O documento apresenta uma introdução à rede Profibus, descrevendo sua origem e aplicações, incluindo os perfis Profibus-DP e Profibus-PA. É detalhada a arquitetura da rede, especificamente as camadas física e de enlace de dados, com ênfase na topologia, taxas de transmissão, distâncias, cabos, repetidores e fibra ótica.
O documento apresenta uma introdução à rede Profibus, descrevendo sua origem e aplicações, incluindo os perfis Profibus-DP e Profibus-PA. É detalhada a arquitetura da rede, especificamente as camadas física e de enlace de dados, com ênfase na topologia, taxas de transmissão, distâncias, cabos, repetidores e fibra ótica.
O documento apresenta uma introdução à rede Profibus, descrevendo sua origem e aplicações, incluindo os perfis Profibus-DP e Profibus-PA. É detalhada a arquitetura da rede, especificamente as camadas física e de enlace de dados, com ênfase na topologia, taxas de transmissão, distâncias, cabos, repetidores e fibra ótica.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Redes Industriais Campus Garanhuns
Rede Profibus Professor: Diego Lopes
Semana 16 GARANHUNS, 2021 1/46
Introdução ao Profibus •Criada em 1987 inicialmente pela siemens em conjunto com a Bosch e a Klockner-Moeller. •Originou-se com a proposta de ser um barramento de campo digital; •Em 1995 foi fundada a Profibus Internacional englobando 22 entidades espalhadas pelo mundo; •O profibus é apresentado como uma “solução completa” para interligar dispositivos existentes nos níveis intermediários e superiores em um sistema de automação.
Semana 16 REDE PROFIBUS 2/46
Introdução ao Profibus •É o segundo tipo mais popular de sistema de comunicação em rede fieldbus, ficando atrás apenas do modbus; •Atualmente é apoiada por mais de 300 empresas européias e internacionais. •Considerado um protocolo aberto; •A comunicação entre dispositivos de diferentes fabricantes ocorre sem ajustes adicionais; •Pode ser usado em tarefas que requerem comunicação em tempo real, alta velocidade e de comunicação complexa.
Semana 16 REDE PROFIBUS 3/46
Introdução ao Profibus •Família de Protocolos Profibus: • Profinet (Profibus for Ethernet): Comunicação entre CLPs e PCs usando Ethernet/TCP-IP. • Profibus FMS (Fieldbus Message Specification): Comunicação entre CLPs e PCs. • Profibus DP (Decentralized Peripherals): Comunicação com drivers, dispositivos E/S, transdutores, analisadores, dentre outros. • Profibus PA (Process Automation): Comunicação com transmissores de pressão, nivel, vazão, temperatura e válvulas de controle.
Semana 16 REDE PROFIBUS 4/46
Introdução ao Profibus •Família de Protocolos Profibus:
Semana 16 REDE PROFIBUS 5/46
Introdução ao Profibus •Arquitetura de rede antes do Profibus:
Semana 16 REDE PROFIBUS 6/46
Introdução ao Profibus •Arquitetura de rede depois do Profibus:
Semana 16 REDE PROFIBUS 7/46
Introdução ao Profibus •Arquitetura de rede depois com Profibus PA:
Semana 16 REDE PROFIBUS 8/46
Profibus-DP e PA •Profibus-DP: •Perfil mais frequentemente utilizado; •Em 2019 contava com 60 milhões de dispositivos em campo; •Indicado para transferir informações em alta-velocidade no nível de sensor/atuador; •Baseado na norma EN 50170.
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Profibus-DP e PA •O Profibus-DP define três tipos de dispositivos básicos: •Mestre DP Classe 1 (DPM1): controlador central que troca informações com dispositivos I/O distribuídos (escravos DP); •Mestre DP Classe 2 (DPM2): equipamentos de configuração, monitoração ou ferramentas de engenharia utilizas para configurar a rede ou parametrizar escravos DP; •Escravo DP: dispositivo periférico que interliga diretamente os sinais I/O ao mestre classe 1. Os escravos podem ser módulos de entradas, saídas, drivers, válvulas, entre outros.
Semana 16 REDE PROFIBUS 10/46
Profibus-DP e PA •Profibus-PA: •Perfil menos frequentemente utilizado; •Desenvolvido para utilização em sistemas para automação de processos analógicos; •Velocidade fixa em 31,25 Kbps; •Depende da versão DP para entrar em operação; •Possui custo mais elevado se comparado à versão DP; •Vantagem em relação ao profibus DP: • Ter a possibilidade de configuração e parametrização integradas no instrumento de campo e a padrões de supervisão avançados.
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Arquitetura do Profibus •O Profibus-DP utiliza somente as camadas 1 e 2, bem como a interface do usuário; •O Direct Data Link Mapper (DDLM) proporciona o acesso à interface do usuário na camada 2; •O Profibus-PA são utilizadas as camadas 1,2 e 7; •A camada de aplicação é composta por blocos funcionais específicos de cada módulo de campo. Semana 16 REDE PROFIBUS 12/46 Arquitetura do Profibus •Nas aplicações acima da camada 7 as especificações foram acordadas entre fabricantes e usuários, dentre elas: • Funções e ferramentas para descrição e integração dos dispositivos; • Padrões com o objetivo de construção de sistemas uniformes e padronizados.
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Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •Baseia-se no padrão EIA RS485; •Topologia em barramento; •Utiliza como meio físico um par trançado blindado; •Permite a interligação de até 32 dispositivos por segmento de rede; •São permitidos até 4 segmentos, totalizando 126 estações: • 1 mestre Classe 1; • 125 escravos.
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Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •Escravos e mestres podem ser endereçados de 0 a 125; •O endereço 126 é reservado para o mestre Classe 2; •O endereço 127 é reservado para broadcast; •Logo, tais endereços não podem ser utilizados; •Não se pode utilizar mais de 31 elementos sem a colocação do repetidor, devido à limitação de 32 estações por trecho de rede.
Semana 16 REDE PROFIBUS 15/46
Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •Utiliza a codificação NRZ (Non-Return to Zero);
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Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •As taxas de transmissão propostas para o Profibus são:
Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •A distância máxima permitida para cada derivação depende da taxa de transmissão utilizada, sendo máximo de 500m para 9,6 kbps e mínimo 6,6 m para 1500 kbps; •Não é recomendado ter nenhuma derivação na rede Profibus-DP, independente da taxa de comunicação utilizada.
Semana 16 REDE PROFIBUS 19/46
Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •Há dois tipos de cabos normalizados, ambos na cor roxa: •Cabo de duas vias: trafega somente a comunicação da rede profibus. Os fios das cores verde e vemelho são as comunicações da rede, também indicados pelas letras A e B; •Cabo de quatro vias: além da comunicação, a alimentação dos módulos é transportada. Os fios das cores marrom e branco são a alimentação e os verde e amarelo a comunicação da rede, também indicados pelas letras A e B.
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Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •A alimentação dos módulos de campo para o Profibus DP é de 24 Vcc, sendo admissível uma variação de 20% para mais ou menos (mínimo de 19,2 Vcc e máximo de 28,8 Vcc).
•O número de repetidores é limitado para cada taxa de comunicação:
Para taxas de transmissão Maiores não é indicado O uso de repetidores.
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Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •Para o meio físico RS485, é necessário ter casadores de impedância ou terminadores no início e no final de cada trecho; •A impedância do trecho deve estar em torno de 110 ohms; •Normalmente o conector DB9 é utilizado.
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Profibus – Camada Física •Profibus-DP: Exemplo de rede com repetidores.
Semana 16 REDE PROFIBUS 23/46
Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •É possível ter redes com cabos de 2 e 4 vias ao mesmo tempo; •Existe conversores para realizar a troca de meio de 2 para 4 vias; •A desvantagem do cabo de duas vias é a necessidade de um cabo auxiliar para alimentação dos dispositivos; •Normalmente utiliza-se o conector DB- 9 em ambos os casos.
Semana 16 REDE PROFIBUS 24/46
Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •É possível a utilização de fibra ótica para aumentar as distâncias da rede, podendo ultrapassar 100 km; •Nesses casos é necessário um conversor eletro- ótico; •As fibras podem ser monomodos ou multimodos; •Os conversores devem ser alimentados separadamente com 24 Vcc.
Semana 16 REDE PROFIBUS 25/46
Profibus – Camada Física •Profibus-DP: •Nesse caso de fibra ótica é possível ter algumas topologias de redes diferentes; •As características de transmissão suportam topologias em anel e estrela, além de estruturas em linha; •Essa técnica permite a conversão entre a transmissão RS485/fibra ótica.
Semana 16 REDE PROFIBUS 26/46
Profibus – Camada Física •Profibus-PA: •Utiliza a tecnologia MBP (Manchester and Bus Powered); •Bus Powered consiste no tráfego de alimentação e comunicação no mesmo fio; •A Tecnologia MBP é uma transmissão síncrona com uma taxa fixa de 31,25 kbps e codificação Manchester; •Substitui os termos comuns para um de comunicação intrinsecamente segura com a especificação IEC 61158-2; •A tensão de alimentação pode variar entre 9 e 32 Vcc, a depender do tipo de aplicação. Semana 16 REDE PROFIBUS 27/46 Profibus – Camada Física •Profibus-PA: •Permite um máximo de 31 módulos de campo instalados mais o acoplador por segmento; •Para áreas classificadas é necessário limitar a energia do barramento, sendo assim, são no máximo 8 módulos de campo, conforme a norma; •A distância máxima está limitada a 1900 m, entretanto, para aplicações em áreas classificadas, deve ser limitada a 100 m.
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Profibus – Camada Física •Profibus-PA: •A rede PA é uma extensão da DP, ou seja, deve ser sempre conectada a um mestre DP, sendo a rede convertida por dois equipamentos: • Acoplador: apenas um conversor físico, não influência no endereçamento da rede, ou seja, para o mestre DP um módulo de campo PA opera como se fosse um DP. Geralmente opera com uma taxa de transmissão fixa para a rede DP. • Link: É um gateway de rede, ou seja, converte a versão DP em PA. É um módulo de campo comum para a versão DP e um mestre para a versão PA. Geralmente pode ser configurado para qualquer taxa de comunicação na versão DP.
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Profibus – Camada Física •Profibus-PA: Características para áreas classificadas.
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Profibus – Camada Física •Profibus-PA: •É necessário o uso de terminadores de rede; •Geralmente os acopladores/links já possuem terminadores internos habilitados de fábrica; •O terminador consiste em um circuito RC série, contendo um resistor de 100 ohms em série com um capacitor de 1 uF; •A versão PA permite três tipos de topologias possíveis: • Estrela; • Ponto-a-ponto; • Barramento. Semana 16 REDE PROFIBUS 31/46 Profibus – Camada Física •Profibus-PA: Topologia estrela.
Profibus – Camada Física •Profibus-PA: Para os casos em que há derivação do cabo principal (estrela e barramento), deve- se limitar a distância das derivações de acordo com o número de equipamentos instalados.
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Profibus – Camada Física •Profibus-PA:
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Profibus – Camada de Enlace •O Profibus define duas subcamadas para a camada de Enlace dos dados: • MAC – Media Access Control; • LLC – Logical Link Layer.
•Na camada MAC o profibus combina dois
métodos de acesso ao meio: • As estações ativas, ou mestres, se encontram em um anel lógico no qual o direito de acesso ao meio é repassado por ciclicamente por passagem de um token; • As estações passivas, ou escravas, só tem acesso ao meio por requisição da estação ativa detentora do token; • Sendo assim, é uma combinação dos métodos mestre/escravo e token-passing.
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Profibus – Camada de Enlace •As estações ativas podem entrar e sair do anel lógico de forma dinâmica, conforme previsto na norma IEEE 802.4; •O token é repassado de forma ascendente de endereços, seguindo uma lista de estações ativas (LAS, List of Active Stations) gerada na inicialização do sistema e atualizada sempre que uma estação entra ou sai do anel; •Essa comunicação serve tanto para a versão DP quanto para a versão PA do Profibus.
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Profibus – Camada de Enlace •Acesso ao meio:
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Profibus – Camada de Enlace •Comunicação entre mestre e escravo profibus:
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Profibus – Camada de Enlace •O Profibus prevê uma série de frames diferentes, agrupados em duas classes: • Frames longos – transmissão entre estações mais complexas; • Frames curtos – Transmissão para dispositivos de campo simples.
•Os frames previstos incluem:
• Frame longo sem campo de informações; • Frame longo com campo de informações fixas; • Frame longo com campode informações variáveis; • Frame curto sem campo de informações; • Frame curto com campo de informações; • Frame curto de passagem de token.
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Profibus – Camada de Enlace •Cada frame é formado por vários caracteres; •O caractere é composto por 11 bits: • 1 bit de início; • 8 bits de informações; • 1 bit de paridade; • 1 bit de finalização.
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Profibus – Camada de Enlace •Em particular, existe os seguintes campos em cada frame: • SYN – sincronismo para o início da comunicação; • SD2 (start delimiter) – início de frame; • LE e LEr (Lenght) – delimita o tamanho da informação a ser trafegada no campo DU; • DA (destination Address) – endereço de destino; • SA (source address) – endereço de origem; • FC (Frame control) – controle de frame; • DU (informações) – pode variar de 1 a 244 bytes por escravo na rede profibus; • FCS (Frame check sequence) – sequência de verificação de erros; • ED (end delimiter) – delimitador de fim do frame.
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Profibus – Camada de Enlace •O protocolo implementado na camada de enlace é denominado FDL (Fieldbus Data Link); •Esse protocolo fornece serviços de administração do token, de atualização das estações e de transferência das informações; •A troca de informações é feita através de ciclos compostos por um send—request de parte da estação ativa e seguida por um ackresponse de parte de uma estação passiva ou outra estação ativa.
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Profibus – Camada de Aplicação •A camada de aplicação foi definida utilizando primitivas de serviços apropriadas para atender aos aspectos específicos do barramento de campo; •A camada de aplicação está dividida em três subcamadas: • Fieldbus Message Specification (FMS): é o protocolo propriamente dito; • Lower Layer Interface (LLI): responsável pela interface com a camada de enlace, mapeando os serviços FMS e FMA (Fieldbus Management) em serviços correspondentes ao FDL; • Application Layer Interface (ALI): responsável pela interface com as aplicações do usuário.