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TURMA: T1
ALUNO: João Victor da Silva Brito
TEMA: O Direito à Privacidade
Referência:
Análise crítica:
O Autor aborda habilmente de forma cronológica como o hoje conhecido direito à
privacidade veio a existir. Inicialmente, traçando o curso até a antiga Grécia em que
estes conceito começou a surgir, citando que lá a vida se dava em duas distinções,
pública e privada, sendo caracterizadas pela política e pela família. Assim,
assinalando que quando um indivíduo se envolvia na vida pública, ele recebia uma
segunda vida, para desta forma se relacionar com o que lhe era comum, e desta forma
resguardava sua vida privada que levava na sua casa.
Seguidamente a isso, ele continua a traçar a régua temporal ao texto, eventualmente
seguindo pela sociedade feudal e pelas primeiras comunidades burguesas, estas que
popularizaram o conceito de privado, criando os primeiros ‘’muros’’ sociais. Após
isso, ao abordar os meados do século XX, o autor cita que com os adventos da
tecnologia que proporcionou a facilidade no compartilhamento de informações nos
anos 60 dos anos 1900, a privacidade começou a sair do monopólio da burguesia para
ter um alcance populacional mais amplo. Logo, confundindo e misturando alguns
conceitos existentes.
Após esta linha, o autor começa a tratar das diferenças entre os conceitos de privado,
íntimo e público e cita corretamente um pensamento de Lafer que diz que a
intimidade é a possibilidade da pessoa de escolher estar só e de excluir do
conhecimento de terceiros partes de sua vida privada a que apenas a ela se refere e
que ela deseja manter apenas para si, fora da esfera pública, Contudo,
conceitualmente é importante frisar a diferença entre intimidade e privacidade, porém
devemos notar que um está contido no outro. Desta forma, por meio de estudos de
outros escritores, Cancelier busca salientar as diferenças entre a intimidade e vida
privada. Assim, mostrando que a vida privada tem aspectos que podem ser
compartilhados com terceiros, enquanto a vida íntima equivale ao aspecto singular
dos pensamentos humanos e uma vez que compartilhados mesmo que de forma
intencional ele se retira do íntimo e migra para a esfera do privado.
Por outra via, o autor mostra em seu estudo a acertada visão de que cada ser humano
ao decorrer da vida terá sua própria concepção de íntimo e privado. Porém, há de se
notar que independente de seu entendimento, suas ações com relação a este aspecto
da vida em sociedade não pode ultrapassar os limites dos outros indivíduos, e muito
menos a barreira que a lei criou para a proteção de tais limites.
Assim, pode-se concluir com análise textual que é visível como os conceitos da
privacidade ao longos dos anos foram mutáveis e fluidos, fazendo com que assim
existam diversas formas de interpretação de sua essência, porém, há de se salientar
que este conceito deverá sempre respeitar as individualidades dos cidadãos.