INTRODUÇÃO
A família não é apenas o elo afetivo mais forte dos pobres, o núcleo da sua
sobrevivência material e espiritual, o instrumento através do qual viabilizam
seu modo de vida, mas é o próprio substrato de sua identidade social. Em
poucas palavras, a família é uma questão ontológica para os pobres. Sua
importância não é funcional, seu valor não é meramente instrumental, mas
se refere à sua identidade de ser social [...] (SARTI, 1996, p.33).
3 Segundo Prado (1985), família é uma instituição social variando através da história e apresentando
até formas e finalidades diversas numa mesma época e lugar, conforme o grupo social que esteja
sendo observado. O conceito de família já sofreu e ainda sofre inúmeras mudanças conceituais, em
suas funções, suas estruturas e sua forma de organização.
4 Para Mioto, (1997) a família tem como tarefa primordial o cuidado e a proteção de seus membros, e
faculdades emergentes desta ação. Portanto, para que se consiga revelar este
significado social da pratica, segundo Iamamoto (1992, p. 120) há que se considerar
o movimento das classes sociais e ainda suas relações com o Estado e a sociedade,
para que assim possa desvelar “[...] os fios que articulam as estratégias políticas das
classes, desvendar sua necessidade, os seus efeitos na vida social, assim como
seus limites e suas possibilidades”.
A autora ressalta ainda que única opção é estabelecer estratégias
profissionais e políticas para que se consiga garantir aos usuários, direitos que
dizem respeito diretamente as suas necessidades, como sujeitos extirpados da
riqueza socialmente produzida.
Ou seja, para que o profissional realize estas determinações ele deverá ter
uma relação com disciplinas especializadas, extraídas das ciências humanas e
sociais. Assim segundo a autora, a instrumentalidade é uma mediação profissional,
a qual através do conhecimento teórico e metodológico o profissional tenha uma
intervenção compreendendo as particularidades da intervenção profissional e as
singularidades do cotidiano do assistente social.
Diante destes aspectos aqui apresentados será relatada a atuação de
intervenção do assistente social do no CRAS- Centro de Referencia de Assistência
Social- São Francisco.
A prática interventiva do assistente social no CRAS/PAIF tem suas ações
voltadas no Serviço de Atenção Integral a Família, como medida de proteção social
básica inserida no Sistema Único de Assistência Social- SUAS. (MDS, 2004).
5
Segundo Fávero, (2003, p.09), [...] é um processo metodológico específico do Serviço Social, tem a
finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da
questão social, objeto da intervenção profissional. [...] de sua fundamentação rigorosa, teórica, ética e
técnica, com base no projeto da profissão.
10
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Família e Serviço Social. In: Serviço Social e
Sociedade, n. ° 51. São Paulo: Cortez, 1997.
PRADO, Danda. O que é família. São Paulo: Abril Cultura: Brasiliense, 1985.
(Coleção primeiros passos).