UMBANDA

Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde

www.mataverde.org
 Umbanda
É com grande alegria que estamos distribuindo mais
um número da revista UMBANDA - A revista da
escola iniciática do Caboclo Mata Verde.
Inicialmente queremos agradecer todos aqueles que
enviaram email´s cumprimentando pela iniciativa da
revista. Uma publicação do Núcleo Mata Verde
Muitos solicitaram a revista impressa, mas Editor Responsável
Manoel Lopes
informamos que por enquanto a revista está sendo
publicada somente na forma digital no padrão PDF.
A distribuição é gratuita e quem sabe quando
encontrarmos algum patrocinador possamos fazer a
Luiz Eduardo
revista em papel. Marcos Paulo
Dentro do Núcleo de Estudos Espirituais Mata Verde Leandro Perez
a revista passou a ser mais um recurso de estudos Gilberto Pinheiro
para os filhos do Terreiro. Walkyria Cozzi Coimbra
Mantendo a linha doutrinária do Núcleo Mata Verde Mônica Duran
a revista pretende abordar a umbanda de vários
angulos, mantendo a preocupação de integrar
sempre os umbandistas a sociedade.
Varios assuntos serão apresentados na revista e
sempre sobre a ótica umbandista.
Neste mês deixamos que cada colaborador tivesse a
liberdade de apresentar um tema livre, para nossa O disponibiliza desde 2006
surpresa ao recebermos os originais verificamos que um módulo de ensino a distância voltado a todos
os umbandistas.
haviam pontos de ligações entre os vários textos.
Foi uma grata surpresa! Neste site você poderá fazer cursos específicos
Desejamos a todos uma boa leitura e reiteramos sobre a religião de Umbanda.
nosso convite para que participem, sugerindo temas
Você inicia os cursos quando quiser e assiste as
a serem abordados na revista, bem como, enviando aulas nos dias e horários que achar mais
sugestões e críticas. conveniente.

Visite o módulo de ensino a distância e comece a

estudar agora mesmo.
Saravá Umbanda!
São Vicente, 01 de Abril de2016 www.ead.mataverde.org

Durante o ano realizamos aqui no

muitas palestras interessantes.
Todas as palestras são filmadas e disponibilizadas
na e na .
Acompanhe pelos sites:

www.tvmv.com.br - TV Mata Verde

www.tvsu.com.br - TV Saravá Umbanda

Email: contato@mataverde.org Rua Julio de mesquita, 209

Facebook: nucleo.mataverde Santos/SP
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(13)991274155
 Manoel Lopes
Q uando os africanos vieram escravizados
para o Brasil, foram catequizados e
obrigados a se converterem ao Cristianismo.
Para que pudessem continuar a cultuar suas
divindades (Inquices, Voduns e Orixás) sem
serem importunados pelos jesuítas, passaram a
relacionar os santos católicos com os orixás,
desta forma dariam a impressão que estavam
cultuando os santos católicos, mas em seu
íntimo estavam cultuando suas divindades
africanas.
É esta, com toda certeza, a origem do
sincretismo religioso afro-católico ocorrido em
nosso país.
Este sincretismo persistiu durante os anos e
atualmente ainda existem muitas casas de
Nação e Umbanda que mantém o sincretismo
religioso.
A umbanda é uma religião nova, a maioria dos
seus adeptos vem de berço católico e quase
todos acabam cultuando os santos católicos, os
orixás e os guias da umbanda.
É importante lembrarmos que o sincretismo
religioso existente na umbanda e em outros
cultos de origem afro-ameríndio é regional,
sofrendo variações no relacionamento santo-
orixá em cada região do país.
Um determinado santo é sincretizado, por
exemplo, no estado de São Paulo com
determinado orixá e na Bahia com outro orixá.
No Núcleo Mata Verde não seguimos o
sincretismo afro-católico.
Entre os diversos sincretismos existentes iremos
abordar neste artigo o sincretismo de XANGÔ
AGANJÚ com SÃO JOSÉ e no final do artigo
teceremos alguns comentários sobre a doutrina
dos sete reinos sagrados.
Dia 19 de março é dia de São José, o santo
católico proclamado como o protetor da igreja
Católica Romana, o padroeiro das famílias e dos
trabalhadores.
São José é venerado como santo pela Igreja
Ortodoxa, Igreja Anglicana, e Igreja Católica,
que o celebra como seu padroeiro universal.
São José é descendente da casa real de Davi, é
o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus
Cristo.
O nome José é a versão lusófona do hebraico
Yosef, por meio do latim Iosephus.
José nasceu provavelmente em Belém, o pai se
chamava Jacó (Mt 1,16) era o terceiro de seis
irmãos.
A tradição nos passa a figura do jovem José
como um rapaz de muito talento e de
temperamento humilde, manso e devoto.
José era um carpinteiro que morava em Nazaré,
e com a idade de mais ou menos 30 anos foi
convocado pelos sacerdotes do templo, com
outros solteiros da tribo de David, para se casar.
Maria, com a idade de 14 anos, foi dada em
casamento a José, todavia ela continuou a
morar na casa da família em Nazaré da Galileia
ainda por um ano, que era o tempo pedido
pelos hebreus, entre o período do casamento e
a entrada na casa do esposo.
São José estava noivo de Maria e, ao saber que
ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o
filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la
para que ela não fosse punida com a morte por
apedrejamento.
Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe
disse que Maria ficou grávida pela ação do
Espírito Santo, e que o menino que iria nascer
era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria
como esposa.
Perto do tempo previsto do nascimento de
Jesus, ele foi para Belém e lá Maria deu à luz ao
Menino Jesus e José estava presente no
nascimento.
O anjo, porém, deu novo aviso a José, em
sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que
Herodes queria matar o menino Jesus e
mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir
para o Egito com eles.
José obedeceu. Assim, a sagrada família foi para
o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após
este tempo, o anjo avisou novamente a José em
sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para
Nazaré porque Herodes tinha morrido.

José obedeceu e levou a Sagrada Família

novamente para Israel.
São José devotou sua vida aos cuidados de
Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas
mãos, como carpinteiro, sustentou sua família
com dignidade e exemplo. A profissão de
carpinteiro propiciava dignidade à família.

José era um judeu religioso e praticante. Ele

consagrou o menino Jesus no Templo, logo
depois que o menino nasceu. Este ato só era
praticado na época por judeus piedosos.
São José levava sua família regularmente às
peregrinações de seu povo em Jerusalém,
como, por exemplo, na Páscoa.

Foi numa dessas peregrinações em que, na volta

para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém
conversando com os doutores da lei. O menino
tinha, então, doze anos.

José e Maria, aflitos, voltam ao templo e

encontram o menino Jesus debatendo com os
doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que
“Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”.
Esta é a última vez que José é mencionado nas
Sagradas Escrituras.
Este Orixá representa tudo aquilo que sai. É a
larva incandescente do vulcão, derramando-se
de forma descontrolada sobre a terra,
queimando e destruindo tudo o que encontra
em seu caminho.

Todos os indícios levam a crer que José faleceu
antes de Jesus começar sua vida pública. Caso
contrário, ele certamente teria sido mencionado
pelos evangelistas, como o foi Maria.
São José teve papel importantíssimo na
formação da personalidade de Jesus enquanto
pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus.
Porém, se analisarmos o comportamento de
Jesus do ponto de vista humano, veremos que
ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve
um pai presente, piedoso e influente.
Um pai que ensinou ao filho o caminho da
justiça, da verdade, do amor e do conhecimento
da Palavra de Deus.
Não é à toa que São José é chamado de “ ” oposição à água) e às montanhas e vulcões.
desde os Evangelhos.
Está incluído na família de Xangô, embora não
seja, na realidade, uma "qualidade" deste Orixá.
Na mitologia Yorubá, Aganju é o
como foi o terceiro orixá designado
para vir para a Terra, Aganju é considerado uma
Aganju é a força que, como o Sol, que é um de
seus símbolos, é essencial para o crescimento,
assim como um cultivador das civilizações.
Como o com que é associado, ele forma
a base sobre a qual as sociedades são
construídas.
Nos mitos, Aganju é às vezes tratado como uma
divindade primordial, associado à terra (em
Do consórcio de Obatalá (o céu) com sua
esposa (a terra), nasceram dois filhos: Aganju, a
terra firme, e Iemanjá, as águas.
Da união com Aganju, Iemanjá deu à luz a
Orungã, o ar, o espaço entre a terra e o céu.
Aganju não é um Sangò, mas foi incluso aos
cultos no candomblé como um Xangô, ele é o
deus dos vulcões e montanhas e é um orixá
presente na criação da terra, é filho de Sogba, foi
rei de Ijesa, foi esse orixá que se casou com
Òsún.
No Brasil, Aganju, ou Xangô Aganju é
considerado uma “qualidade” de Xangô
enquanto dono das leis e das escritas, padroeiro
dos intelectuais, em contraste com Xangô
Agodô (o Xangô mais velho, ou o Xangô
propriamente dito), que é principalmente o
Orixá da justiça e do equilíbrio.
Mas Orungã cresce e se apaixona pela linda e
sensual Iemanjá. E da união dos dois, o ar e a
água, cresce profundo amor. Mas, aflita, Iemanjá
um dia se desprende dos braços de Orungã e
foge alucinada, desprezando a continuidade
daquele amor proibido.
Orungã então a persegue, mas, prestes a
alcançá-la, Iemanjá se deita. O corpo então
cresce e, dos seus seios fartos, nascem dois rios
que adiante se reúnem, constituindo uma lagoa.
Do seu ventre fértil que se rompe, nascem: Dadá
Ajacá, orixá dos vegetais; Xangô, deus do
trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra;
Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos;
Oiá, deusa dos ventos e da tempestade; Oxum,
deusa das águas doces do rio Oxum; Obá,
deusa do rio Obá; Okô, orixá da agricultura;
Okê, deus das montanhas e das pedras; Oxóssi,
deus das matas e dos caçadores; Ajê Xaluga,
deus da riqueza; Xapanã, orixá da varíola e da
saúde; Orum, o sol; e Oxú, a lua.
Encontramos num itan do Odu Iwori Meji, uma
narrativa, segundo a qual, Aganjú, por não
conseguir controlar sua incandescência, não
podia aproximar-se de seus súditos para impor-
lhes ordens e disciplina e, desta forma, seu reino
vivia no mais absoluto caos, cada um fazia o que
bem entendia e a desordem levava tudo à
destruição inevitável.
Sabedor da existência de um poderoso monarca
que não podia governar seu próprio reino,
Xangô resolveu procurá-lo para colocar-se à sua
disposição. Foi assim, que depois de dias
incontáveis de viagem solitária, Xangô chegou
ao reino de Aganjú.
Quando estava bem próximo, ainda no interior
da floresta, Xangô ouviu vozes e, por medida de
segurança tratou de esconder-se entre as
árvores, para poder observar, sem ser notado, o
que estava acontecendo.
Esgueirando-se, Xangô aproximou-se o mais
que pode do local de onde provinham as vozes
e viu, com grande espanto, um homem enorme,
cujo corpo era constituído de larva
incandescente.
Este estranho ser, deitado no colo de Oxun,
vociferava, esbravejava e debatia-se
furiosamente, enquanto a Iyagbá, jogando
água sobre seu corpo em brasa, tentava acalmá-
lo carinhosamente.
"Acalme-se – dizia Oxun – quanto mais zangado
mais destrutivo você fica".
"Mas como posso ficar calmo se meu reino está
numa desordem total?" Reverberava o gigante
que, pelas características, Xangô já identificara
como sendo Aganjú.
Foi então que, pressentindo a presença de um
estranho. Aganjú bradou irritado:
"Quem está aí escondido entre as árvores?
Mostre-se ou incendiarei tudo!"
Calmamente, Xangô saiu de seu esconderijo e,
mostrando-se, falou: "Sou eu, Xangô, Rei de Oió!
"E quem te deu permissão para aproximar-se de
meus domínios?" Perguntou Aganjú indignado.
"Permissão?" - Zombou Xangô – "e quem disse
que eu preciso de permissão de alguém para ir
onde me der vontade? Sou Xangô, rei de Oió e
vou aonde quero e quando quero!"
Cada vez mais furioso, Aganjú respondeu: ‘Você
não sabe a que perigo está se expondo com
tanta ousadia! Sabe que posso transforma-lo em
cinzas agora mesmo?"
"Transformar a mim, em cinzas? Mas como se
posso, sempre que quero transformar-me em
fogo? Logo se vê o quanto você é estúpido!"
E imediatamente, para espanto de Aganjú,
Xangô transformou-se numa grande labareda.
"Está vendo? Também sou fogo, mas só quando
quero." Mostrou o Orixá.
Sem nada entender, Aganjú, humilhado,
limitou-se a perguntar:
"Afinal, o que você quer de mim? O que veio
fazer no meu reino?"
"Vim oferecer-lhe ajuda"... – disse Xangô -
..."somente eu posso resolver os seus problemas".
"Mas como, resolver meus problemas?"
Perguntou Aganjú novamente irritado.
Oxun, que a tudo assistia, limitava-se a jogar
água sobre o gigante enfurecido, na tentativa
de acalmá-lo. Divertia-se com a ousadia de
Xangô e de alguma forma podia prever aonde
o rei de Oió queria chegar.
"Não é verdade que o seu reino está em
decadência devido a desordem que lá impera?"
– perguntou o intruso – "Não é verdade ainda
que sempre que você tenta se aproximar de
alguém, para transmitir a sua vontade acaba
incinerando o infeliz? "
"Sim, sim"... – balbuciou o outro, substituindo a
ira pela curiosidade- ..."mas, de que maneira
você pode em ajudar?"
"É muito simples" – afirmou Xangô, sentando-se
sobre o que restava de um tronco de árvore
calcinado por seu interlocutor. – "Basta que
façamos um acordo que, diga-se de passagem,
é muito mais interessante para você do que para
mim".
Desconfiado, Aganjú perguntou: "Que tipo de
acordo?"
"É simples..." - continuou Xangô - ...como você
mesmo viu, posso, como você, transformar-me
em fogo vivo. A diferença está no fato de que
tenho absoluto poder de controle sobre este
fenômeno, ao contrário do que acontece com
você, que não consegue controlar o seu próprio
poder. Desta forma, se me for dada autorização,
poderei transmitir sua ordens aos seus súditos,
sem causar-lhes nenhum dano."
O pensou um pouco e,
novamente acometido pela desconfiança, pediu
uma explicação:
"Mas o problema é só meu e do meu povo... qual
é o seu interesse em colocar meu reino em
ordem?"
Brincando com seu machado de lâmina dupla,
Xangô continuou em sua explanação.
"Sou rei de um país vizinho e temo que a
desordem existente em seu reino alastre-se por
toda a vizinhança e chegue aos meus domínios
como uma doença contagiosa. É por isto que
resolvi oferecer-lhe ajuda. Nenhum outro
interesse, a não ser o de manter a segurança de
meu próprio reino me traria diante de você".
Oxun, que já entendera as verdadeiras
intenções do rei de Oió, limitava-se a esboçar
um sorriso misterioso e mal disfarçado.
Conhecia a fama de Xangô, sabia o quanto era
astuto e que, por traz de tudo o que afirmava o
visitante, alguma outra intenção estava
escondida.
"Pois bem.. - disse Aganjú - ... e de que forma
pagarei pelos seus serviços. Quanto me custará
a intermediação que você me propõe fazer
entre meu povo e seu rei?"
"Nada! Não lhe custará absolutamente nada!" -
Afirmou Xangô desviando o olhar dos olhos
abrasadores de Aganjú – Apenas exigirei que
você passe a usar as mesmas insígnias que eu
uso. Deves, a partir do momento em que nosso
trato for oficialmente formalizado, adotar os
mesmos símbolos que me representam e que, a
partir de então, passarão também a representá-
lo. O Oxe, machado de lâmina dupla, o xeré,
chocalho que imita o ruído do trovão,
fenômeno que também domino serão, a partir
de então, símbolos comuns a nós dois.
Desta forma, seu povo, ao ver em minhas mãos
as mesmas insígnias usadas por você, não
contestará a minha autoridade e, reconhecendo
os atributos, acatarão as ordens que a eles eu
irei transmitir."
"Qual é a sua opinião Oxun?" Perguntou Aganjú
à Iyagbá que já o deixara sozinho indo sentar-se
ao lado de Xangô.
"Acho que é uma boa proposta e que você não
pode perder esta chance de salvar seu país da
destruição."
Enquanto expressava sua opinião, Oxun
acariciava, maliciosamente, as tranças que
adornavam a cabeça do Obá de Oió.
De um salto, Aganjú pôs-se de pé, no que foi
imitado por Xangô. Aproximando-se
pacificamente de seu novo aliado, abraçou-o
com força enquanto dizia solenemente:
"Aceito a sua ajuda e comprometo-me, a partir
de hoje, a usar os símbolos do seu poder."
Depois de retribuir o abraço do novo aliado,
Xangô entregou-lhe um xeré e um oxe, partindo
em seguida em direção ao reino de Aganjú
onde, através do pacto formalizado, passaria a
reinar, impondo suas leis e ordens,
independente da vontade de seu legítimo rei.
É por isto que Aganjú usa as mesmas insígnias
de Xangô que, usando de astúcia, assumiu, com
o seu consentimento, o domínio sobre o seu
povo.
Conforme já mencionamos no início deste
artigo, no Núcleo Mata Verde não seguimos o
sincretismo religioso, mas também não
deixamos de estudar o sincretismo e as diversas
manifestações religiosas existentes em nosso
meio.
Na doutrina umbandista dos sete reinos
sagrados a energia espiritual de Xangô se
manifesta através do segundo reino, o reino da
Terra.
O segundo reino é o reino das leis, das regras,
das estruturas, dos limites, do controle, da
justiça, das coisas sólidas, das pedreiras, das
montanhas, dos cristais, no corpo humano rege
o esqueleto, os músculos etc…
Os orixás regentes, destes sete reinos e de suas
hierarquias espirituais, são os Orixás Primordiais.
Os orixás primordiais são seres de altíssima
evolução espiritual, pura luz espiritual, e nunca
se manifestam mediunicamente nos Terreiros,
mas estão presentes em todos os locais através
de sua “força espiritual” e de seus
representantes, guias e protetores.
A força espiritual do segundo reino é chamada
de .
As sete forças primordiais se misturam dando
origem aos
que irão formar os
, que serão responsáveis
pelos formadores de todo
o universo, inclusive originando todas as A imagem acima mostra as sete forças
dos trabalhadores da umbanda. primordiais numeradas de 1 a 7, suas cores, seus
orixás regentes e os 49 pontos de forças
Estes são primários.
também caminhos de evolução espiritual, que
aglutinam espíritos para evoluírem trabalhando Cada força espiritual está representada na cor
conforme as energias, qualidades e vibrações original.
destes pontos de força. Estamos estudando o
(Xangô) que possui a força que é
É através do agrupamento das falanges representada pela cor .
espirituais que se formam as SETE LINHAS DA
UMBANDA, que será assunto para outro artigo. Acompanhem na imagem os sete pontos de
Para aqueles que ainda não estão familiarizados força do segundo reino, representados pelos
com os sete reinos sagrados, relacionamos pontinhos pretos, podemos fazer a
abaixo os sete reinos: representação destes sete pontos de força
utilizando os números e suas cores:

Pontos de força do segundo reino e suas cores:

A vibração do Orixá Xangô Aganjú por sua natureza se identifica no ponto de força 2-1.

O Reino da Terra (Yby Pyatã) associado ao Reino do Fogo (Yby Tatá), e tem a cores
marrom/vermelho (ESTRUTURAS E DESTRUIÇÃO).

Muitas falanges são oriundas deste ponto de força:

E muitas outras…

O ponto riscado destas falanges normalmente possuem os sinais representativos dos dois reinos:

Montanha e o fogo
Montanha e a espada
Machado de duas lâminas e a espada
O triangulo e a espada
Montanha e o sol

Referências:

www.cruzterrasanta.com.br
www.eduardodoxum.blogspot.com.br
www.mataverde.org
 Leandro Perez Freire
O Budismo é uma religião bastante antiga e
dispõe de profundos conhecimentos sobre
a busca pela iluminação, a libertação das dores
e mazelas pelas quais passamos desde as mais
longínquas existências.
Apesar do pouco tempo que dispunha para
falar sobre um assunto tão vasto, o Sr. Alexandre
Garcia foi muito gentil e atencioso em partilhar
conosco um pouco de seu conhecimento sobre
o Budismo.
Explicou-nos sobre algumas passagens da vida
de Sidarta Gautama, sua trajetória até atingir o
estado de iluminação, tornando-se desta forma
um Buda,o Buda histórico, contou-nos também
sobre o seu empenho em fazer com que todos
atingissem tal estado. Sidarta Gautama previu
que passado certo tempo um novo Buda iria
adquirir uma profunda compreensão sobre seus
ensinamentos e dessa forma conseguiria
disseminá-los.
Isso veio a acontecer no século XIII, nascido no
Japão, o Sr. Nitiren Daishonin, dedicou sua vida
a compreender os ensinamentos de Sidarta, ele
foi fortemente perseguido por defender a
essência do budismo, foi exilado, teve seus
discípulos mortos, mas conseguiu não só
compreender profundamente o que Sidarta
ensinara ao longo de sua vida, como também
desenvolveu um meio de revelar esse
conhecimento a todos.
Ele se tornou o Buda original e assim como
Sidarta, buscava desvendar os mistérios mais
profundos da vida, compreender os quatro
sofrimentos inevitáveis: O nascimento, a velhice,
a dor e a morte.
Nitiren Daishonin percebeu que os quatro
sofrimentos têm origem em nossos
pensamentos, em nossa falsa realidade criada
por nós mesmos, na qual nos entendemos seres
distintos do universo, mergulhados em nosso
ego, arraigados em apegos e indiferentes em
relação ao sofrimento alheio.
Somente quando desenvolvermos a capacidade
de nos conectarmos com o universo,
estabelecendo uma interação profunda com
ele, perceberemos que fazemos parte de um
todo, e dessa forma surgem as quatro nobres
virtudes do Buda, que são a eternidade, a
felicidade, a verdadeira identidade e a pureza.
Nitiren Daishonin sabia que tudo deve existir
em harmonia com o universo, que em tudo há
vida, seja nos animais, plantas, pedras... Mas
somente o homem é quem tem a capacidade de
dar significado a tudo isso, por meio de seus
pensamentos e palavras. Isso dá sentido a lei
mística universal revelada por Nitiren Daishonin
após estudar o maior dos ensinamentos de
Sidarta Gautama, imortalizado por seus
discípulos através do sutra de lótus. Foi no título
deste sutra que ele percebeu a essência de seu
ensinamento, lá estava a própria lei que o sutra
tentava ensinar, era o princípio segundo o qual
poderíamos transformar as causas negativas de
nosso passado, nos libertarmos dos karmas aos
quais estamos presos.
Ele o revelou através do mantra Nan myoho
renge kyo, é o verdadeiro sentido da vida, o seu
real significado, é a natureza de Buda inerente a
todos os seres sensíveis ou não.
significa, devotar-se a grande lei de Nan
Myoho Renge Kyo.
significa a lei mística, a natureza
misteriosa da vida e as suas manifestações
concretas.
é a lei da causalidade representada pela
flor de lótus, a única planta que produz flores e
frutos ao mesmo tempo, representando assim, a
lei de causa e efeito.
é a ação que exercemos no mundo.
É traduzido da seguinte forma "A minha
devoção à lei mística de causa e efeito que rege
todos os fenômenos do universo."
O Sr. Alexandre Garcia nos falou sobre a
importância de recitar o mantra em japonês,
pois do contrário deixaria de ser um mantra,
essa mesma expressão em português não
manteria o ritmo, a energia, se tornariam
simples palavras..
Uma outra questão é que quando oramos no
formato original, oramos da mesma forma
quando o Buda orava em vida, assim nos
conectamos a ele e a todos os demais que
recitam o mantra, desta maneira se mantém e
se fortalece uma poderosa egrégora.
Nan myoho renge kyo é um mantra
incrivelmente poderoso, que se mantém ao
longo dos séculos, através do pensamento de
todos os que se ligam a ele, independente de
tempo ou espaço, todos se unem em uma
mesma energia, desde o Buda à uma criança,
todos eles estão unidos e interagindo sob um
mesmo campo estrutural.
Penso que se uma palavra quando envolta de
um significado específico e alimentada por
pensamentos e emoções possui um efeito tão
intenso sobre aqueles que a pronunciam a
ponto de se banharem de sua força, ligando-se
tão profundamente a ela e a todos a que nela se
conectam, qual será a energia a qual nos
ligamos quando pronunciamos palavras de
desordens, ofensivas?
Envolvemo-nos de acordo com a força de
nossas emoções e o direcionamento de nossos
pensamentos, quanto mais intensos, mais
mergulhados e envolvidos estaremos nesta
egrégora e também com todos aqueles que à
mantém.
Cuidado com o que falas, principalmente nos
momentos de emoções mais intensas, pois se
elas têm o poder de nos fazer atingir a
iluminação, também podem nos aprisionar aos
sofrimentos e ilusões.
O mantra, assim como todos os sons, segundo
a doutrina dos sete reinos sagrados, utiliza a
força do terceiro reino, o reino do ar. Na
umbanda essa força é fundamental dentro do
terreiro, nós a utilizamos através dos pontos
cantados.
Perceba que os pontos cantados estão
presentes desde o início até o término dos
trabalhos.
Cada ponto tem sua finalidade e deve ser
utilizado no momento certo. Eles atuam no
mantenimento do padrão vibratório do terreiro,
dão maior firmeza ao processo mediúnico
estabelecido entre o médium e a entidade,
elevam a frequência mental e emocional dos
envolvidos tanto no trabalho como na
assistência.
Quando nos concentramos nos pontos
cantados e cantamos estes pontos, ligamo-nos
mais fortemente a energia da casa e esta por
sua vez se mantém mais forte, é uma troca, uma
conexão e enquanto nos mantivermos nesta
frequência estaremos mais presentes, nossas
mentes não se perderão em pensamentos, não
entraremos em devaneios, permaneceremos
conscientes, lúcidos em relação a tudo o que
esta acontecendo.
As religiões possuem rituais e filosofias que as
definem, em cada uma delas existe um universo
de conhecimentos, porém é inevitável observar
que se utilizam, muitas vezes, dos mesmos
elementos, mas de acordo com suas práticas e
com uma finalidade específica.
Feliz daquele que se permite conhecer novos
universos, novas formas de enxergar, novos
horizontes para admirar.
Não somos sabedores de todos os
conhecimentos, nossa vista alcança apenas um
ângulo, de acordo com a posição em que nos
encontramos, por isso não julgue, e sim, estude,
aprenda e acima de tudo, respeite as diferenças.
É membro do Núcleo Mata
Verde
Abá Guassú
 Gilberto Pinheiro
A angústia e a insólita tristeza consomem
meu coração aprendiz, quando vejo a
destruição de biomas, ecossistemas pelo algoz
humano.
O homem ainda não entendeu que é parte
integrante da natureza e não o senhor
soberano, fazendo o que bem entende para sua
comodidade e ganância desenfreada.
Infelizmente, a saga e a sede pelo lucro
financeiro, o vale-tudo pela vida, entorpecem o
entendimento, maculando a razão, e tudo
torna-se objeto de conquista em nome de um
suposto "progresso".
A reboque vêm as consequências desastrosas,
entendidas como inevitáveis, numa insana
relação custo/benefício. Tudo é "válido" e
tolerável pelo bem da vida humana.
A torpeza e a irresponsabilidade têm pernas
longas e unhas afiadas. Desde quando a fauna
e a flora podem ser agredidas contumazmente
como ocorre desde os idos dos tempos, sob o
lívido olhar dos governantes?
Imagem: www.luminota.com
O desastre ecológico em Mariana, interior de
Minas Gerais, é o pior que ocorreu em nosso
país. A natureza está chorando e as autoridades
governamentais permanecem tácitas,
incompreensivelmente caladas, demonstrando
o insólito silêncio da culpa presumida.
E a sociedade brasileira não questiona, não
indaga às autoridades, como se a natureza fosse
vida sem valor, um prodígio apenas para
idealistas e ecologistas "chatos" que não têm o
que fazer.
E assim vamos vivendo, nos enganando, para
não sofrer muito, afinal, o prazer, o hedonismo
ecoam e tudo fica como antes no Quartel de
Abrantes.
O ser humano se recupera de duros golpes mas
a natureza não reage com a mesma
determinação e, muitas vezes, sistematicamente
agredida, adoece gravemente, sob o perigo
imimente de morte. A tragédia ocorrida deixará
marcas indeléveis, pois o leito do rio Doce foi
totalmente danificado, além de peixes
contaminados, comprometendo a cadeia
alimentar, além de risco iminente de contaminar
os mares, destruindo algas, plânctons e animais
maritmos.

Natureza agredida, natureza sofrida, natureza que poderá se tornar estéril.

A fauna e a flora brasileiras são das mais ricas em todo o planeta por sua diversidade e, no
entanto, a frouxidão das leis protetivas e a ousadia insana dos algozes da natureza desafiam a
harmonia da vida na Terra, colocando em risco a sobrevivência humana e de outras espécies.
Muitos animais, por exemplo, já estão em fase de extinção por causa da caça predatória e tráfico
de animais que insistem em desafiar as leis brasileiras.

O tráfico de animais é uma das ilicitudes mais rentáveis do planeta - em primeiro lugar o tráfico de
armas; em segundo o tráfico de drogas e em terceiro o tráfico de animais. É uma covardia sem
limites, pois os animais são trazidos em condições inadequadas e, em cada dez, morrem oito deles,
em virtude da péssimas condições em que são trazidos, retirados de seus habitats. A crueldade
humana não tem limites. As leis deveriam ser mais contundentes em relação aos crimes
ambientais, tráfico de animais, assim como a caça e pesca predatórias. Mas, não é assim!

Causa a impressão que os legisladores em nosso país parecem pouco conhecer sobre a
importância da preservação da biodiversidade, por isso, leis brandas e praticamente inócuas.
Enquanto houver esse entendimento menor, dificilmente avançaremos para conter a destruição
ambiental e a perseguição aos animais. Um dia, quando a nossa sociedade adquirir melhor
consciência sobre as questões abordadas, tudo será diferente, cobrando das autoridades
governamentais atitudes. A esperança então tornar-se-á alvissareira, afinal, quando há
entendimento, respeito e consciência desenvolvidos, a harmonia se manifesta.

Precisamos ser persistentes na defesa da vida, determinação ousada, coração intimorato, alma
destemida, pois a verdade e a vida são afiançáveis e por elas tudo vale a pena, modificando
paradigmas pelo bem da vida na Terra. A vida é luta renhida, sofrida, impondo-nos desafios que
não devemos fugir jamais. Somente os mais fortes enfrentam as maiores batalhas e a vida nos
incumbiu dessa responsabilidade. Que Deus guie nossos passos e intua-nos para seguirmos em
frente, afinal, o bem precisa ser realidade e não fugiremos à construção desse nobre ideal em
nosso país. A natureza merece nosso apoio irrestrito e, por ela, nada será em vão.

jornalista, palestrante em escolas, universidades sobre a senciência dos

animais, integrante da CPDA/OAB - Comissão de Proteção e Defesa
dos
Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio de Janeiro
Colaborador da revista UMBANDA - A revista da escola Iniciática do
Caboclo Mata Verde
 Luiz Eduardo

N a mitologia africana, Xangô foi um grande

rei, que lutou bravamente por sua tribo, é
considerado o representante da justiça e da
Para o umbandista, são as leis de Umbanda, as
leis e regras do seu terreiro, os princípios de
virtudes deixados pelo Mestre Jesus, as leis da
sabedoria. natureza, a lei de causa e efeito; assim como
todas as outras leis que conhecemos, estão sob
Em algumas regiões e religiões brasileiras, os olhares de Xangô. Mesmo que a lei dos
Xangô é sincretizado com São Jerônimo, São Homens por vezes seja falha, a Lei Divina e a
Pedro, São João Batista; tendo como seu habitat justiça de Xangô são implacáveis!
natural as pedreiras, as serras e as montanhas.
E quais seriam as Leis de Umbanda seguidas
Na Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde, o pela Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde?
Segundo Reino Sagrado – Reino da Terra, Dentro da visão setenária que seguimos,
governado pelo Orixá Regente Xangô, tem podemos transcrevê-las em sete princípios
como qualidades principais: “ fundamentais:
”. Resumidamente, além dos elementos já
citados anteriormente, também encontramos
outros, como: a terra, os cristais, as rochas, velas,
flores, animais, os minerais; símbologias como
machado de duas faces (proteção e punição),
trovões, balança (equilíbrio), símbolos
geométricos; pontos riscados; Lei de Pemba; etc.
A cor representativa é a marrom

Xangô representa as leis e a justiça. Mas que leis

são essas?
É necessário compreender que a Umbanda é
uma religião brasileira universalista,
comandada por e .
Cada templo religioso, terreiro, haverá sempre
fundamentos próprios. O fato de uma casa ser
diferente da outra, se dá por influências de
outras religiões e filosofias, como o Espiritismo
“Kardecista”, o Hinduísmo, o Catolicismo, os
Cultos de Matizes Afro-Ameríndias, a Teosofia,
o Budismo, etc. E em todas elas, há o principio
da que é a caridade e amor ao
próximo
Por essa razão, o estudo, o conhecimento se faz
tão importante. Dentro da Umbanda não existe
preconceito de qualquer espécie, todos são bem
vindos!

A Umbanda não discrimina qualquer outra

religião; muito pelo contrário, ela abraça e
respeita com muita humildade, todas as
religiões que fazem do ser humano, uma pessoa
melhor a cada dia!

Sabemos que todos os Sete Reinos Sagrados,

exercem uma influência direta sobre a natureza,
inclusive sobre o ser humano.

Quando em algum lugar do mundo há

presença de terremotos, podemos dizer que o
Reino da Terra, está se manifestando, e algo está
em desequilíbrio no planeta. Analiticamente, o
mesmo acontece com as pessoas.
Quando alguém se queixa de dores nos ossos,
por exemplo, podemos dizer que há algum
desequilíbrio no corpo físico, causando esse
desconforto.
Por ser o reino das estruturas e das leis, na área
profissional possui forte ligação com arquitetos,
engenheiros, construtores, mineradores,
advogados, juízes, promotores, físicos, entre
outros. É também o reino das limitações, das
regras, dos obstáculos, dos imóveis, casas,
construções, ambientes fechados, das restrições,
organizações, fórum, prisões, etc. Tudo que é
fechado, e obedece a regras rígidas, racionais,
exatas.
do outro as penalidades. E a lei divina é igual
para todas as criaturas. Portanto, façamos o bem
para termos sempre a proteção de Xangô.
Continuaremos lutando por dias melhores,
construindo um mundo mais justo, mais
solidário, onde a lei do amor impere. Isso nos
transformará com certeza em pessoas mais
felizes, capazes de realizar boas obras para com
nossos semelhantes.
Que o axé de Xangô, ilumine, proteja e oriente
o caminho de todos!

Normalmente, as pessoas influenciadas pela

força telúrica são metódicas, lentas para
executar tarefas, uma vez que naturalmente são
muito observadoras, atentas aos mínimos
detalhes. Tendem a ser controladoras, regradas. É membro do Núcleo Mata
E quando desequilibram, deixam de se Verde
preocupar com a boa aparência, com o bom Abaré Anga (7ºGrau)
comportamento, com a boa educação, a boa
organização, ou seja, quebram regras de boa
conduta, fazendo tudo às avessas.

Traçando um paralelo com a doutrina Espírita:

Sendo assim, nós umbandistas entendemos que

a perfeição está em Deus. Tudo tem uma razão
de ser e nada acontece por acaso. “
”, é a máxima muitas vezes
incompreensiva da justiça divina. Não é o tempo
de cada um, mas o mérito alcançado no planeta
Terra - um mundo de provas e expiações.

Se hoje estamos aqui mais uma vez, vamos

agradecer ao Pai Maior, por ter nos concedido
mais uma oportunidade de corrigir os nossos
erros, mesmo diante de tantas dificuldades.

Lembre-se sempre que o machado de Xangô

tem duas faces, de um lado existe a proteção, e
 “Conhece-te a ti mesmo” (Sócrates)
Mônica Duran
E sse será o seu tema mais aliado a toda e
qualquer modificação alimentar.
Antes de mais nada preste atenção nas
deficiências já existentes, para não boicotar suas
novas opções com a atenção mais refinada a
partir de agora. Se possível procure um médico
para verificar como está sua saúde…
Muita gente me procura perguntando o que
comer, ora, comam o que lhes der prazer em
comer, já é um grande passo, estar feliz diante
do seu prato.
Se hoje se alimenta de arroz, feijão e bife,
experimente:
Arroz integral, um feijão fradinho (azuki ou
lentilha, grão de bico, ou qualquer outra
leguminosa), uma porção de verdura, duas
fatias grossas de batata doce, uma saladinha e
uma fruta!
Já retirou a carne, e garanto a você que saciará
sua fome e as cores vão te encantar.
Mas todo dia? Claro que não!!
Ultimamente tenho feito para meus filhos, e foi
muitíssimo aprovado, macarrão integral,
particularmente o espaguete, enquanto cozinha
a massa, corto cubinhos minúsculos de cenoura,
fatias de salsão, pimentão vermelho...
escorrendo o macarrão reserve, refogue alho a
gosto no azeite, acrescente os ingredientes
picotados e logo em seguida o espaghete e um
pouco de sal (preferência sal mineral, ou
himalaia, ou flor de sal) misture soltando com
dois garfos para que a massa seja envolvida com
todo tempero.
 desmistificando as dificuldades, assim cada um
Da última vez acrescentei meio pacote de ricota terá a oportunidade em criar em cima de uma
e amendoim sem casca e sem sal aos base e procurar os sabores e pratos que mais
ingredientes, o que deixou ainda mais nutritivo. agrada.

Ah e o que sobrou da ricota? Bati no Dicas:

liquidificador com côco seco e sua água, ervas
(coentro, salsinha, ou cebolinha, ou tudo junto) Não faça mudanças radicais, vá
e um pouquinho de sal, que será uma boa experimentando no seu dia a dia consumir mais
opção no café da manhã para passar no pão integrais, mais verduras cruas, frutas frescas, não
integral ou sírio , torradas ou como canapés de tome muito liquido durante as refeições.
rodelas fininhas de cenoura... hmmmmm Observe o seu corpo responder, e ouça com
Pode-se modificar, substituir o amendoim por atenção.
castanhas, nozes, ou outra fruta oleaginosa, ou
picotar abobrinha, beringela, azeitonas pretas... Verifique a fermentação, principalmente da soja
Brinque de criar em cima da receita, do seu em grão, nem todo mundo consegue digerir
gosto, para o seu prazer. confortavelmente.

É comum ver pratos vegetarianos e veganos
que parecem complicados, por que a intenção é
que fiquem bonitos aos olhos e nutritivos.
Existem verdadeiros Chefs elaborando refeições
maravilhosas, mas que inibem os aventureiros
parecendo ser muito difícil.
Escolheram o dia 8 desse mês de março para
homenagear a Mulher, lembro da minha nona
Gioconda, pessoa incrível, que tinha uma
criatividade impar em elaborar refeições
deliciosas para o sustento de 5 filhos com
pouquíssima renda, manteve seu cardápio
saudável e variado, estendendo a mesa farta e
sempre rodeada de filhos, netos, genros…
A carne e derivados sempre fora custo alto para
dividir entre todos, da beringela como também
da abobrinha, como boa italiana, fazia lazanha,
beringela a milanesa, a parmegiana, recheada,
conservas, pestos, era uma variedade incrível.
Vá a feira ou hortifruti, escolha seus alimentos
com desejo de se carinhar, uma fruteira com 3
ou mais frutas diferentes te convida a saboreá-
las.
Não exagere na quantidade, faça compras para
3 dias no máximo, para que consuma sempre
alimentos mais frescos.
Arrisque-se nessa deliciosa aventura na cozinha,
com mais saúde e amor!
Bom apetite e até a próxima edição!!!
É membro do Núcleo Mata Verde
Abaré Ybytu ( 3º Grau)
Vegetariana

Isso não a tornava vegetariana, mas criava com

legumes e vegetais deliciosos
acompanhamentos, rico em nutrientes!

Era um equilíbrio imposto pelas condições

econômicas da época, não tinha freezer nem
microondas.

Essa tecnologia nos tirou a disposição em

elaborar as refeições, estimulou comprarmos
alimentos prontos já temperados, excesso em
condimentos e hidrogenados, muita gordura e
sal, enfim, nossa proposta é outra, e estou aqui
para dar o “start”, passaremos por fermentados
e germinados, tudo de forma simples e prática,
 Planeta Terra, um Templo Sagrado
Marcos Paulo
A preocupação com o meio ambiente se
tornou dever de toda a população mundial.
“O Planeta Terra está sofrendo e os Orixás estão
chorando” (Cabocla Jurema).
Mas o que devemos fazer para sermos melhores
contribuintes desse ajuste ambiental?
Devemos dar mais valor ao ritual. Sim, o ritual.
Partindo do princípio que a Terra é um Templo
Sagrado, viver nela é um ritual.
Você acorda cedo, toma banho, escova os
dentes, prepara o café, enfrenta o trânsito, vai
trabalhar, almoça, volta para o serviço, enfrenta
o trânsito, vai para casa, etc... todos os dias,
repetidamente.
E acordamos bem humorados (a)?
Respeitamos as sinalizações?
Desejamos um bom dia para as pessoas?
Alimentamos pensamentos positivos?
Fizemos uma prece?
Conservamos o meio ambiente?
Fizemos as atividades diárias corretamente?
Enfim, se estamos inseridos no planeta Terra, em
todos os momentos, trocamos energias com
outras pessoas e com o próprio planeta.
O simples fato de não cumprirmos as nossas
obrigações, ou parte delas, geram conflitos que
podem atrapalhar o andamento dessa grande
engrenagem, onde os malefícios refletirão em
nós mesmo.
Cada um de nós é muito importante para esse
funcionamento, pois em cada ambiente onde
estamos inseridos existem leis cármicas que
devem ser transmutadas.
O umbandista tem que estar atento aos sinais,
porém não deve se precipitar em interpreta-los,
com isso deve respeitar as respostas que o
Universo nos manda, sem gerar ansiedade,
medo ou aflição, apenas observar e confiar no
plano de Deus.
Quando falamos em sinais do Universo,
devemos lembrar que tudo é aprendizado e
muitas vezes aparecem provas em que a
Espiritualidade atribui, onde estas devem ser
ultrapassadas e vencidas com paciência e
sabedoria.
Um bom método para facilitar a nossa
caminhada e diminuir o peso sobre os nossos
ombros, quando os sinais parecerem confusos
ou a vida andar muito atribulada é recitar o
mantra do professor Hermógenes, um dos
precursores do yoga no Brasil: "Eu entrego,
confio, aceito e agradeço".
Ao mentalizarmos, ou falar em voz alta estamos
afirmando que:
Entregamos o nosso problema à Deus
Confiamos no Seu plano para a nossa vida
Aceitamos o nosso destino e a Sua vontade
Agradecemos antecipadamente o resultado
que virá.
Eu entrego, eu confio, eu aceito, eu agradeço
nos auxilia a aumentar a nossa fé e deixarmos
Deus, os Orixás, a espiritualidade, trabalhar em
nossas vidas. Deixamos de querer impor a nossa
vontade e confiamos no que o Universo nos
reserva.
A conscientização de que o planeta é um
Templo sagrado deve permanecer na mente
dos membros de todas as religiões,
principalmente na dos umbandistas, onde
iremos aprender os ensinamentos recebidos no
terreiro e aplicarmos no dia a dia.
Quanto mais prestarmos atenção nas atividades
diárias e realizarmos de uma maneira sadia,
consciente e com boas intenções, maior será os
benefícios em que a espiritualidade retornará
para nós.
É membro do Núcleo Mata Verde
Abaré Tatá (1ºGrau)
 Walkyria Cozzi Coimbra
Na teoria científica, o fogo significa a mistura de
gases de altas temperaturas, oriundos da reação
exotérmica de oxidação, a qual emite radiação
eletromagnética nas faixas do infravermelho e
visível. Ou seja, o fogo é uma entidade gasosa
emissora de radiação e decorrente da
combustão. Se bastante quente, os gases
podem se tornar ionizados para produzir
plasma, um dos estados físicos da matéria,
similar ao gás, no qual certa porção das
partículas é ionizada.
O princípio básico é que, o aquecimento de um
gás provoca a dissociação das suas ligações
moleculares, convertendo-o em seus átomos
constituintes. O aquecimento adicional pode
levar à ionização (ganho ou perda de elétrons)
dessas moléculas e dos átomos do gás,
transformando-o em plasma contendo
partículas carregadas (elétrons e íons positivos).
Do ponto de vista de ritual, o fogo é um
elemento da natureza considerado ativo e
masculino. O fogo é também considerado o
símbolo da própria alma e das vidas humanas.
Ele é flama etérea e espiritual, a qual se
manifesta através de uma flama substancial e
material. O fogo, esotericamente é o reflexo
mais perfeito na chama uma, o principio
divino que é o mais alto símbolo de toda
humanidade. Ele representa a vida e a morte, a
origem e o fim de todas as coisas, portanto o
fogo deve ser considerado símbolo de
transformação e regeneração.
Como símbolo de vida, o fogo pode ser
encontrado tanto no nível da paixão animal e
do erotismo (o fogo da paixão), como no nível
dos mais ingentes esforços espirituais. Ele
alcança e transcende o plano do bem (calor e
energia vital) e o plano do mal (destruição e
conflito), tendo a função de purificador
supremo, como no caso das cremações
ritualísticas de cadáveres.
Na crença dos Xamãs é chamado Avô Fogo e é
usado para pedir ajuda quando é hora de
trabalhar as mudanças, pois o fogo auxilia no
processo de limpeza também, o velho cedendo
lugar ao novo. Por exemplo, a Sauna Sagrada é
um dos lugares usados, pelos Xamãs, nos
processos de cura pelo fogo.
O xamã vai consciente que existe uma energia
vital cósmica vital, que vai a constante
movimento e é absorvida pela respiração. A notadas são rígidas e severas. Dentro de todas
energia da vida foi passada com a respiração, e as formas energéticas (o fogo, a água e o
é vital para o funcionamento não somente do mineral), estes seres adquirem formas capazes
corpo físico, mas de um outro corpo sutil de cujo de desenvolver pensamentos e emoções. Esta
ser humano é composto. Algumas tribos capacidade nasceu do contato direto com o
americanas chamam essa força vital de "mana". homem e da presença deles em seu cotidiano, o
Místicos do Oriente são conscientes da que fez com que as Salamandras
existência dessa energia, usualmente chamam desenvolvessem forças positivas, capazes de
de "Prana"; os chineses chamam como "Chi", os bloquear vibrações negativas ou não
japoneses "Ki". O principal veículo deste mana produtivas, permitindo um clima de bem estar
ou prana, não é do corpo físico, mas é a energia ao homem.
que o vitaliza, assim como os nervos e o sistema Contudo, o homem é incapaz de se comunicar
endócrino. adequadamente com as Salamandras, pois elas
A força vital é retirada da reserva cósmica com a reduzem a cinzas tudo aquilo de que se
respiração, assim como o peixe extrai oxigênio aproximem. Muitos místicos antigos
da água. Essa energia é absorvida e refinada preparavam incensos especiais de ervas e
através dos chakras, antes de ser distribuída perfumes, para que quando queimados,
para o corpo físico e sutíl. A essência de toda a pudessem provocar um vapor especial e assim
vida é o que alguns xamãs norte-americanos formar em seus rolos a figura de uma
chamam de "Respiração Divina", ou de Salamandra, podendo assim sentir sua
"Respiração do Invisível". presença.
A respiração de vida contém substância de fogo, Aqui no Brasil, estas aparições são chamadas de
força vital que encapsula a essência de que toda "fogo - santelmo". Porém, a maioria dos místicos,
a matéria é, por último, formada e emerge de afirma que as Salamandras são Seres gigantes,
blocos de manifestação física. imponentes e flamejantes em roupas fluidas,
com uma armadura de fogo. São as mais
poderosas dos elementais e têm como seu
Os esotéricos nominam o fogo como regente um magnífico espírito flamejante
Salamandras, ou Espíritos do fogo, os quais chamado Djim, terrível e aterrorizante na sua
vivem no éter atenuado e espiritual que é o aparência.
invisível elemento do fogo. Sem elas, o fogo Os antigos sábios sempre foram advertidos para
material não pode existir. Elas reinam no fogo manter- se à distância delas, pois os benefícios
com o poder de transformar e desencadear derivados do seu estudo frequentemente não
tanto emoções positivas quanto negativas. eram proporcionais ao preço que se pagava por
Segundo os especialistas, as salamandras eles. Elas possuem especial influência sobre as
parecem bolas de fogo e que podem atingir até criaturas de temperamento ígneo e
seis metros de altura. Suas expressões, quando tempestuoso.
Porfírio diz: "Existe na Divindade uma insondável
profundeza ardente. O coração humano jamais
deverá temer o contato desse Fogo adorável,
porquanto não será por Ele destruído."
Ele é o doce Fogo, cujo feliz e tranquilo calor
determina o encadeamento das causas, a
Harmonia e vital continuidade do mundo. Nada
existe que não seja pelo fogo alimentado pois é
Ele a própria Essência Divina. Ninguém o gerou.
É sem Pai nem Mãe... nem causa alguma. Mas,
tudo sabe e Nada lhe pode ser ensinado. É
imutável nos seus desígnios e seu Nome é
inefável. Eis aqui o que é Deus. Nós, míseros
mensageiros seus, nada mais somos do que
uma partícula Sua.
A antiguidade sábia, por sua vez, já nos
ensinava: do mesmo modo que um fogo
violento queima até as árvores verdes, o homem
que estuda, compreende os livros santos, apaga
em si toda mácula nascida do pecado.
Pela mítica, o fogo preexiste em suas nas
modalidades sutis de sua própria manifestação,
cuja percepção se dá através de emoções e de
imagens anímicas. O fogo tem amplo
significado:
- significa divino; energia motora cósmica;
energia sexual (sincretismo fogo-serpente a que
os hindus chamam de Kundalini, a força latente
responsável pela atividade sexual e pela
consciência superior); a afetividade (ternura e a
agressão).
O fogo da vela simboliza a ligação matéria-
espirito, homem-Deus. No corpo humano, o
fogo se manifesta não só pela temperatura do
corpo como também pelas manifestações
emotivas e psíquicas. Seu símbolo gráfico é o
corisco, ou o fogo que vem do alto, do céu ou
de Deus.
Segundo o estudo esotérico dos elementais, o
Fogo é o mais importante, pois ele é uma
expressão do Fogo Sagrado, de onde
procedem a Chama Violeta e suas congêneres.
Tem como atividade construtiva no plano físico
purificar através da incineração de detritos e de
corpos humanos, a qual permite o retorno dos
respectivos elementos ao Sol, para uma
repolarização.
A atividade destrutiva do fogo é demonstrada
na queima de construções e florestas, nos
relâmpagos, na tempestade e no uso de armas
de fogo, bombas etc.
No Sol, nas estrelas, nas fogueiras ou nas brasas,
no nosso coração nós sentimos a luz da vida.
O fogo é o elemento das transmutações, das
transformações. Sua força luminosa indica o
caminho que deve ser seguido por aquele que
conhece os ensinamentos do Universo.
O fogo é a chama que, acesa dentro de nós, faz
brilhar nossa aura e nossos olhos, revelando a
força de nosso espírito. Ele conduz cada um à
sabedoria interior.
Para os indianos, e os que conhecem o sentido
de Veda-Shastra, o fogo é relacionado à
identificação com BRAHMÃ (liberação), em
suma, com o Conhecimento de Brahmã,
consegue a Imortalidade. Aquele que procura
adquirir conhecimento efetivo de seus deveres
possui três categorias de provas: a evidência
intuitiva, o raciocínio discursivo e a autoridade
dos diferentes livros deduzidos das Santas
Escrituras. E mais: o discípulo concentrando a
atenção em tudo isso, alcança o "perceber" a
Alma Divina em todas as coisas visíveis e
invisíveis. O discípulo contempla, em suas
meditações, o éter sutil que inunda todas as
cavidades de seu coração; o ar que atua em seus
músculos e nervos, a Suprema Luz do Sol e do
Fogo, em seu calor digestivo e em seus órgãos
visuais; a Água, nos fluídos de seu corpo; a Terra,
em todo seu corpo.
Desta forma, o Fogo Sagrado presta dois
serviços: um, manifestando-se com forma
construtiva em qualquer esfera, inclusive o
mundo da aparência física; o outro,
manifestando o poder de eterização da forma,
como conclusão de sua utilidade.
Por outro lado, o fogo, em seu papel destrutivo,
tem causado a perda de lares, vidas e
propriedades.
A REPRESENTAÇÃO DO REINO DO FOGO NO
CANDOMBLÉ
Já no candomblé, vemos o fogo representado
também por Aganju, que é o Senhor dos
Vulcões e montanhas e é um orixá muito antigo
e indispensável na criação de Aiyê (terra).
Também conhecido como Xangô Aganju, é o
Orixá que representa tudo que é explosivo, que
não tem controle, ele é a personificação dos
Vulcões. Este Orixá representa tudo aquilo que
sai.
É a larva incandescente do vulcão, derramando-
se de forma descontrolada sobre a terra,
queimando e destruindo tudo o que encontra
em seu caminho. É filho de Oroinã (a Voz do
Vulcão) e de Arainã (O magma no interior da
terra)
Em Cuba, Na Mitologia Yoruba, Aganju é o
Orixá dos vulcões e desertos e está associado
com São Cristóvão no Lukumí.
A PALAVRA “FOGO” CITADA NA BÍBLIA
A concepção do reino do fogo, estudada no
Núcleo Mata Verde, pode ser amplamente
verificada também descrita na Bíblia Sagrada.
Vejamos:
pois o nosso "Deus é fogo consumidor!" -
Hebreus 12:29
"Não é a minha palavra como o fogo", pergunta
o Senhor, "e como um martelo que despedaça a
rocha? Jeremias 23:29
João respondeu a todos: "Eu os batizo com
água. Mas virá alguém mais poderoso do que
eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar
as correias das suas sandálias. Ele os batizará
com o Espírito Santo e com fogo. Lucas 3:16
E viram o que parecia línguas de fogo, que se
separaram e pousaram sobre cada um deles.
Atos dos Apóstolos 2:3.
Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama
de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés
viu que, embora a sarça estivesse em chamas,
não era consumida pelo fogo. Êxodo 3:2
O SIGNIFICADO DO FOGO NA UMBANDA
Para a Umbanda, o fogo é o mais enigmático
e surpreendente dos quatros elementos, pois
sua energia e extremamente poderosa.
pela cor vermelha, e que significa a “Energia” e
a “Destruição”.
O axé (energia) trazido por este reino é
chamada Tatá Pyatã.
A manifestação da natureza neste reino vem
através do Fogo, Calor, Luz, Cores.

O Reino do Fogo represente a INICIATIVA e

também criação, nascimento, sexo, impulso,
iniciativa, luz, calor, rompimento, manutenção,
destruição, guerreiros, guerra, cores, tudo que é
vermelho, sangue, ódio, paixão, incêndios,
bombeiros, velas, queimaduras, ferro, espadas,
lanças, escudos, liderança, manutenção da
ordem, manutenção da vida, rosas vermelhas,
espada de ogum (planta), agressão, princípio,
proteção, febre, coração, soldados, militares,
A essência ígnea não se mostra com tanta
evidencia, no mundo visível o fogo só se mostra exército, solda, faísca, eletricidade, ondas eletro-
em sua forma luminígena. No estudo dos Setes
magnéticas, sol, temperatura, planeta marte,
Reinos sagrados, desenvolvido pelo Núcleo de
Estudos Mata Verde, de acordo com a evolução salamandras, brigas, caminhos.
Planetária, que durou aproximadamente a cinco
bilhões de anos nosso planeta começou a se
formar. As qualidades deste reino são: iniciativa,
atividade, ação, criação, geração, impulso,
O processo evolutivo do planeta Terra pode ser
estímulo, ímpeto, abalo, força, vigor, energia,
dividido em fases. Neste primeiro momento o
poder, prestígio, ânimo, coragem, valentia,
planeta era formado por rocha líquida (Magma)
esforço, intensidade, agilidade, destreza,
de altíssima temperatura, incandescente,
potência, urgência, fervor, robustez, vivacidade,
pastosa, viscosa. É a partir deste momento que
animação, entusiasmo, paixão.
a Terra começa a tomar suas características. É o
impulso inicial para a formação do planeta. Esta
primeira etapa da evolução chamamos de fase
do fogo.

Desta forma, na Umbanda que é seguida dentro

do Núcleo Mata Verde, o primeiro reino é o
Reino do Fogo, representado pelo orixá Ogum,
As pessoas que têm este reino em si, são aquelas
dotadas de iniciativa, ambição, impulsividade,
vigor, ímpeto, energia, poder, coragem, 5 - Ogum Malê ou Malei: Ogum ligado a Oxalá,
valentia, agilidade, sagacidade, astúcia, malícia,
patrono das entidades do Oriente e de Cura,
destreza, fervor, entusiasmo, paixão, empenho,
ímpeto, perspicácia, agressividade, auto- cuida de todos espíritos dos médicos astrais, usa
afirmação, competição, desejo de vencer,
Vermelho e Branco, não usa capacete;
impulso para triunfar, liderança etc.

6 - Ogum Megê: Serventia de Obaluae, regula os

Exus, trabalha muitas vezes dentro da
Calunguinha, veste Preto, Vermelho e Amarelo,
No que se refere a Ogum, o qual, na Umbanda,
usa bandeira e lança como arma, alguns usam
representa o reino do fogo, cabe ressaltar que
espadas, sempre representado montado num
nos terreiros de Umbanda, o povo de Ogum
cavalo branco;
que se manifesta, são espíritos de homens que
foram ligados ao militarismo de algum modo,
7 - Ogum Rompe-Mato: Ligado a Oxóssi, cuida
são Guerreiros Romanos, Gregos, Espartanos,
das entradas das matas e florestas, usa Verde
Mouros, Gauleses, Bárbaros, Hititas, Egípcios,
escuro e Vermelho, uma espada de São Jorge
Malês, Sarracenos, Templários, Britânicos,
na mão, alguns usam fitas na cabeça;
Chefes Indígenas, Bedúinos,Persas, Macedônios,
Chineses, Samurais, Babilônicos, enfim vários
8 - Ogum Sete-Espadas: Ligado a energia pura
países e territórios que se manifestam por
de Ogum, vibra com Ogum Matinata, usa uma
afinidade astrológica e energéticas. São eles:
espada na mão e outras seis cruzadas na capa e
usa vermelho e prata;
1 - Ogum Matinata: Veste Vermelho apenas, é a
linha mais pura de Ogum, conhecido por Ogum
9 - Ogum Sete-Ondas: Vibra com Ogum Beira-
Guerreiro;
Mar, trabalha nas ondas do mar, ligado a
Iemanjá usa Azul Royal e Vermelho, se veste
2 - Ogum Beira-Mar: Veste Vermelho e Azul
com capacete de conchas;
Claro, ligado as praias de Iemanjá, conhecido
como o Sentinela de Maria;
10 - Ogum das Pedreiras: Guarda as pedreiras
3 - Ogum de Lei (Ogum Delê): Ligado a Xangô
de Xangô de armadura dourada e penas
usa Vermelho e dourado, cor de sua armadura
marrons, vibra com Ogum de Lei, quase não se
trás uma balança nas mãos, ligado a execução
desloca, é um grande executor e não aceita
da justiça;
ordens;

4 - Ogum Yara: Ligado a Ibeji e Oxum, usa

11 - Ogum Caiçara: Vibra com Ogum Yara, usa
vermelho e Azul escuro trabalha nas nascentes
Vermelho e Azul bebê, se desloca pelo templo
dos rios;
cuida do fundo da foz dos Rios;
12 - Ogum do Oriente: Vibra com Ogum Malê,
com ligações árabes traz um turbante, vibra com
as cores vermelho, branco e dourado;
13 - Ogum de Ronda: Trabalha com Ogum
Megê trabalha nas entradas da Calunguinha,
corre sua ronda a Meia-Noite. Usa Preto,
Vermelho e Verde. Trás cruz de Malta no peito;
14 - Ogum das Matas: Usa Verde e Branco. São
espíritos indígenas, usam espadas e bradam
muito;
15 - Ogum Sete-Lanças: Ligado a Ogum
Matinata e Sete-Espadas usa vermelho apenas,
roda cruzando o terreiro;
16 - Ogum Sete-Mares: Ligado a Ogum Beira-
Mar e Ogum Sete-Ondas, cuida dos Mares, usa
azul bem escuro e vermelho;
17 - Ogum de Ouro: Trabalha com Ogum de Lei
e Ogum das Pedreiras, Usa Vermelho e
Amarelo. Vibra com Iansã;
18 - Ogum Menino: Vem com Ogum Yara e
Ogum Caiçara trabalha nos lajeados e barrado
de corais. Usa Vermelho e Azul;
19 - Ogum da Lua: vibra com Ogum Malê e
Ogum do Oriente, trabalha nas vibrações
lunares, nos campos abertos do Humaitá. Usa
Vermelho e branco;
20 - Ogum Xoroquê: Trabalha com Ogum Megê
e Ogum de Ronda vibra muito com Exu, ligado
a Obaluaê também. É o Ogum mais negativo.
Usa Preto, Vermelho e Branco;
21 - Ogum dos Rios: Trabalha com Ogum
Rompe-Mato e Ogum das Matas. Usa verde
Agua e vermelho apesar do nome trabalha nas
Pontes;
22 - Ogum Naruê (Trabalha na calunguinha);
23 - Ogum da Estrada (Trabalha na estrada);
24 - Ogum Rompe Folha (Trabalha na Mata);
25 - Ogum Bandeira (Trabalha no Humaitá);
26 - Ogum Gererê (Ligado a Xangô).
Conforme o sincretismo, Ogum corresponde, na
Igreja Católica a São Jorge no Rio de Janeiro,
São Paulo, Rio Grande do Sul e ao Santo
Antônio na Bahia.
Referências
http://www.umbandadochico.com.br/blog/20
09/01/30/os-elementos-de-transmutacao-da-
umbanda/
http://www.caminhosdeluz.org/A-123D.htm
http://eduardodoxum.blogspot.com.br/2009/0
6/lenda-de-aganju.html
http://umbandadejesus.blogspot.com.br/2012/
04/ogum-na-umbanda.html
1.ª imagem: juntosnocandomble.com.br
2.ª imagem: apostila do Arapé – Núcleo de
Estudos Mata Verde.
3.ª imagem: firekeishaunigeorge.com
4.ª imagem: myvaleynews.com
É membro do Núcleo Mata
Verde
Abá Guassu
 Curso Básico da Doutrina dos Sete Reinos Sagrados
Parte 2
E stimados leitores, continuaremos nesta
edição a segunda aula do curso da doutrina
umbanda os sete reinos agrados.
Na primeira aula iniciamos o curso
apresentando a visão que os antigos gregos
possuíam sobre o universo.
Continuaremos estudando os gregos e hoje
iniciaremos com Pitágoras.
Pitágoras viveu no período entre 580 e 500
antes de Cristo e é geralmente considerado um
dos maiores professores gregos desta época
mais remota.
Pitágoras foi um importante contemporâneo de
Thales de Miletus.
Ele fundou uma escola que misturava filosofia
natural e misticismo e que atraiu muitos
seguidores. Vários estudiosos preferem dizer
que Pitágoras formou um culto e não uma
escola.
Porque um culto?
Os seguidores de Pitágoras viviam em um rígido
regime, que incluía o vegetarianismo, o voto de
silêncio durante os cinco primeiros anos de
permanência no grupo, e total anonimato em
relação a feitos pessoais.
A escola de Pitágoras fez vários
desenvolvimentos na matemática. Foram eles
que, pela primeira vez, reconheceram a
existência de números irracionais. Havia
também muito misticismo nos seus estudos.
Para os pitagóricos o ponto estava associado ao
número 1, uma linha com o número 2, uma
superfície com o 3 e um sólido com o 4. Sua
soma dava 10, número então considerado
sagrado e onipotente.
Pitágoras é muito conhecido pelo Teorema de
Pitágoras :
O teorema de Pitágoras já era conhecido pelos
antigos Babilônios, mas parece que
Pitágoras foi o primeiro a demonstrá-lo.
A escola de Pitágoras estava interessada na
relação entre a música e a matemática. Seus
membros acreditavam que os planetas estavam
associados a esferas cristalinas, uma para
cada planeta, as quais produziam a "Música das
Esferas". Estas esferas estavam centradas
na Terra, e ela mesma estava em movimento.
Nós não notamos a "música das esferas" por
que ela sempre esteve à nossa volta e, portanto,
não sabemos como seria não sentir o seu
som.
Embora somente oito corpos celestes fossem
conhecidos naquela época, Pitágoras
acreditava que deveria haver dez - os cinco
planetas conhecidos, o Sol, a Lua, a Terra, e
uma chamada "contra Terra" designada pelo
termo grego antikhthon.
Os seguidores de Pitágoras, no século 5 a.C.,
foram os primeiros a produzir uma teoria
astronômica na qual uma Terra esférica girava
em torno de seu próprio eixo assim como se
movia em uma órbita. Essa teoria surgiu em
parte da necessidade de localizar o grande fogo
que eles acreditavam alimentar o universo.
Os Pitagóricos acreditavam que nem a Terra
nem o Sol, mas sim um "fogo central", estava no
centro do universo. Este fogo é que fornecia a
energia para que os outros corpos celestes
pudessem se movimentar. Em torno deste "fogo
central" moviam-se os planetas conhecidos, a
Terra, a contra-Terra, a Lua e o Sol, cada um
deles associado à sua própria esfera de cristal.
Estas "esferas celestiais", surgidas no século 5
a.C. e conservadas como relíquias por Ptolomeu,
introduziram os círculos concêntricos que
dominariam a descrição do Universo pelos
próximos 2000 anos.
A Terra estava protegida deste "fogo central"
pela "contra-terra". Acredita-se que a todas suas faces são idênticas. Em cada vértice
"contraterra" foi "inventada" para explicar os
eclipses, mas também para fazer com que o
número de objetos que circundavam o fogo
central fosse 10, o número mágico dos
pitagóricos.
Os Pitagóricos colocaram esse fogo no centro
escondido das coisas, com a Terra girando em
torno dele mais próxima do que qualquer um
dos outros corpos visíveis no céu. A razão pela
qual nunca vemos ou somos torrados por esse
fogo é pelo fato de que vivemos sobre somente
metade da esfera da Terra e essa nossa metade
está sempre virada na direção contrária ao fogo.
Platão (427 a.C. - 347 a.C.) estabeleceu que o
tempo teve um início e que ele surgiu junto com
o universo em um instante de criação.
Platão foi o primeiro filósofo que formou uma
escola, a primeira universidade. Como ela estava
no terreno que tinha uma vez pertencido a um
lendário grego chamado Academus, o nome
dessa escola passou a ser "Academia".
Para Platão os corpos celestiais exibiam formas
geométricas perfeitas. Baseado nisso ele
procurou associar os elementos essenciais de
sua concepção do universo com os sólidos
regulares considerados perfeitos.
Existem cinco sólidos regulares possíveis. Cada
um desses sólidos tem faces equivalentes com
todas as linhas e ângulos iguais. Todos os seus
lados são iguais, seus ângulos são os mesmos e
de tais sólidos vemos o encontro do mesmo
número de superfícies.
A esses sólidos, perfeitamente regulares, damos
o nome de "sólidos Platônicos". Existem
somente cinco sólidos platônicos: o tetraedro, o
hexaedro, o octaedro, o dodecaedro e o
icosaedro.
Para Platão, quatro destes cinco sólidos
regulares representavam os quatro elementos,
ar, fogo, água e terra. Um deles representava o
universo como um todo.
São eles:
Possui quatro lados que são
triângulos eqüiláteros. Ele tem o menor volume
para sua superfície e representa a propriedade
de secura, falta de chuva.
O tetraedro corresponde ao fogo.
Possui seis lados que são quadrados.
Como o hexaedro (ou cubo) pode permanecer
firmemente sobre sua base, corresponde à Terra
estável.
Possui oito lados que são triângulos
eqüiláteros. Quando seguro por dois vértices
opostos, o octaedro pode girar livremente.
O octaedro corresponde ao ar.
Possui 12 lados que são
pentágonos eqüiláteros. O zodíaco é formado
por 12 signos, que correspondem às doze faces
do dodecaedro. Por esse motivo o dodecaedro
corresponde ao universo.
Possui 20 lados que são triângulos
eqüiláteros. Ele tem o maior volume para a sua
área superficial. O icosaedro representa a
propriedade de umidade, umedecimento e, por
conseguinte, corresponde à água.
Foi na época de Platão, século 4 a.C., que surgiu
o modelo que descrevia o universo por meio de
esferas.
Este modelo tornou-se popular e consistia de
uma Terra esférica no centro, circundada por
uma esfera externa formada por estrelas. Entre
estas duas esferas os planetas se moviam de um
modo não determinado.
Eudoxus nasceu entre 408 e 390 a.C. em Cnidus,
nas costas do Mar Negro, e morreu aos 53 anos.
Aos 23 anos Eudoxus freqüentou a academia de
Platão em Atenas com o objetivo de estudar
filosofia e retórica. Anos mais tarde ele foi para
o Egito aprender astronomia em Helopolis. No
ano 365 a.C. Eudoxus retornou a Atenas com
seus alunos e tornou-se colega de Platão.
A astronomia grega alcançou um novo patamar
científico, muito mais sofisticado, a partir dos
trabalhos de Eudoxus.
Ele foi o primeiro a propor que o movimento dos
corpos celestes podia ser descrito por meio de
uma série de esferas transparentes nos céus,
que transportavam os corpos celestiais a
diferentes velocidades em grupos encadeados,
com centros que variavam ligeiramente.
Através deste engenhoso conjunto de esferas
que se relacionavam de tal forma que alguns
importantes aspectos do movimento planetário
eram reproduzidos por este conjunto.
O mais importante é que Eudoxus foi o primeiro
a propor um modelo deste tipo, com esferas
concêntricas, e que foi adotado por muitos
filósofos do seu tempo.
Para fazer com que essas "esferas celestiais"
agissem mais de acordo com o que pode ser
observado no céu arranjos ainda mais
complexos do que o proposto por Eudoxus
foram necessários. Seu modelo foi melhorado
por Callippus que logo viu a necessidade de
serem introduzidas mais esferas. Mais tarde, no
século 4 a.C., Aristóteles acreditou que tinha
resolvido o problema de certos movimentos
anômalos introduzindo algumas "esferas
retrógradas".
O modelo de Aristóteles exigia não menos do
que 55 esferas transparentes.
No entanto, todas essas adições feitas ao
modelo de Eudoxus não conseguiam explicar
por que os astros variavam suas luminosidades,
um fenômeno facilmente observável.
Por volta do ano 500 a.C. Leucippus enunciou
sua teoria atomística do mundo.
No final do século 5 a.C. Democritus
estabeleceu uma interessante teoria.
Democritus estabeleceu que toda a matéria é
composta por substâncias infinitamente
pequenas, eternas, indivisíveis, indestrutíveis,
que se reúnem em diferentes combinações para
formar os objetos que percebemos.
A palavra grega para "indivisível" é "atomo".
Esta teoria fez nascer o conceito de átomo.
Democritus descreve um começo extraordinário
para o universo. Ele explica que originalmente
todos os átomos estavam rodopiando de uma
maneira caótica, até que colisões os reuniram de
modo que pudessem formar estruturas maiores,
incluindo eventualmente o mundo e tudo que
está nele.
A teoria de Democritus não foi bem aceita e
encontrou poucos seguidores ao longo dos
séculos seguintes.
Aristóteles, que foi estudante de Platão, viveu no
período entre 384 e 322 antes de Cristo.
Aproximadamente no ano 335 a.C. Aristóteles
fundou a sua própria escola de Filosofia Natural,
o "Liceu", em Atenas.
Ao contrário de Platão, Aristóteles prestava
muita atenção aos resultados das observações e
das experiências de outros filósofos.
Aristóteles acabou sendo o mais famoso e mais
influente dos filósofos iniciais gregos.
Sua Filosofia Natural foi incorporada nos
escritos de Tomás de Aquino e se tornou o
fundamento da doutrina Católica e da instrução
universitária na época medieval.
O trabalho cosmológico de Aristóteles
chamava-se "Sobre os Céus". Este é o mais
influente livro deste tipo em toda a história da
humanidade tendo sido aceito por mais de 18
séculos, desde a sua criação por volta de 350a.C.
até os trabalhos de Copernicus no início dos anos
1500.
Segundo Aristóteles a Terra, assim como todos
os corpos, era composta de 4 elementos:
Cada um destes elementos procurava o seu
lugar natural no Universo.
Deste modo:
1) Corpos feitos de terra caem na Terra.
2) A chuva cai do céu, se deslocando através dos
arroios, para os córregos, para os rios e
finalmente para o mar.
Na cosmologia Aristotélica, a Terra "imperfeita"
estava situada no centro do Universo.
Lembramos que nesta época o Universo era
apenas o Sistema Solar.
Aristóteles adotou o sistema de esferas
concêntricas proposto por Pitágoras para
descrever os planetas, mas deduziu que a Terra
devia estar imóvel. A Terra não gira em torno de
qualquer outra coisa nem gira em torno do seu
eixo.
A Terra é circundada por 10 esferas
concêntricas feitas de uma substância
perfeitamente transparente conhecida como
"quintessência" ou "éter". Essas esferas é que
"seguram" os planetas. As estrelas são fixas e não
se movem. O "Reinado dos Céus" está localizado
além da décima esfera.
Aristóteles afirmava que o universo não surgiu
em um ponto, mas sim que ele tinha existido,
inalterado, por toda a eternidade. Isso tinha que
ser assim porque ele era "perfeito". Deste modo
Aristóteles estabelecia um cenário de "estado
estacionário" para o universo. Mais ainda, como
ele acreditava que a esfera era a mais perfeita de
todas as formas geométricas, o universo tinha
um centro, que era a Terra, e sua parte "material"
tinha uma borda que era "gradual", começando
na esfera lunar e terminando na esfera das
estrelas fixas. Depois da esfera das estrelas o
universo continuava para dentro do domínio
espiritual onde as coisas materias não podiam
estar.
Aristóteles rejeitava a descrição da matéria por
meio de átomos, ou seja, a visão atomística de
Democritus.
 Ela também serviu de fundamento para o
universo vitoriano do século 19.

Zeno de Citium (333 a.C.-264 a.C. ou 334 a.C.-

262 a.C.) nasceu em Citium, ilha de Chipre.
Zeno, também chamado de "O Fenício", chegou
a Atenas ainda jovem, em 313 a.C., e ai viveu
pelo resto de sua vida, embora sem jamais ter se
tornado cidadão ateniense.

Ele estudou nas várias escolas filosóficas de

Atenas e teve várias profissões. Por volta do ano
308 a.C.,(com 42 anos) ele fundou em Atenas a
chamada escola Estóica de filosofia.

Seus adeptos foram chamados de estóicos.

Zeno ensinava a seus discípulos em vários
lugares públicos, em particular na chamada
"Stoa Poikile", um lugar público localizado na
"Agora" ou mercado de Atenas.
O estoicismo é uma doutrina filosófica que
propõe viver de acordo com a lei racional da
natureza e aconselha a indiferença (apathea)
em relação a tudo que é externo ao ser. O
homem sábio obedece a lei natural
reconhecendo-se como uma peça na grande
ordem e propósito do universo.
Os estóicos acreditavam no destino. Para eles
tudo estava predestinado.
A mente é governada pelo universo.
O universo era uma entidade orgânica viva.
Para os estóicos o cosmos estrelado é finito.
Para além do cosmos finito se estende o "vazio".
Os estóicos também acreditavam que o cosmos
pulsava lentamente em tamanho e que ele
periodicamente passa por eventos catastróficos.
Este era o chamado "ciclo eterno de eventos"
dos estóicos.
A Escola Eleática de filósofos foi fundada pelo
poeta e pensador religioso Xenophanes
(nascido por volta de 570 a.C.). Seu principal
ensinamento era que o universo é singular,
eterno e inalteravel. Segundo Xenophanes "O
todo é um".
A Escola Eleática se opunha à doutrina Jônica
de desenvolvimento.
Os eleáticos viam a natureza como uma
unidade imutável, universal, considerando a
criação, a variedade, a mudança e o movimento
como ilusões dos sentidos.
O maior dos filósofos eleáticos foi Parmenides(
539 a.C.).
As crenças de Parmenides na unidade absoluta
e constância da realidade são bastante radicais
e abstratas, mesmo para os padrões modernos.
Este curso esta sendo desenvolvido à partir do
livro:

Os estóicos mantinham que "Logos" era o

"princípio ativo" ou estimulador de toda a
realidade. O Logos era concebido como um
conduto para o poder divino que, em essência,
ordena e dirige o universo.
A razão e a alma humanas eram ambas
consideradas subordinadas ao Logos e, por
conseguinte imortal tendo em vista a reciclagem
contínua do universo.

A visão cosmológica dos estóicos teve grande

influência por cerca de 2000 anos.
Fases da Lua - Abril/2016