados pela média
histórica, através de estimativas de custos.

Segundo o Prof. Eliseu Martins: “Custos Estimados seriam melhorias técnicas


introduzidas nos custos médios passados, em função de determinadas
expectativas quanto a prováveis alterações de alguns custos, de modificação no
volume de produção, de mudanças na qualidade de materiais ou do próprio
produto, introdução de tecnologias diferentes, etc.” (“Contabilidade de Custos”,
pg. 311).

2 – CUSTOS PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES.

2.1 - CONCEITOS

Podemos definir custo padrão de três formas: o custo padrão Ideal, o custo
padrão Corrente e o custo padrão Estimado. Vamos ver abaixo as diferenças
entre eles:

Custo Padrão ideal: É o que seria alcançado com o uso dos melhores
materiais possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da
capacidade da empresa.

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Custo Padrão corrente: É o valor que a empresa fixa


como meta para o próximo período para um determinado
produto ou serviço, mas com a diferença de levar em conta
as deficiências sabidamente existentes em termos de
qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia,
etc. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não
impossível.
(Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”)

Custo Padrão estimado: É resultante dos valores observados em períodos


anteriores. Considera que a média do custo de períodos passados é um número
válido e apenas efetua algumas modificações esperadas, como o volume de
produção, mudança de equipamentos, etc.

O custo padrão ideal representa, geralmente, um valor que a empresa não


consegue atingir. Afinal, em todo processo produtivo, ocorre falhas, defeitos e
ineficiência.

A diferença entre o custo estimado e o custo corrente é que o segundo


considera alguma melhoria no desempenho da empresa.

O custo estimado é a média histórica, modificado por alguns ajustes: volume de


produção, mudança de equipamentos, etc. Já o custo corrente incorpora alguma
melhoria, representa o custo que a empresa deverá atingir se melhorar seu
desempenho em determinados pontos.

Segundo o Prof. Eliseu Martins, “...o Padrão Corrente é o custo que deveria ser,
enquanto o Estimado é o que deverá ser. Aquele é o que a empresa deveria
alcançar, se conseguisse atingir certos níveis de desempenho, enquanto este é
o que normalmente deverá obter” (Eliseu Martins, Op. Cit, pg. 316)

Assim, quando mencionarmos custo padrão, estaremos nos referindo


ao custo padrão corrente.

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2.1.1 – PADRÕES FÍSICOS E PADRÕES FINANCEIROS

Os padrões físicos referem-se à quantidade, ao volume de cada fator


produtivo utilizado. São, por exemplo, quilos de matéria prima, horas de mão
de obra, horas de uso de equipamentos, etc.

Já o padrão financeiro é a expressão monetária de cada recurso físico, vale


dizer, é a quantificação em moeda do custo.

Assim, o custo padrão do produto A pode ser, por exemplo:

Matéria prima X: 2 quilos (padrão físico)


Preço da matéria prima X: $10,00 por quilo (padrão financeiro)
Custo padrão do Produto A: 2 kgs x $ 10,00 = $20,00

2.2 - FINALIDADE E UTILIDADE DO CUSTO-PADRÃO

Há, basicamente, duas finalidades do custo-padrão:

1) A contabilização do custo através do custo-padrão; e

2) Análise das variações entre o custo real e o custo padrão (controle dos
custos).

Vejamos primeiro a contabilização.

2.3 – TRATAMENTO CONTÁBIL

A empresa pode usar o custo-padrão para efetuar a contabilização do custo da


empresa. Periodicamente, é necessário apurar a diferença em relação ao custo
real e ajustar.

Conforme o pronunciamento técnico CPC 16 – Estoque:

21. Outras formas para mensuração do custo de estoque, tais como o custo-
padrão ou o método de varejo, podem ser usadas por conveniência se os
resultados se aproximarem do custo. O custo-padrão leva em consideração os
níveis normais de utilização dos materiais e bens de consumo, da mão-de-obra
e da eficiência na utilização da capacidade produtiva. Ele deve ser regularmente
revisto à luz das condições correntes. As variações relevantes do custo-padrão
em relação ao custo devem ser alocadas nas contas e nos períodos adequados
de forma a se ter os estoques de volta a seu custo.

Nesse caso, a empresa deve apurar o custo real e contabilizar as diferenças,


proporcionalmente entre Estoque e CPV.

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Devemos lembrar que o uso do custo padrão, como instrumento para


contabilização do custo, era importante quando ainda não havia computadores.
Imaginem o tempo que demorava fechar o estoque de uma empresa com
centenas, até milhares de componentes em estoque, “na mão”.

Atualmente, com os controles informatizados, essa função do custo padrão


perdeu espaço. Mas vamos ver como era realizada a contabilização pelo custo
padrão.

Por exemplo: Uma empresa contabilizou a mão de obra direta através do custo
padrão de $ 2,00 por unidades. No primeiro trimestre de X1 produziu 10.000
unidades. No mesmo período, o custo real da mão de obra direta foi de
$21.500,00. Foram vendidas 9.000 unidades no período.

Contabilização do custo Padrão:


10.000 unidades x $2,00 = $20.000

D – Estoque de Produtos em elaboração 20.000


C – Custo padrão - MOD 20.000

Pela contabilização do custo real:

D – Custo Padrão MOD 21.500


C – Caixa (pelo pagamento sal. e encar.) 21.500

Com isso, a conta de Custo Padrão fica com um saldo devedor de $1.500, o que
indica que o custo real foi maior que o custo padrão.

Como da 10.000 unidades já foram vendidas 9.000, apropriamos o excesso de


custo proporcionalmente:

D – CPV (resultado) 1.350


D – Estoque Produtos acabados 150
C – Custo padrão MOD 1.500

Neste caso, interessa apenas a diferença total entre o custo padrão e o custo
real.

2.4 - CUSTO PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES

Esta é a função que as banca costumam explorar, nos


concursos. Vamos examinar em detalhes, através de
exemplos e questões.

Exemplo: Uma empresa estabeleceu, para o produto A, o custo padrão de


$35,00 por unidade, da seguinte forma:
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Custo padrão produto A:


matéria prima: 7 unidades
Preço Matéria prima: $ 5,00 por unidade
Custo unitário total: $ 35,00

Custo Real:
matéria prima: 8 unidades
Preço Matéria prima: $ 7,00 por unidade
Custo unitário total: $ 56,00

O custo real ficou $ 21,00 reais acima do custo padrão.

Real Padrão Variação


Quantidade (unid.) 8 7
Preço R$ 7,00 R$ 5,00
Total R$ 56,00 R$ 35,00 R$ 21,00

Apuramos a variação de $21,00, positiva. Isso é favorável ou desfavorável?

Depende da forma como a variação foi calculada:

Real $56 – padrão $ 35 = + $ 21


Significa que o custo real foi maior que o custo padrão, portanto temos um
número positivo Desfavorável (a empresa gastou mais que o previsto).

Padrão $ 35 – Real $ 56 = - $21


Significa que o custo padrão foi menor que o custo real, portanto temos um
número negativo Desfavorável (a empresa esperava gastar menos que o custo
real)

Retornando à tabela de comparação Padrão x Real:


Real Padrão Variação
Quantidade (unid.) 8 7
Preço R$ 7,00 R$ 5,00
Total R$ 56,00 R$ 35,00 R$ 21,00

Para saber quanto da diferença de $21 foi devido à variação na quantidade,


calculamos o custo supondo que não houve nenhuma variação no preço:

Quantidade real 8 x preço padrão $ 5 = $ 40,00


$40 - custo padrão $ 35 = $ 5,00 desfavorável

Devemos entender o cálculo acima da seguinte forma: se o preço não se


alterasse, o custo real ficaria acima do padrão em $5 por unidade do produto A.
Portanto, esse aumento foi causado pela variação no uso da matéria prima (de
7 para 8 unidades).
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Vamos calcular agora a influência da variação do preço. Para isso, vamos supor
que a quantidade de matéria prima não se alterasse, em relação ao padrão:

Preço real $ 7,00 x matéria prima padrão 7 = $49,00


$ 49,00 – custo padrão $35,00 = $14,00 desfavorável.

Vamos conciliar:
Diferença variação matéria prima: $ 5,00
Diferença variação de preço: $ 14,00
Total: $ 19,00

Repare que não bateu. A diferença foi de $21,00, e não de $19,00. Falta
calcular a variação mista. Essa variação ocorre por sinergia entre as duas
outras variações, e não pode ser atribuída nem apenas á variação de materiais,
nem à variação de preço.

Pode ser calculada assim:


Variação Matéria Prima 1 x variação preço $2,00 = $2,00.

Agora fechamos o quadro das variações:


Variação matéria prima: $ 5,00
Variação de preço: $ 14,00
Variação mista: $ 2,00
Total: $ 21,00

É importante ressaltar que esse tipo de cálculo, para finalidade de controle,


normalmente é utilizado para o custo unitário.

2.5 - MÉTODO XI

Veremos, a seguir, uma “receita de bolo” (um método


padronizado de resolução) para as questões de custo
padrão.

1) Identifique se é CUSTO FIXO ou CUSTO VARIÁVEL ( o método XI só funciona


para custo variável, como matéria prima ou mão de obra direta).
(Observação: no caso da mão de obra, ao invés de Quantidade, usamos o
termo “eficiência”; e ao invés de preço, usamos “taxa”.)

2) Identifique (pelas repostas da questão) se está cobrando o custo unitário ou


o custo total (isto irá evitar perda de tempo, calculando por um quando a
questão cobra o outro).

3) Faça a estrutura para a resolução:

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CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO


QUANT

PREÇO

TOTAL

Use sempre essa ordem, Real (-) Padrão.

4) Preencha os dados da questão

CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO


QUANT 8 7 1

PREÇO $ 7,00 $ 5,00 2,00

TOTAL $ 56,00 $ 35,00 $ 21,00

5) Faça os cálculos da seguinte forma:


Variação de quantidade: Comece pela variação de quantidade ( - 1) e
multiplique pelo preço padrão.

CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO


QUANT 1 comece por aqui

PREÇO $ 5,00 -- e multiplique por esse número

Variação de preço: Comece pela variação de preço e multiplique pela quantidade


padrão:
CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO
QUANT 7 e multiplique por esse número

PREÇO 2,00 comece por aqui

Variação Mista: multiplique as duas variações encontradas (de quantidade e preço)

CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO


QUANT 1 - Essa multiplicada por

PREÇO 2,00essa

Quadro completo com o cálculo das variações:

CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO


QUANT 8 7 1

PREÇO $ 7,00 $ 5,00 2,00

TOTAL $ 56,00 $ 35,00 $ 21,00

Variação quantidade: 1 x $ 5,00 = $ 5,00 desfavorável


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Variação preço : $ 2,00 x 7 = $ 14,00 desfavorável


Variação mista: 1 x $ 2,00 = $ 2,00 desfavorável

Total $ 21,00 desfavorável

Vamos exemplificar com uma questão da FCC:


(FCC, ANALISTA INFRAERO 2009). A empresa ASA utiliza o
sistema de custo padrão. No último mês, os valores
apurados foram os seguintes:

Consumo real de matéria prima por unidade 50 kg


Preço unitário real da matéria prima utilizada na produção R$ 10,00 por Kg
Unidades produzidas 20
Consumo unitário planejado no padrão 60 kg
Custo da matéria prima (planejada no padrão) R$ 8,00 por kg
Com base nos dados acima, as variações de consumo, preço e mista, em
relação ao
padrão são, respectivamente:

(A) R$ 1.600,00 desfavorável, R$ 2.200,00 favorável e R$ 200,00 desfavorável.


(B) R$ 1.600,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 400,00 favorável.
(C) R$ 2.400,00 favorável, R$ 1.600,00 desfavorável e R$ 800,00 desfavorável.
(D) R$ 3.800,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 1.400,00 desfavorável.
(E) R$ 4.000,00 desfavorável, R$ 3.000,00 favorável e R$ 1.000,00 favorável.

Resolução: Trata-se de matéria prima, portanto é custo variável. Podemos


usar o método XI. Por outro lado, verifica-se pelas respostas que a questão
refere-se ao custo total (o que não faz o menor sentido. Enfim...)

............................real......padrão....variação
quant...................1000.......1200.......-200
preço.....................10...........8............2
total...................10000......9600........400

variação quantidade ( -200 x 8).......-1600 (FAVORÁVEL custo real <padrão)


variação preço(2 x 1200).................2400 (DESFAVORÁVEL custo real >padrão)
variação mista( -200 x 2).................-400 FAVORÁVEL custo real <padrão)

Total das variações..........................400 (DESFAVORÁVEL custo real >padrão)

Gabarito Letra B.

Vamos ver mais uma questão?

(FCC) A Patrocínio é uma empresa produtora de queijos. Para sua linha de


queijo minas, foi estabelecido o um padrão de consumo de 2 litros de leite a um
preço de R$ 1,20/litro para cada quilo de queijo produzido. Em determinado
mês, apurou-se que para cada quilo de queijo foram usados 2,2 litros de leite a
um preço de R$ 1,10 cada litro.
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Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações:


quantidade, preço e mista.

Sendo assim, a variação de preço da matéria-prima, em reais, foi de

(A) 0,24 desfavorável.


(B) 0,10 desfavorável.
(C) 0,10 favorável.
(D) 0,20 favorável.
(E) 0,20 desfavorável.

Resolução detalhada:
CUSTO CUSTO
REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO

QUANT 2,2 2,0 +0,2 var. quant. começe por aqui e multiplique por 1,2

PREÇO 1,1 1,20 -0,1 var. preço começe por aqui e multiplique por 2,0

TOTAL 2,42 2,40 +0,02

Cálculo das variações:

Var. quantidade : +0,2 x 1,2 = 0,24 desfavorável


Var. preço : -0,1 x 2,0 = - 0,20 favorável GABARITO letra D
Variação mista +0,2 x -0,1 = -0,02 favorável

Total variação = 0,24-0,20-0,02 = + 0,02 desfavorável

Para facilitar a memorização, chamamos de “MÉTODO XI “.

O cálculo das variações de quantidade e preço formam um X.

E o cálculo da variação mista forma um I.

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2.6 - CUSTO-PADRÃO APLICADO AO CUSTO FIXO

Já vimos que o custo Fixo total não apresenta variação, em função da


quantidade produzida. Mas o custo fixo unitário varia de forma inversamente
proporcional à produção. Assim, não é possível usar o Método XI para custos
fixos. O cálculo deve ser feito da seguinte maneira:

Padrão:
Total de Custo Fixo: $ 10.000
Produção : 1.000 Unidades
Custo fixo unitário padrão: ($ 10.000 / 1000 unid.) = $ 10,00 / unid.

Real:
Total de Custo Fixo: $ 13.000
Produção: 800 Unidades
Custo fixo unitário Real: (($ 13.000 / 800 unid.) = $ 16,25 / unid.

Análise:
Vamos verificar inicialmente quanto do aumento do custo fixo unitário ocorreu por
causa da diminuição da produção:

Custo Fixo Padrão: $10.000 / produção real 800 unid. = $12,50/unid.

Portanto, o custo fixo unitário aumentou $2,50 apenas porque a produção passou de
1.000 para 800 unidades.

Agora vamos ver o impacto do aumento do custo Fixo:

Custo fixo Real $ 13.000 – Custo fixo padrão $ 10.000 = $ 3.000

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Variação valor CF $ 3.000 / unidades produzidas 800 = $3,75

Total das variações:

Custo fixo unitário padrão: $10,00


Variação quantidade: $ 2,50 desfavorável
Variação de custos: $ 3,75 desfavorável
Custo fixo unitário real: $ 16,25

Vejamos uma questão:

(TRE AM Contador – FCC – 2010) A empresa Ferradura utiliza o custo-padrão


para acompanhar o desempenho operacional do setor produtivo. O custeio por
absorção é utilizado tanto para apuração do custo real quanto para a
determinação do custo-padrão. Em determinado mês a empresa obteve as
seguintes informações:

insumo custo padrão custo real


MP 60,00/unidade( 2kg*30,00) 68,20/unidade( 2,2kg*31,00)
CIF 276.000,00 80.000,00

Para a determinação dos padrões a empresa estimou uma produção de 12.000


unidades e, de fato, produziu 10.000 unidades.

Sabendo que a empresa considera a variação mista como parte da variação do


preço, com base nas informações acima, é correto afirmar que a variação

A) dos custos indiretos fixos devido à variação de volume é de R$ 46.000,00


desfavorável.

B) de preço da matéria-prima é de R$ 20.000,00 favorável.

C) dos custos indiretos devido ao preço é de R$ 4.000,00 favorável.

D) de preço da matéria-prima é de R$ 82.000,00 desfavorável.

E) de quantidade de matéria-prima é de R$ 62.000,00 desfavorável.

Gabarito letra A

Devemos efetuar o cálculo para os valores unitários:

Custo fixo padrão unitário: $ 276.000 / 12.000 = $ 23,00


Custo Fixo Real unitário: $ 280.000 / 10.000 = $ 28,00

Diferença: $ 5,00

Explicação da diferença:

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Variação quantidade: $ 276.000 / 10.000 = $ 27,60 - $ 23,00 = $ 4,60

Variação custo fixo total: $280.000 - $ 276.000 = $ 4.000 / 10.000 = $0,40

Variação do custo fixo unitário: $ 4,60 + $ 0,40 = $ 5,00.

A variação unitária multiplicada pela quantidade vendida indica a variação total:

Variação quantidade $4,60 x 10.000 un. = $46.000 (gabarito)

Variação custo fixo $ 0,40 x 10.000 un. = $4.000

Muito bem. Vamos mudar de assunto. Vejamos agora...

3. FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS.

A formação do preço de vendas envolve diversos aspectos e disciplinas. Envolve


conceitos de Economia (demanda, elasticidade da demanda, concorrência,
preço dos produtos substitutos, e outros), de Marketing, de Administração de
Empresas, enfim, é um processo extremamente importante e complexo.

A contabilidade de custos oferece um parâmetro para a fixação do preço de


vendas. Afinal, nenhuma empresa pode vender um produto abaixo do custo,
sob pena de incorrer em prejuízos e eventualmente encerrar as atividades.

Antigamente, quando não havia a competição globalizada que existe hoje, a


formação do preço de vendas limitava-se a estabelecer um percentual ou valor
acima do custo. Com as complexas formas de competição que as empresas
enfrentam atualmente, não é mais possível usar apenas essa abordagem. O
custo do produto limita-se a fornecer um patamar mínimo para os preços.

Entretanto, nesse curso, vamos ver como ocorre a formação dos preços de
venda com base em custos, pois as outras disciplinas envolvidas não estão
incluídas no Edital do concurso.

3.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS

O preço de venda pode ser estabelecido “de fora para dentro”, através da
análise do preço dos concorrentes, dos produtos similares, do potencial de
consumo do mercado, ou “de dentro para fora”, partindo do custo dos produtos.

Nesse segundo caso, a partir do custo do bem ou serviço apurado segundo


alguma das formas de custeio já estudadas (custeio por absorção, custeio
variável, etc), a empresa agrega uma margem chamada markup, estimada para
cobrir eventuais gastos não incluídos no custo e formar o lucro desejado.

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Veremos, a seguir, algumas formas de calcular o preço a partir do custo dos


produtos.

3.1.1 - BASEADO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

No custeio por absorção, o custo do produto já inclui todos os custos da


produção. Assim, para a formação do preço de venda, a empresa deve incluir
um markup suficiente para cobrir as despesas e formar o lucro.

Vamos a um exemplo. Suponhamos que uma empresa apresente as seguintes


informações:

Material Direto $ 1.000,00


Mão de Obra Direta $ 1.300,00
Custos Indiretos de Fabricação $ 900,00
= Custo Unitário Total $ 3.200,00

Estes dados representam a melhor estimativa da empresa, baseada em


condições normais de volume e produção.

A empresa estima as despesas operacionais em 50% dos custos e deseja um


lucro, antes dos impostos, de 20% sobre o total dos custos e despesas.

Com base nestas informações, podemos calcular o preço de venda da seguinte


forma:

R$
Custo Unitário Total 3.200,00
Despesas operacionais (40%) 1.600,00
Total Custos + despesas 4.800,00
Margem de lucro (20% custos e
despesa) 960,00
Preço de Venda 5.760,00

Vamos supor que uma questão repetisse todas as informações acima, mas com
uma margem de lucro de 20% sobre o preço de venda. A partir do total de
Custos + despesas (4.800,00), o cálculo ficaria assim:

Preço de venda ???? 100%


Custos+ despesas 4.800 80%
Lucro desejado (20% vendas) ???? 20%

Dividindo 4.800 por 80% encontramos o preço de venda (que corresponde a


100%): 4.800 / 80% = 6.000

Portanto, temos:
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Preço de venda 6.000 100%


Custos+ despesas (4.800) 80%
Lucro desejado (20% vendas) 1.200 20%

3.1.2 - BASEADO NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Neste método, atribuímos aos produtos os custos e despesas variáveis. Os


custos fixos e as despesas fixas serão somados ao lucro desejado, para apurar
o markup.

Este método apresenta algumas vantagens: não há necessidade do rateio dos


custos fixos, o que pode distorcer o custo dos produtos; e a inclusão das
despesas variáveis permite um tratamento mais adequado para o valor das
despesas em função da variação do volume de produção. Vejamos um exemplo:

Suponhamos que uma empresa apresente as seguintes informações:

Material Direto $ 1.000,00


Mão de Obra Direta $ 1.300,00
Despesas Variáveis $ 1.200,00

A empresa deseja um lucro, antes dos impostos, de 40% sobre o total dos
custos e despesas variáveis.

Cálculo do preço de venda:


Material Direto 1.000,00
Mão de Obra Direta 1.300,00
Despesas variáveis 1.200,00
Total custos variáveis + despesas variáveis 3.500,00
Markup (40% custos var. + despesas
variáveis 1.400,00
Preço de venda 4.900,00

Caso a questão mencionasse lucro de 40% sobre o preço de venda, o cálculo


ficaria assim (partindo do total de custos variáveis + despesas variáveis):

Preço de venda ???? 100%


Custos+ despesas var. 3.500 60%
Lucro desejado (40% vendas) ???? 40%

Calculando 3.500 / 60%, encontramos $ 5.833,30 como preço de venda,


conforme o quadro abaixo:

Preço de venda 5.833 100%


Custos+ despesas var. 3.500 60%
Lucro desejado (40% vendas) 2.333 40%
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O preço de venda pode ser baseado no custo de transformação, seguindo a


ideia de que o produto que possui um esforço produtivo maior deve possuir o
maior preço.

Ou pode ser calculado em função de alguma outra variável que a questão


determine. Mas não deve fugir dos cálculos que mostramos acima.

3.2 - FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS COM TRIBUTOS.

No processo de fixação do preço de venda, a empresa deve considerar os


tributos que incidem sobre a venda ou sobre o lucro. Vamos apresentar abaixo
os principais tributos que influenciam no resultado da empresa.

3.2.1. IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas.

Incide sobre o lucro das empresas. O lucro apurado contabilmente deve ser
ajustado para obedecer ao Regulamento do Imposto de Renda, com adições e
exclusões para apurar o Lucro Real, que é a base do IR. A alíquota é de 15%,
sendo que sobre a parcela do lucro que ultrapassar $20.000 por mês incide um
adicional de 10%. As diferenças entre a contabilidade comercial e o
Regulamento do IR são ajustadas no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real.

O IR pode ser recolhido com base no Lucro Presumido, através a aplicação de


uma porcentagem sobre a receita da empresa.

3.2.2 – CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

É uma contribuição Social, com alíquota de 9%, e cuja base de cálculo é muito
parecida com a base do IR. Também pode ser recolhida sobre o lucro ajustado
(semelhante ao lucro real do IR) ou sobre o lucro presumido.

3.2.3 – PIS/COFINS
São contribuições que incidem sobre o faturamento das empresas. Podem ser
na modalidade cumulativa ou não cumulativa. Atualmente as alíquotas são:

PIS: Cumulativo = 0,65%; não cumulativo = 1,65


COFINS: Cumulativo = 3,0%, não cumulativo = 7,6%
3.2.4 – ICMS e IPI
O ICMS é o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços. É um imposto
estadual, com alíquota variável, e é não cumulativo, ou seja, a empresa pode
se creditar do ICMS sobre as compras.

O IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializados. Também é não cumulativo, e


tem alíquotas variáveis.

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Um ponto importante a lembrar é que o ICMS é um imposto “por dentro”, ou


seja, já conta no preço informado, enquanto que o IPI é “por fora”, o que
significa que o IPI é acrescido ao preço do produto.

Normalmente, as questões informam as alíquotas que devem ser utilizadas.

Vamos a um exemplo: a empresa KLS apresenta as seguintes informações:

Custo unitário 90,00


Despesas Administrativas 14%
IR e CSLL 25%
ICMS 18%
Margem de lucro desejada 6%

9
Qual deve ser o preço de venda do produto?

Esse tipo de questão pode ser resolvida facilmente através da estrutura da


Demonstração do Resultado (DRE). Assim:

Base Base
R$ vendas IR
Vendas ? 100%
ICMS ? 18%
Receita líquida ? 82%
Custo dos produtos 90 ?
Lucro Bruto ? ?
Despesas administrativas ? 14%
LAIR ? ? 100%
IR e CSLL ? ? 25%
Lucro líquido ? 6% 75%

Vamos resolver de baixo para cima. Repare que o Lucro Líquido é 6% da base
vendas, e 75% da base IR. Como o LAIR é 100%, podemos calcular o
percentual do LAIR sobre as vendas.

(6% / 75%) x 100% = 8 %.

Vamos preencher esse valor na estrutura da DRE:

Base Base
R$ vendas IR
Vendas ? 100%
ICMS ? 18%
Receita líquida ? 82%
Custo dos produtos 90 ?
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Lucro Bruto ? ?
Despesas administrativas ? 14%
LAIR ? 8% 100%
IR e CSLL ? ? 25%
Lucro líquido ? 6% 75%

Agora, somando o percentual do LAIR de 8% com as despesas administrativas


de 14%, obtemos o Lucro Bruto de 22% das vendas brutas.

A Receita Líquida é de 82%. Para atingir o Lucro Bruto de 22%, o CPV deve ser
de 82% - 22% = 60%

Até o momento, a estrutura da DRE está assim:

bBase Base
R$ vendas IR
Vendas ? 100%
ICMS ? 18%
Receita líquida ? 82%
Custo dos produtos 90 60%
Lucro Bruto ? 22%
Despesas administrativas ? 14%
LAIR ? 8% 100%
IR e CSLL ? ? 25%
Lucro líquido ? 6% 75%

Agora, para calcular o preço total, basta dividir o custo dos produtos, de $90,
pelo percentual de 60%.

Preço de venda = $ 90 / 60% = $150,00

Podemos agora preencher a estrutura da DRE completa:

Vendas 150 100%


ICMS 27 18%
Receita líquida 123 82%
Custo dos produtos 90 60%
Lucro Bruto 33 22%
Despesas administrativas 21 14%
LAIR 12 8% 100%
IR e CSLL 3 2% 25%
Lucro líquido 9 6% 75%

Muito bem. Vamos trocar de assunto:

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4 – DECISÃO DE COMPRAR OU PRODUZIR.

Uma importante função da contabilidade de Custos é auxiliar a administração


na decisão entre produzir ou comprar. Vamos a um exemplo simples:

A empresa KLS produz as embalagens do seu principal produto. O custo fixo


refere-se ao aluguel da fábrica, no total de $100.000, e é rateado com base na
área utilizada. As informações de custo são as seguintes:

Produto:
Produção mensal: 1.000 unidades
Material e mão de obra direta: $ 230/unidade
Custos fixos atribuídos ao produto: $70.000
Custos fixos unitários: $70.000 / 1000 un. = $70 por unidades
Custo unitário total: $230 + $ 70 = $300
b
Embalagem:
Produção mensal: 1.000 unidades
Material e mão de obra direta: $ 60/unidade
Custos fixos atribuídos às embalagens: $30.000
Custos fixos unitários: $30.000 / 1000 un. = $30 por unidades
Custo unitário total: $60 + $ 30 = $90

Um fornecedor ofereceu a venda das embalagens ao preço unitário de $ 70. A


empresa deve aceitar? (observação: não iremos considerar nenhum imposto,
para efeito didático).

Á primeira vista, compensa. O custo da embalagem produzida internamente é


de $ 90. O preço oferecido pelo fornecedor é de $70. Para a produção atual, de
1.000 unidades, resulta numa economia de $20.000 (($90 - $70) x 1000 un.).

Mas já sabemos que a análise deve ser um pouco mais profunda.

O custo fixo rateado refere-se ao aluguel da fábrica. Se a empresa desativar o


setor de produção de embalagem, o custo fixo total (o aluguel da fábrica, no
valor de $100.000) permanecerá. Mas agora será atribuído inteiramente ao
produto. A comparação de custos fica assim:

Produção interna das embalagens:

Produto:
Custo unitário total = $300

Embalagens:
Custo unitário total = $90
Total produto + embalagem = $390

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Já detalhamos acima o cálculo destes valores.

Embalagens adquiridas de fornecedor:

Produto:
Produção mensal: 1.000 unidades
Material e mão de obra direta: $ 230/unidade
Custos fixos atribuídos ao produto: $100.000 (valor total do aluguel)
Custos fixos unitários: $100.000 / 1000 un. = $100 por unidades
Custo unitário total: $230 + $ 100 = $330

Embalagens:
Preço para aquisição = $70

Total produto + embalagem = $330 +8$ 70 = $400

A opção de comprar as embalagens produz um custo total maior, no valor de


$400, ao invés de $390 no caso da produção interna.

Isso ocorre devido ao custo fixo (aluguel da fábrica), que permanece e passa a
ser atribuído ao produto, no caso da compra das embalagens.

A diferença apontada ($10 por unidade) pode ser calculada diretamente, se


compararmos o custo variável da produção da embalagem com o valor da
compra com o fornecedor:

Custo variável da embalagem: $60


Preço da compra com o fornecedor: $70

Ou seja, a empresa paga $10 a mais, comparando com o custo variável, e


mantém os custos fixos.

Mas não precisa ser necessariamente assim. Se a desativação da fábrica de


embalagens eliminar parte ou mesmo a totalidade dos custos fixos, pode ser
interessante aceitar a proposta do fornecedor.

Vamos supor, no nosso exemplo, que a empresa KLS alugue duas fábricas: uma
para fabricação do produto, com aluguel de $70.000, e outra para a produção
de embalagens, com aluguel de $30.000.

Se a empresa desativar a fábrica de embalagens, poderá devolver o imóvel e


não terá o custo fixo do aluguel.

Nesse caso, a compra das embalagens é mais vantajosa:

Produção interna das embalagens:

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Produto:
Custo unitário total = $300

Embalagens:
Custo unitário total = $90
Total produto + embalagem = $390

Embalagens adquiridas de fornecedor (supondo que o imóvel da fábrica


de embalagens foi desocupado):

Produto:
Produção mensal: 1.000 unidades
Material e mão de obra direta: $ 230/unidade
Custos fixos atribuídos ao produto: $70.000
a
Custos fixos unitários: $70.000 / 1000 un. = $70 por unidades
Custo unitário total: $230 + $ 70 = $300

Embalagens:
Preço para aquisição = $70

Total produto + embalagem = $300 + $ 70 = $370

Além da eliminação dos custos fixos, há outra possibilidade para que a proposta
do fornecedor seja interessante.

Vamos supor que a empresa produza apenas 1.000 unidades por mês devido ao
espaço disponível na fábrica de produto. Assim, a desativação da fábrica de
embalagens poderia liberar espaço para o aumento da produção (naturalmente,
estamos considerando que a empresa conseguirá vender a produção adicional
pelo mesmo preço atual).

Se considerarmos que a produção mensal aumentará para 1.300 unidades o


custo do produto ficará assim:

Produto:
Produção mensal: 1.300 unidades
Material e mão de obra direta: $ 230/unidade
Custos fixos atribuídos ao produto: $100.000 (valor total do aluguel)
Custos fixos unitários: $100.000/1300 un. = $77 por unidade (arredondamos)
Custo unitário total: $230 + $ 77 = $307

Embalagens:
Preço para aquisição = $70

Total produto + embalagem = $307 + $ 70 = $377

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Essa opção é mais vantajosa para a empresa, comparada com o custo inicial de
$390 por unidade.

O ponto a destacar é que a análise não deve ser feita apenas na estrutura de
custos atual. A empresa deve considerar possíveis mudanças na estrutura de
produção, com a diminuição dos custos fixos ou o aumento da produção.

Há também outros fatores a considerar:

1) se a empresa tem capital de giro para aumentar a produção e consegue


vendê-la ao preço atual;

2) os riscos de depender de um fornecedor para a embalagem do produto;

3) a qualidade da embalagem produzida pelo fornecedor;

E outras considerações que envolvem a administração da empresa, e não


apenas os custos.

Mas, se a decisão de comprar ou produzir não deve se basear unicamente no


custo, não há dúvida de que este é um ponto de fundamental importância para
tal decisão.

5. - CUSTO DE OPORTUNIDADE. CUSTOS PERDIDOS. CUSTOS


IMPUTADOS.

5.1 - CUSTO DE OPORTUNIDADE

CONCEITO: O custo de oportunidade é, sinteticamente, aquilo que a empresa


sacrificou por ter preferido uma alternativa em substituição a outra.

É, repita-se, segundo Eliseu Martins, “o quanto a empresa sacrificou em termos


de remuneração por ter aplicado seus recursos em uma alternativa ao invés de
outra”.

O custo de oportunidade representa, em verdade, um conceito econômico,


não-contábil, daí a sua pequena utilização na contabilidade, seja ela geral,
seja ela de custos.

Se a empresa se utilizou de um terreno para montar um estacionamento para


carros, por exemplo, o custo de oportunidade representa o quanto ela deixou
de ganhar por não ter alugado o espaço.

A análise, todavia, com base tão-somente nos retornos apresentados é algo


temerário, posto que não estamos levando em consideração algo essencial: O
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RISCO. Quem garantiria que os clientes guardariam carros efetivamente dentro


de meu estacionamento? E quem garantia que eu conseguiria, de pronto, alugar
o galpão para terceiros?

Assim, para resolver esse problema (de riscos distintos como regra) Eliseu
Martins aponta duas soluções como viável:

1) Tomar como comparações investimento de mesmo risco; ou


2) Tomar sempre como parâmetro investimentos de risco zero (títulos do
Governo Federal ou Caderneta de Poupança).

Vamos exemplificar...

A empresa acima citada investiu R$ 600.000,00 em imobilizado para seu


negócio. Resolveu montar o empreendimento (estacionamento), obtendo os
seguintes resultados:

Receitas 1.000.000,00
(-) Custos totais 900.000,00
Lucro do projeto 100.000,00.

Considere a inflação inexistente, um custo de oportunidade de 10% com base


nos juros da caderneta de poupança (risco zero).

Nosso custo de oportunidade é, nesta situação, R$ 60.000,00 (10% x R$


600.000,00 – esse é o valor que obteríamos se deixássemos no investimento de
risco zero)

Se tirarmos do lucro do projeto o custo de oportunidade de R$ 60.000,00,


nosso resultado/lucro será, em verdade, de R$ 40.000,00 (100.000 – 60.000),
porquanto é este o valor que conseguimos a mais do que se tivéssemos
aplicado o capital em investimento de risco zero. Contabilmente, este é o
chamado VALOR ECONÔMICO AGREGADO (ECONOMIC VALUE ADDED –
EVA).

No nosso caso:

EVA: 100.000,00 – 60.000,00 = R$ 40.000,00.

EVA = LUCRO CONTÁBIL – CUSTO DE OPORTUNIDADE.

5.2 - CUSTO DE OPORTUNIDADE E A TAXA DE RETORNO

Outra hipótese que pode ser cobrada em prova (e são somente estas que nos
interessam) é a comparação entre a avaliação constante do custo de
oportunidade de determinado investimento e o retorno que uma ou mais linhas
de produtos estão trazendo para a empresa. Senão vejamos...
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A empresa Gabriel e Luciano LTDA fabrica os produtos X, Y, Z e W. Temos as


seguintes informações:

Produto X Y Z W Total
Receita R$ 100.000,00 R$ 70.000,00 R$ 90.000,00 R$ 40.000,00 R$ 300.000,00
(-) Custos variáveis -R$ 80.000,00 -R$ 60.000,00 -R$ 75.000,00 -R$ 35.000,00 -R$ 250.000,00
Margem de contribuição R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00 R$ 50.000,00
(-) Custos fixos R$ 30.000,00
Lucro R$ 20.000,00

Analisemos as hipóteses.

PRIMEIRA HIPÓTESE

Caso o investimento feito tenha sido de R$ 500.000,00, o retorno de R$


20.000,00 não está sendo condizente com aquilo que esperávamos, se temos
um custo de oportunidade de 10%, por exemplo.

Neste caso, temos um retorno de 4% (20.000,00/500.000,00), enquanto


esperávamos 10%. Isso resulta numa taxa negativa de 6%.

Para este caso, alternativas como aumentar o preço de venda, bolar estratégias
para aumentar o volume de vendas, reduzir custos ou substituir o produto que
apresente menor margem de contribuição (neste caso w) são viáveis.

Caso esses esforços sejam envidados e não haja melhoria, a saída é desistir do
empreendimento.

SEGUNDA HIPÓTESE

Caso o investimento feito tenha sido de R$ 200.000,00 e tenhamos um custo de


oportunidade de 5%, teremos então um resultado satisfatório, no caso concreto
de 10% (20.000,00/200.000,00).

Todavia, para melhorar ainda mais a rentabilidade, podemos substituir um ou


mais produtos ou acrescentar outros produtos à linha de produção, sem a
necessidade de aumentar o investimento.

Nesta hipótese, deve ser analisada a margem de contribuição. Dos nossos


produtos, seria interessante qualquer produto que apresente margem de
contribuição maior do que R$ 5.000,00 (maior que a margem de w),
independentemente de a quantidade produzida ser maior ou menor.

TERCEIRA HIPÓTESE

Supondo um investimento de R$ 500.000,00 (retorno 20.000/500.000 = 4%).


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Podemos excluir o produto que apresente menor margem de contribuição, no


nosso caso w.

O produto w apresenta uma margem de R$ 5.000,00. A empresa pode


desativar este produto, reduzindo o investimento em R$ 100.000,00.

Retirando w, ainda haverá uma diminuição dos custos fixos nos montante de R$
7.000,00.

O lucro de R$ 20.000,00 se transformaria neste caso em R$ 22.000,00


(20.000,00 – 5.000 + 7.000).

Certamente, a retirada do produto da fabricação é algo interessante, posto que


houve aumento do lucro, tanto em termos absolutos (R$ 2.000,00), como em
termos relativos (22.000/400.000 = 5,5%). Além disso, a empresa terá
disponibilidade no montante de R$ 100.000,00 para aplicar em outro negócio
que lhe for conveniente.

5.3 - CUSTOS PERDIDOS (SUNK COSTS)

CONCEITO: Custos perdidos são valores que já foram gastos no período


e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o
serão no futuro. Por isso são irrelevantes para as tomadas de decisões,
a não ser o que diz respeito a seus efeitos sobre o fluxo de caixa,
principalmente por sua influência na distribuição do Imposto de Renda
ao longo dos exercícios. (Eliseu Martins).

Alguns autores denominam a expressão custos perdidos como custos


afundados, custos passados e custos irrecuperáveis.

5.4 - CUSTOS IMPUTADOS

Segundo Eliseu Martins:

CONCEITO: Custo imputado é um valor apropriado ao produto para


efeitos internos, mas não contabilizável.

O Custo de Oportunidade é seu exemplo maior, representando o quanto está


sendo o sacrifício da empresa em empregar determinado recurso num projeto,
ao invés de em outra alternativa. Quando dissemos sobre o custo de
oportunidade, dissemos que este é um valor não contabilizável, é um conceito
econômico. Este é o grande exemplo de custo imputado.

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Os custos imputados não são contabilizáveis por diversas causas: são conceitos
subjetivos, não geram gastos, despesas, efetivas para a empresa, são
polêmicos, são utilizados apenas para informação gerencial, etc.

6 - ANÁLISE DO CUSTO DIFERENCIAL

Frequentemente, as empresa se deparam com a escolha de diferentes opções:


comprar um veículo ou alugar, fabricar ou comprar determinado produto.

O Custo Diferencial é aquele que resulta da escolha de determinada


alternativa, em comparação com as outras.

A Análise de Custos Diferenciais é uma técnica que consiste em focalizar os


custos que apresentam diferenças nas alternativas. Assim, se determinado
custo for o mesmo nas duas alternativas, a sua análise não é importante.

7. RESUMO GERAL

1. “Controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria


ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar
atitudes para sua correção”. (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”, 10ª
Edição, 2010, pg.305).

2. Custo Padrão ideal: É o que seria alcançado com o uso dos melhores
materiais possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da
capacidade da empresa.

3. Custo Padrão corrente: É o valor que a empresa fixa como meta para o
próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença
de levar em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de
qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia,
etc. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não
impossível. (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”).

4. Custo Padrão estimado: É resultante dos valores observados em períodos


anteriores. Considera que a média do custo de períodos passados é um número
válido e apenas efetua algumas modificações esperadas, como o volume de
produção, mudança de equipamentos, etc.

5. Há, basicamente, duas finalidades do custo-padrão: a contabilização do


custo através do custo-padrão; e a análise das variações entre o custo real e o
custo padrão (controle).

6. Há três variações para calcular no Custo Padrão: Variação de Quantidade,


variação de Preço e variação Mista.

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7. O preço de venda pode ser estabelecido “de fora para dentro”, através da
análise do preço dos concorrentes, dos produtos similares, do potencial de
consumo do mercado, ou “de dentro para fora”, partindo do custo dos produtos.
Na contabilidade, estudamos a formação do preço de venda a partir do Custo.

8. O custo de oportunidade é, sinteticamente, aquilo que a empresa


sacrificou por ter preferido uma alternativa em substituição a outra.

9. Custos perdidos são valores que já foram gastos no período e que, mesmo
que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro. Por
isso são irrelevantes para as tomadas de decisões.

10. Custo imputado é um valor apropriado ao produto para efeitos internos,


mas não contabilizável.

11. A Análise de Custos Diferenciais é uma técnica que consiste em focalizar


os custos que apresentam diferenças nas alternativas. Assim, se determinado
custo for o mesmo nas duas alternativas, a sua análise não é importante.

Chegamos ao fim da teoria. Vamos resolver algumas questões?

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8 - QUESTÕES COMENTADAS

1. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) No mês de agosto de 2016, a


Indústria “A” produziu 600 unidades de um determinado produto e apresentou
a seguinte composição do custo de produção:

Para apurar o custo de produção, adota-se o Custeio por Absorção. No início do


mês de setembro de 2016, a Indústria recebe uma proposta para adquirir 600
peças semiacabadas da Indústria “B” a um custo de R$850,00 por unidade, e
mais um frete de R$40,00 por unidade.

Para processar e acabar esse lote adquirido da Indústria “B”, em vez de


produzir integralmente o lote de peças internamente, a Indústria “A” incorreria
nos seguintes custos:

Diante das informações apresentadas, assinale a alternativa CORRETA.

a) A Indústria “A” deve recusar a proposta, pois o custo unitário da peça será
de R$915,00, que é maior do que o custo atual, no valor de R$700,00.
b) A Indústria “A” deve aceitar a proposta, pois, com redução dos custos de
fabricação, o custo unitário da peça será de R$894,00, que é menor que o custo
atual, no valor de R$920,00.
c) A Indústria “A” deve aceitar a proposta, pois o custo unitário de cada peça
será de R$890,00, que é menor que o custo atual, no valor de R$920,00.
d) A Indústria “A” deve recusar a proposta, pois o custo unitário da peça será
de R$934,00, que é maior do que o custo atual, no valor de R$920,00.

Comentários:

Questão que trata de “Custos para decisão”, isto é, decisões gerenciais


baseadas nas informações obtidas pela Contabilidade de Custos.

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Para analisarmos as hipóteses previstas, é necessário que tenhamos


informações como o custo unitário do produto produzido integralmente pela
empresa, bem como o custo unitário do produto adquirido semiacabado.

Como a empresa adota o Custeio por absorção, todos os custos, diretos,


indiretos, fixos, variáveis serão apropriados aos produtos.

Custo Unitário do Produto produzido integralmente pela empresa:

Matéria-prima(a) R$ 84.000,00
Mão de Obra Direta9b) R$ 336.000,00
Custos Fixos (c ) R$ 132.000,00
Custo Total(d=a+b+c) R$ 552.000,00
nº unidades(e) 600
Custo Unitário(d/e) R$ 920,00

Custo Unitário do produto produzido parcialmente pela empresa:

Custo de aquisição(a) R$ 850,00


Frete(b) R$ 40,00
Custo Parcia(c=a+b ) R$ 890,00
Matéria-prima(d) R$ 9.000,00
Mão de Obra Direta(e) R$ 6.000,00
Custos Fixos (f) R$ 11.400,00
Custo Total(g=d+e+f) R$ 26.400,00
nº unidades(h) 600
Custo Unitário a apropriar(i=g/h) R$ 44,00
Custo Unitário Total(c+i) R$ 934,00

Concluímos que, se a empresa produzir integralmente os produtos, o custo


unitário será de R$ 920,00 e se ela terceirizar parte da produção, o custo
unitário aumentará para R$ 934,00.

Analisando o cenário, diante das variáveis apresentadas, a empresa deve


RECUSAR a proposta, visto que ela acarretará em AUMENTO de custos.

Gabarito D

2. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 – 2) Uma Sociedade


Empresária apresenta os seguintes dados:

--- Custo de Aquisição dos produtos R$10,00


--- ICMS sobre a venda 18,00%
--- PIS sobre a venda 0,65%
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--- Cofins sobre a venda 3,00%


--- Comissão sobre as vendas 5,00%
--- Margem líquida desejada 40,00%
Com base nos dados informados, o preço de venda mínimo do produto deve ser
de, aproximadamente:

a) R$13,63.
b) R$18,18.
c) R$26,08.
d) R$29,99.

Comentários:

Podemos resolver facilmente esta questão usando a estrutura da Demonstração


dos Resultados. Assim:

DRE Valor Percentual


Receita Bruta (Preço de venda) 100,00%
(-) ICMS sobre venda -18,00%
( -) PIS sobre venda -0,65%
(-) Cofins sobre venda -3,00%
Receita Líquida 78,35%
Custo Mercadoria Vendida R$ 10,00 ???????
(-) Comissões sobre a venda 5,00%
Margem líquida desejada 40,00%

Receita líquida 78,35% - Comissões 5,00% = 73,35%


73,35% - CMV = 40%
CMV = 33,35%

Agora só precisamos dividir o CMV de $10,00 pelo percentual encontrado de


33,35%:

$10,00 / 33,35% = R$29,99

Aqueles versados nas artes matemáticas e aritméticas (o que infelizmente não


é o meu caso...), podem resolver assim:

100% - 18% - 0,65% - 3% - 5% - 40% = 33,35%


$10,00 / 33,35% = R$ 29,99

A DRE completa fica assim:

DRE Valor Percentual


Receita Bruta (Preço de venda) R$ 29,99 100,00%
(-) ICMS sobre venda -R$ 5,40 -18,00%
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( -) PIS sobre venda -R$ 0,19 -0,65%


(-) Cofins sobre venda -R$ 0,90 -3,00%
Receita Líquida R$ 23,50 78,35%
Custo Mercadoria Vendida -R$ 10,00 -33,34%
Lucro Bruto R$ 13,50 45,01%
(-) Comissões sobre a venda -R$ 1,50 -5,00%
Margem líquida desejada R$ 12,00 40,00%

Gabarito  D

3. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2014-1) Uma indústria estabeleceu


os seguintes padrões de consumo de matéria-prima para cada unidade de
produto fabricado:

Tipo de Matéria-Prima Quantidade Preço


A 2 kg R$1,50 por kg
B 3 m2 R$4,00 por m2

No mês de janeiro de 2014, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto,


e ocorreu o seguinte consumo de matéria-prima:

Tipo de Quantidade total Custo da matéria


Matéria prima consumida prima consumida
A 4.000 kg R$ 6.800,00
B 6500 m² R$ 26.000,00

Com base nos dados fornecidos e em relação ao custo com matéria-prima:

A) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de preço desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
quantidade desfavorável na matéria-prima B.

b) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
preço desfavorável na matéria-prima B.

C) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de preço desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
quantidade desfavorável na matéria-prima B.

D) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
preço desfavorável na matéria-prima B.

Comentário:

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Vamos calcular a quantidade e o preço reais para cada matéria prima:

Matéria prima A:
Quantidade 4.000 kg / 2.000 unidades = 2 kg por unidade
Preço: R$6.800,00 / 4.000 kg = $1,70 por kg.

Matéria prima B:
Quantidade 6.500 m² / 2.000 unidades = 3,25 m²
Preço: R$ 26.000,00 / 6.500 m² = $4,00 por m².

Vamos comparar:

MP A - REAL MP A - Padrão Diferença


Quantidade 2 2 zero
Preço $1,70 $1,50 $0,20
Total A $ 3,40 $ 3,00 $ 0,40
MP B - REAL MP B - Padrão Diferença
Quantidade 3,25 3 0,25
Preço $ 4,00 $ 4,00 zero
Total B $ 13,00 $ 12,00 $ 1,00
TOTAL A + B $ 16,40 $ 15,00 $ 1,40

Custo padrão total (A + B): $15,00 x 2.000 unidades = $30.000,00


Custo Real Total (A+B): $16,40 x 2.000 unidades = $32.800,00

Assim, o custo real superou o custo padrão em $2.800,00, devido ao aumento


no preço da matéria prima A e ao aumento da quantidade da matéria prima B.

Gabarito  C

4. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2013-2) Uma Sociedade elaborou o


orçamento para o ano de 2013 com base em dados históricos do ano de 2012 e
com base nas estimativas estabelecidas por seus gestores.
_ Os seguintes dados históricos foram apresentados:

Custo das mercadorias vendidas no ano de 2012 R$1.050.000,00


Estoque médio do ano de 2012 R$175.000,00

_ Dados estimados para o ano de 2013:


Estoque médio R$200.000,00
Fator de multiplicação Markup 1,80
Tributos incidentes sobre a receita 20%

Considera-se que a empresa estima que o giro do estoque será igual ao de


2012 e que o preço de venda é estabelecido, multiplicando-se o custo estimado

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da mercadoria. De acordo com o giro do estoque, pelo Markup, o Lucro Bruto


orçado para o ano de 2013 será de:

A) R$462.000,00.
B) R$492.800,00.
C) R$528.000,00.
D) R$678.000,00.

Comentário:
Como a empresa pretende manter o mesmo giro do estoque, podemos calcular
rapidamente o custo das mercadorias vendidas estimado para 2013 assim:

CMV 2013 = (Estoque médio 2013 / Estoque médio 2012) x CMV2012


CMV 2013 = ($200.000,00 / $175.000,00) x $1.050.000,00
CMV 2013 = $1.200.000,00

Receita 2013 = CMV 2013 x Markup


Receita 2013 = $1.200.000,00 x 1,80 = $2.160.000,00

Agora, é só esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE):

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) R$


Receita Bruta 2.160.000,00
(-) Tributos sobre vendas (20%) - 432.000,00
Receita líquida 1.728.000,00
(-) Custo mercadoria vendida (CMV) - 1.200.000,00
Lucro Bruto 528.000,00

Gabarito  C

5. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012-2) Uma sociedade estabeleceu


os seguintes padrões para sua principal matéria prima e para a mão de obra
direta:
Consumo Preço
Matéria-prima 2kg por unidade R$4,00/kg
Mão de obra 3 horas por unidade R$2,00/hora

--- A produção do período foi de 5.000 unidades.


--- Foram utilizados 12.000kg de matéria-prima e 15.500 horas de mão de obra
direta.
--- O custo de mão obra direta foi de R$29.450,00.
--- No início do período não havia Estoque de matéria-prima.
--- Durante o período, foram comprados 50.000kg de matéria-prima ao custo
total de R$205.000,00.

Considerando os dados e a apuração de custos, é CORRETO afirmar que,


em relação à quantidade:
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A) a variação da Matéria Prima é R$1.200,00 negativa e a variação da Mão de


obra é R$1.550,00 positiva.

B) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 negativa e a variação da Mão de


obra é R$1.000,00 negativa.

C) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 positiva e a variação da Mão de


obra é R$1.000,00 positiva.

D) a variação da Matéria Prima é R$9.200,00 negativa e a variação da Mão de


obra é R$550,00 positiva.

Comentário:

Matéria Prima:
Quantidade Real = 12.000 kg / 5.000 unidades = 2,4 kgs.
Preço Real = R$ 205.000,00 / 50.000 kgs = R$ 4,10

Mão de Obra:
Quantidade Real = 15.500 horas / 5.000 unidades = R$ 3,10
Preço = $29.450,00 / 15.500 horas = $1,90

Comparação Real x Padrão:

Matéria Prima MP REAL MP Padrão Diferença


Quantidade 2,4 2,0 0,4
Preço R$ 4,10 R$ 4,00 R$ 0,10
Total MP R$ 9,84 R$ 8,00 R$ 1,84
Mão de Obra Mão de obra real Mão de obra padrão Diferença
Quantidade 3,1 3,0 0,1
Preço R$ 1,90 R$ 2,00 - R$ 0,10
Total MO R$ 5,89 R$ 6,00 - R$ 0,11
TOTAL MP + MO R$ 15,73 R$ 14,00 R$ 1,73

Variação da quantidade de Matéria prima:


0,4 x $4,00 = $1,60 x 5.000 unidades = $ 8.000,00 desfavorável (o custo real
foi maior que o custo padrão).

Variação da quantidade de Mão de Obra:


0,1 x $ 2,00 = $ 0,20 x 5000 unidades = $ 1.000,00 desfavorável (o custo real
foi maior que o custo padrão).

A questão menciona “variação negativa”. Entenda como desfavorável.

Gabarito  B

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6. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012-1) Uma empresa industrial


estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade:

QUANTIDADE PREÇO
Matéria-Prima 0,5 kg R$4,00 por kg
Mão de Obra Direta 15 minutos R$10,00 por hora

Em determinado período, foram produzidos 10.000 produtos, com os seguintes


custos reais:

QUANTIDADE PREÇO
Matéria Prima 6.500 kg R$4,20 por kg
Mão de Obra Direta 2.500 h R$12,00 por hora

Em relação aos custos apurados no período e variações do custo real em


comparação ao custo padrão, assinale a opção INCORRETA.

A) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável.

B) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no


preço.

C) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de


matéria prima e R$2,50 de custo com mão de obra.

D) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às


variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra.

Comentário:

Vamos calcular inicialmente a quantidade e o preço reais para a matéria prima


e a mão de obra. Atenção especial com a mão de obra, o tempo está em
minutos e o valor em horas.

Matéria prima:
Quantidade 6.500 kg / 10.000 unidades = 0,65 kg por unidade
Preço: R$ 4,20 por kg.

Mão de obra:
Quantidade 2.500 h. / 10.000 unidades = 0,25 h x 60 min = 15 min
Preço: R$ 12,00 por hora.

Agora, comparar:
Matéria Prima MP REAL MP Padrão Diferença
Quantidade 0,65 0,5 0,15
Preço R$ 4,20 R$ 4,00 R$ 0,20
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Total A R$ 2,73 R$ 2,00 R$ 0,73


Mão de Obra Mão de obra real Mão de obra padrão Diferença
Quantidade 15 min 15 min zero
Preço $ 12 por hora $ 10 por hora 2
Total B R$ 3,00 R$ 2,50 R$ 0,50
TOTAL A + B R$ 5,73 R$ 4,50 R$ 1,23

Finalmente, vamos analisar as alternativas:

A) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável.


ERRADO. A variação no custo da matéria prima foi de R$ 0,73, mas foi
desfavorável, pois o custo real foi maior que o custo padrão.

B) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no


preço.
CERTO. Pois não houve variação na quantidade de mão de obra unitária.

C) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de


matéria prima e R$2,50 de custo com mão de obra.
CERTO. Confira na tabela acima os números mencionados, que destacamos em
negrito.

D) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às


variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra.
CERTO. Confira na tabela acima os números mencionados, que destacamos em
negrito.

Gabarito  A

7. (FUNDATEC/Prefeitura de Viamão-RS/Contador/2012) Determinada


empresa utiliza o Custeio por Absorção para a apuração dos seus custos
industriais e, no período analisado, apresentou a seguinte situação:

Custos Padrão Unitário Custo Real Unitário


Materiais Diretos R$ 220 Materiais Diretos R$ 240
Mão de Obra Direta R$ 100 Mão de Obra Direta R$ 110
Custos Indiretos R$ 75 Custos Indiretos R$ 70

A partir dessas informações, qual das afirmações abaixo está INCORRETA?

A) A expectativa na projeção dos custos para o período subestimou o custo da


mão de obra direta.

B) Num mercado sem oscilação de preços, o custo com materiais diretos por
unidade não irá variar, de acordo com o volume produzido.

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C) No estabelecimento do Custo-Padrão Unitário, os custos indiretos foram


superestimados.

D) O Custo-Real Unitário variou favoravelmente em relação ao Custo-Padrão


Unitário.

E) O Custo-Real Unitário da mão de obra direta foi superior ao estimado no


Custo-Padrão Unitário.

Comentários:

Vamos analisar as alternativas:


A) A expectativa na projeção dos custos para o período subestimou o custo da
mão de obra direta.
CERTO. O custo da mão de obra projetado (custo padrão) foi de $100, e o
custo real foi de $110.

B) Num mercado sem oscilação de preços, o custo com materiais diretos por
unidade não irá variar, de acordo com o volume produzido.
CERTO. O custo variável unitário não se altera com o volume de produção.
Vamos considerar, por exemplo, a produção de automóveis, com 5 pneus cada
um (4 rodas + um estepe). Cada pneu custa 100 reais, portanto o custo
variável unitário é de $500. Pois bem: quer a empresa fabrique 100, 1.000 ou
5.000 automóveis, cada um continuará usando 5 pneus e terá custo variável
unitário de $500. (considerando apenas o custo dos pneus, naturalmente).

C) No estabelecimento do Custo-Padrão Unitário, os custos indiretos foram


superestimados.
CERTO. O custo padrão foi de 75 e o custo real de 70.

D) O Custo-Real Unitário variou favoravelmente em relação ao Custo-Padrão


Unitário.
ERRADO. O custo Real unitário foi de 240+110+70 = 420 e o custo padrão
unitário foi de 220+100+75 = 395.

E) O Custo-Real Unitário da mão de obra direta foi superior ao estimado no


Custo-Padrão Unitário.
CERTO. O custo da mão de obra projetado (custo padrão) foi de $100, e o
custo real foi de $110.

Gabarito  D

8. (FUNDATEC/Pref. De Charqueadas–RS/Contador/2011) Considere as


afirmações a seguir:

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I. O Custo-Padrão Corrente representa o valor que a empresa fixa como meta


para o próximo período para um determinado produto ou serviço, considerando
as deficiências existentes.

II. O Custo-Padrão Ideal representa uma meta da empresa a longo prazo, e não
a fixada para o próximo período ou para determinado mês.

III. O Custo-Padrão Ideal é extremamente abrangente, sendo uma ferramenta


para utilização constante.

IV. O Custo-Padrão Corrente representa o custo que deveria ser na realidade,


enquanto o Custo Estimado representa o que deverá ser.

Considerando a nomenclatura e a classificação dos custos, quais estão corretas?

A) Apenas I, II e III.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.

Comentários:

Vejamos as definições:

Custo Padrão ideal: É o que seria alcançado com o uso dos melhores
materiais possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da
capacidade da empresa. O custo padrão ideal representa, geralmente, um valor
que a empresa não consegue atingir. Afinal, em todo processo produtivo, ocorre
falhas, defeitos e ineficiência. É, assim, uma meta para longo prazo.

Custo Padrão corrente: É o valor que a empresa fixa como meta para o
próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença
de levar em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de
qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia,
etc. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não
impossível. (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”)

Custo Padrão estimado: É resultante dos valores observados em períodos


anteriores. Considera que a média do custo de períodos passados é um número
válido e apenas efetua algumas modificações esperadas, como o volume de
produção, mudança de equipamentos, etc.

A diferença entre o custo estimado e o custo corrente é que o segundo


considera alguma melhoria no desempenho da empresa.

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O custo estimado é a média histórica, modificado por alguns ajustes: volume de


produção, mudança de equipamentos, etc. Já o custo corrente incorpora alguma
melhoria, representa o custo que a empresa deverá atingir se melhorar seu
desempenho em determinados pontos.

Segundo o Prof. Eliseu Martins, “...o Padrão Corrente é o custo que deveria ser,
enquanto o Estimado é o que deverá ser. Aquele é o que a empresa deveria
alcançar, se conseguisse atingir certos níveis de desempenho, enquanto este é
o que normalmente deverá obter” (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”,
pg. 316)

Vamos comparar as alternativas com as definições:

I – CERTO. Cópia da definição do Prof. Eliseu Martins.


II – CERTO.
III – ERRADO. O custo padrão Ideal é uma meta a longo prazo, e não uma
ferramenta para utilização constante.
IV – CERTO. Cópia do livro do Prof. Eliseu Martins.

GABARITO  B

9. (ESAF/STN/AFC/2002) Nas opções abaixo, assinale a afirmativa correta.

A) O custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa


sua atividade produtiva a partir de encomendas específicas, caracterizando uma
produção contínua.
B) A grande desvantagem da análise do ponto de equilíbrio está na sua
complexidade. Dificulta os estudos de viabilidade econômica para avaliar
empreendimentos potenciais.
C) O custeio por absorção é um processo cujo objetivo é ratear todos os
elementos variáveis do custo em cada fase de produção.
D) Custo-Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os
produtos de sua linha de fabricação e se divide nos tipos: estimado,
convencional e corrente.
E) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a
empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica
de ratear custos indiretos aos produtos.

Comentários:

Vamos examinar as alternativas:

A) ERRADA.O custeamento por ordem de produção não caracteriza uma


produção contínua. Sobre produção por ordem ou produção contínua, veja aula
0, pg. 12.

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B) ERRADA. A grande vantagem da análise do ponto de equilíbrio está na sua


simplicidade. Facilita os estudos de viabilidade econômica para avaliar
empreendimentos potenciais.

C) ERRADA. O custeio por Absorção apropria todos os custos, e não apenas os


elementos variáveis.

D) ERRADA. O custo padrão não é estabelecido como meta. É uma estimativa


e divide-se em estimado, ideal e corrente.

E) CORRETA. O Custeio Baseado em Atividades (ActivityBasedCosting – ABC) é


um método de custeio que procura reduzir a arbitrariedade do rateio dos custos
indiretos, pois os custos são inicialmente atribuídos às atividades e depois aos
produtos, através dos direcionadores de custos.
==9bb8a==

GABARITO  E

10. (FCC/Analista/INFRAERO/2009) A empresa ASA utiliza o sistema de custo


padrão. No último mês, os valores apurados foram os seguintes:

Consumo real de matéria prima por unidade 50 kg


Preço unitário real da matéria prima utilizada na produção R$ 10,00 por Kg
Unidades produzidas 20
Consumo unitário planejado no padrão 60 kg
Custo da matéria prima (planejada no padrão) R$ 8,00 por kg

Com base nos dados acima, as variações de consumo, preço e mista, em


relação ao padrão são, respectivamente:

(A) R$ 1.600,00 desfavorável, R$ 2.200,00 favorável e R$ 200,00 desfavorável.


(B) R$ 1.600,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 400,00 favorável.
(C) R$ 2.400,00 favorável, R$ 1.600,00 desfavorável e R$ 800,00 desfavorável.
(D) R$ 3.800,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 1.400,00
desfavorável.
(E) R$ 4.000,00 desfavorável, R$ 3.000,00 favorável e R$ 1.000,00 favorável.

Comentários:

Trata-se de matéria prima, portanto é custo variável. Podemos usar o método


XI. Por outro lado, verifica-se pelas respostas que a questão refere-se ao custo
total. Podemos calcular o valor unitário e multiplicar pela quantidade vendida:

Real Padrão Variação


Quantidade 50 60 -10
Preço 10 8 2
Total 500 480 20
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Variação unitária:
Variação quantidade (-10 x 8): -80 (favorável, custo real < padrão)
Variação preço (2x60): 120 (desfavorável, custo real > padrão)
Variação mista (-10x2): -20 (favorável, custo real < padrão)
Total das variações: 20 (desfavorável, custo real > padrão)

Variação total: (variação unitária x quantidade)


Variação quantidade (-80 x 20): -1.600 (favorável, custo real < padrão)
Variação preço (120 x 20): 2.400 (desfavorável, custo real > padrão)
Variação mista (-20 x 20): -400 (favorável, custo real < padrão)
Total das variações: 400 (desfavorável, custo real > padrão)

Gabarito  B.

11. (FCC/BAHIAGAS/Analista/Ciências Contábeis/2010) A Indústria Amaralina


Ltda. utiliza custo padrão para controle e avaliação de desempenho e tem os
seguintes registros padrões para um de seus produtos:

- Materiais diretos (2 unidades a $ 10) $ 20,


- Mão de obra direta (0,5 h a $ 20) $10,
- CIF fixos (0,5 h a $ 4*) $2,
- CIF variáveis (0,5 h a $ 8*) $ 4,
- Custo unitário padrão $ 36

*Taxa de CIF fixos baseada na atividade esperada de 2.500 horas.

Os registros dos resultados reais para o período apontaram os seguintes dados


reais:

- Produção 6.000 unidades de produto,


- CIF fixos $ 12.000,
- CIF Variáveis $ 21.000,
- Materiais diretos (11.750 unidades comprados e consumidos) $ 122.200,
- Mão de obra direta (2.900 h) $ 59.160.

A variação de taxa de mão de obra foi, em $, de:

(A) 968 favorável.


(B) 1.016 desfavorável.
(C) 1.160 desfavorável.
(D) 1.240 favorável.
(E) 1.360 desfavorável.

Comentários:

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Esta questão apresenta uma falha no enunciado. Normalmente, a FCC


reconhece os três tipos de variação (quantidade, preço e mista). Alguns
autores, entretanto, defendem que a variação mista deve ser incorporada à
variação de preço.

Nesta questão, a FCC usou tal procedimento, sem mencionar nada nas
instruções. Passível de recurso.

Resolvamos.

Vamos destacar as informações relevantes:

Mão de obra direta (0,5 h a $ 20) $10


Produção 6.000 unidades de produto
Mão de obra direta (2.900 h) $ 59.160

Pelas respostas, identificamos que a questão cobra os valores totais, e não


unitários.

Padrão

Eficiência: 6000 unidades x 0,5 hora = 3.000 horas


Taxa: $ 20

Real

Eficiência: 2.900 horas


Taxa: $ 59.160 / 2900 = $ 20,40

Método XI:

Real Padrão Variação


Eficiência 2.900 3.000 -100
Taxa R$ 20,40 R$ 20,00 R$ 0,40
Total R$ 59.160,00 R$ 60.000,00 -R$ 840,00

Variação eficiência - 100 x $ 20 = -R$ 2.000,00


Variação taxa $ 0,40 x 3.000 = R$ 1.200,00
Variação mista - 100 x $0,40 = -R$ 40,00
Total -R$ 840,00

A variação da Taxa resultou em $ 1.200,00 Desfavorável (o custo real foi maior


que o padrão). Não há esta resposta entre as alternativas.

Quando somamos a taxa com a variação mista, chegamos no gabarito da


questão:

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R$ 1.200,00 – R$ 40,00 = R$ 1.160,00 desfavorável

Gabarito  C.

12. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contador JR/2010) A Indústria de Plásticos


Plastimóvel Ltda. trabalha com custo-padrão. Em novembro de 2009, extraiu os
seguintes dados de sua contabilidade de custos:

Custo padrão

Custos Indiretos Variáveis (CIF Variáveis) R$ 0,80 por unidade


Custos Indiretos Fixos (CIF Fixos) R$ 600.000,00 por mês
Volume de produção prevista 120.000 unidades

Custo real

Custos Indiretos Variáveis (CIF Variáveis) R$ 0,85 por unidade


Custos Indiretos Fixos (CIF Fixos) R$ 605.000,00 por mês
Volume de produção realizada 120.500 unidades

Sabe-se que a análise dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF), pelo critério do
custo-padrão, possui dois tipos de variação: de volume (VV) e de custos (VC).

Considerando-se exclusivamente as informações acima, a Variação de Custo


(VC) dos Custos Indiretos Variáveis (CIF variável) referente ao volume total, em
reais, foi desfavorável em

(A) 5.825,50
(B) 6.025,00
(C) 6.400,00
(D) 6.425,00
(E) 6.815,00

Comentário:

Vamos chamar a variação de quantidade de Variação de volume. E a variação


de preços, de variação de custos.

Resolução:
Custo real – Padrão = Variação
Volume 120.500 120.000 500
Custos $ 0,85 $ 0,80 $ 0,05
Total $ 102.425 $ 96.000 $ 6.425

Variação de volume: 500 x $ 0,80 = $ 400


Variação de custos: $ 0,05 x 120.000 = $ 6.000
Variação mista: 500 x $ 0,05 = $ 25
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Total $ 6.425

Como a questão informa que só há dois tipos de variação, somamos a variação


mista com a variação de custos: $6.000 + $ 25 = $ 6.025,00.

Gabarito  B.

13. (Petrobras/CESGRANRIO/Economista/2005) No início do mês passado, a


Cia. Industrial RLC, monoprodutora, elaborou seu orçamento, segundo o qual o
custo-padrão de uma unidade de seu único produto deveria custar R$10,00 por
unidade. O custo-padrão considerava a matéria-prima sendo consumida da
seguinte forma:

Matéria-prima (MP): 4kg/unid. x R$ 1,00/kg

No início deste mês, verificou-se que a Cia. Industrial RLC comprou a matéria-
prima a R$ 1,50/kg e consumiu 3,5kg/unid.

Considerando, somente, essas informações, indique qual foi a variação de


quantidade de matéria-prima.

(A) R$ 2,00/unid. Desfavorável


(B) R$ 1,25/unid. Desfavorável
(C) R$ 0,50/unid. Desfavorável
(D) R$ 0,50/unid. Favorável
(E) R$ 0,75/unid. Favorável

Comentários:

Como a matéria prima é custo variável, podemos resolver rapidamente com o


Método XI:

Real Padrão Diferença


Quantidade 3,5 4,0 - 0,5
Preço R$ 1,50 R$ 1,00 0,5
Total R$ 5,25 R$ 4,00 R$ 1,25
Variação quantidade - 0,5 x $ 1,00 = -R$ 0,50

Variação preço $ 0,50 x 4,0 = 2,0

Variação mista - 0,5 x $0,50 = -R$ 0,25


Total R$ 1,25

A variação de quantidade foi de -0,5 x R$1,00 = -R$ 0,50. Mas é uma variação
favorável ou desfavorável?

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Basta comparar a quantidade real com a quantidade padrão. Como o consumo


de matéria prima foi menor que o padrão, trata-se de uma variação favorável.

Gabarito  D.

14. (FCC/METRO/Analista – Ciências Contábeis/2010) A Cia. Industrial Nova


Esperança utiliza o método do custo padrão. No final do exercício, foi apurado
que o preço efetivo de uma matéria-prima foi 5% superior ao padrão e a
quantidade utilizada foi 5% inferior ao padrão.

É correto afirmar que o custo efetivo

A) e o custo padrão foram iguais.


B) foi maior que o custo padrão em 5%.
C) foi menor que o custo padrão em 5%.
D) foi maior que o custo padrão em 0,25%.
E) foi menor que o custo padrão em 0,25%.

Comentários:

A forma mais rápida de resolver essa questão é chutar valores para quantidade
e preço. E depois calcular com as variações indicadas na questão.

Assim:

Quantidade = 1,0 kilo por unidade de produto acabado


Preço = R$ 100,00 por kilo
Total = 1,0 x R$ 100,00 = R$ 100,00

Agora, considerando as variações, temos:

Quantidade = 0,95 kilo por unidade de produto acabado


Preço = R$ 105,00 por kilo
Total = 0,95 x R$ 105,00 = R$ 99,75

Portanto, o custo real foi menor que o padrão:

99,75/100,00 = 99,75%
100% - 99,75% = 0,25%

Gabarito  E.

15. (FCC) A Patrocínio é uma empresa produtora de queijos. Para sua linha de
queijo minas, foi estabelecido o um padrão de consumo de 2 litros de leite a um
preço de R$ 1,20/litro para cada quilo de queijo produzido. Em determinado
mês, apurou-se que para cada quilo de queijo foram usados 2,2 litros de leite a
um preço de R$ 1,10 cada litro.
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Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações:


quantidade, preço e mista.

Sendo assim, a variação de preço da matéria-prima, em reais, foi de

(A) 0,24 desfavorável.


(B) 0,10 desfavorável.
(C) 0,10 favorável.
(D) 0,20 favorável.
(E) 0,20 desfavorável.

Comentários:

Custo real – Padrão = Variação


Quantidade 2,2 2,0 + 0,2 Var. Quant. (multiplique por 1,2)
Preço 1,1 1,2 - 0,1 Var. Preço (multiplique por 2,0)
Total 2,42 2,40 + 0,02

Cálculo das variações:

Var. quantidade: + 0,2 x 1,2 = 0,24 desfavorável


Var. preço: - 0,1 x 2,0 = - 0,20 favorável
Variação mista: + 0,2 x -0,1 = - 0,02 favorável

Gabarito  D.

16. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A grande finalidade do


Custo Padrão é

(A) o planejamento e controle de custos.


(B) a gestão de preços.
(C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras.
(D) a rentabilidade de produtos.
(E) o retorno do investimento.

Comentários

Algumas empresas utilizam-se na gestão de seus negócios do controle de


custos não pelos valores efetivamente incorridos, mas, sim, por valores
estimados, ajustados conforme o valor que tenha sido efetivamente incorrido
posteriormente.

O denominado custo padrão serve para que possamos avaliar o andamento dos
custos de um negócio, especificamente de seus estoques de produtos acabados
e em acabamento.

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Os custos, no custo padrão, são apurados por valores pré-estabelecidos, como


já dissemos.

O objetivo do custeio padrão é, pois, o planejamento e controle de custos.


Ilustraremos esse tipo de custeio através da questão seguinte.

Gabarito  A.

17. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Com base nos dados da


tabela a seguir, pode-se afirmar que a empresa deve fixar um preço de venda:

a) a prazo R$ 10,00.
b) a vista R$ 21,00.
c) a vista R$ 30,00.
d) a vista R$ 10,00.
e) a prazo R$ 21,00.

Comentários

O gabarito provisório foi a alternativa B.

Mas essa questão teve seu gabarito alterado, pelos motivos abaixo:

A questão informa os seguintes custos:

Custo unitário de reposição a vista R$ 14,00


Custo unitário médio dos estoques R$ 7,00
Custo unitário de reposição a prazo R$ 21,00

Devemos usar o custo unitário médio. Será esse o custo considerado na


Demonstração do Resultado.

Podemos montar a seguinte estrutura, com os dados da questão:

Vendas ? 100%
CMV 7,00 ?
Lucro Bruto ? ?
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Despesas gerais ? 5%
Comissões ? 5%
Tributos ? 10%
Margem de lucro ? 10%

Assim, o lucro bruto deve ser de 30% (para retirar despesas de 20% e sobrar
10%). Portanto:

Vendas ? 100%
CMV 7,00 70%
Lucro Bruto ? 30

Dividindo o CMV por 70% , achamos o preço de vendas:$ 7,00/70% = $ 10,00

A tabela completa fica assim:

Vendas 10,00 100%


CMV 7,00 70%
Lucro Bruto 3,00 30%
Despesas gerais 0,50 5%
Comissões 0,50 5%
Tributos 1,00 10%
Margem de lucro 1,00 10%

Gabarito provisório LETRA B.


Gabarito Definitivo LETRA D.

18. (Cesgranrio- Petrobrás - Adm Jr – 2012) Uma indústria, ao final do seu


período produtivo, apresentou as seguintes informações sobre um produto
inédito que está lançando no mercado e cujo preço de venda pretende fixar com
base nos custos.

Quantidade produzida (unidades) 50.000


Matéria-prima consumida total 1.200.000
Mão de obra direta 600.000
Outros custos fabris 180.000
Despesas administrativas 10%
Tributos 22%
Comissão dos vendedores 3%
Margem de lucro desejada 5%

Um administrador, considerando exclusivamente as informações recebidas,


sabe que o preço de venda unitário desse produto, com base no custo por
absorção a ser praticado por essa indústria, em reais, deverá ser de

(A) 132,00
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(B) 99,00
(C) 90,00
(D) 66,00
(E) 60,00

Resolução:
Vamos resolver com a estrutura da DRE.
Mas, primeiro, precisamos calcular o Custo dos produtos vendidos.

Assim:
Matéria prima + mão de obra + outros custos = $ 1.980.000
$ 1.980.000 / 50.000 unidades = 39,60

Portanto, o custo unitário é de $39,60. Vamos esboçar a DRE unitária:

R$ %
Preço de venda ? 100%
CPV 39,6 ?
Lucro bruto ? ?
Despesas administrativas ? 10%
Tributos ? 22%
Comissões vendedores ? 3%
margem de lucro desejada ? 5%

Agora ficou fácil. Veja que as despesas somam 10%+22%+3% = 35%.


Para chegar na margem de 5%, o lucro bruto tem que ser de 40%. Assim, o
CPV deve ser de 60%

Para calcular o preço de venda, fazemos 39,60 / 60% = 66,00

Gabarito  D

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9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) No mês de agosto de 2016, a


Indústria “A” produziu 600 unidades de um determinado produto e apresentou
a seguinte composição do custo de produção:

Para apurar o custo de produção, adota-se o Custeio por Absorção. No início do


mês de setembro de 2016, a Indústria recebe uma proposta para adquirir 600
peças semiacabadas da Indústria “B” a um custo de R$850,00 por unidade, e
mais um frete de R$40,00 por unidade.

Para processar e acabar esse lote adquirido da Indústria “B”, em vez de


produzir integralmente o lote de peças internamente, a Indústria “A” incorreria
nos seguintes custos:

Diante das informações apresentadas, assinale a alternativa CORRETA.

a) A Indústria “A” deve recusar a proposta, pois o custo unitário da peça será
de R$915,00, que é maior do que o custo atual, no valor de R$700,00.
b) A Indústria “A” deve aceitar a proposta, pois, com redução dos custos de
fabricação, o custo unitário da peça será de R$894,00, que é menor que o custo
atual, no valor de R$920,00.
c) A Indústria “A” deve aceitar a proposta, pois o custo unitário de cada peça
será de R$890,00, que é menor que o custo atual, no valor de R$920,00.
d) A Indústria “A” deve recusar a proposta, pois o custo unitário da peça será
de R$934,00, que é maior do que o custo atual, no valor de R$920,00.

2. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 – 2) Uma Sociedade


Empresária apresenta os seguintes dados:

--- Custo de Aquisição dos produtos R$10,00


--- ICMS sobre a venda 18,00%
--- PIS sobre a venda 0,65%
--- Cofins sobre a venda 3,00%
--- Comissão sobre as vendas 5,00%
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--- Margem líquida desejada 40,00%

Com base nos dados informados, o preço de venda mínimo do produto deve ser
de, aproximadamente:

A) R$13,63.
B) R$18,18.
C) R$26,08.
D) R$29,99.

3. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2014-1) Uma indústria estabeleceu


os seguintes padrões de consumo de matéria-prima para cada unidade de
produto fabricado:

Tipo de Matéria-Prima Quantidade Preço


A 2 kg R$1,50 por kg
B 3 m2 R$4,00 por m2

No mês de janeiro de 2014, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto,


e ocorreu o seguinte consumo de matéria-prima:

Tipo de Quantidade total Custo da matéria


Matéria prima consumida prima consumida
A 4.000 kg R$ 6.800,00
B 6500 m² R$ 26.000,00

Com base nos dados fornecidos e em relação ao custo com matéria-prima:

A) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de preço desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
quantidade desfavorável na matéria-prima B.

b) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
preço desfavorável na matéria-prima B.

C) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de preço desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
quantidade desfavorável na matéria-prima B.

D) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma


variação de quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de
preço desfavorável na matéria-prima B.

4. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2013-2) Uma Sociedade elaborou o


orçamento para o ano de 2013 com base em dados históricos do ano de 2012 e
com base nas estimativas estabelecidas por seus gestores.
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_ Os seguintes dados históricos foram apresentados:

Custo das mercadorias vendidas no ano de 2012 R$1.050.000,00


Estoque médio do ano de 2012 R$175.000,00

_ Dados estimados para o ano de 2013:


Estoque médio R$200.000,00
Fator de multiplicação Markup 1,80
Tributos incidentes sobre a receita 20%

Considera-se que a empresa estima que o giro do estoque será igual ao de


2012 e que o preço de venda é estabelecido, multiplicando-se o custo estimado
da mercadoria. De acordo com o giro do estoque, pelo Markup, o Lucro Bruto
orçado para o ano de 2013 será de:

A) R$462.000,00.
B) R$492.800,00.
C) R$528.000,00.
D) R$678.000,00.

5. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012-2) Uma sociedade estabeleceu


os seguintes padrões para sua principal matéria prima e para a mão de obra
direta:

Consumo Preço
Matéria-prima 2kg por unidade R$4,00/kg
Mão de obra 3 horas por unidade R$2,00/hora

--- A produção do período foi de 5.000 unidades.


--- Foram utilizados 12.000kg de matéria-prima e 15.500 horas de mão de obra
direta.
--- O custo de mão obra direta foi de R$29.450,00.
--- No início do período não havia Estoque de matéria-prima.
--- Durante o período, foram comprados 50.000kg de matéria-prima ao custo
total de R$205.000,00.

Considerando os dados e a apuração de custos, é CORRETO afirmar que,


em relação à quantidade:

A) a variação da Matéria Prima é R$1.200,00 negativa e a variação da Mão de


obra é R$1.550,00 positiva.

B) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 negativa e a variação da Mão de


obra é R$1.000,00 negativa.

C) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 positiva e a variação da Mão de


obra é R$1.000,00 positiva.
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D) a variação da Matéria Prima é R$9.200,00 negativa e a variação da Mão de


obra é R$550,00 positiva.

6. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012-1) Uma empresa industrial


estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade:

QUANTIDADE PREÇO
Matéria-Prima 0,5 kg R$4,00 por kg
Mão de Obra Direta 15 minutos R$10,00 por hora

Em determinado período, foram produzidos 10.000 produtos, com os seguintes


custos reais:

QUANTIDADE PREÇO
Matéria Prima 6.500 kg R$4,20 por kg
Mão de Obra Direta 2.500 h R$12,00 por hora

Em relação aos custos apurados no período e variações do custo real em


comparação ao custo padrão, assinale a opção INCORRETA.

A) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável.

B) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no


preço.

C) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de


matéria prima e R$2,50 de custo com mão de obra.

D) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às


variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra.

7. (FUNDATEC/Prefeitura de Viamão-RS/Contador/2012) Determinada


empresa utiliza o Custeio por Absorção para a apuração dos seus custos
industriais e, no período analisado, apresentou a seguinte situação:

Custos Padrão Unitário Custo Real Unitário


Materiais Diretos R$ 220 Materiais Diretos R$ 240
Mão de Obra Direta R$ 100 Mão de Obra Direta R$ 110
Custos Indiretos R$ 75 Custos Indiretos R$ 70

A partir dessas informações, qual das afirmações abaixo está INCORRETA?

A) A expectativa na projeção dos custos para o período subestimou o custo da


mão de obra direta.
B) Num mercado sem oscilação de preços, o custo com materiais diretos por
unidade não irá variar, de acordo com o volume produzido.
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C) No estabelecimento do Custo-Padrão Unitário, os custos indiretos foram


superestimados.
D) O Custo-Real Unitário variou favoravelmente em relação ao Custo-Padrão
Unitário.
E) O Custo-Real Unitário da mão de obra direta foi superior ao estimado no
Custo-Padrão Unitário.

8. (FUNDATEC/Pref. De Charqueadas–RS/Contador/2011) Considere as


afirmações a seguir:

I. O Custo-Padrão Corrente representa o valor que a empresa fixa como meta


para o próximo período para um determinado produto ou serviço, considerando
as deficiências existentes.

II. O Custo-Padrão Ideal representa uma meta da empresa a longo prazo, e não
a fixada para o próximo período ou para determinado mês.

III. O Custo-Padrão Ideal é extremamente abrangente, sendo uma ferramenta


para utilização constante.

IV. O Custo-Padrão Corrente representa o custo que deveria ser na realidade,


enquanto o Custo Estimado representa o que deverá ser.

Considerando a nomenclatura e a classificação dos custos, quais estão corretas?

A) Apenas I, II e III.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.

9. (ESAF/STN/AFC/2002) Nas opções abaixo, assinale a afirmativa correta.

A) O custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa


sua atividade produtiva a partir de encomendas específicas, caracterizando uma
produção contínua.
B) A grande desvantagem da análise do ponto de equilíbrio está na sua
complexidade. Dificulta os estudos de viabilidade econômica para avaliar
empreendimentos potenciais.
C) O custeio por absorção é um processo cujo objetivo é ratear todos os
elementos variáveis do custo em cada fase de produção.
D) Custo-Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os
produtos de sua linha de fabricação e se divide nos tipos: estimado,
convencional e corrente.
E) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a
empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica
de ratear custos indiretos aos produtos.
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10. (FCC/Analista/INFRAERO/2009) A empresa ASA utiliza o sistema de custo


padrão. No último mês, os valores apurados foram os seguintes:

Consumo real de matéria prima por unidade 50 kg


Preço unitário real da matéria prima utilizada na produção R$ 10,00 por Kg
Unidades produzidas 20
Consumo unitário planejado no padrão 60 kg
Custo da matéria prima (planejada no padrão) R$ 8,00 por kg

Com base nos dados acima, as variações de consumo, preço e mista, em


relação ao padrão são, respectivamente:

(A) R$ 1.600,00 desfavorável, R$ 2.200,00 favorável e R$ 200,00 desfavorável.


(B) R$ 1.600,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 400,00 favorável.
(C) R$ 2.400,00 favorável, R$ 1.600,00 desfavorável e R$ 800,00 desfavorável.
(D) R$ 3.800,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 1.400,00
desfavorável.
(E) R$ 4.000,00 desfavorável, R$ 3.000,00 favorável e R$ 1.000,00 favorável.

11. (FCC/BAHIAGAS/Analista/Ciências Contábeis/2010) A Indústria Amaralina


Ltda. utiliza custo padrão para controle e avaliação de desempenho e tem os
seguintes registros padrões para um de seus produtos:

- Materiais diretos (2 unidades a $ 10) $ 20,


- Mão de obra direta (0,5 h a $ 20) $10,
- CIF fixos (0,5 h a $ 4*) $2,
- CIF variáveis (0,5 h a $ 8*) $ 4,
- Custo unitário padrão $ 36

*Taxa de CIF fixos baseada na atividade esperada de 2.500 horas.

Os registros dos resultados reais para o período apontaram os seguintes dados


reais:

- Produção 6.000 unidades de produto,


- CIF fixos $ 12.000,
- CIF Variáveis $ 21.000,
- Materiais diretos (11.750 unidades comprados e consumidos) $ 122.200,
- Mão de obra direta (2.900 h) $ 59.160.

A variação de taxa de mão de obra foi, em $, de:

(A) 968 favorável.


(B) 1.016 desfavorável.
(C) 1.160 desfavorável.
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(D) 1.240 favorável.


(E) 1.360 desfavorável.

12. (CESGRANRIO/Petrobrás/Contador JR/2010) A Indústria de Plásticos


Plastimóvel Ltda. trabalha com custo-padrão. Em novembro de 2009, extraiu os
seguintes dados de sua contabilidade de custos:

Custo padrão

Custos Indiretos Variáveis (CIF Variáveis) R$ 0,80 por unidade


Custos Indiretos Fixos (CIF Fixos) R$ 600.000,00 por mês
Volume de produção prevista 120.000 unidades

Custo real

Custos Indiretos Variáveis (CIF Variáveis) R$ 0,85 por unidade


Custos Indiretos Fixos (CIF Fixos) R$ 605.000,00 por mês
Volume de produção realizada 120.500 unidades

Sabe-se que a análise dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF), pelo critério do
custo-padrão, possui dois tipos de variação: de volume (VV) e de custos (VC).

Considerando-se exclusivamente as informações acima, a Variação de Custo


(VC) dos Custos Indiretos Variáveis (CIF variável) referente ao volume total, em
reais, foi desfavorável em

(A) 5.825,50
(B) 6.025,00
(C) 6.400,00
(D) 6.425,00
(E) 6.815,00

13. (Petrobras/CESGRANRIO/Economista/2005) No início do mês passado, a


Cia. Industrial RLC, monoprodutora, elaborou seu orçamento, segundo o qual o
custo-padrão de uma unidade de seu único produto deveria custar R$10,00 por
unidade. O custo-padrão considerava a matéria-prima sendo consumida da
seguinte forma:

Matéria-prima (MP): 4kg/unid. x R$ 1,00/kg

No início deste mês, verificou-se que a Cia. Industrial RLC comprou a matéria-
prima a R$ 1,50/kg e consumiu 3,5kg/unid.

Considerando, somente, essas informações, indique qual foi a variação de


quantidade de matéria-prima.

(A) R$ 2,00/unid. Desfavorável


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(B) R$ 1,25/unid. Desfavorável


(C) R$ 0,50/unid. Desfavorável
(D) R$ 0,50/unid. Favorável
(E) R$ 0,75/unid. Favorável

14. (FCC/METRO/Analista – Ciências Contábeis/2010) A Cia. Industrial Nova


Esperança utiliza o método do custo padrão. No final do exercício, foi apurado
que o preço efetivo de uma matéria-prima foi 5% superior ao padrão e a
quantidade utilizada foi 5% inferior ao padrão.

É correto afirmar que o custo efetivo

A) e o custo padrão foram iguais.


B) foi maior que o custo padrão em 5%.
C) foi menor que o custo padrão em 5%.
D) foi maior que o custo padrão em 0,25%.
E) foi menor que o custo padrão em 0,25%.

15. (FCC) A Patrocínio é uma empresa produtora de queijos. Para sua linha de
queijo minas, foi estabelecido o um padrão de consumo de 2 litros de leite a um
preço de R$ 1,20/litro para cada quilo de queijo produzido. Em determinado
mês, apurou-se que para cada quilo de queijo foram usados 2,2 litros de leite a
um preço de R$ 1,10 cada litro.

Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações:


quantidade, preço e mista.

Sendo assim, a variação de preço da matéria-prima, em reais, foi de

(A) 0,24 desfavorável.


(B) 0,10 desfavorável.
(C) 0,10 favorável.
(D) 0,20 favorável.
(E) 0,20 desfavorável.

16. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A grande finalidade do


Custo Padrão é

(A) o planejamento e controle de custos.


(B) a gestão de preços.
(C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras.
(D) a rentabilidade de produtos.
(E) o retorno do investimento.

17. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Com base nos dados da


tabela a seguir, pode-se afirmar que a empresa deve fixar um preço de venda:

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a) a prazo R$ 10,00.
b) a vista R$ 21,00.
c) a vista R$ 30,00.
d) a vista R$ 10,00.
e) a prazo R$ 21,00.

18. (Cesgranrio- Petrobrás - Adm Jr – 2012) Uma indústria, ao final do seu


período produtivo, apresentou as seguintes informações sobre um produto
inédito que está lançando no mercado e cujo preço de venda pretende fixar com
base os custos.

Quantidade produzida (unidades) 50.000


Matéria-prima consumida total 1.200.000
Mão de obra direta 600.000
Outros custos fabris 180.000
Despesas administrativas 10%
Tributos 22%
Comissão dos vendedores 3%
Margem de lucro desejada 5%

Um administrador, considerando exclusivamente as informações recebidas,


sabe que o preço de venda unitário desse produto, com base no custo por
absorção a ser praticado por essa indústria, em reais, deverá ser de

A) 132,00
B) 99,00
C) 90,00
D) 66,00
E) 60,00

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10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO

1 D
2 D
3 C
4 C
5 B
6 A
7 D
8 B
9 E
10 B
11 C
12 B
13 D
14 E
15 D
16 A
17 D
18 D

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