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PROGRAMAÇÃO
E CONTROLE
DA PRODUÇÃO
.1
joaíaí^ MeBo
Áv. BranüO,
FLORIANÓPOI-Í®
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Rua Victor AI<-ire!lcs, í»
Fone 41)37
{Iprianópolis — S.O.
Joôían Mello
Av. Rio Branco, Ig
FLORIANÓPOLIS
PROGRAMAÇÃO E CONTROLE
DA PRODUÇÃO
COLEÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
E ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL — C.E.P.A.I.
PROGRAMAÇÃO
E CONTROLE
DA PRODUÇÃO
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem
os meios empregados (mimeografia, xerox, datilografia, gravação, repro
dução em disco ou em fita), sem a permissão por escrito da Editora.
1973
Impresso no Brasil
Printed in Brazü
à Laura e Eliana
índice
Prefácio : xv
CapítuloI
Introdução
Capítulo 2
Capítulo 3
Contrôle de Estoques
3.1 — Introdução 21
3.2 — Tipos de estoque 22
3.3 •— Sistemas de contrôle de estoques 24
3.3.1 — Sistema de duas gavetas ou de estoque mínimo 24
3.3.2 •—• Sistema de renovação periódica 25
3.3.3 — Combinações entre o sistema de duas gavetas e o sistema
de renovação periódica 26
3.3.4 — Sistema de estocagem para um fim específico 26
3.3.5 —• Combinações entre o sistema de estocagem para um fim
específico e o sistema de duas gavetas 28
3.3.6 — Conclusão 28
3.4 — Fichas de estoque 28
3.5 — Localização do fichário de estoque 32
3.6 — Verificação do estoque 34
5.7 — Classificação do estoque por valor . 34
K PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Capítulo 4
Capítulo 5
Os Produtos e a PCP
Capítulo 6
6.5 •— Ferramentas 79
6.6 — Tempos-padrão 83
6.7 — Estimativas 86
Capítulo 7
Plano de Produção
8.1 — Conceitos básicos e objetivos da programação 103
8.2 — Fases da programação e autoridade para decidir em cada fase.. .. 105
8.3 — Fatôres importantes na determinação do plano de produção 107
8.4 — Previsão de vendas 107
8.4.1 — Procedimento para fazer a previsão e o plano de vendas 108
8.4.2 — Conceito de boa previsão de vendas 112
8.4.3 — O plano de produção e a imprecisão da previsão de vendas 112
8.4.4 — A previsão de vendas e a dinâmica industrial 114
8.5 — Capacidade de produção 116
8.5.1 — Caso de um produto 117
8.5.2 — Caso de vários produtos 118
8.6 — Carga de trabalho 116
8.6.1 — Caso de indústria do tipo contínuo 121
8.6.2 — Caso de indústria do tipo intermitente 123
8.6.3 — Métodos estatísticos de cálculo de carga 124
8.7 — Plano de produção 125
8.7.1 — Tipo intermitente 125
8.7.2 — Produção repetitiva 128
8.7.3 — Aplicação de modelos matemáticos 130
Capítulo 9
Capítulo 10
Sistema do Produto
Capítulo 11
Sistema de Carga
11.1 — Influência do tipo de produto 162
11.2 — A fixação do prazo para entrega 162
11.2.1 — Método do julgamento pessoal 163
11.2.2 — Método das fichas ou dos gráficos de carga 163
11.2.3 — Métodos estatísticos 165
11.3 — A análise da carga de trabalho 168
11.4 — A obtenção de materiais 169
11.5 — Programação 170
11.6 — Produção para estoque 171
Capítulo 12
Capítulo 13
Sistema do Estoque-Base
13.1 — Procedimento 181
13.2 —• Exemplo 182
13.3 — O esquema geral 187
13.4 — Dimensionamento dos estoques-base 191
13.5 — Aspectos implícitos 191
Capítulo 14
Sistema do Período-Padrão
Capítulo 15
Capítulo 16
Sistema do Lote-Padrão
Capítulo 17
Capítulo 18
A Emissão de Ordens
Capítulo 19
Liberação da Produção
Capítulo 20
Contrôle Central
Capítulo 21
Bibliografia 293
PREFACIO
S. B. Z.
Dezembro, 1972
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
(quanto) T T S'
(até quando) Planejamento do Processo Produtivo
L
Previsões
Programação — de Despesas
— de Carga
— de Prazos
Compras
Controles
— de Eficiência
Fabricação - — de Custo
— de Prazos
J f
Estoque
I
Entrega
Ü1
6 PROGRAMAÇÃO E (CONTROLE DA PRODUÇÃO
a) coordenadora de funções;
b) ponto de integração de procedimentos administrativos.
O esquema da figura 1.1 apresenta apenas a parte do fluxo de
informações denominada fluxo primário. Existirão ainda muitas outras
informações que não foram ali representadas. Algumas destas são
ocorrências normais. Por exemplo, a informação sôbre o que entrou
no almoxarifado deve ser encaminhada ao contrôle de estoque.
Outras informações são ocorrências eventuais, como, por exemplo,
se a carga de trabalho prevista fòr excepcionalmente grande, esta
informação deve ser levada, direta ou indiretamente, aos vendedores
para reorientar a política de vendas da emprêsa.
Ê particularmente importante o efeito dos contrôles sôbre a pro
gramação. Se o contrôle de eficiência ou de prazos indicar uma grande
disparidade entre o programado e o realizado, a programação deverá
ser alterada para levar em conta a nova situação dos trabalhos da
fábrica. Êste retôrno da informação não está representado na figura
1.1.
No Capítulo 2 serão detalhadas as funções da PCP.
ESTOQUE DE ESTOQUE DE
MAT-PRIMA OPERAÇÃO OPERAÇÃO OPERAÇÃO OPERAÇÃO PROD. FINAL
V o o—o—o V
Fig. 2.1
Estoque dos
Estoque Operação Operação 0])eraçâo Operação Operação Operação produtos
material A ^ 2 3 4 5 6 acabados
V—O—O—o—o—o—O-V
y—O—O-
Estoque Operação
material C 9
y- -O-
Fio. 2.2
MÁQUINAS
Estoque dc matérias-primas
Fig. 2.3
Produz relativamente grande volume e pequena Produz grande variedade de produtos em pequenos O
Características variedade de produtos. volumes.
Regime de produção pouco flexível. Regime de produção muito flexível. §•
M
Indústrias químicas, usina de aço, linhas de mon Máquinas pesadas, grandes transmissores de rádio,
Exemplos
tagem. navios.
Previsão de vendas,...
Relativamente fácil para um período de um ano Em geral, para poucos meses. §O
ou mais.
Estudado com grande detalhe antes de iniciar a É freqüentemente alterado durante a produção.
Projeto do produto . .. produção. 0 produto é projetado de forma a poder ser executado
Alterações pouco freqüentes no projeto do produto. com 0 equipamento disponível.
Altamente mecanizado, distâncias pequenas, equi Feito com equipamento flexível, geralmente com
Movimentação dos ma pamento com propósito único, material movido pouca repetição; necessita de corredores e passagens
teriais continuamente de uma operação para outra. entre o equipamento. É necessário instruir sôbre
"o que" e "para onde" mover.
Consumo pouco variável de material, mínimo de Materiais de grande variedade se acumulam, geral
Material material em processamento, sem bancos entre ope mente, em cada operação; estoque relativamente
rações. grande.
Operários pouco especiahzados executam sempre a Operários especializados têm trabalho variado.
Pessoal mesma operação; pessoal altamente qualificado pla Há necessidade de determinar a cada dia que tra
neja 0 processo produtivo e estuda o produto. balhos 0 pessoal deverá executar.
Operações Freqüentes as operações altamente repetitivas. Operações muito variadas requerem instruções fre
qüentes.
Ül
Qtjadbo 2.1
16 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Qttadbo 2.2
lUNÇÕES DA PROGRAMAÇÃO 17
CONTRÔLE DE ESTOQUES
3.1 — Introdução
а) demora de fornecimento;
б) suprimento sazonal;
c) riscos de falhas no suprimento;
Matéria-prima
::=i
Parafuso Eixo c/ chanfro de 1 lado
b
Eixo c/ chanfro de 2 lados
Submontagem com
núcleo curto
=
1 =
Fia. 3.1
CONTROLE DE ESTOQUES 23
Procedimento:
3.4—-Fichas de estoque
Os principais objetivos das fichas de estoque são:
•a) conhecer a disponibilidade de material;
b) permitir análise quando necessário emitir um pedido de repo
sição;
c) conhecer o valor monetário do estoque e o custo de cada item;
d) indicar a posteriori desvios ou perdas de material.
Existe uma grande variedade de fichas de estoque em uso. Além
das diferenças de tipo e disposição das informações na ficha, existem
muitos dispositivos para facihtar o seu uso, como Kardex, tambores
rotativos, quadros etc., tornando enorme a variedade de fichas de
estoque. Muitos dêstes dispositivos, para facilitar o uso das fichas,
permitem a utilização de índices coloridos que dão maior destaque a
um ou mais aspectos, tornando fácil a inspeção das fichas.
CONTROLE DE ESTOQUES 29
FICHA DE ESTOQUE
Matebial Untdatík. -
Cí^nioo Obs •
Data Docum, Entrada Saída Saldo Data Docum. Entrada Saída Saldo
Fig. 3.2
FICHA DE ESTOQUE
Mati
CÓDIC jo Obs.:
Saldo em
Data Documento Encomenda Entrada Saída
estoque
Fig. 3.3
O exemplo III (ver figura 3.4) visa indicar prèviamente qual será
a situação de estoque em futuro próximo.
32 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
FICHA DE ESTOQUE
Material TTnibabp. _.
CÓDIOO Obr.:
Fiq. 3.4
FICHA DE ESTOQUE
Mateeial Parafuso aço inox Unidade
Código 743 328 Obs.:
Saldo Saldo
Enco Entra Saldo jo/
Data Documento a re Reserva Saída em
menda da reserva
ceber estoque
Fio. 8.5
N."
de
Total
de
sa
EstCapi
Soma
dos
méoquetal
avinoapldegeN.n"s
Custo
total
juros
sôbre
com
cas
dio
das
custemprose
pradas
pI
pl
médi
capi0das
vigado
otaaem
es
egensviagem
l
médioem
juros
dos
toque
ano
pregado
Sacas/
Cr$
viSacas
agem
11730
270
2000
900
300
800
00
29450
000
60
13135
195
00
50
6390
000
900
300
180
00
44000
120
225
675
500
67
187
50
35000
150
540
180
204
000
54
60
4.3 — Terminologia
Em ^ Er + td
Quantidade em estoque
Estoque médio
Estoque mínimo
E_ = Estoque de reserva
R
t « Período entre o pedido e o
Q = quantidade'recebida
Fig. 4.1
Quantidade em estoqite
Tempo
DATAS DOS PEDIDOS DE REPOSIÇÃO
Fiq. 4.2
Quantiilade em estoque
Tempo (Dias)
Fig. 4.3
40 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
C^Q (custo
de armazenagem)
1
(custo fixo)
"tJT—(custo de preparatção)
Fig. 4.4
30 000 X 1 800
= 600 sacas por viagem.
.A ^ 150
Lucro/ano
K =
Capital empregado médio
vD -CpD-CpJl - CaQ
R =
Q
kQ
ou
(v-Cp)D _ CpD _ C^
R =
kQ kQ^ k
(v - Cp)
(v - Cp)D = Cp Qp
^
ou
Cp
Qp —
(v —Cp)
CaQ + CpD/Q
V =
CaQe + CpD/Qs
ou
Q~ - 2pQ + Qe = O
Q,
Portanto, se forem obtidos lotes de valòres Q, tais que Q" < Q < Q',
o custo variável será menor ou igual a "p" X o custo variável mínimo.
A tabela abaixo demonstra que pequenos valôres de "p" dão
grandes diferenças entre e Q' ou Q".
Q"-Qe Q' - Qe
p =
Qe Qe
vD (receita armai)
Lucro máximo
Faixa
econômica
Fiq. 4.5
^ - Ct
I + kQ
n, =
Qej j 2CpDj ~ K
\Cj(i + a)
j
onde: TT
K I 2C
= \ 1-^
(i+a)
(t
T,nj=
3 3 ^
Portanto:
K =
E nj
E,
_ ( Ó'^1 \
= \h^ 'E %
3
OU
=K^
Como o valor de K pode ser calculado uma só vez para todos
os itens, temos um modo muito fácil de calcular os lotes econômicos,
pela fórmula acima.
Exemplo: suponhamos que temos quatro itens em estoque A, B, C,
D, necessitando por ano, respectivamente, 100 000, 50 000, 50 000 e
1 000 unidades de custos unitários Cr$ 30, Cr$ 30, Cr| 40 e CrS 500.
50 PROGRAMAÇÃO E CX)NTROLE DA PRODUÇÃO
Demanda Custo Qs = =
nj
Item anual D. unitário DjCj Vda
(unidades) Cí
5 078 j y
40 ^ Cj
2 ~ 2
Z^ =E-|-
K = 2
E(is;c?
y
DIMENSIONAMENTO DOS ESTOQUES 51
n, = 2i. < DA
Qsj K
Qe = n —
Demanda Custo 800 000 V Dfii
Item anual D. unitário DjCj
(unidades) o 800 000
C} 5 078
XE X y k eV DjCj = y (EVõã)'.
Felizmente o valor de (2]V DjCj)^ pode ser calculado com
relativa facilidade.
Essa expressão assume particular importância porque, por meio
dela, pode-se verificar se o acréscimo de custo por aumentar o número
total de pedidos de reposição será compensado pelo decréscimo dos
juros sòbre o capital empregado em estoque.
52 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Eu = estoque de reserva,
d = consumo médio por dia,
t = tempo de espera médio em dias.
Existe estoque de reserva Eu sòmente porque o consumo durante
o tempo da espera não é constante. Se adotássemos E^ = dt, cêrca
de 50% dos pedidos de reposição seriam recebidos após ter esgotado
todo o estoque. Isto pode constituir grave inconveniente para a pro
dução ou para fornecimento aos clientes.
Como se deseja ter segurança de que o estoque não se esgote
em situações normais de operação, inclui-se no cálculo do estoque
mínimo uma parcela cuja função é evitar o esgotamento do estoque
quando o consumo durante o tempo de espera e / ou o próprio tempo
de espera assumirem valôres maiores do que as respectivas médias.
O dimensionamento mais correto do estoque de reserva é baseado
na teoria estatística e seria um tanto longo detalhar o procedimento
nesse texto. Diremos apenas que o estoque de reserva deve ser, em
primeira aproximação, igual ao número máximo de unidades saídas
de estoque durante o tempo de espera subtraído do número médio
de saídas de estoque durante o tempo de espera. Dêsse modo, o esto
que mínimo torna-se igual ao número máximo de saídas durante o
tempo de espera.
rp Qs _ í I
54 PROGRAMAÇÃO E CX>NTRÔLE DA PRODUÇÃO
í- <of+t +C, ^ ^
Sendo conhecida a função de distribuição da variável Z podemos
determinar pela relação acima. Se valer o sinal de igualdade,
então haverá dois ótimos e "g/" = + 1, ambos com o
mesmo lucro médio máximo. Note-se que os valôres de Ci, C2 e Cz
podem variar dentro de certos limites sem alterar as desigualdades.
No caso de ''g'' ser uma variável contínua, demonstra-se, de
modo similar, que o estoque ótimo "g^" é obtido quando:
Cl + Cz
P(Z< Qe) =
Cl + ^2 + Cz
Temos então:
Cl = 3 000
Cl C3 6 000
C2 = 500 = 0,923
Cl + C2 + C3 6 500
Cs = 3 000
Portanto,
P(Z <qE'Í) < 0,923 <P{Z <
1 ,
2 000
(g^-5 001)< 0,923 <^ ^qoo
1
(g^ - 5 000)
• *• Q.E — 6 846
Capítulo 5
OS PRODUTOS E A PCP
5 1 — Relações organizacionais
Organizacionalmente, a Engenharia do Produto raramente faz
parte do Departamento de PCP. Quando uma Emprêsa tem uma
linha de produtos estável, a atividade de projeto do produto restrin
ge-se às poucas alterações no projeto dos produtos, o que pode ser
feito pelo planejamento da produção. Nas Emprêsas em que são
freqüentes as alterações na linha de produtos, ou que fabricam sob
encomenda, a função de projeto do produto separa-se do planejamento,
constituindo um nôvo órgão da Emprêsa.
58 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Exemplos:
1) Uma fábrica de armações para guarda-chuvas produzia 118 tipos.
Colocando-se em abscissas os 118 tipos em ordem decrescente de
produção e em ordenadas as produções sucessivamente acumuladas,
obteremos um gráfico do tipo:
118 tipos
Produto %
Tipos Tamanhos % Acumulada
(ordem decrescente de vendas) Vendas
de vendas
a) completas;
h) simples;
c) atuahzadas.
5.3.3 —• Desenhos
Lista de Desenhos
Compilada Datas
Lista de^lDesenhos^^n.® 431
N.o de Fôlhas 1 Fôlha n.° 1
Verificada
do de
Nome do desenho Grupo n° Modificações
desenho partes
1. Estator 432 G- 1 1
2. Rotor 433 G-2 1
3. Carcaça 434 G-3 1
Fiq. 5.1
Compilada Datas
Lista de Desenhos n.® 432
N.o de Fôlhas 2 Fôlha n.® 1
Verificada
Fig. 5.2
Fig. 5.3
5.4.2—Sistemas de codificação
Existem muitos sistemas de codificação. Consideraremos, aqui,
três dêles:
1 — números designados em seqüência;
2 — sistema mneumônico;
3 — classificação decimal.
1) Números designados em seqüência — Consiste em designar
números para os itens,' conforme êstes forem acrescentados à ünha
68 PROGRAMAÇÃO E CX>NTRÔLE DA PRODUÇÃO
6 — fita,
7 — fio.
2 2 13 0 5 3
Classe do item f
Miudezas |
Peça de fixação Tamanho
Tipo da rôsca Material
Tipo da cabeça Aço duro
2 2 14 — 0 5 3
T
Tipo da cabeça 1
2 2 15 — 4 5 3
T T
Tipo da cabeça 1 Aço inox.
2 2 13 — 15 3
T
Aço mole — acabamento cádmium
2 2 14 — 7 5 3
T
Bronze
2 2 15 — 8 5 3
T
Bronze com cobrimento de Ni
Capítulo 6
6.1 — Generalidades
D) Gráficos de montagem
Para produtos padronizados, o planejamento geral pode preparar
um diagrama ou gráfico de montagem. Quando fôr necessário pro
duzir aquêle produto, o programador terá facilidade para determinar
quando deverá ser feita cada operação. Êste diagrama será estudado
no Capítulo 7.
Peça n.° M
Nome da peça Desenho n."
Z
H
Para proddto Lote econômico Tempo p/ O
fabricação O
O
iD
53
Quantidade Custo do material O
Material O
w
c/2
Preparado por
Em I /
Revisto por Em / /
Fia. 6.1 -4
78 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
sitos básicos do contrôle de qualidade, saber idealizar métodos econô
micos e, além disso, saber das possibilidades e limitações do pessoal da
produção e do equipamento disponível. Deve também saber comparar
as diversas alternativas de processamento, para poder determinar qual
dentre elas é a mais econômica.
Se o planejador não conhecer tôdas as limitações do pessoal e
equipamento existentes haverá dificuldades em impor que os mestres
sigam a fôlha de operações. Por isso, é importante que os planejadores
mantenham freqüentes contatos pessoais com o pessoal da produção,
para saber as alterações que vêm ocorrendo nos departamentos pro
dutivos.
Considerando a quantidade de fatôres que influenciam o roteiro
de fabricação é difícil julgar se uma fôlha de operações está perfeita.
A fôlha de operações considerada perfeita para uma fábrica pode ser
insatisfatória para outra. Alterações em quantidade a serem produ
zidas, nível de qualidade, prazo de entrega, carga das máquinas, tecno
logia, pessoal da produção e muitas outras condições, fazem com que
seja necessário rever e adaptar a fôlha de operações.
Para ilustrar como o tipo de fôlha de operações pode variar com
o tipo de indústria, temos o caso de uma fundição onde, em geral, tem-se
poucas operações com a mesma seqüência e, por isso, pode-se impri
mir tipogràficamente o nome dessas operações na "fôlha de opera
ções". Detalhes sôbre tipo e quantidade de metal fundido, tempera
turas para a corrida, tipo de areia, porcentagem prevista de defeituosos
etc. deverão ser registrados na "fôlha de operações".
Como o planejador deve estudar em detalhe o projeto do produto
para preparar as fôlhas de operações, tem uma excelente oportunidade
para:
6.5 —• Ferramentas
^Planejamento ^ Estimativa
\e Ferramentaria
/Projeto \
1
Autorização
Vdo Produto/ |
i
/Planejamento \ Projeto
Proje
ia/
\e Ferramentaria 1
Compra Fabricação
1.
i
Inspeção e Teste
(Ferramentaria) I
Catalogação
(Planejamento) J.
Entrega ao Ferramenta!
Fiq. 6.2
Fio. 6.3
Nome N.»
Departamento Fereament.íl
Datas
N." da ordem
Ferramenta Preço
do mestre
Entregue Trocada Devolução Venda
Fia. 6.4
6.6 — Tempos-padrão
Diâmetro 1/4" 1/2" 3/4" 1" 1/4" 1-1/2" 1-3/4" 2" 2-1/2" 3"
Tempo corri
gido a ritmo
normal sem
incluir per
missões 0,33 0,66 1,00 1,34 1,67 2,00 2,33 2,66 2,95 3,24
86 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
6.7 — Estimativas
DEPARTAMENTO DE USINAGEM
Máquinas 2a.f. 3a.f. 4a.f. 5a.f. 6a.f. 2a.f. 3a.f. 4a.f. 5a.f.
/ \ f
Términos
529 532 5 10 531 533
Fig. 7.1
DEPARTAMENTO DE USINAGEM
TRABALHOS 2a.f. 3a.f. 4a.f. 5a.f. 6a.f. 2a.f. 3a.f. 4a.f. 5a.f.
' '
Fu.l
528
• 1
T^
529
Fr.l T 2
533
n
T.l
534
• 1
, 535 T.l Fr.2
1 II
Fia. 7.2
TÉCNICAS PARA PROGRAMAR 93
O trabalho n.° 530 está planejado para iniciar sua primeira ope
ração no tôrno T.l na segunda-feira e terminar na tarde de têrça-
-feira, para iniciar sua segunda operação na manhã de quarta-feira
na fresa Fr.2, onde deverá terminar ao meio-dia e passar imediata
mente para a furadeira Fu.l, onde deverá terminar no fim da quinta-
-feira. Êste trabalho está adiantado.
Para certos casos, o uso desse gráfico para acompanhamento de
trabalhos é mais vantajoso do que o gráfico para a distribuição dos
trabalhos. Exemplo clássico é o seu uso nas construções civis, onde
aparecem como trabalhos, por exemplo, a preparação do terreno,
fundações, baldrames, estrutura, alvenaria etc.
Para as indústrias, o gráfico para distribuição de trabalhos apre
senta a vantagem de localizar facilmente qual setor produtivo acha-se
atrasado ou adiantado, ou seja, quais são os setores que vêm traba
lhando com eficiência diferente daquela prevista.
DEPARTAMENTO DE USINAGEM
Tôrno T.l
Tômo T.2
Furadeira Fu.l -
Fresa Fr.l
Fresa Fr.2 |
Fia. 7.3
94 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
O traço fino indica a porcentagem de tempo disponível que está
ocupado com trabalhos, em cada semana. Para o estabelecimento de
datas aproximadas do término de um nôvo trabalho, êsse gráfico é
geralmente suficiente.
Por exemplo, um nôvo trabalho que requeira dois dias de trabalho
de fresa sem utilizar outras máquinas, poderá ser entregue no fim da
1.® semana, mas um outro nôvo trabalho que requeira um dia de fura-
deira só poderá ser entregue no meio da segunda semana.
O traço grosso indica o número acumulado de horas de trabalho
e apresenta pouca utilidade neste tipo de gráfico, porque não repre
senta a eficiência. Note-se, por exemplo, que a fresa Fr.2, pelo gráfico
para distribuição de trabalhos, trabalhou com maior eficiência do que
a esperada e, no entanto, pelo gráfico para carga de trabalho, o traço
grosso é mais curto do que o traço fino, na mesma data.
Tempo- Atrasos ou
Ordem Peça Número
-padrão
Horas Horas
antecipações
n." n." de •peças disponíveis empregadas acumuladas
hllote
Fia. 7.4
1
I
Fig. 7.5
TÉCNICAS PARA PROGRAMAR 97
O 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100%
Ficha de prazo
Fig. 7.6
98 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
SUBMONTAGEM SI
£i^^OBTENÇÃO
ÃT ."fS
DO MATERIAL DA A PRODUZIR PARTE A-2
PARTE A-2 MONTAGEM TESTE
1
PRAZO PARA
Prazo entre pedido e
^escolha do recebimento da parte IPARTE A-4
fornecedor A-4
da parte A-4
Fiq. 7.7
LISTA DE COMPONENTES
Prodhto
Prioridade
-
Dese
Quanti
nho Descrição Material 1 2 3 4 5 6
dade
n,^
Fiq. 7.8
i.® algarismo:
indica a fase de montagem que a peça é incorporada ao produto.
algarismo:
indica a forma em que o componente é incorporado ao produto,
como peça isolada, fazendo parte de uma submontagem etc.;
5.° algarismo:
indica o número de semanas (ou dias) necessários para fabricar
a peça e as subseqüentes e montagem final.
PLANO DE PRODUÇÃO
Previsão 1000 900 800 850 950 1200 1300 1 100 1100
Previsão máxima
Previsão média
Previsão minÍEna
Período de Tempo
programação
Fig. 8.1
Previsão máxima
Previsão média
Previsão mínima
TEMPO
Período de Programação
Fia. 8.2
i k N.o de caixas
Reposição necessária
Fig. 8.3
100
75
50 -
Seções
Número de máquinas
Capacidade de cada máquina
Capacidade total
Fig. 8.4
Fundição 20 20 2 42
Prensas 5 10 5 2 22
Usinagem 15 30 28 15 88
Montagem 10 20 30
Teste 5 15 20
Total de horas
por semana 20 40 42 33 27 25 15 202
Quadbo 8.1
Horas de trabalho
50
•10 •
30 Seção de
Símbolo
F - Fundição
20 - P - Prensas
M
u - Usinagem
10 - T M - Montagem
M T
T - Testes
tempo
7 6 5 4 3 2 1
20 20 20 20 20 20 20
Fio. 8.5
122 PROGRAMAÇÃO E CX)NTRÔLE DA PRODUÇÃO
Em industria do tipo quase contínuo, que tem uma linha fixa
de produtos que necessitam das mesmas seções produtivas, não é tão
imediato o cálculo da^ carga de trabalho, apesar de ser simples. Temos
que calcular qual sera o número de homens-hora necessários em cada
seção em cada período. O procedimento fica mais claro através de
um exemplo simples, onde calcularemos a carga mensal, em número
de homens-hora, para a fábrica, com exceção do departamento de
montagem. Foi levantada a hipótese de que tôdas as partes neces
sárias para as montagens de um certo mês deverão estar prontas no
ultimo dia do mês precedente. Essa hipótese não é obrigatória, po
dendo ser levantada sem alterar bàsicamente o procedimento. Evi
dentemente, o mesmo procedimento pode ser usado para carga semanal
em cada subseção.
Os diagramas de montagem dos três produtos fabricados forne
ceram a informação para o cálculo dos valôres do quadro 8.2.
Homens-hora necessários
por unidade produzida
Produto
Dois meses antes do
mês de montagem
I"o"oo
No mês anterior ao
mês de montagem
A 2,00
B 0,50
C 1,00
Quadro 8.2
20 22 20 23 20
N.® de empregados ne
cessários (base 9h/dia). 362 356 378
Quadro 8.3
sário e a tonelagem total das ordens não era boa. Também não era
boa a correlação entre o número de homens-hora necessário e o com
primento total dos tubos constantes das ordens. Entretanto, por uma
análise de regressão, verificou-se que se pode prever, com precisão
suficiente, o número de homens-hora necessário em função de ambos,
pêso total e comprimento total dos tubos.
1
Não aparecendo gargalos
' 1
Aparecendo gargalos
Reatualizar
a carga.
I
i
Estipular prazo para:
Depto. de Engenharia terminar projeto
Depto. de Compras obter materiais
Ferramentaria preparar ferramentas
Planejamento preparar fôlhas de operações
Fábrica terminar cada parte importante da encomenda
r~~ ^
Comimicar a nova carga - . Comunicar prazos para términos à
à administração seção de emissão de ordens.
Fig. 8.6
Número de homens-hora
acumulados necessário
para atender à demanda
sem acumular estoques.
Fig. 8.7
130 PROGRAMAÇÃO E CXDNTROLE DA PRODUÇÃO
medida de
temperatura inter
temperatura
na (estoque de
interna
energia calorifica)
tempieratura inter
perda de calor na desejada (esto
pelas paredes que de energia ca-
lorífica desejada)
Fiq, 9.1
Ação de Comparação
Nível de controle do valores
produção
Medida dc
nível de es
Estoque do pro
toque
duto acabado
Nível de estoque
desejado
Vendas
Fig. 9.2
Ação de controle
Estoque de
produtos
acabados
Previsão Vendas
de vendas
Vendas no Nível de
ano
estoque
passado desejado
Fig. 9.3
SISTEMA DE EMISSÃO DE ORDENS 135
JfiG. 9.4
SISTEMA DE EMISSÃO DE ORDENS 139
SISTEMA
características
FUNDAMENTAIS
(melhor definidas no §9.4 do texto)
Aspecto
primordial PDrodut (1Cap0ítu)lo
X X
DEMsítnoimque(1Ca2pítu)lo DEstoque-Ba(1Ca3pítu)lo
a) Inter-relação
DAS ATIVIDADES
Aspecto
secundário DeCarga(1Capítu)lo
X X X X X
Aspecto
6) Carga de tra X X
primordial
Pedido recebido X X
c) Base de deci
são PARA EMI
TIR o r d e n s
Nível do estoque
existente
Plano de
produção
X X
X X
DLote-Padrã (1Ca6pítu)lo
X
Lotes iguais X X X
d) Forma de ma
nutenção DE Períodos iguais X X
ESTOQUES
Necessidade
X X
específica
Individual X X
e) Tipo de ordem
Lista de ordens X X X
Não-
/) Inter-relação -hierarquizada X X
ENTRE FASES
DE ESTOCAGEM
Hierarquizada X X X
Fiq. 9.5
SISTEMA DE EMISSÃO DE ORDENS 143
SISTEMA DO PRODUTO
Fia. 10.1
SISTEMA DO PRODUTO 147
Fio. 10.2
O a: 3
Fig. 10.3
Fia. 10.4
a; 3
Fio. 10.5
Fiq. 10.6
Fio. 10.7
INÍCIO I I Início
do terreno Qül
e sapatas fundações
assentamento estrutura cobertura colocação
Paredes
c telhados I ' •fi I I I iTãn riTi
de tijolos de madeira do telliado de calhas
1 í raspagem do assoalho
PiG. 10.8
352 programação e controle da produção
do terreno
c sapatas fundações
assentamento / estrutura cobertura colocação
Paredes e telhados BlíK—?Qii> H »)' I
de tijolos
yde madeira do telhado de /calhas
/
A;3 j/colocação ' .
de canalizações I
(exceto/subsolo)
Canalizações i-2
,1 colocação de. conduites
/
reboque elambris j
Acabamento de n;3 \ acabamento dos pisos
paredes o pisos ^T3^s^])intura
das M r:l
/ /
instalação de itens cozinha
instalações
//
acabamento de instalações elétricas
nivelamento do terreno
Acabamento
do terreno u;7 Iconcretagem das passagens
TERMINO
Fig. 10.9
154 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
início
6;8 escavações
e sapatas
c;3 concretagem
de fundações
/i;3 colocação
tura de ma l'A piso do de canalizações
deira, forro subsolo
e telhado exceto subsolo
í;3 acabamentc
dos pisos
p;2 raspagcm
do assoalho
v;0 término
Fig. 10.10
SISTEMA DO PRODUTO 155
a;0-
b;8
e:4
20
m ;10
23
36
r;l
21
38
41
v;0
43
fiG. 10.H
Ol
término
Tempo total
(Execução das tarefas o mais (Execução das tarefas de execução
ràpidamente possível) no tempo normal)
Fia. 10.13
SISTEMA DO PRODUTO 159
Custo
Custo total
Tempo total
Tempo que resulta de execução
em mínimo custo
Fia. 10.14
SISTEMA DE CARGA
X 48 20 15 5
Y 30 48 30 10
Z 10 20 5 0
ver que o pedido não pode ser iniciado na próxima semana, a menos
que seja proposto o processamento de pedidos recebidos anterior
mente. Na 2." semana p.f. a carga na máquina X é de 20 horas e,
portanto, haverá nesta semana tempo para iniciar o processamento,
passando a carga de trabalho para 30 horas. Mesmo que o pedido
seja terminado antes do fim da segunda semana, somente na ter
ceira semana p.f. o produto poderá passar pela Y e muito provàvel-
mente êsse processamento será na parte final da semana. A nova
carga da máquina Y passará para 35 horas na terceira semana p.f.
Ainda haverá tempo para processar o produto na máquina Z na ter
ceira semana p.f., pois a carga desta máquina é muito baixa.
Pode-se assim estimar que ao fim da terceira semana p.f. o nôvo
pedido estará pronto. A data de entrega poderá ser fixada para o
início da quarta semana p.f.
Devemos notar que êste método de previsão da data de entrega
parte do pressuposto que serão usados apenas os tempos livres indi
cados pela ficha de carga. Êsse nôvo pedido poderia ser fabricado
em 104-5-1-10 = 20 horas mais os tempos de transporte entre uma
máquina e outra, ou seja, menos de uma semana, mas respeitando
os pedidos já existentes, o prazo de entrega será de três semanas. É
freqüente, por isso, haver reclamações de vendedores interessados em
entrega rápida. Para boa coordenação entre Produção e Vendas, é
importante que as reclamações dos vendedores sejam respondidas de
um modo objetivo. Se, no exemplo anterior, o Departamento de
Vendas insistir que o nôvo pedido seja entregue em uma mesma se
mana, o programador de produção deverá pedir a Vendas que escolha
quais dentre os pedidos programados para a próxima semana nas
máquinas X e Y deverão ter suas entregas atrasadas. A máquina Z
tem carga muito pequena e não afeta os atrasos na entrega. Esta
forma de agir faz com que haja maior responsabilidade, tanto por
parte de Vendas como por parte da Produção no estabelecimento dos
prazos de entrega.
As fichas de carga não visam fixar a seqüência de trabalhos em
uma certa máquina ou grupo de máquinas. O objetivo destas fichas
é apenas confrontar as horas disponíveis para o trabalho em cada
período de uma máquina ou grupo de máquinas similares, com a
demanda de horas por parte dos pedidos já recebidos.
No exemplo do nôvo pedido que requer processamento nas má
quinas X, F, Z existia para a máquina X uma carga de 20 horas na
segunda semana p.f.
O nôvo pedido registrado na ficha elevou esta carga para 30 horas.
Entretanto, isto não significa que deverão obrigatoriamente ser pro
cessados na máquina X todos os pedidos recebidos anteriormente
para, por último, processar o nôvo pedido. A ordem final de passagem
dos pedidos pela máquina será determinada levando em consideração
todos os fatôres que influem na seqüência dos trabalhos. Poder-se-ia
SISTEMA DE CARGA 165
Início; 0 - - -
10+e, -
Término; 0
Fig. 11.1
Fig. 11.2
11.5 — Programação
A programação da produção pelo sistema de carga pode ser con
siderada como atrofiada, porque a decisão do que fazer e quanto fazer
cabe ao cliente, ficando para a programação apenas a consideração de
quando fazer. Mas, considerar quando fazer fica condicionado à data de
entrega fixada para o cliente. Assim, em muitas situações em que o
produto é de fabricação simples, nada resta para a programação fazer,
após ter sido fixada a data de entrega. "Quando" executar as opera
ções de processamento ficará sendo apenas um problema de liberação
das ordens de fabricação, de modo a obedecer as datas de término.
Deve existir trabalho de programação nas seguintes situações:
a) o processo produtivo é muito longo ou complexo. Principal
mente nos casos em que o material passa de uma seção para
outra, convém fixar prazo para término em cada uma das
seções produtivas. Êsses prazos de términos parciais servem
a dois propósitos: orientar melhor a liberação de ordens na
fábrica e fixar, de forma melhor definida, a responsabilidade
pelo atendimento de prazos;
b) o produto encomendado exige materiais ou ferramentas espe
ciais. Neste caso convém que seja fixado prazo para a obten
ção de material e da ferramenta, passando-se a contar dessa
data o prazo para fabricação;
c) a data em que o cliente deseja o produto permite que a pro
dução seja iniciada após decorrido um certo número de sema
nas. Neste caso, convém fixar uma data de início da fabricação
e somente enviar a ordem de fabricação para a fábrica poucos
dias antes desta data de início.
Para simplificar o seqüenciamento de ordens na fábrica, é fre
qüente a conveniência de fazer o agrupamento de diversas operações
em uma mesma ordem de fabricação. Em geral, visa-se com isso ter
um único roteiro de fabricação para o produto final, apesar dêste ser
formado pela montagem de diversas partes. Como exemplo podemos
retomar o do produto ABCDE cujo grafo de programação está repre
sentado na figura 11.2. Pode-se, em lugar de adotar a divisão de ope
rações (ou de tarefas), usada na construção do grafo de programação,
definir as operações da seguinte forma:
I — cortar material para as peças A, B, C, D, E;
II — usinar A, B, C, D, E-,
III — soldar A com B, formando AB;
IV — usinar AB;
Y — soldar AB com C e D, formando ABCD;
VI — usinar ABCD
VII — soldar ABCD com E;
VIII — usinagem final.
SISTEMA DE CARGA 171
12; 1 — O procedimento
\\ h
liil
\ /
\ / Estoque \\ K.stoquo Estoque
de w U de do
Fornece
dores
matéria- peças produto Cliente
-prima acabado
(40 itens) (40 itens) (1 item)
Fig. 12.1
Estoque
nunimo
. p
LEmissão de ordens" Tempo
de montagem t
Estoque de eixos
Emissão de ordens de *
í í Tempo
U — jTempo
faliricação de eixos
de espera
pela fabr. de eixos
Estoque
mínimo
Temi)ü
Fig. 12.2
SISTEMA DO ESTOQUE MÍNIMO 177
SISTEMA DO ESTOQUE-BASE
13.1 — Procedimento
13.2 — Exemplo
N." de
Peça -40 -30 -20 -10 0
unidades
Mi Mi Ms
A 1 PC- zo dias
ATI Ais Ms
B 2 PC-15 dias
Montagem
Af, Ms e teste
C 1 PC- 20 dias
D 4 PC-10 dias
Fig. 13,1
SISTEMA DO ESTOQUE-BASE 183
ò) itens semifabricados:
/SA, peça A após passar pela máquina Mi;
SB B " " " " *
SO " C " " " "
Q >t j» fi yy
Item Estoque-base
ABCD 1 000 unidades
A 1,000
B 2 000
C 1 000
D 4 000
SA 1000
SB 1 000
SC 1000
MA 200 barras
MB 2 000 unidades
MC 100 metros
Emitida em / / por
Quantidade
Quantidade
liem Descrição por produto Ohs.
a comprar
final
Fio. 13.2
Emitida em
Quantidade Quantidade
a fabricar
Item Material usado por produto O&s.
final
SA MA do estoque de matéria-prima 1
SB 2^^ 11 11 11 11 11 2
11 11 11 11 11
SC 1
A SA do estoque de semifabricados 1
11 11 11 11 11
B 2
11 11 11 11 11
C 1
Emitida em / / POR
Quantidade Quantidade
a montar
Item Material usado por produto
final
ABCD 1 de 4, 2 de B, 1 de C, 4 de D 1
o
o
Estoque Estoque Esloquc 2;
Estoque
de de td
Fornecedores de semi- Cliente
o>
matcria- Fabricação componentes Montagem
Compra Venda f
M
—prima
o
í>
•TJ
w
o
o
Cl
<0
o
SISTEMA DO ESTOQUE-BASE 189
Portanto:
SISTEMA DO PERlODO-PADRÃO
14.1 — Procedimento
14.2 — Exemplo
Quantidade
Quantidade Descrição por produto Obs.
Item
a comprar
final
Quantidade
Quantidade Descrição por produto Obs.
Item
a comprar
final
'
196 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Quantidade Quantidade
a fabricar
Item Material usado 'por produto Ohs.
final
SA MA do estoque de matéria-prima 1
Emitida em / / por
Quantidade Quantidade
a fabricar
Item Material usado por produto Ohs,
final
A No estoque de semi-acabado 1
C SC " ^ " 1
SISTEMA DO PERIODO-PADRAO 197
Emitida em / / por
Quantidade
Quantidade
Item Material usado por produto Obs.
a fabricar
final
ABCD 1 de A, 2 de B, 1 de C, 4 de D 1
— ordem de montagem
700 unidades de ABCD
— ordens de fabricação
800 unidades de A para as montagens de fevereiro
1 600 B
800 C
1 000 SA
2 000 SB
1 000 SC
— ordens de compra
3 200 unidades de D para as montagens de fevereiro
240 " "MA " " " " abril
4 800 " " MB " " " ' " "
120 " " MC "
CD
Ordens de fabricação Ordens de compra 00
Plano de fabricação
Ordens de
Mês {quantidades a serem montagem Componentes Materiais p/
completadas no mês) Acabados Semi-acabados
prontos fabricação
140 de MA
Outubro. 2 800 de MB
70 de MC
700 de SÁ 160 de MA
1 400 de SE 3 200 de MB
Novembro. s
700 de SC 80 de MC §
700 de A 800 de SA 200 de MA
a
Dezembro. 1 400 de B 1 600 de SB 2 800 de D 4 000 de MB
700 de C 800 de SC 100 de MC
1 000 de SA 240 de MA
Janeiro. 700 700 de ABCD
800 de A
1 600 de B 2 000 de SB 3 200 de D 4 800 de MB
S'
800 de C 1 000 de SC 120 de MC w
1 000 de A 1 200 de SA 8
Fevereiro. 800 800 de ABCD 2 000 de B 2 400 de SB 4 000 de D
1 000 de C 1 200 de SC
1 200 de A
Março. 1000 1 000 de ABCD 2 400 de B 4 800 de D
1 200 de C
I
Abril. 1200 1 200 de ABCD Mês
O
QuADito 14,1
S'
SISTEMA DO PERÍODO-PADRÃO 199
EMISSÃO DE ORDENS
Plano de Fabricação
•p/ 3.®período futuro
Plano de Fabricação
2.® período futuro
s
Plano de Fabricação §
0
p/ 1.® período futuro
Estoque
Estoque Estoque
em trânsito
Pomecedores Cliente
trânsito de cm trânsito de
Compra I Fabri- | de semi- Fabricaçâo Montagem Venda
•mat.-prima cação L componentes prod. finais
processados
I
O
SISTEMA DO PERÍODO-PADRÃO 201
fôr longo, os prazos para entrega também serão muito longos e isto
pode ser um inconveniente grave.
A situação ideal de inexistência de estoques intermediários inativos
por mais de um período, nem sempre pode ser conseguida na prática
devido a rejeições de partes defeituosas. Poderá ocorrer que o processo
produtivo de um certo componente venha produzindo 5% de defeituo
sos. Assim, para produzir um lote de 1 000 peças boas dever-se-á iniciar
a fabricação de 1 050 peças. Fabricando diversos lotes sucessivamente,
pode ocorrer que saiam, às vêzes, menos do que 1 000 peças boas. A
fase seguinte de fabricação necessita de exatamente 1 000 peças boas
e então a diferença entre o número de peças boas produzidas e o número
desejado irá para o almoxarifado e deve ser anotado isoladamente em
uma ficha de estoque.
Se em um período saíram 1 012 peças boas, marca-se nesta ficha
uma entrada de 12 peças. Se no período seguinte forem produzidas
995 peças boas, retira-se 5 peças do estoque para completar o lote
de 1 000 e marca-se na ficha uma saída de 5 peças.
Estando correta a estimativa da porcentagem de defeituosos, êste
estoque deverá ficar sempre com um número razoável de peças. Uma
estimativa muito alta fará com que o estoque suba continuamente e,
ao contrário, uma estimativa muito baixa fará com que o estoque seja
muito freqüentemente nulo e, portanto, sem possibilidade de comple
mentar um lote que teve mais defeituosos do que era previsto. Nenhum
déstes dois casos é desejável. O saldo da ficha deve ser inspecionado
freqüentemente para orientar a correção da fração defeituosa prevista.
15.1 — Procedimento
PLANO DE VENDAS
Ordens de Ot-clens de
compra montagem
Ordens de fabricação
estoque
fornece estoque de estoque
clientes
matéria-
de peças produtos
dores -prima acabados
Fiq. 15.1
'
12 200
j
13 / 400
14
!
f 400
15
/ 400
16 ^200 400
36 50 950 lobo
Tabela 15.1
K)
I—»
Quanticladofi acumuladas O
è'
w
o
o
:z:
Estoque de produto acabado ao
fim da 30.»- semana íâ
o>
f
Estoque de peças ao fim w
da 28.0 semana
o
hd
13 14 15 10 17 18 19 20 21 22 23 24 25 20 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 Tempo §
em semanas
O
SISTEMA DOS LOTES COMPONENTES 211
Necessidade Necessidade
Produto A Produto B
Venda de peças Rejeições total
Semana venda da venda da
avulsa pl vendas 5% de peças
semana semana
acumuladas acumuladas
20 30 10 40 2 42
21 40 10 90 5 95
22 50 70 10 220 11 331
23 60 50 20 350 18 368
25 60 40 10 640 32 672
Tabela 15.2
CÓDK
USAD 0 EM .
Mati3RIAL TTSADO
Fiq. 15.3
SISTEMA DOS LOTES COMPONENTES 213
Quantidades acumuladas
Plano de compra
de matéria-prima
Necessidade acumulada
do componente
Necessidade acumulada
de matéria-prima
Tempo
14 (semanas)
• Fiq. 15.4
15.6 — Aspecto^^implicitos
Podemos salientar alguns aspectos implícitos do sistema dos lotes
de componentes:
1 — o sistema transforma a previsão da demanda do mercado
em previsão da necessidade de cada componente. Após esta
transformação, a programação passa a tratar individuálmen-
te cada item a ser produzido. O tratamento individual exige
maior trabalho de tôdas as fimções relacionadas com a pro
gramação e contrôle da produção;
2 — a transformação da previsão de demanda do mercado em
previsão da necessidade de cada componente é trabalhosa,
principalmente se a linha de produtos fôr muito diversifi
cada. Portanto, se ocorrer uma alteração na previsão da
demanda, haverá muito trabalho de reprogramação;
3 — as previsões de despesas em cruzeiros por mês e da carga
de trabalho, em horas necessárias por seção produtiva por
mês, apesar do sistema operar com base nas necessidades
futuras, ficam dificultadas por ser dado tratamento indivi
dual a cada item. Para evitar o trabalho de usar as neces
sidades de cada item, pode-se fazer estas previsões com base
apenas na necessidade do produto final. Haverá, entretanto,
possibilidade de êrro, pois a defasagem entre a compra de
matéria-prima e a venda do produto final é variável no
tempo, na maior parte dos casos;
4 — os lotes de compra e de fabricação são independentes. Pode
haver lotes pequenos de rnontagem e lotes médios ou grandes
de fabricação ou compras. Uma parte dos componentes
pode ser produzida continuamente, enquanto que o acaba
mento é feito em lotes. Conseqüentemente, o fluxo de ma
teriais na fábrica é, em geral, descontínuo, podendo ter
alguns itens com fluxo contínuo;
5 — os estoques não são balanceados. Entretanto, se fôr decidido
excluir, em uma data futura, um item da linha de produto,
a programação da produção poderá programar a fabricação
e compra, de modo a não sobrar estoque de nenhum com
ponente.
Capítulo 16
SISTEMA DO LOTE-PADRÃO
\
216 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
16.1.1—Unidades do produto
Ê essencial que os produtos tenham projeto padronizado, ou seja,
que não incluam variações em detalhes. Se os produtos são entregues
aos clientes sem variações em detalhes de acabamento ou nos seus
componentes, a seção de montagem final pode ser comandada pelo
sistema. Neste caso, os produtos são definidos, para efeito de operação
do sistema, como os próprios produtos finais.
Existem casos em que os produtos finais são constituídos de peças
ou submontagens de uso comum a diversos produtos e de peças de
uso específico em um único produto. Neste caso, consideraremos que
os produtos cuja fabricação será comandada pelo sistema serão sub
montagens ou conjuntos de componentes, ficando a montagem final
programada em separado. Por exemplo, uma fábrica produz motores
de potência variável com o número de cüindros. Além dos cilindros
existem muitos outros componentes padronizados que servem a mo
tores de todos os tamanhos. Os produtos finais são motores de 2, 4,
5 e 6 cilindros, mas para efeito de operação do sistema consideraremos
como existindo os seguintes produtos:
à) conjunto de peças que são usadas somente nos motores de 2
cilindros;
b) conjunto de peças que são usadas sòmente nos motores de 4
cilindros;
c) conjunto de peças que são usadas sòmente nos motores de 5
cilindros;
d) conjunto de peças que são usadas sòmente nos motores de 6
cilindros;
e) conjunto de peças necessárias em cada cilindro;
/) conjunto de peças que são de uso comum a todos os motores
e não incluídas no item anterior.
Com éstes produtos teóricos disponíveis em estoque, poderemos
programar a montagem dos diversos tipos de motores. Naturalmente,
ao se fazer o plano de fabricação de cada um dêstes produtos deve
ser considerada a inter-relação existente entre éles para poder montar
os produtos finais.
SISTEMA DO LOTE-PADRÃO 217
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Plano de
produção 1 200 1450 1 750 2 000 2 350 2 800 3 200
200 600 900
acumula^
da
Material Maleriul
em trânsito cm trânsito
=0^
Compra Montagem Venda
Fornecedores
Estoque Estoque
dc
subressaientcs
to
to
222 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Fabricasâo 1 Montagem
-40 -12 O
Data do recebimento Datfi do término
das matérias-primas do lote padrão.
e início da fabricação
Fiq. 16.2
Investimento em estoque
do produto acabado
100 de semi-acabado
W
80
1'
Investimento em estoque
de matéria'prima
200
180
160
140
120
100
P
Tvmpo
Investimento total em
estoque e processamento
Tempo
Fig. 17.1
ESCOLHA DO SISTEMA DE EMISSÕES DE ORDENS 231
Coordenação administra Requer baixa coordena Requer coordenação mé Requer alta coordenação Requer alta coordenação Requer a mais alta co
tiva ção dia ordenação
K)
CO
Quadbo 17.1 CO
234 PROGRAMAÇÃO E CX)NTRÔLE DA PRODUÇÃO
17.11 — Sumário
A EMISSÃO DE ORDENS
Ficha de custo É enviada à seção de custo para que nela seja feita
a acumulação das informações sôbre custo de mão-
-de-obra e de material.
Quadbo 18.1
A EMISSÃO DE ORDENS 241
FICHA DE LIBERAÇÃO
Ordem N.® Terminar até Terminado em
Quantidade Data de emissão / /
Tempos
OP.
Máq. Tempo
Descrição da operação Ferr. Obs.
iV.® gasto
prep. P/ peça
10
11
12
13
Fia. 18.1
REQUISIÇÃO DE MATERIAL
Ordem n.® .. Terminar até / /
Quantidade Data de emissão / /.
Observações:
Fia. 18.2
A EMISSÃO DE ORDENS 243
Etiquetas 1-2-3-4-5
Ficha de mão-de-obra 1-2-3-4 mais uma das linhas que descreve a ope
ração (uma das linhas de 6 a 13). Notar que exis
tem tantas fichas de mão-de-obra diferentes quantas
as operações.
Quadro 18.2
LIBERAÇÃO DA PRODUÇÃO
H
Ficha de acompanhamento
ps Q
MAQUINAS
O
o
*<
O (locais de
<
Oi Ficha de custo trabalho) M
0. 0
u
Oi
o«.
§
Requisição de material
ALMOXA-
Controle de
1
Etiqueta RIFADO
ericiência e
custos
r
t
Ficha de movimentação. FERRAMEN. Fichário de
TAL estoque s
I
O
S'
r
S
w
Anjuivo de de w
INSPEÇÃO
senhos e de >
DE
instruções Desenhos o
QUALIDADE
técnicas e instriiçòes
o
têctiicas
o
MOVIMEN. >
TADORES DE
MATERIAIS
tu
o
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Cí
CONTROLE o
CENTRAL
><
o
MAQUINAS
Controle de
ALMOXA- Requi aição de material
eficiência
RIFADO
e custos
Ficha de
movimentação
(c/ferramenta)
Fichârio de
FERRAMEN- _
TAL
estoque
l>o
(D
250 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
a
c. MÁQUINAS
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o
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0
(locais de
< trabalho)
a
< Etiqueta (c/o material e ferramentas)
c.
Üi
01
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Controle de
ALMOXA-
eficiência
RIFADO
e custos
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senhos e .dej^
instruções |
técmigas I Desenhos QUALIDADE
e instruções
técnicas
MOVIMEN-
TADORES Díl
Ficha de liberação
MATERIAIS
Xã
Ficha de inspeção
55 LIBERADOR
Ficha de mão-de-obra
Q
CONTROLE s
O CENTRAL
§
s
•=3 A
M
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O
MÁQUINAS
O
o
(locais de
trabalho).
A o
H
0
P^
A
FERRAMEN-
TAL
Fichário de
estoque 1
IS'
LIBERAÇÃO DA PRODUÇÃO 253
Podem ser feitas várias combinações entre essas regras, mas deve-se
ter em mente que a regra a ser usada pelo hberador deve ser simples.
Se a combinação das regras acima implicar em muito tempo ou muita
dificuldade para decidir, ela passa a ser impraticável.
O simples bom senso nos indica que cada uma das regras acima
apresenta diferentes conseqüências. Entretanto, não foi até o presente
possível deduzir quais são essas conseqüências. Têm sido feitas muitas
simulações das regras de liberação, usando computadores eletrônicos
com grande capacidade de memória. Essas simulações indicam o que
aconteceria com (1) o investimento em trabalho em processamento,
(2) o tempo necessário para a execução de cada ordem, (3) o tempo
ocioso do equipamento e (4) o custo de preparação de máquinas, em
decorrência da adoção de diversas regras de liberação. Até o presente,
não foi preparado um sumário destas simulações. Por isso, a escolha
da regra para o liberador determinar prioridades continua sendo feita
pelo bom senso dos dirigentes.
Vimos, quando tratamos dos sistemas de emissão de ordens, que
pelos sistemas do período-padrão e do estoque-base, no início de cada
período são emitidas ordens de fabricação de todos os itens fabricados.
Essas ordens deverão estar tôdas terminadas ao fim do mesmo período.
Ocorre, então, uma particularidade que facilita o seqüenciamento das
ordens de fabricação, A repetitividade das mesmas ordens em todos
os períodos torna compensador estudar detalhadamente a seqüência
de processamento das ordens em cada um dos locais de trabalho. Esse
estudo pode ser feito por tentativas em um Gráfico de Gantt. Tendo
chegado a uma seqüência de processamento considerada boa, registra-se
convenientemente essa seqüência e instrui-se o liberador para segui-la
em todos os períodos futuros. O sistema do lote-padrão permite também
um estudo prévio da seqüência de processamento, pois sempre emite-se
258 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
19.7 — ^^Expediting^'
Um exame dos procedimentos para programação, hberação e con
trôle de estoques nos indica que, se aquêles procedimentos fôssem
rehgiosamente seguidos, não haveria possibilidade de ocorrer compli
cações na PCP e nos setores produtivos.
Na prática, as coisas não são tão simples. Ocorrem quebras de
máquinas, trabalhos que necessitam ser processados com a máxima
rapidez possível, falta de material em estoque para um trabalho urgen
te, demora excessiva do recebimento de materiais comprados, falta de
operários complicam a programação etc.
260 PROGRAMAÇÃO E CX)NTRÔLE DA PRODUÇÃO
Quando tais coisas acontecem, o liberador terá que corrigi-las
ou ter alguém com o encargo de corrigir ou contornar essas situações.
A essa função daremos o nome de expediting, sendo os expediters as
pessoas encarregadas de executá-la. Em certas situações, o liberador
da produção é também o expedüer, mas há casos de haver um ou mais
liberadores e outros expediters.
Como exemplo típico das funções dos expediters, citaremos o caso
de um trabalho urgente que, como tal, requeira a maior porcentagem
possível de superposição de operações e, para que isto seja viável na
prática, um expediter toma a si o encargo de verificar a necessidade
de alterar a programação, garantir que materiais e ferramentas estejam
disponíveis, e agir nos transportes internos, visando minimizar êsses
tempos. Outro caso típico é a verificação das situações de falta de
material em estoque para agir, procurando obter aquêle material rà-
pidamente. No caso de ser necessário alterar a programação, o expe
diter tratará de verificar com o liberador ou com o programador qual
será a melhor alternativa (em lugar de deixar aos mestres e operadores
essa decisão) e como essa alteração, em geral, implica em outras alte
rações, o expediter cuidará de facilitar e conduzir tais alterações.
Em geral, um expediter encarregado de seguir um certo trabalho
não tem fronteiras de departamento. Êle terá que ir de um depar
tamento para outro, conforme as necessidades de processamento do
produto.
Em produção contínua, os mestres cuidam normalmente de expe-
dite 08 trabalhos nos seus departamentos, sendo em geral, desnecessária,
uma posição específica.
Capítulo 20
CONTROLE CENTRAL
1 — quanto à mão-de-obra:
— relação entre horas produtivas e horas totais dos ope
rários da fábrica;
— relação entre mão-de-obra direta e mão-de-obra indi
reta;
— relação entre horas extras e horas normais;
2 — quanto às máquinas:
— relação entre horas disponíveis e horas utilizadas;
— número de horas perdidas por falta de trabalho;
— porcentagem de horas perdidas por manutenção;
— porcentagem de horas para corrigir produção defei
tuosa;
3 — quanto ao material:
— eficiência na utilização do material;
— rejeições na inspeção de qualidade do material com
prado;
— rejeições ocorridas devido à fabricação;
4 — quanto a trabalhos em processamento:
— valor do material existente em processamento;
— duração do ciclo de fabricação.
Evidentemente, em cada fábrica deve ser decidido quais dessas
informações serão úteis à administração. Além destas, outras ainda
não mencionadas poderão ser convenientes, dependendo das circuns
tâncias.
mativas do
tempo opera
tivo
a
Plano de Sist. de emissão Preparação de Liberação
Contrôle
Compras Outros
produção de ordens ordens central
O
previsão do sistema de — duplicar or distribuir or — arquivo de •— obter a cada
volume de ne carga dens de fabri dens pedidos dos período ma
gócios futuros (necessidade cação p/ os di verificar ne clientes em teriais de uso
para prever a de um método versos setores cessidade de atendimento freqüe nte
carga de tra fácil e expedi interessados alterar roteiro — arquivo de do estoque-
balho futura to p/ fixar (é suficiente coletar dados ordens em -base
fornecer da prazos de en ter ordens de sôbre tempos fabricação — obter mate
dos para pre trega) fabri cação e quant. pro — contrôle de riais espe
visões orça fixar qual ti simples, pois duzidas prazos ciais de acor
mentárias pografia exe o proc. pro distribuir or — contrôle de do c/ pedidos
cutará uma dutivo é sim dens p/ entre eficiência dos clientes
certa ordem ples) ga dos pedi- — relatórios p/ — acompanhar
as compras de alta admi os prazos de
papel de uso nistração entrega
d- freqüente
deverão ser
feitas p/ sist. bo
est.-base
Quadho 21.1
272 PROGRAMAÇÃO E CONTRÔLE DA PRODUÇÃO
Após isto, começará o planejamento específico que fixará o roteiro
de fabricação, dando também estimativa do tempo operativo para
cálculo da carga de trabalho e para cálculo da eficiência. O pedido
pode então ser enviado ao setor de emissão de ordens que, através
da ficha de carga, decidirá a que tipografia destinará o pedido. Haverá,
em seguida, o preparo da ordem de fabricação enviando vias para o
hberador e para o controle central. O hberador distribui no momento
oportuno a ordem de fabricação e coleta dados sobre quantidade uti
lizada de material e de horas de trabalho para enviar ao contrôle cen
tral. O próprio liberador cuidará de comandar a entrega.
Além dêste fluxo principal existirão outros fluxos de informações,
como o encaminhamento de informações ao Departamento de Vendas
sôbre os prazos de fabricação (vindas da ficha de carga do setor de
emissão de ordens), e as informações sôbre estimativa de custo para
fixar preço aos clientes. Para o Departamento de Compras, no início
de cada período serão comunicadas as quantidades a comprar pelo sis
tema do estoque-base e, para cada ordem que requer material especial,
deve ser emitida uma ordem de compra. A contabilidade de custos
deverá receber informações para a contabilização e contrôle de custos
do contrôle central ou da liberação. Existirá também um fluxo de
informações para contrôle de estoques.
Fixado qual será êste fluxo de informações de forma mais deta
lhada do que apresentamos acima, pode-se considerar qual será o
agrupamento conveniente das funções. Aparece aqui uma decisão
importante com reflexos notórios no organograma da emprésa. Exis
tem várias formas de fazer esta divisão. Mencionaremos apenas duas
que refletem filosofias diferentes de distribuição de atribuições.
1 — Manter no centro da cidade apenas o Departamento de
Vendas, com distribuição imediata das ordens para as tipo
grafias. As ordens chegariam mais ràpidamente às tipogra
fias, mas não haveria certeza de que as ordens foram para
a tipografia mais adequada. Teria que haver na adminis
tração central um setor para registro de onde foram distri
buídos os pedidos e de reunião de informações para contrô-
les e para orientar compras.
2 — Colocar na administração central o maior número possível
de atribuições, fixando nas administrações locais apenas a
liberação da produção, parte do contrôle de estoque e parte
do roteiro para considerar o caso de necessidade de alterar
o roteiro de fabricação.
A curva ABC
Custo unitário
N.^ da peça Utilização anual Valor requisitado
médio
o
Colocando em um gráfico cartesiano no eixo das abscissas o número
de rH dordem e no eixo das ordenadas as respectivas porcentagens sôbre
o valor total registrado, obtemos a curva ABC (ver fig. A-1.1).
A fase seguinte consiste em definir as classes A, B e C. O critério
de escolha dos pontos de divisão entre classe é sujeito apenas a ditames
de bom senso. Costuma-se colocar na Classe A uma pequena porcen
tagem de itens, na maioria dos casos menos do que 20% dos itens.
Na Classe C, costuma-se colocar em tôrno de 50% dos itens. Se no
exemplo acima colocarmos na Classe A os itens P2 e P5 (20% dos
itens), teremos que desta classe saíram 65% do valor requisitado em
estoque. A Classe B, compreendendo 30% dos itens (PIO, P3, PI),
eorresponderiam 25% do valor total requisitado do estoque. Final
mente, a Classe C com 50% dos itens teria apenas 10% do valor total
requisitado.
O procedimento adotado neste exemplo só necessita ser modificado
no caso de existirem muitos itens em estoque. Assim, se existirem em
estoque alguns milhares de itens, seria demasiadamente trabalhoso ado
tar o procedimento incluindo todos os itens. É então conveniente adotar
o procedimento para apenas uma amostra dos itens. Se os itens para
esta amostra forem escolhidos puramente ao acaso, a curva ABC para
a amostra será muito próxima da curva ABC para a totalidade dos
itens.
278 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
CURVA ABC
65% 25%
Classe Classe B Classe C I
Fig. A.1.1
A fórmula^^clássica^do^lote econômico:
considera constantes:
a) o custolunitário de Cp-,
b) o custo^de manter estoque Ca",
c) o custo de preparação Cp.
Examinaremos aqui como os diversos tipos de variações de custo
podem afetar Qe-
Cp =D{Cpo —
rQ) -| ^ 1—^ Cpo {i + o) Q
280 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
C„D/Q
Fig. A-2.1
custo unitário
Crpd + I)
1 ano
Fig. A-2.2
-cc„»[i444]
Substituindo n por D/Q temos:
Q Cp Q + I)
tempo
FiQ. A-2.3
284 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Portanto, o valor médio em estoque será:
c.Q - [1 +1"] «
Substituindo as expressões de CpD, CaQ e CpD/Q na equação de
Cp, derivando em relação a Q e igualmente essa derivada a zero, obte-
mos:
o,- I
minimizar C = A St + B ^
»=I i=l
286 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
sujeito a
(1) =
t=l
dl dz ds di dn
Ls Cn
50 60 80 60 110 Xi
\ \ \
90
X X X
\
90
X
\ \
90
X X
\ \
90
X X
\
90
X
Por inspeção verifica-se que o menor custo é o da célula (3, 3),
onde podemos marcar 80 unidades para satisfazer completamente a
demanda do terceiro mês. Em seguida, verifica-se que o menor custo
288 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
di
50 60 80 60 110 Xl
90
\
50 \
3 \
\
40 \
4
\ /
\
\
\ ^90\^
90
\
20 \
4 \
20 \
\ \
\
90 \ 2 \ 3
80 \ 10 \
\
\
90
\
50 \
5 \^6 "^ToX^
\
90
\
90 \
4
^ooX^
Ou seja, produzir 90 unidades no mês 1,
20 " " '• 2,
90 " " " 3,
70 " " " 4,
90 " " " 5.
APÊNDICE A-4
1 — Primeira expressão de M
Considerando que o pedido de reposição a ser feito ao fim do
período t deve ser tal que a soma do saldo dos pedidos e do saldo em
estoque seja igual a ilf, podemos escrever:
Mt = Pt + Pt-i + + Pt-e+i +Bt + ET
mas
Bt = Bt—i Et —St = Bt—i Pt-e'~ St
aplicando sucessivamente obtemos
2 — Segunda expressão de M
Considerando que
M=C(T + e)+E^
e que
podemos escrever
(2) M, = [S, + + +
a
(3) Pi 4—— [íSfí 4" 4" 4" íSíi-a+i] - P,_i - P,_2 - ....
0/
-Pt-e+l- E Pi+ É S,
t=0 1=0
P<-l = Cv
[<51-1 4" St-2 4- -f íSí-a] - P<-2 - Pí-3
í-e-1 t= \
(4) Pi =
dl
3 — Amplificação
Chamando de AS = St-S,-a • St = St-a +^AS
Pt = AS
4 — Período de amplificação
Um acréscimo na média da demanda repercutirá em acréscimo
amplificado dos pedidos por "a" períodos. Crescendo ''a", cresce o
período de amplificação e decresce a amplificação, ou seja, é benéfico
em um sentido e maléfico no outro.
5 — Ciclos na demanda
7 — Expressão de Bt
Substituindo Pt da fórmula (4) na fórmula (1) temos
t-e e 4- T ®
P. = iE= O + Cl
[ 1=
E 0 Pi- 1=
E 0 Pi-a]-E
í=0
St
p A- T t-e t
(5) Bt = E Pi 7 2: Pi
Oi i —
X /
COLEÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO /
Sérgio B. Zaccarelli