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CURSO DE DIREITO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 2021.1


Aula 16 – 05/11/2021

Professor Victor Breno de Lima.


victor.breno@ufersa.edu.br
3ª Unidade
Informações gerais:

• 1ª avaliação (data de entrega): 27/08/2021 -


questões + resumo de artigo científico (2).
• 2ª avaliação (data de entrega): 15/10/2021 –
questões + resumo de artigo científico (2).
• 3ª avaliação (data de entrega): 19/11/2021 –
questões + resumo de artigo científico (2).

• E-mail: victor.breno@ufersa.edu.br
• Avaliações: 4 questões discursivas + 2 resumos.
• OBS. 8 dias antes da data de entrega.
AULAS SÍNCRONAS

• 1ª Unidade: 23 e 30/07, 06, 13 e 20/08.


• 2ª Unidade: 27/08, 03, 10, 17 e 24/09, 01 e 08/10.
• 3ª Unidade: 15, 22 e 29/10, 05 e 12/11.
EMENTA: Do processo de execução. Diversas espécies
de execução. Dos embargos do devedor. Da execução
por quantia certa contra devedor insolvente. Da
suspensão e da extinção do processo de execução. Do
processo cautelar. Ação cautelar. Medidas cautelares
típicas ou nominadas.
Bibliografia:
- Marcos Vinícius Rios Gonçalves;
- Daniel Amorim Assumpção Neves.
Disponível em:
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunica
cao/Noticias/05022021-Requisitos-para-efeito-
suspensivo-em-embargos-a-execucao-sao-
cumulativos.aspx
Aula 16 – SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES

Da suspensão do processo de execução


Art. 921 CPC. Suspende-se a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315 , no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito
suspensivo os embargos à execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar
por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze)
dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros
bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata
o art. 916.
- O primeiro caso de suspensão é o de estarem
presentes as hipóteses dos arts. 313 e 315, no que
couber: são as hipóteses de suspensão previstas na
Parte Geral do CPC.
Art. 313 CPC. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual
de qualquer das partes, de seu representante legal ou
de seu procurador;
II - pela convenção das partes;
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de
demandas repetitivas;
(...)
Art. 315 do CPC. Se o conhecimento do mérito depender
de verificação da existência de fato delituoso, o juiz
pode determinar a suspensão do processo até que se
pronuncie a justiça criminal.
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3
(três) meses, contado da intimação do ato de
suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz
cível examinar incidentemente a questão prévia.
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso
pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual
aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º.
- A segunda hipótese é a da suspensão, total ou parcial,
que decorre do recebimento dos embargos à execução,
quando a eles for atribuído o efeito suspensivo.
- É relativa, em regra, à execução de título extrajudicial,
porque só nela a defesa do devedor far-se-á por meio
de embargos.

- Nos cumprimentos de sentença, a impugnação não


tem efeito suspensivo, mas o juiz pode concedê-lo
quando a fundamentação for relevante, houver perigo
de prejuízo irreparável ou de difícil reparação e quando
o juízo estiver garantido por penhora, caução ou
depósito suficientes.
- A terceira causa de suspensão prevista no art. 921 é o
executado não possuir bens penhoráveis.

- Como a execução por quantia faz-se com a


expropriação, se os bens não forem encontrados não
há como prosseguir. O processo será suspenso, sem
que haja extinção, pelo prazo de um ano, durante o
qual não corre o prazo de prescrição intercorrente.
- Decorrido o prazo, para que a prescrição continue
suspensa, é preciso que o exequente se manifeste,
realizando as diligências necessárias e tomando as
providências para que a execução possa ter
andamento.

- Se ele o fizer, manifestando-se em termos de


prosseguimento, a prescrição não corre, ainda que o
processo venha a ser suspenso por mais um período,
por continuarem inexistindo bens.
- Mas, se, passado um ano, não houver manifestação
do exequente, a execução continuará suspensa, porém
o prazo de prescrição intercorrente terá início.

- Consumada a prescrição, o juiz poderá decretá-la de


ofício, depois de ouvir as partes, que terão prazo de 15
dias para manifestar-se.
- A quarta hipótese é a da suspensão quando a
alienação dos bens penhorados não se realizar por falta
de licitantes e o exequente, em 15 dias, não requerer a
adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis.

- Nada impede que o exequente postule, após algum


tempo, nova tentativa de alienação. Pode ser que a
primeira tentativa fracasse, mas as posteriores sejam
bem-sucedidas.
- Por fim, haverá a suspensão quando concedido o
parcelamento de que trata o art. 916: é a hipótese de
moratória convencional, em que o executado, no prazo
de embargos, depositando 30% do valor do débito,
poderá requerer o parcelamento do restante em até
seis prestações.
Art. 916 CPC. No prazo para embargos, reconhecendo o
crédito do exequente e comprovando o depósito de
trinta por cento do valor em execução, acrescido de
custas e de honorários de advogado, o executado
poderá requerer que lhe seja permitido pagar o
restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de
correção monetária e de juros de um por cento ao mês.
§ 1º O exequente será intimado para manifestar-se
sobre o preenchimento dos pressupostos do caput , e o
juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias.
§ 2º Enquanto não apreciado o requerimento, o
executado terá de depositar as parcelas vincendas,
facultado ao exequente seu levantamento.
§ 3º Deferida a proposta, o exequente levantará a
quantia depositada, e serão suspensos os atos
executivos.
§ 4º Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos
executivos, mantido o depósito, que será convertido
em penhora.
- Além disso, o art. 922 permite que, convindo às
partes, o juiz declare suspensa a execução durante o
prazo concedido pelo exequente para que o executado
cumpra voluntariamente a obrigação.
- Mas essas hipóteses não esgotam as possibilidades de
que a execução seja suspensa.

- Outra é a da existência de ação autônoma, na qual se


discuta a existência do débito apresentada antes do
prazo dos embargos. Não houvesse a suspensão, o
devedor teria de embargar só para buscar o efeito
suspensivo, repetindo o que já se discute na ação
autônoma. Se ela for posterior, não haverá suspensão.
- O recebimento dos embargos de terceiro também
terá o condão de suspender a execução quando os
embargos versarem sobre todos os bens constritos
(CPC, art. 678).

- O cumprimento de sentença poderá ser suspenso se


for ajuizada ação rescisória, na qual seja deferida
liminar.
- Determinada a suspensão, não serão praticados
quaisquer atos no processo, a não ser aqueles
urgentes, desde que a suspensão não decorra de
arguição de impedimento ou de suspeição (CPC, art.
923).

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