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Alzheimer

1. Caracterizar a doença/patologia selecionada.

A doença de Alzheimer é, atualmente , a forma mais comum de demência e caracteriza-se pela


perda gradual e irreversível de determinadas funções cerebrais, nomeadamente memória,
pensamento, linguagem e comportamento. Os sintomas da mesma geralmente desenvolvem-se
lentamente e pioram com o tempo, tornando-se graves o suficiente para interferir nas tarefas diárias.
A doença apresenta 4 fases sendo elas:

Fase de esquecimento (defeito de memória/ansiedade e depressão);

Fase De confusão (Agravamento do defeito da memória, ataques epiléticos, desorientação…)

Fase de demência (Agravamento da desorientação, alteração na personalidade, apatia ou agitação,


alucinações ou ideias paranóicas…)

Fase de estado vegetativo (mutismo, retenção ao leito, alimentação por sonda ou soro)

2.Identificar as possíveis causas/fatores que explicam os comportamentos de


disfuncionalidade/perturbação ou doença.

A doença de Alzheimer faz com que as células cerebrais sofram uma redução de tamanho e número.
Posteriormente a esta redução ,nas mesmas, formar-se-ão tranças neurofibrilares no seu interior e
placas senis no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação
dentro do cérebro, o que danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Este segmento
de acontecimentos explica os comportamentos associados à doença.

Sintomas:

Os sintomas cognitivos mais frequentes da doença de Alzheimer incluem a perda de memória,


dificuldade em planear ou resolver problemas, dificuldade em compreender imagens visuais e
relações espaciais, e dificuldade em executar tarefas familiares.

Causas:

Nos dias de hoje, ainda não se sabe ao certo o que causa o Alzheimer. No entanto, existem alguns
fatores que aumentam o risco de esta doença se desenvolver. Alguns deles são:

História familiar:

● O Alzheimer familiar, que acontece em pessoas mais jovens, com 40 a 50 anos, tem uma
piora muito rápida. As pessoas afetadas por essa variação do Alzheimer, tem 50 % de
chance de transmitir a doença para os filhos.

Genética:

● Foram demonstradas alterações em alguns genes, que influenciam no funcionamento do


cérebro, como os genes da APP, apoE, PSEN1 e PSEN2, por exemplo, que parecem estar
relacionados com lesões nos neurônios que levam à doença de Alzheimer, mas ainda não se
sabe exatamente o que determina as alterações vou ter de sair, daqui a pouco volto
Traumatismo craniano:

● Esta lesão cerebral que ocorre em acidentes ou prática de desporto, por exemplo, um AVC,
aumenta a probabilidade de destruição dos neurônios e desenvolvimento do Alzheimer.

Riscos do ambiente:

● Excesso de radicais livres, que se acumulam no nosso corpo devido a alimentação


inadequada, rica em açúcares, gorduras e alimentos industrializados, além de hábitos como
fumar, não praticar atividade física e viver sob estresse;
● Colesterol elevado é outro fator de risco , por isso é importante controlar esta doença com
medicamento para o colesterol, além de ser outro motivo para cuidar da alimentação e
praticar atividade física regularmente;
● Idade acima dos 60 é um grande risco pois, com o envelhecimento, o corpo não consegue
reparar as alterações que podem surgir nas células, o que aumenta o risco de doenças.

3. Esclarecer a razão pela qual o tema/assunto escolhido é importante para a reflexão no


âmbito da disciplina de Psicologia.

Aspectos físicos e mentais são sempre conectados. O olhar para o sofrimento psíquico, em qualquer
forma de adoecimento, tem papel importante na recuperação. Mais importante do que os sintomas
físicos específicos que a pessoa experimenta é a maneira como interpreta e reage aos sintomas e
como eles afetam sua vida diária. Assim sendo, a dor psicológica está na base da dor física. Os
comportamentos que uma pessoa com a doença de Alzheimer apresenta têm origem no sofrimento
psíquico. Esta relação mente-corpo seja em doentes de Alzheimer, seja em pessoas saudáveis é
então de importante menção, principalmente na disciplina de psicologia.

4. Apresentar as principais conclusões e possibilidades de intervenção terapêutica


para o problema.

Até à presente data não existe cura para a doença do Alzheimer. No entanto , existem algumas
medicações que permitem alguma estabilização do funcionamento cognitivo nas pessoas com esta
doença.

Intervenção Farmacológica

Em Portugal existem, atualmente, vários fármacos disponíveis para as pessoas com Alzheimer. Estes
dividem-se em duas categorias:

● Terapêutica colinérgica

Em algumas pessoas e durante um período de tempo limitado, os fármacos colinérgicos produzem


alívio dos sintomas da Doença de Alzheimer. Estes fármacos, conhecidos como inibidores da
acetilcolinesterase, bloqueiam as ações da enzima acetilcolinesterase, que é responsável pela
destruição de um neurotransmissor importante denominado – acetilcolina.

● Memantina

A Memantina atua num neurotransmissor denominado - glutamato. Este está presente em


concentrações elevadas nas pessoas com doença de Alzheimer. A Memantina bloqueia o glutamato
e evita a entrada excessiva de cálcio nas células nervosas, o que iria causar danos nestas.
Intervenção Não-Farmacológica

● Estimulação Cognitiva

A estimulação cognitiva, nas suas diferentes modalidades, pode ter um papel terapêutico

complementar, contribuindo para um melhor desempenho e melhor bem-estar do doente.

Outras intervenções:

● Vitamina E

A vitamina E é uma vitamina lipossolúvel que ocorre naturalmente. A vitamina E pode proteger as
células do corpo contra os efeitos do envelhecimento. Um estudo americano sugeriu que tomar
vitamina E diminui o ritmo de deterioração nas pessoas com Doença de Alzheimer mais severa.

● Ginkgo Biloba

O Ginkgo Biloba deriva das folhas de uma árvore chinesa. Diz-se que tem propriedades
anti-inflamatórias, antioxidantes e antiplaquetárias. É um dos medicamentos alternativos mais
comumente utilizados para os problemas cognitivos e está licenciado para o tratamento da Doença
de Alzheimer na Alemanha. Apesar de ter demonstrado benefícios , tem havido vários relatos de
efeitos adversos graves associados, incluindo coma , hemorragias e convulsões

6. Assumir uma perspetiva crítica face à problemática estudada fundamentada numa


teoria/autor.
Michael Nehls, autor do livro “Die Alzheimer Lüge” (“A mentira da doença de Alzheimer”) defende que
há uma mentira associada à doença de Alzheimer: que a idade é o maior fator de risco. Segundo o
autor, a doença está a ser tratada como uma fatalidade: já não se pergunta “se” vamos ter a doença
de Alzheimer, mas apenas “quando”? Ora, como as sociedades mais ricas estão a envelhecer,
iremos ter o que ele chama uma “pandemia apocalíptica”. É este “pesadelo” que, segundo Nehls,
leva a indústria farmacêutica e muitos cientistas a serviram-se do lema “o medo vende-se bem” (fear
sells) para atingir os seus fins.

Nossa intervenção:
Com a mentira sobre a doença de Alzheimer é criada uma dependência medicamentosa e ao mesmo
tempo desperdiçada uma solução. É criada uma dependência inadequada porque esta não é uma
doença que se possa curar com medicamentos. É desperdiçada uma solução, porque a doença é
condicionada pelo estilo de vida hodierno: dormimos pouco, movemo-nos pouco, alimentamo-nos de
forma pouco saudável e vivemos numa sociedade onde falta “calor humano”.
Contrariamente ao que muita gente possa pensar, está provado que as doenças não são causadas
pela idade.

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