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GESTÃO DE TESOURARIA

E
PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O Melhor Curso Financeiro

Nome do Formador:________________________________________
NOME DO
FORMANDO_______________________________________________________________
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GESTÃO DE TESOURARIA

A Tesouraria é a área que comanda a administração dos recursos da empresa, mantendo o


equilíbrio das contas por meio de sua gestão Financeira.
Ela processa pagamentos e cobranças, Tributação, Bancos, Aplicação de Capital, controlando o
fluxo de entrada e de saída de dinheiro (Receitas e Despesas).

Existem dois tipos de Gestor de Tesouraria:

Gestor de Tesouraria Operacional - cuida Principalmente das Operações Diárias, Como


Contagem de Valores, apuramentos das vendas, o Fecho de Caixa e Tpas, a Recontagem com o
Banco (os depósitos) etc.

Gestor de Tesouraria Estratégico - é Responsável em planejar, organizar e supervisionar as


actividades da área financeira (contas a pagar / receber, fluxo de caixa, orçamento, tesouraria e
Reconciliação Bancária).
Dar o balanço geral das operações financeiras e Operacional através dos relatórios diários,
Mensais semestral e anual.
Também Cuida da gestão das Contas a pagar dos fornecedores e recebimentos de terceiros;
Gestão dos Custos diários, mensais e anuais e outros, como pagamentos de salários, Gestão
Administrativo-financeiro e de Arquivos.
Ele é encarregado em Examinar cada detalhes das informações, documentos financeiros, extractos
bancários, Fluxo de caixa, livro da tesouraria, garantir no mínimo detalhe que tudo esteja em
conformidade.
Apoiar a contabilidade da Empresa e as inspecções de auditoria interna e externa etc.

Rotinas de Tesouraria
A Tesouraria possui diversas rotinas Alistada a seguir:
Controle de contas a pagar - permite aos gestores visualizar os compromissos assumidos pela
organização, acompanhar os pagamentos a serem efetuados em determinado período, e avaliar
oportunidades de assumir compromissos, de maneira a não centralizar muitos pagamentos em
determinadas datas. Tal organização deve ser feita mensalmente.
Controle de contas a receber - exige que as vendas a prazo do dia e os recebimentos sejam
oportunamente informados aos responsáveis pelo seu preenchimento. Os lançamentos das vendas
a prazo devem ser realizados conforme o mês de vencimento, e as baixas, de acordo com os
recebimentos.
Registro diário de caixa – é composto pelos lançamentos referentes aos desembolsos e
recebimentos efetuados durante um determinado período.
Controle da movimentação bancária - proporciona ao gestor condições de acompanhar e efetuar
conciliações entre constas bancárias, verificando se as entradas e saídas são pertencentes à
empresa. Observe que o controle bancário é individual.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA
A demonstração de fluxo de caixa é uma ferramenta que permite ao gestor visualizar como estará
o caixa da empresa em um período futuro melhorando o processo de tomada de decisão. Trata-se
da compilação das informações de contas a pagar e receber.

Fluxo de caixa
O fluxo de caixa Serve para medir os valores pagos ou Gastos e os valores recebidos em
determinado período de tempo.
Um dos objectivos principais da administração financeira é manter o fluxo de caixa sempre positivo,
ou seja, ter mais recursos entrando no caixa da empresa do que saindo e observação desse fluxo
deve ser um processo contínuo, pois ele é essencial para todas as actividades da Empresa.

Como fazer fluxo de caixa


Fazer um fluxo de caixa perfeito é mais simples do que parece. Basta um pouco de dedicação e
organização.

Saídas
A primeira coisa a ser feita é separar as saídas em: fornecedores, despesas e outras saídas.
Fornecedores: Todos os gastos com seus fornecedores;
Despesas: são os gastos administrativos como telefone, correio, internet, papelaria etc;
Outras despesas: amortização de empréstimos, pagamentos de tributos e investimentos.

Entradas
Nas entradas você deve especificar o que recebe com suas vendas e/ou prestação de serviços.
Recomenda-se que esse preenchimento seja feito diariamente.

Resultado do período.
Para verificar o resultado do período (dia, semana, mês ou ano) basta realizar a soma de todas as
entradas e diminuir as saídas.
Caso você perceba que está com despesas maiores do que receitas, significa que seu
empreendimento está dando prejuízo. Veja abaixo como resolver.

Como passar a ter lucro…


Reduza despesas - Analise a planilha na parte das despesas e veja onde está gastando mais
dinheiro. Identifique gastos desnecessários ou acima do ideal e passe a diminuir tais despesas. Em
quase 100% dos casos existem despesas que podem ser cortadas.
Aumente a quantidade de vendas ou serviços - Em alguns casos, aumentando a quantidade de
vendas ou prestação de serviços já é suficiente para passar a ter lucro. Invista um pouco em
propaganda e veja o retorno. Caso o ganho obtido nas vendas ou serviços seja maior do que o
gasto com a propaganda, siga divulgando seu negócio!
Altere os preços dos produtos ou serviços -Você deve ter bom senso na determinação dos
preços dos produtos que vende e serviços que presta. Em alguns casos, preços baixos podem
atrair mais clientes, de forma que o lucro que você deixará de ter em cada produto/serviço
especificamente será compensando pelo aumento na quantidade de clientes. Em outros casos,
porém, é necessário aumentar o valor dos serviços ou produtos para passar a ter lucro. Mas essa
deve ser a última alternativa.
Obs.: Na Tesouraria Os valores físicos devem ser agrupados entre Maceta (500 notas), Maço (100 notas), lombadas
(10 Notas), e Partidos.
Caso Prático – Fluxo de Caixa

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


GESTÃO DAS CONTAS A RECEBER E APAGAR
Contas a receber é o tipo de conta onde são registadas as entradas (aumentos) e as baixas
(Reduções) das vendas de uma empresa.
A empresa, ao vender suas mercadorias ou ao prestar seus serviços, pode receber o pagamento
do cliente à vista ou a prazo. Ao receber à vista, ela troca imediatamente a mercadoria ou o serviço
por recursos financeiros líquidos. Por outro lado, ao adotar uma política de recebimento a prazo, a
empresa recebe, em troca da mercadoria ou do serviço, uma expectativa futura de recebimento
monetário.

Política de crédito - A política de crédito define os critérios mínimos para concessão de crédito
aos clientes.
Basicamente, ela agrega uma série de informações e determinações que objetivam fornecer os
parâmetros para decidir se concede ou não o crédito a um cliente e em que condições ele será
concedido. Os componentes típicos de uma política de crédito são as condições da venda, a análise
do crédito e a política de cobrança.

Condições da venda- As condições da venda elencam a forma com que a venda será realizada
no que se refere ao crédito concedido. Elas dizem respeito ao prazo de concessão de crédito, ao
desconto por pagamento à vista e aos instrumentos de crédito.

Análise de crédito- A análise de crédito abrange os procedimentos necessários à avaliação dos


solicitantes e o quanto eles receberão de crédito. Normalmente, ela ocorre em duas etapas:
obtenção de informações e análise para tomada de decisão referente ao valor a ser concedido de
crédito

Política de cobrança- O último componente da política de crédito é a política de cobrança, que


são os procedimentos adotados para receber as duplicatas dos clientes, quando estes se tornam
inadimplentes. Alguns esforços podem ser realizados pela empresa, a fim de receber os valores
devidos. Podem ser citados, dentre outros: envio de cartas de cobrança, realização de telefonemas,
visitas pessoais, utilização de agências de cobranças, de cobranças judiciais e protestos.

Contas a pagar são basicamente as obrigações financeiras que a empresa assume com seus
fornecedores, é um tipo de conta onde ficam registados os compromissos financeiros a serem
liquidados como fornecedores ou impostos.
É importante ficar atento a este processo pois a falta de controlo sobre o que tem que ser pago
pode significar, além de falta de organização um grande perigo para o futuro da empresa.

Segue algumas dicas que podem auxiliar a manter o controlo desta parte do processo
financeiro.





 Pague suas contas em dia, evitando multas e juros.

 cie, não espere a bomba estourar

Caso Prático – Mapa de Contas Receber e Apagar

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


CONTABILIDADE BANCÁRIA
A contabilidade bancária é uma noção que está relacionada com um ramo Contabilístico
consagrado a análise dos elementos financeiros que circulam internamente numa entidade
bancária.

TERMOS BANCÁRIO
Operação bancária – É uma actividade de natureza económica realizada pelas instituições
bancária.

Produtos bancários – são instrumentos que o banco coloca a disposição dos clientes nas
realizações das operações bancárias.
Cheques (Ordem de Pagamento a Prazo)
Cartões electrónicos (Cartão de Credito e Cartão de Debito)
Títulos (Produtos Financeiros Público emitido pelo BNA com finalidade de financiar ou acudir
as despesas Publica.)
Bilhetes de tesouros (São Títulos de Tesouros de Curto Prazo)
Obrigações de tesouros (São Títulos de Tesouros de Curto Prazo e Longo Prazo)
Créditos (Valor que o banco Empresta aos indivíduos particulares ou coletivos com intuito de
recebe-lo com Juros)
ATMs e TPAs
Deposito a ordem (É um deposito que o Banco estará na Obrigação de devolver o Valor a
qualquer Momento)
Deposito a prazo (É um deposito que o Banco estará na Obrigação de devolver o Valor a
qualquer Momento)

Serviços bancários – são actos exercidos pelos bancos na materialização dos produtos.
Emissão de cheques
Emissão do cartão electrónico
Pagamento de salário
Cobrança de contas alheias
Transferências bancárias
Ordem de pagamentos
Emissão das moedas
O único banco que emite moeda é o banco central, nesse caso o BNA.

MOEDA
É um objecto que corresponde a necessidade social decorrente da divisão do trabalho e do
progresso económico (emitido pelo BNA)

FUNÇÕES DA MOEDA
Devido a sua importância, a moeda passou a desempenhar funções fundamentais aos sistemas
econômicos, divididas no espaço (intermediário de trocas e unidade de conta ou valor) e no tempo
(reserva de valor e padrão de pagamentos diferidos).

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Funções da moeda no espaço
Intermediário de trocas: como o próprio nome diz, está relacionada à principal função da moeda.
Unidade de valor ou de conta: é a forma pela qual se expressa o valor de troca das mercadorias
em termos de uma unidade comum – o padrão monetário. A existência desse padrão deu origem
aos sistemas atuais de preços.

Funções da moeda no tempo


Reserva de valor: decorre do desdobramento das trocas em compras e vendas. No momento que
alguém efetua uma venda e recebe moeda em troca, cabe-lhe o direito de guardar esse dinheiro
para gastá-lo no futuro. O que leva à preferência pela utilização da moeda como reserva de valor
á a sua ponta e imediata aceitação, pois tem como característica a liquidez por excelência, podendo
ser convertida em outros ativos, financeiros ou reais.
Padrão de pagamentos diferidos: decorre das facilidades relacionadas ao crédito e da distribuição
no tempo de diferenciadas formas de adiantamentos. Assim, são viabilizados os processos de
investimento, de produção e de consumo, pois a moeda permite interpor parcelas dos processos
de pagamentos ao longo das etapas de geração dos bens de consumo.

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA MOEDA


Indestrutibilidade e inalterabilidade
A moeda deve ser durável, de forma que não se destrua ou deteriore à medida que é manuseada.
Além disso, a indestrutibilidade e inalterabilidade são obstáculos a falsificação.

Homogeneidade
É necessário que as unidades monetárias de mesmo valor sejam efetivamente iguais, facilitando a
identificação e reforçando o aspecto de segurança.

Divisibilidade
A moeda deve possuir múltiplos e submúltiplos, de forma tal que, sejam realizadas transações de
pequeno e grande porte.

Transferibilidade
Tendo em vista que uma das funções básicas da moeda é viabilizar o processo de troca, a unidade
monetária não deve possuir qualquer vínculo que identifique o possuidor.

Facilidade de manuseio e transporte


Refere-se ao aspecto prático das operações de transporte e manuseio, que envolvem custos e
requerem segurança.

SISTEMA DE JURO
Juro - é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro.
É expresso como um percentual sobre o valor emprestada (taxa de juro) e pode e pode ser
calculado em duas formas: juros simples e juros composto.

Juros simples – só o capital inicial que rende juros


Juro composto – todos os capitais empregados rende juros em todas as aplicações.
No sistema de juro simples o dinheiro cresce linearmente porque os juros de cada período são
sempre iguais ou seja, o dinheiro cresce numa progressão aritmética.
Formulas
Juros Simples J= vp*i*n
Vf= vp*(1+i*n)
Forma directa Juros Composto
Vf= vp*(1+i)*n-1

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


CONCILIAÇÃO E RECONCILIAÇÃO BANCÁRIA

Para começar, e para que a conciliação e reconciliação bancária sejam possíveis de efectuar, diz
a Lei Geral Tributária que é obrigatório que todas as empresas, com contabilidade organizada
possuam pelo menos uma conta bancária que deverá ser utilizada em movimento relacionados
com a actividade empresarial (entradas e saídas de valores monetários).

Desta forma, tudo ficará registado e será mais fácil comparar os extractos bancários com os registos
contabilísticos internos.

A conciliação bancária é o processo de comparar e harmonizar os extractos bancários com os


controlos contabilísticos internos da empresa, com o objectivo fazer equivaler os registos da
contabilidade aos valores disponíveis nas contas bancárias da empresa.

Saiba então quais os passos para implementar um sistema de conciliação e reconciliação bancária
na sua empresa.

Conciliação bancária passo a passo:


Passo 1
Para começar, é necessário perceber quantas contas bancárias existem na empresa, identificá-las
separadamente.
Passo 2
A empresa deve ter um documento de conciliação para controlo contabilístico (folha de cálculo, tipo
Excel) onde sejam registados todos os movimentos de entradas e saídas financeiras. Como
exemplos de movimentações financeiras podemos ter pagamentos a fornecedores, recebimentos
de clientes, pagamento de empréstimos as banco, pagamento de salários dos funcionários,
impostos, entre muitos outros.
Para cada conta bancária é necessário um documento próprio.
Passo 3
Com os documentos bancários e contabilísticos a postos poderá então conferir os saldos totais,
para ver se batem certo. Imprima todos os extractos bancários com a posição final do período
temporal que deseja conferir (dia, semana, mês ou trimestre), sem esquecer nenhuma das contas,
mesmo as que não são movimentadas mas permanecem activas.
Passo 4
No decorrer do processo de conciliação bancária, poderá encontrar movimentos que não estão
devidamente lançados, gerando divergências. Estas divergências podem ocorrer por diversos
motivos e é importante que cada uma delas seja apurada e registada adequadamente.

Como fazer?
 Comece por analisar o saldo bancário.
 Adicione as saídas que ainda não estejam justificadas por respectivos documentos na
contabilidade.
 Da mesma forma, retire as entradas no extracto bancário que ainda não estejam justificadas
por respectivos documentos na contabilidade.
 No documento contabilístico, efectue o mesmo procedimento, mas com natureza inversa.
 No final destas operações, partindo do saldo bancário devemos obter o saldo contabilístico.
 A conciliação estará feita e a diferença de saldos justificada.
Caso Prático – Mapa de Conciliação e Reconciliação Bancária

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


R.H e PROC . SALÁRIAL & SEU ENQUANDRAMENTO CONTABILISTICO

GESTÃO DE RECURSO HUMANO consiste na administração do pessoal ou gestão do pessoal.


Para manter uma administração do pessoa é preciso organização.

Assim deve se organizar o pessoal da seguinte maneira:


Divisão de cargo - cada funcionário deve ser atribuído o cargo que ele merece, segundo sua
habilidade profissional, tempo de trabalho e na o por conveniência.
Funcionário – cada funcionário deve ser responsável da tarefa que lhe incumbida, assim ele deve
apresentar relatório do trabalho que esta a executar.
Deve existir uma coordenação planificada das actividades, de acordo ao objectivo da empresa.
O recurso humano de ser uma área interdisciplinar capaz de envolver conhecimento de psicologia
e sociologia industrial.

RECRUTAMENTO DO PESSOAL
È um conjunto de acção e medidas que visa selecionar pessoa para ocuparem vagas existente nas
empresas.
Existem dois tipos de recrutamento do pessoal:
Recrutamento interno –consiste em recrutar o pessoal interno para ocuparem outras vagas
existentes na empresa.
Recrutamento externo – consiste em recrutar pessoal de fora para ocuparem vagas existente na
empresa.

ENTREVISTA DE EMPREGO
Existe vários tipos de Entrevista de Emprego, que passaremos a citar…

Entrevista de recrutamento – a sua função principal é estabelecer um primeiro contacto com os


candidatos para a obtenção do maior número possível de informações. São entrevistas rápidas que
visam eliminar os candidatos que não se ajustem às qualificações exigidas pelo cargo.

Entrevista de selecção – são as mais frequentes e têm como objectivo obter informações sobre o
candidato. Servem para confirmar ou não a impressão deixada pela carta de candidatura recebida.
Neste tipo de entrevista encontramos sete variantes.

1. Entrevista individual – é a mais comum e caracteriza-se pelo facto de existirem apenas dois
interlocutores: o entrevistador e o entrevistado. Por este motivo, pode não ser das mais justas, pois
a avaliação é feita apenas por uma pessoa.

2. Entrevista de painel – existem três ou mais entrevistadores, sendo um deles geralmente o presidente.
O candidato deve tentar identificá-lo para lhe dirigir as suas respostas. Este tipo de entrevista pode
ter a desvantagem para o entrevistado de o deixar inibido devido à desvantagem numérica.

3. Entrevista em série – o entrevistado é sucessiva e individualmente avaliado por diferentes


entrevistadores. Para este tipo de entrevistas o candidato necessita de desenvolver todo o seu
potencial, isto é, estar muito bem preparado e ter uma boa capacidade de resistência para não
desmotivar.

4. Entrevista em grupo – os vários candidatos são entrevistados em simultâneo por um ou mais


entrevistadores. Este método é normalmente utilizado por grandes empresas e para cargos que
exijam muita organização e liderança. As questões podem ser colocadas individual ou
colectivamente. Pode propor-se também o debate de um tema.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


5. Entrevista social – é a mais informal de todas. Estas entrevistas podem assumir vários
formatos, desde levar o candidato a um bar para lanchar até ocasiões altamente formais
(almoço, jantar, cocktail). Têm como objectivo avaliar a capacidade de adaptação a novas
situações e comportamentos sociais.

6. Entrevista de stress – é um tipo de entrevista muito específico e utilizado, habitualmente, no


recrutamento para áreas comerciais, sendo que exigem capacidade de argumentação e
contra argumentar com diplomacia e maturidade. O entrevistador assume uma atitude hostil
e provocatória de forma a causar no candidato a perda de controlo das suas emoções.

7. Agências de emprego – todas as sugestões anteriormente apresentadas servem para este


tipo de entrevista. O candidato não é apenas sujeito à entrevista, mas avaliado em termos
de conhecimentos em áreas bem específicas. O candidato deve ter bem definido o que
pretende fazer e para que tipo de empresas lhe interessa trabalhar.

COMPORTAMENTO DIARIO DOS TRABALHADORES


O comportamento do indivíduo influencia em grande medida o processo do desenvolvimento da
empresa e vise e versa.
Desse modo a que se ter muita atenção, a que se ter um tratamento especializado e acompanhado
sobre o comportamento diário dos trabalhadores.

O comportamento dos trabalhadores é influenciado por vários factores tais como:


O comportamento do chefe
Os hábitos e costume do trabalhador
O nível de organização da empresa
O grau de responsabilidade que o trabalhadores assume
A necessidade do indivíduo

O comportamento do chefe - se o chefe não é pontual e gosta de chegar sempre atrasado,


provavelmente os seus trabalhadores também o será.
Os hábitos e costume dos trabalhadores – um trabalhador que gosta dormir muito e chega
sempre atrasado esse não deve ser chefe de uma empresa.
O nível de organização da empresa – uma empresa que é bem organizada e estruturada,
provavelmente os seus trabalhadores também o serão.
O grau de responsabilidade que o trabalhador assume - quando o trabalhador assumi um novo
cargo rapidamente altera o sua forma de vestir, andar, falar em fim se torna responsável.
A necessidade do indivíduo – quando os trabalhadores carece de necessidade sobre tudo as
básicas, ele procura fazer de tudo para o satisfaze-lo, roubando a empresa, digo assim com barriga
vazia não se construí um castelo de virtude nem de personalidade.

CONCEITO DE MOTIVAÇÂO
É extremamente importante criar um ambiente de trabalho capaz de agradar o trabalhador, um
ambiente capaz de motivar o elenco da empresa.
O trabalhador deve se sentir gosto por se um membro da empresa e dar o seu máximo para o
desenvolvimento da empresa.

Assim sendo chamamos de motivação o comportarmos positivo dos trabalhadores resultante do


bom andamento da empresa.
Para que o trabalhador se sente motivado é necessário levar em conta factores como:
 Aumento de salário

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


 Graduação
 Prémios
 Condições de trabalho
 Criar diálogo entre os trabalhadores e a direcção da empresa {sindicado}
 Aumento do nível académico e profissional dos trabalhadores
 Subsídios

Desmotivação – É o comportamento negativo do trabalhador resultante do descontentamento


deste com relação a empresa.
As suas causas são:
 Salário baixo
 Ausência de diálogo
 Ausência de estímulo
 Ausência de confraternização
Isto vai causar roubo, falta, fuga constante de informação, greves, abandono voluntario dos
trabalhadores, absentismo e conflito constante.

O PROCESSAMENTO SALARIAL
O Processamento Salarial é uma tarefa mensal de Contabilidade de todas Empresas, que pode
ser efetuado internamente (Pessoal do quadro da Empresa) ou externamente (por um técnico oficial
de contas da Empresa). Conheça todos Cálculos referente ao processamento Salarial de uma
Empresa.

Calculo de Abonos Familiares:


O Abono de família é um valor em dinheiro pago mensalmente aos Trabalhadores de regime por
conta de outrem e aos pensionista por velhice. O Trabalhador deve ter no máximo 5 Filhos, afim
de compensar o aumento dos encargos familiares decorrentes da Educação dos Filhos.
Formula: Salário base * 5%

Salario Diário
É o Salário que a Pessoa ganha em cada dia de Serviços prestado
Formula: Salário base / 22 dias de Serviços.

Calculo de Salario Horas extras


O trabalho extraordinário é prestado fora do período normal de trabalho, em antecipação, no
prolongamento do período normal, no intervalo de descanso e refeição e no dia ou meio-dia de
descanso suplementar. Os limites são de 2h por dia normal de trabalho, 40h por mês e de 200h por
ano.
O trabalhador tem direito a uma remuneração adicional de 50% do valor hora até 30h por mês e
um adicional de 75% para além desse limite.
No caso de o trabalho extraordinário ser em dia de descanso semanal, é remunerado pelo valor
correspondente de tempo, com mínimo de 3h, acrescido de um adicional de 100%.
Período Normal
O valor hora = 1.154 KZ * 50% ou 75% quando passar os 30h mensal.
Período dia de Descanso ou Feriado
O valor hora = 1.154 KZ * 100%
Calculo de Descontos de faltas.
Formula:
Salario diário * N. de Falta

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Calculo de Imposto de Segurança Social
Por lei, todo Angolano que presta Serviços a uma Empresa Privada ou Publica, Sofre descontos de
Fiscais que afeta o seu Salário Bruto.
Um dos que mais Preocupa os Trabalhadores é o descontos de Segurança Social, pois garante
que durante a sua aposentadoria continuem receber uma Contribuição no Estado, e Cada
trabalhadores é descontado 3%.
Formula:
Salário Bruto Ilíquido * 3%.
Outro Imposto de Segurança Social é aquele aplicado as Empresas, Impostos de Segurança Social
da Identidade Patronal
Formula:
Total Salario Ilíquido * 8%.
NB: SEGUNDO A LEI 18/14 22 DE OUTUBRO INTRODUZIDAS PELA LEI Nº 28/20 DE 22 DE JULHO – LEI QUE
ALTERA O CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOS DO TRABALHO
 Os subsídios Mensais de Abono de Família e Segurança Social Atribuídos aos trabalhadores dependentes
não é tributado na sede do IRT.

Calculo de Imposto de Rendimento de Trabalho


O Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) incide sobre os rendimentos dos trabalhadores
por conta própria (profissionais liberais, comerciantes e industriais) ou
por conta de outrem (trabalhadores dependentes).
Formula:
IRT = ( Mc - excesso)*taxa + parcela fixa.

Calculo de Subsídios de Férias e de Natal


Todos os Trabalhadores têm direitos, por cada ano de serviço prestados a gratificações obrigatórias
mínimas de 50% do Salário Base Correspondente ao Salário de Período de Férias e igual
percentual do vencimento base Correspondente ao mês de Dezembro a título de Subsidio de Natal.
Formula Subsídios de Ferias
Salário Base * 50%
Formula Subsídios de Natal
Salário Base * 50%.

NB: SEGUNDO A LEI 18/14 22 DE OUTUBRO INTRODUZIDAS PELA LEI Nº 28/20 DE 22 DE JULHO – LEI QUE
ALTERA O CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOS DO TRABALHO
 Os Excessos dos subsídios diários de alimentação e transporte Atribuídos aos trabalhadores dependentes
até ao limite de Akz 30 000,00 respectivamente concorrem para tributação na sede do IRT.
 As gratificações de fim de carreira, a totalidade dos abonos para falhas e dos subsídios de férias e natal, a
totalidade dos subsídios de renda de casa, as compensações pagas a trabalhadores por rescisão contratual
passam a estar sujeitas a IRT.

Calculo de Indemnização
A indemnização por despedimento individual por motivos objectivos e despedimento colectivo é a
seguinte:

anos, acrescido de 50% do salário-base multiplicado pelo número de anos de serviço que
excedem esse limite.

limite de 3 anos, acrescido de 40% do vencimento-base multiplicado pelo número de anos
de serviço superior a esse limite.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba



2 anos mais 30% do salário base, multiplicado pelo número de anos superior a dois anos.
 ada ano de serviço até um limite de 1 anos
20% do salário-base, multiplicado pelo número de anos superior a um anos.
Calculo de Salario Ilíquido
Salario Ilíquido é Valor Base Incluindo todos os Subsídios.
Formula:
Salário Base + Subsídios
Calculo de Salario Liquido
Salario Liquido é o Valor que o Funcionário Recebe depois de deduzir os descontos e aumentar os
Subsídios.
Formula:
Salário líquido = Salário ilíquido – total desconto

Enquadramentos Contabilístico.
O processamento Salarial no Seu enquadramento contabilístico é utilizado 4 Contas nas suas
movimentações.
Duas Contas mães e suas Subcontas são usados para o Processamento ou Apuramento de
Salários e três Contas mães e suas Subcontas são Utilizados para o Pagamento de Salário.

Para o Movimento a DEBITO:


72 – CUSTOS COM PESSOAL – Inclui remunerações dos órgãos Sociais e restante Pessoal,
Encargos sobre as remunerações (Segurança Social e Outros Descontos); Seguro de acidentes de
trabalho e doenças Profissionais e Pensões), no Processamento Salarial.
E a Conta 43 – Deposito a Ordem ou 45 - Caixa Para o Pagamento do Salário.
Para o Movimento a CREDITO:
36 - PESSOAL – Esta Conta abrangem as Operações relacionadas com pessoal e os Órgãos
Sociais da Entidade/Empresa.
Relativamente a movimentação desta Conta é importante Salientar que é utilizada para o
procedimento do Processamento Salarial.

Tabela de IRT - 2020


n.º Grupos de Rendimento Taxa
1º Escalão 0,00 70.000,00 Parcela Fixa Excesso de
2º Escalão 70.001,00 100.000,00 Parcela Fixa 3.000,00 10,0% Excesso de 70.000,00
3º Escalão 100.001,00 150.000,00 Parcela Fixa 6.000,00 13,0% Excesso de 100.000,00
4º Escalão 150.001,00 200.000,00 Parcela Fixa 12.250,00 16,0% Excesso de 150.000,00
5º Escalão 200.001,00 300.000,00 Parcela Fixa 31.250,00 18,0% Excesso de 200.000,00
6º Escalão 300.001,00 500.000,00 Parcela Fixa 49.250,00 19,0% Excesso de 300.000,00
7º Escalão 500.001,00 1.000.000,00 Parcela Fixa 87.250,00 20,0% Excesso de 500.000,00
8º Escalão 1.000.001,00 1.500.000,00 Parcela Fixa 187.250,00 21,0% Excesso de 1.000.000,00
9º Escalão 1.500.001,00 2.000.000,00 Parcela Fixa 292.250,00 22,0% Excesso de 1.500.000,00
10º Escalão 2.000.001,00 2.500.000,00 Parcela Fixa 402.250,00 23,0% Excesso de 2.000.000,00
11º Escalão 2.500.001,00 5.000.000,00 Parcela Fixa 517.250,00 24,0% Excesso de 2.500.000,00
12º Escalão 5.000.001,00 10.000.000,00 Parcela Fixa 1.117.250,00 24,5% Excesso de 5.000.000,00
13º Escalão 10.000.001,00 Parcela Fixa 2.342.250,00 25,0% Excesso de 10.000.000,00

Caso Prático – Mapa de Processamento Salarial

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


GESTÂO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO EM ANGOLA

GESTÃO DE CUSTO E DESPESA


Todo Gestor que trabalha Principalmente na área Financeira deve perceber os Custos e
despesas Fixos e Variáveis que a sua Empresa tem.

CUSTOS são gastos que a entidade realiza até tornar o seu produto pronto para ser
comercializado (fabricando-o ou apenas revendendo-o) ou até realizar um serviço contratado.
DESPESAS são gastos com a actividades meio e não gera retorno financeiro, apenas
propiciando um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente empresarial.

Uma diferença básica entre custo e despesa é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à
actividade fim da entidade.

Quanto ao método de apuramento dos custos


Custos fixos: são os custos cujo valor total não se altera independentemente da quantidade de
bens ou serviços produzidos. Ex.: custo de aluguel.

Custos variáveis: são os custos que, em bases unitárias possuem um valor que se altera
quando mudam as quantidades produzidas, porém, cujo valor total é directamente proporcional à
quantidade produzida. Ex.: custo de matérias-primas.

Custo total (CT): é a soma de custos variáveis (CV) e custos fixos (CF): CT=CF+CV

O CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS representa quanto o revendedor, distribuidor ou


fabricante precisou gastar desde a compra até a venda do produto para o cliente. Dessa forma,
as receitas de vendas menos o custo de mercadorias vendidas representará o lucro bruto, ou
prejuízo, se o resultado for negativo.
A equação para se chegar ao custo das mercadorias vendidas é muito simples:
Stock inicial + Compra – stock final ou seja:
CMV = EI + C – EF
Ate hoje, as empresas de pequeno e media dimensão que se dedicam no ramo comercial utiliza
essa fórmula.

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Regime legal de preços
Perguntas de Reflexão: Já Imaginou se cada agente económico, por “si só” decidisse a
margem de lucro a estabelecer em cada produto? E se fosse o comerciante a determinar
sozinho os critérios de reconhecimento dos custos que suportou na compra de um bem a ser
vendido?

Sendo assim, o Estado aprovou as seguintes Leis:


DECRETO PRESIDENCIAL 206/11 DE 29 De Junho: Define as Bases para a organização do
Sistema Nacional de Preços – determina os Três Regimes de Preços (Preços Fixados, Vigiados e
Livres).
DECRETO EXECUTIVO Nº 62/16 de 15 de Fevereiro: Estabelece as listas dos Produtos e
Serviços em cada um dos Regimes;
DECRETO EXECUTIVO Nº 77/16 de 25 de Fevereiro: Define as Regras e procedimentos para a
fixação dos Preços.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Regimes de Preços (Dec. Pr. 206/11 –art.6º)
Em Angola Existem Três (3) Regimes de Preços:
1. Regime dos Preços Fixados; 2. Regime dos Preços Vigiados; 3. Regime dos Preços Livres.

Regime dos Preços Fixados


Neste Regime é o Estado que fixa o Preço para a comercialização de um produto ou serviço, não
podendo ser alterado pelos comerciantes.
Só constam neste regime, os Bens e serviços de grande impacto social ou estratégico para o
desenvolvimento
económico e Social do País. (Art. 7º e 8º do Decreto Presidencial 206/11 )

Bens e Serviços com Preços fixados


Estão neste Regime os seguintes produtos e serviços:
1. LPG;
2. Petróleo Iluminante;
3. Água Canalizada;
4. Energia Elétrica;
5. Tarifas de Transporte Público Urbano de Passageiros.
Formação dos Preços Fixados
Compete ao Ministro das Finanças por meio de um Decreto Executivo estabelecer o preço dos
produtos e
Serviços neste Regime.
O preço fixado é o máximo, podendo o comerciante praticar preços inferiores
(art. 3º do Dec. Exec. Nº 77/16)

Regime de Preços Vigiados


O que acontece?
Neste Regime o Estado por meio da Autoridade de Preços, estabelece um preço de Referência,
que é determinado com base nos custos do bem ou serviço. O Preço de referencia deve ser tido
como preço máximo junto do consumidor final.
Este regime aplica-se aos bens e serviços com especial incidência na vida da População.
(Dec. Pr. 206/11 , art. 9º e 10º)

Formação de Preços Vigiados


A margem máxima de comercialização dos bens e serviços vigiados é de 20% sobre o Preço do
produtor, preço do grossista ou preço do retalhista.
(art. 5º - Dec. Exec. Nº 77/16)
Onde:
Preço do Produtor = custo de prdução + despesas de transporte + despesas portuarias +
encargos gerais
Preço do grossista =Preço do Produtor + despesas de transporte e seguro+ despesas de
armazenagem + encargos gerais (quando adquiridas no país)
Preço do Retalhista = Preço de compra ao grossista + despesas de armazenagem+ encargos
gerais

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Regime dos Preços Livres
Neste Regime o comerciante tem toda a liberdade de estabelecer a margem de lucro, mediante a
procura e
oferta do bem ou serviço no mercado.
Estão neste regime os bens e serviços não inclusos nos regimes anteriores.
(Art. 12º - Dec. Pr. 206/11)

Devem ser demostrados todos os custos inerentes a compra ou produção do bem ou serviço
desde: custos de produção, custos do despacho aduaneiro, custos portuário, custo de transporte,
custo dos impostos, custos de armazém, despesas administrativas suportadas na produção e
distribuição do bem ou serviço;
Os custos resultantes de multas, penalidades e qualquer outro encargo fruto de incumprimentos,
não concorrem para a formação de preços;
O preço varia de acordo a procura e oferta do em no mercado.
(art. 6º - Dec. Exec. 77/16)

Considerações Finais
Registo e Arquivo: Todos os agentes económicos são obrigados a manter registos dos
cálculos dos preços dos bens ou serviços e arquivar até 5 (Cinco) anos - (art. 8º, dec. Exec.
77/16 conjugado com art. 25º, dec. Pr. 2016/11 );
Faturação: As faturas devam obedecer aos critérios definidos pelo Regime Jurídico das
Faturas e Documentos Equivalentes (art. 13º, dec. Exec. 77/16);
Afixação dos preços: os estabelecimentos devam afixar os preços das mercadorias de
forma bem visível, por meio de algarismos de pelo menos 0,5cm de altura (art. 27º, dec. Pr.
206/11 conjugado com art. 14º, dec. Exec. 77/16);
Orgão Fiscalizador: IPREC – Instituto de Preços e Concorrência auxiliado pelos serviços de
investigação criminal e outras entidades (art. 15º, dec. Exec. 77/16);
Multas: 200% do valor auferido indevidamente, de acordo as quantidades de produtos ou
serviços vendidos acima do limite máximo para os de regime fixados e vigiados. 400% em caso
de Residência (art. 16º, dec. Exec. 77/16).

Formula:
Preço do Produtor = custo de prdução + despesas de transporte + despesas portuarias +
encargos gerais
Preço do grossista =Preço do Produtor + despesas de transporte e seguro+ despesas de
armazenagem + encargos gerais. (Quando adquiridas no país)
Preço do Retalhista = Preço de compra ao grossista + despesas de armazenagem+ encargos
gerais

Caso Prático – Mapa de estrutura de Preços e Mapa de Controle de Estoque

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


PLANEAMENTO & GESTÂO ORÇAMENTAL

Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão de receitas e despesas
futuras para a administração de determinado exercício (período de tempo).
Aplica-se tanto ao sector governamental quanto ao privado, pessoa jurídica ou física.

Planeamento e Orçamento empresarial


Significa planejar as despesas, os lucros e os investimentos que uma empresa terá ao longo de um
determinado período de tempo futuro.
Orçamento de Compra
Um relatório de Orçamento de Compra permite que os Empresários determinem a quantidade de dinheiro
que é necessários para atingir os objetivos desejados.
Este orçamento é usado em empresas que possuem produtos em estoque ou inventario.
Orçamento de Vendas
O plano de vendas de uma empresa representa o alicerce de todo orçamento. Este orçamento é constituído
pelas receitas e despesas de vendas onde seus principais componentes são:
 Previsão de vendas (planos de quantidade de vendas)
 Preço de venda dos produtos
 Impostos sobre vendas (%) – estrutura e planejamento dos impostos.
 Adições e abatimentos sobre vendas.
Orçamento de Despesas Administrativas.
Este orçamento inclui todos os gastos que não são derivados das operações de produção e de vendas.
Elas ocorrem na supervisão e prestação de serviços a todas as principais funções.
Além disso, as contas deste orçamento são fixas e são influenciadas pelas políticas e decisões de
administração, também pode-se destacar que é elaborado pelos diversos departamentos envolvidos e sua
aprovação é dada pela alta administração.
Demonstração de Resultado Provisional
O demonstrativo de resultados irá proporcionar ao gestor a efetiva coordenação dos resultados projetados,
consolidando as vendas brutas e deduções com os gastos operacionais e não operacionais da empresa
determinando o lucro antes dos impostos sobre o resultado e concluindo no lucro líquido da organização.
Balanço Provisional
O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.
O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os
pagamentos.

Orçamento Geral
Basicamente, um orçamento empresarial existe para você perceber:
 Quanto dinheiro a empresa tem de fato;
 Quanto precisa gastar (custos fixos e variáveis), e
 Quanto precisa receber para alcançar as metas.
Além disso, pode ser extremamente útil por que…:
 D) Bancos e fundos de investimentos provavelmente vão querer ver a avaliar o seu orçamento empresarial
quando você pedir um empréstimo.
 E) Estando a par do orçamento, seus colaboradores vão entender para onde a empresa está caminhando e,
com isso, se dedicar mais.
 F) Fazer um orçamento empresarial é fundamental porque evita riscos, uma vez que aponta se novos
investimentos (em equipamentos, aluguéis, reformas, etc) são possíveis, antes que a compra o contrato sejam
efetuados.
Os números que um orçamento empresarial oferece servem para ajustar seus planos e
expectativas. Basta que você o mantenha actualizado mensalmente, e se houver algum vazamento,
será mais fácil solucioná-los. Seja reduzindo contratações, investindo num Marketing mais
agressivo ou diminuindo suas expectativas de lucro.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Ciente de sua importância, vejamos quais são os 5 passos recomendado para construir um
orçamento empresarial mensal:
1. Calcule todas fontes de renda
Dentro de fontes de renda, vale lembrar, você deve incluir:
 Vendas;
 Investimentos;
 Empréstimos, e
 Economias.
2. Liste os custos fixos
Listar despesas fixas é quase automático num orçamento empresarial. Mas, não esqueça de passar
por todas:
 Aluguel;
 Salários;
 Internet;
 Telefone;
 Taxas do Governo e Bancos;
 Ferramentas contratadas;
 Serviços de contabilidade;
 Seguros.
3. Inclua os custos variáveis
Muitas dessas despesas podem ser reduzidas ou ampliadas usando o lucro da empresa. Isso quer
dizer que, se sua empresa tiver um desempenho superior ao esperado, você poderá usar fundos
extras para investir e permitir que o negócio cresça mais rápido.
 Matéria-prima;
 Água;
 Gás;
 Papel e impressão;
 Luz elétrica;
 Freelancers;
 Comissões;
 Publicidade;
 Outros custos de Marketing;
 Transporte, e
 Viagens e Eventos.
4. Preveja despesas únicas
Aqui se trata de definir itens que podem surgir inesperadamente, como a compra de um laptop para
substituir o que quebrou, ou outros gastos que podem ser orçados com meses de antecedência.
Portanto, contabilize:
 Construção;
 Reformas;
 Computadores e eletrônicos;
 Móveis;
 Material de escritório;
 Comes & Bebes;
 Presentes, e
 Consertos.
5. Reúna tudo
Você pode usar uma planilha em Excel para reunir todos os tipos de gastos e receitas que
pontuamos aqui. Mas também pode adotar uma ferramenta de gestão financeira .

Caso Prático – Mapa de Planeamento Orçamental

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


CONTABILIDADE E FECHO DE CONTAS

Contabilidade é a ciência que tem como finalidade colectar, registar, resumir, interpretar e informar os
dados e fenómenos que afectam as situações patrimoniais, financeira e económica de qualquer entidade.
Possui três requisitos para ser considerada Ciência: o campo de actuação que são as entidades; o objecto
de estudo que é o património; e o método das partidas dobradas.

Análise do património
O património é o conjunto de Bens(Tudo aquilo que a Empresa possui), Direitos(Todas dividas a receber) e
Obrigações (Todas dividas a pagar) pertencentes a uma entidade.
Em contabilidade o património se apresenta sob 3 (três) formas: Activo, Passivo, Património Líquido.
O Activo é constituído pelo conjunto dos Bens e os Direitos e representa os valores positivos de uma
entidade.
Exemplos: Dinheiro em Caixa ou em Bancos, Valores a Receber, Mercadorias diversas, Móveis, Veículos,
Imóveis, Máquinas, etc.
O Passivo representa todas as obrigações financeiras que uma entidade tem para com terceiros, é tudo
aquilo que a empresa deve, as dívidas que ela contraiu.
Exemplos: Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos contraídos, Juros a Pagar, enfim, obrigações
diversas.
Património Líquido é o valor aplicado pelos proprietários do património na entidade.
É representado pela diferença entre o valor do Activo e do Passivo de uma empresa em determinado
momento. (PL=A-P)
Equação Fundamental da Contabilidade é um conceito de contabilidade que diz que o total do activo deve
ser sempre igual a soma do patrimônio líquido mais passivo. (A=PL+P).

Conta é o nome Técnico que identifica cada componente do Património (Bens, Direitos e Obrigações e
Património Líquido) e cada elemento de Resultado (Despesas e Receitas). Ou ainda os Elementos do
Patrimônio com Características comum.
Apresentamos abaixo as Classes e as Contas mais comuns nas Movimentações Contabilísticos.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Relatórios de Contabilidade
Para dar suporte ao empresário e ao gerente de uma empresa, é muito importante que o contabilista
faça um relatório contábil de qualidade. Portanto, é preciso passar informações precisas e de fácil
entendimento no documento.
Tais dados ofertados são essenciais para conhecer a situação financeira da Entidade e planejar
estratégias de negócio.

Segue abaixo os Elementos que Fazem parte do Relatórios técnicos de Contabilidade.


Inventario é um relatório utilizado para conhecer o património de uma entidade qualquer. Trata-se
de um levantamento de bens, direitos e obrigações que integram um determinado património numa
determinada data, obedecidos certos princípios e convenções, que normalizam sua execução,
independentemente da escrituração contabilística.
O Balanço é um instrumento contabilístico que reflecte a situação econômico-financeira da
empresa, onde os pontos fortes e fracos são evidenciados.
O Balanço está dividido em três categorias fundamentais: Activo, Passivo e Capital Próprio.
O Activo inclui tudo aquilo que a empresa possui e que é susceptível de ser avaliado em dinheiro
- disponibilidades (dinheiro em numerário, depósitos bancários e títulos negociáveis), créditos sobre
clientes, stocks de mercadorias, equipamentos, instalações, etc.
No Balanço os Activos são Apresentados em: Activos não Correntes (Bens fixos e Permanente
na Empresa a mais de 1 ano e inclui dívida a receber a mais de um ano); Activos Correntes (
Bens Para ser Comercializados, inclui também disponibilidades e créditos sobre clientes a menos
de 1 ano).
Passivos são Apresentados em: Passivos não Correntes (Divida a Pagar a mais de um ano);
Passivos Correntes (Divida a Pagar a menos de um ano).
O Capital Próprio é Apresentado em: Capital inicial (Social); Resultado transitado; Reservas e
Resultado líquido de Exercício.
Existe uma relação fundamental que tem que verificar-se obrigatoriamente no Balanço:
Activo = Capital Próprio + Passivo
O Razão é um livro fundamental ao processo contabilístico e em virtude de sua eficiência, ele é
indispensável em qualquer tipo de empresa.
Por meio do razão é possível controlar separadamente o movimento de todas as contas. O controlo
individualizado das contas é importante para se conhecer os seus saldos, possibilitando a apuração
de resultados e elaboração de demonstrações contabilísticas, como o balancete de verificação do
razão, balanço patrimonial, etc.

D Título da Conta C
________________________
Onde:
D = Débito
C = Crédito
Título da Conta = designação ou nome da Conta

O Balancete de verificação é a relação de Contas extraídas do livro Razão da empresa, ou seja, é o


conjunto de todas as contas (patrimoniais e de resultado) do razão com seus respectivos saldos finais.
O saldo de cada conta é representado de acordo com sua natureza (devedora ou credora), e não
apenas de acordo com o grupo a que pertence.
Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade de uma
empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contabilísticos
importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial
(BP).

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Demonstração do resultado do exercício (DRE) é um relatório contabilístico elaborado em
conjunto com o balanço patrimonial, que descreve as operações realizadas pela empresa em um
determinado período.
A demonstração dos resultados tem como objectivo evidenciar os resultados (lucros ou prejuízos)
obtidos na actividade desenvolvida pela empresa num determinado período.
Tipos de demonstrações de resultados:
Por naturezas – quadros demonstrativos dos resultados apurados pela empresa evidenciando
proveitos e custos segundo a sua natureza
Por funções – os resultados são apurados de acordo com as funções empresariais (produção,
comercial, administrativa, financeira, etc.).

FECHO DE CONTAS
O Encerramento no Final do Exercício econômico é um Imperativo Legal que diz que todo o
comerciante é obrigado dar o Balanço anual dos seus ativos e Passivos nos três Primeiros meses
do ano Civil Imediato.
Para que tal acontece a Empresa deve fazer:
 Verificação de saldos anormais
 Reconciliação Bancária
 Amortizações
 Provisões
 Acréscimos e Diferimentos
 Avaliação cambial
 Existências [apuramento do CMVMC]
 Apuramento de Resultados [c/ estimativa de impostos]

Segue abaixo o esquema sequencial das operações de fim de exercício

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
A primeira operação antes de fechar qualquer exercício consiste em elaborar um balancete e
verificar os saldos de todas as contas.
Objectivo: detectar saldos “anormais” (ex: clientes com saldo credor, conta 21 com saldo,
fornecedores com saldo devedor, etc…). Posteriormente, todas as operações a efectuar a seguir
são operações de regularização de contas.

Regularização das Contas


1. Reconciliação Bancária

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Consiste em confrontar os valores das contas referentes a depósitos bancários, com os respectivos
extractos bancários:
Verificar se todas as operações descritas no extracto bancários foram devidamente registadas na
contabilidade.
Verificar se todas as operações constantes nos registos constam também no extracto e não foram alvo de
imprevistos (ex: devolução de cheque, etc…)

2. Amortizações
Procedimento contabilístico que permite reduzir os valores dos imobilizados corpóreos e incorpóreos, à
medida que estes vão sendo utilizados.
Apesar das empresas poderem optar as regras e taxas de amortização que bem entenderem, apenas
algumas são aceites fiscalmente como custos, que são publicadas pelo ministério das finanças, em
portaria ou Decreto Regulamentar.
Existem vários métodos, no entanto o mais usual é o Método das Quotas Constantes.

3. Provisões
O montante das provisões não pode ultrapassar as necessidades.
1 - Representam aumento do passivo
As provisões têm por objecto reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e
que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de
ocorrência.
Esses eventos, embora já tenham seu fato gerador contabilístico ocorrido, não podem ser medidos com
exactidão e têm portanto carácter estimativo.
2 - Representam estimativas de perda em activos.

4. Acréscimos e Diferimentos
Acréscimos e Diferimentos são operações de registo e contabilização com um único objectivo:
Permitir o registo dos custos e dos proveitos nos exercícios a que respeitam, Independentemente dos
respectivos recebimentos ou pagamentos.
Estamos diante de um Acréscimo quando:

Ano N Ano N + 1 Proveitos a Facturar (conta 37.3)


Rendimentos Recebimentos
Gastos Pagamentos Gastos a reconhecer (conta 37.4)
Estamos diante de um Diferimento quando:

Ano N Ano N + 1 Encargos a pagar (conta 37.5)


Pagamentos Gastos
Proveitos a repartir por períodos futuros (conta 37.6)
Recebimentos Rendimentos

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5. Reavaliação Cambial
Consiste em atualizar os valores das dívidas e contas bancárias em moeda estrangeira ao câmbio de dia
31 de Dezembro (data do fecho de contas).
As respectivas diferenças dos valores serão registadas como ganhos ou perdas financeiras.

6. Cálculo do Custo da Mercadoria Vendida [CMVMC]


Aplica-se apenas nos casos em que se utiliza o Sistema de Inventário Intermitente.
No final do ano a conta 21 apresenta um saldo representando as compras acumuladas desse ano.
A conta 26 – Mercadorias apresenta um saldo correspondente ao valor em stock no primeiro dia do ano
(datado de 31 de Dezembro do ano anterior) - Ei
Após contagem física do inventário, obtém-se o saldo final do stock em armazém - Ef
Com estes dados, procede-se ao calculo do CMVMC através da seguinte formula:

7. Apuramento de Resultados
Consiste em confrontar toda a actividade gerada durante o ano contabilístico: Proveitos gerados com os
custos suportados para gerar essas um resultado que poderá ser favorável ou desfavorável.
Contabilisticamente consiste em saldar todas as contas da classes 6 e 7 e transferir esses valores para
contas da classe 8.

8. Balancete Final
Nesta Fase deve-se executar o lançamento de todas as contas, juntamente com as contas de
Resultados.

9. Demonstração de Resultados
Nesta Fase faz-se a Demonstração de Resultado para apurar o Verdadeiro Lucro da Empresa
10. Balanço Final
11. Reabertura das Contas

Caso Prático – Mapa referente ao Fecho de Contas

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


FISCALIDADE ANGOLANA

A Fiscalidade tem como objectivo principal satisfazer as necessidades resultante das actividades
financeiras do Estado.
A mesma desenvolve-se, em três pilares
RECEITA:
Estado tenta obter recursos das mais variadas formas possíveis, dentro das suas possibilidades.
GESTÃO:
Resulta da administração desses mesmos recursos, bem como do património do Estado.
DESPESA:
O Estado usa como meio de recursos no pagamento das várias despesas autorizadas e
perspectiva das pelo órgão do executivo.

CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOS DO TRABALHO (IRT)


O Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) incide sobre os rendimentos dos
trabalhadores por conta própria (profissionais liberais, comerciantes e industriais) ou por conta de
outrem (trabalhadores dependentes).
ARTIGO 3.º
(Grupos de tributação)
Os rendimentos do IRT continuam a dividir-se em três grupos de tributação , A,B e C.
Grupo A (trabalhadores por conta de outrem regidas pela lei geral do trabalho, trabalhadores da
função pública, órgão sócias das pessoas colectivas).

Grupo B (trabalhadores por conta própria que desempenhem actividades independentes).

Grupo C (trabalhadores independentes que desempenham actividades comercias e industriais


constantes da tabela de lucros mínimos em vigor).
(Rendimentos que passam a ser sujeito a Tributação)
Abonos para falhas; Subsídios de renda; Compensações pagas por rescisão contratual; Serviço
militar obrigatório nos órgãos do Sistema de Segurança Nacional; Trabalhadores eventuais
agrícolas e domésticos até ao Limite de 100.000,00.
ARTIGO 8.º
(Determinação da matéria colectável dos rendimentos do Grupo B)
Quando o rendimento for pago por uma pessoa singular ou colectiva com contabilidade
organizada ou modelo de contabilidade simplificada a matéria colectável (MC) corresponde a
100% do valor do serviço.
Exemplo: Emanuel Gaspar trabalhador independente prestou serviço de canalização
a empresa GASPCONTAS,LDA no valor de Kz 200 000,00.

MC = 200 000,00
IRT Conta Própria = Valor Total do serviço * taxa
= 200 000* 6,5%
= 13 000,00
A GASPCONTAS,LDA deverá reter 13 000,00.

Quando os rendimentos são pagos por entidades sem contabilidade, a matéria colectável é
apurada pelo próprio sujeito passivo com base na sua contabilidade, modelo de contabilidade
Organizada, registos disponíveis de compra e venda ou serviços prestados.
Os trabalhadores independentes
Exemplo 1:Trabalhador independente com contabilidade organizada e declara seus rendimentos que possuam contabilidade
organizada aplicam as mesmas
A Rendimentos anuais (não retidos na fonte) 6 000 000,00 regras de apuramento da matéria
B Custos anuais 4 000 000,00 colectável que os contribuintes do
C= A-B Matéria colectável 2 000 000,00 regime geral do imposto industrial.
D Taxa de imposto 25%
E=D*C Colecta 500 000,00
F IRT a Pagar 500 000,00

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Quando os rendimentos são pagos por entidades sem contabilidade, a matéria colectável é
apurada pelo próprio sujeito passivo com base na sua contabilidade, modelo de contabilidade
simplificada, registos disponíveis de compra e venda ou serviços prestados.
Os trabalhadores independentes que
Exemplo 2 : Trabalhador independente com modelo de contabilidade simplificada
possuam modelo de contabilidade
A Rendimentos anuais(não retidos na fonte) 6 000 000,00 simplificada, ou livro de registo de
B Custos anuais 4 000 000,00 compra e venda e serviço prestado têm
C 30% dos Custos incorridos 1 200 000,00 direito a deduzir até 30% dos custos
D= A-C Matéria colectável 4 800 000,00 incorridos,
E Taxa de imposto 25%
F=D*E Colecta 1 200 000,00
G IRT a Pagar 1 200 000,00

ARTIGO 9.º
(Determinação da matéria colectável dos rendimentos do Grupo C)
A matéria colectável dos contribuintes do Grupo C é o que corresponde à sua actividade na
Tabela dos Lucros Mínimos anexa na Lei n.º 28/20.
Os contribuintes deste grupo que possuam contabilidade organizada aplicam as mesmas regras
de apuramento da matéria colectável que os contribuintes do regime geral do imposto industrial.
Os trabalhadores independentes que possuam modelo de contabilidade simplificada, ou livro de
registo de compra e venda e serviços prestados têm direito a deduzir até 30% dos custos
incorridos. /
ARTIGO 16.º
(Taxas)
Grupos de Tributação & Taxa
Rendimentos do Grupo A Tabela anexa
Rendimentos do Grupo B - Sujeitos a retenção na fonte 6,5%
Rendimentos do Grupo B - Não sujeitos a retenção na fonte 25%
Rendimentos do Grupo C - sujeitos a retenção na fonte 6,5%
Rendimentos do Grupo C - Não sujeitos a retenção na fonte 25%

NOVO CÓDIGO DO IMPOSTO PREDIAL (“CIP”)


Decreto Presidencial n.º 81/11, de 25 de Abril,/ Despacho n.º 10 69, de 29 de Dezembro/ igência
parcial do Diploma Legislativo n.º 230, de 24 de Maio de 1931/ Lei n.º 9/04, de 9 de Novembro,/
Decreto n.º 58/07, de 13 de Julho de 2007.

Instituiu um conceito de imposto único sobre o património imobiliário, consolidando num


único código o regime fiscal aplicável à detenção, arrendamento e transmissão de imóveis,
passando a estar sujeitos às novas regras todos os prédios urbanos e rústicos.

Detenção de Imóveis
Incidência - Passa o imposto a incidir sobre os prédios urbanos e rústicos
Novas isenções objectivas - Prédios rústicos, com indícios de aproveitamento útil e efectivo; Prédios
rústicos localizados nas zonas rurais com dimensão igual ou inferior a 7 hectares; As terras rurais
comunitárias definidas em legislação própria; Imóveis de construção precária e Habitação Social, desde
que exclusivamente afectos à habitação própria, mediante reconhecimento da AGT e a pedido dos
interessados

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Determinação da matéria colectável
• A matéria colectável dos prédios urbanos passa a corresponder sempre ao valor patrimonial, o qual
passa a ser definido apenas como valor do imóvel resultante da avaliação fiscal;
• O novo regime cria uma norma de determinação de matéria colectável para os prédios rústicos,
determinando que a matéria colectável corresponde ao valor patrimonial de AKZ 10.397,00 por hectare.

Taxas gerais
• O novo CIP passa a prever 3 escalões de taxas para prédios urbanos (por oposição a 2 conforme
legislação anterior) e passa a conter taxa específicas aplicáveis a terrenos para construção e prédios
rústicos.
• Prédios urbanos
– 0,1%
Valor patrimonial de AKZ 5.000.000 a AKZ 6.000.000 – AKZ 5.000
– 0,5%
• Terrenos para construção – 0,6%
• Prédio rústico – o valor do imposto corresponde ao valor do hectare ou a sua soma;
Taxa adicional agravada
• O novo CIP prevê uma taxa adicional de 50% do imposto calculado nos termos anteriores aplicável:

anos consecutivos ou seis


interpolados, a contar da data de entrada em vigor do presente Código, da sua concessão, ocupação ou
da última transmissão;
A liquidação e o pagamento do Imposto Predial passam a ser efectuados até ao último dia útil do mês de
Março do ano seguinte (por oposição ao mês de Janeiro);
• O imposto passa a poder ser pago em seis prestações (em vez de 4), mediante pedido do sujeito
passivo.

Arrendamento de imóveis
Incidência Objectiva
• Se o imposto resultante da tributação pela renda for inferior ao valor do imposto devido pela
propriedade, considera-se o imposto apurado com base na propriedade.
Liquidação
• Caso não sejam recebidas as rendas, o senhorio deve proceder à liquidação do imposto com
base no valor patrimonial, reservando o direito de deduzir o valor pago quando venha a receber
as rendas.
• Quando o arrendatário não tem obrigação de efectuar retenção na fonte a liquidação do imposto
é devida pelo senhorio, até último dia útil do mês de Março do ano seguinte.
Isenções
Isenção de Imposto sobre o Valor Acrescentado (“IVA”) sobre as locações de quaisquer bens
imóveis.
• Passam a estar isentas de IVA as locações de bens imóveis para fins comerciais,
administrativos ou industriais (para além da locação para fins habitacionais).
Taxa
A taxa do IP aplicado aos Prédios arrendados é de 25% do Rendimento Colectavel.
Transmissões gratuitas ou onerosas de imóveis
Incidência
 A cessão da posição contratual nos contratos-promessa de aquisição e alienação vindo o
contrato definitivo a ser celebrado entre o primitivo promitente alienante e o terceiro;

ambos ou para, pelo menos, um dos permutantes;

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 A aquisição de unidades de participação, quotas ou partes sociais em qualquer
sociedade ou fundo constituído nos termos da Lei, que possua bens imóveis quando, por
via dessa aquisição, amortização ou quaisquer outros factos, algum dos sócios passe a
deter 50% ou mais do capital social;

de quotas ou partes sociais ou unidades de participação;
Isenções
Fica isenta de Imposto Predial a primeira transmissão onerosa de imóveis, com valor igual ou
inferior a AKZ 3.000.000, que sejam afectos a habitação própria e permanente do adquirente.

Determinação da matéria colectável


Nas transmissões gratuitas ou onerosas, o valor tributável do imóvel é o maior entre:

Taxa
A Taxa do IP aplicado a transmissões de bem é de 2%.
Liquidação e Pagamento
Liquidação do imposto

passivo (i.e., beneficiário dos bens imóveis) até ao último dia útil do mês seguinte, a contar do
acto que opera a transmissão ou pela Repartição Fiscal do local da situação do imóvel, com base
na declaração do sujeito passivo ou a título oficioso. Na anterior redacção a obrigação de
liquidação do imposto impendia sobre a Repartição Fiscal.
• Pagamento
elativamente às transmissões onerosas e gratuitas, o imposto é pago pelos respectivos
sujeitos passivos até ao último dia útil do mês seguinte à celebração do contrato.

IMPOSTO SOBRE A APLICAÇÃO DE CAPITAIS


(Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro)

O Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) incide sobre os rendimentos provenientes da


simples aplicação de capitais.
A matéria colectável dos factos constantes da Secção A é determinada com base na declaração
dos rendimentos recebidos, pagos ou postos à disposição dos seus titulares; A matéria colectável
dos factos constantes da Secção B é determinada com base na declaração de todos os
rendimentos pagos ou postos à disposição dos seus titulares pela entidade pagadora.
Taxa
As taxas do Imposto sobre a Aplicação de Capitais são de 5%, 10% e 15%.
O pagamento do IAC faz-se até ao último dia do mês seguinte aquele a que respeite o imposto.
A Secção A se Refere:
 Juros dos capitais mutuados.
 Rendimentos provenientes dos contratos de abertura de crédito.
 Letras e livranças de natureza distinta de meros títulos de pagamento ou cujo pagamento
excedeu o prazo previsto, caso em que assumem a natureza de títulos de colocação de
capitais.
Para esta Secção é Aplicada uma taxa de 15%.

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A Secção B se Refere:
 Lucros atribuídos aos sócios ou accionistas das sociedades comerciais ou civis sob a
forma comercial, bem como o repatriamento dos lucros imputáveis a estabelecimentos
estáveis de não residentes em Angola.
 Lucros que as pessoas singulares ou colectivas aufiam em regime de conta em
participação.
 Juros dos depósitos à ordem e a prazo.
 Juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas de remuneração dos Bilhetes
do Tesouro, Obrigações do Tesouro e Títulos do Banco Central.
 Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicação de capitais, não
compreendidos na secção A.
Para esta Secção é Aplicada uma taxa de 15% e 5% se for ações para revendas no mercado de Capital.

IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO


(Decreto Legislativo Presidencial n.º 18/119, de 01 de Outubro)
O Imposto Especial de Consumo (IEC) Incide Sobre os Bens Específicos Produzidos ou
Impostados.
Os Bens Específicos Podem Serem: BENS SUPERFLUOS; BENS DE LUXOS E BENS
NOCIVOS A SAÚDE PÚBLICA.
Devem ser Remetido até o último dia do Mês uma declaração onde Constam o volume das
operações e na qual será retirado a taxa do Imposto Liquido.

Exemplo De Produção E Importação E Sua Taxa


Aguas Minerais = 19%
Tabacos e Seus Derivados = 25%
Cervejas sem Álcool e Com Álcool = 25%
Vinhos = 25%
Fogos de Artifícios = 19%
Pneumáticos e Recauchutados = 19%
Quadros e Pinturas de Desenhos feitos a mão = 19%

NOVO CÓDIGO DO IMPOSTO INDUSTRIAL


Lei n.º 26/20 de 20 de Julho lei Que Altera O Código Do Imposto Industrial.

O Imposto Industrial (II) incide sobre os lucros obtidos no exercício de qualquer atividade de
natureza comercial ou industrial, ainda que acidental.
(Sujeitos passivos)
As sociedades comerciais, civis com ou sem forma comercial, as cooperativas, as fundações, as
associações, os fundos autónomos, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de
direito público ou privado, com sede ou direcção efectiva em território angolano.
Regimes de Tributação
O Imposto Industrial compreende o regime geral e o regime simplificado.
Regime Geral
• Contribuintes não abrangidos pelo Regime Simplificado. (Antes Grupo A).
Regime Simplificado
• Contribuintes abrangidos pelo regime de não sujeição de IVA
• Encontram-se excluídas deste regime as empresas e entidades públicas, empresas sujeitas a
regimes especiais de tributação, operadoras de telecomunicações e empresas que sejam filiais
ou sucursais de empresa com sede no exterior. (Antes Grupo B).

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Regime Geral
(Determinação da matéria colectável)
A matéria colectável dos contribuintes do Regime Geral do Imposto Industrial é determinada
com base na declaração fiscal e demonstrações financeiras, nos termos do presente Código, do
Plano Geral de Contabilidade.
O lucro tributável consiste na diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos
ou gastos realizados no exercício, uns e outros, eventualmente corrigidos nos termos do
presente Código.
Os contribuintes enquadrados no regime geral devem possuir contabilidade.

Regime Simplificado de Tributação


(Determinação da matéria colectável)
A matéria colectável corresponde a todos os proveitos ou ganhos, obtidos pelo sujeito passivo e é
determinada com base na contabilidade, no modelo de contabilidade simplificada ou livro de
registo de compra e venda e serviços prestados, nos termos do presente Código.

(Deduções à matéria colectável)


Os contribuintes deste regime que possuam contabilidade sujeitam-se, com as devidas
adaptações, às regras aplicáveis ao apuramento da matéria colectável, dos contribuintes do
regime geral deste Imposto.
Os contribuintes deste regime que possuam modelo de contabilidade simplificada ou livro de
registo de compra e venda e serviços prestados têm direito a deduzir, até 30%, dos custos
incorridos.
Os contribuintes deste regime que não possuam contabilidade, modelo de contabilidade
simplificada ou livro de registo de compra e venda e serviços prestados não têm direito a dedução
de custos incorridos.
(Obrigações declarativas)
Os contribuintes sujeitos ao regime simplificado de tributação apresentam, anualmente, até ao
último dia útil do mês de Abril, o Modelo de Declaração Simplificada ou o livro de registo de
compra e venda e serviços prestados, nos termos regulamentares.
Os contribuintes do regime simplificado de tributação, que submetam, eletronicamente, as suas
declarações ficais, passam a deduzir 10% das suas despesas administrativas, relacionadas com
a aquisição de aplicativo informático, respectivas licenças e contratação de contabilista.

(Taxas)
A taxa geral do Imposto Industrial é de 25%.
Tratando-se de rendimentos provenientes de actividades exclusivamente de explorações
agrícolas, aquícolas, apícolas, avícolas, pecuárias, piscatórias e silvícolas, excepto a exploração
da madeira, aplica-se a taxa única de 10%.
Tratando-se de rendimentos provenientes de actividades do sector bancário e de seguros,
operadoras de telecomunicações e de empresas petrolíferas angolanas, nos termos definidos no
Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/12, de 16 de Março, aplica-se a taxa única de 35%.
A taxa de tributação liberatória incidente sobre serviços acidentais prestados por entidades sem
sede, domicílio, estabelecimento estável ou local de direção efectiva em Angola é de 15%.

Apuramento do Imposto a pagar – Preenchimento do Modelo 1. (Regime Geral)


O artigo 12.º do CII trata da determinação da matéria coletável, partindo-se do resultado líquido
contabilístico, corrigido pelos acréscimos e deduções fiscais, face às regras específicas que
disciplinam a aceitação ou não de determinado proveito ou custo contabilístico para efeitos
fiscais.

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Ao Lucro tributável determinado pelos contribuintes nos termos do n.º 3 do artigo 12.º do
CII serão deduzidos os prejuízos fiscais quando dedutíveis em conformidade com o artigo
48.º do CII e os benefícios fiscais a que tenham direito nos termos do artigo 49.º do CII.
Abaixo o esquema para determinação do Imposto a pagar.

Acréscimos ao resultado líquido do exercício


Seguros do ramo vida e saúde
Amortizações excessivas; Amortização de imóveis; não Prevista; não contabilizadas como Custos e de viatura de
passageiro e outros não aceites fiscalmente.
Provisões excessivas; Provisões para perdas de valor de existências
(Custos não aceites fiscalmente)
Não são aceites como custos dedutíveis à matéria colectável do imposto:
O Imposto Industrial, o Imposto Predial Urbano sobre Imóveis Arrendados, o Imposto sobre os
Rendimentos do Trabalho, bem como o Imposto sobre a Aplicação de Capitais.
Multas e encargos sobre infracções
Indemnizações cujo risco seja segurável
Despesas indevidamente documentadas; Despesas não documentadas; Despesas confidenciais.
Custos ou gastos com assistência social; etc. por favor ver a lei.

Deduções fiscais
Proveitos sujeitos a IAC; Proveitos sujeitos a IPU
Lucro tributável
O lucro tributável determinado pelos contribuintes enquadrados no Regime Geral, corresponde ao resultado líquido
do exercício apurado com base na contabilidade ao qual deverá acrescer os custos contabilísticos não aceites para
efeitos fiscais e deduzir os proveitos contabilísticos que não concorrem para a formação do lucro tributável.
Lucro tributável = Resultado líquido do exercício + A acrescer - A deduzir

Apuramento da matéria colectável


Lucro tributável ou prejuízo
Para este campo é transferido o valor do lucro tributável ou prejuízo fiscal determinado no quadro anterior da
declaração anual de rendimentos modelo 1.
Cálculo dos prejuízos fiscais
Os prejuízos verificados em determinado exercício são deduzidos à matéria colectável, havendo-os, de um, ou mais,
dos 5 (Cincos) anos posteriores.
Benefícios fiscais
Os lucros levados a reservas de reinvestimento que dentro dos 3 exercícios seguintes tenham sido reinvestidos, em
instalações ou equipamentos novos, afectos à actividade produtiva ou administrativa do contribuinte, podem ser
deduzidos a matéria colectável nos 5 anos imediatos ao da conclusão do investimento, até metade do seu valor.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Cálculo do imposto
Taxas
A taxa geral do Imposto Industrial é de 25%.
Tratando-se de rendimentos provenientes de actividades exclusivamente de explorações agrícolas, aquícolas, apícolas, avícolas,
pecuárias, piscatórias e silvícolas, excepto a exploração da madeira, aplica-se a taxa única de 10%.
Tratando-se de rendimentos provenientes de actividades do sector bancário e de seguros, operadoras de telecomunicações e de
empresas petrolíferas angolanas, nos termos definidos no Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/12, de 16 de Março, aplica-se a
taxa única de 35%.
A taxa de tributação liberatória incidente sobre serviços acidentais prestados por entidades sem sede, domicílio, estabelecimento
estável ou local de direção efectiva em Angola é de 15%.
Colecta
Colecta = Matéria colectável x Taxa

Deduções à colecta
Créditos fiscais
Decorre do n.º 6 do artigo 66.º do CII, a possibilidade de poder ser deduzido na liquidação provisória sobre as vendas
2%, a retenção na Fonte 6,5% e Imposto, comprovadamente, entregue em excesso nos pagamentos provisórios dos
exercícios anteriores, até ao limite do prazo de caducidade previsto no Código Geral Tributário.
Nos termos do n.º 6 do artigo 67.º do CII, no apuramento final do Imposto Industrial, se for apurado montante de
imposto inferior ao imposto pago provisoriamente no decurso do exercício em virtude das retenções na fonte sobre as
prestações de serviços, esse crédito deve ser abatido à colecta do exercício seguinte e assim sucessivamente, nos
exercícios que se seguem, dentro do prazo geral de caducidade do imposto.

Imposto a Pagar = Colecta – Deduções.

(Apresentação da Declaração Modelo 1)


Os contribuintes do regime geral do Imposto Industrial submetem, eletronicamente, nos termos regulamentares, ou
apresentam anualmente, até ao último dia útil do mês de Maio, na repartição fiscal competente, uma Declaração
Modelo 1 em duplicado.
A Declaração Modelo 1 do Imposto Industrial deve ser entregue, obrigatoriamente, sob pena da sua não recepção
pela repartição fiscal, acompanhada de Demonstração de Resultados por Natureza, Demonstração de Fluxo de
Caixa, Balanço, Balancete da Razão e Balancete Geral Analítico, antes e depois dos lançamentos de retificação ou
regularização e de apuramento dos resultados do exercício, e respectivos anexos, devidamente assinados pelo
contabilista responsável pela sua elaboração.

Benefício fiscal – Regime de não sujeição do IVA


Artigo 65.º (Benefício fiscal) do CIVA
Sempre que os sujeitos enquadrados no regime de não sujeição submeterem o mapa a que se refere o número 2 do
artigo anterior, podem deduzir à colecta do imposto sobre o rendimento devido de que sejam titulares, até ao limite de
10% do imposto suportado nas suas aquisições de bens e serviços que constem do referido mapa de fornecedores.
O benefício atribuído nos termos do número anterior é deduzido na declaração do imposto devido relativo ao período
imediatamente seguinte ao respectivo apuramento ou, caso a colecta seja negativa, no exercício imediatamente
seguinte, até ao prazo de caducidade.

Em termos fiscais
Apuramento do imposto a pagar
Resultado antes de impostos 3 000 000
Imposto sobre o rendimento 1 950 000
Resultado líquido do exercício 1 050 000
Acréscimo fiscal
Imposto sobre o rendimento 1 950 000
Lucro tributável 3 000 000
Taxa de imposto 30%
Colecta 900 000
Deduções à colecta
Benefício fiscal - Regime não sujeição 50 000
Imposto a pagar 850 000
Caso Prático – Mapa do Modelo 1 e Apuramento do Imposto Industrial

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


REGIME JURÍDICO E CONTABILIZAÇÃO DO IVA

A Lei n.º 7/ 2014, de 24 de Abril, que aprovou o Código do IVA, alterada pela Lei n.º 17/19, de 13
de Agosto, dispõe que o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) entrou em vigor a 1 de
Outubro de 2019).
A partir da data da sua entrada em vigor, as disposições do código do IVA aplicam-se com
carácter obrigatório aos sujeitos passivos cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes
Contribuintes e às importações de bens, conforme o disposto no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7
/2019, de 24 de Abril, que aprova o Código do IVA. Ficam também sujeitas ao IVA as operações
de importação de bens.

Os sujeitos passivos cadastrados nas outras Repartições Fiscais, que não a dos Grandes
Contribuintes, podem aderir ao cumprimento das disposições do Código do IVA, mediante
verificação cumulativa dos seguintes requisitos previstos no artigo 62.º do CIVA (artigo 3.º, n.º 3
da Lei n.º 7 /2019, de 24 de Abril, que aprova o Código do IVA).

Todavia, nos termos do n.º 4 do artigo 3.º da Lei n.º 7 /2019, de 24 de Abril, as disposições do
Código do IVA aplicam-se com carácter obrigatório a todos os sujeitos passivos desse imposto a
partir do dia 1 de Janeiro de 2021.
Os sujeitos passivos não cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, que não
optarem pelo regime geral de tributação, estão sujeitos a uma tributação simplificada, (também
chamado de regime transitório) nos exercícios fiscais de 2019 e 2020.
Temos assim:

regime geral

Regimes Jurídico de Tributação


Conceito de Regime
Regime jurídico trata do conjunto de leis e normas a que se deve submeter uma determinada
matéria. (Conjunto de direitos, deveres, garantias, vantagens, proibições e penalidades aplicáveis a determinadas relações
sociais qualificadas pelo direito.)

Regime Geral
Aplicável com caracter obrigatório aos sujeitos passivos cadastrados nas repartições dos
Grandes Contribuintes e as Importações;
 A sua periodicidade é mensal;
 Imposto Reembolsável;
 O Imposto é liquidado a taxa única de 14%
 Liquida o IVA na Factura;
 Dedução do IVA da Aquisições;
 Solicitação de Reembolso.
 Outras Instituições podem aderir desde que possuam:
 Contabilidade Financeira;
✓ Não possuam dividas Fiscais e aduaneira;
✓ Possuir meios adequados para emissão de facturas;
✓ Possuir meios adequados para a submissão por transmissão electrónica.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Regime Transitório
Pequenas e Médias Empresas
Os sujeitos passivos cadastrados nas outras Repartições Fiscais;
Volume de Negócios ou importação do ano anterior superior ao valor das Micro Empresas:
Sujeitos a Tributação Simplificada em de 2019 e 2020;
Submetem o Mapa de Fornecedores de forma electrónica, até ao último dia do mês seguinte,
contendo as operações efectuadas no mês anterior, sempre que adquiram bens e serviços a
sujeitos passivos do Regime Geral do Imposto, bem como a prestadores de serviços não
residentes.
Pagamento do imposto trimestral; Taxa de 3% sobre o volume de negócios recebido dos 3 meses
anteriores.
Direito à Dedução até ao limite de 4% do IVA suportado nas Aquisições de Bens e Serviços que
constem do Mapa de Fornecedores.
Tem 10% de dedução a colecta do imposto suportado
Tem a obrigação mensalmente entregar o anexo de fornecedores e informar quem são estes que
lhe estão a facturar o IVA; Obrigação de mencionar na factura “IVA não sujeição”.

Regime de Não Sujeição


Micro Empresas
Neste regime o sujeito não Liquida o IVA nas transmissões de bens e prestações de serviços,
mas suporta IVA nas Importações; nas Aquisições de bens e Serviços, sem haver direto do IVA
suportado. (Mas pode abater à colecta 10% do IVA suportado (sujeito a declaração de fornecedores).

Regime de caixa” Uma derivação do regime geral


É o Regime de tributação aplicável aos Sujeitos passivos que tenha atingido no exercício anterior
um volume de negócios ou efetuado operações de importação de valor igual ou inferior ao
equivalente em kwanzas a 3.000.000,00 de dólares americanos e que não realizem operações
isentas w pretendam optar por este regime.

Contabilização do IVA
Por força da entrada em vigor do IVA foi alterado o PGC, pelo decreto 180/19, de 24 de Maio, que
introduziu alterações à lista de contas e respectivas notas explicativas.

Lembramos então a lista de contas em vigor neste momento com relevância para o IVA:
34.5 IVA
34.5.1 IVA suportado:
34.5.1.1 Existências;
34.5.1.2 Meios fixos e investimentos;
34.5.1.3 Outros bens e serviços.
34.5.2 IVA dedutível:
34.5.2.1 Existências;
34.5.2.2 Meios fixos e investimentos;
34.5.2.3 Outros bens e serviços.
34.5.3 IVA liquidado:
34.5.3.1 Operações gerais;
34.5.3.2 Operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa;
34.5.3.3 Autoconsumo e operações gratuitas;
34.5.3.4 Operações especiais.
34.5.4 IVA regularizações:
34.5.4.1 Mensais a favor do sujeito passivo;
34.5.4.2 Mensais a favor do Estado;
34.5.4. 3 Anual por cálculo do pró rata definitivo;
34.5.4.4 Outras regularizações anuais;

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


34.5.5 IVA apuramento:
34.5.5.1 Apuramento do regime de IVA normal;
34.5.5.2 Apuramento do regime de IVA de caixa.
34.5.6 IVA a pagar:
34.5.6.1 IVA a pagar de apuramento;
34.5.6.2 IVA a pagar de cativo;
34.5.6.3 IVA a pagar de liquidações oficiosas.
34.5.7 IVA a recuperar:
34.5.7.1 IVA a recuperar de apuramentos;
34.5.7.2 IVA a recuperar de cativo.
34.5.8 IVA reembolsos pedidos:
34.5.8.1 Reembolsos pedidos;
34.5.8.2 Reembolsos deferidos;
34.5.8.3 Reembolsos indeferidos;
34.5.8.4 Reembolsos reclamados, recorridos ou impugnados.
34.5.9 IVA Liquidações oficiosas:
34.6 Certificado de crédito fiscal a compensar
…..........................................................
63.5 IVA
…......................................................
75.3.1.2 IVA

Contabilização do IVA no regime geral


Iva Suportado, Dedutível E Liquidado
O IVA é um imposto que incide, como regra, sobre o valor acrescentado pela entidade. Daqui
resulta o mecanismo da liquidação e dedução, ou seja o valor a entregar ao estado é o resultante
do valor do IVA liquidado deduzido do IVA suportado e que seja dedutível.
Daqui resulta um conjunto de contas que estruturam a regra do IVA e são eles:

determinadas situações, nomeadamente no “regime de caixa”.

O IVA SUPORTADO
A utilizar-se esta conta de IVA suportado conta 34.5.1, ela é de natureza devedora e a cada
período de apuramento do imposto, esta conta deve ter saldo nulo, excepto no regime de IVA de
caixa.
Esta conta está desdobrada em subcontas para as 3 componentes de aquisições:
34.5.1 IVA suportado:
o 34.5.1.1 Existências;
o 34.5.1.2 Meios fixos e investimentos;
o 34.5.1.3 Outros bens e serviços.
 E obrigatória quando se esta no regime de IVA de caixa regime de IVA de caixa.
 É facultativa em função da organização interna da entidade que possa precisar num determinado momento da sua utilização, por
exemplo, aquando o registo de uma operação de aquisição de um determinado FSE (igual raciocínio seria se se trata-se de existências
ou de meios fixos) se houver dúvidas se o IVA é ou não dedutível poder-se-á utilizar esta conta de iva suportado e numa análise
posterior quando se concluir que é ou não dedutível far-se-á a passagem, para a conta de Iva suportado ou para a respectiva conta de
custos.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Exemplo de contabilização (por exemplo de aquisição de um FST)

O IVA DEDUTÍVEL
O IVA dedutível conta 34.5.2 é uma conta, de natureza devedora, revela o valor do IVA, que, dada a
natureza das operações subjacentes à actividade exercida, seja susceptível de dedução nos termos
previsto no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Esta conta:
É debitada pelos valores do IVA dedutível relativo a aquisições efectuadas:

os;

É creditada, para transferência do saldo respeitante ao período de tributação, por débito da rúbrica
34.5.5.1- Apuramento do regime de IVA normal.
Em cada período de apuramento do imposto, o saldo deve ser nulo.

Exemplos de contabilização com IVA dedutível

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


O IVA LIQUIDADO
O artigo 11.º do CIVA estabelece as regras sobre o momento em que nasce a obrigação de liquidação do
imposto (facto gerador) e o momento em que esse imposto é exigível por parte do Estado (exigibilidade).

O IVA liquidado, conta 34.5.3, é uma conta de natureza credora, destina-se a registar o IVA liquidado nas
transmissões de bens e prestações de serviços feitas pelo sujeito passivo de IVA aos seus clientes, ou
pelas suas aquisições, se for o caso disso, desde que tais operações estejam sujeitas a efectiva
tributação.
Esta conta tem quatro subcontas correspondendo às quatro situações que exigem a liquidação do IVA:
34.5.3 IVA liquidado:
34.5.3.1 Operações gerais;
34.5.3.2 Operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa;
34.5.3.3 Autoconsumo e operações gratuitas;
34.5.3.4 Operações especiais.
A subconta 34.5.3.1- Operações gerais:
-se o imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo sujeito passivo.
ta-se por crédito da conta 34.5.5.1 IVA apuramento do regime de IVA normal pela transferência do
saldo respeitante ao período de tributação.
Exemplo de contabilização com IVA liquidado

A subconta 34.5.3.2-Operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa:


-se o imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo sujeito passivo
enquadrados no regime de IVA de caixa (ver ponto 5-O regime de IVA de caixa)
-se por crédito da conta 34-5.5.2-IVA Apuramento do regime de IVA de caixa (ver ponto 5-
O regime de IVA de caixa)
A subconta 34.5.3.3 -Autoconsumos e operações gratuitas:
-se pelo imposto liquidado por força da afectação ou da utilização de bens a fins estranhos à
empresa, de transmissão de bens ou de prestações de serviços gratuitos ou da afectação de bens a sector
isentos quando relativamente a esses bens tenha havido dedução de imposto.
-se por crédito da conta 34.5.3.3-IVA Autoconsumos e operações gratuitas é debitada para
transferência do saldo respeitante ao período de tributação, por contrapartida da conta 75.3.1.2-
IVA.
Exemplo de contabilização com IVA liquidado (transmissões gratuitas ou autoconsumo)

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


A subconta 34.5.3.4- Operações especiais:
Esta conta destina-se aos casos de inversão dos sujeitos passivos ou autoliquidação conforme definido
nos termos do CIVA e tem os seguintes movimentos:
-se o imposto liquidado nos casos de inversão dos sujeitos passivos (reverse charge) ou
autoliquidação conforme definido nos termos do CIVA.
bita-se por crédito da conta 34.5.5.1 IVA apuramento do regime de IVA normal pela transferência do
saldo respeitante ao período de tributação.
No caso de aquisição de serviços ao exterior, a factura do fornecedor estrangeiro vem sem IVA já que o consumo se fará em território
Angolano e será aqui que o IVA terá de ser liquidado.
Neste caso há lugar à inversão do sujeito passivo (conhecido por reverse charge) e o sujeito passivo terá de fazer a liquidação do IVA e
simultaneamente fará a dedução do IVA em função das regras normais da dedução como se uma aquisição no mercado nacional se
tratasse.
Exemplo de contabilização com inversão do sujeito passivo (reverse charge)

IVA REGULARIZAÇÕES
O IVA regularizações, conta 34.5.4, é uma conta que não tem um saldo natural podendo ter
consequentemente natureza devedora ou credora.
Destina-se a registar as correcções de imposto a favor do sujeito passivo ou a favor do Estado apuradas
nos termos do CIVA.
Esta conta tem quatro subcontas correspondendo às quatro situações que exigem a regularização do IVA:
34.5.4 IVA regularizações:
34.5.4.1 Mensais a favor do sujeito passivo;
34.5.4.2 Mensais a favor do Estado;
34.5.4. 3 Anual por cálculo do pró rata definitivo;
34.5.4.4 Outras regularizações anuais;
A subconta 34.5.4.1-Mensais a favor do sujeito passivo, de natureza devedora
-se pelas regularizações motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto por
contrapartida das contas que originaram a rectificação.
-se por débito da conta 34.5.5.1 IVA apuramento do regime de IVA normal pela transferência do
saldo respeitante ao período de tributação ou 34.5.5.2 -Apuramento do regime de IVA de caixa, consoante
o caso, em cada período do apuramento do imposto.
Esta conta é debitada tendo normalmente como base Notas de crédito emitidas ou equivalente, ou
documentos internos de rectificação, devidamente justificados.
Exemplo de contabilização

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


A subconta 34.5.4. 2-Mensais a favor do Estado, de natureza credora
-se pelas regularizações motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto por
contrapartida das contas que originaram a rectificação
-se por crédito da conta 34.5.5.1 IVA apuramento do regime de IVA normal pela transferência do
saldo respeitante ao período de tributação ou 34.5.5.2 -Apuramento do regime de IVA de caixa, consoante
o caso, em cada período do apuramento do imposto.
Esta conta é creditada tendo normalmente como base Notas de crédito recebidas ou equivalente, ou
documentos internos de rectificação, devidamente justificados.
Exemplo de contabilização

34.5.4.3 - Anual por cálculo do pro-rata definitivo


A aplicação do pro rata ou dedução parcial justifica-se nos casos em que o sujeito passivo exerce uma
actividade que abrange, simultaneamente:

Como exemplo podemos dar o de uma farmácia que venda:


(Brinquedos,- Produtos que não
constam da tipologia de medicamentos elencados no anexo IV da circular n.º 169 da DSIVA, de
15/10/2019.

exemplo, Cadeiras de rodas e veículos semelhantes; Medicamentos que constam do anexo IV da circular
n.º 169 da DSIVA, de 15/10/2019.

No caso do pro rata


A aplicação do pro rata ou dedução parcial justifica-se nos casos em que o sujeito passivo exerce uma
actividade que abrange, simultaneamente, a realização de operações que conferem direito a dedução e
operações que não conferem esse direito, situação que, a verificar-se, implica que o imposto suportado
nas aquisições de bens e serviços apenas é dedutível na percentagem correspondente ao montante anual
das operações realizadas e que confiram direito à dedução (n.º 1 do artigo 27.º do CIVA).
O IVA dedutível apurado pela aplicação do pro rata obtém-se por aplicação de uma percentagem de
dedução, designada por pro rata, ao IVA suportado nas aquisições de bens e serviços.

% Dedução =
Volume de negócios das actividades que conferem direito à dedução do IVA / Volume de negócios total
sujeito passivo.
Por ex:
No dia 31 de Dezembro de 2019 volume de facturação da Empresa MDC lda do ramo Farmacêutico foi de
1.000.000Akz onde 600.000Akz pertence de produtos Isentos e 400.000Akz produtos Sujeitos.
Durante o Exercício de 2020 comprou bens de 500.000Akz e Suportou IVA de 70.000Akz.

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Calculo de Dedução do IVA Provisório
Percentagem de Dedução = Facturação sujeito ao IVA / Facturação Sujeito ao IVA + Não Sjeito.
Percentagem de Dedução = 400.000Akz / 1.000.000Akz = 40%.
Calculo do IVA por Deduzir = 70.000Akz * 40% = 28.000Akz.

No Fim do Exercício, em 31 de Dezembro de 2020 teve uma facturação de 1.200.000Akz, sendo


700.000Akz bens Isentos e 500.000Akz Bens Sujeito.
Calculo de Dedução do IVA Definitivo
Percentagem de Dedução = Facturação sujeito ao IVA / Facturação Sujeito ao IVA + Não Sjeito.
Percentagem de Dedução = 500.000Akz / 1.200.000Akz = 42%.
Calculo do IVA por Deduzir = 70.000Akz * 42% = 29.400Akz.

Regularização do IVA = IVA dedutível Definitivo – IVA dedutivo Provisório.


Onde: Se Regularização > 0 IVA a Recuperar; Se Regularização < 0 IVA a pagar.
IVA Suportado --------------------------------------- 70.000Akz
IVA dedutivo Provisório = 70.000Akz * 40% = 28.000Akz.
IVA dedutível Definitivo = 70.000Akz * 42% = 29.400Akz
Regularização do IVA = 29.400Akz – 28.000Akz = 1.400Akz

A subconta 34.5.4.3 -Anual por cálculo do pro-rata definitivo


Esta subconta destina-se a registar as regularizações aplicáveis a qualquer tipo de bens ou serviços, no
fim do ano, a débito ou crédito da subconta em referência, por contrapartida das contas onde forem
contabilizadas as aquisições cujo imposto dedutível é objecto de rectificação.
Esta subconta pode resultar numa regularização a favor do estado ou a favor do sujeito passivo.
Quando é a favor do sujeito passivo ...
-se por contrapartida da 63.5-IVA
Quando é a favor do Estado ...
Credita -se por contrapartida da 75.3.1.2-IVA.
O saldo desta subconta 34.5.4.3-Anual por cálculo do pro-rata definitivo, é transferido para a conta
34.5.5.1-Apuramento do regime de IVA normal ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA de caixa,
consoante o caso, no período de apuramento do imposto em que foram registadas as respectivas
regularizações.

34.5.4.4-Outras regularizações anuais


Esta subconta destina-se a registar outras regularizações anuais não expressamente previstas nas
subcontas anteriores, a efectuar, em qualquer dos casos, no final do ano.
Em caso de utilização desta conta, deve o sujeito passivo justificar e fundamentar nos serviços da
Administração Geral Tributária.

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APURAMENTO: A PAGAR E A RECUPERAR
O apuramento do IVA deve ser realizado em função dos prazos legais e consiste em juntar um conjunto de
contas, com saldos devedores (IVA a favor do sujeito Passivo) e com saldos credores (IVA a favor do
Estado) e verificar qual a resultante desse somatório. Caso o saldo do apuramento seja devedor então
estamos perante um valor a recuperar, se for credor então resulta a obrigação de pagamento.
A conta de IVA apuramento, conta 34.5.5. tem duas subcontas: Uma para o regime normal e outra para o
regime de caixa
34.5.5 IVA apuramento:
34.5.5.1 Apuramento do regime de IVA normal;
34.5.5.2 Apuramento do regime de IVA de caixa;

Vamos abordar a conta 34.5.5.1 – IVA- Apuramento do regime de IVA normal


As 2 grandes componentes desta conta são:
: o Transmissões de bens; o Prestações de serviços; o Importações de bens
o Facturado na aquisição de bens e serviços por outros sujeitos passivos; o Pago pela
importação de bens; o Liquidado resultante da inversão do sujeito passivo (reverse charge) em serviços
adquiridos a sujeitos passivos estabelecidos no estrangeiro, quando estes não tenham no território
nacional um representante fiscal e não tenham incluído o imposto na factura ou documento equivalente.

34.5.5.1 -IVA apuramento


Esta destina-se a revelar a situação devedora ou credora do sujeito passivo perante o Estado, em cada
período do apuramento do imposto, e deve ser movimentada da seguinte forma:
-se por contrapartida das contas 34.5.2 -IVA dedutível, 34.5.4 - IVA regularizações (saldo
devedor) e 34.5.7-IVA a recuperar.
-se por contrapartida das contas 34.5.3 -IVA liquidado e 34.5.4 - IVA regularizações (saldo
credor).
Se o saldo decorrente das operações acima for credor, debita-se esta conta por contrapartida da subconta
34.5.6.1-IVA a pagar de apuramento e, Se for devedor, credita-se por contrapartida da subconta 34.5.7.1 -
IVA a recuperar de apuramento.
A cada período de apuramento do imposto esta conta deve ter saldo nulo.

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34.5. 6- IVA a pagar
34.5.6.1 - IVA a pagar de apuramento
Esta conta, de natureza credora, destina-se a revelar o montante do imposto a pagar ao Estado pelo
sujeito passivo e deve ser movimentada da seguinte forma:
-se por contrapartida das contas 34.5.5.1 -Apuramento do regime de IVA normal (ou 34.5.5.2 -
Apuramento do regime de IVA de caixa no caso do regime de caixa.

34.5.7- IVA a recuperar


34.5.7.1 – IVA a recuperar de apuramento
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a evidenciar o montante do crédito de imposto sobre o
Estado, no final de cada período de tributação e deve ser movimentada da seguinte forma:
-se por contrapartida das contas 34.5.5.1 -Apuramento do regime de IVA normal (ou 34.5.5.2 -
Apuramento do regime de IVA de caixa no caso do regime de caixa.

Após o lançamento anterior a sujeito passivo pode optar entre duas possibilidades:
Pede reembolso (há condições especificas para se poder pedir o reembolso) Neste caso deve fazer o
seguinte lançamento:
-se por contrapartida das contas 34.5.8.1 -Reembolsos pedidos.

Optar pelo reporte do crédito


Neste caso não deve fazer nada e no período seguinte este valor deve entrar no apuramento fazendo o
lançamento:
-se por contrapartida das contas conta 34.5.5.1 -Apuramento do regime de IVA normal (ou
34.5.5.2 -Apuramento do regime de IVA de caixa no caso do regime de caixa.

34.5.9- IVA liquidações oficiosas


Esta conta, de natureza devedora, destina-se a revelar o montante do imposto liquidado por iniciativa da
AGT nos termos do CIVA.
Aquando a recepção da liquidação oficiosa ...
-se a conta 34.5.9- IVA liquidações oficiosas por contrapartida da conta 34.5.6.3- IVA a pagar de
liquidações oficiosas.

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Em função do percurso dessa liquidação oficiosa pode resultar...
-se à anulação do lançamento anterior (inversão de
lançamento contabilístico).
- IVA, já que a conta
34.5.6.3 é debitado por contrapartida de caixa (43 ou 45)
IVA (conta 75.3.1.2)
Esta rúbrica destina-se a registar ... o IVA liquidado oficiosamente pelos Serviços da Administração Geral
Tributária, os quais foram entregues aos cofres do Estado.

CATIVO
Estabelece o n.º 1 do artigo 21.º do CIVA que as entidades: Sociedades investidoras petrolíferas; Estado,
bem como quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos; e Autarquias locais, exceptuando
as Empresas Públicas devem cativar a totalidade do imposto contido na factura ou documento equivalente
emitido pelo sujeito passivo aquando da transmissão de bens ou prestação de serviços.
O n.º 2 do mesmo artigo dispõe que as entidades: Banco Nacional de Angola; Bancos comerciais;
Seguradoras e resseguradoras; e Operadoras de telecomunicações devem cativar 50% do imposto
contido na factura ou documento equivalente emitido pelo sujeito passivo aquando da transmissão de bens
ou prestação de serviços.

O tratamento do cativo tem duas contas para a sua gestão:


o 34-5.6.2 - IVA a pagar de cativo
o 34.5.7.2- IVA a recuperar de cativo

Na contabilidade dos clientes de bens e serviços ...


A subconta 34-5.6.2 - IVA a pagar de cativo, é creditada pelo montante do imposto cativo aquando da
aquisição de bens e serviços nos termos definidos no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, por
contrapartida das respectivas contas de fornecedores de bens e serviços.

Na contabilidade dos Fornecedores de bens e serviços ...


A subconta 34.5.7.2- IVA a recuperar de cativo, é debitada pelo montante do imposto cativo pelos clientes
a quando da transmissão de bens e serviços nos termos definidos no Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, por contrapartida das respectivas contas de clientes de bens e serviços.
A subconta 34.5.7.2- IVA a recuperar de cativo, é creditada por contrapartida da conta 34.5.5.1 -
Apuramento do regime de IVA normal ou 34-5.5.2-Apuramento do regime de IVA de caixa, consoante o
caso, em cada período de apuramento de imposto.

CONTABILIZAÇÃO DO IVA NO REGIME TRANSITÓRIO


Apuramento do Imposto e entrega ao Estado
O apuramento do imposto dos sujeitos passivos enquadrados no regime transitório opera mediante a
aplicação da taxa de 3% sobre o montante efectivamente recebido das vendas efectuadas e ou serviços
prestados respeitantes aos três meses anteriores a Janeiro, Abril, Julho e Outubro.

Do apuramento do imposto exceptuam-se, naturalmente, as operações isentas de IVA, que incluem as


operações previstas no artigo 12.º do CIVA e as exportações de bens (artigo 5.º, n.ºs 2 e 3 da Lei n.º 17
/19, de 13 de Agosto, que alterou a Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, que aprovou o Código do IVA).
Dedução do IVA suportado
Para a determinação do imposto a pagar, os sujeitos passivos enquadrados no regime transitório têm
direito à dedução de 4% do imposto suportado nas aquisições de bens e serviços que constem do mapa
de fornecedores, a que se refere o n.º 4 do artigo 4.º da Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, que aprovou o Código
do IVA (artigo 5.º, n.ºs 2 da Lei n.º 17 /19, de 13 de Agosto, que alterou a Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, que
aprovou o Código do IVA).

Organização contabilística
Embora para os contribuintes enquadrados no regime transitório não seja obrigatória a aplicação das
disposições constantes do Código do IVA, a não ser que algum normativo deste regime expressamente o

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determine, a contabilidade deve ser organizada de forma a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco
dos elementos necessários ao cálculo do imposto, bem como a permitir o seu controlo, comportando todos
os dados necessários ao preenchimento da declaração simplificada de tributação.
Movimentos contabilísticos

Nota: A movimentação da conta 34.5.1.1. é facultativa pois debita e credita a mesma conta no mesmo
momento fazendo com que essa conta tenha sempre saldo nulo. A vantagem de utilização dessa conta é a
de ter em qualquer altura uma prova do valor do IVA suportado para confirmar o valor que consideramos
como IVA dedutível que sabemos é 4% sobre o IVA suportado.
Se admitirmos por exemplo uma aquisição de mercadorias, a crédito, de 1.000 Kz, teríamos os seguintes
lançamentos

Nota: O valor de 5,6 do IVA dedutível foi obtido calculando 4% sobre o IVA constante na factura do
fornecedor.
No Caso:

.......... 1.140

– 5,6 = .............. 1.134,4

Se em vez de aquisição de mercadorias fosse a aquisição de meios fixos e investimentos ou de Aquisição


de outros bens e serviços o raciocínio seria igual ajustando apenas as contas.

REGIME DE NÃO SUJEIÇÃO


A contabilização do IVA
Em função d exposto verificamos então que as pessoas singulares ou colectivas enquadradas neste
regime:

- Regime de não sujeição”

Em função destas carecteristicas se verifica que:


o dispensados do registo contabilístico do IVA
para apuramento do imposto.
alculo do beneficio fiscal, por exemplo,
utilizando a conta 34.5.1 – IVA suportado

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Movimentos contabilísticos
Aquando as vendas (transmissão de bens e serviços)
Não havendo a obrigação de liquidação o movimento deve ser de uma venda simples sem qualquer
preocupação pelas contas do IVA.

Aquando as aquisições (de bens e serviços)


No caso das facturas terem o Iva liquidado pelo fornecedor (o iva constar nas facturas do fornecedor)
Aquisição de existências.

Para a aquisição de Meios fixos e investimento e de outros bens e serviços o lançamento é igual ao
anterior apenas com as respectivas contas ajustadas.

No momento de encerramento de contas.


Calcular o valor do benefício fiscal que é de 10% sobre o Iva suportado. Este cálculo fica mais simplificado
se tivermos optado por utilizar a conta 34.5.1 x pois temos centralizados todos os registos de aquisições
com iva suportado.

REGIME DE IVA DE CAIXA


Facto gerador e exigibilidade do IVA no regime de caixa
O imposto relativo às operações abrangidas pelo regime de caixa é exigível no momento do recebimento
total ou parcial do preço, pelo montante recebido, mesmo quando este preceda o momento da realização
das operações tributáveis (n.º 1 do artigo 67.º do CIVA).
Direito à dedução do IVA no regime de caixa
O imposto que incide sobre as aquisições de bens e de serviços abrangidas pelo regime de caixa apenas
pode ser deduzido, quando os sujeitos passivos tiverem em sua posse a factura-recibo ou recibo
comprovativo de pagamento, emitido nos termos do respectivo Regime Jurídico.

Obrigação contabilística do regime de caixa


A contabilização no regime de IVA de caixa não é muito diferente da contabilização do regime geral pois
este regime é uma variante do regime geral.

A diferença entre o regime de IVA de caixa e o regime geral prende-se sobretudo por dois factores
principais:

Daqui deriva duas diferenças essenciais na contabilização:


-se obrigatória a sua utilização
o 34.5.1 – IVA suportado
– Existências
– Meios fixos e investimentos
– Outros bens e serviços

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e tem de ser utilizadas
o 34.5.3.2. – IVA liquidado - Operações abrangidas pelo regime de IVA de Caixa
o 34.5.5.2. – IVA apuramento - Apuramento do regime de IVA de caixa

É oportuno lembrar o movimento da conta 34.5.2- IVA dedutível, quando se utiliza a conta 34.5.1 – IVA
suportado, que é o caso quando estamos no regime de IVA de caixa.

Movimentos contabilísticos
Aquisições de existências a sujeitos passivos do regime geral e do regime de IVA de caixa (quando o iva
vem incluído na factura).

NOTA: Se a aquisição for efectuada a pronto pagamento, o valor do IVA pode ser movimentada
directamente na conta 34.5.2.1 – IVA dedutível – Existências, porque, coincidindo o momento da aquisição
das existências com o correspondente pagamento, a dedução do IVA ocorre no próprio período em que
acontece a aquisição das existências.
O mesmo se aplica com as necessárias adaptações para os meios fixos e investimento e para as
aquisições de serviços, utilizando as subcontas específicas do IVA, 34.5.2.2 - IVA dedutível – Meios fixos e
investimento e 34.5.2.3 - IVA dedutível – Outros bens e serviços

Inversão do sujeito passivo (reverse charge)


No caso de aquisição de serviços ao exterior, a factura do fornecedor estrangeiro vem sem IVA já que o
consumo se fará em território Angolano e será aqui que o IVA terá de ser liquidado.
Neste caso há lugar à inversão do sujeito passivo (conhecido por reverse charge) e o sujeito passivo terá
de fazer a liquidação do IVA e simultaneamente fará a dedução do IVA em função das regras normais da
dedução como se uma aquisição no mercado nacional se tratasse.
O tratamento é igual ao que é no regime geral já que neste particular o IVA deve ser liquidado quando o
serviço é prestado (factura do fornecedor) independentemente d pagamento ser posterior.

EFEITO DO IVA NO IMPOSTO INDUSTRIAL


O Iva é um imposto que incide sobre a despesa/consumo e o imposto industrial incide sobre o rendimento
sendo nesse consequência que os impostos são independentes não havendo efeitos directos entre os
mesmos.
O IVA e um imposto que em geral não movimenta custos nem proveitos e nesse sentido não contribui para
a formação do resultado não interferindo assim no imposto industrial.
No entanto há algumas situações que devem analisadas quando aos seus efeitos no imposto industrial no
sentido de se saber se eventuais registos em custos e proveitos provocados por alguns preceitos do
IVA são aceites como custos ou proveitos em imposto industrial.
Como regra os efeitos do IVA que podem influenciar directa ou indirectamente custos e proveitos são
aceites no imposto industrial.

Caso Prático – Apuramento do IVA nos 3 Regimes

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


ANÁLISE E REPORTE DE DESEMPENHO FINANCEIRO

Análise financeira corresponde a um conjunto de técnicas que proporcionam um diagnóstico sobre


a situação econômico-financeira da organização analisada.
É utilizado duas técnicas ou métodos de Análises: Análises Vertical E Horizontal

Análise Vertical – permite, inicialmente, que o analista avalie a estrutura do balanço (Balanço
Patrimonial e
Demonstração de Resultados).
Responde a questões como: qual a representatividade em Percentagens das disponibilidades
(saldo de caixa e das contas bancárias etc) os Activos Circulante versus os Passivos Circulantes.
Ex. Para determinar a análise vertical
A. V. = Rubrica Individualx 100
Rubrica Total
Análise Horizontal - consiste na comparação entre valores de uma mesma conta ou grupo de
contas, em
Períodos diferentes.
A análise horizontal é realizada em duas etapas:
1.º Fixa-se um período-base.
2.º Calcula-se a variação de cada conta em relação a esse período-base.
Ex. Para determinar a análise Horizontal
A. H. = Rubrica Atual- 1 x 100
Rubrica Anterior

Definição de um Plano de Trabalho de Análise Financeiro


O trabalho de análise Econômica Financeira pode Começar a ser Elaborado, em termos de
Aplicação dos métodos e técnicas, após a preparação dos elementos de suportes.
Desta forma que deve ser feito é a preparação de planos de trabalho, onde se descrimina os passos
a seguir, para que possa existir sempre uma orientação sobre em que fase de trabalho nos
encontramos.
O Plano de trabalho é como uma guia que nos acompanha durante todas as fases, desde a
primeira visita a empresa até a emissão de relatório de análise.
Nesta sequência de ideais alguns passos devem ser dados:
 Recolha de relatórios e demonstração Financeiras (relato financeiro)
 Recolha de Informação não Financeira relevante
 Recolha de Informação sobre a Envolvente econômica
 Contacto/conhecimento da Empresa
 Analisar a qualidade/credibilidade das Informações disponíveis.
Não se trata, na verdade de um trabalho sempre sequencial, mas antes um exercício onde a
perspicácias e o sentido critico fazem parte integrante.

Áreas Fundamentais de Análise Financeiro


A análise econômica Financeira dedica-se, então a estudar ou analisar as três grandes áreas:
Analise Econômica (rentabilidade financeiro) Esta vertente de analise visa estudar a capacidade
para gerar rendimento ou riqueza. Como variáveis de trabalho referem-se as seguintes:
 Proveitos: evolução e estrutura.
 Custos: evolução e estrutura
 Capacidade gerador de resultado
 Produtividade
 A Empresa e seu sector(Comparação)

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Analise financeira (Equilíbrio financeiro) Estudar e analisar as decisões de investimentos e de
financiamento, e o seus equilíbrio. Como variáveis de trabalho referem-se as seguintes:
 Analise de Liquidez/Tesouraria
 Estrutura financeira ou de Capital
 Analise de Financiamento e Investimento
Analise de Risco (Factores de Riscos) Estuda e analisa os Factores de riscos ao nível
Operacional e Financeiro e a sua influência na variabilidade nos fluxos de caixas gerados. Como
variáveis de trabalho referem-se as seguintes:
 Operacional
 Financeiro
 Global

Análise de Equilíbrio Financeiro e Rentabilidade de Capital


Análise de Equilíbrio Financeiro O Equilíbrio financeiro de uma organização deve sempre ser
abordado quer numa Perspectiva de curto prazo quer numa perspectivas de médio e longo Prazo.
Analise financeira de Curto Prazo Para analisar o equilíbrio financeiro no Curto Prazo, Surge o
conceito de Liquidez definida como capacidade de uma Empresa de Solver os seus compromissos
de Curto Prazo.
Como Indicadores ou Rácios de Analise, para avaliar a liquidez de uma Empresa, temos no primeiro
grupo os Rácios de Liquidez.

Rácio de Liquidez Geral reflete a situação financeira de Curto Prazo, servindo para detectar a
capacidade de pagamento da empresa a curto Prazo. Um valor superior a 1, diz-se que a Empresa
está boa uma vez que isso significa que estamos na Presença de uma Empresa ou Entidade onde
os ativos são superior aos Passivos numa Óptica de Curto Prazo, ao contrário está mal.
R.L.G = Activo Corrente
Passivo Corrente
Racio de Liquidez Reduzida Apresenta uma situação mais adequada para a situação de liquidez,
uma vez que dele são eliminados os estoques, que são sempre considerados como fontes de
incertezas.
R.L.R = Activo Corrente - Existências
Passivo Corrente
Racio de Liquidez Imediata é a capacidade que a empresa tem para pagar suas obrigações de
curto prazo, valendo-se de suas disponibilidades em Caixa, Bancos ou aplicadas no mercado
financeiro de curtíssimo prazo.
R.L.I = Disponibilidade
Passivo Corrente

Ainda no que se refere a curto Prazo, existe um conjunto de rácios denominados Rácios de
Funcionamentos que visa estudar e analisar o Funcionamento do Negócio.

O Primeiro Racio a ser apresentado denomina-se como Prazo Médio de Recebimentos.


Prazo Médio de Recebimentos Esta relação mostra-nos o tempo médio necessário para receber
dos clientes. Este indicador deverá ser inferior ao prazo médio de pagamentos para equilíbrio da
tesouraria. Um rácio alto é em termos financeiros desfavorável, mostrando ineficiência nas
cobranças ou falta de poder negocial com os seus clientes.
P.M.R = Saldo dos Clientes x 365 ou 12
Vendas + Prestação de Serviços

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Prazo Médio de Pagamentos Esta relação mostra-nos o tempo médio utilizado pela empresa para
pagar aos seus fornecedores. Um valor baixo deste indicador pode querer dizer que a empresa tem
fraco poder negocial perante os fornecedores. Por outro lado um valor demasiado alto pode querer
dizer que a empresa está com dificuldades em cumprir as suas obrigações.
P.M.P = Saldo dos Fornecedores x 365 ou 12
Compra
Vale mencionar que no caso da empresa for uma empresa Prestadora, a Rubrica Compra poderá
ser substituída pela rubrica Fornecimento e serviços de terceiros (Conta 75.2 do PGCA) ou até
incluir também o gasto com o Pessoal (Conta72 do PGCA).
Rotação das Existências é um rácio que mostra o tempo médio de estocagem dos produtos,
quanto menor é este indicador maior é a rotatividade do stock, e deverá ser um objetivo de gestão
a redução de permanência de stocks, tempo é dinheiro.
P.M.P = Saldo dos CMVMC x 365 ou 12
Existências

Em jeito de Conclusão sobe o capitulo do equilíbrio Financeiro de curto prazo de uma determinada empresa,
diga-se então, que a referida liquidez como conceito de base é na verdade facilmente influenciada pelos
seguintes factores:
 Compras
 Vendas
 Existências EXPLORAÇÃO / NEGÓCIO
 Clientes
 Fornecedores

Analise financeira de Médio e longo Prazo


Analisando agora o Equilíbrio financeiro de Médio e longo Prazo, falamos de Solvabilidade, em termos
conceptuais, refere-se a capacidade que a Empresa tem para solver os seus Compromisso de Médio e longo
Prazo.

Racio de Solvabilidade Este Racio, a confrontar os capitais próprios da empresa com o passivo, indica-
nos até que ponte os meios próprios da Empresa são ou não suficiente para cobertura das dívidas na sua
globalidade, por tanto um valor superior a 1significa que o património da empresa é suficiente para cobrir
todas as suas dívidas, por outro lado um valor inferior a 1 significa que a empresa não tem meios próprios
para satisfazer toda a sua dívida.
R.S = Capitais Próprios
Passivo Corrente

Racio de Autonomia Financeiro Indica-nos, por cada 100Akz Aplicados na empresa, quantos são próprios
e quantos são alheios. Ou seja, mede a participação de capital próprio no financiamento da empresa. Este
Indicador varia entre 0% á 100%. (0% é total dependência de Terceiro; 100% a Empresa não recorre a dívida
de Terceiros)
R.A.F = Capitais Próprios
Activo x 100

Vale mencionar que a informação deste rácio são as mais analisados pelos bancos no caso de adesão de credito ou
no caso de eventual candidatura a um investimento titulada pela INAPEM (Instituto nacional de apoio aos pequenas e
medias empresa), os valores exigidos legalmente pela INAPEM situam-se na ordem dos 20% a 25% de Capital Próprio.

Racio de endividamento Financeira Compara o nível de dívida que a empresa contraiu para financiamento da sua
actividade, um rácio demasiado alto pode inviabilizar pedidos de financiamento bancário ou Consolidação de Créditos,
uma vez que o risco é maior.
R.E = Passivo x 100
Activo

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Na verdade o rácio de endividamento é o oposto do rácio de Autonomia. Quanto maior é a
autonomia menor é o Endividamento e vise versa.

Rentabilidade dos Capitais


Em termos conceptuais, a Palavra Rentabilidade está associada a maior ou menor capacidade que
um determinado activo possui para gerar rendimento.
Para podemos avaliar esta rentabilidade existem, naturalmente um conjunto de racios e indicadores
que nos permitem colocar questões sobre uma determinada tendência de evolução ao longo do
período considerado.
O primeiro rácio a ser apresentado é provavelmente a mais utilizada quando se fala de rentabilidade
de uma qualquer Empresa. Denomina-se…
Rentabilidade dos Capitais Próprios e confronta o resultado gerados em função dos
investimentos realizados pelos acionistas/sócios na aquisição de Capitais da Empresa.
O Valor obtido vai indicar a rentabilidade do acionista/sócio no período analisado.
R.C.P = Resultado Liquido x 100
Capitais Próprios (n-1)

Como nota de conteúdo, o valor a considerar num determinado exercício, em termos de capitais
próprios, é o valor do início do exercício que corresponde ao valor final do exercício anterior e na
conjuntura actual da economia angolana, considera-se uma rentabilidade na ordem dos 25% pode
ser considerada bastante razoável.
Rentabilidade do Activo Este rácio permite avaliar o desempenho dos Capitais totais investidos
na Empresa Independentemente da sua origem financeira (Próprios ou Alheios), ou seja analisa a
rentabilidade separadamente das decisões financeiras.
R.C.P = EBIT x 100
Activo (n-1)

Em relação a principal rubrica geradora de rendimento de venda ou serviços prestados, surgem-


nos, então dois racios de rentabilidade das vendas. O de Rentabilidade operacional das vendas
e o rentabilidade liquida das vendas.
Rentabilidade operacional das vendas= EBIT x 100
Vendas ou P.s
Rentabilidade liquida das vendas= Resultado Liquido x 100
Vendas ou P.s

Este racios Permitem avaliar as margens que as vendas estão a Produzir. A comparação entre os
dois racios realça a influência dos encargos de natureza financeira, dos impostos; das depreciações
e amortizações na rentabilidade das vendas da empresa.

Caso Prático – Mapa de Análise Financeiro e Relatório Financeiro

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


ANÁLISES E DECISÕES DE INVESTIMENTOS

A análise e decisão de investimentos consiste na aplicação de técnicas financeiras e contábeis


para determinar qual investimento é mais favorável à organização.
O uso desse método de decisão permite identificar qual iniciativa ou projeto possui maior potencial
de rentabilidade para o negócio, norteando os próximos passos da empresa.
Ao fazer uma análise de Investimento é necessário levar em conta certos requisitos que são muito
importante nas análise de um Projeto de Investimento.

Fontes de financiamento
As fontes de financiamento a que a maioria das pessoas recorre para iniciar uma empresa incluem
os Capitais Próprios (poupanças pessoais) e Capitais de Terceiros (os empréstimos bancários ou
de familiares e amigos).
Fontes Próprios: Esta é a primeira e mais comum forma de financiamento, e é quando o
empreendedor aplica um capital próprio no seu Negócio.
Muitos Empreendedores preferem não Investir grandes quantias no seu negócio, mas pode ser o
ideal quando há dificuldade em vender a ideia para os investidores na fase nascente.
Fontes Externos (Terceiros): Buscar investimentos de conhecidos é um certo tabu, mas não pode
ser descartado como fonte de financiamento. É controverso buscar dinheiro de pessoas próximas
porque, muitas vezes, quem está disposto a investir não tem o perfil do seu negócio. Este problema
é especialmente crítico quando envolve familiares ou amigos muito próximos, quando as
discussões sobre os rumos da empresa podem se misturar às pessoais.
Os empréstimos bancários são a fonte externa de financiamento mais comum. Para determinar
o risco do empréstimo e o montante que está disposta a emprestar à nova empresa, a instituição
de crédito irá avaliar o mérito do projeto, o histórico do empresário junto da instituição de crédito,
as garantias pessoais por ele concedidas e mesmo o montante da sua poupança que se dispõe a
investir.

Analise de Viabilidade econômica – Financeira de um Projecto de Investimento


Como avaliar um investimento não é tarefa para qualquer um, mas para quem está à frente da
organização e preparado para tomar uma decisão, elaboramos este Pacote para que você
compreenda o processo de análise de projetos de investimentos e aprenda a tornar sua empresa
cada dia mais lucrativa.

Os Indicadores Mais comuns numa Análise de Viabilidade econômica – Financeira de um Projecto


de Investimento são:
Indicador de Liquidez que Serve para detectar a capacidade de pagamento da empresa a curto
Prazo, médio e Longo Prazo.
Formula: Activos
Passivos

Indicador de Solvabilidade que indica-nos até que ponte os meios próprios da Empresa são ou
não suficiente para cobertura das dívidas na sua globalidade.
Formula: Capitais Próprios
Passivos

Indicador de Autonomia Financeiro que mede a participação de capital próprio no financiamento


da empresa.
Formula: Capitais Própriosx 100
Activos

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Indicador de endividamento Financeira que Compara o nível de dívida que a empresa contraiu
para financiamento da sua atividade.

Formula: Passivos x 100


Activos

Outros indicadores Utilizados para análise de Viabilidade econômica – Financeira de um Projecto


de Investimento são:

Analise de Risco
Existem dois Indicadores muitas vezes utilizados para Análise dos Riscos de um negócio.
Grau de Alavanca Operacional este Racio vai permitir analisar a estrutura dos custos Fixos na
capacidade geradora de resultados da Empresa. Então quanto mais pesado for essa estrutura,
maior será o grau de alavanca operacional.
Grau de Alavanca Operacional = Margem Bruta
x 100
EBIT
Grau de Alavanca Financeira Este Indicador vai detectar a influência da estrutura financeira,
refletida nos respectivos custos de natureza financeira, ao nível de resultados gerados.
Tal como no rácio anterior, aqui quanto maior no valor obtido, maior é o risco financeiro assumido
pela Empresa.
Grau de Alavanca Financeira = EBIT
x 100
EBT
Vale Mencionar que na prática, são as Empresas mais endividadas junto das instituições
financeiras que apresentam normalmente valores mais elevados para este rácio.

Valor do dinheiro no tempo


O valor do dinheiro muda com o passar do tempo. Não é razoável supor que uma unidade monetária
hoje tenha o mesmo valor em uma data futura.

Método de Capitalização Versus Actualização


Capitalização: é a transformação provocada pelo tempo do capital em capital e Juro. Capitalizar é
esperar que um valor Investido hoje tenha um valor superior do Investido no futuro.
Formula:
VF = VA * (1+i)n
Onde: VF “Valor Futuro”; VA “Valor Actual”; i “Taxa” e N “Tempo”.
(1+i)n esta Expressão é denominado por fator de Capitalização.
Exemplo: Um Investimento de 10.000Akz feito hoje, que vai render 3% como taxa de juro ao ano. O tempo de duração
é 5 anos.
VF = VA * (1+i)n
= 10.000kz * (1+0,03)5 = 10.000Akz * 1,15 = 11.500. No fim dos 5 anos terei como valor futuro Capitalizado de
11.500Akz.

Actualização: é a operação inversa a capitalização, ou seja dado um qualquer valor futuro podemos calcular o valor
atual ou o valor que vale atualmente.
VA = VF * (1+i)-n
Onde: VF “Valor Futuro”; VA “Valor Actual”; i “Taxa” e N “Tempo”.
(1+i)-n esta Expressão é denominado por fator de atualização ou desconto.
Exemplo: Um Investimento que vai render 11.500Akz daqui a 5 anos, considerado 3% como taxa de desconto ao ano.
O tempo de duração é 5 anos.
VA = VF * (1+i)-n
= 11.500kz * (1+0,03)-5 = 11.500Akz *0,85 = 9.775Akz, Isto quer dizer que os 11.500Akz que vai render no futuro,
hoje vale 9.775Akz.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


Valor Actual Liquido (VAL ou VPL)
O VAL pode ser definido como o valor presente de pagamentos futuros descontado uma taxa de
custo de capital.
O VAL é utilizado para medir a viabilidade econômica de um projeto, para dizer se o projeto é viável
ou não?
Formula:
∑𝑛𝑡 1 CFt/(1+i)t o que significa que para chegarmos ao Valor Liquido actual, temos somar o
capital inicial com sinal negativo + a soma de todos resultados gerado no fluxo de caixa atualizado
com método de atualização do valor no tempo (1+i)-n.

Taxa Interna de Retorno (TIR): Outra forma de calcular a análise e decisão de investimentos é
por meio da TIR – Taxa Interna de Retorno,
Para entender melhor a taxa interna de retorno, você deve pensar que ela é a taxa de crescimento
esperado de um projeto. Sendo assim, projetos com uma TIR muito maior que outros terão uma
chance muito melhor de crescimento.
TIR não pode ser calculada de forma analítica. Portanto, para calcular a taxa interna de retorno
podemos usar uma calculadora financeira, um software como o Excel

Payback: é um termo utilizado dentro da gestão financeira para indicar o tempo decorrido do
momento de um investimento inicial até o momento no qual o lucro líquido se iguala ao valor
investido.
O cálculo do Payback de um investimento é bastante simples, e dá ao gestor uma visão rápida
sobre o projeto, permitindo uma tomada de decisão sobre seguir em frente ou não, de acordo com
o risco verificado.
Formula: Investimento total
Lucro Bruto

Ebitda : diferencia-se do lucro operacional por desconsiderar o efeito da depreciação e da


amortização. Assim, ele é o lucro derivado diretamente dos ativos operacionais antes de
computadas as depreciações e amortizações.
Para se Calcular o Ebitda, antes de Tudo é necessário conhecer o lucro operacional ou Resultado
Operacional.
O Formula do Ebitda é a Seguinte: EBITDA= Resultado Operacional + Depreciação +
Amortização.

Administradores necessitam saber o nível mínimo de faturamento que suas empresas devem atingir
de forma a não operar no prejuízo. Este nível é conhecido como ponto de equilíbrio. Ao operar
abaixo deste nível, a empresa apresenta prejuízo. Ao operar acima dele, revela lucro.
O ponto de equilíbrio ocorre quando a Receita Total iguala-se à Despesa Total (Rt=Dt).
Calculo do ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio Contábil = Custos e despesas Fixas / Margem de Lucro
Ponto de Equilíbrio Financeiro = Custos e Despesas de Investimento / Margem de Lucro.

Caso Prático – Mapa de Análise de um Plano de Negócios

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


AUDITÓRIA FINANCEIRA E CONTROLO INTERNO

A auditoria interna é uma atividade independente, de avaliação objetiva e de consultoria, que tem
como objetivo acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização.

Tipos de auditoria
Quanto ao conteúdo e finalidade
 Auditoria das demonstrações financeiras
 Auditoria de conformidade
 Auditoria operacional
 Auditoria de gestão
 Auditoria estratégica
Quanto à amplitude
 Auditoria geral
 Auditoria parcial
Quanto à periodicidade
 Auditoria permanente
 Auditoria ocasional
Quanto ao período temporal que analisa
 Auditoria de informação histórica
 Auditoria da informação provisional ou prospetiva
Quanto à obrigatoriedade
 Auditoria de fonte legal
 Auditoria de fonte contratual
Quanto ao sujeito que a realiza
 Auditoria externa
 Auditoria Interna
Auditor Interno
O auditor interno atua como “o radar” do Conselho Diretivo, verificando o controlo das operações
de forma profunda e pormenorizada. As suas análises e recomendações são uma ajuda valiosa
para o Conselho Diretivo e para os dirigentes de cada área específica, com o objetivo de promover
um controlo mais eficaz, melhorar a operacionalidade e acrescentar valor.
A responsabilidade do auditor interno para com o Conselho Diretivo vai muito para além da
realização de simples exames e verificações. Mais do que uma avaliação, o Conselho Diretivo
necessita de uma orientação por parte da auditoria interna. Ou seja, para além de identificar e
avaliar deficiências do sistema, o auditor interno deverá ser um assessor do Conselho Diretivo.

Controlo Interno
O controlo interno é um processo integrado, efetuado pela gestão ou outra entidade da
organização, e é concebido para a adequada gestão do risco organizacional e para proporcionar
um grau de confiança razoável na concretização da missão da entidade e dos objetivos de:
 Eficácia e eficiência das operações;
 Fiabilidade da informação financeira;
 Cumprimento das leis e normas estabelecidas.
O controlo interno é um processo integrado na medida em que é constituído por um conjunto de
ações que envolve todas as atividades e tarefas do Instituto, utilizado como um meio para atingir
um fim.
A gestão e os colaboradores a todos os níveis têm que estar envolvidas neste processo para lidar
com o risco e assegurar a concretização da missão da entidade e dos seus principais objetivos.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


O sistema de controlo interno deve gerar um ambiente de controlo interno forte, o qual assenta
em três fatores essenciais:
 Integridade;
 Valores éticos;
 Competência das pessoas.

Para a criação de um ambiente de controlo interno sólido é, também, fundamental que exista:
 Uma definição clara dos objetivos e planos da organização;
 Uma estrutura organizativa sólida que:
 Possua uma adequada segregação de funções;
 Facilite o fluxo de informação;
 Possua uma estrutura orgânica adequada para um controlo eficaz.
 Procedimentos efetivos e documentados;
 Um sistema de autorização e de registo que defina claramente o limite das autoridades e
responsabilidades associadas ao controlo interno e os níveis de reporte;
 Um compromisso de qualidade e competência, através da definição clara das tarefas, da formação
e da supervisão;
 Integridade e divulgação dos valores éticos;
 Definição e implementação de metas realistas e incentivadoras;
 Empenho em combater práticas incorretas e comportamentos reprováveis ou nocivos para a
organização.

São vários os tipos de controlo que devem fazer parte de qualquer sistema de controlo interno, os quais
se adequam às necessidades de controlo das organizações. Neste sentido, pode dizer-se que existem:

Controlos de prevenção: objetivo prevenir a ocorrência de factos ou acontecimentos indesejáveis.


Controlos de detecção: seja, a sua finalidade é detectar qualquer tipo de facto indesejável que já tenha
ocorrido e corrigir os seus efeitos negativos.
Controlos diretivos: cuja missão é contribuir ativamente para a ocorrência de factos desejáveis.
Controlos corretivos: que servem para proceder à retificação de qualquer tipo de problema identificado.
Além destes tipos de controlos internos, existe igualmente um conjunto de métodos de controlo interno são
basicamente os seguintes:
 Controlos administrativos: exercício de autoridade, estrutura orgânica, poder de decisão e descrição de tarefas;
 Controlos operacionais: planeamento, orçamento, contabilização e sistemas de informação, documentação,
autorização, políticas, procedimentos e métodos;
 Controlos para a gestão dos recursos humanos: recrutamento e seleção, orientação, formação e
desenvolvimento e supervisão;
 Controlos de revisão e análise: avaliação do desempenho, análise interna das operações e programas,
revisões externas e outros;
 Controlos das instalações e equipamentos: inspeção das instalações e equipamentos.

O Código de Ética tem como objetivo promover uma cultura ética na prática profissional de auditoria interna.
Está subdividido em duas partes. A primeira parte diz respeito aos Princípios Básicos que definem os
princípios éticos que estruturam a profissão de auditoria interna e que são:
 Integridade;
 Objetividade;
 Confidencialidade;
 Competência.
Ética Profissional na Auditoria e Controlo Interno
Tal como referido no Código de Ética da Auditoria Interna, o auditor interno deverá pautar a sua conduta
pessoal e profissional pelos seguintes princípios éticos:
 Integridade
 Objetividade
 Confidencialidade

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


 Competência
 Responsabilidade e Prestação de Contas
 Respeito
 Independência e Imparcialidade.
O auditor interno não deve manter qualquer atividade que possa afetar a sua isenção e independência nem
aceitar nada que possa prejudicar o seu desempenho profissional. Além disso, deve divulgar todos os factos
com relevância material.
A confidencialidade significa que o auditor interno respeita o valor e a propriedade da informação que recebe
e não a divulga sem a devida autorização, a menos que seja obrigado por lei ou pelos regulamentos
profissionais.
Os auditores internos não devem executar atividades operacionais que possam ser posteriormente
auditadas por si.
Programa de trabalho
Tendo por base a recolha de informação e a avaliação do risco, deverão ser preparados programas de
trabalho, os quais estabelecem a natureza e extensão dos procedimentos de auditoria.
Estes programas constituem um conjunto de instruções para os membros da equipa envolvidos na auditoria
e uma forma de controlar e registar a adequada execução do trabalho.
Devem conter os objetivos da auditoria e respetivo cronograma, para cada uma das áreas ou procedimentos.
O programa de trabalho deverá ser estruturado de forma a servir como guia e meio de controlo e, se
necessário, deverá ser atualizado ou revisto, descrevendo os procedimentos e metodologias de auditoria
interna a aplicar.
O Programa de Trabalho, assim como o Plano Anual de Auditoria, devem ser revistos sempre que
necessário no decurso dos trabalhos. O planeamento deve ser atualizado quando se verifiquem alterações
nas condições ou resultados inesperados dos procedimentos de auditoria. As razões subjacentes às
alterações significativas devem ser documentadas.

Considerações de Auditoria Contabilísticas


Conta 31 e 32 – Clientes e fornecedores: Empresa deve confirmar com Regularidade os saldos de Clientes,
pedindo este que confirme os saldos e identifique as diferenças. Este processo deve ser realizado por um funcionar
independente do registo contabilístico e supervisionado Superiormente. Deve-se verificar igualmente a antiguidade dos
saldos de clientes e a sua razoabilidade.
Conta 36 – Pessoal: Gestão do Pessoal: Para cada trabalhador a Empresa deve possuir um processo
Individual e uma ficha Individual onde deve conter:
 Fotocopias dos documentos de identificação; comprovativos de Hab. Acadêmicos e profissionais; e todas
correspondências do trabalhador.
 A ficha do trabalhador deve estar permanentemente atualizado: Nome; Morada; Naturalidade; Filiação; Estado
Civil; Agregado Familiar; Hab. Acadêmicos e profissionais; ordenado-base e históricos de ordenados.
 Empresa de possuir livro de ponte para controlo de entrada e saída;
 Empresa deve elaborar a folha de salário de acordo as horas de trabalho dos trabalhadores e lei geral de
trabalho;
 A folha de salário de ser aprovado e verificado pelo um responsável designado;
 Os pagamento devem ser feito por transferência bancaria para possibilitar a reconciliação posteriormente, deve
sempre emitir um recibo principalmente ser manual.
Conta 43 – Deposito a Ordem: dado a elevado número de movimento que a conta deposito a ordem concentram
e tendo em conta que se trata de dinheiro, deve ser instruído vários procedimentos associados a essa conta, entre elas
fazer a reconciliação Bancaria.
Conta 45 – Caixa: Sendo valor em caixa com mais probabilidade de ser furtado ou desviado, deve ser estabelecido
procedimento de controle interno que diminui este risco de apropriação indevida, nomeadamente:
Constituir um fundo fixo para as despesas correntes; Reduzir os movimentos em caixa, privilegia movimento em banco;
o tesoureiro deve registar todo movimento numa folha de caixa; o responsável financeiro deve fazer uma contagem de
caixa surpresa na presença do caixa.

Relatórios de Auditoria Interna


A atividade de auditoria interna e os respetivos resultados são reportados a diferentes níveis Hierárquicos
da entidade.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


O formato do relatório de auditoria deverá conter um Sumário Executivo, que inclui o objetivo, âmbito e
principais observações/recomendações, descritas de forma sintética, e um Relatório Detalhado que
descreva a metodologia seguida, a equipa envolvida e todas as observações e respetivas recomendações.
Antes da emissão do relatório de auditoria, as observações e recomendações devem ser discutidas com o
auditado, no sentido de verificar a sua adequação.
Os relatórios não devem conter erros ou distorções e ser fiéis aos factos apresentados. A forma como os
dados e a evidência são coligidos, avaliados e resumidos para uma apresentação deverá ser efetuada com
cautela e precisão.
Os relatórios devem ser:
 Claros – de entendimento fácil e lógico.
 Concisos – indo diretos ao assunto e evitando uma elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, e
redundância.
 Construtivos – ajudando o auditado e a Organização e conduzindo a melhorias, quando necessário.
 Completos – não carecendo de nada que seja essencial para o auditado e incluindo toda a informação
relevante e observações que sirvam de suporte às recomendações e conclusões.
 Oportunos – sendo emitidos em tempo adequado, e entregues para uma avaliação cuidadosa daqueles que
podem atuar sobre as recomendações.
 Imparciais – não sendo tendenciais, sendo antes o resultado de uma visão clara e equilibrada de todos os
factos e circunstâncias relevantes.
Os relatórios de auditoria podem assumir diversos tipos, que podem ser classificados da
seguinte forma:
 Relatório de diagnóstico: Trata-se de um relatório claro e inequívoco sobre o problema existente/diagnóstico
feito;
 Relatórios ordinários: relacionados com a implementação do Plano Anual de Auditoria.
 Relatórios especiais: podem resultar de um pedido do Conselho Diretivo e incidirem sobre um tema ou área
específica.
 Relatórios intercalares: quando, no decurso de um trabalho bastante prolongado no tempo, se detetam
incidentes que, pela sua relevância, justificam o respetivo reporte antecipado, ou pelo simples facto de serem
prolongados sejam exigíveis reportes intercalares.
 Relatório de sugestões: são memorandos, onde constam todas as recomendações tendentes a corrigir as
deficiências observadas durante a execução da auditoria.
 Relatório de controlo interno: devem ser públicos e formais. Permitem aos auditores internos fornecer uma
base para o Conselho Diretivo concluir ou emitir uma opinião sobre o controlo interno.
De uma forma geral, existe uma estrutura comum a todos os relatórios de controlo interno
que contempla 5 requisitos base:
 Controlos Relevantes: menção dos controlos associados à obtenção de operações eficazes e eficientes,
demonstrações financeiras, cumprimento de leis e regulamentos bem como a salvaguarda dos ativos;
 Prazo: indicação do período avaliado;
 Pontos fracos importantes: divulgação dos pontos fracos materialmente relevantes, o seu impacto e as ações
corretivas tomadas e/ou planeadas, assim como as recomendações apresentadas;
 Processo de auditoria interna: descrição da estrutura utilizada para planear o processo de auditoria interna
e avaliar se o controlo interno é adequado, incluindo o processo de agregação de auditorias individuais, para
permitir formar uma opinião global;
 Alcance e conclusões: especificação clara do alcance e das conclusões, assim como identificação das
limitações inerentes.
 O relatório deve conter, sempre que for detectado um problema de controlo interno, a avaliação das suas
implicações, da forma como foi detectado, a exposição ao risco ou à não detecção. Além disso, deve também
conter uma descrição das necessárias ações corretivas e as atividades de acompanhamento.

A auditoria deverá auxiliar o Conselho Diretivo da Organização no acompanhamento e controlo da


execução dos instrumentos de gestão provisional, tais como os planos de atividade e o orçamento
financeiro, analisando periodicamente os desvios entre o realizado e o previsto e enunciando, se
for caso disso, as recomendações daí decorrentes.

Caso Prático – Mapa de Auditória Financeira

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba


BIBLIOGRAFIA
Legislação Fiscal Angolana 7 edição.

PGCA Explicado de Marta Guerreiro

O Livro Único – Análise de Investimento e Fonte de Financiamento

IVA – Regime Jurídico e Contabilização

Pratica Contabilística de Fernando Gonçaves e Neves Manuel

Excel Para Profissional de Finanças de Jocildo Figuerredo

Fiscalidade Angolana de Fernando Gonçaves

O Livro Único – Análise das demonstração Financeiras

Gestão e Analise Financeira de Luis Miguel Guerreiro

Coleção Empresarial – Finanças Empresariais

Administração Financeira e Orçamentaria de Fabio Gondim.

By: Formador @ Martinho Daniel Chitumba

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