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Desenvolvimento Mundial Vol. 30, No. 2, pp. 181-205, 2002

- 2002 Elsevier Science Ltd. Todos os direitos reservados.
Impresso na Grã-Bretanha
www.elsevier.com/locate/worlddev 0305-750X / 02 / $ - ver capa
PII: S0305-750X (01) 00109-7

Dimensões do Desenvolvimento Humano

SABINA ALKIRE *
Banco Mundial, Washington, DC, EUA
Resumo. -Se o desenvolvimento humano é '' multidimensional '', então talvez precisemos discutir o que
queremos dizer com multidimensional: o que é uma dimensão, e o que são as múltiplas dimensões de
interesse? Este artigo desenvolve um relato das dimensões do desenvolvimento humano e mostra sua
utilidade e suas limitações - tanto em geral quanto em relação à abordagem da capacidade de Amartya Sen. A
segunda metade do artigo examina outras '' listas '' principais de dimensões que foram publicadas em
estudos da pobreza, psicologia transcultural, filosofia moral, indicadores de qualidade de vida,
desenvolvimento participativo e necessidades básicas, e as compara e contrasta com o relato esboçado aqui. -
2002 Elsevier Science Ltd. Todos os direitos reservados.

1. INTRODUÇÃO: O FENÔMENO DAS '' LISTAS
'' DE EXTREMIDADES HUMANAS EM
LITERATURA ECONÔMICA
Muitas vezes, quando alguém lê um texto sobre
desenvolvimento econômico, social ou humano,
tropeça em uma '' lista '' ou conjunto ou conjunto de
itens que o autor escreveu como ingredientes da
qualidade de vida ou como necessidades humanas
básicas , elementos do vetor de utilidade, aspectos de
bem-estar ou valores humanos universais. A lista pode
ter sido rabiscada rapidamente ou pode ter crescido
reflexivamente, em longas noites silenciosas ou em
análises empíricas penetrantes. Pode terminar com ''
etc. ''1 ou pode tentar ser completo. 2 Pode ser
oferecido como "a opinião de uma pessoa" sobre o
que pode ser "universalmente" verdadeiro, 3 ou pode
ser usado, revisado e oferecido como a melhor (até o
momento) tentativa de um relato geral. 4 Seus
elementos podem ser extremamente vagos 5 ou
bastante específico. 6 Pode ter economia direta 7 ou
implicações políticas. 8 Pode ser apoiado pelo apelo a
argumentos filosóficos, exemplos literários, evidências
qualitativas ou quantitativas, amplo consenso ou bom
senso.
Por que as pessoas engajadas no desenvolvimento fazem
isso regularmente? Talvez eles tenham um palpite de que
certos problemas profissionais poderiam ser resolvidos de
forma mais eficiente com o uso de uma '' lista '' - um simples
conjunto de itens que estimulam a memória. Por exemplo,
- Ao desenvolver uma metodologia para exercícios
comunitários em áreas rurais e urbanas, o
professor e ativista chileno Manfred Max-Neef
construiu uma matriz de 10 necessidades
humanas. A consideração dessas necessidades de
forma participativa permite que uma comunidade
interprete sua própria situação de forma holística.
181
- Após uma extensa pesquisa da literatura sobre
Qualidade de Vida, Robert Cummins identificou
sete domínios de bem-estar que, juntos,
constituem bem-estar. Ele desenvolveu um
instrumento de Pesquisa Abrangente de
Qualidade de Vida, que coleta indicadores
subjetivos e objetivos nesses sete domínios.
- Com base em sua interpretação de Aristóteles, e em
um esforço para estender a abordagem de capacidade
de Sen, Martha Nussbaum tem amplamente
* Sou grato pela significativa paciência, sabedoria e
orientação que várias pessoas me deram enquanto
desenvolvia esses pensamentos desde 1995, e em
particular a Tariq Banuri, Nigel Biggar, Rufus Black, John
Cameron, Dave Crocker, Severine Deneulin, Des Gasper, o
falecido Mahbubul Haq, Manfred MaxNeef, Martha
Nussbaum, Mozaffar Qizilbash, um árbitro anônimo, e
especialmente John Finnis e Frances Stewart e Amartya
Sen. Robert Chambers, Robert Cummins, Deepa Narayan e
Shalom Schwartz também corrigiram
minhas contas de seu trabalho. Equipe da Oxfam Paquistão
ajudou a desenvolver exercícios participativos usando essas
dimensões e me ensinou muito. Versões deste artigo foram
apresentadas nas Conferências da Associação de Estudos de
Desenvolvimento na Grã-Bretanha em 1997 e 1998, na
Universidade de Maryland, na Conferência da Sociedade de
Desenvolvimento Internacional em 1997 e na Queen Elizabeth
House Oxford. Agradeço aos participantes nestes encontros
por suas respostas e observações. Os erros continuam sendo
meus. Claramente, as constatações, interpretações e
conclusões expressas neste artigo são inteiramente de
responsabilidade do autor e não devem ser atribuídas de
forma alguma ao Banco Mundial, às suas organizações
afiliadas, ou aos membros do seu Conselho de Administração
ou aos países onde representar. Veja também Alkire (2000).
Revisão final aceita: 1º de outubro de 2001.
182 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL

divulgou e defendeu uma lista de 10 bem-estar considerado pessoa a pessoa (avaliativo).

capacidades humanas centrais, com a intenção Pois o desenvolvimento humano consiste, como Sen
expressa de que estas deveriam fornecer a base argumentaria, em outras coisas além da conquista do
para “princípios constitucionais que deveriam bem-estar para qualquer pessoa em particular no
ser respeitados e implementados pelos momentot; também considera seus aspectos de
governos de todas as nações”. 9 agência - 12 o que eles são capazes de fazer sobre as
- Ao analisar um grande estudo de Voices of the Poor causas que seguem, como exploração espacial ou
de 23 países em desenvolvimento, Deepa Narayan et salvar as focas. Além disso, consiste em aspectos não-
al. descobriram que seis dimensões de bem-estar individualistas da vida social que são de extrema
emergiram como importantes, de maneiras muito importância. As limitações de espaço exigem esse
diferentes, para as pessoas pobres em todo o mundo. foco.
Argumentarei que, quando olhamos filosoficamente para
- Ao desenvolver o trabalho da Escola de os componentes coexistentes do bem-estar, nos deparamos
Necessidades Básicas, Frances Stewart identificou com uma importante ferramenta prática e teórica que é, muito
10 características da “vida plena”, e Doyal e Gough simplesmente, um conjunto aproximado ou lista de
identificaram 11 “necessidades intermediárias” que dimensões. Como uma ferramenta, como um conjunto de
os governos devem abordar. chaves inglesas, há momentos em que nada mais fará o
Como esses exemplos sugerem, em muitos trabalho. Mas, como qualquer conjunto de chaves, na maior
empreendimentos práticos, sejam eles monitoramento parte do tempo ela ficará na prateleira, sendo calmamente
participativo ou coleta de dados, construção de irrelevante. Outras ferramentas também são cruciais para o
constituição, formulação de políticas ou avaliação de desenvolvimento humano: ferramentas para melhorar a
necessidades, os líderes em desenvolvimento acharam útil distribuição do bem-estar aprimorado, ferramentas para
construir uma lista das diferentes dimensões. aumentar a duração ou a sustentabilidade dessas melhorias, e
Este artigo propõe uma concepção de '' dimensões assim por diante. Elementos do processo também têm
'' do desenvolvimento humano (em visão completa importância substantiva, como o
das discussões vigorosas sobre a utilidade e comunidades de liberdade em curso (especialmente preferências),
e um conjunto aproximado deles (até mesmo mulheres, minorias étnicas e outros grupos excluídos)
embora não seja necessário haver um acordo devem ter seus direitos humanos respeitados e
completo sobre qualquer conjunto exato de participar das decisões que afetam suas vidas; a
dimensões). Discute o que, precisamente, pode institucionalização de serviços transparentes e
significar para a saúde, ou compreensão, ou fé ser eficazes; a capacidade de aprender, de se adaptar, de
uma '' dimensão '' do desenvolvimento humano. capacitar, de visar os mais fracos, de manter tradições
Tendo proposto uma descrição conceitual do que são valiosas ou de inventar novas tecnologias; a obrigação
as dimensões, o artigo então compara e contrasta de cuidar do meio ambiente natural. Mas, neste
diferentes listas de dimensões de várias disciplinas, artigo, vamos deixar todo o resto de lado e focar o
incluindo os exemplos dados. Por fim, discute como a olhar de maneira simples e completa na ferramenta
especificação dessas dimensões pode contribuir de de '' dimensões ''.
maneira limitada, mas significativa, para a teoria e a
prática do desenvolvimento.
Por dimensão Não quero dizer nada incomum: '' 2. POR QUE ESPECIFICAR DIMENSÕES?
qualquer um dos aspectos componentes de uma situação
particular. '' 10 As principais características das dimensões
Por que é necessário especificar as dimensões? Não
são que elas são aspectos componentes de algo, neste é suficiente observar que a renda não é suficiente e
caso, o desenvolvimento humano - que coexiste com deixar que quaisquer dimensões relevantes para a
outros componentes. atividade em questão apareçam naturalmente?
Por desenvolvimento Humano, Refiro-me ao Uma razão fundamental para uma consideração
florescimento humano em seu sentido mais amplo - em séria das dimensões é dar uma base epistemológica e
questões públicas e privadas, econômicas e sociais, empírica segura ao objetivo multidimensional do
desenvolvimento humano. A pobreza, que deve ser
políticas e espirituais. Isso é mais amplo do que algumas
definições de bem-estar que se referem apenas a reduzida, e o bem-estar, que deve ser aprimorado,
privações materiais ou a aspectos de bem-estar têm papéis normativos semelhantes a
informações que podem ser fornecidas publicamente. 11 Eu uso isso como um utilitário máximo. Na definição
neoclássica, porque a busca de objetivos estreitos abordagem, a receita era a métrica que transmitia
afeta aspectos mais amplos do bem-estar. Esta definição utilidade ou valor; portanto, uma estratégia
também é mais restrita do que o desenvolvimento centrado no econômica respeitável era maximizar a renda
ser humano como um todo, porque se relacionasó para nacional per capita, com alguma correção para
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
externalidades e distribuição. Mas a maioria das
discussões agora reconhece que a renda per capita é
um indicador necessário, mas insuficiente de bem-
estar. ORelatório de Desenvolvimento Mundial sobre
Pobreza 2000/2001 toma a multidimensionalidade da
pobreza como ponto de partida, seguindo a tendência
clara da literatura e da prática do desenvolvimento,
desde as necessidades básicas até a abordagem das
capacidades de Amartya Sen. 13 Eles se juntam a
muitos antes que se comprometeram a repensar o
objetivo da atividade econômica e produzir uma
explicação alternativa que seja teórica e
empiricamente defensável, ao mesmo tempo que é
flexível e apropriada a diversos cenários culturais e
políticos.
Esse repensar se encaixa na sucessão de discussões
sobre utilidade e seus componentes. John Stuart Mill
argumentou que os componentes do vetor de
utilidade não podiam ser somados - a utilidade era,
talvez, multidimensional.14 Mas, ao contrário de
discussões anteriores, hoje um repensar do "objetivo"
do desenvolvimento humano pode ser informado por
dados transculturais em grande escala sobre os
valores das pessoas, situações de vida objetivas e
bem-estar subjetivo, que não estavam disponíveis há
50 anos quando o debate de '' utilidade '' foi
descartada como uma batata quente das revistas
econômicas, ou mesmo 30 alguns anos atrás, quando
a escola de Necessidades Básicas surgiu. 15 Há um
infeliz falta de consciência dos estudos mais subjetivos
e psicológicos nos círculos de desenvolvimento.
Portanto, pode ser interessante revisitar velhas
questões sobre a utilidade e o objetivo normativo da
atividade econômica à luz de estudos recentes sobre
valores humanos. Pois, como Sen escreveu em 1970,
"parece impossível descartar a possibilidade de
discussão científica frutífera sobre julgamentos de
valor."16 Para empreender tal pesquisa sem tropeçar
no problema de que você não pode derivar um ''
deveria '' de um '' é '' requer uma estrutura filosófica
clara como a apresentada abaixo.
Uma segunda razão fundamental é prática e está
relacionada à necessidade de metodologias eficazes para
as comunidades avaliarem as compensações. Uma
abordagem multidimensional para o desenvolvimento,
conforme exemplificado na abordagem de capacidade de
Amartya Sen, requer muito mais opções de valor a serem
feitas explicitamente - seja por instituições democráticas
que podem ser escrutinadas publicamente, por
participação em reuniões de bairro ou por debate público
- em vez de depender do mercado. Essa necessidade de
escolhas explícitas de valores pode ser um ponto forte, na
medida em que capacita diversos grupos de uma
sociedade a moldar seu bem comum. No entanto, as
comunidades precisam descobrir como podem
183
exercer essa liberdade de maneira econômica e confiável -
eles precisam de metodologias simplificadas para um
debate público eficaz. 17
Uma terceira razão fundamental é que um conjunto
de dimensões pode ajudar os grupos a identificar
impactos indesejados. Como o livro dos Marglins
Conhecimento Dominante aponta, “um grande
problema é precisamente que historicamente o
crescimento expandiu a escolha apenas em algumas
dimensões, enquanto restringiu a escolha em outras”.
18 Dentro Desenvolvimento como Liberdade Sen
argumenta que as consequências não intencionais de
investimentos e políticas de desenvolvimento, que
também foram analisadas por Smith, Menger e Hayek,
podem e devem ser previstas e levadas em
consideração em um processo de tomada de decisão.
19 Com a globalização aumentando a tensão entre os
valores culturais e os valores econômicos, esse
problema se agrava. Pode haver um tremendo valor
prático em se referir habilmente, com um olhar
mental, a um conjunto de dimensões do
desenvolvimento humano, a fim de iniciar conversas
sobre objetivos ou para garantir que nenhum efeito
colateral negativo óbvio de uma iniciativa proposta
seja esquecido. Nenhuma metodologia prática pode
eliminar escolhas difíceis, muito menos pode uma
ferramenta. Mas pode ajudar os grupos a fazerem
escolhas mais informadas e reflexivas.
Uma razão final para este estudo relaciona-se
simplesmente à economia política das idéias: teorias que
não são amigáveis ao usuário não se espalham. Nesse
tema, poderíamos nos beneficiar considerando a
trajetória histórica da escola de educação básica.20 Como
o escrutínio de uma série de textos de necessidades
básicas confirmaria, 21 a abordagem das necessidades
humanas básicas defendia o desenvolvimento humano.
Seus interesses não se limitavam às exigências físicas de
uma vida minimamente decente e ele não era culpado da
alegação de Sen de que tinha um "fetiche de mercadoria".
22 Ainda assim, na prática, um procedimento amigável
nunca pegou em como definir as necessidades humanas,
ou em qual era o papel da participação neste processo de
definição de necessidades. 23
Portanto, o programa do Banco Mundial e os esforços
iniciais da OIT, entre outros, seguiram o que parecia claro,
que os '' exemplos '' de necessidades básicas
freqüentemente citados se concentravam em saúde,
educação, vestuário, abrigo, saneamento e higiene.
Portanto, os programas forneceram commodities para
atender a essas necessidades. A sua (má) interpretação
rígida da abordagem das necessidades humanas básicas
levou às críticas levantadas por Sen, Ravallion e outros24
aquelas necessidades básicas programas eram frequentemente, na
prática, excessivamente focados nas demandas de commodities,
mesmo que as necessidades humanas básicas aproximação era
muito mais holístico. Para essas instituições,
184 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
as abordagens de commodities eram amigáveis ao
usuário; abordagens participativas de múltiplos valores,
não. A nova onda de abordagens multidimensionais para
o desenvolvimento será vulnerável a subversões
semelhantes por (des) interpretação até que sejam
capazes de lidar de forma muito mais direta e prática com
os exercícios de avaliação implícitos em uma abordagem
multidimensional.
(uma) Dimensões e capacidades
Considere como as “dimensões” podem se
relacionar com uma abordagem de desenvolvimento,
a saber, a abordagem de capacidade de Amartya Sen.
Nesta abordagem, desenvolvimento não é definido
como um aumento do PIB per capita, ou apenas em
medidas de consumo, saúde e educação, mas como
um expansão da capacidade. 25 Capacidade se refere a
uma pessoa ou grupo liberdade para promover ou
alcançar funções valiosas. '' Representa as várias
combinações de funções (seres e ações) que a pessoa
pode realizar. ''26 As capacidades podem estar
relacionadas com coisas próximas da sobrevivência (a
capacidade de beber água limpa) ou aquelas que são
um pouco menos importantes (a capacidade de visitar
uma tia, a capacidade de comer doces ricos). O
definição de capacidade não delimita um determinado
subconjunto de capacidades como de importância
peculiar. Em vez disso, Sen argumenta que a seleção
de recursos nos quais se concentrar é umjulgamento
de valor isso deve ser feito explicitamente e, em
muitos casos, por um processo de debate público. 27
Assim, ao contrário das abordagens das necessidades
humanas básicas, Sen absteve-se de desenvolver (i) uma
lista de capacidades básicas e (ii) um procedimento para
identificar quais categorias e quais capacidades dentro
das categorias deveriam ter prioridade.
Por 15 anos, no entanto, alguns críticos da
abordagem da capacidade reclamaram porque
Sen não dá mais orientações sobre quais
capacidades são especialmente valiosas.
Dada a rica gama de funções que Sen considera relevantes,
dada a extensão da discordância entre pessoas razoáveis
sobre a natureza da vida boa, e dado o problema não
resolvido de como definir conjuntos de valores, é natural
perguntar até que ponto está a estrutura de Sen
operacional. 28
Frances Stewart defende que a abordagem das capacidades
seja fortalecida pela '' avaliação de que a prioridade deve ser
dada ao alcance das capacidades básicas ''. 29 Martha
Nussbaum propôs um conjunto de dez capacidades humanas
centrais, universais e normativas, a serem protegidas por
garantias constitucionais. Mas seu trabalho é voltado para o
nacional
órgãos legislativos e não dá muita orientação para
iniciativas microeconômicas específicas, por exemplo,
que exigem muito mais de uma abordagem
participativa. Uma ferramenta que contribuiria para
identificar capacidades valiosas seria um conjunto de
dimensões de valor. Outras ferramentas orientadas
para o processo também seriam necessárias.
Seria bom, antes de continuar, revisar a maneira
como Sen conceitualmente reconheceu tais críticas
e defendeu sua própria posição, porque, ao fazê-lo,
reconheceremos os problemas potenciais que
quaisquer conjuntos de dimensões podem ter. Sen
reconhece que as capacidades devem ser
identificadas, e podem ser classificadas do mais
central ao trivial, que ambas as tarefas envolvem
um exercício de avaliação e mesmo que '' é a
avaliação com a qual estamos, em última análise,
preocupados na abordagem de funções ''.30 Ele
também reconhece que a identificação das
capacidades básicas é praticamente necessária
para a medição e análise da pobreza. 31 Além disso,
Sen sustenta que a visão aristotélica de Nussbaum
(de que se pode identificar uma única lista de
funcionamentos que constituem a vida boa) '' não
seria inconsistente com a abordagem da
capacidade. . . mas énão, por qualquer meio,
requeridos por isso.'' 32
Sen resiste a especificações adicionais porque
isso seria controverso e, como ele argumenta, “não
é óbvio que para a filosofia política e social
substantiva seja sensato insistir que todas essas
questões gerais sejam resolvidas antes de um
acordo é alcançado sobre a escolha de um espaço
avaliativo. '' 33 Por exemplo, Sen argumentou que a
visão “de Nussbaum da natureza humana (com a
lista única de funções de Aristóteles para uma boa
vida humana) pode ser tremendamente
exagerada. . . '' e que a introdução de tal lista
exigiria '' uma grande extensão como uma teoria
para avaliação prática. '' Além disso, Sen observa
que há um valor positivo em uma teoria
incompleta que é '' consistente e combinável com
várias teorias substantivas diferentes '' e que
podem ser preenchidas por acordo fundamentado,
por si só um processo valioso.34
A conclusão desta excursão na abordagem
das capacidades, que fornece a base filosófica
do desenvolvimento humano aceita neste
artigo, é que, se um conjunto de dimensões
deve ser proposto, ele deve evitar ser derivado
de um determinado metafísico ponto de vista,
sendo especificado demais, e sendo também
prescritivo. Eu já argumentei que sem acordo
sobre algum tipo de estrutura multidimensional
cum procedimento para-identificar-local-
valorizado-e-relevante-ca-
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
conjuntos de habilidades, as abordagens multidimensionais
para o desenvolvimento são operacionalmente vazias e correm
o risco de ser misentendido e misoperacionalizado por
profissionais. Portanto, a questão agora é se existem maneiras
de conceituar dimensões do desenvolvimento humano que
satisfaçam as preocupações de Sen e de seus críticos. Abaixo,
proponho uma dessas formas; certamente existem outros.
(b) Dimensões: uma conta fundamental
O trabalho filosófico de um grupo
interdisciplinar que inclui John Finnis desenvolveu
uma concepção de "valores humanos básicos" que
parece uma maneira promissora de atender às
preocupações de Sen e oferecer uma ferramenta
útil. 35 Em vez de tentar identificar '' necessidades
básicas '' (com base em considerações biológicas /
psicológicas) ou '' capacidades básicas '' (com base
em uma consideração de necessidade política) ou
algum raciocínio prudencial geral ainda não moral,
a abordagem de Finnis busca para identificar as ''
razões para agir que não precisam de mais razões.
'' 36 Isso parece seco e abstrato, mas, se você
aguentar seguir, é a chave para pensar através das
dimensões. Finnis argumenta que essas razões ou
valores básicos podem ser identificados por uma
pessoa madura de qualquer cultura ou classe
socioeconômica ou nível educacional que se
pergunta, '' por que eu faço o que faço? '' E '' por
que outras pessoas fazem o que eles fazer? '' Ao
refletir sobre '' por que eu / outras pessoas
fazemos o que fazemos? '', uma pessoa está
refletindo sobre suas experiências de vida, sua
situação histórica, relacionamentos, projetos,
gostos, crenças e a vida de outras pessoas que ela
conhece tente ver o '' ponto '' ou o '' valor '' das
diferentes atividades. Ela não está examinando
cientificamente a psique humana, mas usando seu
processo normal de reflexão ou raciocínio sobre o
que fazer.conjunto heterogêneo discreto de razões
mais básicas e simples para agir que refletem a
gama completa de funções humanas.
Por exemplo, posso perguntar, '' por que você veio
para esta palestra noturna sobre os sonhos dos
golfinhos. '' Ao que você pode responder, '' porque me
pareceu interessante. '' Eu perguntaria novamente, ''
por que parecia interessante. ”“ Ao que você pode
responder, ”“ Bem, houve várias razões, na verdade.
Em parte, queria me encontrar com outras pessoas
que me convidaram e ir ao pub depois, e em parte
queria aprender algo radicalmente novo. ”“ Eu
persistiria, como só uma criança de dois anos ou um
filósofo pode, a perguntar: 'por quê?' 'Para o qual você
pode explicar, com sua paciência infinita,' 'On
185
por um lado, vim por amizade, por outro, queria
aumentar meus conhecimentos, isso é tudo que posso
dizer. '' Em outras palavras, os motivos mais simples
que você dá para explicar sua ação referem-se a ''
amizade '' e '' compreensão.''
Finnis escreve que não há '' número mágico '' de
razões básicas, e não há '' necessidade de o leitor
aceitar a presente lista, tal como está, muito
menos sua nomenclatura (que simplesmente
indica categorias de propósito humano que são
cada um, embora unificados, no entanto
multifacetados). '' Mas a ideia é que se as pessoas
de qualquer cultura, em qualquer idioma,
passassem por esse processo introspectivo, elas
iriam chegar a um conjunto dessas razões para a
ação que eram aproximadamente semelhante.
Finnis e seus colegas, ao longo de 30 anos,
sugeriram como seria essa lista. Eles descobriram
que seu conjunto é analiticamente útil37 e dar
conta de "todos os propósitos básicos da ação
humana". 38 As deliberações éticas aplicadas de
Finnis e seus colegas demonstram o poderoso
valor prático de especificar as razões básicas para
a ação (ver Tabela 1). 39
Finnis sugere que essas dimensões são autoevidente (
potencialmente reconhecível por qualquer pessoa) em um
sentido filosófico muito particular que
não implica nem (a) que [a dimensão] seja formulada
reflexivamente ou explicitamente por aqueles que são
guiados por ela, nem (b) que quando for formulada por
alguém, sua formulação será invariavelmente acurada ou
aceitavelmente refinada e suficientemente qualificado, nem
(c) que seja alcançado, mesmo que apenas implicitamente,
sem experiência no campo a que se refere. 40
Eles são incomensurável, o que significa que
todas as qualidades desejáveis de um não estão
presentes no outro, e não há um denominador
único ao qual eles possam ser completamente
reduzidos, 41 e assim irredutível (a lista não pode
ser mais curta). Outra característica das dimensões
é que elas sãonão hierárquico, o que significa que
ao mesmo tempo qualquer dessas dimensões
podem parecer as mais importantes - elas não
podem ser organizadas em nenhuma hierarquia
permanente. No dia de uma atuação significativa
um cantor pode não comer muito, nem ver
amigos, nem ler jornais, nem ir ao mercado,
porque está se preparando para cantar com toda a
ressonância e beleza que pode. A dimensão
estética é periodicamente mais importante para
ele do que a amizade ou a saúde. No longo prazo,
as pessoas e comunidades assumem
compromissos semelhantes que afetam sua
combinação e peso relativo de valores.
186 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL

Tabela 1. Finnis: razões básicas para a ação

Vida em si - sua manutenção e transmissão - saúde e segurança

Conhecimento e experiência estética. ''As pessoas humanas podem conhecer a realidade e apreciar a beleza e tudo o que
envolve intensamente suas capacidades de saber e sentir. ''

Algum grau de excelência em Trabalhe e divirta-se. ''As pessoas humanas podem transformar o mundo natural usando realidades,
começando com seus próprios corpos, para expressar significados e servir a propósitos. Essa criação de significado e valor
pode ser realizada em diversos graus. ''

Amizade. ''Várias formas de harmonia entre indivíduos e grupos de pessoas - vivendo em paz
com os outros, vizinhança, amizade. ''
Auto-integração. ''Dentro dos indivíduos e de suas vidas pessoais, bens semelhantes podem ser realizados. Pois os sentimentos podem entrar em conflito
entre si e estar em desacordo com seus julgamentos e escolhas. A harmonia que se opõe a tal perturbação
interior é a paz interior. ''

Autoexpressão ou Razoabilidade Prática. ''As escolhas de uma pessoa podem entrar em conflito com seus julgamentos e comportamento
pode deixar de expressar seu eu interior. O bem correspondente é a harmonia entre os julgamentos, escolhas e
desempenhos de alguém - paz de consciência e consistência entre o eu e sua expressão. ''

Religião. ''A maioria das pessoas experimenta tensão com os alcances mais amplos da realidade. Tentativas de obter ou melhorar a harmonia
com alguma fonte mais do que humana de significado e valor assumem muitas formas, dependendo da visão de mundo das pessoas.
Assim, outra categoria. . .éPaz com Deus, ou os deuses, ou alguma fonte não teísta, mas mais do que humana de significado e valor. ''

Fonte: Grisez et al. (1987).

A abordagem '' razões básicas para a ação '' em
Finnis 'compreende um conjunto de razões a partir
das quais as pessoas agem em busca de' 'totalidade'
'ou' 'bem-estar,' 'em busca de' 'desenvolvimento
humano' '. ser precisamente, e talvez mais
simplesmente, considerado como as dimensões do
desenvolvimento humano.
(c) Dimensões do desenvolvimento humano e da
capacidade: uma proposição
Deixe-me sugerir um conceito funcional de
dimensões que tenta cristalizar a discussão até
agora. Dimensões do desenvolvimento humano
são não hierárquico, irredutível, incomensurável e,
portanto, básico 42 tipos de fins humanos. As
dimensões não derivam nem dividem uma ideia
sobre o que é uma vida boa, mas sim valores ou ''
razões para a ação '' que pessoas de diferentes
grupos de línguas e bairros poderiam reconhecer
com base em razões práticas - isto é, por conta
própria experiência de descobrir o que eles vão
fazer, ou em sua observação da experiência de
outras pessoas. 43
Em outras palavras, as dimensões do desenvolvimento
são como as "cores primárias" dos valores. Uma gama
infinita de tonalidades pode ser feita a partir de nossas
cores primárias, e nem toda pintura (ou vida ou
comunidade ou projeto de geração de renda) usa todas ou
mesmo a maioria das tonalidades. Mas se, por exemplo,
todos os tons de amarelo estivessem totalmente
ausentes, então meu entendimento de cor seria
consistentemente enviesado. Da mesma forma,
embora nem todas as atividades da comunidade
reflitam todas as dimensões, setudo faltarem
expressões da dimensão da amizade (como
solidariedade, compaixão e afeto), então nossa
estrutura de desenvolvimento humano pode ser
fundamentalmente distorcida. A base epistemológica
que Finnis esboça para essas dimensões - baseada
apenas na razão prática (é), mas formando a base
para a reflexão ética (ought), é uma contribuição
fundamental. Seu relato esclarece como outros não
foram capazes, a relação que as dimensões
"universais" do desenvolvimento podem ter (i) com
dados empíricos de pesquisas, (ii) com reflexões sobre
valores dentro de muitas culturas diferentes, e (iii)
com propostas normativas sobre o que as instituições
que desejam promover o '' desenvolvimento '' ''
deveriam '' ou '' não deveriam '' empreender.
Percorremos um longo caminho. Começamos
observando o fenômeno da criação de listas com fins
humanos entre economistas e cientistas sociais e a
necessidade de uma ferramenta para pensar sobre os fins
humanos múltiplos. Em seguida, refletimos sobre o uso
prático que essas listas genéricas e universais teriam (se
existissem) nas ciências sociais. Seguiu-se uma excursão
lateral ao trabalho de Amartya Sen sobre capacidades,
onde a questão foi reformulada em termos da
necessidade de uma estrutura de capacidades humanas, e
algumas armadilhas a serem evitadas foram anotadas.
Finalmente, a Parte I concluiu com uma sugestão simples
de que a explicação fundamental de Finnis das razões
básicas para
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
ação ser considerada como '' dimensões do
desenvolvimento humano. ''
3. O CONJUNTO DE DIMENSÕES
A segunda parte deste artigo tratará da tarefa
restante, que é, grosso modo, expor as dimensões do
desenvolvimento humano. Ele o fará de maneira
muito simples, considerando um conjunto de
conjuntos possíveis que são empiricamente ou
teoricamente comprovados. Filosoficamente, essa
piscina será considerada "não". . . por meio de
qualquer 'inferência' da universalidade ou da
'natureza humana' aos valores (uma inferência que
seria meramente falaciosa), mas por meio de um
conjunto de lembretes da gama de atividades e
orientações possivelmente valiosas abertas a um. ''44
Além do conjunto de valores humanos básicos de
Finnis, devemos considerar uma série de
componentes do bem-estar ou florescimento humano
que foram apresentados pela filósofa Martha
Nussbaum, de Manfred Max-Neef, que chega a um consenso. '' 48 Por "consenso sobreposto", ela
trabalhou praticamente na identificação e na reunião pretende a mesma definição de John Rawls: ''
necessidades básicas na América Latina, por
Robert Chambers, Deepa Narayan e outros que
contribuíram para o estudo Voices of the Poor do
Banco Mundial, por Shalom Schwartz, um
psicólogo que fez pesquisas transculturais em
grande escala sobre valores, e por Robert
Cummins, Maureen Ramsay, Len Doyal e Ian
Gough, que pesquisaram e sintetizaram "listas" de
necessidades humanas em diferentes literaturas.
Este artigo afirmou no início que, embora não
haja escassez de '' listas '' de bem-estar / valores / lista atual é proposta '' de uma forma socrática,
necessidades humanas, os autores desenvolveram
suas listas em resposta a diferentes questões,
portanto, os itens nas listas representam
diferentes tipos filosóficos das coisas. Não seria
adequado simplesmente ordenar os itens de
palavras lexicais em categorias, pois tal exercício,
além de ser impossível porque as mesmas palavras endossados para fins políticos, como a base moral
são definidas de maneira diferente em listas
diferentes, representaria erroneamente o projeto
subjacente de cada autor. Assim, começo
apresentando brevemente cada autor cuja lista
deve ser considerada e esboçando, com uma
brevidade infeliz, como a lista surgiu em seu
próprio trabalho. A relação entre seu trabalho e as
dimensões estabelecidas na Parte I deste artigo é
elaborada individualmente para cada autor.
(uma) Martha Nussbaum: capacidades humanas básicas
Martha Nussbaum, professora de Direito e
Ética da Ernst Freund na Universidade de
187
Chicago está desenvolvendo uma explicação neo-
aristotélica dos valores universais '' como uma base
para os princípios políticos básicos que devem
subscrever as garantias constitucionais ''. 45 Este relato
articula o florescimento humano em termos de
capacidades, que são o conjunto de seres e ações
valiosas que uma pessoa ou sociedade tem uma
possibilidade real (interna e externa) de desfrutar.
Nussbaum identifica uma lista de capacidades básicas
que '' têm valor em si mesmas '' (ao invés de serem
meramente instrumentais), e são específicas, mas
abertas a especificações plurais.46
Sua lista está incompleta; identifica apenas o conjunto
de capacidades humanas que são necessárias para
uma existência humana digna em qualquer lugar. Ela
escreve: '' Eu acredito que podemos chegar a uma
enumeração dos elementos centrais do
funcionamento verdadeiramente humano que podem
comandar um amplo consenso intercultural. ''47 Na
verdade, ela observa que sua lista proposta já foi
revisada várias vezes e que, portanto, em seu estado
atual, já representa uma espécie de '' sobreposição
que as pessoas possam aderir a esta concepção
como o núcleo moral autônomo de uma
concepção política, sem aceitar qualquer visão
metafísica particular do mundo, qualquer visão
ética ou religiosa abrangente particular, ou
mesmo qualquer visão particular visão da
pessoa ou da natureza humana '' (muitos
discordam que ela tenha conseguido isso). 49
Sua lista também é flexível; como ela aponta,
sua lista proposta já foi revisada várias vezes e a
para ser testada contra as mais sólidas de
nossas intuições ''.50
O resultado da investigação de Nussbaum é um
conjunto de capacidades humanas centrais que ''
sempre podem ser contestadas e refeitas '' 51 mas que,
como os 'bens primários de Rawls,' 'podem ser
das garantias constitucionais centrais, por pessoas
que, de outra forma, teriam visões muito diferentes
do que seria uma vida totalmente boa para um ser
humano' '. 52
Nussbaum descreve suas capacidades funcionais
humanas centrais em detalhes consideráveis, porque
as categorias de Nussbaum especificam meios
institucionais ou legais que facilitam as capacidades
em questão. Isso marca sua abordagem como
significativamente diferente da de Finnis, porque
enquanto as categorias dele representam dimensões
genéricas do valor humano, a dela está mais abaixo
no processo operacional e tem intenções
constitucionais e políticas diretas.
188 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL

formulários. Ainda assim, é útil comparar a peça), ou harmonia com um título maior de suas
capacidades centrais. fonte humana de significado e valor. Ela separa
Sua lista de capacidades centrais foi revisada a vida da saúde e integridade do corpo, e da
várias vezes. A versão mais recente, Tabela 2, foi razoabilidade prática do '' controle sobre o meio
explicada sob os seguintes títulos:vida, saúde ambiente ''. Ela também inclui categorias que
corporal, integridade corporal, sentidos, têm uma sobreposição imperfeita com Finnis ':'
imaginação, pensamento, emoções, razão 'sentidos, pensamento e imaginação' '(que
prática, afiliação, outras espécies, brincadeiras e incluem algum conhecimento ) e "emoções".
controle sobre o meio ambiente. 53 Sua categoria de afiliação parece mais ou
Em comparação com o conjunto de razões menos semelhante à amizade de Finnis. A
de Finnis para ações, Nussbaum não inclui categoria '' outras espécies '' é uma proposição
excelência no trabalho (embora ela inclua nova.

Mesa 2. Nussbaum: capacidades funcionais humanas centrais

Vida. Ser capaz de viver até o fim de uma vida humana de duração normal; não morrer prematuramente, ou antes que a própria vida seja assim
reduzido a ponto de não valer a pena viver.

Saúde corporal. Poder ter uma boa saúde, incluindo saúde reprodutiva; para ser alimentado adequadamente; Ter
abrigo adequado.

Integridade corporal. Ser capaz de se mover livremente de um lugar para outro; ter os limites corporais tratados como soberanos,
ou seja, poder estar seguro contra agressão, incluindo agressão sexual, abuso sexual infantil e violência doméstica;
ter oportunidades de satisfação sexual e de escolha em questões de reprodução.

Sentidos, imaginação, pensamento. Ser capaz de usar os sentidos, imaginar, pensar e raciocinar - e fazer essas coisas em um
forma '' verdadeiramente humana '', uma forma informada e cultivada por uma educação adequada, incluindo, mas de
forma alguma se limitando a, alfabetização e treinamento matemático e científico básico. Ser capaz de usar a imaginação e
o pensamento em conexão com a experiência e produção de obras e eventos autoexpressivos de sua própria escolha,
religiosos, literários, musicais e assim por diante. Ser capaz de usar a mente de maneiras protegidas por garantias de
liberdade de expressão com respeito ao discurso político e artístico, e liberdade de exercício religioso. Ser capaz de buscar o
sentido último da vida à sua própria maneira. Ser capaz de ter experiências prazerosas e evitar dores desnecessárias.

Emoções. Ser capaz de ter apegos a coisas e pessoas fora de nós; amar aqueles que amam e se importam
para nós, lamentar a sua ausência; em geral, amar, lamentar, sentir saudade, gratidão e raiva justificada. Não ter o
desenvolvimento emocional prejudicado por medo e ansiedade avassaladores, ou por eventos traumáticos de abuso ou
negligência. (Apoiar esta capacidade significa apoiar formas de associação humana que podem ser mostradas como cruciais
em seu desenvolvimento.)

Razão prática. Poder formar uma concepção do bem e se engajar na reflexão crítica sobre o planejamento
da própria vida. (Isso implica proteção para a liberdade de consciência.)

Afiliação. UMA.Ser capaz de viver para e para os outros, reconhecer e mostrar preocupação com os outros seres humanos,
para se envolver em várias formas de interação social; ser capaz de imaginar a situação do outro e ter compaixão
por essa situação; ter capacidade tanto para a justiça quanto para a amizade. (Proteger esta capacidade significa
proteger as instituições que constituem e alimentam tais formas de afiliação, e também proteger as liberdades de
reunião e discurso político.)B. Ter as bases sociais de respeito próprio e não humilhação; poder ser tratado como
um ser digno cujo valor é igual ao dos outros. Isso envolve, no mínimo, proteções contra a discriminação com base
em raça, sexo, religião, casta, etnia ou nacionalidade.

Outras espécies. Ser capaz de viver com preocupação e relação com os animais, as plantas e o mundo da natureza.

Toque. Poder rir, brincar, desfrutar de atividades recreativas.

Controle sobre o meio ambiente. A. Político.Poder participar efetivamente das escolhas políticas que regem
A vida de alguém; ter direito à participação política, proteção da liberdade de expressão e associação.

B. Material. Ser capaz de deter propriedade (terra e bens móveis), não apenas formalmente, mas em termos de oportunidades reais; e ter
direitos de propriedade em condições de igualdade com os outros; ter o direito de procurar emprego em condições de igualdade com
os outros; estar livre de buscas e apreensões injustificadas. No trabalho, poder trabalhar como ser humano, exercendo a razão prática
e estabelecendo relações mútuas de reconhecimento mútuo com os demais trabalhadores.

Fonte: Nussbaum (2000) reimpresso com a permissão da Cambridge University Press.

 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
(b) Manfred Max-Neef: categorias axiológicas
Manfred Max-Neef, um professor e ativista
chileno, desenvolveu, junto com seus associados,
uma matriz de necessidades humanas. Ele usa essa
matriz, de forma prática, para realizar exercícios
comunitários em áreas rurais e urbanas. A matriz
foi usada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia,
Suécia e, pelo menos, no Reino Unido. O exercício
divide os participantes em grupos de 10 indivíduos,
que se reúnem por dois dias. Em '' um intenso
processo de análise introspectiva, ''54 os grupos
analisam as 10 necessidades e "satisfações" que
têm efeitos construtivos ou destrutivos em sua
sociedade. Eles descrevem quatro tipos de
expressões de cada necessidade: ser (atributos),
ter (ferramentas, normas), fazer (agência) e
interagir (expressões sociais no tempo e no
espaço). Sua análise é provocada por dez classes
de necessidade propostas por Max-Neef.
Por exemplo, a interpretação de uma comunidade
da necessidade humana de '' compreensão '' pode ter
as expressões como na Tabela 3. 55
A classificação de Max-Neef é genérica, como a de
Finnis. Ele propõe que “as necessidades podem ser
satisfeitas em diferentes níveis e com diferentes
intensidades”. Além disso, as necessidades podem ser
satisfeitas no nível do indivíduo, do grupo social ou do
meio ambiente.56 As necessidades que não são
satisfeitas de forma adequada revelam um aspecto da
pobreza humana. Em seu próprio trabalho com
grupos, Max-Neef dedica considerável atenção à tese
de que a pobreza gera patologia social.
Conjunto de necessidades de Max-Neef é pretende ser
exaustiva: indicar todas as dimensões das necessidades
humanas que são universais, embora nem todas possam
ser observadas em todas as comunidades (porque pode
haver necessidades não satisfeitas ou pobrezas). A lista de
Max-Neef permanece '' provisória '' e aberta a
modificações.
Os nove elementos da matriz de Max-Neef são:
Subsistência, Proteção, Afeto, Compreensão,
Participação, Lazer, Criação, Identidade e
Liberdade. Curiosamente, eles formam o paralelo
mais próximo ao conjunto de Finnis: subsistência e
proteção juntas vida paralela; a compreensão é
paralela ao conhecimento; criação e lazer par-
Tabela 3. Max-Neef: quatro expressões da necessidade humana de compreensão
Necessidade Sendo Tendo
Compreensão Consciência crítica, Literatura, professores,
receptividade, curiosidade, método educacional
espanto, políticas,
disciplina, intuição, comunicação
racionalidade políticas
189
allel trabalhar e brincar. Participação e identidade
paralela razão prática. A participação o faz na medida
em que se refere ao valioso processo de tomada de
decisões a que se refere a razão prática. A identidade
o faz na medida em que se refere à bondade das
escolhas que, ao moldar (como toda escolha o faz) a
identidade de quem escolhe, o faz de uma forma que
promove a integridade interna e a autenticidade
externa, ou o que Finnis antes chamava de razão
prática.57 O afeto é paralelo à amizade. Max-Neef não
tem categoria distinta para casamento ou religião /
transcendência. Ele escreve que ainda não acredita
que a transcendência seja uma necessidade universal,
mas pode se tornar assim à medida que a raça
humana evolui.58
(c) Deepa Narayan et al: dimensões de
bem estar
Uma equipe liderada por Deepa Narayan, principal
especialista em desenvolvimento social do Grupo de
Redução da Pobreza do Banco Mundial, incluindo
Robert Chambers, Patti Petesch e Meera Shah,
realizou um estudo pioneiro sobre os valores das
pessoas pobres, intitulado Vozes dos Pobres. Primeiro,
em um estudo intitulado Alguém pode nos ouvir,
Narayan et al. sintetizou 81 avaliações da pobreza
conduzidas pelo Banco Mundial em 50 países. Em
segundo lugar, Narayan, Chambers, Shah e Petesch
conduziram um novo estudo intituladoClamando por
Mudança em 23 países, todos seguindo uma
metodologia participativa padronizada. Ambos os
estudos reuniram dados, incluindo dados subjetivos e
citações dos pobres, e analisaram as informações.
Juntos, os dois estudos representam mais de 60.000
pessoas.59 É pioneiro porque é o único estudo
transcultural dessa magnitude até o momento que
inclui respondentes principalmente pobres,
analfabetos e, em alguns casos, remotos. Como tal, é
de interesse central.
Uma das principais conclusões do estudo foi que
os pobres vêem e experimentam a pobreza como
multidimensional. Essa descoberta surgiu porque
um aspecto desses estudos foi analisar como os
pobres definem a pobreza.60 Dentro Clamando por
Mudança, ''a questão inicial era 'Como as pessoas
definem bem-estar ou uma boa qualidade de
Fazendo Interagindo
Investigar, estudar, Configurações de formativa
experimente, eduque, interação, escolas,
analise, medite universidades, academias,
grupos, comunidades,
família
190 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
vida e mal-estar ou má qualidade de vida? ' Os
facilitadores extraíram e usaram termos locais para que
os participantes se sentissem livres para expressar o que
sentiam sobre uma vida boa e uma vida ruim. ''61
Os relatórios continham citações diretas e resumos
das respostas. Os dados qualitativos foram então
analisados para ver quais componentes de '' bem-
estar '' e (separadamente) '' mal-estar '' emergiram
em comum entre climas e culturas, países e
condições.62 Áreas substanciais de semelhança
foram observadas pela equipe de pesquisa e
descritas na Tabela 4.
Em comparação com as categorias de Finnis, há
uma semelhança notável entre Vozes dos Pobres e
a conta de 1987. DentroVozes dos Pobres,
entretanto, a vida foi subdividida em Bem-estar
Material, Bem-estar Físico (Saúde) e Segurança -
que correspondem à descrição de Finnis da
categoria (saúde corporal, vigor e segurança). O
conhecimento não era proeminente como um bem
em si (embora o capital humano, no sentido
instrumental de ser um ativo, o fosse).
Tabela 4. Narayan et al: bem-estar de acordo com o
Vozes dos Pobres
Bem-estar material: ter o suficiente
Comida
Bens
Trabalhos
Bem-estar corporal: estar e parecer bem
Saúde
Aparências
Ambiente físico
Bem-estar social:
Ser capaz de cuidar, criar, casar e se estabelecer
crianças
Respeito próprio e dignidade
Paz, harmonia, boas relações na família /
comunidade
Segurança:
Paz civil
Um ambiente fisicamente seguro e protegido
Segurança física pessoal
Legalidade e acesso à justiça
Segurança na velhice
Confiança no futuro
Liberdade de escolha e ação
Bem-estar psicológico:
Paz de espírito,
Felicidade,
Harmonia (incluindo uma vida espiritual e religiosa
observância)
Fonte. Narayan et al. (2000, pp. 25-30, 37-38). Veja Narayan
(2000, pp. 32-65) para uma lista semelhante, mas não idêntica.
Trabalho foi mencionado; o jogo não era. Os
relacionamentos eram claramente valorizados e,
embora o casamento não fosse um bem distinto, os
relacionamentos familiares eram diferenciados dos
relacionamentos comunitários mais amplos. A
autointegração, no sentido de autorrespeito e
dignidade e bem-estar psicológico, esteve presente,
assim como a razoabilidade prática, no sentido de
liberdade de escolha e ação. A harmonia com o
sagrado está presente em ambos os relatos.
(d) Shalom Schwartz: valores humanos universais
Shalom Schwartz detém a cátedra Clara e Leon
Sznajdermain como professor de psicologia na
Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele propôs e
revisou uma '' teoria do conteúdo universal e da
estrutura dos valores humanos '' com base em
pesquisas interculturais empíricas. No
desenvolvimento de uma estrutura para a
pesquisa empírica, Schwartz e colegas de trabalho
tentaram formular (i) '' o conteúdo substantivo ''
dos valores, (ii) a '' abrangência '' dos valores
identificados, (iii) se os valores foram alguma
equivalência de significado entre grupos de
pessoas, e (iv) se existe uma estrutura significativa
e identificável de relações entre diferentes valores.
Schwartz define valores como
objetivos transituacionais desejáveis, de importância
variável, que servem como princípios orientadores na vida
de uma pessoa ou outra entidade social. Implícito nesta
definição de valores como objetivos está que i) servem aos
interesses de alguma entidade social, ii) podem motivar a
ação, dando-lhe direção e intensidade emocional, iii)
funcionam como padrões para julgar e justificar a ação, e iv)
eles são adquiridos tanto por meio da socialização de
valores de grupos dominantes quanto por meio de
experiências de aprendizagem únicas de indivíduos. ''63
No decorrer de sua pesquisa, Schwartz testou e
rejeitou a separação de Milton Rokeach dos valores
terminais e instrumentais (modo de conduta). 64 Isso
pode tornar seu trabalho mais difícil de comparar com
o de Finnis do que com os escritores anteriores,
porque os valores universais combinam princípios de
razoabilidade prática e bens humanos básicos. 65 No
entanto, Schwartz afirma que cada dessas áreas de
valor contém aspectos terminais e instrumentais. Se
for esse o caso, então pode-se considerar o alegado
aspecto '' terminal '' de cada valor como uma ''
dimensão '' do desenvolvimento humano comparável
a Finnis '(por exemplo, universalismo e benevolência
devem estar relacionados de alguma forma aos bens
de afiliação / relacionamento com pessoas e outras
espécies).66
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 191

Schwartz testou progressivamente sua teoria em conformidade, tradição e universalismo - que

diferentes países (em todos os continentes habitados),
regiões, religiões e grupos de linguagem, e fez ajustes na
lista de valores ao longo do caminho. Os entrevistados
inicialmente eram geralmente estudantes universitários e
professores de escolas; dados mais recentes incluem 13
quase representativos67 amostras nacionais e oito
amostras com adolescentes. Os respondentes seriam
apresentados a uma lista de cerca de 30 valores terminais
e cerca de 26 valores instrumentais, identificados por duas
ou três frases breves. Os entrevistados '' estabeleceriam
sua escala '' escolhendo e classificando o valor mais
importante como sete ('' de suprema importância ''), o
menos importante
valor como zero. Eles então classificariam como cada relato desses valores considerados de Schwartz se saiu
"como um princípio orientador em minha vida" ered— 75e descobriu que uma clara maioria
em uma escala de um negativo a sete. 68
Schwartz selecionou os 56 valores com base na
literatura de valores 69 e modificou sua lista
substantiva de dimensões de valor em resposta a
evidências de cerca de 200 pesquisas em 64 países
envolvendo bem mais de 60.000 entrevistados. 70 Seu
conjunto atual de abrangentes 71 as dimensões dos
valores são mostradas na Tabela 5.
Schwartz afirma, em defesa dessa lista, que '' [i] t é
possível classificar virtualmente todos os itens
encontrados em listas de valores específicos de
diferentes culturas. . . em um desses dez tipos de
valores motivacionais. ''72 Schwartz também testou um
11º valor, '' o objetivo de encontrar sentido na vida ''
ou espiritualidade, mas descobriu que, uma vez que
não é derivado de requisitos humanos universais 73 e
pode não ser reconhecido em todas as culturas.
As dimensões de Schwartz identificam a segurança
como um valor, mas não um sentido mais amplo de
vida corporal e saúde, e não incluem o casamento.
Realização aparece novamente como um valor que
pode ser paralelo à realização ou '' excelência no
trabalho e no lazer ''. Prazer e estímulo aparecem
novamente, e há novas sugestões - poder,
não foram encontrados nas listas anteriores.
(e) Robert Cummins: domínios da qualidade de vida
Robert Cummins, professor de psicologia na
Deakin University, Austrália, pesquisou a literatura
teórica e empírica sobre a '' qualidade de vida '' e
classificou a terminologia dentro deles em ''
domínios de bem-estar subjetivo ''. 74 Domínios de
bem-estar subjetivo são geralmente usados em
um questionário que perguntaria '' quão satisfeito
você está com domínio?'' Inicialmente, a Cummins
revisou 27 relatos diferentes de domínios de ''
qualidade de vida '' - distintos
apoiava cinco dos sete domínios da Cummins
(bem-estar material e emocional, saúde,
produtividade e amizade); 22% e 30% apoiaram
os domínios restantes de segurança e
comunidade, respectivamente.
Posteriormente, a Cummins '' testou '' seus sete
domínios da seguinte maneira. Foram identificados
mais de 1.500 artigos relacionados à qualidade de
vida. Cummins construiu cinco critérios para permitir
que dados sobre a qualidade de vida fossem incluídos
em seu estudo, e 32 estudos com 1.500 preencheram
esses critérios. Juntos, esses 32 estudos -
predominantemente ocidentais - propuseram 173
nomes de "domínios" para indicadores de qualidade
de vida (o número agregado de domínios foi 351, mas
houve algumas repetições). A Cummins classificou
cada domínio nomeado em uma das sete categorias
ou não o classificou como residual.76
Seu trabalho foi verificado por dois colegas e as
diferenças de opinião foram resolvidas por discussão.
Cummins descobriu que 68% dos 173 domínios de
valores (83% dos 351 domínios mencionados) podem
ser classificados em sete domínios.77 Ele
posteriormente desenvolveu um instrumento de
pesquisa abrangente de qualidade de vida,

Tabela 5. Shalom Schwartz: valores humanos universais

Poder (status social e prestígio, controle ou domínio sobre pessoas e recursos) Realização (sucesso
pessoal através da demonstração de competência de acordo com os padrões sociais) Hedonismo (
prazer e gratificação sensual para si mesmo) Estimulação (emoção, novidade e desafio na vida)

Auto-direção (pensamento e ação independentes - escolher, criar, explorar)

Universalismo (compreensão, apreciação, tolerância e proteção para o bem-estar de todas as pessoas e para a
natureza) Benevolência (preservação e melhoria do bem-estar das pessoas com as quais se mantém contato pessoal
frequente) Tradição (respeito, compromisso e aceitação dos costumes e ideias que a cultura ou religião tradicional
providenciar)

Conformidade (restrição de ações, inclinações e impulsos susceptíveis de perturbar ou prejudicar outras pessoas e violar o social
expectativas ou normas)
Segurança (segurança, harmonia e estabilidade da sociedade, dos relacionamentos e de si mesmo)
192 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL

consistindo em medidas subjetivas e objetivas de não mencione conhecimento, trabalho, diversão ou religião como
qualidade de vida em cada um dos sete domínios. 78 necessidades humanas objetivas.
Os sete domínios são Bem-estar material, saúde,
produtividade, intimidade / amizade, segurança,
(g) Doyal e Gough: necessidades humanas básicas
comunidade e bem-estar emocional. Bem-estar
material, saúde e segurança são claramente
Doyal e Gough (1991) em Uma Teoria da Necessidade
paralelos à dimensão de '' 'vida' 'de Finnis; a
proposto para desenvolver um conceito de necessidade
produtividade pode ser fundamental para a
que é fundamentado tanto filosoficamente 92 e
“excelência no trabalho e lazer”; intimidade /
praticamente - no que diz respeito aos debates sobre
amizade é paralela à amizade de Finnis, pelo
indicadores e outros debates nas ciências sociais. Sua
menos, e provavelmente ao casamento também; o
teoria define as necessidades universais como '' pré-
bem-estar emocional é um subcomponente, talvez,
condições para a participação social que se aplicam a
da razoabilidade prática (harmonia de
todos da mesma forma ''93 e conclui '' que as necessidades
pensamentos e sentimentos); a categoria
universais existem, que conjuntos de necessidades
comunidade é paralela à amizade ou sociabilidade.
básicas e intermediárias podem ser identificados e que os
O que falta na síntese de Cummins (não em suas
graus de satisfação das necessidades podem ser
fontes, nem em Andrews e Withey) é
mapeados. '' 94 Em particular, eles identificam exatamente
conhecimento, razoabilidade prática no sentido de
duas "necessidades básicas" universais - Saúde Física e
escolha significativa e harmonia com uma fonte de
autonomia. A Saúde Física é concebida '' como [a
significado e valor maior do que a humana.
sobrevivência física e] a ausência de doenças específicas,
onde a doença é definida de acordo com o modelo
(f) Maureen Ramsay: psicológico universal biomédico. '' Autonomia de agência é definida como '' a
precisa
capacidade de iniciar uma ação por meio da formulação
de objetivos e crenças '' e requer '' saúde mental,
Um exercício semelhante na consolidação de listas foi
habilidades cognitivas e oportunidades para se engajar na
feito por Maureen Ramsay. Ramsay estava interessado em
participação social. '' Cada subcomponente das
identificar necessidades de saúde física e mental
necessidades é definido posteriormente. Doyal e Gough
"objetivas e essenciais" antes de desenvolver indicadores
especificam onze "necessidades intermediárias",
empíricos para essas necessidades e identificar meios
envolvendo características culturalmente invariáveis de
para satisfazer as necessidades ou restaurar o
commodities que geralmente geram capacidades
funcionamento mental natural. Ela estudou as
desejáveis (ver Tabela 6).
necessidades psicológicas identificadas por 10 autores
(estas são novamente diferentes das correntes de
Essas necessidades são distintas das definições
Rokeach e Andrews): Bretano (1973),79
de “dimensões” de duas maneiras interessantes.
Maslow (1943), 80 Fromm (1956), 81 Nielson Primeiro, Doyal e Gough estão limitando
(1963), 82 Lane (1969), 83 Davies (1963), 84 deliberadamente seu escopo parapré-condições de
Packard (1960), 85 Galtung (1980), 86 Mallman
bem-estar, não o próprio bem-estar. O projeto
(1980), 87 e Krech, Crutchfield e Livson (1969). 88
deles, então, é fundamentalmente diferente do
Ramsay classificou suas listas em seis categorias
atual, pois não pretendia identificar toda a gama
de necessidades baseadas inteiramente na
de áreas relevantes de bem-estar. Sua abordagem
convergência, ao invés de argumentos
é, no entanto, incluída como representativa dos
fundamentados. 89 Seu trabalho é incluído porque
tipos de "necessidades básicas" que muitos outros
se baseia na literatura psicológica que era
também apresentaram.95
conhecida e informou a tradição das necessidades
básicas no desenvolvimento econômico.
Tabela 6. Doyal e Gough: necessidades intermediárias
O conjunto de necessidades humanas de Ramsay é:
Sobrevivência física; Necessidades sexuais;90 Segurança; Amor Alimentos / água nutritivos
e relacionamento; Estima e identidade; e autorrealização.Ela se Carcaça de proteção
Trabalhos
baseia principalmente em estudos clínicos para comprovar
Ambiente físico
que cada categoria é uma '' necessidade ''. 91
Assistência médica
Física e segurança são paralelas à vida de Finnis; amor e Segurança na infância
parentesco são paralelos à amizade e afiliação; estima e Relações primárias significativas
identidade são paralelas à autoexpressão de maneira Segurança física
imperfeita; da mesma forma, a auto-realização é paralela Segurança econômica
à autointegração e à razão prática de maneira imperfeita. Controle de natalidade seguro / educação
básica de procriação
As necessidades sexuais são distintas. Ela faz
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Uma segunda diferença dessa abordagem é que as
necessidades básicas são definidas de forma que seu
cumprimento seja normativo. Embora Doyal e Gough
digam que os '' satisfatórios '' dessas necessidades podem
variar amplamente, eles argumentam que as próprias
necessidades podem ser especificadas (em vários níveis
de especificidade - uma necessidade de estar sem cólera;
uma necessidade de '' adequado '' habitação)sem consulta
da população relacionada. Além disso, como essas
necessidades são entendidas como as "pré-condições" de
uma vida plena, há sempre um dever normativo, eles
argumentam, de atendê-las.
Esses autores, então, fornecem "um conjunto de
lembretes da gama de atividades e orientações
possivelmente valiosas disponíveis para cada um".
96 Os autores vêm de várias literaturas intelectuais
distintas sobre valores. Estudos em diferentes
áreas culturais e geográficas foram incluídos até
certo ponto. Esse conjunto de autores é limitado -
no mínimo, devemos também considerar o
trabalho proeminente em filosofia moral de John
Rawls; a tremenda abordagem da ciência política
estabelecida por Harold Lasswell; Andrews e
Withey, cujo trabalho em grupos de interesse se
destaca em grande parte da literatura de
Indicadores Sociais; e Qizilbash, que publicou sua
lista recentemente neste jornal. Suas dimensões e
outras são definidas no Apêndice A.
Como pode ser aparente, a descrição e
consideração de pelo menos sete listas diferentes
levantam mais questões do que podem ser tratadas
adequadamente, e haveria uma série de maneiras de
organizar uma discussão sobre os pontos levantados.
4. PARA UMA SÍNTESE
Anteriormente, afirmei que o fundamento
epistemológico que Finnis esboça para essas
dimensões - baseado apenas na razão prática (é),
mas formando a base para a reflexão ética (ought)
é uma contribuição fundamental. Afirmei que seu
relato esclarece a relação que as dimensões
"universais" do desenvolvimento podem ter (a)
com dados empíricos, (b) com sistemas de valores
culturalmente diversos e (c) com propostas
normativas. Como é que isso funciona? Max-Neef
(1992) e Grisezet al. (1987) 97 ambos concordam
que as dimensões da natureza que esboçamos
acima devem ter o seguinte:
- As dimensões devem ser valiosas: devem ser
facilmente reconhecíveis como os tipos de motivos
pelos quais a própria pessoa ou outras pessoas agem.
Em outras palavras, eles devem ser "fins" humanos em
vez de apenas meios; valorizado intrinsecamente, em
vez de apenas transmitido instrumentalmente
193
nient (só é importante, pois muitos serão
ambos).
- As dimensões devem '' combinar escopo com
especificidade '': 98 cada dimensão deve ser clara
- o que requer especificidade - embora vaga -
para que pessoas de diferentes culturas e
sistemas de valores os considerem familiares.
As dimensões não devem se sobrepor.
- As dimensões devem ser '' críticas '' e completas:
tomados em conjunto, eles devem abranger
qualquer valor humano. Isso inclui dimensões que
atualmente são avaliadas por alguns grupos, mas
não por outros.
- As dimensões não pertencem a uma visão
da boa vida: As dimensões do florescimento
humano representam os valores básicos que as
pessoas buscam quando "são, fazem, têm e
interagem" - moral ou imoralmente. Não são
virtudes nem qualidades pessoais (gentileza,
respeito próprio).
Eu sugeriria que, se alguém examinasse
cada uma das listas apresentadas no
Apêndice A, de acordo com esses critérios,
poderia chegar a um conjunto de dimensões
que pareciam funcionar - o número e a
linguagem variariam um pouco. Mas pode-se
então usar esse conjunto de dimensões como
uma hipótese de valores universais para mais
testes empíricos, como Schwartz e Diener
empreenderam; como uma '' matriz '' para
discussões participativas sobre planejamento
de desenvolvimento holístico, como Max-
Neef empreendeu, ou para identificar efeitos
colaterais não intencionais de iniciativas de
desenvolvimento propostas, como muitas
organizações não empreenderam; ou como
uma construção teórica das dimensões
ortogonais do desenvolvimento.
Pode-se, neste ponto, propor uma lista definitiva
das dimensões básicas do desenvolvimento humano
com base nas evidências até agora. Acho que um
argumento enérgico sobre a lista definitiva pode não
ser o foco de debate mais útil, pelas seguintes razões.
Primeiro, as listas aqui são parcialmente tendenciosas
para fontes ocidentais; um exercício de síntese deve
levar em consideração uma literatura muito mais
ampla. Não porque as fontes ocidentais sejam
necessariamente tendenciosas (muitas usam dados
transculturais); é porque enquanto não compararmos
seus relatos com os analisados em outras culturas,
não saberemos se o são ou não. Em segundo lugar,
mesmo se alguém propusesse uma síntese, ela
precisaria ser recorrente: (i) testes empíricos e
194 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
(ii) processos participativos de discussão e
deliberação. Como alguém que acredita no valor
de tal participação, prefiro deixar o
arredondamento final para outros - especialmente
porque sempre haverá alguma arbitrariedade
residual em qualquer conjunto de dimensões de
trabalho, mesmo que se prove útil, que é o que os
autores apontaram para quando eles apontam que
suas categorias são '' provisórias, '' e que não há
nenhum '' número mágico '' de elementos.
Terceiro, como os autores mostraram, as listas
podem variar ligeiramente dependendo do projeto
ao qual se aplicam. Finalmente, as listas são úteis
não se forem universalmente aclamadas, mas se
forem efetivamente usadas para enfrentar os
muitos desafios desta geração.
O que espero ter dado é um relato claro de como
um conjunto de dimensões pode ser uma ferramenta
não-paternalista e útil para abordar uma série de
problemas complicados de desenvolvimento, de
exercícios participativos a iniciativas de coleta de
dados, de iniciativas de formulação de políticas
nacionais a debates públicos - em um moda
multidimensional; e como eles podem ser fundados
epistemologicamente de uma forma que respeite os
insights e aspirações de mulheres e homens de todas
as raças, classes e orientações políticas.
5. CONCLUSÃO
Anteriormente, observamos que as reservas de
Sen contra a especificação das capacidades básicas
eram que tal lista deve evitar (a) ser derivada de
um ponto de vista metafísico particular, (b) ser
superespecificada e (c) ser muito prescritiva. A
consideração das dimensões aqui propostas evita
esses encargos. Em termos simples, este relato
aborda o problema da especificação excessiva ao
propor dimensões genéricas que representam as
razões mais básicas para a ação
NOTAS
1. Galtung (1994, p. 20). '' Listas mais longas poderiam ser
imaginadas. ''
2. Max-Neef (1993, p. 20). '' As necessidades humanas fundamentais
são finitas, poucas e classificáveis. ''
3. Griffin (1996, p. 30). '' Não importa se você discorda
da minha lista. ''
4. Finnis (1980, p. 90). '' Eu sugiro que outros
objetivos. . . serão considerados, na análise, formas ou
que são incomensuráveis em espécie (reconhecendo
também que haverá incomensurabilidades nas
expressões de uma única dimensão), em vez de
necessidades, virtudes ou capacidades particulares.
Essa explicação aborda o problema da irrelevância,
estabelecendo essas dimensões com base na razão
prática - dimensões que as pessoas já estão usando
como razões para a ação. Esse relato aborda a
questão da normatividade ao sugerir que essas
dimensões são razões para ações que pertencem
tanto a ações morais quanto imorais; portanto, sua
descrição por si só não permite quaisquer conclusões
morais a respeito das compensações.99 Finalmente, a
identificação de razões básicas para a ação que são
válidas transculturalmente nos compromete com uma
ética amplamente realista (em linha com a abordagem
da capacidade), embora não, aparentemente, com
uma única metafísica.
A discussão acima, e a identificação das dimensões
do desenvolvimento humano, a maioria das
exemplificações das quais não são os objetivos diretos
do investimento econômico, são valiosas para lançar
luz sobre todos os ângulos possíveis de discussão
sobre o desenvolvimento humano e sobre os
respectivos papéis da participação participativa
processos e sistemas de mercado e políticos e
institucionais na sua promoção. 100 Mas é evidente que
as dimensões dependem de recursos em diferentes
graus; que os dados disponíveis nas dimensões e sua
comparabilidade variam dramaticamente; que os
indivíduos e as culturas perseguem essas dimensões
de maneiras radicalmente diferentes e que, para que
o desenvolvimento humano se torne um objetivo
operacional no sentido de uma meta viável para a qual
possam ser concebidos marcos de planejamento,
monitoramento e avaliação, é necessária uma
especificação heróica. No espírito da abordagem da
capacidade, o processo de especificação deve ser
colaborativo, visível, defensável e revisável.
combinações de maneiras de perseguir. . .uma dessas formas
básicas de bem, ou alguma combinação delas. ''
5. Doyal e Gough (1993) '' autonomia ''.
6. Nussbaum (2000) '' Ser capaz de deter propriedade (terra e
bens móveis), não apenas formalmente, mas em termos de
oportunidades reais; e ter direitos de propriedade em
condições de igualdade com os outros; ter o direito de
procurar emprego em condições de igualdade com os outros;
estar livre de buscas e apreensões injustificadas. No trabalho,
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
ser capaz de trabalhar como ser humano, exercitar a
razão prática e estabelecer relações mútuas de
reconhecimento mútuo com outros trabalhadores. ''
7. Doyal e Gough (1993) '' Afirmamos, portanto, que as
necessidades básicas objetivas universais existem, podem ser
identificadas e sua satisfação monitorada. ''
8. Nussbaum (2000, pp. 82-83). '' Vou agora especificar
certas capacidades funcionais básicas que as sociedades
devem visar aos seus cidadãos. ''
9. Nussbaum (2000, p. 5). A teoria de Nussbaum foi
apresentada em Nussbaum (1988, 1990, 1992, 1995a, b,
1998b, 2000). A articulação mais completa dessa
abordagem até o momento está em Nussbaum (2000).
10. The Complete Oxford English Dictionary, 2ª edição
(1989).
11. Essa é a sensação de bem-estar empregada por
Sen (1987, p. 27), mas é diferente, por exemplo, do
conceito de bem-estar de Qizilbash (1997a, b).
12. Ver especialmente Sen (1985, 1992, 1999).
13. Tratamentos explícitos da "multidimensionalidade" do
desenvolvimento incluem Stewart (1985), Bay in Fitzgerald
(1977), Griffin e McKinley (1994, p. 2), Haq (1995), UNDP
(1990), UNESCO (1995 , 1998), Norton e Stephens (1995).
14. Mill distinguiu "os prazeres do intelecto, dos
sentimentos e imaginação e dos sentimentos morais"
dos prazeres da "mera sensação". Sen (1981, p. 194),
citando John Stewart Mill. Veja AristótelesÉtica a
Nicômaco por volta de 1176a. Em economia, veja as
discussões de Cox (1997) na edição de julho.
15. A pesquisa sobre valores começou na década de 1930 e foi
ampliada por Thurston (1959), levando a esforços significativos
(principalmente de natureza psicológica) para estabelecer a
base empírica das necessidades humanas básicas nas décadas
de 1960 e 1970. Fitzgerald pesquisou vários estudos empíricos
em apoio à hierarquia de necessidades de Maslow e concluiu,
com Cofer e Aply, que "a teoria de Maslow das necessidades
humanas não foi estabelecida em nenhuma extensão
significativa" (Fitzgerald, 1977, p. 46). O campo, no entanto,
mudou rapidamente desde então. Ver, por exemplo, Inglehart
(1997), Veenhoven (1993), Schwartz e Bilsky (1987), Narayan
(2000), Narayan, Chambers, Shah e Petesch (2000), Argyle e
Martin (1991), Diener e Suh ( 1997, 2000), Diener, Diener e
Diener (1995), Kahnemanet al. (1999). Apffel-Marglin e Marglin
195
(1996), Bond (1988), Brekke, Luras e Nyborg (1996),
Chambers (1995), Cummins (1997, 2000a, b), Diener
(1995), Gasper (1996a), Illich (1978), Inglehart ( 1993),
Lasswell e Holmberg (1969), Max-Neef et al. (1989), Ng
et al. (1982), Ng (1996), Rawls (1971), Renshon (1974),
Rokeach (1969), Qizilbash (1998), Springborg (1981).
16. Sen (1970, p. 64).
17. Ver, por exemplo, as críticas em Beitz (1986), Basu
(1987), Crocker (1992, 1995), Daniels (1990), Nussbaum
(1993), Qizilbash (1996a, b), Sugden (1993, p. 1953 ),
Stewart (1996), Alkire (2001, Capítulo 1).
18. Apffel-Marglin e Marglin (1990, p. 4).
19. Sen (1999, p. 257).
20. Para breves relatos históricos, consulte, por
exemplo, Gasper (1996b), Hettne (1995, pp. 177-180),
Streeten (1995), Doyal e Gough (1993), Moon e Bruce
(1991), Springborg (1981) .
21. Stewart (1985, Capítulos 1, 2), Streeten, Burki, ul
Haq, Hicks e Stewart (1981, pp. 33-34), Van der Hoeven
(1988, pp. 11-12), Sandbrook (1982, p. 1), Crosswell
(1981, p. 3).
22. Stewart (1985) deixa isso claro no capítulo de abertura. Veja
também a '' função de produção humana '' do PNUD (1990). As
críticas de Sen podem ser encontradas em "Goods and
People" (Sen, 1984, Capítulo 20).
23. Em 1984, Paul Streeten publicou um pequeno artigo que refletia sobre
"questões não respondidas" da abordagem das necessidades básicas:
quem define as necessidades; se a meta fosse o pleno florescimento
humano ou a satisfação das necessidades básicas; onde a participação se
encaixa; quais necessidades as instituições podem legitimamente planejar
atender; como coordenar o financiamento internacional para o
atendimento das necessidades básicas. Esses objetivos ainda requerem
respostas sistemáticas (Streeten, 1984).
24. In Sen (1984, pp. 513-515). Cf Anand e Ravallion
(1993) e Streeten (1995).
25. Sen (1990).
26. Sen (1992, p. 40).
27. Sen (1992, pp. 42-46); e Sen (1999, pp. 76-85).
28. Sugden (1993, p. 1953).
196 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
29 Revisão Econômica Grega. Para outro ângulo sobre a
necessidade de especificar capacidades básicas, veja os
comentários de B. Williams sobre a palestra de Sen's Tanner
sobre o Padrão de Vida (1987, p. 100f). Beitz (1986) também
levantou a dificuldade de identificar a significância relativa de
diferentes capacidades, assim como Gasper.
30. Sen (1985, p. 32), ver também Sen (1987, p. 108f), Sen
(1992, p. 44f), Sen (1982b) '' Description as Choice. ''
31. Sen (1980, 1983, 1993a, b, 1997, 1999).
32. Sen (1993a, b, p. 47).
33. Sen (1993a, b, p. 49).
34. Sen (1993a, b, p. 48).
35. Alkire e Black (1997). Como observamos neste artigo, a
teoria que John Finnis articula é o produto de um esforço
colaborativo entre ele, o criador da teoria Germain Grisez,
Joseph Boyle e outros. É importante mencionar que
muitas pessoas, incluindo Nussbaum, têm a impressão de
que a abordagem de Finnis envolve a restrição
conservadora e paternalista da liberdade humana
quando, na verdade, ele oferece uma defesa liberal da
humanidade das pessoas e da importância do livre
arbítrio. Sustentamos que suas conclusões controversas
sobre homossexualidade e contracepção não são
acarretadas pelos fundamentos de sua teoria e, mais
importante, que esses fundamentos, que foram
desenvolvidos com um alto grau de precisão analítica, têm
muito a oferecer para estender a abordagem de
capacidades. Veja também Finnis (1997, 1998, 1999).
36. Grisez, Boyle e Finnis (1987, p. 103).
37. '' Desta forma, podemos desvendar analiticamente até
mesmo convenções, normas, instituições e ordens de
preferência muito peculiares, como o código de honra
aristocrático que exigia ataques diretos à vida em duelos. ''
Finnis (1980, p. 91 )
38. Finnis (1980, p. 92).
39. Essas deliberações éticas obviamente requerem mais
princípios morais. Para uma introdução a eles, veja Alkire
e Black (1997), George (1993, Introdução), Finnis (1980,
Capítulo V), Grisezet al. (1987).
40. Finnis (1980, p. 68).
41. Obviamente, as comparações ocorrem e têm
algum fundamento racional (Griffin, 1986, Capítulo V;
Finnis, 1980, 1996), mas compreendem escolhas ou
compromissos livres (que constituem a identidade), e não uma
simples maximização.
42. Existem basicamente duas maneiras de usar o termo
básico. O primeiro é pensar em todas as capacidades, físicas e
emocionais, intelectuais e espirituais, e encontrar o menor
número de tipos diferentes que, no entanto, mapeiam toda a
gama de capacidades. O segundo é considerar um
subconjunto do primeiro - a saber, aquelas capacidades que
são "básicas" para a sobrevivência humana, dependem de
recursos materiais e podem ser fornecidas publicamente. Este
artigo considera apenas o primeiro porque, estranhamente, é
o mais fácil de identificar, sendo menos uma função de ideias
culturalmente específicas de responsabilidades institucionais e
distinções público / privado.
43. Para uma descrição filosófica das dimensões, ver
Finnis (1980, 1983) e Alkire e Black (1997).
44. Finnis (1980, p. 81).
45. Nussbaum (2000, pp. 70-71).
46. Nussbaum (2000, p. 74). O relato de Nussbaum sobre a
abordagem das capacidades é desenvolvido em Nussbaum
(1988, 1990, 1992, 1993, 1995a, b, 1998b, 2000).
47. Nussbaum (2000, p. 74).
48. Nussbaum (2000, p. 76).
49. Nussbaum (2000, p. 76).
50. Nussbaum (2000, p. 77).
51. O processo para refazer isso não é muito claro; ver
Alkire e Black (1997).
52. Nussbaum (2000, p. 77 e p. 74, respectivamente).
53. Como Finnis e Griffin, a lista de Nussbaum evoluiu
com o tempo. Ver, por exemplo, Nussbaum (1993,
1995b, 1998a, b, 2000).
54. Nussbaum (1993, p. 42).
55. Da Tabela 1, Max-Neef (1993, pp. 32-33).
56. Max-Neef (1993, p. 18).
57. Em Grisez et al. 'Na formulação de s (1987), a identidade pode
ser paralela à autoexpressão.
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
58. Max-Neef (1992, p. 27). Veja também Schwartz (1992). Max-
Neef não dá um relato completo da evolução das necessidades
humanas nem dos processos para reconhecer o surgimento
de novas necessidades. Portanto, sua explicação conceitual
das necessidades é incompleta, porque não está claro, por
exemplo, como ele determina se a "transcendência" é ou não
agora uma necessidade universal.
59. Aproximadamente 40.000 no primeiro estudo; 20.000 no
segundo.
60. Essa afirmação parece ser uma contradição em termos
(se você pedir a uma pessoa pobre para definir pobreza,
então implícita em sua seleção de pessoas a serem
abordadas já está uma definição de pobreza). Mas o
procedimento seguido foi indagar em cada local quem era
pobre na aldeia ou bairro, reunir um grupo daqueles que
a comunidade considerava pobres e discutir com esses
grupos os conceitos de bem-estar e mal-estar. Capítulo 1
deVozes dos pobres: Qualquer pessoa pode nos ouvir
(Narayan, 2000) ilustra as dimensões; O Capítulo 2 relata
como os pobres definem bem-estar e mal-estar.
61. Narayan et al. (2000, Capítulo 2).
62. As dimensões do mal-estar não eram imagens espelhadas do
bem-estar, embora algumas comparações diretas fossem, é claro,
observadas (por exemplo, comida). Eu considero as dimensões de
bem-estar que emergiram, porque estas são a coisa mais próxima
de uma definição prática baseada na razão do florescimento
humano pelos pobres.
63. Schwartz (1994b, p. 21) ver também Schwartz e
Bilsky (1987, 1990) e Schwartz (1992).
64. Veja Schwartz e Bilsky (1987, pp. 15-16, 36-37). A
validade de sua hipótese para testar a distinção
instrumental terminal pode ser contestada, mas a
discussão desses procedimentos está bem fora dos
limites deste artigo.
65. Ver especialmente o relato de Finnis sobre os princípios em
Chang (1997).
66. Alternativamente, pode-se considerar os 30 valores
terminais testados - ver Schwartz (1992, pp. 60-61).
67. Amostras quase representativas representam subgrupos
em proporções semelhantes às suas proporções populacionais
e cobrem toda a gama de idades, gênero, ocupações e níveis
educacionais. Mas as amostras quase representativas não
empregam técnicas de amostragem rigorosas. Os 13 países
incluem '' Austrália - uma amostra quase representativa de
adultos de Adelaide (n ¼ 199); Chile — um representante
197
amostra nacional representativa (n ¼ 304); China - uma amostra
quase representativa dos trabalhadores da fábrica de Xangai (n ¼
208); Alemanha Oriental - uma amostra quase representativa de
adultos de Chemnitz (n ¼ 295); Finlândia — dois representativos na-
amostras tradicionais em média (n ¼ 3120); França — a
amostra nacional representativa (n ¼ 2339); Israel - uma
amostra quase representativa de adultos em Jerusalém (n
¼ 170); Itália - uma amostra nacional representativa (n ¼
210); Japão - uma amostra representativa de adultos de
Osaka (n ¼ 207), Holanda - uma amostra nacional
representativa de homens empregados (n ¼ 240); Rússia,
uma amostra representativa de adultos em Moscou (n ¼
189); África do Sul - uma amostra representativa de
brancos empregados em Midrand (n ¼ 249); Alemanha
Ocidental - uma amostra quase representativa de adultos
de vários estados (n ¼ 213). '' Citado de Schwartz, Personal
Communication, 19 de maio de 1999.
68. 7: de suprema importância. 6: muito importante. 5, 4 não
marcado; 3: importante. 2,1 sem etiqueta. 0: não é importante.
- 1: oposto aos meus valores.
69. Schwartz cita Rokeach (1973), Braithwaite and Law
(1985), Chinese Culture Connection (1987), Hofstede
(1980), Levy e Guttman (1974), Munro (1985) e o ''
exame de textos sobre religião comparada e de
consultas com os estudiosos muçulmanos e drusos
”(1992, p. 17).
70. Schwartz (1994) resume o progresso até essa data. Seu
trabalho também cruza referências a outras teorias e
pesquisas de valores. Os 64 países incluem dois africanos, dois
norte-americanos, quatro latino-americanos, oito asiáticos,
dois sul-asiáticos, oito europeus europeus, um do Oriente
Médio, 14 europeus, dois mediterrâneos, Austrália e Nova
Zelândia.
71. Para uma explicação do teste de abrangência, ver
Schwartz (1992, p. 37).
72. Schwartz (1994, p. 23).
73. Schwartz identifica três requisitos universais:
necessidades dos indivíduos como organismos biológicos,
requisitos de interação social coordenada e requisitos
para o bom funcionamento e sobrevivência de grupos. A
discussão das descobertas empíricas da espiritualidade
está em Schwartz (1992).
74. Cummins (1996).
75. O trabalho seminal na pesquisa de indicadores sociais foi
Andrews e Withey (1976), que identificou 29 "grupos de
interesse" para pesquisas de indicadores sociais Andrews e
198 DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
Withey (1976, pp. 380–39); esta literatura desenvolve seu
trabalho.
76. Uma tabela desses termos e o resíduo aparece em
Cummins (1996, p. 309).
77. Cummins (1996, p. 309).
78. Este instrumento pode ser baixado de http: //
acqol.deakin.edu.au/instruments/ComQol_A5.rtf.
79. Bretano propôs uma hierarquia de 10 necessidades, que
devem ser satisfeitas progressivamente no desenvolvimento
humano: manutenção da vida, necessidades sexuais,
reconhecimento pelos outros, provisão para bem-estar após a
morte, diversão, provisão para futuro, cura, limpeza, educação
na ciência e na arte, precisa criar.
80. Maslow estabeleceu cinco categorias de necessidades, novamente ordenadas
em uma hierarquia: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança,
necessidades de pertencimento e amor, necessidades de estima, necessidades de
autorrealização.
81. Fromm estabeleceu cinco necessidades: relacionamento,
transcendência-criatividade, enraizamento, senso de identidade e
individualidade, a necessidade de um quadro de orientação e
devoção.
82. Nielsen tentou identificar '' alguns dos elementos centrais ''
da necessidade humana - 14 no total: amor, companheirismo,
segurança, proteção, senso de comunidade, trabalho
significativo, senso de envolvimento, sustento e abrigo
adequados, gratificação sexual, diversão, descanso, recreação,
reconhecimento, respeito pela pessoa.
83. Lane relaciona 10 necessidades que informam o
comportamento político humano: cognitivo, coerência, social,
moral, estima, integração e identidade da personalidade, expressão
de agressão, autonomia, auto-atualização e necessidade de guia
instrumental para a realidade, avaliação e realização de objetos.
84. As categorias de Davies são: necessidades físicas, necessidades
afetivas sociais, necessidades de auto-estima e dignidade, necessidades
de autorrealização.
85. Packard "discutiu as oito necessidades ocultas para as
quais a teoria do marketing é orientada". Ramsay (1992, p.
152) - segurança emocional, auto-estima, gratificação do ego,
reconhecimento e status, criatividade, amor, senso de
pertencimento, poder e uma sensação de imortalidade.
86. A lista de Galtung tem 28 elementos ricos agrupados em necessidades de
segurança, necessidades de bem-estar, necessidades de identidade e
necessidades de liberdade.
87. Mallman definiu necessidade como "um requisito genérico
que todos os seres humanos têm para não adoecer" Ramsay
(1992, p. 152) citando Mallman (1980, p. 37). Uma maneira que
ele define o campo de necessidade é em termos de
necessidades de manutenção, proteção, amor, compreensão,
autossuficiência, recreação, criação, significado e sinergia.
88. Lederer (1980) argumenta que a lista de motivos humanos
fornecida por Krech, Crutchfield e Livson pode ser aplicada
analogamente às necessidades de Ramsay (1992, p. 152). A
lista deles é muito longa e complexa para imprimir aqui.
89. Ramsay (1992, pp. 149-178).
90. Mais tarde, ela reclassificou as necessidades sexuais como
subsumidas na sobrevivência física '' em seus aspectos físicos ''
e parcialmente em cada categoria '' em seus aspectos
psicológicos. ''
91. Por exemplo, “Spitz (1949) fez um estudo comparativo de
bebês criados em creches por suas próprias mães e aqueles
criados em lares para crianças pequenas. 100% do primeiro
grupo sobreviveu e se desenvolveu em adultos saudáveis
normais. No segundo grupo, havia uma taxa de mortalidade
de 37% no final do segundo ano, e aqueles que sobreviveram
eram mais apáticos ou hiperexcitáveis ”(Ramsay, 1992, p.
154).
92. Eles se baseiam em Braybrooke (1987), Raymond
Plant, Alan Gewirth, Wiggins (1998) e Amartya Sen.
93. Doyal e Gough (1993, p. 5).
94. Doyal e Gough (1993, p. 9).
95. Veja a discussão completa sobre as necessidades básicas em Alkire
(2001).
96. Finnis (1980, p. 81).
97. Um método simples de avaliação é proposto e
defendido filosoficamente em Grisez, Boyle e Finnis.
98. Max-Neef (1992, p. 31).
99. Como essas são '' razões básicas para a ação '' que são
reconhecidas pela razão prática como sendo '' valiosas '' (não
necessariamente morais), então alguém pode suspeitar que uma
ação que persegue uma delas é '' melhor do que ' 'uma ação que
não prossegue. Mas, este julgamento de '' melhor '' não pode ser
feito de forma significativa: considere Thomas que,
 DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
em vez de sentar-se na névoa da depressão e da
escuridão, sai em busca de pão fresco e o rouba de um
menino a quem o padeiro acabara de dar um pão quente.
Para avaliar a '' bondade '' ou '' maldade '' desta ação
mesmo para Thomas (quem pode afundar ainda mais em
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(Para o Apêndice A, veja o lado oposto.)
 APÊNDICE A
Tabela 7. Dimensões do desenvolvimento humano

Grisez et al. Nussbaum (2000) Max-Neef (1993) Narayan et al. Schwartz (1994) Cummins (1996) Ramsay (1992) Doyal e Gough
(1987) (2000) (1993)
Humano básico Humano central Axiológico Dimensões de Valores HUMANOS Domínios da vida Necessidades humanas Intermediário
valores capacidades categorias bem estar satisfação precisa

Vida Vida Subsistência Material Poder Material Sobrevivência física Nutricional

Conhecimento e Saúde corporal Proteção bem estar Realização bem estar Necessidades sexuais comida / água
apreciação Integridade corporal Afeição Corporalmente Hedonismo Saúde Segurança Protetora
De beleza Sentidos, pensamento, Compreensão bem estar Estimulação Produtividade Amor e habitação
Algum grau de imaginação Participação Social Auto-direção Intimidade/ parentesco Trabalhos

DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

excelência em Emoções Lazer bem estar Universalismo amizade Estima e Físico
trabalhar e brincar Razão prática Criação Segurança Benevolência Segurança identidade ambiente
Amizade Afiliação Identidade Liberdade de Tradição Comunidade Auto-realização Assistência médica

Autointegração Outras espécies Liberdade escolha e Conformidade Emocional Segurança em

Coerente Toque açao Segurança bem estar infância
determinação, Controle sobre Psicológico Significativo
ou prático ambiente bem estar primário
razão relacionamentos
Religião ou Segurança física
harmonia com Econômico
alguns maiores segurança
do que humano Nascimento seguro

fonte de ao controle/
significado gravidez
e valor Educação básica

Rawls (1993) Galtung (1994) Allardt (1993) Andrews e Lasswell (1992) Diener e Biwas Qizilbash
Withey (1976) (2000) (1996a, b)
Político RH em outra chave Comparativo Clusters de preocupação Valores HUMANOS 12 domínios da vida Valores prudenciais
liberalismo Escandinavo para desenvolvimento
estudo de bem-estar

As liberdades básicas 1 A sobrevivência precisa: para evitar Tendo meios de comunicação Habilidade Moralidade Saúde / nutrição /
Liberdade de a violência Recursos Econ Social Afeição Comida saneamento / repouso /
movimento, Individual e coletivo 2. Habitação padrões Respeito Família abrigo / segurança
liberdade de Necessidades de bem-estar: para Emprego Clima Retidão Amizade Alfabetização / básico
Associação evitar a miséria Trabalhando Governo Poder Material intelectual
e liberdade Nutrição, água, ar, condições Segurança Iluminação Recursos e físico
de ocupacional movimento, excreção, Saúde

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203
 204
Tabela 7—contínuo
Rawls (1993) Galtung (1994) Allardt (1993) Andrews e Lasswell (1992) Diener e Biwas Qizilbash
Withey (1976) (2000) (1996a, b)
Político RH em outra chave Comparativo Clusters de preocupação Valores HUMANOS 12 domínios da vida Valores prudenciais
liberalismo Escandinavo para desenvolvimento
estudo de bem-estar

escolha contra sono, sexo, proteção Educação Comunidade Fortuna Inteligência capacidades
um plano de fundo contra o clima, Amoroso lar Bem estar Romântico Respeito próprio

DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
de diversos contra doenças, Anexos / Dinheiro relação e Aspiração
oportunidades contra trabalho chato, degradante e contatos com Trabalho Físico Liberdade positiva,
Poderes e pesado, autoexpressão, diálogo, local Serviços aparência autonomia ou
prerrogativas educação comunidade, Lazer Auto auto-
do escritório e 3 Necessidades de identidade: para evitar família e instalações Renda determinação
posições de alienação parentes, amigos, Tradições Habitação Liberdade negativa
responsabilidade Criatividade, práxis, trabalho, associações, Casado Vida social ou liberdade
na política auto-atuação, realização de colegas de trabalho Crianças prazer
e econômico potenciais, bem-estar, Sendo Relações familiares Prazer
instituições felicidade, alegria de ser Auto- Tratamento Compreensão
Renda e sujeito ativo, não determinação Imaginação ou conhecimento
fortuna cliente / objeto passivo, Político Aceitação Significativo
O social desafio e novo Atividades Autoajuste relações com
bases de experiências, afeto, Tempo de lazer Virtudes outros e
respeito próprio amor, sexo; amigos, Atividades Realização algum
prole, cônjuge, Oportunidades para Amigos participação
raízes, pertencimento, Aproveite a natureza Religião na vida social
redes, suporte, Trabalho significativo Saúde Realização
estima, compreensão Educação própria (tipo que dá
forças sociais, sociais Beneficiência ponto de vida /
transparência, Independência peso)
parceria Mobilidade
com a natureza, um senso de Beleza
propósito, de significado,
proximidade com o
transcendental,
transpessoal
 4 Necessidades de liberdade:
escolha Ao receber / expressar
informação e
opinião, de pessoas /
lugares para
visitar e visitar,
consciência
formação, em
mobilização,
confronto,
ocupação, trabalho,
cônjuge,
bons serviços,

DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

modo de vida

Fonte. Catogeries usadas em uma pesquisa com 4.000 entrevistados da Escandinávia. Veja Allardt em Nussbaum e Sen (1993).

205