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3.6.

Forças Conservativas e Energia Potencial


Força Conservativa. Quando o trabalho realizado por uma força
sobre um corpo que se move de um ponto a outro é independente da
trajetória percorrida pelo corpo, diz-se que a força é conservativa.
Exemplos de forças conservativas: Força peso e força de uma mola
elástica.
Exemplo de forças não-conservativas: Força de atrito e resistência do
ar.
O trabalho realizado por forças conservativas que deslocam o
corpo de uma posição 1 para outra posição 2 é medido pela
diferença entre as energias potenciais inicial (1) e final (2).

(1→2 )cons = V1 − V2

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Energia Potencial. Esta energia é definida como a capacidade de
realizar trabalho.

Energia Cinética : Energia proveniente do movimento de um corpo


Energia Potencial: Energia associada à posição de um corpo, medida em
relação a uma linha ou plano de referência fixo
É uma medida da quantidade de trabalho que uma força
conservativa é capaz de realizar
Há a energia potencial gravitacional e a energia potencial
elástica.
V = Vg + Ve

* Só há energia potencial associada a forças conservativas

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A) Energia Potencial Gravitacional
Positivo, pois o corpo tem
capacidade de realizar
𝑉𝑔 = 𝑊𝑦𝐺 trabalho positivo

A energia potencial
gravitacional do corpo é
determinada conhecendo-se a
altura do centro de gravidade
acima ou abaixo da linha ou
nível de referência escolhido.

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B) Energia Potencial Elástica
A energia potencial elástica armazenada pela mola quando a mesma é
deslocada a partir do repouso até a posição final s, é:

1 Positivo, pois o corpo tem


Ve = + k ( s ) 2 capacidade de realizar
2
trabalho positivo

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Resumo:
No caso geral, se um corpo está submetido simultaneamente a forças
gravitacionais e elásticas, a energia potencial do corpo pode ser
expressa pela soma algébrica:

V = Vg + Ve

A medida de V depende da localização do ponto material em relação


às referências escolhidas.

O trabalho realizado por forças conservativas que deslocam o corpo


de uma posição inicial, 1, para a posição final, 2, é medido pela
diferença entre as energias potenciais inicial e final do corpo.

(1→2 )cons = V1 − V2

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3.7. Conservação da Energia
Quando um corpo é submetido simultaneamente a forças conservativas e
não conservativas, o princípio do trabalho e energia pode ser escrito como:

T1 + ( 1→2 )cons. + ( 1→2 )não cons. = T2

A parcela do trabalho realizado pelas forças conservativas pode ser escrita


em termos das diferenças das respectivas energias potenciais. Então,

T1 + (V1 − V2 ) + ( 1→2 )não cons. = T2

Se somente forças conservativas que realizam trabalho, a equação acima se


reduz a:
T1 + V1 = T2 + V2 Conservação da Energia
Mecânica

Durante o movimento, a soma das energias cinética e potencial


(isto é, a energia mecânica) permanece constante

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Resumo:
Em um problema de Dinâmica, se somente forças conservativas
realizam trabalho, então pode-se aplicar o Teorema da Conservação
da Energia:

Durante o movimento de um corpo da posição 1 para a posição 2 a


Energia Mecânica (soma da Energia Cinética e Potencial) se
mantém constante.
𝐸𝑚𝑒𝑐 = cte
𝐸𝑚𝑒𝑐 1 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 2

𝑇1 + 𝑉1 = 𝑇2 + 𝑉2

𝑇1 + 𝑉𝑒1 + 𝑉𝑔1 = 𝑇2 + 𝑉𝑒2 + 𝑉𝑔2

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Exemplo 3.5
Um colar liso de 2 kg está preso numa mola não deformada de
rigidez k=3 N/m e de comprimento 0,75 m na posição A.
Determine a velocidade do colar para y=1m, considerando:
a) O colar é abandonado a partir da posição de repouso em A.
b) O colar é solto de A com velocidade 2 m/s.

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Solução
Referência para En. Pot. Gravitacional: Linha AB
a) Colar abandonado em A:
Como só há forças conservativas realizando
trabalho, o movimento de A para C pode ser
equacionado dinamicamente por
𝐸𝑚𝑒𝑐 𝐴 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 𝐶
𝑇𝐴 + 𝑉𝐴 = 𝑇𝐶 + 𝑉𝐶
𝑇𝐴 + 𝑉𝑒𝐴 + 𝑉𝑔𝐴 = 𝑇𝐶 + 𝑉𝑒𝐶 + 𝑉𝑔𝐶 𝑠 = 𝑙𝑑𝑒𝑓 − 𝑙𝑟𝑒𝑙
1 1 2 𝑙𝑟𝑒𝑙 = 0,75 m
0 + 0 + 0 = 𝑚𝑣𝐶2 + 𝑘𝑠 − 𝑚𝑔 𝑦
2 2 𝑙𝑑𝑒𝑓 = 0,752 + 12
1 1 𝑙𝑑𝑒𝑓 = 1,25 m
0 + 0 + 0 = 2𝑣𝐶2 + 3(0,5)2 −2(9,81)(1)
2 2 𝑠 = 1,25 −0,75 = 0,5 m
𝑣𝑐 = 4,39 m/s

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b) Colar solto de A com v=2 m/s

𝐸𝑚𝑒𝑐 𝐴 = 𝐸𝑚𝑒𝑐 𝐶

𝑇𝐴 + 𝑉𝐴 = 𝑇𝐶 + 𝑉𝐶

𝑇𝐴 + 𝑉𝑒𝐴 + 𝑉𝑔𝐴 = 𝑇𝐶 + 𝑉𝑒𝐶 + 𝑉𝑔𝐶


1 2
1 2
1 2
𝑚𝑣𝐴 + 0 + 0 = 𝑚𝑣𝐶 + 𝑘𝑠 + 𝑚𝑔 𝑦
2 2 2
1 2
1 2 1
2(2) + 0 + 0 = 2𝑣𝐶 + 3(0,5)2 +2(9,81)(1)
2 2 2

𝑣𝑐 = 4,82 m/s

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Exemplo 3.6
A barra AB de 10 kg mostrada na figura tem seus movimentos restritos
pelas ranhuras horizontal e vertical.
A mola tem uma rigidez k=800 N/m e não está deformada quando =0o.
Determine a velocidade angular de AB quando =0o, se a barra é solta a
partir do repouso quando =30o. Despreze a massa dos blocos
deslizantes.

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Solução
• m=10 kg
• k= 800 N/m
• A barra é solta qdo  1=30º
• Qdo  2=0º, qual AB = ?
• Não há atrito

Posição 1 ( 1=30º ):
Referência para Vg :
Reta horizontal passando por A
𝑇1 = 0 ⟹ Repouso
𝑉1 = 𝑉1𝑔 + 𝑉1𝑒
1 2
𝑉1 = −𝑚𝑔 𝑦 + 𝑘𝑠1
2
1
𝑉1 = −10(9,81)(0,2𝑠𝑒𝑛30 ) + (800)(0,4𝑠𝑒𝑛30𝑜)2
𝑜
2
𝑉1 = 6,19 J

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Posição 2 ( 2=0º):

𝑉2 = 𝑉2𝑔 + 𝑉2𝑒 𝑉2 = 0 + 0 = 0
(G na linha de referência e mola relaxada)
1 2
1 2 1 1 1
2
𝑇2 = 𝑚𝑣𝐺2 + 𝐽𝐺 𝜔2 𝑇2 = (10)𝑣𝐺2 + 10 0,4 2 𝜔22
2 2 2 2 12
vB 2
𝑇2 = 5𝑣𝐺2 + 0,067𝜔22

𝑣𝐺2 = 𝜔2 𝑟𝐺/𝐶𝐼
vA
𝑣𝐺2 = 𝜔2 (0,2)
𝑣𝐺2 = 0,2𝜔2
CI=A, nessa posição
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2
𝑇2 = 5𝑣𝐺2 + 0,067𝜔22 𝑇2 = 5(0,2𝜔2 )2 + 0,067𝜔22
𝑣𝐺2 = 0,2𝜔2 𝑇2 = 0,267𝜔22

Conservação da Energia Mecânica


𝑇1 + 𝑉1 = 𝑇2 + 𝑉2

0 + 6,19 = 0,267𝜔22 + 0

𝜔2 = 4,82 𝑟𝑎𝑑/𝑠

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Obrigado pela Atenção
Empenho, dedicação e boa sorte em
suas estudos!!

Alexandre Mesquita
alexmesq@ufpa.br

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