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OSCILAÇÕES, ONDAS E ÓPTICA

Igo Tôrres Lima

Oscilações

Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia

4 de Junho de 2021
Sumário

1 Introdução

2 Movimento Harmônico Simples

3 Linearidade e Princípio da Superposição

4 Interpretando os parâmetros

5 Energia no Movimento Harmônico Simples


Sumário

1 Introdução

2 Movimento Harmônico Simples

3 Linearidade e Princípio da Superposição

4 Interpretando os parâmetros

5 Energia no Movimento Harmônico Simples


Introdução
O mundo está cheio de objetos que se movem. Tais movimentos podem ser amplamente
categorizados em duas classes:

se o objeto viaja de um lugar para outro;

se o objeto que está se movendo fica próximo a um lugar.


Sumário

1 Introdução

2 Movimento Harmônico Simples

3 Linearidade e Princípio da Superposição

4 Interpretando os parâmetros

5 Energia no Movimento Harmônico Simples


Movimento Harmônico Simples

Sistema massa-mola em superfície sem atrito.


FONTE: Tipler,P.A; Mosca,G., vol.1, 6a ed., 2009.

Quando o corpo é deslocado de uma posição x a partir da posição de equilíbrio, surge


uma força oposta a esse deslocamento.

A força é exercida pela mola sobre o corpo e é dada pela Lei de Hooke:

F = −kx. (1)
2
Combinando a eq.(1) com a 2a Lei de Newton (F = ma = mẍ = m ddt2x ) temos que,

d2 x
mẍ = m = −kx (2)
dt2

d2 x k
ẍ = =− x (3)
dt2 m

d2 x
= −ω 2 x, (4)
dt2
q
k
onde ω = m
.

O sistema dinâmico descrito pela eq.(4) se chama oscilador harmônico unidimensional.


Obtendo experimentalmente a curva de comportamento x vs t:

A caneta está presa ao corpo numa mola, e o papel é puxado com velocidade
constante para a esquerda.
FONTE: Tipler,P.A; Mosca,G., vol.1, 6a ed., 2009.
O gráfico sugere soluções do tipo seno e cosseno, pois:

x1 (t) = cos (ωt) (5)


ẋ1 (t) = −ω sen (ωt) (6)
2
ẍ1 (t) = −ω cos (ωt) (7)

ou, podemos escrever da forma,

ẍ1 (t) = −ω 2 x1 . (8)

Da mesma forma para x2 (t),

x2 (t) = sen (ωt) (9)


ẋ2 (t) = ω cos (ωt) (10)
ẍ2 (t) = −ω 2 sen (ωt) (11)
2
ẍ2 (t) = −ω x2 . (12)

As eq. (8) e (12) mostram portanto, que ambos x1 e x2 (t) satisfazem a eq.(4).

Queremos então, mostrar que a solução para a eq. (4) do oscilador harmônico unidi-
mensional é expressa da forma

x(t) = A cos (ωt + φ). (13)


Sumário

1 Introdução

2 Movimento Harmônico Simples

3 Linearidade e Princípio da Superposição

4 Interpretando os parâmetros

5 Energia no Movimento Harmônico Simples


Linearidade e Princípio da Superposição

A forma mais geral de uma equação diferencial linear é:

d2 x dx
A +B + Cx = F, (14)
dt2 dt
onde os coeficientes A, B, C e F não dependem de x.
2
A eq.(4) ( ddt2x = −ω 2 x) é uma equação diferencial linear de 2a ordem homogênea.
Desse modo, ela apresenta as seguintes propriedades:

Se x1 (t) e x2 (t) são soluções da eq.(4), então x1 (t) + x2 (t) também é.

Se x1 (t) é solução da eq.(4), então ax1 (t) também é, onde (a é uma constante).

Assim, combinando as duas propriedades acima temos que qualquer combinação


linear do tipo

x(t) = ax1 (t) + bx2 (t) (15)

é solução da eq.(4), em que a e b são constantes arbitrárias.


Podemos então escrever a forma geral das oscilações livres

x(t) = a cos (ωt) + b sen (ωt) (16)

ou, de forma equivalente, escrever

x(t) = A cos (ωt + φ) (17)

em que A e φ são duas novas constantes arbitrárias. Observe que as eq. (13) e (17)
são iguais.

Sendo, cos (a + b) = cos a cos b − sen a sen b, e

A cos (a + b) = A[cos a cos b − sen a sen b],


então,

A cos (ωt + φ) = A cos φ cos ωt − A sen φ sen ωt,


em que a = A cos φ e b = −A sen φ.
Posição no Movimento Harmônico Simoles
Como verificamos nas eq. (13) e (17), a posição x(t) no movimento harmônico
simples é expressa da forma:

x(t) = A cos (ωt + φ)

Condições para o Movimento Harmônico Simoles


No movimento harmônico simples, a aceleração, e portanto, a força resultante, são
ambas proporcionais e opostas ao deslocamento a partir da posição de equilíbrio.
Velocidade no Movimento Harmônico Simoles
dx
vx (t) = = −ωA sen (ωt + φ)
dt

Aceleração no Movimento Harmônico Simoles


dvx d2 x
ax (t) = = 2 = −ω 2 A cos (ωt + φ)
dt dt

ax = −ω 2 x

FONTE: Tipler,P.A; Mosca,G., vol.1, 6a ed., 2009.


Sumário

1 Introdução

2 Movimento Harmônico Simples

3 Linearidade e Princípio da Superposição

4 Interpretando os parâmetros

5 Energia no Movimento Harmônico Simples


Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.

Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.

Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.

Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
2π 1
O período de oscilação é T = ω
= f
, medida em (s).
Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.

Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
2π 1
O período de oscilação é T = ω
= f
, medida em (s).
f é a frequência, medida em ciclos/s ≡ hertz(Hz).

O período T é independente da amplitude de oscilação.


Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.

Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
2π 1
O período de oscilação é T = ω
= f
, medida em (s).
f é a frequência, medida em ciclos/s ≡ hertz(Hz).
Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.

Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
2π 1
O período de oscilação é T = ω
= f
, medida em (s).
f é a frequência, medida em ciclos/s ≡ hertz(Hz).
φ é a constante de fase.
FONTE: Nussenzveig, H. M., vol. 2, 5a ed., 2014.
A figura acima mostra que o efeito de variar o valor da constante de fase mantendo
os demais parâmetros constantes representa um deslocamento da curva como um
todo. Ex.: a oscilação com ϕ = π/2 está em quadratura em relação a oscilação com
ϕ = 0, isto é, quando o |x| é máximo em uma e nulo na outra.
(Nos gráficos acima a constante de fase é representada pela letra grega ϕ e o período
por τ .)
Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.


Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
O período de oscilação é T = 2π
ω
= f1 , medida em (s).
f é a frequência, medida em ciclos/s ≡ hertz(Hz).
φ é a constante de fase.
Interpretando os parâmetros

FONTE: Halliday, D; Resnick, R; Walker, J, vol.2, 8a ed., 2008.


Seja x(t) = A cos (ωt + φ) a função que descreve o movimento harmônico simples,
temos que
A = |x(t)max | é a amplitude de oscilação.
O argumento da função cosseno (ωt + φ) é a fase do movimento.
O período de oscilação é T = 2π
ω
= f1 , medida em (s).
f é a frequência, medida em ciclos/s ≡ hertz(Hz).
φ é a constante de fase.
q
k
ω é a frequência angular (ω = m = 2πf ), medida em rad/s.
Sendo ω 2 = k/m, e como k = |F/x|, podemos afirmar que
ω 2 ≡ força restauradora por unidade de deslocamento por unidade de massa.
Sumário

1 Introdução

2 Movimento Harmônico Simples

3 Linearidade e Princípio da Superposição

4 Interpretando os parâmetros

5 Energia no Movimento Harmônico Simples


Energia no Movimento Harmônico Simples

Oscilações periódicas que surgem devido a ação de forças conservativas


associadas a energia potencial U .

Energia total deve ser conservada, de modo que E = U + K, em que K


representa a energia cinética.

Verificaremos os comportamentos de U , K e E.
Energia no Movimento Harmônico Simples

A energia potencial do oscilador no instante de tempo t é

1 2
U (t) = kx (t),
2
onde k é a constante da mola e x é o deslocamento.

1 2
U (t) = kA cos2 (ωt + φ)
2

Obviamente U não é constante e não assume valores negativos.


Energia no Movimento Harmônico Simples

Por outro lado, a energia cinética do oscilador no instante de tempo t é

1
K(t) = mv 2 (t),
2
onde m é a massa e v é a velocidade.

1
K(t) = mω 2 A2 sen 2 (ωt + φ)
2

Observa-se que K é zero quando x é máximo, pois nesse ponto não existe velocidade.

Por outro lado, K é máximo quando x passa pelo zero (posição de equilíbrio), porque
nesse ponto ela está se movendo com velocidade máxima.
Energia no Movimento Harmônico Simples

A variação de K é justamente o oposto da variação de U . Entretanto, a energia total


E deve permanecer constante. Assim,

1
K(t) = mω 2 A2 sen 2 (ωt + φ)
2
k
ω2 = =⇒ k = mω 2
m
1 2
K(t) = kA sen 2 (ωt + φ)
2
Energia no Movimento Harmônico Simples

FONTE: Nussenzveig, H. M., vol. 2, 5a ed., 2014.

E =U +K

1 2
E= kA [ sen 2 (ωt + φ) + cos2 (ωt + φ)]
2
1
E = kA2
2
Observamos somente constantes na expressão acima e, portanto, verificamos que a
energia total E é constante.

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