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```Contos da Mana Ancha```

💎*Grãos de Dólares*💰

_*Ultimo Capítulo*_

_Parte lll_

Depois do Rei ter autorizou ao Frank para que ficasse em Orela, fez um ritual para que deixasse de ser
procurado pelo mundo. Talib conhecia as capacidades de Frank, e sabia que seria de mais valia para
contabilidade do Reino, então, passou a trabalhar com Talib na administração do Reino, estreitando
ainda mais os laços de amizade.

Ntsai foi a primeira mulher a tornar-se guerreira, e igualmente, a primeira a tornar-se comandante e
chefe da guarda do Reino, inspirando outras mulheres que tinham o mesmo sonho mas, temiam ser
rejeitadas pela sociedade.

Ntsai, com apoio do Rei criou uma tropa só de mulheres, e julgavam ser a mais forte de Orela.

Ntsai enfim conheceu o seu lugar no Reino, e parou com as disputas de lugar e atenção que sempre
criou contra Talib. Tornaram-se bons amigos e parceiros no trabalho.

Ntsai encontrou o verdadeiro sentido do amor com Frank, tornaram-se um só.

Casaram-se numa cerimônia real, em que Frank tornou-se príncipe de Orela. Viveram um amor ao estilo
deles, e desse amor floriram dois filhos.

— Não sentes saudades do mundo? - Perguntou Ntsai.

— Meu mundo é aqui, ao lado de quem alimenta minha alma. - Disse Frank.

— A felicidade que me fazes sentir vale mais que tudo que já vivi nesta vida.
Por enúmeras vezes, ficou claro que o líder de um povo, vive pelo seu povo. Pela sua missão, deixa de
lado seu sentimento como homem, pai, marido, filho e toma postura de líder, e decida o melhor para o
bem e sobretudo, segurança do seu povo.

— Nós também erramos. Erramos para o nosso filho, por não termos lhe dado atenção. Disse Tawarah.

— Se lhe faltamos como pais, não foi por vontade, mas na tentativa de proteger algo maior que as
vontades de um filho rebelde.

— Podemos até não ser os pais que ele precisava, mas nós, fomos os líderes que o povo precisava. Disse
Malua.

— Enfim encontramos a paz, e um ensinamento que o povo, jamais esquecerá. Disse Tawarah.

Tawarah reinou Orela em paz por anos, tendo ao seu lado a sua adorada e sábia Malua.

Contou com apoio do seu filho Talib a quem confiou a governação na área financeira e administrativa, e
da sua filha Ntsai, na segurança e ordem do reino.

Por mais voltas que o mundo dê, baralhando a ordem das coisas, e por mais distância que afaste duas
pessoas, quando as almas estão ligadas, elas permanecerão unidas, para todo o sempre.

O caminho pode ser longo, e algumas vezes, podemos até, nos despistarmos e seguir outros trilhos. A
vida nos levará de volta ao nosso destino pois, pode até, estar em linhas tortas, mas a escrita continuará
certa.

Talib e Anaya dedicaram suas vidas dando o que mais tinham de melhor, o amor.

E, como o amor era tão grande, podiam dar um ao outro e sobrava ainda muito mais para dar ao seu
povo.

A cada dia, Talib demonstrava que estava preparado para seguir a sua missão e reinar Orela.

Ele criava melhores condições para seu povo, sem precisar colocá-lo em risco, dando a ele, o que
precisava e o que era necessário.

Anaya usava seu dom para ajudar seu marido a tomar melhores decisões, e outras pessoas a verem a
vida, de forma mais bonita e real. Aos poucos, servia como psicóloga, mas à moda Orela.
— Já podemos reformar. Disse Malua.

— Com certeza, ele será um Rei sábio, igual ao seu avô. Disse Tawarah.

Talib e Anaya casaram-se. O casamento obedeceu a tradição real, e as festividades, duraram cinco dias.

Tiveram três filhos, dos quais, dois rapazes é uma menina.

Anaya e Talib inspiravam outros casais, até casais mais velhos, pela sua cumplicidade e amizade
incondicional.

— Quanto achas que eu valho? Perguntou Anaya.

— Te colocaria um preço de mil grãos de dólares. Responde Talib, bem sério.

— Ahmm... é isso nem? Afinal tenho preço?

Talib ri-se a lembrar de tudo que viveu.

— Brincadeiras!

— Então, responde.

— Tu és meu mundo. Tu és a minha Orela.

Anaya riu-se.

— Mas do que aprender, o quanto vale Orela, e o quanto tu vales, tu Anaya, fizeste-me saber o quanto
eu devo valer, e que esse valor seria determinado pelas minhas acções.

— E tu ensinaste-me o valor do tempo, pois, foi por respeitá-lo que consegui esperar por ti.

Cada um sabe o que tem preço e o que tem valor. E, se o que tem preço, tem algum valor, e se o que
tem valor, deve ter um preço.

Neste conto podemos ver que é tão fácil colocar preço em tudo que não vale tanto, mas impossível
colocar preço, em algo que tem valor.

Não sei se fui capaz de explicar o que aprendi, afinal, este conto é fruto da minha imaginação, e nada do
que está escrito tem alguma base de realidade, deixo claro que, se tem algo que aparenta com um
acontecimento real, é mera coincidência.
Não dê preço o que tem valor para si!

Fim... _(da primeira temporada)_

_Escrito por: Ancha Douglas_

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