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Dica número 1:
Se você ainda não é nosso aluno nós criamos uma playlist de estudos
no nosso Canal do Youtube com diversos conteúdos e vídeo-aulas
gratuitas para auxiliar o seu estudo.
dica número 2:
Além da apostila e do Youtube, nós temos os maiores simulados gra-
tuitos para certificações do Brasil, os Simulados TopInvest.
dica número 3:
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experiências com outros estudantes!
⯀ Administração de Recursos
⯀ Consultoria
⯀ Análise e Pesquisa Financeira
⯀ Investment Banking
⯀ Finanças Corporativas
⯀ Administração de Riquezas
⯀ Relações com Investidores
⯀ Vendas e Operações nos Mercados Financeiros e de Capitais
Os exames são oferecidos pela Apimec, em geral em tempo contínuo, e são realizados nos
Centros de Testes da FGV distribuídos em praticamente todo território nacional.
Para obtenção da certificação o profissional deve ser aprovado nos seguintes exames:
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CT1 - Conteúdo Técnico 1 - fase para o analista técnico.
Uma prova de duas horas de duração com 60 questões de múltipla escolha contendo
as seguintes matérias: Fundamentos da Análise Técnica; Teoria de Dow, Conceito de
Tendência, Figuras Gráficas, Teoria das Ondas de Elliott, Padrões Candlestick; Indicadores,
Gerenciamento de Risco, Estratégias Operacionais e Trading Systems..
O candidato poderá se inscrever separadamente em qualquer dos exames pelo site www.
fgv.br/certapimec. O candidato terá o prazo de 12 (doze) meses, contados da data da reali-
zação do primeiro exame em que foi aprovado, para ser aprovado no outro exame. A perda
deste prazo implicará em nova inscrição e aprovação nos exames. Os exames poderão ser
agendados em diferentes datas.
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Módulo 1
Análise de Ações e
Finanças Corporativas
SUBMÓDULO I - MODELOS DE AVALIAÇÃO DE AÇÕES
O MDD, assim conhecido, é um modelo matemático que calcula o valor presente de todos
esses dividendos que serão pagos, determinando qual deverá ser o valor justo do ativo.
Basicamente, ele trará todos os valores creditados recebíveis para o valor presente, para
que possamos analisar o valor do ativo a partir disso.
Fórmula:
Onde:
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p: preço
Normalmente, utilizamos essa modalidade de fórmula para esse cálculo, levando em conta
os coeficientes acima. É uma fórmula e um modelo matemático tranquilo de se aprender
para chegar a um resultado.
O modelo de crescimento de dois e três estágios é usado para mensurar o valor presente
de empresas que contêm mais do que uma fase de crescimento. E o que é uma fase de
crescimento? Eu gosto de mostrar isso através de gráficos, porque fica mais fácil para
que todo mundo consiga compreender. Se a gente parar para pensar, uma empresa tem
estágios do seu crescimento: ela inicia lá do ponto zero, onde o seu tempo e a relação
com o faturamento estão aqui no ponto zero, porque ela acabou de nascer. E conforme
vai passando o tempo, essa empresa vai crescendo, crescendo, crescendo... até chegar
num ponto que seja talvez o ponto ápice da sua curva de crescimento ou seja o momento
que ela vai sofrer, por uma situação macroeconômica, uma queda no seu crescimento e
depois volte a crescer.
O que é o modelo de crescimento de dois e três estágios? É o modelo que vai poder calcular
estes valores de fase de crescimento que a empresa tem pelo tempo em que ela existir.
Ao longo do ciclo de vida de uma empresa, ela apresenta diversos níveis de crescimento
- ela pode estar aqui no nível um, nível dois, nível três, e assim sucessivamente – na fase
inicial ela apresenta um crescimento alto, seguido por um crescimento médio. Então aqui
podemos considerar como sendo toda a fase inicial, onde ela está com um crescimento
alto. Ela seguiu com um crescimento médio (pode ser chamada de média da nossa pri-
meira curva). Então ele teve um crescimento médio, e depois ele teve um crescimento
alto. E por fim, em sua fase final, ela pode ter o crescimento da perpetuidade, lembram
da aula anterior, em que a gente falou um pouquinho sobre perpetuidade? Perpetuidade
tem uma ideia de constância, certo, galerinha? Então aqui, passou essa outra fase, ela vai
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aqui seguir agora pela perpetuidade, para uma fase de crescimento.
Falaremos agora só sobre o modelo de crescimento de dois estágios pois possui uma fórmula
matemática e depois temos o modelo de crescimento de três estágios. Aqui consideramos,
no modelo de crescimento de dois estágios, empresas de porte médio que estão em fase
intermediária de crescimento, ou seja, não está nem crescendo a todo vapor nem está a
baixo nível de crescimento, portanto não está crescendo. Aqui nós temos uma fórmula,
que a gente chama de “Valor presente de uma anuidade crescente + Perpetuidade (após
anuidade)”. Agora vamos dar uma olhadinha na fórmula que vai ficar mais fácil de vocês
compreenderem
De cara, a fórmula não é bonita. Mas calma, não é algo que a gente fala: “Meu Deus, que
coisa difícil”. É o que sempre falamos quando analisamos uma fórmula, tem que ir devagar,
que a vamos conseguindo entender.
Sendo:
É uma fórmula que traz a valor presente todos os estágios e níveis de crescimento desta
empresa, o VP então é o “Valor Presente” que é o que estamos tentando descobrir aqui
Então tudo onde vemos “Fluxo de Caixa”, os fluxos de caixa estão aqui
g: Crescimento
r: Taxa de desconto
Ou seja, aqueles valores que serão pagos de acordo com o número de períodos que tem
n: período
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gp: Crescimento na perpetuidade
A fórmula vai ser igual ao Valor presente de uma anuidade crescente + Perpetuidade após
anuidade.
Veja se aqui não está presente o valor deste fluxo de caixa mais a Perpetuidade, ou seja,
aquilo que vai acontecer de forma constante no passar do tempo, sendo que aqui nós
estamos trazendo de volta todos estes valores aqui a Valor Presente. Este é o Modelo de
crescimento de dois estágios.
Aqui você vai ter três estágios na sua fórmula: o Valor presente de uma anuidade crescente
(igual no de 2 estágios) + Segunda Anuidade crescente (após a primeira) + Perpetuidade
(após as duas primeiras anuidades). Então nós vamos ter três módulos para se entender.
Aqui a gente ainda consegue fechar, faturar e enxergar três estágios distintos, primeiro,
segundo e terceiro estágio na nossa fórmula. Galera, queria chamar a atenção de vocês
- isso aqui para cair na prova é um pouco mais complicado, não acredito que vá cair mui-
tas questões disso na prova de vocês, mas se cair, imagine o tamanho de uma questão
dessa pra botar todos esses fatores dentro de um problema – saber a diferença entre os
dois estágios e os três estágios (na questão do nível intermediário para depois passar para
perpetuidade).
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uma empresa que contenha o número de fases de crescimento desta empresa.
Para os acionistas, consideramos apenas o restante do fluxo de caixa da empresa para ser
distribuído aos possuidores de capital próprio, após o pagamento de todas as obrigações.
O fluxo de caixa do acionista deve ser descontado pelo custo do capital próprio para se
obter o valor de mercado que, dividido pelo número de ações emitidas, determina o preço
da ação.
Além dessas atividades, precisamos saber que a Caixa também atende crédito educa-
tivo, financiamento habitacional, pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço), PIS (Programa de Integração Social) e seguro-desemprego e aos beneficiários de
programas sociais e apostadores das Loterias – das quais detém o monopólio desde 1961.
Por exemplo, a Caixa cuidará dos pagamentos de FGTS e seguro-desemprego para quem
foi demitido sem justa causa. E também, daqueles que querem jogar nas loterias.
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capital próprio e de terceiros.
Lucro Operacional
Conhecido, também, como lucro líquido, é o rendimento de uma empresa definido pela
diferença entre a receita total e o custo total. É o ganho que se obtém depois de realizar
todos os descontos.
LAIR
Falamos, aqui, do Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social. Basicamente,
esse indicador é o lucro antes desses dois tributos. Fazendo parte do cálculo do lucro
operacional.
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EBITDA
EBITDA é um termo em inglês, porém em português significa Lucros Antes de Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização. É um indicador da situação operacional, visando
uma análise contábil da empresa em questão. Por exemplo, nessa análise, teríamos recei-
tas subtraindo as despesas, se o resultado for positivo, teremos um superávit. Mas, dentro
do contexto do EBITDA, nós poderíamos dizer que esse resultado encontrado é o próprio
EBITDA quando não descontamos taxas de juros e depreciação.
Ele nos dá a possibilidade de analisar apenas o resultado final da organização, esse indi-
cador é muito utilizado no mercado de ações.
EBIT
Falamos de um indicador não-contábil que demonstra o lucro de uma empresa antes do
reconhecimento das despesas com juros e impostos. E, significa o Lucro Antes de Juros e
Impostos, no Brasil, é conhecido como LAJIR.
Logo, o valor de uma empresa é baseado na forma como os seus pares são precificados
no mercado.
É importante definir quais serão as outras empresas que constituirão a amostra. O intuito
é agrupar empresas com conteúdos de risco, crescimento e potencial de geração de resul-
tados semelhantes aos da empresa em análise.
Ela busca calcular uma média de mercado, valores considerados fora da curva são elimi-
nados, pois prejudicam e distorcem as métricas realizadas. Deve-se retirar as empresas
que não se assemelham com a atividade chave da empresa.
Múltiplo Preço/Lucro
É um índice conhecido por ser a divisão do preço pelo lucro de uma determinada ação.
Por ser simples se torna uma escolha atraente, tanto na precificação de ofertas públicas
de ações (IPOs) quanto no processo de avaliação de empresas abertas.
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O indicador é a relação entre o preço de mercado por ação e o lucro por ação, com a
seguinte fórmula:
O preço da ação, nada mais é do que o valor da ação no mercado, podemos buscar essa
informação no próprio Google ou no Home Broker. O lucro por ação, também, é chamado
de LPA, que é o quanto uma ação gera ao acionista.
Empresas com P/L mais altos apresentam maiores perspectivas de crescimento. Por exem-
plo, um múltiplo de 20x o lucro, resulta na necessidade de 20 anos de lucro para chegar
ao valor de mercado da empresa.
Esse múltiplo é definido pela sigla P/L = preço de mercado do papel dividido pelo lucro
por ação.
Resumindo, P/L é utilizado na hora de avaliar o preço de uma determinada ação, se ele é
justo em relação à projeção do seu lucro. Porém, como os demais indicadores financeiros,
não devemos analisá-lo sozinho, para que possamos tomar decisões corretas na hora de
comprar as ações.
Fórmula:
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Empresas de grande crescimento com altas expectativas de valorização futura apresen-
tam valores muito altos de P/VPA. É comum em empresas de tecnologia que possuem
grandes oportunidades de investimento futuro que não fazem muito uso de capital físico.
Múltiplo Preço/Vendas
O múltiplo de preços sobre as vendas utiliza o faturamento de cada ação pelo preço da
Essa fórmula pode ser utilizada por empresas que não tem lucros, e dentro dela, altas
receitas não significam altos lucros. Por exemplo, uma empresa que fatura 400k, tem
duas despesas, e ao final sobre 500k, qual é a diferença que fatura 7k e ao fim sobre 3,5k?
Falamos de duas empresas de portes diferentes, mas que em uma ao fim sobra mais
dinheiro, por isso, altas receitas não indicam altos lucros.
inicial).
Fórmula:
Em que, o Valor de Mercado = Preço das Ações x Número de Ações. Nos múltiplos, sempre
chegaremos a um valor após uma divisão.
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Ele é utilizado pois existem menos empresas com EBITDA negativo, do que empresas com
lucros líquidos negativos por ação. Logo, empresas que apresentam EV/EBITDA acima das
suas pares do setor, apresentam alta expectativa em relação ao seu desempenho futuro
e podem estar caras.
Assim como todos os mecanismos de precificação, ele visa identificar o valor de um ativo
financeiro por meio da definição de risco apresentado versus retorno oferecido. Nada mais
nada menos que uma análise de risco.
Cálculo do CAPM:
Sendo:
Rf: é a taxa livre de riscos, “renda fixa”, geralmente com referência em títulos públicos de
longo prazo.
β: é o número conhecido como “Beta” do ativo e traz uma referência sobre a volatilidade
do mercado de risco.
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Após compreendermos os dados, fica fácil executar o cálculo. “Rm- Rf”, na fórmula, repre-
senta para nós o Prêmio de Risco do Mercado.
Beta
Falamos de um fator muito importante para o funcionamento do cálculo, ele nos traz o
grau de volatilidade de um ativo em análise. Nada mais é do que a oscilação do ativo a
volatilidade. Isso é fundamental, pois quanto mais volátil, mais perigoso é, e sua remune-
ração é sempre maior.
Um ativo volátil não é bom ou ruim, ele apenas apresenta comportamentos que podem
ser menos controlados em relação ao mercado.
Quando o Beta for zero, significa que não existe risco frente ao mercado. Mas para valores
maiores que zero, a regra é a seguinte:
B < 1, falamos de um ativo de baixo risco, mas que possui um retorno inferior ao mercado;
B > 1, trata-se de um ativo de alto risco, mas que também permite taxas de retorno acima
do mercado.
Essa ferramenta serve para permitir comparativos entre diversas alternativas como na
definição de uma empresa, sobre investir ou não em um projeto ou mesmo na escolha
dos melhores ativos do mercado financeiro.
⯀ Beta = 1,2
⯀ Taxa livre de risco = 10%
⯀ Retorno da carteira de mercado = 15%
Ri = Rf + [β x (Rm – Rf)]
Ri = 10% + 6%
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Ri = 16%
Lembrem-se de fazer a conta começando pelo que está dentro dos parênteses!
O que se espera de retorno deste ativo, com um Beta de 1,2, positivo (B > 1), representando
um alto risco, esperamos um alto retorno.
Para que um investidor confie em um título com grande nível de risco, ele deve esperar
um prêmio de risco igualmente atraente. Então, assume-se que, quanto maior o risco do
ativo, maior o prêmio de risco.
Utiliza-se como parâmetro um título do Governo dos EUA, que são considerados os mais
seguros na atualidade.
O título que serve de parâmetro oferece juros de 3% ao ano, enquanto o ativo que se quer
analisar, oferece juros de 7% ao ano. Então, calcula-se 7% - 3% = 4%. Nesse caso, o prêmio
de risco deste ativo será de 4%.
Vemos que, quanto maior a expectativa de retorno, maior o prêmio de risco do ativo.
Para aplicarmos, primeiro utiliza-se aquela fórmula mais simples, do retorno esperado
menos a taxa livre de risco. Então, se a taxa livre de risco é 3% e o retorno esperado é de
7%, temos que o prêmio de risco é 4%.
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Agora, esses 4% tornam-se a taxa nominal. Considerando uma taxa de inflação fictícia de
3,5%, temos:
Esse cálculo traz uma informação mais estruturada com a realidade financeira, ao consi-
derar o impacto da inflação sobre o retorno.
Beta Alavancado
Esse indicador mostra a sensibilidade de uma determinada empresa em relação à ten-
dência do mercado de maneira geral. Mostrando o quanto as movimentações positivas e
negativas do mercado podem afetar o desempenho de empresas de capital aberto.
O índice beta é um número utilizado para medir os riscos de uma instituição dentro do seu
segmento de mercado. Auxiliando os investidores a julgar o quanto arriscada é a empresa.
Fórmula:
Sendo:
Para calcular o beta alavancado iremos utilizar o valor beta desalavancado bem como o
valor da dívida.
Beta Desalavancado
É usado para medir o risco apresentado por uma empresa sem levar em consideração a
influência das dívidas em seus balanços financeiros. Significa que desalavancar o beta é
ignorar o impacto financeiro causado pela alavancagem. Avaliar qual a contribuição do
patrimônio de uma instituição para o seu perfil de risco.
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Ele ajuda a diferenciar sobre volatilidade da ação de uma empresa no mercado.
Fórmula:
Sendo:
Essa fórmula apresenta como resultado um coeficiente que isola o componente de dívida
do beta.
O valor referido pelo CMPC determina que percentual do capital da empresa esteja com-
prometido com o pagamento de credores. Dessa forma, atua como uma espécie de bali-
zador, no sentido de evitar o endividamento.
Vale destacar que o WACC é um dos indicadores a serem aferidos por empreendimentos
em fase de implementação e que estejam em busca de capital de terceiros.
Temos três modalidades de capital, nesse sentido: o dos sócios, de instituições financeiras
e o capital próprio.
Esse índice é útil para medir o potencial de uma empresa de gerar spread econômico posi-
tivo, que consiste na diferença entre retorno sobre investimento (ROI e o próprio WACC).
Quanto mais capital próprio compor o patrimônio da empresa em sua fase inicial, maior
será a segurança por parte de possíveis investidores.
Fórmula:
27
Sendo:
Basicamente, é uma forma de medir quanto de cada tipo de custo de capital é composto
o patrimônio da empresa. Dentro das três modalidades que apresentamos acima.
É importante lembrar que o WACC é um reflexo do risco que uma empresa oferece aos
investidores externos. A relação é proporcionalmente direta, ou seja, quanto mais arriscado,
maior será o retorno exigido e, assim, maior o WACC.
Quanto mais dinheiro houver em capital próprio, menor será o risco de se investir em uma
empresa; sempre atraindo olhares e possíveis investidores quando divulgados esses dados.
Segundo M&M, argumentaram em seu teorema, existem dois critérios que levam ao pro-
cesso decisório racional da empresa são a maximização dos lucros e do valor de mercado.
No primeiro, a aquisição do ativo fixo seria vantajosa se elevasse o lucro líquido dos acionistas
e esse lucro aumentaria somente se a taxa de retorno esperada excedesse a taxa de juros
do capital;
No segundo critério, seria vantajoso adquirir o ativo se ele ampliasse o valor de mercado do
patrimônio líquido dos acionistas, isto é, se criasse valor.
Quanto mais elevado o nível de alavancagem da empresa, menor o valor do imposto reco-
lhido para uma mesma renda auferida antes dos tributos e o desconto fiscal se elevaria pro-
porcionalmente ao grau de dívidas contratadas, aumentando o lucro operacional disponível
aos credores e acionistas, diminuindo o custo de capital da empresa e ampliando seu valor
de mercado.
Fórmula:
ROA
É um índice de mensuração da lucratividade de uma empresa, chamado de Retorno Sobre
os Ativos, mede a eficiência operacional em gerar lucros a partir dos seus ativos, antes de
considerar os efeitos do financiamento.
Fórmula:
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ROC
Utilizado também para a mensuração da lucratividade, mas aqui temos uma análise do
resultado operacional do capital investido na empresa, levando-se em consideração o valor
contábil de dívida e patrimônio líquido.
Fórmula:
Fórmula:
Características:
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⯀ Utiliza um período de tempo maior;
⯀ Captura melhor a ação das variações dos elementos da empresa;
⯀ São necessários mais números de dados como entrada para modelos;
⯀ A maior parte das entradas podem ser manipuladas podendo-se chegar a qualquer
resultado desejado.
Modelos:
Fluxo de caixa descontado acionista: Free Cash Flow To Equity, falamos do direito
dos proprietários do patrimônio líquido, o detentor do capital próprio da empresa. O fluxo
de caixa que existe após o pagamento de despesas operacionais, obrigações tributárias,
necessidades de investimento, principal, juros, e quaisquer outras despesas necessárias.
Cálculo:
Lucro Líquido
- CAPEX
+ variação no capital
Calcularemos pela taxa de desconto = custo de oportunidade, ke, precificada pela CAPM:
Sendo:
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TLR: taxa livre de risco do ativo;
Fluxo de caixa descontado da firma: Free Flow to the Firm, nos traz os direitos dos
proprietários do PL na empresa, pensamos nos preferencialistas e dos financiadores. O
cálculo é realizado a contar do lucro operacional, contendo impostos, antes de alguma
remuneração aos donos de capital mencionados.
Cálculo:
+ depreciação
- CAPEX
Ele apresenta se o capital foi bem investido em termos de geração de riqueza, sinônimo
de rentabilidade. É o valor dos bens produzidos por uma empresa, depois da dedução dos
custos dos insumos adquiridos de terceiros, utilizados na produção, bem como a dedução
do custo de capital dos acionistas de forma a compensar o risco.
Muitas empresas ao redor do mundo o utilizam, sendo ele elencado como uma das melhores
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alternativas para analisar um negócio. São suas principais aplicações:
Sendo o lucro operacional o lucro proveniente dos ativos da empresa. E, por sua vez, o custo
de oportunidade do capital total é a média ponderada do custo de capital de terceiros e
o custo de capital próprio (WACC), a composição de recursos que estão à disposição da
empresa. Por fim, o capital total é a soma das dívidas onerosas com o patrimônio e o preço
de mercado.
MVA
A Margem de Valor Agregado é um dos elementos do cálculo do imposto devido nas
operações sujeitas à substituição tributária. Ele estabelece uma margem de lucro para
cada produto ou um conjunto deles. Isso acontece de modo a minimizar as diferenças
ocasionadas pela existência de variadas alíquotas relacionadas ao ICMS, Imposto sobre
Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços.
Se um elemento for obrigado por lei a antecipar o recolhimento do tributo devido uma
operação futura, não é certo que seja financeiramente prejudicado por se sujeitar a um
percentual diferente. A MVA é utilizada em formato percentual para determinar um maior
equilíbrio entre os preços.
Sem ela, uma empresa teria como vantagem competitiva frente à concorrência o fato de
estar instituída em um certo estado. É importante dizer ainda que quem define a Margem
de Valor Agregado são as Secretarias da Fazenda em cada Estado.
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CFROI
Cash Flow Return On Investment (CFROI), representa o fluxo de caixa gerado pela empresa
em um determinado ano como uma porcentagem do caixa investido nos ativos utilizados
pela empresa.
Considera o valor em base de caixa total investido em um negócio para produzir os fluxos
de caixa, e não com valores contábeis depreciados. Reflete a vida ao longo da qual o fluxo
de caixa será produzido pelos ativos, seja através da subtração de uma depreciação eco-
nômica ou através do cálculo da TIR sobre uma vida de ativos finita.
Para calcular o CFROI precisamos calcular a TIR, considerando como valor inicial o caixa
investido e como valor final o último fluxo de caixa somada aos ativos não depreciáveis.
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patrimonial, levando em conta duas datas, um x1 e um x2. Mostrando como foi formado o
resultado em um determinado período, normalmente 12 meses (um ano). Além disso, deve
ser estruturada observando disciplinas contidas no artigo 187 da Lei 6.404/1976, estabe-
lecendo os dados mínimos que a demonstração contábil deve conter — falamos aqui de
uma norma, uma estrutura de funcionamento universal.
Vale lembrar, que no CPC 26 (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), onde está discrimi-
nado como deve ser o processo estruturado de uma DRE.
O resultado da empresa é formado pelas receitas, pelos custos e pelas despesas incorri-
das no período. Mas não podemos esquecer também dos gastos, que, por assim dizer,
englobam custos e despesas.
Receitas: correspondem aos ganhos que a organização obteve na realização de sua ati-
vidade, que são: venda de mercadorias, produtos ou serviços, independentemente de os
recebimentos ocorrerem à vista ou a prazo (lembre-se do regime de competência).
Custos: são os gastos de recursos ocasionados diretamente na geração das receitas. Por
exemplo, na atividade comercial o custo corresponde ao valor de aquisição da mercadoria
que se vende.
Despesas: são gastos, mas não dependem diretamente da receita. Por exemplo, no caso
de uma livraria, a venda gera determinada receita, o custo é relativo aos livros vendidos,
mas existem despesas que são essenciais para que a venda ocorra, mas não foram feitas
apenas em função delas.
As receitas são coisas boas, pois significam aumento nos ativos ou redução nos passivos,
que resultam em aumentos no patrimônio líquido. Já as despesas são reduções nos ativos
ou aumento dos passivos, logo, são coisas ruins para a empresa.
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que apresenta a confrontação entre receitas e despesas da entidade. A DRE objetiva
evidenciar a situação econômica da entidade, medindo o desempenho da entidade. Em
outras palavras, pode-se afirmar que a DRE procura evidenciar a composição do resultado
gerado (lucro ou prejuízo) em determinado período a partir das operações da entidade.
Basicamente, para compreender o resultado final Receita > Despesas = Lucro, Receita <
Despesas = Prejuízo. Quando temos um lucro, podemos dizer que temos superávit opera-
cional, e quando temos prejuízo, temos um déficit operacional.
Terão, também, outros itens importantes a serem analisados no texto de lei e que serão
importantes para a hora da prova.
CPC 26:
Receitas
(-) CMV
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(-) Despesa com tributos sobre o lucro
Lei 6.404/76:
(-) Deduções
(-) CMV
- Despesas financeiras
+ Receitas financeiras
+ Receitas de aluguel
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(+) Outras receitas
(-) CSLL
(-) IR
(-) Participações
Debêntures
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Observações:
Na Lei nós temos a ideia de receita bruta operacional, sendo ela um resultado entre as
receitas operacionais e as não operacionais e assim segue a conta explicada na imagem
acima.
CMV, significa custo de mercadoria vendida. Logo em seguida, entra uma série de despesas
que teremos de levar em conta. Vale lembrar, que os itens da lista da Lei, correspondem
à itens da lista referente ao CPC 26.
A parte de participações, nos diz que para cada participante uma porcentagem é destinada,
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somando assim elas para o resultado, fazendo então a dedução dessa porcentagem.
Passo a passo:
Elaboração do Balancete de Verificação > Verificação Transferência dos saldos das contas
de receitas e despesas para a conta transitória “Apuração do Resultado do Exercício” e
apuração do saldo > Transferência do saldo da conta de apuração para um conta do PL
(patrimônio líquido) > Elaboração do Balanço Patrimonial:
Questão
Com base nas disposições da Lei 6.404/76 e suas alterações, julgue o próximo item, rela-
tivo à DRE:
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de Resultados. E, também, apresentar alguns tipos de contas, por exemplo:
Balanço Patrimonial
Ele representa todos os bens, direitos e obrigações que uma empresa possui. Os bens e
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direitos ficam do lado esquerdo do Balanço, chamado de Ativo e do lado direito ficam as
obrigações e o patrimônio líquido chamado de Passivo.
Esse conceito de balanço origina-se do equilíbrio destas três partes essenciais, que são:
ativo, passivo e patrimônio líquido.
Circulantes - apresentam uma rotação de curto prazo, ou seja, uma alta rotação, como
valores em caixa, prazo, estoque etc.
Patrimônio Líquido: ele é representado pela diferença entre o total do ativo e do passivo
em determinado período. Ajudando a identificar os recursos próprios da empresa, sendo
formado pelo capital investido pelos acionistas, mais os lucros gerados no exercício e que
foram retidos na empresa.
Constituído por:
⯀ Capital Social;
⯀ Reservas de Capital;
⯀ Reservas de Avaliação Patrimonial;
⯀ Reservas de Lucros;
⯀ Ações;
⯀ Tesouraria e;
⯀ Prejuízos acumulados.
Lembrando que terá o Ativo de ser o resultado de Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido.
Análise Horizontal
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As análises horizontais consistem em análises que buscam entender a dinâmica das opera-
ções de uma empresa. Seu objetivo é analisar se os valores das demonstrações financeiras
cresceram ou diminuíram em comparação com as informações de períodos anteriores.
Falamos de uma linha reta, como a do horizonte, é partindo dessa formulação que nós
fazemos essa análise. Ela foca na evolução dos resultados da empresa ao longo do tempo.
Exemplo: estamos em 2021, quando fazemos um estudo de uma análise financeira, nós
buscamos um delta percentual. Se analisarmos uma conta de receita, nesse tipo de aná-
lise, verificaremos o resultado da receita de 2020 e 2021 para chegarmos ao resultado da
evolução de uma empresa de um ano para o outro. Se a receita foi de 500 no ano de 2020
e 1000 no ano de 2021, teremos um resultado de 100% de evolução.
Além disso, ela permite a comparação percentual do valor de cada conta, ou de um grupo
delas em relação a um determinado período. Em razão disso, ela também é conhecida
como análise de tendência.
Basicamente, esses são os conceitos importantes para levarmos para a prova no que diz
respeito à análise horizontal.
Análise Vertical
Consistem em análises que buscam entender a dinâmica das operações de uma empresa.
Seu objetivo é analisar se os valores das demonstrações financeiras cresceram ou diminu-
íram em comparação com as informações totais, ela detalha o percentual de cada conta
perante a um total. Tenta mapear o comportamento da empresa.
Ela visa entender qual o percentual de cada setor da empresa em seus resultados.
Proporcionalidade é o princípio utilizado nela.
Análise vertical é calculada com o objetivo de obter o percentual de cada conta em relação
ao total, ou seja, é uma técnica de verificação da proporção percentual de cada item da
demonstração contábil.
Utilizada para identificar o ritmo de crescimento das contas de cada exercício, assim como
a representatividade de cada item da demonstração, de forma a detectar seu peso relativo
na composição do todo. Podendo ser aplicada em quaisquer dos relatórios de demons-
trações contábeis.
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Exemplo: temos o período estabelecido em 2020 e 2021. Levando em conta o total de recei-
tas, receita operacional e receita não operacional. Teremos 10k para o total de receitas em
2020 e 15k em 2021. Receitas operacionais temos 7.5k, e 2.5k em receitas não operacionais,
no ano de 2020. Já no ano de 2021 temos 10k para receitas operacionais e 5k em receitas
não operacionais.
Que comportamento a análise vertical pode nos indicar sobre essa empresa no ano de
2020 e 2021? Basicamente, ela nos dirá que a receita operacional é de 75% e na receita
operacional temos 25%, isso para o ano de 2020. E, em 2021, ela nos dirá que nossa receita
operacional representa 66,6% e a receita não operacional representa 33,4%. Podemos
concluir, então, que nossa receita operacional em 2020 tinha uma porcentagem maior
do que em 2021, mas isso não representa algo ruim, pois nossas receitas totais também
aumentaram em 2021.
Os mesmos conceitos podem ser aplicados para a análise horizontal, variando apenas no
sentido com que utilizamos os dados para chegar a um resultado.
Os múltiplos são valores padronizados dos ativos, de forma que possam comparar as
empresas do mesmo setor de alguma maneira entre si, sendo referência para que não seja
super ou subvalorizada em relação ao mercado. As empresas são agrupadas em termos
de risco, crescimento, potencial de geração de resultados parecidos.
Ele reflete a expectativa de retorno esperada pelo mercado para um estipulado grupo de
ativos. Sendo baseado em um método de valores relativos, visto que são usados os múl-
tiplos de outras empresas parecidas.
A precificação é feita através da comparação entre o valor de seus pares, pressupondo que
o valor de um ativo deve ser próximo a outros semelhantes. São desconsiderados valores
43
fora da curva para não distorcer resultados, como também, empresas que não pareçam
com as atividades chave da empresa.
Fórmula:
Sendo o valor de mercado o numerador, e a variável que gerou a relação entre as empre-
sas, o denominador.
Curva de Demanda
As curvas de demanda podem ser utilizadas para formar as relações de preço-quantidade
para um consumidor individual, ou, para um determinado mercado - sendo a diferença
o tamanho do nicho que estamos utilizando para os estudos. Curva individual e curva de
demanda de mercado se diferem aqui.
As curvas de demanda são inclinadas para baixo, isso se refere à lei da demanda: em
que para a maioria dos bens, a quantidade demandada diminuirá quando acontece um
aumento no preço, e aumentará quando o preço reduzir.
Falamos de um gráfico que representa o vínculo entre o preço de uma determinada mer-
cadoria (o eixo y) e quantidade dessa mercadoria que é demandada a esse preço (o eixo x).
Elasticidade-preço e Elasticidade-renda
44
O preço mede a resposta dos consumidores quando ocorre uma variação no preço de
um produto ou serviço. É a variação percentual na quantidade de demanda, pela variação
percentual do preço.
⯀ Disponibilidade de bens substitutos. Nesse caso, quanto mais bens substitutos, mais
elástica a demanda;
⯀ Proporção de renda destinada para o bem. Quanto mais volume no orçamento, mais
elástica será a demanda;
⯀ Tempo realizado depois da alteração no preço do bem. Por sua vez, quanto mais
tempo, mais elástica a demanda.
E, é claro, para que possamos compreender o conteúdo, teremos um cálculo para facilitar
esse processo.
Fórmula:
Onde:
45
Na imagem acima conseguimos verificar a necessidade de se encontrar o delta e na ima-
gem de baixo, podemos encontrar o processo para saber o valor de delta.
21
Δ % no preço = 48 - 40 = 18,18
44
18,18
Como calculamos a elasticidade-renda? Temos, também, uma fórmula específica para ele:
E = 16% = 2,35
6,8%
46
Basicamente, conseguimos determinar que o bem é um bem de luxo!
É a função de produção de uma empresa, como ela trabalha e funciona, podendo também
verificarmos as possibilidades de otimização dos retornos dessa empresa.
Custo Marginal
É uma relação matemática que tem o objetivo de encontrar um ponto ótimo, onde o
custo de produzir mais uma unidade seja igual ao custo médio total da produção inteira.
47
O cálculo mostra em qual quantidade o produtor é mais eficiente.
Essa variação do custo, quando se altera a produção em uma unidade, representa o custo
para produzir uma unidade a mais do produto que a empresa vai ter.
De acordo com a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes, a tendência é que, a contar
de um ponto, os custos marginais sejam crescentes com produção de mais unidades, e
decrescentes assim que a produção se tornar menor.
Isso ocorre porque, em certo ponto da produção, para conseguir mais unidades é neces-
sário acrescentar cada vez mais insumos e elementos de produção no processo.
Fórmula:
Sendo:
10-8 2
Lembre-se que estamos nos referindo ao custo total, e não separando o custo fixo do custo
variável. Estamos somando os dois.
Nos conteúdos para a prova, a produção total de bens e serviços disponíveis em uma eco-
nomia a diferentes preços, enquanto alguns fatores e recursos de produção permanecem
fixos; isso nós chamamos aqui de oferta de curto prazo.
Certos recursos de capital podem ser impossíveis de se alcançar devido ao curto prazo.
Nem se as empresas aumentarem sua oferta devido ao aumento dos preços, contratando
mais trabalhadores ou estendendo o horário de trabalho. Vinculamos a relação do que
está disponível.
Não existe uma unidade de tempo específica relacionada ao período de curto prazo. Ao
invés de atrelar a um período de tempo, ela está vinculada à duração pela qual esses
recursos continuam fixos, isso é o que delimita a duração do curto prazo. O que importa
aqui é a disponibilidade dos recursos.
Longo Prazo
O período conceitual no qual não há elementos fixos de produção. O período deve ser longo
o suficiente para possibilitar ajuste de salários, preços e expectativas, mas não tempo o
suficiente para que o capital físico se torne um insumo variável.
A oferta de longo prazo é um conceito que representa a produção ideal que pode ser pro-
duzida por uma economia quando ela utiliza todos os seus fatores de produção.
A curva muda somente com base nas melhorias de produtividade e eficiência. Melhorias
do tipo habilidades, novos avanços na tecnologias e aumentos de capital. Isso significa
essencialmente que o preço é inelástico.
É importante observar que existem diferentes visões, na keynesiana, por exemplo, afirma
que a oferta agregada de longo prazo somente permanece elástica nos preços até um
certo ponto, após esse ponto, a oferta se torna essencialmente não influenciada pelas
mudanças de preço.
Gerando:
Uma de suas características é que numa visão de longo prazo, não há lucros altos, apenas
lucros normais, que representam uma remuneração implícita do empresário.
Monopólio
Falamos de quando existe apenas uma empresa oferecendo um determinado produto ou
serviço. Uma relação de muitos compradores e apenas um vendedor. A empresa fica em
posse do direito de delimitar o preço de seu produto como bem desejar.
As patentes e os direitos autorais são bons exemplos de monopólio. Sendo suas principais
características:
Oligopólio
Falamos de um mercado onde poucas empresas concorrem entre si e que tem um grande
50
poder. O preço do oligopólio é fixado pelas empresas acima do nível de preço que preva-
lece em competição, e abaixo do nível de preço maximizador de lucros de um monopólio.
A longo prazo os lucros altos permanecem, pois existem barreiras à entrada de novas
empresas. E, é claro, essas barreiras são:
Em prática, um consumidor não pode pagar a mais que o outro pelo mesmo produto. Na
teoria, é proibida a prática de discriminação de preços.
Por exemplo, o consumidor x pagou 30,00 por uma bola de futebol, e o consumidor pagou
15,00 pela mesma bola, no mesmo lugar. É proibida essa descriminação de preços, o valor
deveria ser igual.
Base legal: Lei 12.529/2011, disposto no artigo 36, X. “Discriminar adquirentes ou fornece-
dores de bens ou serviços por meio da fixação diferenciada de preços, ou de condições
operacionais de venda ou prestação de serviços é uma infração da ordem econômica”.
Porém, prática é muito difícil essa fiscalização, mas existem meios possíveis de impleta-
mentar uma discriminação de preços implícita.
Discriminação perfeita: a de primeiro grau, conhecida como perfeita, mas neste modelo
o produtor consegue vender o seu produto pelo maior preço que o consumidor sinta-se
disposta a pagar. Sendo a receita a maior possível juntamente com o seu lucro.
51
serviço.
Coalizão
Basicamente, é um acordo entre as empresas, quando as empresas concordam em evitar
a competição por meio da concorrência de preço. De tal maneira, que formam um cartel,
atuando como um monopólio ou um oligopólio concentrado. Por exemplo, os postos de
gasolina.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Fusões
É quando duas ou mais sociedades se unem formando uma nova e única grande empresa,
extinguindo-se as companhias originárias, ou seja, formando-se uma nova personalidade
jurídica distinta daquelas anteriores.
X (uma empresa) + Y (uma empresa)= Z (uma empresa, já não mais as duas anteriores).
Nesse processo, a sociedade formada pela fusão sucede as originárias em todos os direitos
e obrigações.
A sociedade formada por este processo se torna responsável pelo cumprimento das obri-
gações e contratos das empresas originárias, sob pena de pagamento de multa e demais
penalidades, salvo disposição em sentido contrário no termo contratual de fusão.
Aquisições
São operações nas quais uma empresa adquirente compra uma outra empresa, geralmente
de menor tamanho. Essa aquisição pode ser total ou parcial, majoritária ou minoritária.
No caso de uma incorporação com participação total, a empresa adquirida pode ser extinta
e completamente integrada na adquirente. Nesse tipo de operação, a compradora sucede
nos direitos e obrigações. A empresa adquirida pode operar de modo independente, com
maior ou menor grau de integração entre ambas as partes.
52
das atividades econômicas e da concorrência. Ou melhor, as fiscalizações e antitruste. No
contexto da regulação das atividades econômicas, o Estado atua principalmente através
das Agências Reguladoras.
O Estado interfere para controlar essas falhas e tentar ao máximo conseguir que exista
uma concorrência justa.
Base legal: Lei 12.529/2011, onde exige uma autorização prévia do CADE dos atos de
concentração vinculados entre as empresas. Teremos aqui as delimitações prévias para
esse ato.
SUBMÓDULO IV - FUNDAMENTOS DE
FINANÇAS CORPORATIVAS
53
Dentro do campo das tomadas de decisões, ela auxilia no:
Entendemos, que pode-se admitir que o objetivo principal da empresa, e por consequência
de todos os administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprie-
tários. Salvo, se for uma entidade filantrópica, nesse caso, ela não visa lucros.
A riqueza dos proprietários é medida pelo preço da ação, representado pelo valor de mercado
da empresa, isto é, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação
no seu capital. Cada decisão financeira deve ter como meta o aumento do valor da ação.
Desta forma, temos uma balança, quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno.
Retorno do capital próprio: os acionistas esperam ser remunerados através dos dividen-
dos e valorização das ações. O detentor da ação espera receber seu retorno sob a forma
de pagamentos periódicos de dividendos ou por meio de valorização no preço da ação,
ou ambos.
O preço de mercado de uma ação retrata o valor de dividendos futuros esperados, bem
como de dividendos correntes, a riqueza dos acionistas na empresa é medida pelo preço
de mercado de suas ações.
Governança Corporativa
54
Falamos do sistema pelo qual as empresa e demais organizações são dirigidas, monitoradas
e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração,
diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
É um conceito que surgiu há algum tempo, mais precisamente durante a década de 70,
como uma espécie de movimento originado a partir de organismos e instituições interna-
cionais, que a conectam com aspectos econômicos e políticos. Nos anos de 1990, houve
uma grande evolução no que se refere à sua concepção e às possíveis aplicações.
Pode ser definida, também, como uma série de processos que determinarão a forma pela
qual os negócios podem ser geridos, encarregando-se, por exemplo, de transformar prin-
cípios e valores em diretrizes mais objetivas. Uma governança frustrada, ocorre quando
cada funcionário tem um norte diferente.
Objetivos principais:
55
econômico-financeira das organizações, reduzirem as negativas externas de seus negócios
e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de
negócios os diversos capitais, sejam eles financeiros, manufaturados, intelectuais, humanos,
sociais, ambientais e que envolvam a reputação, no curto, médio e longo prazo.
Transparência: nada mais é do que o princípio que nos deixa obrigados a ter total trans-
parência dentro daquilo que ocorre no interior da empresa.
Adequação dos processos: visa garantir mais excelência em seus resultados, as empresas
precisam fazer adequação de seus processos. Sempre é possível melhorar.
Diretoria qualificada e forte: devemos ter os melhores dentro da diretoria, para que
todos se sintam à vontade e fortes dentro dos direcionamentos norteadores. Temos de ter
gente “top” dentro da diretoria!
Teoria da Agência: nos diz que na medida com que as empresas crescem, é totalmente
comum que elas passem a ser administradas por administradores e não apenas por seus
56
proprietários. Essa teoria da agência analisa os conflitos existentes entre os principais pro-
prietários e os agentes administradores, considerando que o interesse dos primeiros nem
sempre está alinhado com o dos administradores.
Por exemplo, no Rio Grande do Sul, por tradição, os italianos não gostam de endivida-
mentos. Então, imaginemos que o administrador precisa passar um projeto que utilizará
do endividamento, mas o proprietário da empresa é um desses italianos. Aqui surge uma
divergência entre o administrador e o proprietário, ainda que tenha-se diversas vantagens
nesse endividamento para expansão.
A hipótese fundamental desta teoria é que as pessoas têm interesses diferentes e cada um
busca maximizar seus próprios objetivos. Uma incompatibilidade de informações e ideias.
Controle da Firma
Basicamente, falamos da gestão empresarial, um estratégia de condução de negócios que
gera melhores resultados, partindo de ações que envolvem a organização de processos,
o controle das finanças, administração dos recursos humanos e materiais, ou seja, tudo
aquilo que é essencial para a sua manutenção.
Isso está relacionado com a definição de metas, objetivos, organização de processos, pla-
nejamento estratégico, análises de custos, compras, vendas, pagamentos e recebimentos,
contratação e demissões, tudo que envolve o controle do ambiente de uma empresa.
O controle da firma é ter a empresa nas mãos, com todas as áreas em pleno funciona-
mento e integradas.
57
Finanças tratam da gestão do dinheiro. Sua área principal de estudo é o mercado financeiro,
as instituições financeiras, entre outros, tanto dentro de um país quanto a nível mundial.
As finanças corporativas, têm relação às formas que as empresas criam valor através do
uso de recursos financeiros. Investimentos, financiamentos, benefícios e dividendos, são
alguns dos conceitos vinculados a esta área.
Esses objetivos precisam estar alinhados com a visão de onde a empresa quer chegar ou
o que ela espera conseguir dentro da sociedade e do mercado. Levando em conta o tempo
para conquistar essas coisas, o prazo é importante.
Área com um amplo campo de atuação, desde setores financeiros de organizações, cor-
retoras de valores, instituições financeiras, até mesmo como autônomos. Em empresas,
pode ocupar cargos de analista, consultor, assistente ou assessor do mercado financeiro.
Quanto ao planejamento, ele é o responsável por organizar, captar e aplicar recursos pre-
vistos no planejamento da organização. Com auxílio de um sistema de informações geren-
ciais, ele tem conhecimento da situação financeira da empresa. Podendo gerar análises
de apoio para tomada de decisões.
Responsabilidades:
Tudo isso visando minimizar riscos, tanto para as finanças quanto para a empresa como
58
um todo.
Fluxo de caixa descontado (FCD): parte da geração de renda de uma empresa por suas
atividades operacionais. Esta quantia é projetada, baseada em uma taxa e descontado,
sendo o ajuste do dinheiro no tempo.
Valuation de liquidação: a liquidação dos bens por meio de uma análise a preço justo.
O Que é Valor
Valor é o preço, o custo, o montante, a estimativa em dinheiro de alguma coisa. É o corres-
pondente justo em dinheiro do que se pode ser comprado ou vendido.
Nada mais é que o preço de mercado. Papel representativo do dinheiro. A expressão “de
valor” é usada como referência àquilo que tem um preço. Falamos de preço de mercado,
pois é aquilo que temos a referência e o contato mais direto, mas não podemos excluir o
valor particular que os bens podem ter.
Para calcular esse primeiro é necessário calcular e analisar o fluxo de caixa de anos anterio-
res, englobando o máximo de anos possíveis e avaliando as receitas, despesas e custos. (1)
Depois, é preciso projetar o fluxo de caixa futuro com base nos dados obtidos na análise
59
anteriormente feita e, após, deve-se determinar a taxa de desconto e dividir a projeção
de cada ano por ela para, assim, trazer o fluxo de caixa ao valor presente. Segundo Peter
D. não cabe a nós adivinhar o futuro, mas sim podemos analisar o passado e com base
nesse cenário projetar um futuro. Não existe a possibilidade de simplesmente chutar um
número. (2)
Por fim, a soma do presente de cada ano resulta no valor de sua empresa pelo fluxo de
caixa descontado. (3)
Exemplo: uma empresa, após calcular e analisar o fluxo de caixa de outros anos, tenha a
seguinte projeção de lucros para os próximos 3 anos:
⯀ Ano 1: R$ 25.000,00
⯀ Ano 2: R$ 27.500,00
⯀ Ano 3: R$ 30.250,00
O valor da empresa pelo fluxo de caixa descontado é igual a somatória dos anos projeta-
dos: R $65.775,61.
Múltiplos Descontados
Nessa modalidade, utiliza-se alguns índices, denominados por múltiplos, que são calcula-
dos a partir dos valores contábeis e valores justos da empresa. São montantes baseados
na quantidade de ações da empresa e seus valores.
Múltiplo EV/EBITDA: valor da empresa dividido pelo lucros antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização. O valor da empresa é calculado pelo valor das ações multiplicado
por sua quantidade, mais o valor das dívidas e subtraindo as disponibilidades da empresa.
60
Sendo:
EV (ref): Valor da EMpresa (Enterprise Value ou Firm Value - FM) utilizada como referência;
Assim, já se sabe que é usado um múltiplo de 10 como referência. Será visto então como
calcular o valor da empresa X, a saber:
61
Em resumo, um múltiplo valor da empresa/EBITDA 10x significa, que a empresa vale o
equivalente a dez anos de geração de caixa operacional, considerando o último EBITDA
apresentado pela empresa.
Valuation de Liquidação
Conhecido, também, como valor patrimonial líquido. Sua maneira de cálculo é somando
os ativos circulantes e não-circulantes da empresa e subtraindo seus passivos, também
circulante e não-circulante.
Exemplo: bastante utilizado quando estamos encerrando uma empresa, essa fórmula que
utilizaremos:
62
= R $ 255.000,00
Novo mercado: esse sim, traz novas garantias a investidores. Uma entrada de uma
companhia na bolsa leva uma agregação de valor aos acionistas da empresa. No novo
mercado haverá um sistema de listagem para negociação das ações da companhia que
apresentam o compromisso de mostrar maiores práticas de governança corporativa em
relação ao que é exigido pela legislação.
O método considera duas importantes variáveis, risco e retorno. Isso significa que a análise
FDC utiliza projeções de fluxo de caixa e descontos para chegar a uma estimativa de valor
presente. Auxiliando-nos a avaliar o potencial de investimento e as probabilidades de retorno.
Principais fatores:
Taxa de desconto: valor que deve ser determinado com base nos riscos da atividade
exercida pela empresa e também pelo custo médio ponderado do capital.
Valor residual: por último é calculado o valor residual, ou seja, o valor dos bens e negócios
no fim da sua vida útil.
Feita a estimativa desses três itens, é necessário fazer o cálculo do valor da empresa.
Exemplo:
Uma empresa tenha a seguinte projeção de lucros futuros nos próximos 4 anos:
⯀ 1º ano: R$ 20.600,00
⯀ 2º ano: R$ 22.800,00
⯀ 3º ano: 27.400,00
⯀ 4º ano : 32.200,00
Se faz necessário que se aproxime os valores obtidos ao valor presente, supondo-se que
a taxa anual de inflação seja de 10%.
Calcula-se o retorno de cada ano, trazendo-se a valor presente com a taxa de juros, soman-
do-se as partes:
Ao somar todos os valores dos anos projetados, encontra-se um total de: R $80.149,31. Então,
segundo o critério de fluxo de caixa descontado, este é o valor da empresa.
64
O Que é Fluxo de Caixa
Basicamente, é a demonstração que evidencia as variações (entradas e saídas) de dinheiro
no disponível da empresa, em determinado período, segregando as informações em três
fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos.
A somatória dos três é o recurso total dos três, estão interligados e precisam andar
harmonicamente.
Objetivos:
⯀ Proporcionar ao usuários uma base para avaliar a capacidade de entidade gerar caixa
e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses
fluxos de caixa;
⯀ Equacionar as entradas e saídas de recursos, dispostos no tempo;
⯀ Avaliar a capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa positivos no futuro;
⯀ Visualizar os fluxos monetários da entidade;
⯀ Avaliar a capacidade de a empresa honrar os compromissos com os seus credores;
⯀ Identificar os valores esperados de entrada e de saída de recursos;
⯀ Identificar a parte do lucro líquido ou prejuízo líquido apurado pelo regime de
competência;
⯀ Avaliar o grau de precisão dos fluxos de caixa estimados no passado e a sua realização
no futuro etc.
Vantagens:
65
⯀ Pode ser medido e comparado, visto que dinheiro é algo quantitativo, o fluxo de caixa
unifica a comparação, pois o idioma que ele fala é universal;
⯀ É universalmente aceito, pois é entendido por todos os empreendedores do mercado;
⯀ É uma ferramenta para tomada de decisão, por expor fontes de receita que se des-
tacam e como o dinheiro está sendo aplicado, o empreendedor consegue tomar
decisões com mais clareza;
⯀ Apresenta o regime de caixa, o registro dos documentos na data que foram pagos.
Isso é importante para gerenciar a liquidez do negócio;
⯀ Demonstra para o empreendedor o quanto ele pode contar em questão de valores.
Esse resultado é o valor de encerramento do fluxo de caixa? Sim, mas somente se tiver-
mos calculado os valores de todo o período e não de um determinado dia no mês. Não
podemos deixar de levar em conta as obrigações.
Orçamento de Capital
O orçamento de capital nos proporciona uma projeção, para então montarmos um pla-
nejamento estratégico.
Entendemos que a alta administração é quem dirá o que é prioridade para esse procedi-
mento. Sendo uma ferramenta importante, pois mensura todos os riscos envolvidos em
um investimento de projeto. Pertencendo a área de planejamento estratégico da empresa.
Não obstante, essa técnica é utilizada pela área financeira da empresa para determinar
quais projetos produzirão mais retorno ao longo de um período (curto, médio e longo
66
prazo). Por meio dela, também, é possível prever a estrutura de capital e de custos futuros
que implicará na taxa de crescimento da empresa.
Por exemplo, uma empresa de educação, hoje, no curto prazo, está instalada num prédio
e nesse prédio ela ocupa apenas uma sala. No médio prazo, ela ocupará todas as salas do
prédio. E, por fim, em 10 anos ela terá o seu próprio prédio. Isso é uma tendência de pla-
nejamento estratégico e utiliza do orçamento de capital.
Tudo irá depender daquilo que temos no planejamento estratégico, as decisões jamais
podem ir contra aquilo que foi estabelecido, a não ser que venhamos a redefinir os planos.
Levando em conta o prazo para chegar nesses objetivos.
Para essa tomada, são necessários alguns critérios que partem de boas premissas para o
futuro da empresa.
67
Por exemplo, se fizermos um aporte de 10k, nós iremos querer saber em quanto tempo
teremos esse valor de volta. Esse tempo de retorno é o que nós chamamos de Payback.
Ao fazer qualquer tipo de investimento a empresa tem que atravessar pelo período de
despesas, em que o dinheiro sai do caixa, mas, chegará um momento em que as receitas
recuperarão o capital investido. E este é o momento, em período de tempo, que o método
do Payback mostra.
Ele está ligado a um fluxo de caixa 100% bem feito, nos passando a segurança sobre quando
aplicar o dinheiro. Envolve captação e aplicação, e nos diz o tempo de retorno esperado.
Cálculo: o cálculo desse indicativo é bem simples. Quanto maior for o tempo de recupe-
ração do valor inicial, maior será o risco do investimento.
Fórmula:
Quanto maior for o tempo de recuperação do valor inicial, maior será o risco.
No caso citado acima, se o planejamento financeiro fosse de cinco anos, a partir da metade
do terceiro ano, toda economia advinda dos investimentos entraria diretamente para o
caixa da empresa. Por isso, o prazo de retorno deve sempre estar alinhado aos planos de
expansão e estratégia da companhia.
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valor de investimento. A diferença é que no simples desconsidera o capital investido ao
longo do tempo. O descontado leva em consideração os gastos do decorrer do prazo de
recuperação do investimento.
A partir do saldo das operações registrado pelo fluxo de caixa é que se analisa o payback
descontado. Nele, o tempo necessário para se obter o retorno sobre um investimento é
feito de forma a descontar a taxa de juros compostos (variação monetária no decorrer do
tempo).
É útil em comparações regionais ou nacionais onde naturalmente haja variações das taxas
de juros, as quais influenciam diretamente na rentabilidade. Uma de suas formas mais
usuais é aquela empregada no projeto de expansão ou abertura de novas unidades físicas
de uma empresa.
Um investimento pode ser calculado somente pelo payback simples, já que o fluxo de caixa
operacional não influenciará em seus rendimentos. Em contrapartida, o payback descon-
tado é a ferramenta empregada para medir os resultados em atividades operacionais — e
assim estimar de que forma elas afetarão o retorno sobre o investimento.
A vantagem do payback descontado é que ele fornece um painel mais realista a respeito
do retorno de um investimento. Contudo, a depender do caso, calculá-lo pode ser uma
tarefa demasiado complexa, visto que diversos fatores influenciam a performance opera-
cional e, consequentemente, o fluxo de caixa.
69
Sendo:
PV = valor descontado
FV = valor futuro
I = taxa de juros
n = período
Ela calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de caixa para que seu valor presente
líquido se iguale a zero.
É também usada para avaliar a atratividade de um investimento. Se ela for maior que a
TMA, o gasto será viável. Caso seja o contrário, não se deve investir no projeto em análise.
Se as duas taxas forem iguais, fica a cargo do gestor a decisão final sobre fazer ou não o
investimento. Muitas vezes as decisões não devem ser baseadas exclusivamente nos núme-
ros, visto que há ganhos chamados de “intangíveis” e que não podem ser mensurados.
Exemplificando: se tivermos R$100.000 para investir num projeto agrícola cuja TIR seja 5%
ou num projeto de educação com TIR igual a 8%, essa segunda opção é a mais rentável.
São ramos diferentes, mas podem ser comparados entre si por intermédio da taxa que
aqui estamos estudando.
Por ser expressa em termos percentuais, a TIR tem ótima aceitação entre executivos
70
financeiros. Inclusive, para muitos deles é preferível o cálculo e avaliação dela do que o do
valor presente líquido. Assim, a principal vantagem da taxa interna de retorno é a facilidade
de compreensão oferecida, já que ela apresenta uma taxa para cada projeto em discussão.
Já uma possível desvantagem é que ela traz apenas o percentual de retorno esperado,
sem mostrar o risco e as potenciais perdas às quais a empresa está sujeita para obtê-lo.
Sendo:
t = cada período
T = período total
Vemos que a TIR se encontra no denominador. Isto é corrigido com manobras de mate-
mática básica. Não tenham medo de fórmulas. Para facilitar o cálculo, use ferramentas
como o programa Excel ou calculadoras científicas.
Antes de qualquer análise é preciso ter certeza que a projeção de fluxo de caixa esteja
muito bem feita e com as informações corretas.
Exemplificando: uma empresa vai fazer um investimento inicial de R$200.000 cuja previsão
aponta retornos de R$100.000 no primeiro ano e R$110.000 no segundo.
É possível também calculá-la por tentativa e erro: imaginamos que ela seja um valor qual-
quer entre 1 e 5% e substituímos na fórmula esses valores.
Para TIR = 1%
71
VPL = 6,84.
Para TIR = 5%
VPL = 4,98.
Concluímos, portanto, que para que o VPL seja igual a zero, a TIR deve estar em algum
ponto entre esses dois valores. Demos apenas o exemplo, mas esse caminho não é a saída
mais viável. No caso acima analisado, a TIR deveria corresponder a 3%.
Isto quer dizer que se o retorno exigido for menor que isso, então o investimento será viável.
Em casos contrários, não haverá viabilidade nesse projeto.
É preciso entender que os cálculos aqui estão diretamente ligados ao VPL. Nem sempre
o maior valor de TIR será o mais viável, visto que os números devem ser trazidos às con-
dições reais.
Para a interpretação dos resultados obtidos pelo cálculo da TIR é importante considerar
outros indicadores financeiros na análise, evitando assim possíveis armadilhas montadas
por análises superficiais. O mais interessante a se fazer é usá-la junto ao VPL e ao payback.
Relembrando, a taxa interna de retorno deve ser maior que a taxa mínima de atratividade,
mas isto não significa que quanto maior o seu valor, melhor é o investimento. Caso a TIR
seja muito grande, ela fará com que o VPL seja negativo.
Essa estratégia trará ou não dinheiro para a empresa? É melhor deixar o valor
guardado no banco ou investi-lo hoje?
O VPL não faz apenas uma comparação do investimento com o retorno que dele se espera,
72
mas leva em consideração a valorização do capital ao longo do tempo, calculando-se
assim o ganho real do investimento. Não é algo limitado. Faz análises relativas aos juros
compostos no período em questão.
Em suma, o VPL traz ao valor presente um valor futuro, e representa, em valores monetários
atuais, a diferença entre os recebimentos e os pagamentos de um projeto de investimento.
O VPL é o somatório dos (fluxos de caixa dos respectivos períodos) / (1 + taxa mínima de
atratividade) elevado ao número do período de cada fluxo de caixa. Tudo isso descontado
do valor do investimento inicial. Lembrando que apenas valores de VPL > 0 são atrativos.
73
de R$3.500 por cinco anos. O investidor em questão considera que sua taxa mínima de
atratividade é de 4% ao ano.
VPL = R$ 581,38
A soma dos valores da coluna “Fluxo de Caixa Atualizado” resulta em R$581,38. O VPL é
positivo.
Inicialmente a promessa feita era de R$3.500 por ano, lembram-se? Mas os cálculos apon-
tam que em nenhum dos anos isso aconteceu, visto que a taxa mínima de atratividade
transporta o valor futuro para números atuais.
Para definir a viabilidade de um projeto, a taxa mínima de atratividade tem de ser igual a
taxa de retorno esperada pelo investidor e o VPL > 0. Caso contrário, com VPL < 0, o inves-
timento deve ser desconsiderado.
No primeiro caso, o resultado do VPL significa que o projeto tem valor agregado e trará
retornos que gerarão lucros. No segundo caso, o resultado do VPL significa que o projeto
não tem valor e trará apenas prejuízos.
74
Os valores que obtivemos no exemplo aqui são facilmente conseguidos utilizando uma
calculadora. Mas o nosso objetivo aqui é fazê-lo entender como as fórmulas funcionam na
prática. Isso traz consciência dos resultados reais. Prestem atenção em todos os conceitos
explicados.
Custo de Capital
É o retorno mínimo exigido pelos credores e acionistas (financiadores de recursos) para
determinar a viabilidade de um investimento ou negócio.
As empresas buscam financiamento para seus projetos junto aos acionistas e credores
ou a partir de seu capital próprio, ao emitir ações e também ao contrair empréstimos de
curto e longo prazo. Não é preciso dizer que acionistas e credores financiam a empresa
esperando obter retornos sobre o valor investido.
Exemplificando: você vai ao banco e pega emprestado R$60.000. Mas no final das contas
o valor total dessa dívida será de R$65.000. A diferença de cinco mil é o custo de capital.
Em um negócio bem planejado, o empreendedor sabe o quanto precisa ter de lucro para
que a empresa seja auto sustentada. O custo de capital, considerado uma taxa de retorno,
é essencial para se manter o valor de mercado de um empreendimento.
O custo de capital não é relacionado apenas a novas empresas. Toda vez que uma marca
consolidada no mercado decide ampliar suas atividades ou investir em projetos, sempre
haverá captação de recursos financeiros para isso.
Uma empresa pode financiar seus investimentos através de recursos próprios obtidos por
75
emissões de novas ações e retenção de lucros.
Ele é uma medida representada pelo Ke, expressando a taxa mínima de retornos que os
investidores exigem ao aplicarem seus recursos próprios na empresa. Traz o ganho mínimo
que possa justificar a aceitação de um investimento.
Seu custo é difícil de ser apurado comparativamente ao custo da dívida. É uma taxa mínima
de retorno de referência para as decisões financeiras praticamente “descoberta” no mer-
cado, e deve seguir o risco do investimento.
Precisamos lembrar para a prova: o custo de capital próprio é o retorno mínimo que os
acionistas exigem de seu capital investido na empresa.
O acionista quando investe seus recursos comprando ações, sempre espera que o retorno
esteja relacionado com os fluxos de caixa após os impostos. Para que as taxas de retorno
dos custos de capital próprio e de terceiros fiquem comparáveis entre si é preciso ajustar
as taxas de juros descontando o benefício fiscal.
Quanto maior o risco de inadimplência, maior será também o custo de capital de terceiros
e a taxa de juros exigida. Logo, o custo da dívida pode atingir um patamar em que o lucro
76
do que uma média ponderada. O WACC é um dos índices utilizados no mercado para
assegurar o retorno de um investimento.
O valor referido pelo CMPC determina que percentual do capital da empresa esteja com-
prometido com o pagamento de credores. Dessa forma, atua como uma espécie de bali-
zador, no sentido de evitar o endividamento.
Vale destacar que o WACC é um dos indicadores a serem aferidos por empreendimentos
em fase de implementação e que estejam em busca de capital de terceiros.
Temos três modalidades de capital, nesse sentido: o dos sócios, de instituições financeiras
e o capital próprio.
Esse índice é útil para medir o potencial de uma empresa de gerar spread econômico posi-
tivo, que consiste na diferença entre retorno sobre investimento (ROI e o próprio WACC).
Quanto mais capital próprio compor o patrimônio da empresa em sua fase inicial, maior
será a segurança por parte de possíveis investidores.
Fórmula
Sendo:
Basicamente, é uma forma de medir quanto de cada tipo de custo de capital compõe o
patrimônio da empresa. Dentro das três modalidades que apresentamos acima.
77
É importante lembrar que o WACC é um reflexo do risco que uma empresa oferece aos
investidores externos. A relação é proporcionalmente direta, ou seja, quanto mais arriscado,
maior será o retorno exigido e, assim, maior o WACC.
Quanto mais dinheiro houver em capital próprio, menor será o risco de se investir em uma
empresa; sempre atraindo olhares e possíveis investidores quando divulgados esses dados.
Ele resulta em uma porcentagem que indica o retorno mínimo que o negócio deve ter ao
converter o seu capital em ativos e cumprir com as suas obrigações; uma empresa com
WACC muito alto é menos interessante para quem deseja investir.
Fórmula:
Sendo:
Exemplo: uma companhia tem emitido ações e dívidas no mercado, estando o seu capital
financiado por capital próprio e por capital de terceiros. Em ações a empresa possui um
montante de 800 k, enquanto as dívidas emitidas chegam a 200k. O custo associado ao
78
capital próprio foi calculado em 5%. As dívidas emitidas têm a taxa interna de retorno dos
fluxos de caixa do título de 3,8%, considerando um imposto de 25%.
WACC = [800 / (200 + 800) ] X 0,05 + [200 / (200 + 800) ] X 0,038 X (1 - 0,25)
WACC = 0,0457
Seu objetivo é identificar o valor de um ativo financeiro por meio da definição de risco
apresentado versus retorno oferecido. Nada mais é do que uma ferramenta para deter-
minarmos o preço de um ativo financeiro. Quando maior o risco, maior o retorno, essa
ponderação nos dirá o preço do ativo.
É associado à Bolsa de Valores, mas não é sua única finalidade. Qualquer investimento
pode ser avaliado do ponto de vista de precificação, inclusive, projetos empresariais.
Fórmula:
Sendo:
79
Rf: É a taxa livre de riscos, geralmente com referência em títulos públicos de longo prazo
(no Brasil, a taxa Selic).
βi: É o número conhecido como “Beta” do ativo e traz uma referência sobre a volatilidade
do mercado de risco (ou seja, da velocidade de reação dentro do mercado).
E(rm): Representa o retorno médio do mercado de capitais (no Brasil, geralmente utiliza-se
o Ibovespa)
Com isso nos é permitido fazer comparativos entre as diversas alternativas como na defi-
nição para um empresa sobre investir ou não em um projeto ou mesmo na escolha dos
melhores ativos do mercado financeiro para um investidor.
Medindo Beta
O beta é um fator importante para o funcionamento do cálculo, ele representa o grau de
volatilidade de um ativo em análise. Demonstrando comportamentos que podem ser
menos controlados em relação ao mercado, resultando no aumento do risco, gerando
uma melhor taxa de retorno.
Quando o beta for zero, significa que não há risco. Para valores acima de zero, nós temos
uma regrinha:
B<1, se é menor do que 1, trata-se de um ativo de baixo risco, mas que apresenta um retorno
potencial inferior ao mercado;
B>1, se é maior que 1, falamos de um ativo de alto risco, mas que também permite taxas
de retorno acima do mercado.
Equivalentes de Certeza
Falamos do prêmio isento de riscos que o indivíduo aceita em vez de apostar em um
retorno que pode ser maior, mas que apresenta riscos. Ele irá variar de pessoa para pes-
soa, e alguém que for contrário ao risco pode aceitar um que seja menor do que o retorno
potencial envolvido na aposta.
Os equivalentes de certeza podem ser importantes, por exemplo, uma nova empresa,
querendo atrair investidores que estão dispostos a arriscar suas ações para ter uma grande
chance de ganhar. Precisam considerar alternativas sem risco, para atrair investidores, que
possam pensar na certeza equivalente para investidores individuais. Se o preço inicial das
80
ações for muito alto, os investidores não estarão interessados.
É claro, o pagamento mais alto pode ser um pagamento incerto, especialmente no mundo
financeiro.
É utilizada para medir a relação entre risco e retorno de empreendimentos, por este motivo
esse modelo necessita de uma taxa isenta de perdas para ser calculado. Serve de base
norteadora para a análise de risco de investimentos. Dessa maneira, ela corresponderá ao
custo de oportunidade do projeto.
No Brasil, temos o Tesouro Selic como exemplo de aplicação com menor risco no país. Ele
pode funcionar como taxa livre de risco.
É claro, ela irá colocar juntos a taxa pura de juros, um prêmio de risco e o fator tempo.
Fórmula:
81
Sendo:
Gráfico:
82
A linha ajuda os investidores a decidirem a proporção pela qual os seus fundos são inves-
tidos nos diferentes ativos com o menor risco possível, na verdade, pode ser representado
por uma única carteira presente na CML.
Fórmula:
Equação montada:
2%
Resolução: conclui-se que uma carteira eficiente de risco é remunerada a uma taxa de
retorno de 11,75%.
É importante, para a prova, sabermos que eles podem nos dar a taxa de retorno e não dar
o desvio padrão, então, teremos de nos organizar para encontrar esse coeficiente.
Gráfico:
83
Vemos que a linha começa no encontro do o eixo X com o eixo Y, onde o risco é zero. O
retorno neste patamar, porém, pode ser vinculado como distinto de 0, na economia exis-
tente de um ativo de risco, que possui um beta de 0.
SUBMÓDULO V - DECISÕES DE
FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO
Decisões de Investimento
Falamos de algo estratégico, com respaldo da alta administração. Elas representam a
utilização de métodos de avaliação econômico-financeira, com base num planejamento
estratégico. O norte da empresa e onde ela quer chegar é o mais importante.
Deverá ser levado em conta a taxa de retorno dos investimentos (Payback), valor presente
líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR).
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Outro ponto importante, é a questão financeira, será necessário levar em conta o orçamento
de capital, pois é por meio dele que se cria um processo de planejamento e controle dos
investimentos a longo prazo. Então, o administrador poderá analisar as melhores alternati-
vas mediante avaliação e análise, tomada de decisão, implementação e acompanhamento.
Orçamento Periódico
Basicamente, falamos de um orçamento criado por um determinado período, podendo
ser ele mensal, trimestral, semestral e anual. Temos de entender que em detrimento desse
orçamento nós teremos os gastos determinados especificamente.
Por exemplo, um orçamento de capital criado para um período específico, para um deter-
minado investimento, como uma máquina de 1.5 milhões. Será aberto um orçamento de
capital no valor da máquina para que possamos fazer o investimento, ele nos dirá os totais
dos gastos e o período limitante.
É sempre legal construir uma peça orçamentária e seguir ela fielmente, mas, caso seja
necessário, você poderá fazer alterações nessa peça para se adequar aos novos fatos. Por
exemplo, a pandêmia é um fato que fugiu de todas as previsões orçamentárias.
É claro, antes de definir os critérios, será necessário definir a quantidade, definindo os mais
relevantes para a estratégia da organização.
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⯀ Taxa Interna de Retorno;
⯀ Payback.
Basicamente, essas são as informações importantes para a tomada de decisões com base
em projetos.
Avaliação de Projetos
Devemos considerar três principais indicadores, para saber se vale ou não o projeto. Sendo
eles:
⯀ Eficiência;
⯀ Eficácia;
⯀ Efetividade.
A Eficiência vai ser uma análise que nos dirá, racionalmente, se os recursos serão utiliza-
dos totalmente e de maneira inteligente. Sendo indispensável avaliar se a equipe cumpriu
com as metas de gastos determinadas já no início do projeto.
Eficácia diz respeito à seguinte pergunta: foram concluídas as etapas de ação? Para dizer
que o projeto foi eficaz, é necessário saber se todas as etapas foram alcançadas e executadas.
Efetividade fala sobre o impacto do projeto, aquilo que ele nos traz, as consequências de
cada ação. Por exemplo, após a execução de um projeto, queremos saber se ele cumpriu
as expectativas, superou os objetivos e atingiu as conquistas previstas.
Esses três itens são uma tríade que funciona em conjunto, visando o melhor aproveita-
mento de um projeto.
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Analisamos também as possibilidades de curto, médio e longo prazos, isso para organizar
e controlar os investimentos das empresas.
⯀ Payback;
⯀ Valor Presente Líquido;
⯀ Taxa Interna de Retorno.
Tudo isso olhando para o fluxo de caixa da empresa. Os processos para montar o orçamento
de capital, que auxiliarão na hierarquização, são:
Geração de ideias: começamos captando ideias de diversas fontes para novos projetos
para a empresa. Diversas opiniões e possíveis investimentos.
Criar o orçamento de capital: esse orçamento será a somatória de todos esses projetos.
Ao fim, os três indicadores somados ao fluxo de caixa, formam um critério de suma impor-
tância para permitir uma hierarquização dos projetos. As informações ficam à disposição
da diretoria para auxiliar a gestão da empresa na tomada de decisão dos projetos.
Racionamento de Capital
Trata-se de uma estratégia usada por empresas para limitar o número de projetos que são
assumidos ao mesmo tempo. Uma prioridade é estabelecida, acima de todo o restante.
As empresas que utilizam essa estratégia produzem um retorno sobre o investimento mais
alto. Isso acontece pois a empresa visa o potencial de lucro mais atrativo. O racionamento
de capital consiste em impor restrições e investimentos em projetos assumidos por uma
empresa.
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Armadilhas Mais Comuns
Existem armadilhas que devem ser consideradas para uma validação mais completa dos
investimentos, não as levar em consideração pode ser perigoso, e pode levar à tomada de
uma decisão errada em relação aos investimentos.
Por exemplo:
Custo afundado: um dinheiro gasto em um projeto que não será recuperado novamente.
Os gestores tendem a abandonar um projeto com custo afundado.
Depreciação: valor periódico que determinados bens possuem que correspondem ao uso
e a obsolescência ou desgaste natural, que normalmente são ignorados nas análises.
Liquidação e Reorganização
Reestruturar uma empresa é reorganizar, adotar novas políticas, práticas inovadoras, avaliar
os desempenhos dos funcionários etc. Para isso, uma avaliação geral é necessária, visando
aumentar seus lucros enquanto diminui os custos.
Tudo isso são sintomas de que a empresa precisa de uma reorganização e reestruturação.
É claro, que a empresa nos indicará isso, nos dará esses sintomas, os números vão dizer a
saúde da empresa.
Podendo a liquidação ser judicial ou extrajudicial, isso para que cada sócio alinhe bem
aquilo que cabe a ele na liquidação da empresa. Levantemos os ativos da sociedade, trans-
formamos os ativos em dinheiro e pagamos os passivos. Isto é, pôr em prática aquilo que
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for determinado pela dissolução da empresa.
Vale destacar, que não se visa uma renovação futura, não tem a intenção de renovar esse
financiamento, por isso ocorrem de forma rápida, inclusive por parte da própria financiadora.
Financiamento Corrente
Esses recursos de um financiamento deve ser usado da forma como foram acordados
em contrato, sendo essa uma característica muito importante do financiamento corrente.
Falamos de uma operação em que a parte financeira fornece recursos para outra que está
sendo financiada, de maneira em que esta possa executar algum investimento específico
previamente acordado.
Podemos pontuar ainda que as instituições financeiras podem cobrar juros de acordo com
o valor do recurso e o tempo de pagamento. As empresas podem realizar financiamentos
para obter recursos para novos equipamentos ou para realizar uma expansão.
O objeto de destinação dos recursos tem de ser honrado, isso é um ponto importantíssimo.
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Fornecedores podem ser os de matéria prima, a empresa de energia, água e gás, entra até
os funcionários, pois para tudo isso é utilizado capital de giro da empresa.
Pelo Ciclo Financeiro: é preciso saber o que são os prazos médios de pagamento e de
recebimento. Sendo o prazo médio de pagamento o tempo médio entre o período da
compra de suprimentos e o efetivo pagamento dessas compras. Já o prazo médio de
recebimento é o tempo médio entre o período de venda da mercadoria ou do serviço e o
efetivo recebimento dos valores.
Deste modo, se os prazos de pagamento aos fornecedores forem superiores aos prazos de
recebimento dos clientes, então a necessidade de capital de giro será menor.
A área de suprimentos da empresa tem de estar muito bem alinhada nas negociações e
projeções, para não faltar nada e conseguirmos bons contratos.
Ativo circulante: são os ativos de curto prazo, tais como o caixa, aplicações financeiras,
estoque, contas a receber, etc.
Passivos circulantes: são todas as obrigações de curto prazo, tais como pagamento de
fornecedores, contas a pagar, empréstimo, etc.
O índice de capital de giro indica se a empresa possui ativos de curto prazo suficientes
para pagar os seus passivos de curto prazo. É fundamental, para a maioria das empresas,
90
que este número fique acima de 1.
Por isso, falamos que a gestão financeira de uma empresa é de extrema importância, pois
tudo isso deve ser analisado para que a empresa continue funcionando perfeitamente. A
inadimplência e a redução de vendas independe do gestor financeiro.
Empréstimos com garantia a curto prazo: é aquele pelo qual o credor exige ativos como
garantias, normalmente em forma de duplicatas a receber ou estoques. O credor adquire
o direito de uso da garantia mediante a execução de um contrato firmado entre ele e a
empresa tomadora.
Empréstimos com alienação de estoques: um estoque sólido, com alta liquidez, pode ser
usado nessa modalidade, mas como é difícil verificar a existência do estoque, geralmente
ele adiantará valores inferiores a 50% do valor contábil do estoque médio. Lembrando que
esse estoque pode passar por uma auditoria.
Armazém geral: utilizado para armazenar mercadorias de vários clientes, o credor nor-
malmente utiliza esse tipo de armazém.
91
Armazém de campo: o credor arrenda uma companhia de armazenagens de campo
para construir um armazém na empresa do tomador ou arrendar parte do armazém do
mesmo, com objetivo de guardar a garantia.
Modelos de Planejamento do
Financiamento a Curto Prazo
Normalmente, chamamos de curto prazo tudo que está entre 3 e 12 meses, utilizaremos
desse planejamento justamente para ter uma visão de curto prazo. Com isso em mente,
precisaremos de planos de ação e cronogramas para que as metas sejam cumpridas e os
resultados alcançados.
Para realizar o planejamento de curto prazo, temos a metodologia do 5W2H, que equivale
à responder 7 perguntas cujas respostas indicarão os principais pontos do plano:
Cada uma dessas perguntas nos auxiliará a montar um planejamento, apresentando para
nós as informações necessárias para a tomada de decisão e para delimitar o campo do
planejamento.
Com essa metodologia, todos os pontos importantes são discutidos, e por isso esse método
é tão utilizado pelas empresas de todos os portes e segmentos do mercado.
Gestão do Caixa
O caixa de uma empresa é o coração dela e essa gestão é o monitoramento das entradas e
saídas reais de dinheiro na organização a cada dia, antecipando as necessidades de recursos.
Os empreendedores que não acompanham esses dados correm o risco de encontrar pro-
blemas no caminho, pois perdem o controle da empresa.
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⯀ Decisão do saldo desejado ideal de caixa;
⯀ Maneiras eficientes de recebimento de títulos de pagamento;
⯀ Prática de excessos de caixa em títulos negociáveis.
O saldo ótimo de caixa é aquele que tem um custo de oportunidade relacionado à manu-
tenção de saldos demasiadamente altos de caixa. Custos de negociação e perda de liquidez
consequentes da manutenção de saldos baixos de caixa são um problema.
É importante termos em mente que algumas vezes vale mais a pena parcelar alguns
débitos. É necessário levar em conta a capacidade que nós temos para descapitalizar no
período em questão. A empresa sempre tem de buscar a melhor gestão e arbitrar entre
essas coisas tem seu valor.
Gestão de Crédito
A gestão do crédito é a gestão do caixa somatizada aos seus financiamentos, uma vez que
conceder crédito a um cliente equivale em investir em uma conta a receber e em uma
análise de clientes.
A dimensão das contas a receber depende do volume de vendas a prazo e os prazos médios
de recebimentos. Ou seja, como a empresa trabalhará para receber os seus valores de
seus clientes.
⯀ Obtenção de informações;
⯀ Cálculo do valor de crédito a conceder.
A política ótima de crédito é aquela que ocasiona o menor nível de custo total para a
93
empresa, que é a soma de custo de carregamento com o custo de oportunidade.
Notas promissórias, que é uma nota, ela ocorre quando se teme a ocorrência de algum
problema de cobrança.
Letra de câmbio, podendo ser à vista ou à prazo, emitidas pelas empresas e encaminha-
das ao banco, logo após ocorrer o fato gerador.
Decisões de Crédito
A decisão sempre será entre conceder ou não o crédito. Iremos olhar o estoque, as garan-
tias, a posição da empresa no mercado, etc. Para poder optar por oferecer ou não o crédito.
Ao optar por não oferecer o crédito aos clientes, estamos esperando que o pagamento
seja feito à vista, mas, é claro, assim nós limitamos o cliente a comprar mais de nós. Por
exemplo, um cliente compra 100 sacos de cimento, que renderia 5k, mas gostaria de levar
200, porém, não oferecemos crédito para ele e recebemos apenas os 5k, perdemos 10k
por optar por não oferecer o crédito.
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custos, como os vindos de multas e mora por atrasos;
Sempre teremos uma meta para ter um recurso, tudo está atrelado ao saldo ótimo que
queremos ter em nosso caixa. Vale lembrar, que o caixa é o coração da empresa e repre-
senta a saúde financeira da mesma.
Esse cálculo começa com o pagamento ao fornecedor do material adquirido, cenário ideal
é que as empresas tenham o menor intervalo entre aquisição e venda possível. Dessa
maneira, a mercadoria não fica parada em estoque por muito tempo, proporcionando o
retorno financeiro rápido para o negócio.
Para calcular o ciclo de conversão de caixa, é necessário alguns levantamentos, entre eles
o cálculo de ciclo operacional. Mas a fórmula do cálculo é a seguinte:
Exemplo: empresa do ramo alimentício, com prazo de recebimento de 40 dias, prazo médio
de estocagem de 50 dias, ciclo operacional resultando em 90 dias. Ou seja, o prazo médio
de pagamento dos fornecedores é de 30 dias.
CC= 90 - 30 = 60
95
A maioria das empresas fazem investimentos junto com bancos ou corretoras. Mantendo
esses ativos por três motivos: para financiar atividades sazonais ou cíclicas, financiar gastos
Financiar gastos planejados, por exemplo, empresas que necessitam investir em ins-
talações e tem planejamento desses desembolsos e podem manter esses fundos para
atender esta demanda;
Mercados de Moeda
Os fundos em excesso temporários de caixa devem ser aplicados em títulos negociáveis a
curto prazo no mercado monetário. Temos alguns exemplos de instrumentos negociados:
Letras do Tesouro dos EUA (Treasury Bills): títulos negociados com deságio, tem alta
liquidez e baixo risco de inadimplência. São parecidos com as Letras do Tesouro Nacional
(LTNs) de curto prazo emitidas pelo governo brasileiro.
Commercial paper: notas promissórias de curto prazo, emitidas por bancos ou institui-
ções financeiras e empresas, a negociação é limitada e a inadimplência é bastante variada,
trata-se de um mercado pequeno no Brasil.
Acordos de recompra: são vendas de títulos do governo, feitas por um banco ou um tipo
de distribuidora de valores contendo um compromisso de recompra com uma data futura
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a um preço já preestabelecido, geralmente possuem prazo muito curto, de poucos dias.
Aceites bancários: letras a prazo emitidas por uma empresa, que tenha sido aceita por
um banco, o qual garante o pagamento.
Lembrando que tudo isso pode ser intermediado pelas instituições financeiras.
Tudo vai depender da sua relação ser boa ou não com os bancos e instituições financeiras.
Racionamento de Crédito
Está ligado à capacidade dos agentes financeiros em ofertar crédito para o financiamento
que as empresas requerem.
A presença da incerteza faz com que os mercados de crédito operem de forma distinta
dos mercados competitivos, nos quais o preço ajusta a oferta e a demanda.
Isso caracteriza o racionamento de crédito, pois, como não ocorre por meio da variação
na taxa de juros, o ajuste entre oferta e demanda no mercado de crédito (market clearing)
se dá pela restrição da quantidade, ou seja, com os bancos promovendo limitações no
97
acesso ao crédito.
Sem garantias: quando o banco empresta visto a um bom relacionamento entre o banco e
o cliente e, também, ocorre por conta dos valores serem baixos. É comum empresas terem
linhas condicionais e incondicionais de créditos com os bancos, essas linhas permitem às
empresas captar um limite previamente estipulado rapidamente. A diferença é que linhas
condicionais são acordos formais que geralmente exigem uma comissão de abertura ao
banco. No Brasil, as linhas incondicionais são mais comuns.
98
⯀ Maior alavancagem: maiores riscos e, consequentemente, maiores os retornos esperados.
Tipos de Alavancagem:
⯀ Alavancagem operacional;
⯀ Alavancagem financeira;
⯀ Alavancagem total ou mista.
Alavancagem Operacional:
Sua finalidade é fazer com que a produção gere mais lucros. Esses resultados podem ser
medidos mediante a proporção dos custos fixos e dos custos variáveis. Assim, alavancar
operacionalmente significa aumentar o retorno gerado pelos ativos operacionais
mantendo-se os mesmos custos fixos.
Fórmula:
Se o GAO for superior a 1, significa que houve alavancagem operacional, pois, uma deter-
minada variação na receita provocou uma variação no Earnings Before Interest and Taxes
– EBIT (“lucro antes dos impostos e taxas”) maior do que era esperado.
Alavancagem Financeira:
Sua finalidade é contrair uma dívida para financiamento de ações sem que isso compro-
meta o patrimônio da empresa. Trata-se de uma forma de aumentar a rentabilidade por
meio do endividamento. É possível dizer também que a alavancagem financeira é o efeito
do capital de terceiros no patrimônio líquido de uma empresa.
Os custos da alavancagem financeira são considerados fixos porque devem ser pagos
independentemente do montante de EBIT disponível para efetivá-los. Logo, quanto maior
for o EBIT em relação a tais custos, maior será a alavancagem financeira.
Fórmula:
99
A ideia central para a estimativa da alavancagem financeira é a percepção da mudança
que ocorre no lucro líquido para cada alteração ocorrida no lucro operacional.
Fórmula:
Valor da Empresa
Valor da empresa ou valuation é o processo de conversão de uma projeção em uma esti-
mativa do valor da empresa. Em suma, o objetivo é a mensuração do valor de mercado
de uma empresa.
Tipos de Valuation:
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⯀ Valuation de liquidação (VL): utilizado principalmente em empresas que estão encer-
rando as suas operações econômicas. Corresponde numericamente ao patrimônio
líquido.
Teorema de Modigliani-Miller
O teorema de Modigliani e Miller (1958), também conhecido por M&M, é internacionalmente
reconhecido como sendo o marco fundamental da teoria moderna de finanças. No final da
década de 50, os dois teóricos apresentaram suas três proposições norteadoras do estudo
da estrutura de capital das empresas.
Pelo teorema ficou demonstrado que o valor de uma empresa depende da maneira pela
qual ela investe seus recursos (varia de acordo com o potencial de rentabilidade) e inde-
pende do modo de financiamento (estrutura de capital).
Para que as proposições tivessem validade, foram considerados alguns pressupostos simpli-
ficadores do mundo real (hipóteses do mercado de capitais e do mercado de concorrência
perfeitos) a fim de torná-lo no cenário perfeito ou ideal dos economistas.
Pressupostos Adotados:
Algumas empresas, por exemplo, sobrevivem dos custos de transação. Esse tipo
de empreendimento também não foi considerado nas entrelinhas da teoria.
Por fim, o ponto que trata da racionalidade dos investidores também é duvidoso. No
mundo real isso já acontece. Todos investem querendo maximizar os seus lucros.
Desenvolvimento do Teorema
Para Modigliani e Miller, os ativos fixos assegurariam que a empresa renderia aos seus
acionistas um fluxo de lucros ao longo do tempo. Para isso, os fluxos poderiam ser incons-
tantes, desde que esperados até a perpetuidade.
O valor de mercado das empresas deveria ser proporcional, em equilíbrio, aos retornos
esperados líquidos de impostos descontando-se os custos de capital.
Já para o que foi dito aqui no segundo parágrafo, seria vantajoso adquirir um ativo se ele
ampliasse o valor de mercado do patrimônio líquido dos acionistas.
102
Os teóricos também propuseram que quanto mais elevando o nível de alavancagem de
uma empresa, menor seriam os valores dos impostos recolhidos. Para uma mesma renda
auferida antes dos tributos e descontos fiscais, o grau de dívidas contratadas se elevaria à
mesma proporção, aumentando assim o lucro operacional disponível aos credores e acio-
nistas. Isto faria baixar os custos de capital da empresa e ampliaria seu valor de mercado.
Questão:
Resolução:
Teorema da Irrelevância
Defende-se pelo teorema da irrelevância que a política de dividendos de uma empresa
não afeta o seu valor de mercado, o qual seria influenciado apenas pela capacidade de
gerar lucros e pelo risco dos ativos comercializados.
⯀ Racionalidade limitada;
⯀ Especificidade dos ativos;
⯀ Oportunismo.
Racionalidade Limitada:
Especificidade de Ativos:
Oportunismo:
Estrutura de Capital
A estrutura de capital faz parte das estratégias econômicas das companhias. Cada empresa
tem liberdade e autonomia para compor sua própria estrutura de capital.
104
Capital Próprio:
Capital de Terceiros:
Também chamado de capital de fonte externa, é aquele angariado pela companhia junto a
bancos públicos ou comerciais por meio de empréstimos e financiamentos. Como qualquer
outra capitalização, a empresa inevitavelmente haverá de pagar os juros desse dinheiro
emprestando, proporcionando lucros aos credores.
⯀ Custos Diretos;
⯀ Custos Indiretos.
Custos Diretos:
São ligados aos gastos administrativos e legais do processo. Advém do fluxo de saída de
caixa no momento da falência, das despesas legais com advogados e tribunais, das con-
sultorias especializadas e do tempo desperdiçado no processo falimentar.
Custos Indiretos:
105
O Modelo do Custo com Gestão Profissional
Os custos com gestão profissional em processos de falência são indiretos e relacionam-se
com as dificuldades financeiras causadas por conflitos de agência entre credores
e acionistas. Em casos de inadimplência, por exemplo, os últimos ganham às custas dos
primeiros.
Os acionistas são incentivados a potencializar o valor de suas ações com a intenção de maxi-
mizar o valor total da dívida e de suas ações em determinada empresa. Quanto maior for o
índice de endividamento, maiores serão as chances de ocorrerem conflitos dessa natureza.
Estratégias Egoístas:
Todas as “estratégias” acima listadas são prejudiciais à empresa visto que podem dificultar
a obtenção de capital e, mais que isso, diminuir também o valor de mercado da empresa
106
os quais são estabelecidos pelo conselho curador deliberativo.
Bonificação
Trata-se da emissão de novas ações aos acionistas de uma empresa via transferência de
parte dos lucros acumulados para a conta de capital. Este tipo de distribuição não altera a
riqueza absoluta dos acionistas já que o preço das ações na bolsa de valores é inversamente
proporcional à quantidade de papéis. Esta estratégia pode funcionar como um indicativo da
expectativa por bons resultados no futuro, tanto para a empresa quanto para os acionistas.
Desdobramento ou Split
Recompra de Ações
A recompra de ações está prevista na Lei das Sociedades Anônimas, é regulada pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e funciona como um instrumento que permite
às companhias a aquisição de suas próprias ações a fim de mantê-las em tesouraria ou,
eventualmente, cancelá-las. Na maior parte dos casos, essa prática ocorre quando uma
empresa considera que o preço de suas ações está abaixo do valor que lhes é devido.
A recompra de ações pode ocorrer não só por conta de precificação consideradas errô-
neas, mas também em momentos em que a empresa procura reduzir os seus gastos com
107
dividendos ou até mesmo distribuí-las entre os seus próprios executivos.
O Efeito da Clientela
Se tratando da prestação de contas e resultados de uma empresa, a clientela são os seus
investidores. Posto isso, o efeito da clientela baseia-se em investidores que preferem divi-
dendos. Eles procuram então, empresas que possuem políticas de dividendos consistentes,
as quais são definidas conforme as suas respectivas estruturas financeiras internas.
Os investidores que desejam receber altos valores de dividendos irão se associar a empresas
que correspondam a isso; e a mesma coisa acontece com os que desejam obter ganhos
de capital.
O Modelo de Sinalização
Os participantes do mercado financeiro analisam todos os atos das empresas que lhes
interessam, visto que estes afetam os fluxos de caixa futuros e o próprio valor das empre-
sas. Quando as empresas anunciam mudanças em suas políticas de dividendos, elas estão
transmitindo, de forma direta, algumas informações ao mercado:
108
observáveis;
⯀ A gerência deve escolher o método mais eficiente para dar os seus sinais ao mercado.
A redução no valor dos dividendos opera como um sinal negativo ao mercado. De fato,
as empresas evitam essa prática pois os investidores podem interpretá-las como proble-
máticas no longo prazo. Quando os sinais negativos acontecem, possivelmente haverá
quedas nos preços das ações.
Outro sinal negativo acontece através da evolução da cotação das ações de uma empresa
em bolsas de valores. Se elas alteram suas políticas de dividendos de modo que as suas
ações percam valor no mercado secundário, os acionistas podem entender esse fato como
sendo um sinal negativo.
O fato de pagar dividendos pode ser interpretado como um sinal negativo para o mercado
caso uma empresa que tenha registrado crescimento e retornos extraordinários em seus
projetos nunca os tenha pago anteriormente. Começar a pagar dividendos pode, nessa
situação, ser interpretado como um sinal de que os projetos da firma não são mais tão
lucrativos como antes eram.
O método do valuation é também uma ferramenta analítica que pode ser usada na ges-
tão corporativa visando a orientação e a organização empresarial quanto ao objetivo de
produzir valor para os acionistas.
Valuation Aplicada
As avaliações de mercado em fusões e aquisições de empresas são práticas extremamente
comuns no mercado. Como já dito anteriormente, o termo “valuation” vem do inglês e signi-
fica “avaliação de empresas”. Em outras palavras, nada mais é que o método de estimativa
do valor de mercado de determinada empresa que tem por finalidade o estabelecimento
do preço justo de negociação e o retorno futuro de um investimento em suas ações.
⯀ Possíveis falhas;
⯀ Posicionamento da empresa perante seus concorrentes;
⯀ Cenários econômicos existentes;
⯀ Riscos envolvidos no investimento;
⯀ Necessidade de capital durante tomadas de decisões.
110
Principais Aplicações da Valuation:
Valuation Contábil:
Esse modelo considera os valores registrados no balanço patrimonial da empresa. Para
startups, empresas que buscam crescimento por meio de ativos intangíveis, a avaliação
contábil é pouco atrativa e vantajosa pois leva em conta o patrimônio líquido da corporação.
É possível também realizar avaliações de mercado pelos múltiplos dos indicadores contá-
beis, como por exemplo o Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization
(EBITDA).
111
Valuation por Múltiplos de Mercado
Considera apenas os valores praticados pelo mercado, tendo como base os indicadores
econômicos de um mesmo setor e relacionando-os ao preço de mercado.
Formas de Aquisição
Para que uma empresa seja adquirida por outra, existem três procedimentos legais básicos
que podem ser utilizados:
⯀ Fusão ou incorporação;
⯀ Aquisição de ações;
⯀ Aquisição de ativos.
Fusão ou Incorporação
Processo em que uma empresa absorve a outra. A empresa compradora conserva tanto
o seu nome quanto a identidade, e adquire todos os ativos e passivos da empresa com-
prada. Depois da fusão, a empresa absorvida deixa de existir como instituição separada.
Exemplificando: Uma empresa presta serviços à outra, que representa 80% de sua carteira.
Pode acontecer de a empresa contratante decidir vincular de forma direta os serviços da
outra por meio de um processo de compra. A empresa que absorveu conserva as suas
características e identidade, mas toma para si todos os ativos, passivos, bens e direitos
da outra. Depois de certo tempo, para que não haja impactos negativos no mercado, as
duas empresas deixam de ser apenas “associadas” e passam a ser uma única corporação.
Consolidação
Assemelha-se à fusão em diversos pontos, exceto pelo fato de que uma nova empresa
surge como resultado do negócio. Portanto, as empresas antigas deixam de existir em
termos jurídicos.
Aquisição de Ações
A compra de ações com direito a voto é uma outra maneira de aquisição de empresas. A
112
oferta de compra pode se iniciar de modo privado, entre as respectivas administrações,
para só depois ser divulgada aos acionistas. Vale destacar que uma oferta geral de compra
é sempre uma oferta pública de compra.
Aquisição de Ativos
Uma empresa pode ser adquirida por outra através da venda de seus ativos. Em casos
assim é necessário que haja aprovação formal dos acionistas da empresa comprada. Esse
processo envolve transferência de titularidade sobre os ativos, e pode ser bastante custoso.
Take-Overs
Take-over é um termo genérico, e de certa maneira impreciso, que se refere à transferência,
de um grupo de acionistas para outro, do controle de uma empresa.
Tipos de Takeovers:
⯀ Amigáveis;
⯀ Hostis.
Take-Overs Amigáveis:
Takeovers Hostis:
Aquisições Autorizadas
As aquisições autorizadas de empresas são operações em que uma empresa compra outra,
geralmente de menor tamanho. Essa aquisição pode ser total ou parcial e majoritária ou
minoritária. Caso a incorporação seja com participação total, a empresa adquirida pode ser
extinta e completamente integrada à adquirente, que passa a sucedê-la em seus antigos
direitos e obrigações.
113
Tipos de Aquisições Autorizadas:
⯀ Compra alavancada;
⯀ Compra pelos gestores;
⯀ Cisão.
Termo que se refere à aquisição de uma empresa por meio de expressiva contribuição de
capital de terceiros (fornecedores ou instituições financeiras). Em casos assim, depois que
a negociação é finalizada, os ativos adquiridos podem ser oferecidos como garantia pelos
empréstimos feitos.
Neste tipo de operação, a maior parte do capital social adquirido fica para um dos gestores
da própria sociedade empresarial que foi negociada. O objetivo principal é a tomada do
controle direto e do destino econômico da empresa.
Cisão
Creeping Take-Overs
Trata-se da compra gradual das ações de uma empresa-alvo. A aquisição gradual diz res-
peito à compra de ações no mercado aberto, e nesse caso o comprador pode obter uma
parte delas a preços atuais de mercado sem que precise obrigatoriamente pagar o valor
completo via oferta pública formal convencional. O objetivo da oferta pública gradativa
é a obtenção de uma parcela considerável da empresa-alvo por um valor mais barato do
que seria caso a oferta fosse pública e comum.
Direitos Minoritários
Os acionistas minoritários são resguardados por direitos, especialmente em casos onde
114
haja incorporações e entrada de acionistas majoritários externos.
Direito de Recesso:
É uma das ferramentas de maior proteção ao acionista minoritário, dando-lhe o direito
de se retirar de uma sociedade recebendo integralmente o valor de suas ações, desde
que aconteçam algumas das seguintes situações legalmente previstas: fusão, cisão ou
incorporação.
Direito à Arbitragem:
Arbitragem é uma maneira de solucionar, sem interferência jurídica, conflitos envolvendo
direitos patrimoniais. Representa vantagens para a companhia e seus acionistas tanto pela
rapidez deliberativa quanto pela descrição do processo.
115
principal função é mostrar um acordo de boa-fé entre as partes, assegurando assim que a
transação vai se concretizar. Após o estabelecimento dos termos, a contratação de asses-
sores legais e consultores financeiros pode ser feita com tranquilidade.
Quando o termo boa-fé é utilizado, precisamos saber que a ele se relacionam questões
filosóficas, morais e éticas. A confidencialidade em situações de compra e venda de
empresas é extremamente importante e evita desnecessários impactos macroeconômicos,
mercadológicos e operacionais das partes envolvidas.
Market Timing
O conceito de market timing diz respeito às movimentações, nos momentos certos, de
entrada e saída do mercado de ativos. Em linhas gerais, trata-se de usar as diferentes
116
situações para realizar os melhores negócios possíveis.
Nos processos de fusões e aquisições, por exemplo, é importante que haja um processo
acelerado e com o menor vazamento de informações possível, visto que o preço-alvo pode
subir e estragar a negociação.
Estratégias Defensivas
O principal objetivo das estratégias defensivas é manter a harmonia entre concorrentes
e evitar que as empresas tenham benefícios privados maiores que os benefícios sociais
proporcionados. A proteção do consumidor contra abusos de poder, preço e quantidade
ofertada pelas empresas nos mercados empresariais monopolistas é uma pauta importante
117
nos documentos regulatórios e em regras antitruste e de defesa da concorrência.
118
revenda etc. — eventualmente adotadas por empresas que detém grande poder e parti-
cipação no mercado.
SUBMÓDULO IX - FINANÇAS
CORPORATIVAS INTERNACIONAIS
Orçamento de Capital Internacional
para Empresas Multinacionais
Empresas multinacionais são organizações em que boa parte de seus resultados são
provenientes de operações em países estrangeiros. O êxito nesse tipo de negócio depende
do conhecimento e do controle de inúmeras variáveis, como: taxa de câmbio, taxas de
juros, padrões contábeis e fiscais, intervenções governamentais etc.
119
Grande parte das multinacionais elaboram projetos orçamentários em moeda estrangeira,
e suas possíveis filiais operam em moeda local. Portanto, existe no processo de análise de
viabilidade diversos fatores relacionados à taxa de câmbio entre as moedas e aos impostos
sobre transferências internacionais de valores.
Taxa de Câmbio:
A taxa de câmbio pode ser entendida como o preço de uma moeda quando comparada
com o valor de outras. As moedas geralmente são cotadas em dólar americano para reduzir
o número de taxas cruzadas e também dificultar a arbitragem triangular.
Risco de Câmbio:
120
de capital de terceiros seja mínimo.
Custo de Capital:
O custo de capital deve levar em consideração a taxa que poderia ser conseguida em uma
carteira de títulos domésticos e internacionais de modo que ela seja o mais variado possível.
121
Corresponde às operações financeiras essenciais para a garantia dos recursos necessários
para um determinado projeto de investimento.
Tipos de Financiamentos:
Muitos projetos tendem a ser estruturados com a maior quantidade possível de dívida,
diminuindo assim o custo médio ponderado de capital (WACC) e os descontos nos fluxos
de capital.
Este modelo contratual é uma boa alternativa para empresas que financiam os seus pró-
prios projetos, visto que é relativamente comum que vários equipamentos sejam utilizados
durante as muitas fases de realização de um projeto.
122
Tipos de Leasing:
⯀ Financeiro;
⯀ Operacional.
Leasing Financeiro:
O banco compra o equipamento e arrenda-o por certo período, que contabilmente passa
a ser parte do ativo imobilizado do arrendatário, enquanto que a dívida contraída é con-
tabilizada como contrapartida nos passivos. As despesas de manutenção ficam a cargo
do arrendatário.
Leasing Operacional:
A empresa passa a pagar aluguéis mensais pelos bens arrendados assumindo tanto o
custo de capital quanto a depreciação dos equipamentos. A principal vantagem é que
esses pagamentos costumam ser dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda (IR).
As despesas de manutenção dependem do tipo de contrato, podendo ser de responsabi-
lidade do arrendador ou do arrendatário.
Avaliação do Projeto
Várias são as razões para que uma empresa entre em um novo projeto de mercado. Dentre
elas estão:
⯀ Reposição de equipamentos;
⯀ Aquisição de equipamentos mais eficientes e menos custosos;
⯀ Ampliação de capacidade produtiva;
⯀ Lançamento de novos produtos no mercado;
⯀ Projetos particulares.
Novos projetos sempre contêm riscos que devem ser avaliados. As métricas existentes que
os tornam comparáveis são:
123
⯀ Profitability Index (PI).
Avaliação do Emprestador
O agente emprestador tem papel essencial na análise de viabilidade e execução de projetos
pois o preço e outras taxas por ele cobradas refletem diretamente nos estudos detalhados
dos riscos envolvidos.
⯀ Riscos Envolvidos:
⯀ Risco regulatório;
⯀ Risco de mercado;
⯀ Risco de demanda;
⯀ Risco de taxas de juros;
⯀ Risco de crédito do emprestador.
Após as análises de risco serem feitas, o próximo passo do emprestador é fazer estimativas
acerca do projeto e de como ele impactará os números do empreendedor, analisando a
alavancagem do credor antes e após o projeto; as expectativas para o comportamento
do Produto Interno Bruto (PIB), inflação e taxas de juros; e ainda outras variáveis que
possam impactar o andamento do projeto. Somente assim é que o emprestador decide,
com mais segurança, quais garantias serão suficientes e quais as condições necessárias
para o andamento do projeto.
Financiamento Sindicalizado
O financiamento sindicalizado é um empréstimo proporcionado por um grupo de finan-
ciadores que passam a trabalhar juntos para dispor fundos a um único tomador.
124
recebimento de taxas e distribuição do caixa das prestações pagas.
125
Módulo 2
Contabilidade Financeira
e Análise de Relatórios
Financeiros
SUBMÓDULO X - DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS (FINANCIAL STATEMENTS
127
Estrutura de Balanço Patrimonial:
Lembremos que o termo curto prazo corresponde ao período de até 12 meses e o longo
prazo refere-se aos intervalos de tempo que transcorrem no intervalo de 1 ano, salvo casos
em que haja disposições contrárias.
Observação: Para que a estrutura do balanço patrimonial esteja correta, o somatório dos
valores dos ativos deve ser igual ao somatório dos valores dos passivos.
É uma demonstração contábil que tem por objetivo apresentar as operações realizadas pela
empresa durante um certo período de exercício social. As informações devem ser expostas
de maneira a evidenciar o resultado líquido do período apurado, e as contas devem ser
dispostas ordenada e uniformemente. Vale lembrar que a legislação societária define a
descrição do lucro e prejuízo operacional das receitas e despesas comuns e extraordinárias.
Princípio da Competência:
128
Estrutura de Demonstração do Exercício:
É uma demonstração contábil que releva o fluxo de valores ocorrido nas diversas contas
do patrimônio líquido durante o período de exercício analisado. Segundo o artigo 186,
parágrafo 2º, da Lei das Sociedades Anônimas, a DMPL é considerada optativa.
129
Observemos que neste tipo de demonstração devem constar os principais fatos que alte-
raram o patrimônio líquido da empresa no período analisado.
⯀ Capital;
⯀ Reservas de capital;
⯀ Reservas de lucros;
⯀ Ajustes de avaliação patrimonial;
⯀ Ações em tesouraria;
⯀ Prejuízos acumulados.
É considerada obrigatória pela Lei das Sociedades Anônimas desde dezembro de 2007.
130
Métodos de Demonstração de Fluxo de Caixa:
⯀ Método direto;
⯀ Método indireto.
Método Direto:
Abrange e divulga as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos.
Método Indireto:
O lucro líquido e o prejuízo são ajustados pelos efeitos de transações que não envolvem
o caixa (depreciação financeira), pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações
por competência sobre os recebimentos de caixa e pagamentos operacionais em caixa
(passados e futuros) e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com os fluxos
de caixa das atividades de investimento e financiamento.
O valor adicionado é composto pela receita de vendas deduzida dos custos dos recur-
sos adquiridos junto a terceiros. Nestes moldes, a DVA pode ser entendida também
como o Produto Interno Bruto (PIB) que a empresa em análise gerou para o seu país.
Notas Explicativas
131
SUBMÓDULO XI - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
(FINANCIAL REPORTING ISSUES)
Elaboração de Relatórios ou Financial Reporting Issues
Entenderemos a seguir a questão da elaboração de relatórios contábeis.
Características
Os relatórios contábeis são baseados em estimativas, julgamentos e modelos que não são
perfeitamente exatos.
A performance financeira de uma empresa pode ser feita seguindo três diretrizes básicas:
Deve constar dados sobre os fluxos de caixa que ajudem os usuários das informações a
entenderem as operações da entidade, analisar suas atividades de financiamento e inves-
timento, liquidez, solvência, e interpretar outras informações relativas ao desempenho
financeiro.
A informação contábil útil aponta os tipos de informações que certamente são tidas pelos
investidores e credores como primordiais para a tomada de decisões acerca da empresa.
133
As características fundamentais são de extrema relevância e fazem diferença nas decisões
a serem tomadas pelos usuários. Nelas deve constar:
⯀ Valor preditivo: caso o dado possa ser utilizado como entrada em processos empre-
gados pelos usuários para indicar futuros resultados;
⯀ Valor confirmatório: funciona como revisão de avaliações prévias, confirmando-as
ou alterando-as.
Fidedignidade:
⯀ Completos: têm de conter todas as informações necessárias para que o usuário de fato
entenda o que está sendo apresentado. Para isso, descrições e explicações podem
ser incluídas;
⯀ Neutros: não devem seguir nenhuma tendência de seletividade em sua apresentação;
⯀ Livres de erros: tanto o processo escolhido para a produção das informações quanto
o resultado obtido por meio deles não devem conter erros e omissões.
Verificabilidade:
Uma apresentação fidedigna faz com que vários analisadores cheguem a entendimentos
parecidos quanto à realidade econômica da empresa avaliada.
Tempestividade:
Compreensibilidade:
134
SUBMÓDULO XII - ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA
Estrutura Conceitual Básica
Em todas as demonstrações contábeis devem conter a premissa subjacente abaixo:
Premissa Subjacente
Continuidade:
⯀ Receitas;
⯀ Despesas.
Precisa ser comprovado que algum benefício econômico futuro esteja associado ao item
analisado.
Exemplo: no caso das vendas mensais a prazo, é preciso reconhecê-las em parte como
contas a receber, e em contrapartida, também como despesas por inadimplência.
135
⯀ Confiabilidade da mensuração:
O item deve ter custo ou valor que possam ser analisados e medidos com confiabilidade.
Quando estimativas coerentes não puderem ser feitas, o item em questão não deve ser
reconhecido no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado.
136
Principais Transações de Alteração do Caixa
Variações positivas:
⯀ Aportes de capital;
⯀ Empréstimos bancários e financiamentos;
⯀ Venda de bens do ativo permanente;
⯀ Venda à vista e recebimento de duplicatas;
⯀ Outras entradas.
Variações negativas:
⯀ Pagamento de dividendos;
⯀ Amortização de principal e pagamento de juros de empréstimos;
⯀ Aquisição à vista de bens para o ativo permanente;
⯀ Compra à vista e pagamento a fornecedores;
⯀ Pagamento de despesas, contas e outros custos.
137
⯀ Indicar os valores esperados de entrada e saída de recursos financeiros ao longo de
um determinado período de tempo;
⯀ Identificar a parte do lucro ou prejuízo líquidos apurada pelo regime de competência
e convertida em dinheiro;
⯀ Avaliar os efeitos decorrentes das operações de investimento e financiamento na
posição financeira da empresa;
⯀ Avaliar o grau de precisão dos fluxos de c aixa estimados no passado e suas realiza-
ções no futuro etc.
⯀ Ativos circulantes: bens e direitos utilizados a curto prazo (inferior ao período fiscal
ou a 12 meses)
⯀ Ativos não-circulantes: bens e direitos utilizados a longo prazo (superior ao período
fiscal ou a 12 meses).
Ativos Circulantes
Abrangem o caixa e outros ativos que serão convertidos em dinheiro ou utilizados dentro
do ciclo operacional da empresa ou num período anual.
138
Títulos de Valores Mobiliários:
Correspondem a ativos financeiros que retratam as quantias devidas pelos clientes por
conta de bens adquiridos ou serviços contratados.
Inventários:
São bens detidos para a venda a clientes ou utilizados na fabricação de bens para
comercialização.
São valores que, quando apresentados separadamente, podem não ser relevantes. Por
esse motivo, geralmente são combinados em um único valor:
Ativos Não-Circulantes
⯀ Imobilizados: bens materiais e propriedades;
⯀ Intangíveis: marcas e patentes;
⯀ Instrumentos financeiros.
Intangíveis
São ativos não-monetários e que não possuem matéria palpável. Podem ser classificados
em dois subgrupos:
139
Lembremos que os ativos tratam-se de bens e direitos. Assim, ativos intangíveis como
registros e credibilidade são também propriedades de uma empresa.
Geralmente, esse tipo de propriedade é reportado pelo custo amortizado ou pelo valor
justo. Conforme o modelo do valor justo, qualquer alteração é reconhecida no resultado.
⯀ Método de custo: através da atribuição dos respectivos valores originais das transações;
⯀ Método de equivalência patrimonial: no artigo nº248 da referida lei dispõe-se que os
investimentos permanentes em participação no capital social de sociedades coligadas,
sociedades controladas, sociedades controladas em conjunto e também sociedades
que estejam sob controle comum deverão ser avaliados pela equivalência patrimonial.
140
Coligadas
São entidades nas quais o investidor tem influência significativa. Isso representa poder
de participação nas decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida.
Controladas
São entidades em que uma empresa controladora, por meios próprios ou de outras con-
troladas subordinadas, detém titularidade de direitos societários que lhes assegurem per-
manentemente a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores.
Para que ocorra o controle, uma investidora (controladora) precisa possuir direta ou indi-
retamente mais de 50% das ações com direito a voto da investida (controlada).
Por sua vez, o investidor conjunto (joint venturer) representa uma parte dentro de um
empreendimento controlado em conjunto.
Estoques
Diz respeito a uma conta do ativo que representa mercadorias, produtos e bens finais tan-
gíveis destinados à venda. O termo “estoques” é usado, sobretudo, no domínio da logística
e da contabilidade.
141
elevados devido à falta de produtos. Via de regra, o balanço ideal de estoques é difícil de
se alcançar.
Custos de Estoques
⯀ Custos variáveis;
⯀ Custos fixos.
Custos Variáveis:
Custos Fixos:
Classificação de Estoques
⯀ Ponto de Vista Industrial:
⯀ Estoque de produtos em processo: todos os artigos necessários à fabricação ou
montagem do produto final;
⯀ Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares: todos os componentes que irão inte-
grar o produto final, normalmente correspondendo aos materiais brutos destinados
às transformações e ao processamento.
⯀ Estoque operacional: destinado a contornar eventuais interrupções na produção
relacionadas a defeito ou quebra de equipamentos;
⯀ Estoque de produtos acabados: composto pelos produtos já passaram pelo processo
de fabricação. No setor comercial, são chamados de mercadoria;
⯀ Estoque de materiais administrativos: materiais usados na área administrativa e des-
tinados ao desenvolvimento das atividades da empresa.
142
Os estoques de segurança impedem que aconteçam problemas inesperados nas diversas
fases do processo produtivo, impedindo que a demanda não seja suprida.
Instrumentos Financeiros
Valor contábil é aquilo que no balanço patrimonial refere-se ao ativo. Isto é, valor histórico
deduzido da depreciação, exaustão ou amortização acumulada e, se for o caso, de provisão
para perda.
A empresa deve avaliar, ao fim de cada período de reporte, se existe alguma indicação de
que um ativo sofreu desvalorização. Caso exista, ela tem de estimar o valor recuperável
do ativo desvalorizado.
Teste de Recuperabilidade
Tem por objetivo a representação do valor real líquido de realização de um ativo. Essa
realização pode ser direta, por meio de vendas, ou indireta, na utilização em atividades.
A razão do teste de recuperabilidade é evitar que um ativo esteja registrado com um valor
maior do que o recuperável, verificando se ele não está desvalorizado em relação ao seu
valor real.
Para os ativos registrados com valor menor que o recuperável, a empresa simplesmente irá
obter um valor maior que o esperado após qualquer operação financeira efetuada sobre ele.
Passivos
143
Se os ativos são representados pelos diretos, os passivos são representados pelas obrigações.
Passivos Circulantes
Obrigações a serem realizadas num período inferior ao do ciclo operacional ou inferior a
12 meses:
⯀ Fornecedores a pagar: valores que a empresa deve aos fornecedores pelos créditos
junto a eles obtidos.
⯀ Obrigações a pagar: títulos de créditos devidos aos credores;
⯀ Parcela atual da dívida de longo prazo: parta da dívida com vencimento inferior ao
ciclo operacional ou inferior a 12 meses;
⯀ Passivos provisionados: despesas que foram reconhecidas no resultado, mas ainda
não pagas
⯀ Receitas antecipadas: valores recebidos antes do fornecimento de bens e serviços.
Passivos Não-Circulantes
Obrigações a serem realizadas num período superior ao do ciclo operacional ou inferior a
12 meses:
Patrimônio Líquido
⯀ O patrimônio líquido corresponde à diferença resultante da dedução dos passivos
sobre os ativos de uma empresa.
⯀ As contas mais conhecidas de patrimônio líquido são:
⯀ Capital subscrito: valor efetivamente contribuído pelos acionistas;
⯀ Participação minoritária: parte proporcional dos acionistas minoritários no patrimônio
líquido da empresa;
⯀ Lucros ou prejuízos acumulados: parcela do lucro líquido não distribuído ou prejuízos
acumulados;
⯀ Ações em tesouraria: ações recompradas pela empresa emissora, mas ainda não
canceladas;
⯀ Contas reserva:
144
⯀ Reserva de capital: formada por valores recebidos sem a correspondente entrega
dos bens ou serviços;
⯀ Reserva de lucros: formada pela apropriação do lucro da empresa.
Observação: a cada ciclo operacional, as contas de reserva precisam ser fechadas e os seus valores
transferidos para outras contas, de acordo com o balanço financeiro resultante.
⯀ Compra ou venda de bens e serviços cujos valores são fixados em moeda estrangeira;
⯀ Aquisição ou concessão de empréstimos cujos valores a pagar ou a receber são fixa-
dos em moeda estrangeira;
⯀ Outras formas de aquisição e repasse de ativos ou passivos aceitos como garantia de
liquidação de contratos cujos valores estejam fixados em moeda estrangeira.
Fluxo de Caixa
As movimentações de fluxo de caixa consideram todos os recebimentos, pagamentos e
investimentos. O resultado pode, assim como o do lucro, ser positivo ou negativo.
Considerações
As contas de lucro e fluxo de caixa são complementares, e a análise da situação finan-
ceira de uma empresa deve ser feita levando ambas em consideração. Assim, para que
um negócio perpetue-se com saúde e rentabilidade, é necessário haver uma boa gestão
administrativa financeira.
146
Qualidade dos Lucros
Gerenciamento do Resultado
Estimativas Contábeis
Em situações marcadas pela incerteza, muitos itens das demonstrações contábeis acabam
não sendo mensurados com precisão. Usa-se em casos assim o artifício da estimativa.
147
⯀ Obrigações decorrentes de garantias.
Erros
Os possíveis erros não intencionais cometidos na avaliação de um período devem ser cor-
rigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas à publicação.
Fórmula:
Fórmula:
Fórmula:
Observação: quanto maior for o ROCE, maior e mais eficiente é a capacidade lucrativa de
um empreendimento.
A classificação dos riscos, tendo como base as necessidades de uma determinada organi-
zação e seus modelos de estratégia, é também uma das atribuições da análise de riscos.
Equilíbrio Financeiro
149
Uma excelente opção para as empresas manterem ou restabelecerem o equilíbrio econô-
mico é financiar suas necessidades variáveis (capital de giro, valores a receber e estoques)
com dívidas de curto prazo, e suas necessidades financeiras permanentes (exigível de
longo prazo e patrimônio líquido) com recursos de longo prazo.
Alguns estudos elaborados por instituições internacionais apontam que considerar ques-
tões de ASG no processo de investimentos causam alguns obstáculos, como:
Mesmo com esses e outros desafios, institutos internacionais como o CFA institute reco-
mendam o aumento do uso de informações ASG na análise e decisão sobre investimentos.
Não é de bom tom investir em empresas que não tenham relações econômicas, sociais e
ambientais saudáveis. A tendência é que questões de ASG adquiram cada vez mais par-
ticipação e tangibilidade nas avaliações das empresas.
Como entidade, o PRI é considerado independente, ainda que seja apoiado pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Mesmo que tenha envolvimento com os formuladores de polí-
ticas globais, não está formalmente ligada a nenhum governo.
⯀ Observar como cada empresa engloba as questões ASG em sua estratégia e práticas
de gestão;
⯀ Observar como a empresa se relaciona com seus principais stakeholders;
⯀ Observar como as questões ASG podem afetar, positiva ou negativamente, o posi-
cionamento estratégico nos resultados financeiros.
151
que suas ações sejam espelhadas no modelo de negócio da companhia.
⯀ Escolha do consumidor;
⯀ Alterações no ambiente regulatório;
⯀ Efeitos negativos na imagem da corporação;
⯀ Restrições à produção.
152
⯀ Custo de capital.
⯀
É possível fazer ajustes nos modelos de fluxo de caixa descontado que agreguem os riscos
e oportunidades de negócio resultantes das questões ASG, como:
⯀ Revisão da receita;
⯀ Aumento ou redução de custos;
⯀ Premissas de crescimento;
⯀ Custo de capital;
⯀ Prêmio de risco;
⯀ Ajuste da perpetuidade.
Outro modelo de valorização de ativos que pode ser sensibilizado a partir da inclusão de
questões ASG é o Custo de Capital Ponderado (WACC). O ajuste sobre o custo do capital
próprio também é usado por investidores segundo análises de desempenho das questões
ASG. Assim, pode-se:
É importante também saber que as questões ASG concedem ao analista maior segu-
rança tanto na análise quanto na gestão de riscos, já que podem investigar com elas o
posicionamento estratégico das empresas por meio do contexto de negócios, operações,
relacionamentos e resultados financeiros.
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GLOSSÁRIO
Este glossário possui os principais termos que
você deve conhecer para poder se preparar
para a prova e sua vida profissional.
Ações: frações ideais do capital social de empresas. Títulos que representam para o acio-
nista direito de participação na sociedade e, de maneira indireta, direito sobre os ativos e
sobre os resultados financeiros da empresa.
Ações ordinárias: ações que conferem a seus detentores os direitos patrimoniais garan-
tidos em lei; especificamente, são ações que conferem a seus detentores o direito a voto
nas assembleias de acionistas das empresas.
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o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado.
B3 S.A.: Brasil, Bolsa, Balcão (atual Denominação Social da antiga BM&FBovespa S.A. –
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros após fusão com a Cetip S.A.). É uma empresa de
infraestrutura do mercado financeiro brasileiro.
Beneficiário: pessoa física (ou pessoas físicas) indicada livremente pelo participante para
receber os valores de benefício ou resgate, na hipótese de seu falecimento, de acordo com
a estrutura do plano de previdência ou seguro e na forma prevista pela legislação e pelo
desejo do participante.
Bonificação: distribuição, por parte da companhia, de ações aos seus acionistas por conta
dacapitalização das reservas de lucro.
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conceder ou não um crédito seja mais bem fundamentada.
Capital próprio: patrimônio líquido da empresa, ou seja, o dinheiro aplicado pelos acio-
nistas e quaisquer lucros retidos pela companhia ao longo do tempo.
Certificado de Depósito Bancário (CDB): título de renda fixa que representa depósito a
prazo realizado por investidores em uma instituição financeira.
Colocação privada: venda de valores mobiliários emitidos por uma companhia para um
grupo selecionado de investidores, sem que haja distribuição pública.
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Come-cotas: recolhimento semestral do Imposto de Renda (IR) incidente sobre os rendi-
mentos obtidos nas aplicações em determinados fundos de investimento.
Debêntures: títulos de renda fixa emitidos por sociedades por ações de capital aberto ou
fechado; representam um direito de crédito do investidor sobre a companhia emissora.
São consideradas “simples” quando não oferecem ao investidor a opção de conversão em
ações (ver debêntures conversíveis).
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Debêntures conversíveis: conferem aos debenturistas a opção de convertê-las em ações
da mesma empresa emissora das debêntures, a um preço pré-especificado, em datas
determinadas ou durante um período de tempo.
Debêntures incentivadas: títulos de renda fixa emitidos por companhias ou por sociedade
de propósito específico para financiar investimentos, especialmente em áreas prioritárias
para o Governo Federal; oferecem isenção de imposto de renda sobre seus rendimentos
para investidores pessoas físicas e não residentes, desde que preencham os requisitos
legais para receberem tal incentivo tributário.
Deflação: redução geral no nível de preços de uma economia. Corresponde a uma taxa
de inflação negativa.
Desdobramento: concessão de uma ou mais novas ações para cada ação existente; tam-
bém conhecido como split.
Dever de diligência: obrigação imposta a alguns agentes que operam em nome e benefício
de terceiros de atuar com a prudência e o zelo que se esperariam de alguém na adminis-
tração de seus próprios negócios.
Distribuidor: instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a inter-
mediação de operações nos mercados regulamentados de títulos e valores mobiliários.
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Economia de escala: eficiência econômica obtida por meio da intensificação de deter-
minada atividade.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC): entidade civil privada, sem fins lucrativos, criada em
1995 com o objetivo de administrar mecanismos de proteção aos credores de instituições
financeiras. Oferece garantia para créditos de até R$ 250.000,00 por pessoa física ou jurí-
dica, por conglomerado financeiro, limitado a R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para
garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
Fundo aberto: fundos que permitem a entrada (aplicação) e saída (resgate) de cotistas.
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dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das
sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar.
Fundo fechado: fundo em que a entrada (aplicação) e a saída (resgate) de cotistas não é
permitida e que as cotas são resgatadas ao término do seu prazo de duração.
Ganho de capital: representado pela diferença positiva entre o preço de venda e o preço
de compra de um ativo.
Hedge: operação que visa reduzir ou eliminar os riscos de oscilações inesperadas nos
preços de ativos.
IBX: Índice Brasil. Índice que avalia o retorno de uma carteira composta pelas ações mais
negociadas na B3 S.A., selecionadas pelo critério de liquidez e ponderadas pelo valor de
mercado do free-float.
Índice de referência: indicador que serve como base de comparação para a avaliação do
desempenho relativo de um instrumento financeiro ou de uma carteira de ativos.
Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): índice de preços calculado pelo Instituto
Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É uma média ponderada
de outros três
índices da FGV: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, com peso de 60%), o Índice de
163
Preços ao Consumidor (IPC, com peso de 30%) e o Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC, com peso de 10%).
IPO: sigla do inglês Initial Public Offering. É a Oferta Pública Inicial de Ações, processo por
meio do qual os investidores têm acesso a novas ações emitidas no mercado primário.
Juros sobre capital próprio: remuneração paga aos acionistas como distribuição de lucros
retidos em exercícios anteriores.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): título de dívida emitido por instituição financeira
e lastreado em créditos do agronegócio de propriedade da instituição emissora.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI): título de dívida emitido por instituição financeira e
lastreado em créditos imobiliários de propriedade da instituição emissora.
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Letra do Tesouro Nacional (LTN): título público federal que oferece ao investidor um
retorno predefinido (caso seja mantido até o seu vencimento) no momento da compra;
não há pagamentos de juros periódicos e não há atualização do valor nominal por índice
de preços
Letra Financeira do Tesouro (LFT): título público federal cuja rentabilidade é pós-fixada e
dada pela Taxa Selic acumulada no período de investimento, acrescida de ágio ou deságio
registrado no momento da compra do título; não há pagamento de juros periódicos ao
investidor e não há atualização do valor nominal do título por índice de preços.
Liquidez: grau de facilidade com que um ativo pode ser comprado ou vendido no mercado
a um preço adequado ou justo.
Meta para a Taxa Selic: taxa de juros definida pelo Comitê de Política Monetária como
objetivo para a taxa básica da economia.
Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B): título público federal cuja rentabilidade é com-
posta por uma taxa de juros predefinida no momento da compra do título, acrescida da
variação do IPCA; há pagamento de juros semestrais a uma taxa de cupom fixa de 6% a.a.
Nota do Tesouro Nacional Série B Principal (NTN-B Principal): título público federal cuja
rentabilidade é composta por uma taxa de juros predefinida no momento da compra do
título, acrescida da variação do IPCA; não há pagamento de juros semestrais.
Nota do Tesouro Nacional Série F (NTN-F): título público federal que oferece ao investi-
dor uma rentabilidade fixa (caso o título seja mantido até o seu vencimento), definida no
momento da compra; há pagamento de juros semestrais a uma taxa de cupom fixa de
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10% a.a., sem atualização do valor nominal do título por índice de preços.
Oferta pública: modalidade de oferta regida pela Instrução CVM 400/03, que permite a
ampla distribuição de valores mobiliários para o público investidor, desde que satisfeitas
todas as exigências especificadas na norma.
Oferta pública com esforços restritos: modalidade de oferta regida pela Instrução CVM
476/09, que permite a distribuição de valores mobiliários para o público investidor de maneira
restrita e com a liberação de algumas exigências impostas no caso de uma oferta ampla.
Oferta pública primária: oferta em que as ações são ofertadas pela primeira vez. Os recur-
sos captados são canalizados para a companhia emissora das ações.
Oferta pública secundária: oferta em que as ações são ofertadas por atuais acionistas
da companhia. Os recursos captados são canalizados para os acionistas que vendem suas
ações, e não para a companhia emissora das ações.
Ordem a mercado: em uma oferta de ações, ordem por meio da qual o investidor indica
à instituição intermediária que deseja adquirir ações a qualquer que seja o preço final de
lançamento.
Ordem limitada: em uma oferta de ações, ordem por meio da qual o investidor comunica
à instituição intermediária o preço máximo que deseja pagar por cada ação a ser adquirida.
Participante: pessoa física que contrata ou, no caso de contratação sob a forma coletiva,
adere a um plano de previdência complementar aberta.
investimento.
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preferências, suas circunstâncias pessoais e financeiras, seus desejos e seus objetivos de
vida.
Período de reserva: em uma oferta pública de ações, é o período determinado para que
os potenciais investidores registrem junto às instituições intermediárias da oferta o seu
interesse em adquirir as ações a serem distribuídas.
Plano de negócios: documento escrito que detalha como uma empresa pretende atingir
seus objetivos.
Poder de compra: valor de uma moeda em termos da quantidade de bens e serviços que
uma unidade monetária pode adquirir. O poder de compra da moeda reduz-se quando
há inflação de preços.
167
acumulados na sua provisão de um plano de previdência complementar para outro plano
de benefício previdenciário operado por outra entidade de previdência complementar.
Práticas não equitativas: conduta vedada e combatida pela CVM consistente na prática
de atos que resultem em colocar uma parte em posição de desequilíbrio ou desigualdade
indevida em relação aos demais participantes da operação.
Produto Interno Bruto (PIB): soma de todos os bens e serviços finais, em termos mone-
tários e a valor de mercado, produzidos em determinada região durante um certo período
(normalmente um ano).
Rating: classificação de risco de crédito emitida por agência de classificação de risco (como
Moody’s Investor Services, S&P e Fitch Ratings).
Renda: série de pagamentos periódicos a que tem direito o assistido (ou assistidos), de
acordo com a estrutura do plano de previdência complementar.
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Renda fixa: classe de ativos que inclui títulos públicos federais, títulos de emissão de ins-
tituições financeiras (ver CDB, LCI e LCA), títulos emitidos por empresas (ver debêntures)
e outros papéis que oferecem taxa de juros pré-especificada, seja ela prefixada ou pós-
-fixada. Os títulos representam uma promessa de pagamento (uma dívida) de uma parte
para outra.
Renda variável: classe de ativos que inclui ações preferenciais e ações ordinárias (ver
ações) e tipicamente composta por instrumentos que oferecem a seus detentores uma
participação no capital social de companhias.
Risco cambial: risco originado pela oscilação das taxas de câmbio, isto é, do preço de uma
moeda em relação a outra.
Risco de crédito: risco de o investidor registrar uma perda em seu investimento por conta
do aumento do spread de crédito requerido por investidores nesse investimento ou pelo
efetivo descumprimento, por parte do emissor de um título de renda fixa, das obrigações
referentes ao pagamento de juros e de principal nesse título.
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Risco geopolítico: possibilidade de perdas em um investimento por conta de alterações
adversas no cenário político em um país ou uma região.
Risco de liquidez: risco de ocorrência de perdas para o investidor por conta da negociação
de um ativo por um preço distante do seu preço justo.
Risco não sistemático: é o risco específico de cada empresa, que pode ser reduzido por
meio de diversificação da carteira de investimentos.
Risco de mercado: risco de se verificar perdas causadas pelos movimentos dos preços
dos ativos no mercado.
Risco sistemático ou risco não diversificável: risco advindo de fatores gerais e comuns
ao mercado; chance de se verificar perdas em um ativo ou carteira de ativos por conta
de eventos ou elementos que afetam a economia ou o mercado como um todo, também
conhecido como risco de mercado.
Risco de taxa de juros: possibilidade de perda advinda da flutuação dos preços de títulos
de renda fixa causada por alterações nas taxas de juros.
Risco total: em um ativo ou carteira de ativos, é a soma dos riscos sistemático e não
sistemático.
170
Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.
Selo ANBIMA: marca visual composta da logomarca da ANBIMA seguida de uma série de
dizeres padronizados utilizada para demonstração do compromisso das instituições parti-
cipantes com o cumprimento e a observância das regras de autorregulação da ANBIMA.
Taxa de administração: taxa percentual cobrada dos fundos para a prestação dos serviços
de administração, gestão profissional dos recursos e pagamento dos prestadores de serviço.
Taxa de câmbio spot: taxa para compra e venda imediata de dólares, conhecida no Brasil
como “dólar pronto”. Taxa pela qual os participantes do mercado de câmbio estão dispos-
tos a comprar e a vender a moeda estrangeira em determinado momento da sessão de
negociação.
Taxa de câmbio: preço de uma moeda em termos de outra moeda. É a razão de conversão
entre duas moedas distintas.
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Taxa de corretagem: valor cobrado pela corretora por meio da qual o investidor realiza
a compra e a venda de ativos; é o valor pago pelo investidor pelo serviço prestado pela
corretora na intermediação entre a ordem do cliente e a execução da oferta junto à bolsa
ou no mercado de balcão.
Taxa de custódia: taxa cobrada por corretoras e bancos pelo serviço de manutenção dos
ativos em uma conta de custódia própria.
Taxa de juro: definida como a razão percentual entre os juros, cobrável ou pagável, no fim
de um período e o dinheiro devido no início do período.
Taxa de juros nominal: taxa de juros contratada em uma operação financeira ou deter-
minada pelo mercado. Não é ajustada para remover o efeito da inflação.
Taxa de juros proporcional: em regime de capitalização simples, duas taxas de juros são
consideradas proporcionais quando geram valores iguais ao ser aplicadas sobre um mesmo
montante e por um mesmo período de tempo.
Taxa de juros real: taxa de juros que remove o efeito da inflação. É calculada descontando
a taxa de inflação da taxa de juros nominal obtida em um investimento e considerando o
mesmo período de tempo.
Taxa DI: nome comumente dado à Taxa DI-Cetip Over (Extra-Grupo), calculada pela B3 S.A.
e divulgada em percentual ao ano, base 252 dias. Essa taxa reflete as taxas de juros cobra-
das entre instituições do mercado interbancário nas operações de emissão de Depósitos
Interfinanceiros (DI) prefixados, com prazo de um dia útil, registradas e liquidadas pelos
sistemas da B3.
Tesouro IPCA+: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para a Nota do Tesouro Nacional
Série B Principal (NTN-B Principal).
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para a
Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B).
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para
a Nota do Tesouro Nacional Série F (NTN-F).
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Taxa PTAX: média das cotações do dólar no mercado em determinado dia, calculada
pelo Banco Central do Brasil por meio de uma metodologia própria, com base em quatro
janelas de consulta ao longo de cada dia.
Taxa Referencial (TR): taxa calculada pelo Banco Central do Brasil com base na média
das taxas de juros das LTN (Letras do Tesouro Nacional). Utilizada no cálculo do rendi-
mento das cadernetas de poupança e dos juros dos empréstimos do Sistema Financeiro
da Habitação (SFH).
Taxa Selic Over: taxa média das operações de financiamento de um dia (compromissa-
das), lastreadas em títulos públicos federais, realizadas no Selic, ponderadas pelo volume
das operações.
Tesouro Selic: nomenclatura utilizada no Tesouro Direto para a Letra Financeira do Tesouro
(LFT).
Títulos privados: títulos emitidos por empresas e instituições financeiras para a captação
de recursos para financiar suas atividades.
Títulos públicos: títulos emitidos pelo Tesouro Nacional como forma utilizada para a cap-
tação de recursos para financiar atividades do Governo Federal.
Títulos públicos federais: títulos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional, compostos
por letras e notas de características distintas, para fins de financiamento do setor público.
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