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Fundacionalismo cartesiano Não se trata então de uma suspensão do juizo mas sim de uma

Fundacionalismo= uma das respostas clássicas para o problema decisão de considerar provisoriamente falso tudo oq seja
do ceticismo. Os fundacionalistas sustentam q a existencia de minimamente duvidoso. Neste sentido ela é universal podendo-se
crenças básicas, autoevidentes põe um travão na regressão das aplicar a tudo, pelo menos até q se encontre algo q seja
cadeias de justificação criando tornando possivel a existencia de absolutamente indubitável
crenças justificadas
Descartes leva a dúvida ao extremo de tal modo q não se limita a
O fundacionalismo apresenta-nos uma img do conhecimento suspender o juizo mas rejeita como falso tudo aquilo q seja
como um enorme edificio sustentado por crenças básicas ou meramente duvidoao, razão pela qual se apelida a duvida
fundacionais cartesiana hiperbólica.

Assim e em suma, pode dizer-se que contrariamente ã dúvida


René Descartes é um dos mais famosos racionalistas de todos cética, a dúvida cartesiana era:
os tempos.
Descartes nào estava disposto a aceitar a impossibilidade do -metódica - pois era apenas um método para encontrar um
conhecimento sem tentar, pelo menos uma vez na vida, escapar a conhecimento seguro;
esta conclusão aparentemente inevitável - provisória - pois subsistia apenas até que se encontrasse algo
Com esse objetivo em mente Descartes decide levar o ceticismo absolutamente certo e indubitável;
ao extremo e vence-lo no seu próprio jogo, ou seja, decide - hiperbólica - pois não se limitava a pór tudo em dúvida, mas
recorrer rejeitava como falso tudo o que fosse meramente duvidoso
ao proprio ceticismo como método para provar a impossibilidade -universal-pode aplicar-se a tudo pelo menos até q se encontre
do ceticismo. algo q seja absolutamente indubitável
Razões para duvidar
Descartes pensou que se duvidasse de tudo, talvez pudesse Conforme vimos, Descartes vai recorrer a uma argumentação
encontrar algo absolutamente indubitável, ou seja, uma crença cética para pôr em causa tudo aquilo que julgamos saber, deitar
básica que fosse de tal modo autoevídente que nem a mais abaixo todas as nossas convicções e verificar se existe alguma
extrema das dúvidas a pusesse em causa. que resista a tamanha devastação. Estes argumentos são
Uma crença com estas características constituiria uma base sólida geralmente conhecidos por «razões para duvidar».
sobre a qual poderia
edificar com segurança o conhecimento. Ilusões dos sentidos
1º alvo de descartes são os nossos sentidos
Em suma, o seu objetivo era estabelecer um conhecimento
seguro e indubitável, ou seja encontrar pelo menos uma crença Descartes começa por notar que uma grande quantidade das suas
básica que pudess servir de fundamento para o conhecimento crenças provinha dos
O seu método era a dúvida: dúvidar de tudo oq se possa imaginar seus sentidos e decide averiguar se os sentidos são uma fonte
e averiguar o que resiste a esse processo, ficando conhecida fiável. O argumento das
como dúvida metódica ilusões dos sentidos eva-o a concluir que não. De acordo com
este argumento, uma vez
Para concretizar os seus propósitos, descartes ñ precisa de que os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, nunca
examinar cada crença isoladamente. Se decidirmos rejeitar todas podemos saber se nos estão a
as crenças minimamente duvidosas bast-nos debruçar-nos sobre enganar ou não; portanto, nunca devemos confiar nas
as principais fontes das nossas crenças e se detetarmos o menor informações adquiridas através deles.
grau de dúvida temos uma razão para rejeitar todas as crenças q
dela provenham. Ex.: cana mergulhada na água parece-nos que está partida; parece
que cheira a batatas fritas qnd alguem está a fritar rissois...
A dúvida metódica

Embora descartes recorra à dúvida cética, a dúvida catesiana não Será este argumento suficiente para nos persuadir de que nunca
se identifica com a cética original. temos justificação
para acreditar nos nossos sentidos?
Descartes subverte-a servindo-se dela como método para Afinal, do facto de que. por vezes, os nossos sentidos nos
alcançar o conhecimento e provar a insustentabilidade do próprio enganam não se segue que temos boas razões para nunca confiar
ceticismo. neles, até porque a maior parte dessas ilusões pode facilmente ser
resolvida recorrendo aos próprios sentidos.
Assim contrariamente à cética original, a duvida cartesiana não é
um ponto de chegada ( o desfecho inevitável de um rigoroso
Por exemplo se tocar na cana constato q ñ está partida; se olhar
processo de reflexão) mas sim um ponto de partida (um meio
para a frigideira posso ver q o cheiro vem dos rissois...
para alcançar a vdd)
que temos acerca delas pode ser fruto das maquinações deste
poderoso génio maligno.
A indistinção vigília-sono
Descartes reforça o argumento das ilusões dos sentidos com uma Aparentemente, enquanto a hipótese do génio maligno não for
razão adicional para duvidarmos de tudo aquilo que tenha uma afastada, não podemos estar certos de nada.
origem sensível. Papel do cogito no fundacionalismo cartesiano
Descartes faz notar q ñ seria a 1ª vez q alguem acreditava
erraamente q estava a ter determinadas experiencias qnd na Descartes mostra q o argumento do génio maligno ñ é tão
realidade estava apenas a delirar. Mas msm q a nossa sanidade ñ inabalável quanto à 1ª vista. Em vez de conduzir à conclusão q
esteja em causa descartes considera q devemos duvida da nada se sabe, conduz à conclusão q existe algo que podemos
experiencia sensivel pois por vezes acreditamos q estamos a ter garantidamente saber: Que existo.
uma determinada experienia qnd na realidade estamos só a
Mesmo q o génio maligno exista e se esforc tanto quanto pode
sonhar.
para me enganar, nunca poderá me convencer de q não existo,
pois para que me convença seja doq for, eu tenho q
Segundo o argumento da indistinção vigília-sono, umavez que a
necessariamente existir.
vivacidade e a intensidade de certos sonhosq temos durante
sonhos daquelas q temos em estado de vigila (acordados)nos Deste modo descartes encontrou uma crença q resiste ao mais
convencem muitas vezes de que estamos a ter experiências reais, radical processo de dúvida q se possa imaginar. Penso, logo
quando na realidade estamos apenas a sonhar, não temos forma existo.
de distinguir as nossas experiências; consequentemente, as
crenças que formamos a partir da experiência sensível ou são Esta crença é geralmente abreviada pela expressão cogito.
falsas (porque estamos apenas a sonhar), ou, ainda que sejam
A sua vdd não pode ser posta em causa, pois para se poder
verdadeiras, são-no apenas por acaso (porque não podemos saber
duvidar do que quer que seja é preciso existir.
se estamos apenas a sonhar ou não) e, portanto, não podem
constituir conhecimento. Assim descartes refuta o ceticismo por redução ao absurdo.

Erros de raciocinio A importancia do cogito no fundacionalismo cartesiano é


Por muito indubitáveis q as vdd da geometria/aritmética nos inquestionável. O cogito é uma crença básica q não precisa de ser
possam parecer existem tópicos + complexoa dos quais podemos justificada com base noutras. Deste modo podemos considerar q
cometer certos erros de raciocinio. Assim descartes decide o cogito é o tão desejdo triunfo sobre o ceticismo.
rejeitar msm as crenças q têm origem nos raciocinios +
Contudo, o cogito não é suficiente para nos assegurarmos de que
elementares.
temos corpo, nem da verdade das nossas experiências percetivas.
Descartes acreditava q não havia raciocinios acerca dos quais
porque enquanto a hipótese do génio maligno não for afastada,
podiamos estar seguros .
todas essas crenças podem resultar da sua enganadora atividade.

Uma coisa pensante (res cogitans)

Deste modo 76 Descartes constata que é capaz de imaginar que


não tem um corpo sem que isso implique que não existe, mas nâo
é capaz de duvidar que existe enquanto ser pensante.

Isto leva-o a concluir que é essencialmente uma substância


Hipótese do génio maligno pensante (ou res cogitans) isto e, uma mente, ou alma imaterial,
Descartes começa por fazer notar q desde novo lhe foi incutida a que existe independentemente do corpo e que é de natureza
crença de q fomos criados por um ser superior sumamente inteiramente distinta do mesmo.
inteligente e de podere elimitados q ent nos poderia introduzir
nas nossas mentes as ideias q bem entendesse. Esta perspetiva ficou conhecida como dualismo mente-corpo ou
Descartes percebe-se de imediato q esta suposição conhecida dualismo cartesiano Assim, enquanto não provarmos que o génio
como hipótese do deus enganador enfrenta sérias dificuldades maligno nâo existe, a única coisa que podemos saber e que
pois a ideia de um deus enganador é uma contradição nos termos existimos enquanto pensamento.
de deus ser um ser perfeito.

Descartes convida-nos a imaginar que existe um génio maligno, Critério de verdade


um ser tão poderoso quanto perverso, que se diverte a usar os
seus poderes para nos induzir em erro relativa mente a tudo e Descartes considerava que, uma vez q o q torna o cogito uma
mais alguma coisa. A mera hipótese da sua existência faz com crença tão evidente ñ é mais do que o seu elevado grau de
que mesmo as proposições aparentemente mais evidentes da clareza e distinção, estas careteristcas deveriam ser adotadas
geometria e da aritmética como critério de verdade, ou seja como procedimento q nos
permite destinguir oq é absolutamenre verdadeiro doq é
— como por exemplo, <Um quadrado é uma figura geométrica meramente duvidoso/falso.
com quatro lados iguais* - sejam postas em causa, pois a certeza
Assim o cogito ñ só fornece um fundamento seguro para o acreditava que não podia ser ele a causa de uma ideia tâo perfeita
conhecimento mas tbm um modelo daquilo que devemos quanto a ideia de Deus.
perseguir na procura de um saber seguro e indubitável.
A única alternativa possível era esta ideia estar no seu espírito
Tipos de ideias desde sempre,isto e, ser uma ideia inata e ter sido lá colocada por
Munido com o seu recem-alcançado critério de verdade, um ser pelo menos tão perfeito quanto ela, ou seja, por Deus, que
Descartes decide vasculhar a sua mente em busca de ideias claras teria implantado lá essa ideia no momento da criação, como uma
e distintas. É, nesse momento, que toma consciência de que especie de assinatura, ou marca, do seu criador. Isto significa
existem essencialmente três tipos de ideias na sua mente: ideias que, para Descartes, o simples
adventícias ideias factícias e ideias inatas facto de termos a ideia de Deus é suficiente para podermos
concluir que Deus existe.
• As ideias adventícias são ideias que não dependem da sua
vontade e parecem ser causadas por objetos físicos exteriores ã Deste modo descartes acredita ter conseguido provar q para alem
mente (exemplos: ouvir um ruído; ver o sol; sentir o calor das do cogito, pode estar certo da existencia de deus. Este argumento
chamas;...). ficou conhecido como Argumento da Marca pq é como se ao
criar-nos deus tivesse introduzido nas nossas mentes a ideia de
• As ideias factícias são ideias inventadas pela sua vontade e
perfeição para q esta funcionasse como uma espécie de marca do
imaginação, a partir de outras ideias (exemplos: sereias;
autor
unicórnios)

• As ideias inatas são ideias que não parecem ser causadas por
objetos físicos exteriores à sua mente nem dependem da sua Papel de Deus no fundacionalismo cartesiano
vontade (isto é, não são criadas pela sua imaginação}; dependem Deus desempenha um papel fundamental no fundacionalismo
apenas da nossa capacidade de pensar, ou seja, correspondem a cartesiano, porque uma vez que deus existe e não é enganador
conceitos matemáticos - como os conceitos de número; triângulo; (pois enganar seria uma imperfeição) não iria criar-nos de modo
círculo; etc. - e a conceitos metafísicos - como os conceitos de a q fossemos incapazes de conhecer seja oq for e pelo contrário
substância; verdade; e Deus. deus deu-nos as ferramentas necessárias para descobrir-mos a
vdd e para nos orientarmos no mundo.
A ideia de deus
Mas se deus nos concedeu tais ferramentas pq razão estamos
De entre as várias ideias que Descartes encontra na sua mente,
sujeitos à duvida e ao erro?
existe uma que se distingue de todas as outras a ideia de Deus, o
ser perfeito. Mas por que razão esta ideia é tão especial? Bem.
A resposta de descartes é muito simples, deus é perfeito 3 como
esta ideia é especial porque provar que Deus existe e não e
tal é sumamente bom por isso decidiu criar-nos com livre arbitrio
enganador talvez seja a única forma de podermos estar certos de
mas embora seja uma dádiva inigualavel acarreta o inconveniente
muitas outras coisas para além da
da possibilidade de fazer escolhas acarretar a possibilidade de
nossa existência enquanto pensamento, pois um criador supremo
fazer más escolhas.
e sumamente bom não
nos teria criado de modo a que nunca pudéssemos conhecer a
Assim descartes conclui que o erro não vem de deus e sim de nós
verdade.
q não sendo perfeitos fazemos por vez um mau uso da nossa
Para provar que Deus existe, Descartes recorre, entre outros, ao
liberdade .
chamado «argumento
da marca*.
Uma vez provado q deus existe e não é enganador não temos
Argumento da Marca
razões para acreditar que nos possamos enganar quamdo
Para compreendermos melhor o argumento da marca e
concebmos algo com clareza e distinção. O próprio descartes
importante percebermos por que razão a ideia de Deus é uma
reconhece que é justamente por esse motivo q podemos confiar
ideia inata e não uma ideia adventícia ou factícia.
naquilo q concebemos com clareza e distinção.
A ideia de Deus não pode ser uma ideia adventícia, pois, uma
No momento em q concebo algo clara e distintamente posso estar
vez que se trata da ideia de um ser imaterial, esta não parece ser
certo de q estou a conceber algo q é verdadeiro não apenas no
provocada por objetos
inmnstante e sim algo q permanece verdadeiro mesmo quando
materiais exteriores à mente.
deixo de o conceber pq deus é eterno e imutável.
Náo pode ser uma ideia factícia porque é
Deus desempenha um papel fundamental no fundacionalismo
uma ideia demasiado perfeita para ser criada por um ser
cartesiano pq garante a vdd das nossas ideias claras e distintas
imperfeito.
auais e passadas
Descartes pensava que
Sem esta garantia não seria sequer possivel avançar um
qualquer causa tinha de ser pelo menos tão perfeita quanto os
argumento.
seus efeitos e, uma vez que
ele próprio reconhecia que duvidava e que não sabia, em suma,
que não era um ser perfeito,
Fase construtiva do fundacionalismo cartesiano Contudo ela está longe de ser uma evidencia à prova de génio
A partir daqui, Descartes pode deduzir muitas verdades e maligno.
construir com segurança o edifício do conhecimento apoiando-se Aliás como sugerido por david hume podemos mesmo chegar à
naquilo que concebe com clareza e distinção. Mesmo a existencia conclusão de q é mais evidente a existencia de pensamentos do q
das coisas materiais, anteriormente posta em causa, adquire um a existencia de um eu.
novo grau de plausibilidade, porque Deus não nos teria criado de Objeções ao dualismo cartesiano
modo a que estivés-semos permanentemente a representar-nos Descartes justifica o dualismo mente-corpo com base no facto de
como existentes coisas que não passam de fantasias. ser capaz de conceber q existe sem um corpo mas não sem uma
mente.
Pelo contrário, trataria de nos criar de modo a que a nossa mente No entanto esta estrategia argumentativa não permite demonstrar
recebesse do corpo as sensações adequadas à sua preservação. a separação mente-corpo pois, tal como foi apresentado, este
Mas, então, o que acontece quando nos deixamos enganar pelos argumento é uma instancia da falácia informal conhecida por
sentidos? falacia do mascarado.

Como vimos, quando os sentidos nos enganam ? porque nos


precipitamos a dar o nosso assentimento a coisas que não
concebemos clara e distintamente, mas sim de modo confuso.
Para compreender a verdadeira natureza das coisas devemos
proceder a uma análise matemática e geométrica pois este tipo Objeções ao argumento da marca
de investigação com o modelo de certeza definido. O argumento da marca também é alvo de fortes e serias objeções.
Assim, embora os nossos sentidos estejam sujeitos ao erro, Deus Contrariamente ao
concedeu-nos a possibilidade de os corrigirmos através de um que é assumido nesse argumento, há quem defenda que:
uso reto das faculdades racionais. 1. não podemos compreender a perfeição de Deus;
2. duvidar ê mais perfeito do que saber;
E o q acontece relativamente ao problema da indistinção vigília- 3. causas mais simples podem originar coisas mais complexas;
sono? 4. podemos formar a ideia de perfeito por oposição ã ideia de
O problema é a afastado pq imperfeito, sem que isso
1.Quer estejamos a dormir quer estejamos acordados, corremos implique a existência de um ser perfeito.
sempre o risco de errar se damos assentimento a coisas que não
concebemos clara e distintamente. Objeção do círculo cartesiano
Inversamente, se concebemos algo de modo claro e distinto, a A principal objeção ao fundacionalismo cartesiano ficou
sua verdade está assegurada mesmo que estejamos a dormir. conhecida como «circulo cartesiano* e consiste em acusar
2.Além disso,nos sonhos acontecem frequentemente coisas Descartes de incorrer numa petição de princípio, pois procura
demasiado insólitas para que sejam reais. estabelecer a existência de Deus raciocinando a partir de ideias
Deste modo, Descartes acredita ter finalmente triunfado sobre a claras e distintas,
mais radical das dúvidas mas admite que só podemos estar certos de que as nossas ideias
Objeções ao fundacionalismo cartesiano claras e distintas atuais
Eu penso, ou há pensamento em curso e passadas sâo verdadeiras porque Deus existe.
Se pretarmos atenção ao cogito apercebemo-nos de q a sua
certeza é apenas momentanea, se parar de pensar posso muito
bem deixar de existir.

Mas nesse caso o cogito dificilmente será verdadeiro, isto é,


dificilmente a cnsciencia de q existe pensamento seria suficiente
para provar a existencia de um unico eu, ou seja um ser q se
reconhece como sendo o msm ao longo do tempo, que reclame o
pensamento atualmente em curso como seu.

Esta objeção foi primeiramente formulada pelo filósofo


lichtenberg, que considera q descartes nem sequer devia dizer
“eu penso” e sim deveria dizer simplesmente “há pensamento”.
Segundo este descartes simplesmente conseguiu provar q existe
pensamento.

Claro q esta ideia nos pode parecer desprepositada como se


afirmássemos q podem existir amolgadelas sem haver uma
superficie amolgada.

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