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ANEXO 1

DOS QUESITOS FORMULADOS À DRA. MARIA EMILIA GADELHA


SERRA

1. Suas considerações gerais sobre as vacinas SARS-CoV-2.

2. Quais estudos científicos apoiaram suas análises em relação às vacinas


Janssen, Coronavac, Oxford e Comirnaty?

3. Poderia disponibilizar os materiais sobre os testes clínicos da CoronaVac


que usou para comentar sobre os mesmos? Bem como compartilhar os materiais
científicos que usou para afirmar que há 23% de óbitos pós CoronaVac?
1

4. Considerando que o Instituto Butantã não apresentou dados de


imunogenecidade que deixou incertezas sobre a duração conferida pelo
imunizante e tampouco forneceu os dados sobre a concentração de alumínio na
composição da CoronaVac, em quais documentos baseou suas afirmações sobre
a relação entre CoronaVac e Alzheimer?

5. Quando se refere às vacinas contra SARS-CoV-2 usando o termo


“experimental” a que se refere exatamente?

6. Pode argumentar sobre as fases de um estudo clinico que caracterizam o


termo “experimental”?

7. Pode dizer em que fase do Estudo estão as vacinas contra SARS-CoV-2?

8. Pode argumentar sobre o registro emergencial das vacinas contra SARS-


CoV-2?
QUESITO No.1
Suas considerações gerais sobre as vacinas SARS-CoV-2.

A definição tradicional de pandemia é a de “uma epidemia simultânea por todo


o mundo com grande número de doentes e mortes”.1
Em 2009, na época do surto da chamada "gripe suína”, iniciou-se a
reformulação do conceito de pandemia. Em fevereiro de 2010, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) alterou a definição de pandemia removendo a parte referente ao
“grande número de doentes e mortes”, permanecendo apenas “a disseminação mundial
de uma nova doença”.2

Fig. 1. Definição de pandemia segundo a OMS desde 2010.

Desde então, para ser decretada uma "pandemia" basta que existam casos da
doença em muitos países, independente da quantidade de pessoas acometidas e da
gravidade da doença. Ao decretar uma pandemia, a OMS assume o controle de medidas
sanitárias globais e muitos Estados têm muitas normas, regulamentações e até mesmo
direitos civis suspensos para a imposição de medidas sociais, econômicas e até mesmo
individuais contra a pandemia.3 Estabeleceu-se assim um novo “paradigma”,
possibilitando também a incorporação extremamente rápida de novas vacinas, ainda

1 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32159489/
2 https://undercurrents723949620.wordpress.com/2021/03/22/the-definition-of-pandemic-
has-been-altered/
3 https://www.who.int/csr/disease/swineflu/frequently_asked_questions/pandemic/en/
que com tempo insuficiente de avaliação e acompanhamento de segurança, eficácia e
monitoramento de eventos adversos, respeitando as fases da pesquisa clínica, como
deveria ser.
Os primeiros casos da nova doença COVID-19 apareceram no final de 2019 na
cidade de Wuhan, na China, em funcionários do Instituto de Virologia de Wuhan,
laboratório especializado em experiências genéticas com vírus da família
Coronaviridae, o SARS-Cov-2, sendo que estudos recentes confirmam tal origem. 4,5,6
A necessidade de desenvolver rapidamente uma vacina contra o vírus SARS-
CoV-2 (Coronavírus tipo 2), implicado na doença COVID-19, gerou um novo conceito:
o “paradigma pandêmico” – ou “velocidade pandêmica no qual a aceleração do
processo de disponibilização de um novo produto imunizante passou a ser justificado
em função da pressa de oferecer uma solução teórica para a pandemia decretada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) em março de 2020.7,8
Os responsáveis pela introdução do novo conceito esclareceram:

3 “Nossa organização, a Coalizão para a Inovação em


Preparação para Epidemias (CEPI), uma organização
não-governamental internacional financiada pelo
Wellcome Trust, a Fundação Bill e Melinda Gates, a
Comissão Europeia e oito países (Austrália, Bélgica,
Canadá, Etiópia, Alemanha, Japão, Noruega e Reino
Unido), está apoiando o desenvolvimento de vacinas
contra cinco patógenos epidêmicos na lista de
prioridades da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nosso objetivo é desenvolver reservas de vacinas
investigatórias para cada patógeno após essas vacinas
terem concluído os ensaios da fase 2, esperando que elas
sejam submetidas a testes clínicos durante futuros surtos.
O CEPI também apoia o desenvolvimento de tecnologias de
plataforma para se preparar para a "Doença X" – uma
doença epidêmica recém-emergente, como a Covid-19.

4 https://www.news18.com/news/world/wuhan-lab-where-1st-case-emerged-had-3-live-bat-
coronaviruses-chinese-state-media-2634563.html
5 https://www.nature.com/articles/s41598-021-92388-5
6 https://www.news18.com/news/world/wuhan-lab-where-1st-case-emerged-had-3-live-bat-
coronaviruses-chinese-state-media-2634563.html
7 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp2005630
8 https://www.nature.com/articles/s41586-020-2798-3
Uma plataforma ideal apoiaria o desenvolvimento do
sequenciamento viral a ensaios clínicos em menos de 16
semanas, demonstraria a obtenção de respostas imunes
consistentes entre patógenos e seria adequada para a
fabricação em larga escala usando uma plataforma
patógeno-agnóstica.” (grifo nosso)

O desenvolvimento de uma vacina tradicional pode levar 15 anos ou mais,


começando com uma longa fase de descoberta na qual as vacinas são projetadas e
experimentos pré-clínicos exploratórios com animais são conduzidos. Isso geralmente
é seguido por uma fase em que experimentos pré-clínicos mais formais e estudos de
toxicologia (estudos DART) são realizados, inclusive para avaliar riscos de
genotoxicidade (lesão ao material genético – DNA – do animal, que possa ser
extrapolado posteriormente para os seres humanos) e de teratogenicidade (riscos de
malformações congênitas nos animais testados), em que processos de produção são
desenvolvidos.
Após esses passos iniciais terem sido cumpridos, um “pedido de novo
4
medicamento experimental” (“Investigational New Drug”, IND) é apresentado à
agência reguladora e a candidata à vacina entra nos testes clínicos das fases 1, 2 e 3,
agora em seres humanos, envolvendo dezenas, centenas e milhares de indivíduos
respectivamente. Se, quando os ensaios da fase 3 forem concluídos, os desfechos pré-
determinados forem satisfatoriamente atingidos, um “pedido de licença de produtos
biológicos” (“Biologics Licence Application”, BLA) é protocolado e revisado por
agências reguladoras e, finalmente, a vacina é licenciada.
Após o registro, começa a produção em larga escala, iniciando-se a fase 4, em
que a chamada “Farmacovigilância” pressupõe o monitoramento de eventos adversos
novos e/ou mais frequentes que possam ser observados a partir da aplicação do novo
produto em massa na população.9

9 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp2005630
Fig. 2. Fases da pesquisa clínica de novos medicamentos e vacinas.10

Fig. 3. Importância da fase pré-clinica no desenvolvimento de novas vacinas.11

10 https://theconversation.com/where-are-we-at-with-developing-a-vaccine-for-coronavirus-134784
11 https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2020/06/011_Dados_292.pdf
Fig. 4. Fases de desenvolvimento de uma nova vacina, ressaltando que a concessão do
registro sanitário ao novo produto ocorre após a conclusão da fase 3 do experimento.12

No entanto, o desenvolvimento das vacinas para SARS-CoV-2 está seguindo um


6 cronograma acelerado, baseado no novo “paradigma pandêmico”. Alegou-se que,
devido ao conhecimento obtido com o desenvolvimento inicial de vacinas para o vírus
SARS CoV-1 (Coronavírus tipo 1) e para o MERS-CoV, vírus causador da Síndrome
Respiratória do Oriente Médio (Middle East Respiratory Syndrome Coronavirus), a fase
de descoberta foi omitida. Porém a experiência pré-clínica com os candidatos à vacina
para o Coronavírus tipo 1 e para a MERS levantou preocupações sobre a exacerbação
de doenças pulmonares12 e hepatite13, diretamente ou como resultado da “exacerbação
dependente de anticorpos”, conhecida como “reação ADE” (Antibody Dependent
Enhancement), em que anticorpos desenvolvidos previamente podem, ao invés de evitar
a entrada do vírus na célula do indivíduo infectado em um próximo contato,
potencializar a mesma, causando a resposta oposta à proteção esperada. Ainda assim os
processos existentes foram adotados e estudos de fase 1/2 foram iniciados. Os ensaios
de fase 3 também foram iniciados após a análise interina dos resultados da fase 1/2,
com várias fases do ensaio clínico a decorrer em paralelo (simultaneamente). Nesse
meio tempo, os produtores de vacinas começaram a produção em grande escala de
várias candidatas a vacinas, no risco. O caminho exato pelo qual essas vacinas-
candidatas foram licenciadas - por exemplo, por meio do uso da “autorização de

12 https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0035421
13 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC525089/
emergência”, apoiada no novo “paradigma pandêmico”, ainda surpreende e gera
questionamentos.

7
Fig. 5. Canais de desenvolvimento de vacinas, o tradicional (acima) e o acelerado
“paradigma pandêmico” (abaixo).8

É importante ressaltar que, para a maioria dos produtos denominados “vacinas


contra COVID-19” que estão sendo disponibilizados para a população brasileira, os
ensaios clínicos de fase 1/2 foram iniciados em abril de 2020, apenas quatro meses
após a divulgação do sequenciamento genômico do vírus SARS CoV-2 em janeiro de
2020. 14, 15
Os ensaios de fase 3 foram iniciados em agosto e setembro de 2020 após a análise
provisória dos resultados de fases 1/2, com várias etapas do ensaio clínico em execução
em paralelo. Tal aceleração no processo de avaliação desses novos produtos por si só já
deveria ser motivo de preocupação, uma vez que o tempo de observação é fator sine
qua non para identificação de eventuais erros de programação que possam gerar
eventos adversos que ameacem a saúde do indivíduo vacinado e até mesmo causem seu
óbito.

14 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa2001017
15 https://apps.who.int/iris/handle/10665/338480
No caso do produto da indústria farmacêutica Pfizer, as fases 1, 2 e 3 foram
fusionadas, um procedimento nunca antes registrado na história da Medicina, como
pode ser comprovado no site oficial do governo norte-americano “clinicaltrials.gov”
sob a identificação NCT0436872830. Tal estudo permanece em curso, recrutando
voluntários, com previsão de término apenas em 2 de maio de 202316, caracterizando
seu caráter “experimental”. Na presente data, novembro de 2021, a vacina Pfizer está
sendo amplamente aplicada em seres humanos, inclusive em grávidas e adolescentes,
em todos os continentes, sem que sequer o estudo de fases 1/2/3 tenha sido finalizado.
De forma mais surpreendente, a Pfizer conseguiu registro provisório nos Estados Unidos
em dezembro de 2020 (após exíguos oito meses)17 e obteve o “registro definitivo” para
seu produto experimental, o primeiro no Brasil, por meio de licença concedida pela
Anvisa em 23 de fevereiro de 2021, baseada tão somente em mera análise documental,
papéis, depois de exíguos 17 dias.18 No Brasil, segundo informações publicadas em 2 de
agosto de 2021 no documento “PARECER PÚBLICO DE AVALIAÇÃO DA VACINA
COVID-19 – COMIRNATY – APROVAÇÃO - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
8
– ANVISA, Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos – GGMED”,
adolescentes foram incluídos no estudo de fase 3 após o registro definitivo do produto,
19 contrariando as boas práticas de pesquisa clínica e a Resolução CNS no. 466. 20

“O estudo consiste em 2 partes: Fase 1 para identificar as


vacinas candidatas preferidas e os níveis de dose; e Fase
2/3 como uma coorte expandida e parte da eficácia.

A Fase 1 foi projetada para identificar o candidato de


vacina preferido e o nível de dose para desenvolvimento
posterior com base na segurança, tolerabilidade e
imunogenicidade.

A Fase 2 foi projetada para expandir o conhecimento sobre


a segurança e imunogenicidade da vacina candidata
selecionada na Fase 1.

16 https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04368728
17 https://www.fda.gov/media/144412/download
18 https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/02/anvisa-concede-
primeiro-registro-definitivo-para-vacina-contra-a-covid-19-nas-americas
19 https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351023179202157/
20 https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
A Fase 2/3 foi projetada para avaliar a eficácia da vacina
candidata selecionada para desenvolvimento e para
fornecer dados adicionais de segurança e
imunogenicidade em uma população maior, incluindo
adolescentes (os adolescentes foram posteriormente
autorizados a se inscrever como parte da Fase 3; dados não
estavam disponíveis no momento do peticionamento de
registro).” (grifo nosso)

Fig. 6. PARECER PÚBLICO DE AVALIAÇÃO DA VACINA COVID-19 – COMIRNATY –


APROVAÇÃO - Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Gerência-Geral de
Medicamentos e Produtos Biológicos – GGMED.8

Os testes em um modelo animal adequado e o rigoroso monitoramento de


segurança em ensaios clínicos são críticos quando um determinado novo produto é
introduzido para uso disseminado numa determinada população, principalmente
quando recomendado em forma de campanha de vacinação em massa.
A garantia de segurança de uma nova vacina torna-se prioritária em relação à
eficácia, pois vacinas são, por definição, medicamentos imunobiológicos aplicados em
geral em pessoas saudáveis com o objetivo de prevenir doenças e nunca foram
consideradas opções de “tratamento”. Para algumas doenças, uma vacina segura nunca
foi desenvolvida, inclusive.
A tolerância da opinião pública em relação a eventos adversos associados a
vacinas é baixa, conforme atesta o próprio curso de Vacinologia da OMS, a saber
“Vaccine safety Basics – e-learning course – World Health organization – Module 1:
Introduction to vaccine safety”.21

“The general public has low tolerance to any adverse


events following vaccination because vaccines are given to
healthy persons to prevent disease. For this reason, a
higher standard of safety is expected of immunizations
compared with medications that are used to treat people
10
who are sick (e.g. antibiotics, insulin). This lower
tolerance for risks from vaccines translates into a
greater need to detect and investigate any adverse event
following immunization (AEFI) than is generally expected
for other pharmaceutical products.”

Tradução livre:
“O público em geral tem baixa tolerância a quaisquer
eventos adversos após a vacinação porque as vacinas são
dadas a pessoas saudáveis para prevenir doenças. Por este
motivo, espera-se um padrão mais alto de segurança das
imunizações em comparação com os medicamentos
usados para tratar pessoas que estão doentes (por exemplo,
antibióticos, insulina). Esta menor tolerância aos riscos das
vacinas se traduz em uma maior necessidade de detectar e
investigar qualquer “evento adverso após imunização”

21 https://vaccine-safety-training.org/expectations-towards-safety-of-vaccines.html
(EAV) do que geralmente é esperado para outros produtos
farmacêuticos.”

Até setembro de 2020, a imprensa e lideranças mundiais mostravam-se contra


a aprovação de vacinas e a realização de campanhas de vacinação em massa antes da
conclusão de todas as fases dos estudos clínicos iniciados até então.22 No entanto, a
prudência de poucos meses atrás foi substituída, de modo inexplicável, por uma atitude
diametralmente oposta, em que não apenas se autorizou a ampla vacinação com
fármacos experimentais que sequer atingiram o marco da fase 3 dos estudos clínicos,
como ainda se passou a OBRIGAR parte da população a participar do experimento,
gerando um retrocesso de décadas de preservação dos Direitos Humanos.

a) Vacinas contra COVID-19 em uso no Brasil

Embora vacinas sempre tenham sido definidas como ferramentas de prevenção


de doenças, no atual cenário, de grande complexidade sanitária mundial, uma vacina
11 eficaz e segura, passou a ser reconhecida como uma solução em potencial para o
controle da pandemia, aliada à manutenção das medidas de prevenção já estabelecidas.
O primeiro programa de vacinação em massa no mundo começou no início de
dezembro de 2020, quando foram administradas pelo menos 13 vacinas diferentes (em
quatro plataformas vacinais). Até 01 de outubro de 2021, no painel da OMS, 194
vacinas candidatas contra COVID-19 encontravam-se em fase pré-clínica de pesquisa
e 123 vacinas candidatas em fase de pesquisa clínica. Das vacinas candidatas em
estudos clínicos, 23 encontram-se na fase 3 de ensaios clínicos para avaliação de
eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e
posterior imunização da população e 08 em suposta fase 4, destas a Pfizer e a
AstraZeneca com registro definitivo pela ANVISA no Brasil e disponibilizada à
população brasileira. Atualizações sobre as fases de vacinas em desenvolvimento
encontram-se disponíveis no sítio eletrônico da OMS. 23

O detalhamento da produção e estudos em desenvolvimento de vacinas contra


COVID-19 encontra-se descrito no “Relatório Técnico de Monitoramento de Vacinas

22 https://www.cnnbrasil.com.br/saude/desastres-anteriores-com-vacinas-mostram-perigos-
de-antecipar-liberacao-de-uso/
23 https://www.who.int/emergencies/diseases/novelcoronavirus-2019/covid-19-vaccines
em Desenvolvimento contra SARS-CoV-2, da Secretaria de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde.”24
O documento do Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da Vacinação
contra a COVID-19 do Ministério da Saúde do Brasil, na sua 11ª Edição, de 7 de outubro
de 2021,25 elenca seis tipos de vacinas contra COVID-19 distribuídas para uso, até o
momento, na Campanha Nacional:
• Instituto Butantan (IB): vacina adsorvida covid-19 (Inativada) Fabricante:
Sinovac Life Sciences Co., Ltd. Parceria: Sinovac/Butantan
• Fundação Oswaldo Cruz - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos -
BioManguinhos (Fiocruz/BioManguinhos): vacina covid-19 (recombinante)
Covishield. Fabricante: Serum Institute of India Pvt. Ltd. Parceria: 21
AstraZeneca/Fiocruz
• Fundação Oswaldo Cruz - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos -
BioManguinhos (Fiocruz/Bio-Manguinhos): vacina covid-19 (recombinante)
Fabricante: Fiocruz/Bio-Manguinhos. Parceria: AstraZeneca/Fiocruz
• AstraZeneca: vacina contra covid-19 (ChAdOx1-S (recombinante)). Vacina
12 oriunda do consórcio Covax Facility
• Pfizer/Wyeth: vacina covid-19 (RNAm) (Comirnaty) – Pfizer/Wyeth
• Janssen: vacina covid-19 (recombinante). Vacina oriunda do consórcio Covax
Facility

b) Plataformas tecnológicas das Vacinas COVID-19 em produção


Segundo o mesmo documento do PNO, a seguir são descritas as principais
plataformas tecnológicas utilizadas para o desenvolvimento das vacinas em estudo
clínico na fase clínica na ocasião da redação:
a) Vacinas de vírus inativados – As vacinas de vírus inativados utilizam
tecnologia clássica de produção, através da qual é produzida uma grande
quantidade de vírus em cultura de células, sendo estes posteriormente inativados
por procedimentos físicos ou químicos. Geralmente são vacinas seguras e
imunogênicas, pois os vírus inativados não possuem a capacidade de replicação.
Exemplo: CoronaVac.

24 https://www.gov.br/saude/ptbr/coronavirus/vacinas/relatorios-de-monitoramento-sctie
25 https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/publicacoes-tecnicas/guias-e-planos/plano-
nacional-de-vacinacao-covid-19
Fig. 7. Esquema descritivo da vacina com antígeno de vírus inativado CoronaVac. 26

b) Vacinas de vetores virais – Estas vacinas utilizam vírus humanos ou de outros


animais, replicantes ou não, como vetores de genes que codificam a produção
13 da proteína antigênica (no caso a proteína Spike ou proteína S do SARS-CoV-2).
Os vetores virais replicantes podem se replicar dentro das células enquanto os
não-replicantes, não conseguem realizar o processo de replicação, porque seus
genes principais foram desativados ou excluídos. Uma vez inoculadas, estas
vacinas com os vírus geneticamente modificados estimulam as células humanas
a produzir a proteína Spike, que vão, por sua vez, estimular a resposta imune
específica. O vírus recombinante funciona como um transportador do material
genético do vírus-alvo, ou seja, é um vetor inócuo, incapaz de causar doenças.
Exemplos: AstraZeneca e Janssen.

26https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/ufmg-inicia-%C3%BAltima-fase-de-testes-da-vacina-

chinesa-contra-a-covid-nesta-sexta-feira-1.797763
Fig 8. Esquema descritivo das “vacinas” de vetor viral. .27

14
c) Vacina de RNA mensageiro – O segmento do RNA mensageiro do vírus, capaz
de codificar a produção da proteína antigênica (proteína Spike), é encapsulado
em nanopartículas lipídicas. Da mesma forma que as vacinas de vetores virais,
uma vez inoculadas, estas vacinas estimulam as células humanas a produzir a
proteína Spike, que vão por sua vez estimular a resposta imune específica. Esta
tecnologia permite a produção de volumes importantes de vacinas, mas utiliza
uma tecnologia totalmente nova e nunca antes utilizada ou licenciada em
vacinas para uso em larga escala. Do ponto de vista de transporte e
armazenamento, estas vacinas requerem temperaturas muito baixas para
conservação (-70º C no caso da vacina candidata da Pfizer e -20º C no caso da
vacina candidata da Moderna), o que pode ser um obstáculo operacional para a
vacinação em massa, especialmente em países de renda baixa e média. Exemplo:
Comirnaty Pfizer.

27https://thl.fi/en/web/infectious-diseases-and-vaccinations/what-s-new/coronavirus-covid-19-

latest-updates/transmission-and-protection-coronavirus/vaccines-and-coronavirus/frequently-asked-
questions-about-adenovirus-vaccines
Fig 8. Esquema descritivo da “vacina” de RNA mensageiro. 28

15 d) Unidades proteicas – Através de recombinação genética do vírus SARS-CoV2,


se utilizam nanopartículas da proteína Spike (S) do vírus recombinante SARS-
CoV-2 rS ou uma parte dessa proteína denominada de domínio de ligação ao
receptor (RDB). Os fragmentos do vírus desencadeiam uma resposta imune sem
expor o corpo ao vírus inteiro. Esta é uma tecnologia já licenciada e utilizada em
outras vacinas em uso em larga escala e, usualmente, requer adjuvantes para
indução da resposta imune.

Detalhando cada uma delas, temos:


• Vacina adsorvida COVID-19 (inativada) – Sinovac / Instituto Butantan
É uma vacina contendo antígeno do vírus inativado SARS-CoV-2. Cada dose de
0,5 mL contem 600 SU do antígeno do vírus inativado SARS-CoV-2 Aprovada em
19/01/2020 para uso emergencial no Brasil pela ANVISA.
O documento do PNO atesta que “os estudos de soroconversão da vacina
adsorvida covid-19 (Inativada), demonstraram resultados superiores a 92% nos

28 https://thl.fi/documents/533989/5805321/THL-korona-RNA-
rokote_02_EN_21122020.png/e1d5088a-c56c-cfbc-7fb3-ca85471d545b?t=1610716016942
participantes que tomaram as duas doses da vacina no intervalo de 14 dias e mais do
que 97% em participantes que tomaram as duas doses da vacina no intervalo de 28 dias.
A eficácia desta vacina foi demonstrada em um esquema contendo 2 doses com
intervalo de 2 a 4 semanas. Para prevenção de casos sintomáticos de covid19 que
precisaram de assistência ambulatorial ou hospitalar a eficácia foi de 77,96%. Não
ocorreram casos graves nos indivíduos vacinados, contra 7 casos graves no grupo
placebo.”

16

Tabela 1: Vacina adsorvida COVID-19 (inativada) – Sinovac/Butantan, Brasil, 2021.

Em julho de 2011, a Diretoria Colegiada da ANVISA avaliou o pedido de


ampliação do uso emergencial da CoronaVac para a população acima de três anos de
idade, porém após análise deliberou-se pela não aprovação nesta faixa estaria.
Este produto não está autorizado pela ANVISA para uso em população abaixo de
18 anos.
• Vacina covid-19 (recombinante) – AstraZeneca/Fiocruz
A vacina COVID-19 (recombinante) desenvolvida pelo laboratório
AstraZeneca/Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz é uma vacina
contendo dose de 0,5 mL. Cada dose de 0,5 mL contém 5 × 1010 partículas virais (pv)
do vetor adenovírus recombinante de chimpanzé, deficiente para replicação
(ChAdOx1), que expressa a glicoproteína SARS-CoV-2 Spike (S). Produzida em células
renais embrionárias humanas (HEK) 293 geneticamente modificadas.
O documento do PNO atesta que “os estudos de soroconversão da vacina covid-
19 (recombinante) demonstraram resultados em ≥ 98% dos indivíduos em 28 dias após
a primeira dose e > 99% em 28 dias após a segunda dose. A eficácia desta vacina foi
demonstrada em um esquema contendo 2 doses com intervalo de 12 semanas. Os
indivíduos que tinham uma ou mais comorbidades tiveram uma eficácia da vacina de
73,43%, respectivamente, foi similar à eficácia da vacina observada na população
geral.”
Conforme a bula, atualizada pela ANVISA em setembro de 2021, o esquema
vacinal primário com a vacina COVID-19 (recombinante) consiste de duas doses 24
separadas de 0,5 mL cada. A segunda dose deve ser administrada entre 4 e 12 semanas
17 após a primeira dose .
Recomenda-se que indivíduos que receberam uma primeira dose da vacina
COVID-19 (recombinante) concluam o esquema de vacinação com a vacina COVID-
19 (recombinante), excepcionalmente gestantes, puérperas e casos de
hipersensibilidades ou anafilaxias e indicação médica.
Em reuniões realizadas no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunização
e Doenças Transmissíveis, o Programa Nacional de Imunizações optou por adotar o
esquema de duas doses da vacina COVID-19 AstraZeneca com intervalo de 12 semanas.
Entretanto, diante da atualização dos dados epidemiológicos que apontam para uma
maior disseminação da variante delta em muitas cidades brasileiras e da disponibilidade
de doses suficientes do imunizante, o PNO revisou as suas recomendações e passou a
adotar o intervalo de 8 semanas entre a primeira e segunda dose da vacina AstraZeneca
a partir do dia 05 de outubro de 2021.
Este produto não está aprovado para uso em indivíduos abaixo de 18 anos.
18

Tabela 2: Especificação da Vacina covid-19 (recombinante) - AstraZeneca. Brasil, 2021.

• Vacina COVID-19 (RNAm) (Comirnaty) – Pfizer/Wyeth


A vacina COVID-19 (RNA mensageiro) desenvolvida pelo laboratório
Pfizer/BioNTech é registrada no Brasil pela farmacêutica Wyeth. Cada dose de 0,3mL
contém 30 µg de RNAm que codifica a proteína S (spike) do SARS-CoV-2. A vacina na
apresentação de frasco multidose deve ser diluída com 1,8mL de solução de cloreto de
sódio 0,9% (soro fisiológico 0,9%). Após a diluição, o frasco contém 2,25ml. A vacina é
distribuída em frascos multidose, contendo 6 doses em cada frasco, sendo necessária a
diluição do princípio ativo com 1,8mL de solução de cloreto de sódio 0,9% (soro
fisiológico), de tal forma que cada dose utilizada será de 0,3mL. A vacina deve ser
administrada por via intramuscular em esquema de duas doses. O intervalo descrito em
bula é de três semanas ou mais entre as doses.
19

Tabela 3: Especificação da vacina covid-19 (RNAm) (Comirnaty) - Pfizer/Wyeth. Brasil,


2021.
O documento do PNO atesta que “a eficácia vacinal geral, em estudos de fase 3,
que incluíram 43.548 participantes, avaliando-se COVID-19 sintomática confirmada
por RT-PCR com início após 7 dias da segunda dose, foi de 95,0% (90,0%–97,9%), tendo
sido semelhante nas diferentes faixas etárias. Reanalisando dados desses estudos, a
eficácia após duas semanas da primeira dose e antes da segunda dose foi de 92,6%
(69,0%-98,3%).”
Ainda segundo o mesmo documento do PNO, “de acordo com a bula do
imunizante atualizada para administração em população acima de 12 anos, em uma
análise do Estudo 2 realizada em adolescentes de 12 a 15 anos de idade sem evidência
de infecção anterior, não houve casos em 1.005 participantes que receberam a vacina
e 16 casos de 978 que receberam placebo. A estimativa pontual de eficácia é de 100%
(intervalo de confiança de 95% 75,3, 100,0). Nos participantes com ou sem evidência
de infecção anterior, houve 0 casos em 1119 que receberam a vacina e 18 casos em
1110 participantes que receberam placebo. Isso também indica que a estimativa
pontual para eficácia é de 100% (intervalo de confiança de 95% 78,1, 100,0). No Estudo
2, uma análise dos títulos neutralizantes de SARS-CoV-2 1 mês após a Dose 2 foi
realizada em um subgrupo de participantes selecionados 26 aleatoriamente que não
tinham evidências sorológicas ou virológicas de infecção anterior por SARS CoV-2 até
1 mês após a Dose 2, comparando a resposta entre adolescentes de 12 a 15 anos de
idade (n = 190) com participantes de 16 a 25 anos de idade (n = 170).
“Estudos de vida real” demonstraram elevada efetividade vacinal, seja para
trabalhadores de saúde da linha de frente (80% após a primeira dose e 90% após a
segunda contra infecção pelo SARS-CoV-2), idosos acima de 70 anos (redução do risco
de internação hospitalar de cerca de 80% e de risco de óbito pela covid-19 de 85%), ou
na população geral (97% contra casos sintomáticos, necessidade de internação ou morte
pela COVID-19).
Segundo o mesmo documento do PNO, considerando dados de eficácia e de
efetividade, demonstrando elevada proteção para formas graves da doença com a
20 primeira dose bem como redução na transmissibilidade dos indivíduos vacinados com
a primeira dose, os estudos de imunogenicidade demonstrando maior resposta de
anticorpos com o uso do intervalo aumentado entre as doses (12 semanas versus 21
dias), as projeções de modelagem matemática indicando redução do número de casos,
internações e óbitos com a ampliação do intervalo, visando aumentar a parcela da
população vacinada com pelo menos 1 dose, respaldado ainda pelas discussões
realizadas no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças
Transmissíveis (Portaria nº 28 de 03 de setembro de 2020), o Programa Nacional de
Imunizações optou por, naquele momento, adotar o esquema de duas doses da vacina
COVID-19 Pfizer/Wyeth com intervalo de 12 semanas. Entretanto, diante da
atualização dos dados epidemiológicos que apontam para uma maior disseminação da
variante delta em muitas cidades brasileiras e da disponibilidade de doses suficientes do
imunizante, o PNO revisou as suas recomendações e passou a adotar o intervalo de 8
semanas entre a primeira e segunda dose da vacina Pfizer. Ressalta-se que tal
recomendação está em consonância com a estratégia adotada em outros países e se
aproxima da recomendação original do fabricante. Ressalta-se que tal recomendação
está em consonância com a estratégia adotada em outros países como os programas do
Reino Unido e Canadá.
De acordo com a bula do fabricante o esquema vacinal primário completo se
dará com duas doses, com intervalo de 3 a 12 semanas com o mesmo imunizante, não
havendo dados disponíveis sobre a intercambialidade de ComirnatyTM com outras
vacinas contra COVID-19, assim para completar a série de vacinação, os indivíduos
que tenham recebido uma dose de ComirnatyTM devem receber uma segunda dose de
ComirnatyTM para completar a série de vacinação.

• Vacina COVID-19 (recombinante) – Janssen


A vacina COVID-19 (recombinante) da Farmacêutica Janssen, na composição
por dose de 0,5mL contém Adenovírus tipo 26 que codifica a glicoproteína spike
SARSCoV-2, produzido na linha celular PER.C6 TetR e por tecnologia de DNA
recombinante, não inferior a 8,92 log10 unidades infecciosas (Inf.U), na apresentação
de frasco-ampola multidose de 2,5mL (5 doses). Possui administração intramuscular e
é utilizada em dose única de 0,5 mL (contendo 5 x1010 partículas virais), o que é uma
vantagem em relação às demais vacinas disponíveis atualmente no Brasil.
O estudo clínico de fase 3 incluiu aproximadamente 40.000 indivíduos sem
evidência de infecção prévia pelo SARS-CoV-2, com idades entre 18-100 anos, e avaliou
21 a eficácia vacinal em prevenir a covid-19 sintomática, moderada a grave/crítica e
confirmada laboratorialmente. Dados preliminares indicam que a eficácia global foi de
66,3% (IC95% = 57,2%-72,4%) após ≥14 dias da vacinação com dose única, sendo que
uma eficácia de ≥63% foi observada em diferentes categorias por idade, sexo, raça/etnia
e entre aqueles com comorbidades. Ademais, houve variação da eficácia
geograficamente, sendo de 64,7% (IC95% = 54,1%-73%) no Brasil - onde 69,4% dos
participantes que fizeram sequenciamento genético apresentavam infecção pela
linhagem P.2 -, de 52% (IC95% = 30,3 – 73,1%) na África do Sul (onde 94,5% dos casos
sequenciados apresentavam a variante 20H/501Y.V2) e de 74,4% nos Estados Unidos
(onde 96,4% dos sequenciados possuíam a variante D614G). Não houve identificação
das linhagens B.1.1.7 ou P1 no estudo.
Em relação à capacidade da vacina em evitar hospitalizações, a eficácia estimada
foi de 93,1% (IC95% = 71,1%- 98,4%) ≥14 dias da vacinação; sendo que após ≥28 dias,
não houve hospitalizações no grupo vacinado (eficácia estimada em 100%, IC95% =
74,3%-100%). A eficácia contra mortalidade global foi de 75% (IC95% 33,4%- 90,6%),
não sendo detectada nenhuma morte associada a covid-19 no grupo vacinado (contra
7 no grupo placebo). Além disso, dados preliminares sugerem que possa haver proteção
vacinal também contra infecções assintomáticas, pois 0,7% dos que receberam a vacina
e que não apresentaram sintomas apresentaram soroconversão para uma proteína não-
S versus 2,8% no grupo placebo (eficácia estimada de 74,2%; IC95% = 47,1%-88,6%).

22

Tabela 4: Especificação da Vacina covid-19 (recombinante) - Vacina covid-19


(recombinante) - Janssen. Brasil, 2021.
Quanto à segurança e à reatogenicidade vacinal no estudo de fase 3, apesar de
frequentes, a maioria dos eventos adversos foram leves a moderados e com resolução
após 1–2 dias da vacinação, sendo mais frequentes entre 18-59 anos do que naqueles
com idade ≥60 anos. Reações locais ou sistêmicas grau ≥3 foram mais comuns em
vacinados do que naqueles que receberam placebo (2,2% contra 0,7%,
respectivamente). A frequência de eventos adversos graves foi baixa (0,4%), tanto em
vacinados quanto nos que receberam placebo; desses, 3 foram considerados
relacionados à vacinação de acordo com o FDA (dor no local da aplicação,
hipersensibilidade e reatogenicidade sistêmica).
Esse produto não tem aprovação pela ANVISA para uso em população abaixo de
18 anos.
Em resumo:

Composição das Vacinas da COVID-19, Recomendações e Eventos Adversos Relatados


nas Bulas Oficiais

Nome Comercial / Fabricante Composição

CoronaVac/Butantan/Sinovac29 Cada dose de 0,5 mL de suspensão injetável contém 600


SU do antígeno do vírus inativado SARS-CoV-2.
A bula não consta ainda no site Excipientes: hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato
oficial da OMS porque eles alegam dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio,
que precisam de mais estudos sobre água para injetáveis e hidróxido de sódio para ajuste de
a vacina e que vão apenas autorizar pH. Este produto não contém conservantes.
o uso “emergencial”.30

AstraZeneca/Oxford/Fiocruz31, 32, Cada dose de 0,5 mL contém 5 x 1010 partículas virais


23
33 (pv) do vetor adenovírus recombinante de chimpanzé,
deficiente para replicação (ChAdOxl), que expressa a
glicoproteína SARS-CoV-2 Spike (S).
Produzido em células renais embrionárias humanas
(HEK) 293 geneticamente modificadas.
Esse produto contém organismos geneticamente
modificados (OGMs).
Excipientes: L-Histidina, cloridrato de L-histidina
monoidratado, cloreto de magnésio hexaidratado,
polissorbato 80, etanol, sacarose, cloreto de sódio, edetato
dissódico di-hidratado (EDTA) e água para injetáveis.

Tabela 5 : Composição dos medicamentos imunobiológicos contra COVID-19


disponíveis

29 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/paf/noticias-anvisa/2021/bulas-saiba-mais-sobre-as-
vacinas-autorizadas-para-uso-emergencial/2021-01-18-bula-profissional-da-saude_clean.pdf
30 https://www.who.int/news/item/01-06-2021-who-validates-sinovac-covid-19-vaccine-for-

emergency-use-and-issues-interim-policy-recommendations
31 https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=VACINA%20COVID-
19%20(RECOMBINANTE)
32 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/bulas-saiba-mais-sobre-as-

vacinas-autorizadas-para-uso-emergencial/bula-vacina-covid-19-recombinante_vps_001_21-01-
2021.pdf?fbclid=IwAR1yW_v8P0fC7S4nFPCV5Wz3RHPT_vHJILFUcoCOnT9ugh3wHjLeOz8ELH8
33 https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-vaccines-SAGE_recommendation-
AZD1222-2021.1
Recomendações e Eventos Adversos:

• CORONAVAC34: “Você não deve ser vacinado se tem ou já teve alergia a algum
componente da vacina adsorvida COVID-19 (inativada). Se você estiver com
alguma doença aguda ou com febre ou início agudo de doenças crônicas não
controladas no momento da vacinação, esta vacina não é indicada”; “O uso
deverá ser feito com cautela caso você ou alguém da família tenha histórico de
convulsão”; “A vacinação deve ser avaliada com atenção caso você seja portador
de desordens neurológicas em atividade”; “Esta vacina, assim como para todas
as vacinas injetáveis, deve ser administrada com precaução caso você tenha
trombocitopenia ou coagulopatias”; “supervisão e tratamento médico adequado
devem estar sempre prontamente disponíveis no caso de uma reação anafilática
rara após a administração da vacina”; “não há estudos controlados em mulheres
grávidas ou lactantes”; “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista”; “existem riscos
teóricos de que indivíduos vacinados poderiam desenvolver Doença Agravada
pela Vacina, ou seja, ter uma doença mais grave do que teria caso não tivesse
tomado a vacina, mas até o momento não há relato que isso tenha acontecido
com o vírus que causa a COVID-19”; “este é um medicamento novo e, embora
as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que
24
indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos”.

• ASTRAZENECA/OXFORD/FIOCRUZ35: “Você não deve receber a vacina COVID-


19 (recombinante): Se você já teve uma reação alérgica grave ao princípio ativo
ou a qualquer dos ingredientes da vacina COVID-19 (...); Se você já teve ao
mesmo tempo um coágulo sanguíneo importante e baixos níveis de plaquetas
(trombocitopenia), após receber qualquer vacina para a COVID-19; Se você já
teve um diagnóstico de síndrome de extravasamento capilar (uma condição que
causa vazamento de fluídos de pequenos vasos sanguíneos)”; “Casos muito raros
de coágulos sanguíneos com níveis baixos de plaquetas no sangue foram
observados após a vacinação com a vacina COVID-19 (recombinante). A
maioria desses casos ocorreu nos primeiros 21 dias após a vacinação e alguns
casos tiveram um resultado fatal”; “Casos muito raros de síndrome de
extravasamento capilar foram observados após a vacinação com a vacina
COVID-19 (recombinante). Alguns desses pacientes tinham um diagnóstico
prévio da doença. A síndrome de extravasamento capilar é uma doença grave e
potencialmente fatal que leva ao vazamento de fluidos de pequenos vasos
sanguíneos (capilares), resultando no rápido inchaço dos braços e pernas,
aumento repentino de peso e sensação de tontura (pressão arterial baixa)”;
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

34 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/bulas-e-rotulos/bulas-uso-
emergencial/vacinas/coronavac-butantan-pacientes-aprovada-em-22-01-
2021.pdf/@@download/file/Coronavac%20Butantan%20-
%20Pacientes%20(aprovada%20em%2022.01.2021).pdf
35
https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/medicamentos/arquivo/bula/parecer/eyJhbGci
OiJIUzUxMiJ9.eyJqdGkiOiIxNTA1ODQxNyIsIm5iZiI6MTYzMjMzNjI3MCwiZXhwIjoxNjMyMzM2NTc
wfQ.iC7xMYzs5Havs0Lu91LqtbhRYCW2Ux6pXE8c4lMsR3vnGqQoPVsR9GrCB6v8oMf2Fswz3xDXeYS
27ZKwLfnpxQ/?Authorization=
orientação médica”; “Foram observados coágulos sanguíneos importantes em
combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue (trombocitopenia) muito
raramente (com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos
vacinados)”; “Em ensaios clínicos, foram notificados casos muito raros de
eventos associados a inflamação do sistema nervoso, que podem causar
dormência, sensação de formigamento e/ ou perda de sensibilidade”; “Atenção:
este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente,
podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos

Nome Comercial / Fabricante Composição

Comirnaty/Pfizer36 ,37,38 Cada dose da vacina diluída (0,3 mL) contém:


vacina COVID-19 30 pg.
ComirnatyTM é composto de RNA mensageiro (mRNA)
de cadeia simples com estrutura 5-cap altamente
25
purificado, produzido usando transcrição in vitro sem
células a partir dos modelos de DNA correspondentes,
codificando a proteína S (Spike) do coronavírus 2 vírus
da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2).
Excipientes: di-hexildecanoato de di-hexilaminobutanol,
ditetradecilmetoxipolietilenoglicolacetamida,
levoalfafosfatidilcolina distearoila, colesterol, sacarose,
cloreto de sódio, cloreto de potássio, fosfato de sódio
dibásico di-hidratado, fosfato de potássio monobásico,
água para injetáveis."

Janssen/Johnson &Johnson39, 40, 41 A Janssen COVID-19 Vaccine (Ad26.COV2.S


recombinante) é uma vacina de primeira geração,
monovalente composta por um vetor adenovírus 26

36https://www.pfizer.com.br/sites/default/files/inline-
files/Comirnaty_Profissional_de_Saude_11.pdf?fbclid=IwAR3PP85nqQliKFwICI9Hzwt6A9v8wLYcTB0
r_bQhsO5mJu4eMQy23WPJN7Q
37https://consultas.anvisa.gov.br/?fbclid=IwAR10gx90ItnKYyntgH4Qmgt5ksYzNmyLQCrvjpwLQCiJ1

PlRFj2YyQJ_YdQ#/medicamentos/25351023179202157/
38 https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-vaccines-SAGE_recommendation-
BNT162b2-2021.1
39 https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/340180/WHO-2019-nCoV-vaccines-SAGE-

recommendation-Ad26.COV2.S-background-2021.1-eng.pdf?sequence=1&
40 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/bulas-e-rotulos/bulas-uso-

emergencial/vacinas/vacina-covid-19-
janssen.pdf?fbclid=IwAR3Iz4BfuzNkDIds2kfldDpou1bOmJtAI5YasCgz6rT6Bbu81lB41xk9E-A
41 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/bulas-e-rotulos/bulas-uso-
emergencial/vacinas/vacina-covid-19-janssen.pdf/view?fbclid=IwAR3gdDZEfht-
5SdV9erVxTxhPjFfJ5dgp7cWuX7f3XHy9o68Irof9CYYHlg
(Ad26) humano recombinante, incompetente para
replicação, construído para codificar a proteína SARS-
CoV-2 Spike (S), estabilizada em sua conformação de
pré-fusão.
Uma dose de suspensão para injeção de 0,5 mL contém
Adenovírus tipo 26 que codifica a glicoproteína Spike
SARS-CoV-2* (Ad26.COV2- S), não inferior a 8,92 log1O
unidades infecciosas (Inf.U).
Produzido na linha celular PER.C6 TetR e por tecnologia
de DNA recombinante.
Excipientes: hidroxipropilbetaciclodextrina, ácido cítrico
monoidratado, etanol*, ácido clorídrico, polissorbato 80,
cloreto de sódio, hidróxido de sódio, citrato trissódico di-
hidratado e água para injetáveis.
Cada dose (0,5 mL) contém aproximadamente 2 mg de
etanol.

26
Tabela 6: Composição dos medicamentos imunobiológicos contra COVID-19
disponíveis

Recomendações e Eventos Adversos:

• PFIZER/WYETH – COMINARTY42 (Registre-se que, desde o registro definitivo


concedido pela ANVISA, a bula desta vacina já foi alterada 11 (onze) vezes até
esta data – 22 de setembro de 2021 -, como pode ser observado no link anexado
na nota de rodapé): “não deve ser administrada em pessoas que tenham
apresentado reação alérgica (hipersensibilidade) aos componentes dessa
vacina”; “Converse com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de ser
administrada a vacina se você (…) alguma vez teve uma reação alérgica grave
ou problemas respiratórios após qualquer outra injeção de vacina; (…) se nesse
momento está com doença aguda, ou infecção com febre alta; se tiver problemas
de hemorragia ou coagulação, machuca-se com facilidade ou utilizar um
medicamento para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, ou qualquer
tratamento para afinar o sangue; tem um sistema imunológico enfraquecido, ou
é um imunossuprimido, seja por uma doença ou por estar fazendo uso de algum
medicamento para o tratamento de alguma doença”; “Após a vacinação, você
deve estar alerta para sinais de miocardite e pericardite, como falta de ar,

42
https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/medicamentos/arquivo/bula/parecer/eyJhbGciOiJIUzU
xMiJ9.eyJqdGkiOiIxNDk4NzU3NyIsIm5iZiI6MTYzMjMzMTk0NywiZXhwIjoxNjMyMzMyMjQ3fQ.qh4
bNARww6gwJHh9VMikTvCQMtKA-
n4R4eZsLyCu_nBiVvpMaDEt6czN4N9ZI2y7JwXUXqiRsgJ1r7ILAVM8Dg/?Authorization=Guest
palpitações e dores no peito, e procurar atendimento médico imediato, caso
ocorram”; “Se você está grávida ou amamentando, acredita que pode estar
grávida ou está planejando ter um bebê, consulte o seu médico ou farmacêutico
antes de receber esta vacina. Esta vacina não deve ser usada por mulheres
grávidas, ou que estejam amamentando, sem orientação médica”; “Este
medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
portadores de Diabetes”; “Atenção: este produto é um medicamento novo e,
embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo
que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer reações adversas
imprevisíveis ou desconhecidas.”

• JANSSEN-CILAG/JOHNSON&JOHNSON43: “contraindicada em pacientes com


histórico de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos
excipientes listados como parte da formulação”; “Foram relatados eventos de
anafilaxia. Tratamento médico apropriado e supervisão devem estar sempre
disponíveis no caso de uma reação anafilática após a administração da vacina”;
“A vacinação deve ser adiada em indivíduos que sofram de doença febril aguda
grave ou infecção aguda”; “a vacina deve ser administrada com cautela em
indivíduos recebendo terapia anticoagulante ou aqueles com trombocitopenia
ou qualquer distúrbio de coagulação (como hemofilia)”; “A eficácia, segurança
e imunogenicidade da vacina não foram avaliadas em indivíduos
imunocomprometidos, incluindo aqueles recebendo terapia imunossupressora”;
“A administração da vacina COVID-19 (recombinante) durante a gravidez só
27 deve ser considerada quando os benefícios potenciais superam quaisquer riscos
potenciais para a mãe e o feto. Este medicamento não deve ser usado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista”; “Atenção:
este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente,
podem ocorrer eventos imprevisíveis ou desconhecidos”.

43 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/bulas-e-rotulos/bulas-uso-
emergencial/vacinas/bulavacinacovid19janssen1.pdf
QUESITO No. 2
Quais estudos científicos apoiaram suas análises em relação às
vacinas Janssen, Coronavac, Oxford e Comirnaty?

As vacinas Comirnaty/Pfizer, Oxford/AstraZeneca, Janssen/Johnson&Johnson e


CoronaVac ainda se encontram na Fase 3 dos estudos, tendo sido aprovadas pela
ANVISA apenas em caráter preliminar (ainda que concedido o “registro definitivo” para
os produtos Comirnaty/Pfizer e Oxford/AstraZeneca), uma vez que não foram
concluídos os estudos de segurança e eficácia. As próprias fabricantes informam que
sua conclusão somente ocorrerá entre os anos de 2022 (CoronaVac) e 2023 (Pfizer,
Oxford-AstraZeneca e Janssen/Johnson & Johnson), como demonstram os links abaixo:
• Comirnaty/Pfizer (estudo cadastrado pela BioNTech SE, com colaboração da
Pfizer) – em Fase 1/2/3 com data estimada para o término do estudo:
02/05/2023 –
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04368728?term=vaccine&cond=covi
28 d-19&draw=3;

• Oxford/AstraZeneca (estudo cadastrado pela AstraZeneca, com colaboração da


Iqvia Pty Ltd).- em Fase 3 com data estimada para o término do estudo:
14/02/2023 –
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04516746?term=astrazeneca&cond=
covid-19&draw=2;

• Janssen/Johnson & Johnson (estudo cadastrado por Janssen Vaccines &


Prevention B.V.)- em Fase 3 estimada para o término do estudo: 02/01/2023 –
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04505722?term=NCT04505722&dr
aw=2&rank=1;

• CoronaVac (estudo cadastrado por Butantan Institute com colaboração de


Sinovac Life Sciences Co., Ltd.) – em Fase 3 de experimentação com data
estimada para o término do estudo: fevereiro de 2022 –
https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04456595.
Especificamente em relação à vacina Comirnaty, produzida pela indústria
farmacêutica Pfizer e detentora do “REGISTRO DEFINITIVO” no Brasil, é preciso notar
as observações constantes nos itens “INCERTEZAS” e “CONCLUSÕES” que constam no
PARECER PÚBLICO DE AVALIAÇÃO DA VACINA COVID-19 – COMIRNATY –
APROVAÇÃO - Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Gerência-Geral de
Medicamentos e Produtos Biológicos – GGMED.8 Tal Parecer da Anvisa, cuja aprovação
autorizou o registro definitivo da vacina no Brasil, deixa claro que a Fase 3 do estudo
ainda está em andamento, confirmando as informações anteriores e os links que
comprovam que essa fase somente tem previsão de encerramento no ano de 2023: “Os
participantes da fase III em andamento do estudo” (página 28, grifo acrescido). O
término do estudo de Fase III da vacina dar-se-á somente em dezembro de 2023 (página
55 do mesmo parecer da Anvisa). A fase 4 sequer é mencionada nas 56 páginas do
parecer – devendo-se ressaltar novamente que, conforme demonstrado, os estudos
científicos precisam concluir as quatro fases para que um medicamento deixe de ser
considerado experimental. Vale ressaltar ainda os itens “Incertezas” e parte das
“Conclusões”:

“4.3 Incertezas
29

3.3.1 Eficácia e segurança em população pediátrica,


gestantes e indivíduos imunossuprimidos
A segurança e a efetividade da vacina Comirnaty em
participantes <16 anos de idade não foram estabelecidas
no momento do registro sanitário.

A experiência com a utilização da vacina Comirnaty em


mulheres grávidas é limitada.

Porém, os estudos em animais não indicam efeitos


prejudiciais, diretos ou indiretos, no que diz respeito à
gravidez, ao desenvolvimento embrionário/fetal, ao parto
ou desenvolvimento pós-natal.

Há dados limitados sobre a segurança e efetividade da


vacina na população de indivíduos imunocomprometidos,
podendo a eficácia de Comirnaty ser inferior nesses
indivíduos, assim como também são limitados em
pacientes com comorbidades (exemplo: DPOC, diabetes,
doença neurológica crônica, distúrbios cardiovasculares).
Foram incluídos na avaliação clínica participantes com
doença pré-existente estável, definida como doença que
não necessitou de alteração significativa no tratamento ou
hospitalização por agravamento da doença durante as 6
semanas anteriores à inclusão, bem como participantes
com infeção estável conhecida, como o vírus da
imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite C
(HCV) ou vírus da hepatite B (HBV).

O uso da vacina em pacientes com doenças autoimunes e


inflamatórias não foi avaliado de forma ampla.

3.3.2 Administração concomitante com outras vacinas


Não existem dados sobre a administração concomitante da
vacina Comirnaty com outras vacinas.
30

3.3.3 Eficácia contra infecção assintomática e transmissão


do vírus SarsCov-2
Não há evidências de que a vacina Comirnaty previna a
infecção assintomática e transmissão do vírus SarsCov-2
de pessoa para pessoa.

3.3.4 Eficácia contra Covid-19 grave


Não foi possível concluir qual o grau de eficácia da vacina
Comirnaty contra a COVID-19 grave.

3.3.5 Eficácia contra infecção por variantes de interesse do


vírus SarsCov-2
A eficácia da vacina Comirnaty contra variantes de
interesse do vírus SarsCov-2 não foi estabelecida até o
momento de concessão do registro sanitário.
3.3.6 Eficácia e segurança em longo prazo
A eficácia e segurança da vacina Comirnaty em longo
prazo não foram estabelecidas. (grifos nossos)

5 CONCLUSÕES
Apesar da incompletude de dados de desenvolvimento esperados para
o registro de um produto biológico, devido ao desenvolvimento
célere das vacinas contra COVID-19 e à necessidade de sua
disponibilização de forma urgente à população e considerando
também os dados apresentados até o momento sobre o produto em
tela,pode-se concluir que, apesar da necessidade de complementação
de dados de qualidade importantes, não se vislumbra um risco à saúde
da população relacionado aos dados faltantes no momento que
seja superior à não utilização da vacina. (grifo nosso)

No entanto, o relatório da Agência Europeia de Medicamentos (European


Medicines Agency – EMA), de 19 de fevereiro de 2021, na sua página 5044 , relatou os

31
achados de um estudo DARTem fetos de ratas vacinadas, associados à fase pré-clínica
da vacina Comirnaty/Pfizer, que contém tecnologia de RNA mensageiro:

“Os estudos prévios (DART Study) nos fetos de ratas vacinadas resultaram em:
• Casos de gastrosquise (malformação da parede abdominal deixando as
vísceras de fora)
• Malformações de boca / mandíbula
• Malformações do arco aórtico direito
• Malformações das vértebras cervicais”

44 https://www.ema.europa.eu/en/documents/assessment-report/comirnaty-epar-public-assessment-

report_en.pdf
Fig. 8. Imagem ilustrativa de ocorrência de gastrosquise em fetos de ratas.

32

Fig. 9. Imagem ilustrativa de ocorrência de gastrosquise em recém-nascido humano.


QUESITO No. 3
Poderia disponibilizar os materiais sobre os testes clínicos da
CoronaVac que usou para comentar sobre os mesmos? Bem como
compartilhar os materiais científicos que usou para afirmar que
há 23% de óbitos pós-CoronaVac?

Sim, prontamente.
Os materiais mais recentes sobre a CoronaVac encontram-se nos seguintes links:
• https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-
anvisa/2021/coronavac-conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-
vacina/coronavac-18082021-2.pdf e
• https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-
anvisa/2021/coronavac-conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-
vacina/sei_25351-905522_2021_83-3.pdf.

Seguem alguns prints da apresentação da Anvisa sobre a CoronaVac, disponibilizada no


dia 18 de agosto de 2021.

33

Fonte:
https://www.google.com/search?q=Manifesta%C3%A7%C3%A3o+t%C3%A9cnica+r
elativa+a+an%C3%A1lise+benef%C3%ADcio%02risco+da+vacina+Covid-19-
+Coronavac&oq=Manifesta%C3%A7%C3%A3o+t%C3%A9cnica+relativa+a+an%C3
%A1lise+benef%C3%ADcio%02risco+da+vacina+Covid-19-
+Coronavac&aqs=chrome..69i57.6177j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
34

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-
conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/coronavac-18082021-2.pdf
35

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-
conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/coronavac-18082021-2.pdf
36

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-
conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/coronavac-18082021-2.pdf
37

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-
conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/coronavac-18082021-2.pdf
38

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-
conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/coronavac-18082021-2.pdf
39

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-
conheca-as-ultimas-decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/coronavac-18082021-2.pdf
No VOTO Nº 148/2021/SEI/DIRE2/ANVISA, Processos nº 25351.905522/2021-83 e
25351.901142/2021-70, Expedientes nº 297923621-3, 166701221-4 e
166644121-8, da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), 45
a respeito da manifestação técnica relativa à análise risco-benefício da vacina Covid-
19 Coronavac, após a avaliação dos dados dos estudos de imunogenicidade previstos no
termo de compromisso firmado entre a Anvisa e o Instituto Butantan, e à solicitação do
Instituto Butantan para alteração das condições autorizadas para uso emergencial da
vacina Coronavac ampliando o seu uso para a população pediátrica acima de 3 anos de
idade, ficou decidido:

“3. Voto
Pelo exposto, e considerando o cenário pandêmico
atual, VOTO POR:
1. MANTER a Autorização temporária de Uso
Emergencial (AUE), em caráter experimental, da vacina
Coronavac considerando a continuidade da relação
40 benefício versus risco favorável;
2. DETERMINAR que o Instituto Butantan apresente os
dados complementares de imunogenicidade e de
acompanhamento da população adulta, conforme
cronograma estabelecido pela GGMED, nas condições do
Termo de Compromisso e solicitado pela Gerência Geral
de Medicamentos e Produtos Biológicos;
3. RECOMENDAR ao Programa Nacional de
Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS), que,
mediante avaliação de oportunidade e conveniência, no
contexto da política de saúde pública para o enfretamento
da pandemia, e baseados em evidências técnicas
consistentes, considere a possibilidade de indicação de
uma dose de reforço, em caráter experimental, para
grupos que receberam duas doses davacina
Coronavac, destacadamente para públicos-alvo

45https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/coronavac-conheca-as-ultimas-
decisoes-da-anvisa-sobre-a-vacina/sei_25351-905522_2021_83-3.pdf
prioritários, tais como pacientes imunocomprometidos ou
idosos, em especial os acima de 80 anos;
4. NÃO APROVAR, neste momento, a ampliação de
uso da vacina Coronavac para população pediátrica,
devendo o Instituto Butantan apresentar os dados de
acompanhamento da população adulta, conforme
estabelecido previamente em termo de compromisso,
e adequar o pedido de ampliação de uso da vacina com a
apresentação de estudos clínicos de fase 3 concluídos ou
com os resultados provisórios de um ou mais estudos
clínicos, capaz de estabelecer o perfil de eficácia e
segurança na população pediátrica.” (grifos nossos)

Sobre a afirmação relativa às notificações de óbitos da Coronavac por meio do


sistema Vigimed da Anvisa, seguem os levantamentos realizados nas datas de 12 de
julho de 2021 e 17 de novembro de 2021, para efeito de comparação, corroborando a
41 ocorrência de notificações do diagnóstico de COVID-19 pós-vacinação e de óbitos pós-
vacinação entre 21 a 26% (ambos).

Segundo o importante estudo americano realizado pelo Suporte Eletrônico para


Saúde Pública - Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS),
conduzido por Harvard Pilgrim Health Care, os eventos adversos das vacinas são
comuns, mas subnotificados, com menos de 1% relatados à agência Food and Drug
Administration (FDA). Os dados preliminares foram coletados de junho de 2006 a
outubro de 2009 em 715.000 pacientes e 1,4 milhão de doses (de 45 vacinas diferentes)
foram administradas a 376.452 indivíduos. Dessas doses, 35.570 reações possíveis
(2,6% das vacinações) foram identificadas. Esta é uma média de 890 eventos possíveis,
uma média de 1,3 eventos por médico, por mês. Esses dados foram apresentados na
conferência AMIA de 2009. O estudo documentou a ocorrência de 1 reação vacinal a
cada 39 vacinas aplicadas.
O estudo concluiu que novos métodos de vigilância para eventos adversos de
medicamentos e vacinas são necessários. Os eventos adversos de medicamentos e
vacinas são comuns, mas subnotificados. Embora 25% de pacientes ambulatoriais
experimentem um evento adverso a medicamentos, menos de 0,3% de todos os eventos
adversos a medicamentos e 1-13% dos eventos graves são relatados à Food and Drug
Administration (FDA).
Os autores referiram que baixas taxas de notificação impedem ou atrasam a
identificação de vacinas "problemáticas", potencialmente colocando em risco a saúde
da população. Novos métodos de vigilância para eventos adversos de medicamentos e
vacinas são necessários. A notificação proativa, espontânea e automatizada de eventos
adversos, incorporada aos registros médicos eletrônicos (EMRs) e outros sistemas de
informação, tem o potencial de acelerar a identificação de problemas com novas vacinas
e produzir uma quantificação mais cuidadosa dos riscos das vacinas mais antigas.
Desta forma, o estudo concluiu também que os dados levantados pelos sistemas
de notificação de eventos adversos em todo mundo devem ser muito valorizados e deve
ser considerado que para cada 1 (uma) complicação notificada, pelo menos 9 (nove)
não o foram – isso se quisermos ser conservadores ao pensar em 90% de não notificação,
enquanto o estudo de Harvard Pilgrim considera mais provável que os números reais
sejam próximos de 99% de subnotificação.

Segue o passo-a-passo para verificar as notificações de eventos adversos das


vacinas contra COVID-19 aplicadas no Brasil - esse número corresponde a menos de
42
1% da realidade, segundo o estudo de Harvard Pilgrim:

1- Clicar no link abaixo do VigiMed Empresas, rolar a página para baixo até o final e
clicar em
“ PARA ACESSAR A PÁGINA PRINCIPAL DA FARMACOVILIGÂNCIA, CLIQUE AQUI”
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-
monitoramento/notificacoes/vigimed/vigimed-empresas
2- A página Farmacovigilância será aberta. Rolar a página para baixo até aparecerem
várias caixas quadradas. Clicar na caixa quadrada onde está escrito “ PAINEL -
NOTIFICAÇÕES DE FARMACOVIGILÂNCIA”
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-
monitoramento/farmacovigilancia
3- A página Notificações de Farmacovigilância será aberta.
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-
monitoramento/farmacovigilancia/vigimed-empresas
4- Rolar a página aberta anteriomente até que ela chegue na parte inferior – é
necessário clicar no " OK, entendi" até que fique verde ✅. Se não abrir, clicar
novamente.
5- A partir da tela VigiMed – Visão Geral, identificar a caixa onde se lê " NOME DO
MEDICAMENTO" – clicar e aparecerá a opção " PESQUISAR". Digitar os nomes das
vacinas, de acordo com as seguintes opções:
• CoronaVac
• AstraZeneca COVID-19 vaccine
• COVID-19 vaccine AstraZeneca
• Vacuna COVID-19 AstraZeneca
• Comirnaty (este é o nome da vacina da Pfizer)
• COVID-19 vaccine Janssen
• Janssen COVID-19 vaccine

6- Repetir a pesquisa com os nomes das vacinas acima na tela VigiMed – Eventos
adversos. Rolar dentro das caixas abertas para visualizar todos os eventos adversos de
cada vacina.

43
44

Fonte:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZGJiZjVjZmQtZGFkNC00ZjI1LWIxYmQtN
Dg5YmU1ZGEwNjQ0IiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3M
Dg1ZjVlZGQ4MSJ9&fbclid=IwAR2-n4oFr5blKANpyVS0EX66W-
jR0E2EiokfLAQFi25EmT9hCiXcaIw0HLM
A mesma pesquisa atualizada até a data de 17 de novembro de 2021, confirmando
praticamente as mesmas porcentagens de notificações, em especial os óbitos em trono
de 23%.

45

Fonte:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZGJiZjVjZmQtZGFkNC00ZjI1LWIxYmQtNDg5YmU1ZGEwN
jQ0IiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3MDg1ZjVlZGQ4MSJ9&fbclid=IwAR2
-n4oFr5blKANpyVS0EX66W-jR0E2EiokfLAQFi25EmT9hCiXcaIw0HLM
Segundo o Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-
Vacinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) , na sua quarta
edição46, “estudos clínicos pré-comercialização (fases 1,2 e 3) deveriam definir todos
os eventos desfavoráveis. Entretanto, a realização desses estudos apresenta uma série de
limitações, como o reduzido número de pessoas expostas à vacina previamente à sua
aprovação para comercialização, o que impede a identificação de eventos raros. Além
disso, o período de duração desses estudos não permite identificar eventos tardios, isto
é, aqueles que ocorrem muitos anos após a exposição.
Por esses motivos, a vigilância de eventos adversos pós-comercialização
(Farmacovigilância) é fundamental no processo de identificação de novas informações
sobre a segurança de vacinas. Mesmo após sua utilização em larga escala, deve ser
mantida a vigilância quanto a possíveis eventos adversos que não puderam ser
observados nas fases anteriores.
A partir de informações obtidas nas fases de 1 a 3 e dos dados de
Farmacovigilância, pode ser necessária a realização de estudos de fase 4. Os estudos
clínicos de fase 4, realizados no período em que o medicamento já está sendo
46 comercializado, não são exigidos pelas agências reguladoras, mas são frequentemente
acordados entre as indústrias e as agências como uma condição para a aprovação do
novo medicamento. Esses estudos podem ser iniciados a partir de sinais de
Farmacovigilância ou sistemas de notificações espontâneas de relatos de suspeita de
evento adverso.
Com relação à fiscalização pós-comercialização, é possível destacar o
monitoramento ativo, realizado por meio de programas específicos desenvolvidos em
nível estadual ou federal, assim como o monitoramento embasado na sistematização de
dados de queixas técnicas recebidas por um sistema informatizado, no Brasil
denominado Notivisa.
Com relação à notificação de eventos adversos, o Notivisa vem sendo substituído,
gradualmente, por outro sistema, denominado VigiMed . A partir dos dados levantados,
busca-se gerar hipóteses a respeito de novas informações sobre segurança (sinais) e a
tomada de ações para minimização de risco, que vão desde alterações de texto de bula
e rotulagem até o recolhimento, a interdição e a suspensão dos produtos ou das linhas
de fabricação, caso sejam observados riscos para a saúde da população.

46Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação - 4a.edição.


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_vacinacao_4
ed.pdf. Accessed July 21, 2021.
Com o propósito de regulamentação, a Anvisa, por meio da Resolução RDC n.º
4, de 10 de fevereiro de 2009, dispõe sobre as normas de Farmacovigilância para os
detentores de registro de medicamentos (DRM) de uso humano, considerando a
necessidade de promover a identificação precoce de problemas relacionados com os
medicamentos distribuídos ou comercializados, visando prevenir e minimizar os danos
à saúde dos usuários.
Entende-se como Farmacovigilância as atividades relativas à detecção, à
avaliação, à compreensão e à prevenção de eventos adversos ou outros problemas
relacionados a medicamentos (entre estes, as vacinas e os imunobiológicos); à
notificação e à investigação dos eventos adversos graves à autoridade reguladora; à
implementação de planos de minimização de riscos; e à elaboração de relatórios
periódicos de Farmacovigilância, dentre outros.”
Como se pode depreender do texto reproduzido integralmente do próprio
Manual da Anvisa, os dados do VigiMed – sistema da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) para relatos de suspeitas de eventos adversos a medicamentos e
vacinas – PODEM E DEVEM SER USADOS COMO INDICADORES DE PROBLEMAS
47 CAUSADOS PELAS VACINAS.
Obviamente qualquer informação lançada no sistema VigiMed DEVERIA ser
investigada e monitorada, o que não parece estar acontecendo.
Segundo o Manual da Anvisa (mencionado anteriormente) são as seguintes as
“Etapas de uma Avaliação de Causalidade”, baseado no Manual da Organização
Mundial da Saúde “.Causality Assessment of an Adverse Event Following Immunization
(AEFI): User Manual for the Revised WHO Classification. 2nd ed.” 47.
Uma investigação completa e detalhada é o que garante o sucesso de uma avaliação
de causalidade, que geralmente deve ser feita por um comitê de especialistas seguindo
passos determinados, a saber:
• Passo 1 – Elegibilidade: determinar se casos de EAPV satisfazem os critérios
mínimos para avaliação de causalidade, como informações adequadas com
relatório completo de dados do produto utilizado, história e evolução clínica,
exames laboratoriais etc., além de um diagnóstico clínico, podendo ser um sinal,
um sintoma ou uma doença definida.

47WHO. Causality Assessment of an Adverse Event Following Immunization (AEFI): User Manual for
the Revised WHO Classification. 2nd ed. Geneva PP - Geneva: World Health Organization
https://apps.who.int/iris/handle/10665/259959.
• Passo 2 – Checklist: proceder à revisão sistemática da relevância das informações
disponíveis e possível causalidade do EAPV.

• Passo 3 – Algoritmo: direcionar a causalidade mediante as informações obtidas


no Checklist.

• Passo 4 – Classificação: categorizar a associação entre os EAPV e as respectivas


vacinas/vacinações, com base na direção determinada pelo algoritmo.

48

Fig. 10. Etapas de avaliação de causalidade.


O Checklist destina-se à coleta de todas as informações possíveis e detalhadas a respeito
dos antecedentes pessoais, fatores de risco, antecedentes vacinais, história clínica,
evolução e exames laboratoriais, entre outros, e à busca de evidências para a avaliação
e classificação de causalidade (Fig. 11).

49

Fig. 11. Checklist para a avaliação de causalidade


Após a conclusão do preenchimento da lista de verificação (checklist), os dados
relacionados à associação sob investigação estão prontos para serem aplicados ao
algoritmo. Portanto, o algoritmo pretende ser um roteiro para a tomada de decisão dos
revisores, não devendo induzir o processo lógico inerente à vinculação de um
diagnóstico à sua causa potencial. O uso do algoritmo permite, ainda, que os revisores
se concentrem logicamente e documentem suas observações para as conclusões
apropriadas. A abordagem etapa a etapa do algoritmo ajudará o próximo passo, que é
a classificação final de causalidade. Ver Fig. 12 a seguir.

50

Fig. 12. Algoritmo para classificação de causalidade.


A classificação final de causalidade é baseada na disponibilidade de informações
fidedignas e completas, como descrito a seguir e demonstrado na Fig. 13.

51
Fig. 13. Classificação segundo a causalidade.

A – Associação consistente:

A1 – Reação relacionada ao produto: causada ou precipitada pela vacina ou por


um ou mais dos componentes das vacinas. As vacinas são projetadas para induzir
uma resposta do sistema imune que envolve uma interação complexa entre os
antígenos vacinais, o adjuvante (se presente), as células apresentadoras de
antígenos, os linfócitos e os múltiplos mediadores imunológicos (citocinas). Essa
interação é importante para o desenvolvimento da imunidade desejada contra a
doença específica evitável. No entanto, a resposta imune em um vacinado pode
se manifestar como reações adversas relativamente comuns e leves à(s)
vacina(s), como vermelhidão e inchaço no local da injeção, ou febre. Os
mecanismos homeostáticos geralmente limitam a resposta inflamatória, de modo
que tais reações são de curta duração e não têm consequências duradouras.
Incomumente, a resposta imune a um ou mais componentes da vacina pode
resultar em uma reação adversa mais duradoura e mais grave e, raramente, a
resposta imune pode causar uma reação alérgica com risco de vida. É importante
notar que as reações relacionadas às vacinas podem mascarar uma
predisposição em certas pessoas com alto risco para outros eventos adversos que
não ocorreriam na maioria dos vacinados. Por exemplo, a febre é uma resposta
inflamatória relativamente comum para a maioria dos vacinados; contudo, pode
desencadear convulsão em crianças com um distúrbio convulsivo subjacente ou
em bebês e crianças pequenas com tendência a ter convulsões febris. Outros
eventos que causam febre, como infecção respiratória, também podem
desencadear convulsão. Em tais casos, as convulsões resultam de uma
combinação entre uma propriedade inerente da vacina que causou febre e
fatores subjacentes no vacinado.

A2 – Reação relacionada à qualidade das vacinas: causada ou precipitada por


alteração de qualidade de uma vacina, inclusive dos diluentes e materiais
(seringas e agulhas) utilizados para sua administração. Caso essa reação esteja
relacionada a um lote ou lotes específicos, a distribuição deles deve ser verificada
e instruções específicas devem ser fornecidas sobre a sua utilização ou não. É
importante notificar a ocorrência ao Programa Nacional de Imunizações e à
Autoridade Reguladora Nacional – Anvisa, assim como ao fabricante do produto.
52

A3 – Erro de imunização: causado por manuseio, prescrições e/ou


administração inadequadas. Em relação aos EAPV causados por erros de
imunizações, ressalta-se a sua natureza evitável. Assim, o mecanismo de
classificação concentra-se na natureza do erro, e não no(s) processo(s)
biológico(s) que origina(m) os EAPV específicos. Entretanto, muitos desses
eventos adversos resultam de processos iguais ou semelhantes aos que estão
relacionados às vacinas ou a algum desvio relacionado à qualidade da vacina.

A4 – Reação de ansiedade associada à vacinação e ou a estresse desencadeado


em resposta à vacinação (EDRV): reação de ansiedade (estresse) que pode ser
desencadeada e se manifestar imediatamente antes, durante ou após a
vacinação.

As respostas de estresse desencadeadas pela vacinação (EDRV) podem ocorrer:


• Na “pré-vacinação” em antecipação ao procedimento, sendo geralmente
imediatas, transitórias e de resolução espontânea.
• Após a imunização, precedidas ou não de estresse perivacinação, com sinais e
sintomas que podem levar de algumas horas a dias para se desenvolverem. Mais
duradouras, as respostas podem envolver sensibilidade aumentada do eixo
hipotalâmico hipofisário adrenocortical.

Outros distúrbios ou síndromes podem ocorrer após uma vacinação, com relato
de sinais e sintomas tardios e inexplicáveis após as investigações médicas
apropriadas, nas quais a associação causal não está clara.

B – Associação indeterminada:

B1 – Relação temporal consistente, mas sem evidências na literatura para


estabelecer uma relação causal: nesse caso, a relação temporal é consistente, mas
não há evidências definitivas suficientes de que a vacina causou o evento. Pode
se tratar de um novo evento relacionado com a vacina; por isso, seus detalhes
devem ser mantidos em um banco de dados nacional. A identificação de uma
nova associação causal será possível à medida que novos eventos semelhantes

53
forem relatados e registrados.

B2 – Os dados da investigação são conflitantes em relação à causalidade: a


investigação pode resultar em informações conflitantes de “consistência e
inconsistência” com uma associação causal. Pode haver indicadores claros
sugerindo que o evento está relacionado à imunização e, ao mesmo tempo, haver
evidências de que a vacina pode não ser a responsável pelo evento.

C – Associação inconsistente ou coincidente: trata-se de um EAPV sem relação


causal com o produto, ou de erros de imunização, ou de reação de ansiedade à
imunização, ou seja, condições preexistentes ou emergentes causadas por outros
fatores e não por vacinas. Exemplos: manifestação ou complicação de uma
condição de doença congênita ou hereditária; infecções em geral; evento adverso
devido à utilização recente ou concomitante de outras medicações, ou uso de
substâncias ilícitas; doenças psicogênicas etc.

D – Inclassificável: quando há ausência de informações adequadas para


classificação. Os casos inelegíveis para avaliação de causalidade são aqueles em
que a quantidade de informação disponível é limitada, de modo que uma
“pergunta de causalidade” não possa ser criada. Por exemplo, se a investigação
estiver incompleta ou com as informações essenciais indisponíveis, como o(s)
tipo(s) de vacina(s) administrada(s) ao paciente, e/ou se os detalhes clínicos são
insuficientes, o revisor não tem informações necessárias para realizar uma
avaliação de causalidade.

São considerados casos inclassificáveis aqueles em que o revisor é até capaz de


formular uma pergunta de causalidade, mas durante o processo de avaliação
descobre que alguns elementos importantes estão faltando e não permitem uma
classificação lógica.

Para esses casos (inelegíveis e inclassificáveis) é importante especificar os


elementos faltosos e buscar obter as informações adequadas para que a avaliação
da causalidade possa ser tentada novamente.

É essencial que os detalhes disponíveis de tais casos sejam colocados em um


repositório central ao qual os pesquisadores possam retornar quando houver
informações adicionais passíveis de ajudar na avaliação da causalidade, que
54
poderá mudar quando as informações adicionais forem disponibilizadas.
QUESITO No. 4
Considerando que o Instituto Butantã não apresentou dados de
imunogenecidade que deixou incertezas sobre a duração
conferida pelo imunizante e tampouco forneceu os dados sobre a
concentração de alumínio na composição da CoronaVac, em
quais documentos baseou suas afirmações sobre a relação entre
CoronaVac e Alzheimer?

O Instituto Butantan produz a vacina anti-HPV desde 2013 e a mesma apresenta


225 mcg de hidróxido de alumínio na sua composição, de acordo com processo que
envolve transferência de tecnologia de indústria farmacêutica estrangeira para o
Instituto Butantan. Havia a suspeita que o mesmo procedimento fosse utilizado e uma
agnência de fact-checking, a Agência Lupa, veio a confirmar por e-mail recebido no
dia 20 de agosto de 2021 a informação em tela. 48.

55 “O hidróxido de alumínio é um componente comum em


vacinas à base de vírus inativado, tecnologia usada na
produção da CoronaVac. Esse tipo de imunizante tem um
componente que se chama adjuvante, uma
substância que ajuda a gerar a resposta imune necessária
para combater uma doença. O hidróxido de alumínio é o
adjuvante mais usado e liberado para o uso em seres
humanos. “Não dá para falar que é segredo industrial. É
conhecido que o hidróxido de alumínio é um
adjuvante. Então se tem na vacina, vai estar na bula”, diz
o professor Aguinaldo R. Pinto.

A bula da CoronaVac está disponível na página do


Instituto Butantan, instituição brasileira que produz a
vacina em parceria com o laboratório chinês Sinovac. De
acordo com o documento, além do antígeno do vírus
inativado Sars-CoV-2, cada dose de 0,5 mL

48https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/wp-
content/uploads/2021/09/RESPOSTA_PARA_AG_NCIA_LUPA_DRA_MARIA_EMILIA_GADELHA_SERR
A_23_AGOSTO_2021_atualizado.pdf
contém hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato
dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de
sódio e água para injetáveis. Esses elementos também
estavam presentes no placebo usado nos testes
clínicos, segundo relatório disponível no site da Anvisa
(página 25).”

(...)

“Como explicado acima, concentrações acima de 200


microgramas de alumínio por litro de sangue é que
estão associadas a sinais clínicos de toxicidade. Esse não é
o caso do placebo usado durante os estudos clínicos da
CoronaVac.

De acordo com o Butantan, o alumínio está presente na


forma do adjuvante hidróxido de alumínio. Cada
dose da CoronaVac (e, consequentemente, do placebo
56
usado nos testes) contém 0,45 miligramas desse
composto por mililitro (ml) — o equivalente a 225
microgramas. Essa quantidade é aprovada pela Anvisa e
não é considerada tóxica. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), não causa problemas de saúde
a longo prazo e, além disso, a própria OMS informa que
as pessoas ingerem alumínio regularmente por meio de
alimentos ou bebidas.

Como também já explicamos, o alumínio presente no


imunizante ou no placebo é injetado, junto aos outros
componentes, por via intramuscular, e isso não significa
que o composto irá se concentrar no sangue. O
corpo absorve, distribui e elimina o que foi administrado
no organismo.”
Bula da CoronaVac – ATENÇÃO: NÃO CONSTA A INFORMAÇÃO SOBRE A
QUANTIDADE PONDERAL DE HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO.

57

Fonte:
https://vacinacovid.butantan.gov.br/assets/arquivos/Bulas_Anvisa/2021.08.06%20-
%20Bula%20paciente.pdf
Os metais tóxicos, notadamente o alumínio e o mercúrio, já foram
extensivamente reconhecidos como extremamente deletérios à saúde humana, mesmo
em quantidades baixíssimas (“trace amounts”), como as utilizadas em algumas vacinas.
Como mencionado, dentre outras consequências nefastas à saúde, tais substâncias são
neurotóxicas, nefrotóxicas e também indutoras de autoimunidade.
O adjuvante é uma substância capaz de aumentar a resposta imunológica – e o
alumínio é um dos adjuvantes mais utilizados desde o início do século XX, podendo
atuar como um gatilho no desenvolvimento de doenças autoimunes.
Em 2011, uma nova síndrome denominada “ASIA – “Autoimmune Syndrome
Induced by Adjuvants” (Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes) ou “Síndrome
de Shoenfeld”49 foi definida para resumir, pela primeira vez, o espectro de doenças
imunomediadas desencadeadas por um estímulo adjuvante. Os fenômenos autoimunes
pós-vacinação representam uma questão importante da ASIA, que também ocorre
associada ao silicone (ex: próteses mamárias). De fato, apesar das vacinas
representarem um pilar na melhoria da saúde humana, várias delas foram implicadas
como um potencial gatilho para doenças autoimunes.
58
No artigo Segurança Comparativa dos Adjuvantes de Vacinas: Um Resumo das
Evidências Atuais e Necessidades Futuras50 , é referido que o uso de antígenos altamente
puros para melhorar a segurança das vacinas levou à redução da imunogenicidade e
eficácia das vacinas. Isso levou à necessidade do uso de adjuvantes para melhorar a
imunogenicidade das vacinas. O adjuvante ideal deve maximizar a imunogenicidade da
vacina sem comprometer a tolerabilidade ou segurança. Infelizmente, a pesquisa de
adjuvantes ficou para trás em outras áreas de vacinas, como a descoberta de antígenos,
com a consequência de que apenas um número muito limitado de adjuvantes baseados
em sais de alumínio, monofosforil lipídeo A e emulsões de óleo estão atualmente
aprovados para uso humano. Iniciativas estratégicas recentes para apoiar o
desenvolvimento de adjuvantes pelo National Institutes of Health (NIH) norte-
americano devem se traduzir em maiores opções de adjuvantes no futuro.
Estudos mecanísticos têm sido valiosos para melhor compreensão da ação
adjuvante, mas os mecanismos de toxicidade do adjuvante são menos compreendidos.
O modelo inflamatório ou de sinal de perigo da ação adjuvante implica que o aumento
da reatogenicidade da vacina é o preço inevitável para melhorar a imunogenicidade.

49 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24774584.
50 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4615573/
Portanto, a reatogenicidade adjuvante pode ser evitada apenas se for possível
separar a inflamação da ação adjuvante. O maior desafio restante no campo dos
adjuvantes é decifrar a relação potencial entre os adjuvantes e as reações adversas às
vacinas raras, como narcolepsia, miofasciíte macrofágica ou doença de Alzheimer.
Sobre a toxicidade local, sabe-se que os efeitos colaterais locais associados aos
adjuvantes variam de leve dor no local da injeção, sensibilidade, vermelhidão,
inflamação e inchaço em uma extremidade do espectro, à formação de granulomas,
abscessos estéreis, linfadenopatia e ulceração crônica da pele na outra extremidade. Os
efeitos colaterais locais de uma vacina podem refletir irritação química direta devido a
um pH não fisiológico, osmolaridade, concentrações de sal ou toxicidade celular direta.
Esses efeitos irritantes locais são tipicamente associados a dor imediata e intensa no local
da injeção, seguida por uma resposta inflamatória desencadeada pelo dano ao tecido.
Exemplos de adjuvantes que induzem reatogenicidade local incluem saponinas (por
exemplo, Quil A, QS21, complexos imunoestimulantes [ISCOMs], Iscomatrix®) e
emulsões de óleo (por exemplo, adjuvante de Freund completo [CFA], adjuvante de
Freund incompleto [IFA], Montanide®, MF59, AS03). As reações imediatas
provavelmente refletem irritação e inflamação induzidas pelo próprio componente
59
adjuvante, mas, se atrasadas por 24-48 horas, podem refletir uma resposta de
hipersensibilidade tardia excessiva contra um componente da vacina em um indivíduo
já tratado. A reatogenicidade local não é uma ameaça à vida, mas ainda pode levar a
uma morbidade significativa - por exemplo, na pior das hipóteses, um abscesso estéril
que necessita de drenagem cirúrgica ou ulceração da pele que requer enxerto de pele.
Algumas reações locais, como dor intensa, embora não sejam diretamente prejudiciais
à saúde física, ainda podem ter um forte impacto negativo na percepção do público
sobre os riscos e benefícios da imunização e, portanto, devem ser evitadas por esse
motivo.
Do ponto de vista sistêmico, existe o risco que um adjuvante atue como o gatilho
ou aumente a probabilidade de uma vacina causar uma doença autoimune. Um
exemplo é a capacidade dos adjuvantes de emulsão de óleo inflamatória de induzir
artrite adjuvante em modelos animais geneticamente suscetíveis. A desregulação
imunológica associada ao adjuvante e o potencial de causar distúrbios autoimunes
representam o aspecto mais amplamente debatido da avaliação de risco do adjuvante.
Condições autoimunes espontâneas afetam apenas um pequeno número de indivíduos
geneticamente suscetíveis na população em geral.
Também incluído no espectro de toxicidade sistêmica dos adjuvantes está o
potencial de toxicidade orgânica crônica dos próprios compostos. Por exemplo, as
emulsões de alumínio ou óleo podem formar depósitos de tecido de longo prazo, e foi
postulado que isso causa efeitos tóxicos crônicos em função do caráter cumulativo do
alumínio.
A reatogenicidade sistêmica inclui sintomas como febre, cefaleia, mal-estar,
náusea, diarreia, artralgia, mialgia e letargia. Estes refletem amplamente a ativação
imune inata associada ao adjuvante e a inflamação a jusante. Os adjuvantes que ativam
fortemente os receptores imunes inatos - por exemplo, adjuvantes baseados em padrões
moleculares associados a patógenos (PAMPs) - podem, portanto, ser mais propensos à
reatogenicidade sistêmica. Isso inclui ligantes do receptor toll-like (TLR), como
monofosforil lipídeo A (MPL), flagelina, lipoarabinomanano, peptidoglicano ou
lipoproteína acilada. A reatogenicidade sistêmica também é um problema para
adjuvantes que induzem danos ao tecido local (por exemplo, emulsões de óleo e
saponinas), pois isso resulta na liberação de padrões moleculares associados a danos
endógenos (DAMPs) que ativam os receptores imunes inatos e induzem a inflamação.
Normalmente, espera-se que essa reatogenicidade adjuvante associada à inflamação se
60
estabilize assim que a resposta imune inata diminua, mas pode durar até várias semanas
após a imunização.
Na extremidade grave do espectro de toxicidade sistêmica está o potencial para
toxicidades imunológicas raras resultantes da ativação imune aberrante conduzida pelo
adjuvante. Isso inclui problemas como o viés imunológico - por exemplo, a eosinofilia,
reações alérgicas e anafilaxia causada pelo braço Th2 (T Helper 2) transmitido por
adjuvantes de alumínio. Também inclui o potencial de adjuvantes para induzir ativação
imunológica crônica e inflamação que não se estabiliza após a imunização. Um exemplo
seria a síndrome de miofasciíte macrofágica, em que depósitos de tecido de longa
duração de um adjuvante de alumínio foram associados a sintomas de síndrome de
fadiga crônica.
Cabe ainda referir uma pequena amostra da literatura médica de referência quanto
ao assunto em relação ao alumínio:
• O artigo Aluminium Neurotoxicity: Neurobehavioural and Oxidative Aspect 51
retratou aspectos de interesse para compreensão do problema. O estudo sustenta
que:

51 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19568732-aluminium-neurotoxicity-neurobehavioural-
and-oxidative-aspects/
“O alumínio é o metal mais amplamente distribuído no
ambiente e é largamente utilizado na vida cotidiana,
proporcionando fácil exposição ao ser humano. A
exposição a este metal tóxico ocorre através do ar,
alimentos e água. No entanto, não há um papel fisiológico
conhecido para o alumínio no corpo e, portanto, este metal
pode produzir efeitos fisiológicos adversos. A exposição
crônica de animais ao alumínio está associada a alterações
comportamentais, neuropatológicas e neuroquímicas.
Entre eles, os déficits de aprendizado e alterações de
funções comportamentais são mais evidentes. Alguns
estudos epidemiológicos demonstraram baixo
desempenho em testes cognitivos e maior abundância de
sintomas neurológicos em trabalhadores expostos
ocupacionalmente ao alumínio. No entanto, em contraste
com os efeitos neurotóxicos bem estabelecidos, os estudos
neurocomportamentais do alumínio em roedores
61
geralmente não produziram resultados consistentes.
Pesquisas atuais mostram que qualquer comprometimento
das funções mitocondriais pode desempenhar um papel
importante em muitos distúrbios humanos, incluindo
distúrbios neurodegenerativos. Estando envolvido na
produção de espécies reativas de oxigênio, o alumínio
pode causar prejuízos na bioenergética mitocondrial e
levar à geração de estresse oxidativo, o que pode levar a
um acúmulo gradual de proteínas celulares
oxidativamente modificadas.” (grifos nossos)

Sobre o tema da toxicidade do alumínio, há extensa literatura disponível:


• Metal-Sulfate Induced Generation of ROS in Human Brain Cells: Detection
Using an Isomeric Mixture of 5- and 6-Carboxy-2′,7′-Dichlorofluorescein
Diacetate (Carboxy-DCFDA) as a Cell Permeant Tracer.52

52 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3431818/
• Aluminum in the central nervous system (CNS): toxicity in humans and animals,
vaccine adjuvants, and autoimmunity.53
• Long-term persistence of vaccine-derived aluminum hydroxide is associated
with chronic cognitive dysfunction.54
• Macrophagic myofasciitis lesions assess long-term persistence of vaccine-
derived aluminium hydroxide in muscle.55
• Short Review of Aluminum Hydroxide Related Lesions in Preclinical Studies and
their Relevance.56
• Mechanisms of aluminum adjuvant toxicity and autoimmunity in pediatric
populations.57
• Aluminum hydroxide injections lead to motor deficits and motor neuron
degeneration.58
• The metabolism of aluminum and aluminum-related encephalopathy. 59
• Exposures to Environmental Toxicants and Attention Deficit Hyperactivity
62 Disorder in U.S. Children.60

O fato do alumínio estar presente em alimentos não significa que ele será
efetivamente absorvido (vários fatores influenciam na absorção intestinal, em especial
a flora intestinal) e portanto que venha se acumular nos tecidos humanos para os quais
tenha tropismo. Muito diferente da situação de injeção intramuscular de um produto
(por exemplo, vacina CoronaVac) que contenha alumínio, introduzido por uma via
invasiva, ocasião em que o alumínio é necessariamente absorvido, ganhando a corrente
sanguínea e linfática, iniciando sua biodistribuição pelo organismo. Uma vez
distribuído, acontecerá depósito em diferentes tecidos, sendo a manifestação da
toxicidade crônica totalmente individualizada, em função de exposições prévias,
características genéticas, capacidade de detoxificação, microbiota intestinal, dentre
outros fatores.

53 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=23609067
54 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19748679
55 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11522584
56 https://pdfs.semanticscholar.org/2018/02108484552f4bf614e80fbf5d029e3576c2.pdf
57 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22235057
58 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19740540
59 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3299587
60 https://ehp.niehs.nih.gov/doi/full/10.1289/ehp.9478
Vários pesquisadores já demonstraram que o alumínio viaja no corpo e
permanece após a vacinação. Quando se trata do ingrediente adjuvante mais utilizado
nas vacinas, o alumínio, muitas perguntas ainda precisam ser respondidas,
principalmente no que diz respeito para onde vai o alumínio após a injeção, um
problema conhecido como BIOPERSISTÊNCIA.61
Uma razão pela qual esta questão surge é porque um papel causador foi
estabelecido no que é conhecido como lesão de miofascíite macrofágica em pacientes
que têm encefalomielite miálgica ou inflamação cerebral (neurotoxicidade). Mialgia,
artralgia, fadiga crônica, disfunção cognitiva, disautonomia, lesão renal e
autoimunidade foram associadas temporalmente à administração de vacina contendo
adjuvante de alumínio. 62, 63, 64, 65, 66, 67,68, 69
O artigo Aluminum Blood Level - Chronic Poisoning70 refere que em indivíduos
normais o nível sérico (no soro) de alumínio é menor que 10 µg/L (10 microgramas
por litro – de sangue, sendo que mulheres possuem cerca de quatro litros de sangue
63 (tolerância de 40 microgramas de alumínio) e homens em torno de 5 litros (tolerância
de 50 mcg de alumínio). Pacientes submetidos à diálise crônica podem apresentar níveis
até 50 µg/L. Níveis acima de 60 µg/L indicam absorção aumentada de alumínio, níveis
acima de 100 µg/L são potencialmente tóxicos e níveis acima de 200 µg/L são
usualmente associados com sintomas e sinais clínicos de toxicidade.
Conforme mencionado anteriormente, foi divulgado recentemente por uma
agência de fact-checking (Agência Lupa, integrante do Consorcio de Imprensa) um
dado importantíssimo fornecido pelo Instituto Butantan em caráter exclusivo (e QUE
NÃO CONSTA NA BULA DO PRODUTO EXPERIMENTAL CORONAVAC):

(...)
“de acordo com a assessoria de imprensa do Instituto
Butantan, que desenvolveu a CoronaVac em parceria com
o laboratório chinês Sinovac, a quantidade de hidróxido
de alumínio presente na fórmula é de 0,45 miligramas por

61 https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fneur.2015.00004/full
62 https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0300483X16303043#bib0125
63 https://www.immunology.theclinics.com/article/S0889-8561(03)00095-X/fulltext
64 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20674094/
65 https://www.id.theclinics.com/article/S0891-5520(11)00060-2/fulltext
66 https://europepmc.org/article/med/7946900
67 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25699008/
68 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6483624/
69 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24560992/
70 https://www.sciencedirect.com/topics/immunology-and-microbiology/aluminum-blood-
level
mililitro (ml) — cada dose de 0,5 ml, portanto, contém
0,225 mg, o equivalente a 225 microgramas. Essa é a
mesma quantidade que foi utilizada no placebo durante os
testes clínicos e não é considerada tóxica.”

Isso significa que uma única dose do produto contém 225 microgramas de
alumínio. Portanto, ao receber a segunda dose, o indivíduo “vacinado” terá recebido
um total de 450 microgramas de alumínio no curto intervalo de tempo de 28 dias,
conforme recomenda o mesmo Instituto Butantan. Ao fazer um rápido cálculo
matemático, percebemos que o nível tóxico foi atingido. Se o indivíduo vacinado
manifestará sintomas, dependerá de vários fatores, já mencionados anteriormente. A
eliminação de alumínio não é tão simples, na maioria das vezes necessitando de suporte
farmacológico específico com quelantes afins ao metal, sendo o processo de remoção
em geral demorado e com certa complexidade.71
Um estudo de 201372 demonstrou a translocação lenta de partículas
biopersistentes de alumínio do músculo para o cérebro, translocação esta dependente
64 da quimiocina CCL-2, potente agente atrator de monócitos, o que explica a ocorrência
da Síndrome ASIA descrita anteriormente.
Desde 2015 já existem evidências73 que as partículas revestidas de alumínio
(adjuvantes) fagocitadas no músculo injetado com a vacina e que se disseminam pelos
nódulos linfáticos satélites de drenagem podem se disseminar dentro dos macrófagos
por todo o corpo e se acumular lentamente no cérebro, sugerindo ainda que a segurança
do alumínio deve ser avaliada a longo prazo.
Ainda em meados de 2015, uma meta-análise74 foi realizada para investigar se
a exposição crônica ao alumínio estaria associada ao aumento do risco de doença de
Alzheimer. Oito estudos de coorte e caso-controle (com um total de 10.567 indivíduos)
que atenderam aos critérios de inclusão para a meta-análise foram selecionados após
uma revisão completa da literatura dos bancos de dados PubMed, Web of Knowledge,
Elsevier ScienceDirect e Springer até junho de 2015. A Newcastle-Ottawa Scale (NOS)
foi usada para avaliar a qualidade dos estudos incluídos. O Q-test e a estatística I (2)
foram usados para examinar a heterogeneidade entre os estudos selecionados. O odds
ratio (OR) geral foi calculado usando um modelo de efeito fixo porque nenhuma
heterogeneidade significativa entre os estudos foi encontrada. Nenhum viés de

71 https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/009841096161131
72 https://bmcmedicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/1741-7015-11-99
73 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26082187/
74 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26592479/
publicação foi observado com base em um gráfico de funil e teste de Egger. Os
resultados mostraram que os indivíduos cronicamente expostos ao alumínio tinham
71% mais probabilidade de desenvolver doença de Alzheimer (OR: 1,71, intervalo de
confiança de 95% (IC), 1,35-2,18). A descoberta sugere que a exposição crônica ao
alumínio está associada ao aumento do risco de doença de Alzheimer.
O Professor Christopher Exley, do Reino Unido, é o maior estudioso dos impactos
do alumínio nas funções cerebrais. Em 2019, publicou o artigo Aluminum Should Now
Be Considered a Primary Etiological Factor in Alzheimer’s Disease,75 em que resumiu a
ampla evidência experimental e clínica e clínica que implica o alumínio como um fator
etiológico primário na doença de Alzheimer. A inequívoca neurotoxicidade do alumínio
deve significar que, quando a carga cerebral de alumínio excede os limites tóxicos, é
inevitável que o alumínio contribua para doenças. O alumínio atua como um
catalisador para o início precoce da doença de Alzheimer em indivíduos com ou sem
predisposições concomitantes, genéticas ou não. A doença de Alzheimer não é uma
consequência inevitável do envelhecimento na ausência de uma carga cerebral de
65
alumínio.
No artigo Are there negative CNS impacts of aluminum adjuvants used in
vaccines and immunotherapy?76 foi demonstrado que o alumínio, em qualquer
concentração, gera impacto no sistema nervoso central, inclusive modificando a
expressão genética, o que se traduz em preocupação decorrente do aumento da
utilização de sais de alumínio como adjuvantes de vacinas. O alumínio também está
associado à genotoxicidade e doenças crônicas progressivas e neurodegenerativas tais
como Alzheimer, demência, Parkinson e doença de Lou Gehring.
Apesar de uma visão comum de que os sais de alumínio são inertes e, portanto,
inofensivos como adjuvantes de vacinas ou na imunoterapia, a realidade é bem
diferente. Farto material científico está disponível 77,78,79,80,81,82 demonstrando a
neurotoxicidade do alumínio associada ao uso de sais de alumínio como adjuvantes de
vacinas, sendo consideradas não apenas ações tóxicas diretas no sistema nervoso central
(SNC), mas também o impacto potencial para desencadear a autoimunidade. Respostas
autoimunes e inflamatórias que afetam o SNC parecem estar por trás de algumas formas

75 https://content.iospress.com/articles/journal-of-alzheimers-disease-reports/adr170010
76 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26082187/
77 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25428645
78 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4318414/
79 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20674094/
80 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26082187/
81 https://europepmc.org/article/med/7946900
82 https://www.scielo.br/j/rlae/a/6bKjfHW38m6GMSytXnyfjvp/?lang=pt&format=pdf
de doenças neurológicas, incluindo distúrbios do desenvolvimento. O alumínio tem sido
demonstrado capaz de impactar o SNC em todos os níveis, inclusive mudando a
expressão genética. Esses desfechos devem levantar preocupações sobre o uso crescente
de sais de alumínio como adjuvantes de vacinas e para a aplicação como estimulantes
imunológicos mais gerais.
O artigo Aluminium in brain tissue in autism83, do eminente Professor
Christopher Exley e colaboradores, pela primeira vez, por meio de autópsia, mediu
alumínio em tecido cerebral de portadores de autismo e verificaram que o conteúdo era
extrarordinariamente alto, tanto extra quanto intracelular, envolvendo neurônios e
células não neuronais. A presença de alumínio em células inflamatórias nas meninges,
vasculatura, substância cinzenta e branca é uma observação destacada e pode implicar
o alumínio na etiologia do transtorno do espectro autista.

66

83 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0946672X17308763#fig0005
Fig. 14. Alumínio intracelular em células morfologicamente compatíveis com glia e
neurônios no hipocampo de um doador masculino de 15 anos (A4), com diagnóstico de
autismo. Alumínio celular reativo a lumogalião identificado dentro de células
semelhantes à glia no hipocampo (a) e produzindo uma fluorescência laranja
pontilhada na glia ao redor de uma provável célula neuronal dentro do lobo parietal
(b) estão destacados (setas brancas). O alumínio reativo a lumogalião foi identificado
67
por meio de uma emissão de fluorescência laranja (a & b) versus uma emissão de
autofluorescência verde (c & d) da seção serial não corada (5 μm) subsequente (seta
branca / asterisco). Os painéis superior e inferior representam inserções ampliadas
marcadas por asteriscos, do canal de fluorescência e sobreposição de campo claro.
Ampliação × 400, barras de escala: 50 μm.

Além do alumínio, outros componentes causam preocupação.


Tais produtos podem induzir reações alérgicas anafiláticas, doenças autoimunes
e/ou neurodegenerativas e/ou neoplásicas em curto, médio e longo prazo, com risco
de óbito associado à reação adversa vacinal, a saber:

1- Polissorbato 80 (Tween 80)


O artigo “Polysorbate 80 in medical products and nonimmunologic
anaphylactoid reactions”84 demonstrou que a referida substância pode causar reações
anafiláticas. O polissorbato também é estudado como meio de transporte de substâncias
para o cérebro devido à sua capacidade de tornar porosa a barreira hematoencefálica,
o que também facilita a entrada indevida de outras

84 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16400901
substâncias tóxicas no cérebro, inclusive metais pesados 85,86. O polissorbato 80 é ainda
conhecido pela capacidade de induzir dano ovariano em ratos 87. As vacinas de vetor
viral AstraZeneca e Janssen contém polissorbato 80, um conservante sabidamente
desencadeador de reações alérgicas em função de induzir liberação maciça de
histamina, uma amina vasoativa envolvida diretamente em vários tipos de reações
alérgicas. 88 O produto também está associado a tromboses variadas, a ponto de ter sido
suspenso em cerca de 20 países europeus e contraindicado em grávidas.
Trombose e trombocitopenia (redução do número de plaquetas – células
envolvidas na coagulação do sangue) têm sido descritas associadas a certas vacinas
contra o vírus SARS-CoV-2, definindo uma nova síndrome denominada
“Trombocitopenia Trombótica Imune Induzida por Vacina SARS-Cov-2” (“Vaccine-
induced Immune Thrombocytopenia and Thrombosis” - VITT). Um estudo em especial,
publicado na revista New England Journal of Medicine em abril de 202189, identificou
um sinal de alerta de particular preocupação em relação a novos eventos adversos da
vacina ChAdOx1 nCoV-19 (AstraZeneca). Trata-se da ocorrência de uma nova
síndrome – “Vaccine-induced Immune Thrombocytopenia and Thrombosis” (VITT) –
68
uma constelação clínica incomum de coagulação anormal (com aumento de dímeros D
e redução de fibrinogênio), associada particularmente à trombose venosa cerebral e
baixa de plaquetas (trombocitopenia) que ocorre entre 5 (cinco) a 48 (quarenta e oito)
dias (média de 14 – quatorze - dias) após a 1ª. dose da vacina, que resultou em morte
em 22% dos casos no estudo referido. O teste de anticorpos para o Fator Plaquetário 4
(PF4) foi positivo, à semelhança do que acontece na trombocitopenia induzida pela
heparina (anticoagulante). Os altos títulos de anticorpos anti-PF4 ativam as plaquetas,
consumindo-as e levando à formação de trombos em diversas localizações. Os eventos
de trombose foram principalmente trombose venosa cerebral, mas também incluíram
trombose arterial, trombose da veia esplâncnica e da veia porta (no abdômen) e também
tipos mais comuns de tromboembolismo venoso, como trombose venosa de membros
inferiores e embolia pulmonar. A baixa crítica do número de plaquetas pode se associar
a sangramentos incontroláveis, principalmente se ocorrem dentro do cérebro.
De acordo com a Sociedade Americana de Hematologia 90, a VITT é atualmente
definida como uma síndrome clínica caracterizada por todas as anormalidades
laboratoriais e radiológicas anormais descritas abaixo que ocorrem em indivíduos 4

85 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15717053
86 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27092793
87 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=8473002
88 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16400901/
89 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2104882
90 https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jth.15341
(quatro) a 30 (trinta) dias após a vacinação com a vacina Ad26.COV2 ou ChAdOx1
nCoV-19 (vacina de vetor viral que é produzida no Brasil pela Fiocruz em parceria com
a indústria farmacêutica AstraZeneca), mas também pela vacina da Janssen e da Pfizer:
• O desenvolvimento de trombose em locais incomuns inclui trombose do seio
venoso cerebral / trombose venosa esplâncnica
• Trombocitopenia (baixa de plaquetas – células da coagulação) leve a grave. No
entanto, uma contagem normal de plaquetas não exclui a possibilidade dessa
síndrome em seus estágios iniciais
• Anticorpos positivos contra o fator plaquetário 4 (PF4) identificados pelo ensaio
de imunoabsorção enzimática (ELISA).
Até o momento, o mecanismo dependente de anticorpos anti-PF4 parece ser
relevante apenas após a administração de uma das duas vacinas baseadas em vetores de
adenovírus (Ad26.COV2.S [Janssen/ Johnson & Johnson ] ou ChAdOx1 nCoV -19
[Oxford /AstraZeneca]). Os fabricantes de Ad26.COV2.S explicaram com muito
cuidado as diferenças relevantes entre as duas vacinas baseadas em vetores de
adenovírus e as proteínas Spike que elas geram, mas não incluíram que essas vacinas
69 usam o mesmo excipiente, polissorbato 80, que não está presente em outras vacinas
contra SARS-CoV-2.3 O polissorbato 80 é um surfactante não-iônico comumente usado
e estabilizador de drogas que é conhecido por se alojar com eficiência nas células
endoteliais do cérebro e cruzar a barreira hematoencefálica quando complexado com
nanopartículas. 91
A maior incidência de trombose venosa do seio cerebral entre os pacientes com
a nova síndrome (VITT) do que entre aqueles com a maioria das outras
trombocitopenias trombóticas é relevante. Um mecanismo proposto para explicar seria
colocalização desses vetores de adenovírus e as proteínas Spike que eles produzem no
endotélio vascular do seio cerebral, conforme facilitado pelo polissorbato 80, fornecer
o cenário inesperado para desencadear uma cascata patogênica de trombose e
trombocitopenia.92

91 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10886334/
92 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMc2107227
Vários outros estudos se referem à VITT induzida pelas vacinas de vetor viral 93 e
induzida também pela vacina Pfizer94,95,96,97,98,99,100,101, com mecanismo fisiopatológico
ainda não bem definido.

2- Nanopartículas lipídicas, com atenção ao Polietilenoglicol (PEG)


O polietilenoplicol (PEG) é uma substância igualmente nunca antes utilizada
para uso injetável e para a qual se conhece a ocorrência de formação de anticorpos anti-
PEG decorrentes do uso disseminado deste material em medicamentos, produtos de
cuidados pessoais (cosméticos), lubrificantes, dentre outros. Por exemplo, o PEG é um
ingrediente notório do controverso laxante MiraLAX da Bayer, um medicamento usado
para constipação e para preparar indivíduos para a colonoscopia. Muitos pais de
crianças com constipação crônica acusaram o MiraLAX de provocar graves sintomas
neuropsiquiátricos em seus filhos, incluindo alterações de humor, raiva, fobias e
paranóia.102
70
Os anticorpos anti-PEG podem se ligar a aptâmeros PEGuilados e inibir a
atividade anticoagulante deste. Uma única administração do aptâmero PEGuilado
RB006 em macacos rhesus foi capaz de desencadear a formação de anticorpos anti-PEG.
103

Os investigadores que antes presumiam que o polímero era amplamente "inerte"


agora estão questionando sua biocompatibilidade e alertando que a utilização de
partículas PEGuiladas podem estar promovendo crescimento tumoral e respostas
imunológicas adversas que incluem anafilaxia com risco de vida "provavelmente
subdiagnosticada" (também chamada de hipersensibilidade). Essas respostas
indesejáveis, ocasionalmente, interromperam os ensaios clínicos. 104
Além disso, os estudos de caso destacam a reatividade cruzada “subreconhecida”
entre PEG e polissorbatos (surfactantes/emulsificantes presentes em muitos produtos,
incluindo algumas vacinas, inclusive as que utilizam vetores virais contra a COVID-

93 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34136745/
94 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15717053
95 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34293217/
96 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34446426/
97 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34288044/
98 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8186353/
99 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34133027/
100 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34568869/
101 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8014568/
102 https://www.healio.com/news/pediatrics/20171004/science-concerns-behind-the-miralax-
laxative-debate
103 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2451945619300352
104 https://jpharmsci.org/article/S0022-3549(20)30026-5/pdf
19)105, o que significa que os indivíduos podem experimentar hipersensibilidade
perigosa a ambos.
Embora quatro em cada cinco médicos já prescrevam medicamentos PEGuilados
regularmente, apenas um em cada cinco está ciente do potencial para produção de
respostas de anticorpos anti-PEG e apenas um terço sabe que o PEG está nos
medicamentos que estão prescrevendo.106 Um estudo de 2016 da Analytical
Chemistry107 relatou níveis detectáveis e, às vezes, altos de anticorpos anti-PEG
(incluindo anticorpos IgM e anticorpos IgG) em aproximadamente 72% das amostras
humanas contemporâneas e cerca de 56% das amostras históricas da década de 1970
até a década de 1990. Os pesquisadores confessaram que os resultados foram totalmente
inesperados. Eles também confirmaram que a sensibilização ao PEG poderia ser
induzida por meio da exposição a medicamentos PEGuilados ou poderia ser “pré-
existente” em indivíduos nunca tratados com medicamentos PEGuilados, mas “muito
provavelmente exposto ao PEG por outros meios. Cerca de 72% da população norte-
americana significa que sete em cada dez norte-americanos podem já estar
sensibilizados ao PEG, o que pode resultar na redução da eficácia da atual vacina contra
71
COVID-19 e no aumento da ocorrência dos eventos adversos da mesma associada a este
componente específico.
Algumas agências reguladoras emitiram alertas para que pessoas alérgicas e com
histórico de anafilaxia evitassem vacinas que contenham PEG. 108 No entanto, diversos
indivíduos que cursaram com anafilaxia (com risco de vida) à vacina nunca tinham
manifestado anteriormente alergia ao PEG. Há uma falta generalizada de
reconhecimento de que a hipersensibilidade PEG é possível, muito menos que ela se
manifesta regularmente. Além disso, embora possa ser muito importante rastrear os
pacientes para os níveis de anticorpos anti-PEG "antes da administração de terapêutica
contendo PEG" - incluindo vacinas - tal teste está atualmente disponível apenas em
ambientes de pesquisa e não comercialmente. Como resultado, alguns cientistas
argumentam que é hora de desenvolver alternativas para substituir o PEG em razão dos
efeitos deletérios identificados em extensa literatura científica.109

105 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6706272/
106 https://ascpt.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/cts.12537
107 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27804292/
108 https://vaccinechoicecanada.com/exemptions/legal-exemption-forms/
109 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4051498/
Uma pesquisa recentemente conduzida no Japão intitulada “Pfizer confidencial”
110,111 refere-se a um estudo de biodistribuição, que usa enzimas “luciferase” e
marcadores de radioisótopos para rastrear com precisão a distribuição das
nanopartículas lipídicas (LNPs) de RNA mensageiro (mRNA) da Pfizer no corpo dos
animais após aplicação da vacina. O estudo demostrou que as nanopartículas lipídicas
contendo o código do RNA mensageiro presente na vacina Comirnaty/Pfizer foram
encontradas amplamente em diversos órgãos no corpo
dos ratos após vacinação – glândulas adrenais, fígado, baço, cérebro, intestino grosso,
coração, fígado, pulmões e outros órgãos, inclusive ovários e testículos, levantando
preocupações sobre fertilidade em quem recebe vacinas de mRNA. O experimento foi
feito somente em ratos de laboratório, que são usados para experimentos justamente
por sua semelhança fisiológica com humanos.
Em 2017 foi publicado no International Journal of Vaccines and Vaccination o
artigo New Quality-Control Investigations on Vaccines: Micro and
Nanocontamination112, o qual revelou a presença de um conglomerado de partículas
não-biocompatíveis e corpos estranhos em lotes aleatoriamente selecionados de 43 tipos
72
diferentes de vacinas humanas.
As partículas inorgânicas identificadas não são biocompatíveis nem
biodegradáveis, o que significa que são biopersistentes e podem induzir efeitos que se
tornam evidentes imediatamente após o tempo de injeção ou após um certo tempo após
a administração. É importante lembrar que as partículas são corpos estranhos ao
organismo e se comportam como tais.
Ainda de acordo com o artigo, “após serem injetadas, essas micropartículas,
nanopartículas e agregados podem permanecer no local da injeção, formando inchaços
e granulomas. Mas eles também podem ser transportados pela circulação sanguínea,
escapando a qualquer tentativa de adivinhar qual será seu destino final. Acreditamos
que em muitos casos eles são distribuídos por todo o corpo sem causar nenhuma reação
visível, mas também é provável que, em algumas circunstâncias, atinjam algum órgão,
nenhum excluído e incluindo a microbiota, em quantidade razoável. Como acontece
com todos os corpos estranhos, particularmente pequenos, eles induzem uma reação
inflamatória crônica porque a maioria dessas partículas não pode ser degradada. Além
disso, o efeito proteína-corona (devido a uma nano-bio-interação) pode produzir

110 https://www.docdroid.net/xq0Z8B0/pfizer-report-japanese-government-pdf#page=2
111 https://www.naturalnews.com/files/Pfizer-bio-distribution-confidential-document-
translated-to-english.pdf
112 https://medcraveonline.com/IJVV/new-quality-control-investigations-on-vaccines-micro--
and-nanocontamination.html
partículas compostas orgânicas/inorgânicas capazes de estimular o sistema
imunológico de maneira indesejável. É impossível não acrescentar que partículas do
tamanho geralmente observado nas vacinas podem entrar nos núcleos celulares e
interagir com o DNA.”
Assim, é esperado que a utilização de uma vacina de RNA mensageiro contendo
PEG (no Brasil, a vacina produzida pela Pfizer) implicará um aumento de exposição ao
PEG sem precedentes - e potencialmente desastroso, com repercussões imprevisíveis.

3- Uso de células originárias em fetos abortados (Objeção de consciência)


É comum no mundo científico o uso de linhagens de células humanas fetais
imortalizadas, através de várias manipulações em laboratório, para várias
experimentações e especialmente no ramo das vacinas. A indústria de vacinas está
sempre procurando por linhagem de células que proporcione uma eficiente produção
de vírus (material genético-DNA ou RNA- envelopado) para posterior inativação,
atenuação (perda de capacidade replicativa), ou para replicação de vírus que tiveram
seu código genético manipulado, com a deleção de uma sequência que controla sua
73
replicação e que o torna dependente de moléculas de outras células para se replicar e
assim ser usado nas vacinas. Então existe um debate moral, religioso e ético a respeito
do uso de tais células. Os cientistas e sua assessoria de imprensa se apressam em dizer
que não são usadas tais células na confecção final das vacinas. Mas o fato é que são
utilizadas em algum momento do desenvolvimento dos imunizantes. Essas linhagens de
células são conhecidas por siglas, como Vero, PER.C6 e HEK-29, que são as mais
utilizadas, sendo consideradas pela indústria as que melhor propiciam replicação viral.
As células Vero são provenientes de rim de macaco verde africano (African green
monkey).113 As outras duas linhagens são de fetos humanos abortados, sendo as HEK-
293 obtidas de células de rim embrionárias humana e modificada com adenovírus 5 em
1973, tornando as imortalizadas, ou seja, cancerosas (com multiplicação
descontrolada). O mesmo acontece com as PER.C6, exceto que estas são células
humanas embrionárias de retina. As três linhagens são usadas, como protocolo já
estabelecido, em alguma etapa na produção das vacinas contra a COVID-19. 114, 115, 116,
117, 118 Vários imunizantes usam várias linhagens fetais. O produto Janssen/Johnson &
Johnson usou células PER.C6 em seu desenvolvimento de vacina COVID-19, e a vacina

113 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19397417/
114 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23477832/
115 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28724343/
116 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32568027/
117 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26073013/
118 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X15007811
Oxford / AstraZeneca usou células HEK-293. As vacinas Sputnik V da CanSino Biologics
e do Gamaleya Research Institute também usaram células HEK 293. As vacinas Moderna
e Pfizer/BioNTech usaram células HEK-293 em seus testes de prova de conceito. Mas as
empresas alegam que as linhas de células embrionárias humanas não foram usadas para
fazer a vacina final de nenhuma das empresas. Então a grande alegação é que as células
de fetos abortados décadas atrás são importantíssimas para desenvolver vacinas, mas
não são um ingrediente final das mesmas.119
Entretanto, além de serem os ignorados os aspectos éticos e morais do uso de
células de bebês abortados na produção de vacinas, o aspecto de mutações causadas por
essas mesmas células no material genético do vírus a ser replicado. Como já relatado em
artigo, pode ocorrer mutações na região que codifica a proteína Spike do virus SARS-
Cov2. Essas mutações poderiam aumentar as reações de trombocitopenia já vastamente
notificadas após injeções. Independente do produto se é mRNA ou vetor de adenovírus5
(DNA), o processo envolvido deve ser investigado pois pode ser a fonte das variantes.
Estas podem não estar ligadas à alta transmissibilidade, mas ao fato de que além de
proporcionar alta variabilidade dentro de um mesmo lote, material genético dessas
74
células já foram encontrados nos produtos finais de outras vacinas como aponta o
relatório do laboratório italiano Corvelva, pois o processo laboratorial da produção de
qualquer vacina não é limpo, estéril. Pedaços de material genético de vários vírus
contaminam o produto final. Uma análise independente de amostra de frascos da
Priorix Tetra (uma vacina contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), realizada pelo
referido laboratório italiano Corvelva 120, mostrou contaminação com vários outros tipos
de vírus, inclusive o HIV. Foi o primeiro relato de uma série de um escândalo que
recebeu o nome de “Vaccinegate”, numa alusão ao escândalo de corrupção
“Watergate”, que envolveu o então presidente norte-americano, Richard Nixon.
Se houve contaminação no processo antigo, é possível inferir que no mais
recente envolvendo vacinas que utilizam terapias gênicas, onde há corte e colagem de
pedaços de material genético por enzimas que reconhecem padrões de sequência
(ordem das letras no código genético) e não genes completos, com uma quantidade de
material genético em cada 0,3-0,5 mL que de acordo com os próprios fabricantes que
revelam ser na faixa de 50.000.000.000 (50 bilhões) de “partículas virais” nos casos
das produtos AstraZeneca121 e Janssen/Johnson&Johnson.122 No caso do produto da

119 https://lozierinstitute.org/update-covid-19-vaccine-candidates-and-abortion-derived-cell-
lines/
120 https://www.corvelva.it/en/speciale-corvelva/vaccinegate/analisi-metagenomiche-su-
priorix-tetra.html
121 https://newdrugapprovals.org/tag/oxford-astrazeneca/
122 http://drugapprovalsint.com/johnson-johnson-covid-19-vaccine-jnj-78436735/
Pfizer BNT162b2 em uso no Brasil, denominado Comirnaty123, a quantidade de
moléculas totais contidas em 30 microgramas de fitas de RNA mensageiro que
codificam a proteína Spike inteira do vírus Sars-Cov2 é de 56,4 x 1013
(56.400.000.000.000 = 56 trilhões e 400 bilhões de moléculas), referente a 1 dose com
0,3 mL contendo 30 microgramas, sendo que cada 1 micrograma de fitas de RNA
mensageiro com dimensões de 1000 nt contem 1,88 x 1012 de moléculas, segundo
tabelas da ThermoFisher Scientific124 Já está publicado inclusive que a injeção
endovenosa inadvertida do produto da Pfizer em questão causou miopericardite aguda
em ratos de laboratório.125
A linha HEK-293 foi iniciada pela transformação e cultura de células HEK
(Human Embryonic Kidney Cells) normais com junção do DNA de adenovírus 5. A
transformação resultou na incorporação de aproximadamente 4,5 quilobases do
genoma viral no cromossomo humano 19 das células HEK. A linha foi cultivada pelo
cientista Alex Van der Eb no início dos anos 1970 em seu laboratório na Universidade
de Leiden, Holanda. A transformação foi executada por Frank Graham, outro cientista
do laboratório de Van der Eb. A fonte das células era um feto abortado saudável de
75
paternidade desconhecida. Normalmente, uma célula tem um número finito de divisões,
mas à 293.ª tentativa Frank Graham conseguiu modificar estas células para que se
dividissem ad infinitum - conseguiu imortalizá-las. Daí o nome HEK293, Human
Embryonic Kidney Cells (células renais embrionárias humanas) 293.
As linhas celulares HEK293 são 'ouro' para a indústria farmacêutica,
especialmente para laboratórios dedicados ao desenvolvimento de vacinas, porque são
maleáveis e transformáveis em 'minifábricas' de vírus. Para cultivar um vírus é sempre
necessária uma célula hospedeira. Pode ser um ovo de galinha, mas as células humanas
são preferíveis quando o que se pretende é desenvolver uma resposta imunitária tão em
linha com a realidade de um contágio quanto possível.
Várias manobras semânticas e narrativas diversas para se justificar o uso ético
desse material, que pode ser perfeitamente justificável para algumas pessoas e
inaceitável para outras, dependendo do embasamento ético, moral e religioso de cada
um. O fato é que as pessoas em geral, especialmente o cidadão comum, não está sendo
informado disso, antes de ser vacinado,

123 https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351023179202157/
124 https://www.thermofisher.com/br/en/home/references/ambion-tech-support/rna-tools-
and-calculators/dna-and-rna-molecular-weights-and-conversions.html
125 https://academic.oup.com/cid/advance-
article/doi/10.1093/cid/ciab707/6353927?searchresult=1
em palavras que sejam facilmente compreensíveis. Aqui entra o conceito de objeção de
consciência.
Em uma relação entre médico e paciente, muitos fatores são levados em
consideração na escolha de tratamentos e procedimentos. A Medicina desperta um
senso comum nas pessoas, em que o objetivo norteador da profissão parece ser tratar as
enfermidades, não importando os meios usados para isso. A realidade, porém, é um
pouco distante desse contexto. No tratamento de uma doença, os médicos devem
considerar a autonomia dos pacientes, visto que a vida destes está em análise e eles
devem ter o direito de controlá-la. Portanto, se um indivíduo se recusa a continuar
algum procedimento aconselhado pelo responsável por seu quadro clínico, cabe ao
médico buscar outras saídas para cumprir o objetivo de cura ou prevenção sem
desrespeitar as vontades do paciente. Em uma relação entre médico e paciente, é de se
supor que os médicos e seus pacientes também tenham suas convicções e que necessitem
de autonomia para conseguir exercer suas escolhas. É desse pensamento que surge o
conceito de objeção de consciência. Presume-se que em um ambiente clínico os médicos
e pacientes tenham o direito de negar participar de determinados tratamentos.
Especialmente isso é válido, se estamos falando de procedimentos profiláticos, como
76
vacinas, e se os pacientes em questão são completamente saudáveis e com baixo risco
de contrair uma doença específica, como a COVID-19. Não se pode impor um
procedimento médico a alguém, especialmente se for de natureza preventiva, como
uma vacina, se esse procedimento infringe a ética de um indivíduo.
Então se as células fetais foram abortadas na semana passada, ou se são clones
de um feto abortado décadas atrás; ou ainda, se tais células somente foram usadas nos
estágios iniciais de uma vacina, e não na fabricação em larga escala; tais diferenças
podem significar muito para algumas pessoas e significar quase nada para outras. Um
indivíduo deveria ter liberdade e direito de escolha de receber ou não um imunizante
feito com uso de células embrionárias baseado em objeção de consciência.
Mesmo que a alegação seja de que as células fetais sejam sempre derivadas de
linhagens antigas, existem alegações contrárias. O vacinologista Dr. Plotkin admitiu em
depoimento que usou 76 fetos de abortos eletivos para uma pesquisa de vacina. Além
de usarem células fetais oficiais, os pesquisadores também usam tecido fetal doado, na
pesquisa e na elaboração de vacinas.126
Em resumo, as vacinas contra a COVID-19 são experimentais e assim
permanecerão até que sejam ultimados os trâmites da Fase 4, que somente será iniciada

126 https://www.youtube.com/watch?v=r1jYx5kqni4
após 2023 para a maioria das vacinas aplicadas pelo SUS. Sendo experimentais, sua
segurança não se encontra nem de longe definida até o momento, sendo um direito
fundamental a possibilidade de recusar o tratamento experimental por um ou mais
motivos elencados.

77
QUESITO No. 5
Quando se refere às vacinas contra SARS-CoV-2 usando o termo
“experimental” a que se refere exatamente?

De acordo com o conceito disponibilizado pela Faculdade de Ciências Médicas


da UNICAMP em sua página virtual, as fases da pesquisa clínica são quatro ao todo. A
Fase 3, em que se encontram todas as vacinas contra a COVID-19 disponibilizadas no
Brasil, ainda deve ser complementada pela Fase 4, cujo objetivo mais importante,
segundo a FCM/UNICAMP, é “detectar e definir efeitos colaterais previamente
desconhecidos ou incompletamente qualificados, assim como os fatores de risco
relacionados. Essa fase é conhecida como Farmacovigilância”127.
Por não terem completado sequer a terceira das quatro fases necessárias para
completar o experimento, a ANVISA destacou expressamente na Resolução RDC n.º 475,
de 10 de março de 2021128, que as vacinas contra COVID-19 sem registro definitivo
estão autorizadas temporariamente em CARÁTER EXPERIMENTAL – termo utilizado pela
78
própria ANVISA no art. 3.º dessa norma, in verbis:

“Os medicamentos e vacinas contra COVID-19


autorizadas temporariamente para uso emergencial para
a prevenção da COVID-19 serão destinadas ao uso em
caráter experimental, preferencialmente, em programas
de saúde pública do Ministério da Saúde”.

Isso porque a própria ANVISA, na Instrução Normativa n.º 45, de 21 de agosto


de 2019129, a qual regulamenta as Boas Práticas de Fabricação complementares a
Medicamentos Experimentais, apresenta o seguinte conceito de medicamento
experimental:

“XI – medicamento experimental: produto farmacêutico


em teste, objeto do Dossiê de Desenvolvimento Clínico de
Medicamento (DDCM), a ser utilizado no ensaio clínico,

127 https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cpc-centro-de-pesquisa-clinica/pesquisa-clinica/quais-
sao-fases-da-pesquisa-clinica
128 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-475-de-10-de-marco-de-2021-
307999666
129 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-45-de-21-de-agosto-de-
2019-211914031
com a finalidade de se obter informações para o seu
registro ou pós-registro; ou Forma farmacêutica de uma
substância ativa ou placebo testada ou utilizada como
referência em um ensaio clínico, incluindo um produto
com registro quando utilizado ou montado (formulado ou
embalado) de uma forma diferente da registrada, ou
quando utilizado para uma indicação não registrada, ou
quando usado para obter mais informações sobre a forma
registrada”.

Portanto, nem mesmo as vacinas que conseguiram obter o registro definitivo na


ANVISA até a presente data – Pfizer e AstraZeneca – deixaram de ser MEDICAMENTOS
EXPERIMENTAIS apenas em decorrência do registro, uma vez que ainda estão sendo
submetidas à Fase 3 dos respectivos estudos científicos, conforme apresentado
anteriormente. Essa informação é facilmente obtida na página virtual da ANVISA, que
79 disponibiliza ao público os pareceres de aprovação que ensejaram os registros
definitivos dessas vacinas.
As atuais “vacinas” contra COVID-19, à exceção da CoronaVac – que contém
vírus inativado e hidróxido de alumínio como adjuvante em quantidades
potencialmente tóxicas para o sistema nervoso central, rins e ossos principalmente –,
podem ser consideradas “terapias gênicas”130, ou seja, introduzem informação
geneticamente modificada nas células do indivíduo vacinado para induzir a produção
de uma proteína viral, a proteína S (Spike), que em seguida desencadeia uma resposta
imunológica no sentido de gerar anticorpos anti-proteina Spike. Portanto, totalmente
experimental desde o conceito.

130https://www.fda.gov/vaccines-blood-biologics/cellular-gene-therapy-products/what-gene-
therapy
Fig. 16. Tipos de terapias gênicas.150

Essas novas tecnologias, nunca antes testadas nos seres humanos, utilizam
vetores virais (nos casos dos produtos fabricados pelas indústrias AstraZeneca e Janssen)
– que contém células de fetos abortados, polissorbato 80 e organismos geneticamente
80
modificados, dentre outras substâncias – ou fitas de RNA mensageiro envoltas em
nanopartículas lipídicas (no caso do produto oferecido pela indústria Pfizer) – em
especial o polietilenoglicol (PEG), substância nunca antes utilizada para uso injetável e
para a qual se conhece a ocorrência de formação de anticorpos anti-PEG. em função do
uso disseminada em produtos cosméticos (uso tópico) e em medicamentos laxantes,
dentre outros As agências reguladoras emitiram alertas para que pessoas alérgicas e
com histórico de anafilaxia evitassem a vacina. No entanto, diversos indivíduos que
cursaram com anafilaxia (com risco de vida) à vacina nunca tinham manifestado
alergia anteriormente ao PEG. Como mencionado, cerca de 72% da população norte-
americana, ou seja, aproximadamente sete em cada dez norte-americanos podem já
estar sensibilizados ao PEG, o que pode resultar na redução da eficácia da vacina e no
aumento dos eventos adversos. É esperado que a utilização de uma vacina de RNA
mensageiro contendo PEG (no Brasil, a vacina produzida pela Pfizer) implicará um
aumento de exposição ao PEG sem precedentes - e potencialmente desastroso.
Outros dados preocupantes envolvem as bases de desenvolvimento das plataformas
vacinais, em especial as de terapia gênica:
• A proteína Spike do vírus é altamente tóxica e responsável pela intensa reação
inflamatória que causa vasculites, tromboses e embolias típicas da fase
moderada e grave da COVID-19. Ainda não sabemos se a versão sintética
induzida pela vacina seria mais ou menos segura do que a versão selvagem,
havendo já enorme debate no meio científico devido ao grande número de
registro de eventos adversos graves nos órgãos de Farmacovigilância,
demonstrando que o sistema imunológico de muitas pessoas vacinadas não foi
capaz de neutralizar totalmente as proteínas Spike produzidas antes que tenham
causado graves danos ao organismo.131, 132, 133, 134, 135
• A proteína Spike do vírus pode ter impacto direto sobre as células endoteliais
que revestem as paredes dos vasos sanguíneos do cérebro, comprometendo a
81 integridade da barreira hematoencefálica, o que explica os danos neurológicos
observados em pacientes com COVID-19 ou vacinados.136
• Esta mesma proteína Spike está associada à infertilidade masculina e feminina e
doenças congênitas em bebês quando administrada em mulheres grávidas.
Existe também potencial e múltiplos registros em Farmacovigilância de
problemas cardíacos e pulmonares. Nos EUA, onde a maior parte da população
foi vacinada com vacinas de mRNA, os casos de miocardite e óbitos explodiram
na faixa etária de 12 a 20 anos, faixa etária raramente atingida pelo COVID-19.
Casos semelhantes ocorreram em Israel.137, 138, 139,
• Mesmo que a versão sintética da proteína Spike pudesse, apenas por hipótese,
ser totalmente segura, estudos sugerem que alguns anticorpos da classe G
(Imunoglobulina G ou IgG), contra essa proteína, ao invés de protegerem,
poderiam causar danos pulmonares, fato observado e publicado em 2012 em

131 https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCRESAHA.121.318902
132https://dpbh.nv.gov/uploadedFiles/dpbhnvgov/content/Boards/BOH/Meetings/2021/SENEFF~1.P

DF
133 https://www.salk.edu/news-release/the-novel-coronavirus-spike-protein-plays-additional-key-
role-in-illness/. Accessed July 4, 2021.
134 https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521661620304253?via%3Dihub
135 https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2021.01.11.425914v1
136 https://www.cdc.gov/vaccines/acip/work-groups-vast/report-2021-05-24.html
137 https://childrenshealthdefense.org/defender/cdc-teens-vaccinated-pfizer-moderna-higher-risk-
heart-
138 inflammation/?utm_source=salsa&eType=EmailBlastContent&eId=b244faa2-f3e1-42f3-89d1-
abddc7d273ff
139 https://sports.yahoo.com/pfizer-vaccine-linked-side-effect-174107554.html
experimentos realizados com macacos expostos ao Coronavírus tipo 1 (SARS-
Cov1).140
• Existe uma teoria denominada "Shedding”, apoiada por vários especialistas, por
via da qual pessoas vacinadas causariam doenças em pessoas não vacinadas após
o simples contato com secreções contendo proteínas Spike em sua composição.
Abortos espontâneos já foram relatados por gestantes não vacinadas em convívio
social com pessoas vacinadas. Isso é gravíssimo e merece investigação. Embora
isso possa parecer difícil de acreditar, há um mecanismo plausível pelo qual isso
poderia ocorrer, descrito no documento anexo, envolvendo príons e
exossomos.141,142
• É possível que as vacinas para evitar COVID-19 causem agravamento da doença
através de diferentes mecanismos em indivíduos que já foram anteriormente
infectados pelo vírus SARS-Cov2; ou ainda em indivíduos que venham
posteriormente ser infectados pelo vírus SARS-Cov2 ou qualquer espécie de
coronavírus. Um deles é o fenômeno conhecido como ADE, do inglês "Antibody
82 Dependent Enhancement" (“realce dependente de anticorpos”). Neste caso o
sistema imunológico, induzido pela vacina, reage de maneira exagerada à
posterior infecção por SarsCov-2, ou qualquer outro coronavírus, e provoca
reação inflamatória e de destruição intensa de células do indivíduo vacinado.
143,144,145

• Isto é particularmente mais grave se as proteínas Spike, que são produzidas no


corpo humano por ação da vacina e (ao contrário do que prometeram as
gigantes farmacêuticas), não permanecerem no músculo do braço onde o
produto foi injetado e sim passem a ser transportadas pelo sistema circulatório
para vários órgãos importantes, como o cérebro, coração, ovários, testículos,
fígado, baço, glândulas adrenais e vários outros – e esses órgãos possam ser
gravemente lesados, levando inclusive à morte. Como mencionado
anteriormente, este fenômeno acontece com as nanopartículas de alumínio e

140 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3335060/
141 https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.07.31.21261387v3
142 http://robert-gorter.info/covid-19-rna-based-vaccines-risk-prion-disease/. Accessed July 6, 2021.
143 https://www.nature.com/articles/s41564-020-00789-5
144 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25073113/
145 https://www.nature.com/articles/s41564-020-00789-5?fbclid=IwAR0MTDI0qIQgLkqnjaYI7vyr-

H4Wj2IcNiAQT1hWboXDk0YlIdwaCVgr5xg
também com as nanopartículas lipídicas que recobrem a fita de RNA
mensageiros da vacina Pfizer.146, 147
• Em muitos casos, os anticorpos induzidos por vacinas, chamados “não-
neutralizantes”, não impedem a entrada do vírus nas células, e pelo contrário
podem paradoxalmente aumentar sua capacidade de entrar nas células e levar
ao agravamento da doença.148
• Vários estudos científicos apontam que as vacinas genéticas para COVID-19
produzem grande proporção de anticorpos não-neutralizantes. Fenômenos
assim já foram observados em algumas vacinas, como, por exemplo, com a
vacina contra a dengue, que foi retirada do mercado por favorecer o

83
desenvolvimento de dengue hemorrágica em pessoas sadias que foram
vacinadas e que posteriormente foram contaminadas naturalmente pelo vírus
da dengue.149
• Há ainda outras formas através das quais vacinas podem fragilizar a saúde de
pessoas vacinadas, em lugar de protegê-las. (”pecado antigênico
original”).150,151,152

Existe a possibilidade das pessoas que já receberam a vacina ficarem com o


sistema imunológico treinado de forma deficiente e poderem ter mais
dificuldade do que os não vacinados para montarem uma resposta imune
adequada às novas variantes. As “atualizações de vacinas” podem ser menos
eficazes em pacientes que já receberam suas vacinas originais. A memória

146 https://childrenshealthdefense.org/defender/covid-vaccine-spike-protein-travels-from-injection-
site-organ-damage/. Accessed July 9, 2021.
147 https://www.naturalnews.com/files/Pfizer-bio-distribution-confidential-document-translated-to-
english.pdf
148 https://www.nature.com/articles/s41586-020-2798-3.pdf
149 https://cnnphilippines.com/news/2017/12/09/The-Dengvaxia-controversy.html. Accessed July
22, 2021.
150 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28479213/

151 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34185632/
152https://theconversation.com/amp/immune-interference-why-even-updated-vaccines-could-

struggle-to-keep-up-with-emerging-coronavirus-strains-156465
imunológica, exatamente aquilo que oferece proteção contínua contra um vírus
muito depois da vacinação, às vezes pode interferir negativamente no
desenvolvimento de respostas imunológicas ligeiramente atualizadas. A
comunidade científica precisa se antecipar a esse problema emergente e
investigar as abordagens de vacinas conhecidas por reduzir o potencial de
escape viral.

Durante uma resposta a um patógeno, como um vírus, o sistema imunológico


produz grandes quantidades de um conjunto limitado de anticorpos. Podemos
pensar em um vírus como um carro tentando atropelar a pessoa. Ela pode
produzir um tipo de anticorpo contra o capô, um contra o pára-choque e um
contra as calotas que evita que as rodas girem. Foram produzidos três tipos de
anticorpos específicos para o carro, mas apenas os anticorpos da calota irão
diminuir a velocidade do carro. O sistema imunológico se lembrará de como
produzir os três e não fará distinção entre eles.

Agora o vírus-carro sofre mutação. Ele muda a forma das calotas, muda o
material ou as remove completamente. O sistema imunológico se lembrará do
84
carro - mas não das calotas. O sistema não sabe que mirar na calota era a única
parte importante, então aumentará seu ataque ao capô e ao para-choque -
minimizando a importância de todas as outras respostas. Ele pode "ajustar" sua
resposta da calota, ou talvez até mesmo desenvolver uma nova do zero, mas esse
processo será lento e certamente será de menor prioridade.

Ao ignorar a nova resposta da calota, a memória do sistema imunológico em


relação ao carro original não é apenas obsoleta, mas interfere ativamente na
resposta necessária para atacar as rodas do novo carro. Isso é o que os
imunologistas chamam de "pecado antigênico original" - uma memória
imunológica ineficaz que dificulta as respostas desejadas a novas cepas de
patógenos. Este fenômeno está bem documentado na gripe, onde variantes
sazonais e vacinações repetidas são a norma.

Falando em uma linguagem um pouco mais técnica, quando o epítopo varia


apenas ligeiramente, então o sistema imunológico depende da memória da
infecção anterior, em vez de montar outra resposta primária ou secundária ao
novo epítopo que permitiria respostas mais rápidas e mais fortes. O resultado é
que a resposta imunológica pode ser inadequada contra a nova cepa, porque o
sistema imunológico não se adapta e, em vez disso, depende de sua memória
para montar uma resposta. No caso das vacinas, se imunizarmos apenas contra
uma única cepa ou epítopo, e se essa cepa / epítopo mudar com o tempo, o
sistema imunológico é incapaz de montar uma resposta secundária precisa.
Além disso, dependendo da primeira exposição viral, a resposta imune
secundária pode resultar em um aumento da doença dependente de anticorpos
ou, ao contrário, pode induzir anergia. Ambos desencadeando a perda de
controle do patógeno e induzindo consequências clínicas aberrantes.

As atuais “vacinas” da COVID-19-19 não preveem essa possibilidade do


fenômeno do "pecado antigênico original", então essa possibilidade na atual crise
é real.

85

• Um estudo publicado na NEJM em junho de 2021153 identificou um sinal de


alerta de particular preocupação em relação a efeitos adversos da vacina
ChAdOx1 nCoV-19 (AstraZeneca). Trata-se da ocorrência de uma constelação
clínica incomum de coagulação anormal, particularmente trombose venosa
cerebral e trombocitopenia que resultou em morte em alguns casos. Tanto a
Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido
(MHRA) como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reconheceram que
as vacinas contra SARS-CoV-2 podem estar associadas a um evento adverso raro,
mas sério, de formação de coágulos, principalmente trombose venosa cerebral e
trombocitopenia.

Na ausência de condições médicas pró-trombóticas prévias, 22 pacientes


apresentaram trombocitopenia aguda e trombose, principalmente trombose

153 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2105385
venosa cerebral, e 1 paciente apresentou trombocitopenia isolada e fenótipo
hemorrágico. Todos os pacientes tinham níveis baixos ou normais de
fibrinogênio e níveis elevados de dímero-d na apresentação. Nenhuma evidência
de trombofilia ou precipitantes causais foi identificada. O teste de anticorpos
para o fator plaquetário 4 (PF4) foi positivo em 22 pacientes (com 1 resultado
ambíguo) e negativo em 1 paciente.

Tal complicação foi provocada por auto-anticorpos contra o fator plaquetário 4,


induzidos pela vacina da Astrazeneca. Em todos os casos relatados até o
momento, essa síndrome de trombocitopenia e trombose venosa parece ser
desencadeada pelo recebimento da primeira dose da vacina ChAdOx1 nCoV-19.
Embora tenha havido alguns relatos de pacientes com sintomas consistentes com
esta síndrome clínica após o recebimento de outras vacinas contra SARS-CoV-2,
86 nenhuma ainda foi confirmada para preencher os critérios diagnósticos,
especificamente a presença de trombocitopenia, trombose, um muito alto nível
de dímero d e um nível baixo ou normal de fibrinogênio. Além disso, em Israel,
onde duas doses da vacina BNT162b2 (Pfizer – BioNTech) foram fornecidas a
mais de 4 milhões de pessoas, nenhum caso dessa síndrome rara foi relatado.
Embora a infecção natural por SARS-CoV-2 tenha sido associada a fenômenos
tromboembólicos, esses eventos diferem da síndrome específica descrita neste
estudo.
• O primeiro caso de estudo post-mortem154 em um paciente vacinado contra
SARS-CoV-2 revelou broncopneumonia aguda bilateral com abscessos, às vezes
circundada por cocos bacterianos (Figura 1). Não houve achados de
manifestações comumente descritas de pneumonite associada a COVID-19. No
coração, foi encontrada hipertrofia biventricular (peso 580 g) e,
histologicamente, diagnosticada cardiomiopatia isquêmica. Também foi

154 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8051011/
detectada amiloidose do tipo transtirretina no coração e em menor grau nos
pulmões. Os rins revelaram tanto dano crônico com arteriolosclerose e fibrose
intersticial, bem como insuficiência renal aguda com degeneração tubular
hidrópica. O exame do cérebro revelou uma necrose do tecido pseudocístico
parietal esquerdo. A necropsia revelou RNA viral nos tecidos, mecanismo pelo
qual essa vacina funciona induzindo imunogenicidade.

87

Fig. 15. Sinopse dos achados histológicos relevantes e os resultados do mapeamento


molecular. A histomorfologia foi obtida por hematoxilina padrão e reação de eosina,
exceto para o miocárdio do lado direito (coloração com vermelho do Congo). A
ampliação é mostrada por barras. Observe que nos pulmões, também observamos
colônias de cocos(seta) em áreas granulocíticas. Além disso, os resultados do
mapeamento molecular são dados como valores de limiar de ciclo avaliados da reação
em cadeia da polimerase em tempo real para SARSCoV-2. Observe que apenas no bulbo
olfatório e no fígado o SARS-CoV-2 não pôde ser detectado.
QUESITO No. 6
Pode argumentar sobre as fases de um estudo clinico que
caracterizam o termo “experimental”?

Resposta já parcialmente abordada no Quesito No. 1.

O processo de introdução de um novo medicamento (vacinas são classificadas


como “medicamentos imunobiológicos”) demora em geral entre 10 a 14 anos e inclui
a realização de fases pré-clínicas e clínicas (divididas em quatro passos), conforme
tabela abaixo, extraída do livro “As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman
e Gilman - 13.ed.”, considerado a literatura de referência em Farmacologia Clínica.

88

Fonte: As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman - 13.ed. Link:


https://books.google.com.br/books/about/As_Bases_Farmacológicas_da_Terapêutica.
html?id=9WuADwAAQBAJ&redir_esc=y
As figuras abaixo tornam didático o entendimento de como o processo de aprovação de
um novo medicamento ou vacina se faz, em especial no quesito “tempo”, demonstrando
a complexidade deste processo.

Fonte:
89 https://www.researchgate.net/publication/276238920_Aspectos_eticos_e_bioeticos
_da_pesquisa_clinica_no_Brasil/link/5b100ba04585150a0a5c9db3/download

Fonte:
https://www.researchgate.net/publication/276238920_Aspectos_eticos_e_bioeticos
_da_pesquisa_clinica_no_Brasil/link/5b100ba04585150a0a5c9db3/download
Fonte: http://www.ibids.org.br/panorama/saude-brasil-preve-140-milhoes-de-
doses-de-vacina-contra-covid-19-para-o-1o-semestre-de-2021/

Apenas após a CONCLUSÃO da fase 3 é que o novo medicamento ou vacina é aprovado


90
para uso generalizado. O que se fez, com as vacinas contra a COVID-19, foi “recortar”
parte do ensaios clínicos e publicá-los em revistas renomadas. Ter um estudo
“publicado” em revista indexada significa APENAS que os resultados da pesquisa,
PRELIMINARES ou DEFINITIVOS, estão sendo comunicados à comunidade científica.
Nada além disso.
.
QUESITO No. 7
Pode dizer em que fase do Estudo estão as vacinas contra SARS-
CoV-2?

Todas se encontram em fase 3 dos ensaios clínicos, conforme dados atualizados do site
Clinical.trials.gov, mencionados na resposta ao Quesito 2. Atualmente, com a queda
observada da eficácia de vários dos produtos, queda essa associada à ococrrência de
mutações virais, está sendo feita revisão conceitual em relação ao número de doses, o
que reposicionaria os produtos de volta à fase 2 (ou mesmo fase 1). Desconhece-se, no
presente momento, qual o número de doses será necessário, se é que será possível e
principalmente SEGURO, para imunizar a população.

91
QUESITO No. 8
Pode argumentar sobre o registro emergencial das vacinas contra
SARS-CoV-2?

No Brasil, a Anvisa é a agência reguladora responsável por ditar as normas em


relação a novos medicamentos e vacinas.155 Considerando a Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC n° 444, de 10 de dezembro de 2020 que estabeleceu a autorização
temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra COVID-19
para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional
decorrente do surto do novo Coronavírus (SARSCoV-2) e considerando as
92 recomendações constantes no Guia n° 42/2020 que trata dos requisitos mínimos para
submissão de solicitação de autorização temporária de uso emergencial, em caráter
experimental, de vacinas contra COVID-19, foram registrados produtos de forma
emergencial, seguindo o modelo do “paradigma pandêmico” mencionado
anteriormente. 156, 157
No caso específico da “vacina” “BNT162b2 mRNA Covid-19 Vaccine”
(Comirnaty) da indústria farmacêutica Pfizer, O ESTUDO DE FASE 3 NÃO ESTÁ
CONCLUÍDO, portanto trata-se de um PRODUTO EXPERIMENTAL, ainda não
completamente validado em cumprimento das regras estabelecidas mencionadas
anteriormente (fases da pesquisa clínica). Podemos confirmar esta informação no site
oficial do governo norte-americano, ClinicalTrials.gov.

155 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/confira-materiais-da-reuniao-
extraordinaria-da-dicol/relatorio-bases-tecnicas-para-decisao-do-uso-emergencial-final-4-1.pdf
156 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n-444-de-10-de-
dezembro-de-2020-293481443
157 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/publicacoes-
sobre-medicamentos/guia-sobre-os-requisitos-minimos-para-submissao-de-solicitacao-de-
autorizacao-temporaria-de-uso-emergencial-em-carater-experimental-de-vacinas-covid-19
Consultar o ClinicalTrials.gov é consultar direto na fonte, sem intermediários.
Os dados são publicados pelos pesquisadores. Pode-se acessar o status dos estudos (ex:
recrutamento, atualizações, publicação de resultados preliminares, delineamento do
estudo, mudanças no design). Todos os artigos publicados clínicos e pré-clinicos estão
indexados no registro do ClinicalTrials.gov de cada vacina.
O site ClinicalTrials.gov é um recurso baseado na Web que fornece aos
pacientes, seus familiares, profissionais de saúde, pesquisadores e ao público acesso fácil
a informações sobre estudos clínicos com suporte público e privado em uma ampla
gama de doenças e condições. O site é mantido pela National Library of Medicine
(NLM) do National Institutes of Health (NIH). As informações disponibilizadas no
ClinicalTrials.gov são fornecidas e atualizadas pelo patrocinador ou investigador
principal do estudo clínico. Os estudos geralmente são enviados ao site (ou seja,
registrados) quando começam, e as informações no site são atualizadas ao longo do
estudo. Em alguns casos, os resultados do estudo são enviados após o término do estudo.
Este site e banco de dados de estudos clínicos são comumente chamados de "banco de
dados de registro e resultados".
O ClinicalTrials.gov contém informações sobre estudos médicos em voluntários
humanos. A maioria dos registros em ClinicalTrials.gov descreve ensaios clínicos
93
(também chamados de estudos de intervenção). Um ensaio clínico é um estudo de
pesquisa em que voluntários humanos são atribuídos a intervenções (por exemplo, um
produto médico, comportamento ou procedimento) com base em um protocolo (ou
plano) e são avaliados quanto aos efeitos nos resultados biomédicos ou de saúde. O
ClinicalTrials.gov também contém registros que descrevem estudos observacionais e
programas que fornecem acesso a medicamentos experimentais fora dos ensaios
clínicos (acesso expandido). Os estudos listados no banco de dados são realizados em
todos os 50 estados norte-americanos e em 219 países.
Fonte: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa2034577

94

Fonte: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa2034577
“CONCLUSIONS
A two-dose regimen of BNT162b2 conferred 95%
protection against Covid-19 in persons 16 years of age or
older. Safety over a median of 2 months was similar to that
of other viral vaccines. (Funded by BioNTech and Pfizer;
ClinicalTrials.gov number, NCT04368728. opens in new
tab.)”

Tradução livre:

“CONCLUSÕES
Um regime de duas doses de BNT162b2 conferiu proteção
de 95% contra Covid-19 em pessoas com 16 anos de idade
ou mais. A segurança ao longo de uma mediana de 2 meses
foi semelhante à de outras vacinas virais. (Financiado pela
BioNTech e Pfizer; número ClinicalTrials.gov,
95
NCT04368728. Abre em uma nova guia.) ”

Em tempo: causa-nos profunda estranheza que uma condição de segurança


avaliada por APENAS 2 meses seja aceita para uso difuso na população mundial, com
aplicação em vacinação em massa de um PRODUTO EXPERIMENTAL.
Abrindo o site do ClinicalTrials.gov, número NCT04368728, fornecido no artigo
em questão, podemos verificar que o estudo da “vacina” da empresa Pfizer, mencionado
no artigo, está ativo, “RECRUTANDO” (portanto em curso, admitindo novos
participantes), que foi iniciado em 30 de abril de 2020 e cuja última atualização foi
feita no dia 27 de outubro de 2021.
96

Fonte: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04368728

A pesquisa no mesmo site – ClinicaTrials.gov – realizada na data de hoje, 19 de


novembro de 2021, revela que o estudo de fase 3 da “vacina” da Pfizer está em curso e
não concluído. E um dado extremamente importante: a data estimada para conclusão
do estudo da “vacina” da Pfizer, informada no site do ClinicalTrials.gov é 2 de maio de
2023.
97

Fonte: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04368728
Ainda sobre a “vacina” da Pfizer, apesar de no Brasil ter obtido da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) DE FORMA SURPREENDENTE o “registro definitivo” em
23 de fevereiro de 2021, o referido produto permanece apenas com aprovação para uso
emergencial nos Estados Unidos da América e na Europa, conforme confirmam os links
abaixo da agência norte-americana U.S. Food and Drug Administration (FDA) e a
agência europeia European Medicines Agency (EMA). Nos EUA, por exemplo, o FDA
concedeu apenas o uso emergencial da vacina para a faixa etária dos adolescentes,
considerando-a como um requerimento à parte, independente do pedido original de
registro. Mesmo ao anunciar o “registro definitivo” da Pfizer em 23 de agosto de 2021
(seis meses após o registro definitivo efetuado pela ANVISA no Brasil), o FDA anunciou
que a vacinação continuaria sendo ministrada e avaliada sob autorização para uso
emergencial, inclusive para crianças e adolescentes de 12 a 15 anos. 158
98 “The vaccine also continues to be available under
emergency use authorization (EUA), including for
individuals 12 through 15 years of age and for the
administration of a third dose in certain
immunocompromised individuals.”

‘Tradução livre:

“A vacina também continua disponível sob uso de


autorização emergencial (EUA), incluindo para
indivíduos de 12 a 15 anos de idade e para administração
da terceira dose em certos indivíduos
imunocomprometidos.”

158 https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-first-covid-19-vaccine
Agência Regulatória Norte-Americana FDA:

Fonte: https://www.fda.gov/emergency-preparedness-and-response/coronavirus-
99
disease-2019-covid-19/covid-19-vaccines#authorized-vaccines

Fonte: https://www.fda.gov/emergency-preparedness-and-response/coronavirus-
disease-2019-covid-19/covid-19-vaccines#eua-vaccines

Informações adicionais sobre o uso emergencial de vacina contra COVID-19 nos


Estados Unidos da América está disponível em:
• https://www.federalregister.gov/documents/2020/04/01/2020-
06905/emergency-use-authorization-declaration
• https://www.fda.gov/vaccines-blood-biologics/vaccines/emergency-use-
authorization-vaccines-explained

100

Fonte: https://www.fda.gov/vaccines-blood-biologics/vaccines/emergency-use-
authorization-vaccines-explained

“What is an Emergency Use Authorization (EUA)?


An Emergency Use Authorization (EUA) is a mechanism to
facilitate the availability and use of medical
countermeasures, including vaccines, during public
health emergencies, such as the current COVID-19
pandemic. Under an EUA, FDA may allow the use of
unapproved medical products, or unapproved uses of
approved medical products in an emergency to diagnose,
treat, or prevent serious or life-threatening diseases or
conditions when certain statutory criteria have been met,
including that there are no adequate, approved, and
available alternatives. Taking into consideration input
from the FDA, manufacturers decide whether and when to
submit an EUA request to FDA. Once submitted, FDA will
evaluate an EUA request and determine whether the
relevant statutory criteria are met, taking into account the
totality of the scientific evidence about the vaccine that is
available to FDA.”

Tradução livre:

““O que é uma autorização de uso de emergência (EUA)?


Uma Autorização de Uso de Emergência (EUA) é um
mecanismo para facilitar a disponibilidade e o uso de
contramedidas médicas, incluindo vacinas, durante
emergências de saúde pública, como a atual pandemia de
COVID-19. Sob uma EUA, a FDA pode permitir o uso de
produtos médicos não aprovados ou de usos não
aprovados de produtos médicos aprovados em uma
emergência para diagnosticar, tratar ou prevenir doenças
ou condições graves ou potencialmente fatais quando
101
certos critérios legais forem atendidos, incluindo que não
existem alternativas disponíveis, adequadas e aprovadas.
Levando em consideração as informações do FDA, os
fabricantes decidem se e quando enviar uma solicitação de
EUA ao FDA. Depois de submetido, o FDA avaliará uma
solicitação de EUA e determinará se os critérios legais
relevantes foram atendidos, levando em consideração a
totalidade das evidências científicas sobre a vacina que
estão disponíveis para o FDA.”
Fonte: https://www.fda.gov/emergency-preparedness-and-response/coronavirus-
disease-2019-covid-19/pfizer-biontech-covid-19-vaccine

““Pfizer-BioNTech COVID-19 Vaccine


102
On December 11, 2020, the U.S. Food and Drug
Administration issued the first emergency use
authorization (EUA) for a vaccine for the prevention of
coronavirus disease 2019 (COVID-19) caused by severe
acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2)
in individuals 16 years of age and older. On May 10,
2021, the FDA expanded the emergency use authorization
for the Pfizer-BioNTech COVID-19 Vaccine to include
adolescents 12 through 15 years of age. On June 25, 2021,
the FDA revised the patient and provider fact sheets
regarding the suggested increased risks of myocarditis
(inflammation of the heart muscle) and pericarditis
(inflammation of the tissue surrounding the heart)
following vaccination. On August 12, 2021, the FDA
amended the Pfizer-BioNTech COVID-19 Vaccine EUA to
allow for an additional dose to be given to certain
immunocompromised individuals. The emergency use
authorization allows the Pfizer-BioNTech COVID-19
Vaccine to be distributed in the U.S.”

Tradução livre:

““Vacina Pfizer-BioNTech COVID-19


Em 11 de dezembro de 2020, o US Food and Drug
Administration emitiu a primeira autorização de uso de
emergência (EUA) para uma vacina para a prevenção da
doença coronavírus 2019 (COVID-19) causada pela
síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-
CoV-2) em indivíduos com 16 anos ou mais. Em 10 de
maio de 2021, o FDA expandiu a autorização de uso de
emergência para a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19
para incluir adolescentes de 12 a 15 anos de idade. Em 25
de junho de 2021, o FDA revisou as folhas de dados do
paciente e do provedor em relação aos riscos aumentados
sugeridos de miocardite (inflamação do músculo
103
cardíaco) e pericardite (inflamação do tecido ao redor do
coração) após a vacinação. Em 12 de agosto de 2021, o
FDA alterou a Vacina EUA Pfizer-BioNTech COVID-19
para permitir uma dose adicional a ser dada a certos
indivíduos imunocomprometidos. A autorização de uso de
emergência permite que a vacina Pfizer-BioNTech
COVID-19 seja distribuída nos EUA.”
Fonte: https://www.fda.gov/emergency-preparedness-and-response/coronavirus-
disease-2019-covid-19/pfizer-biontech-covid-19-vaccine

Agência Regulatória Europeia EMA


104

Fonte: https://www.ema.europa.eu/en/news/ema-recommends-first-covid-19-
vaccine-authorisation-eu
“EMA has recommended granting a conditional
marketing authorisation for the vaccine Comirnaty,
developed by BioNTech and Pfizer, to prevent coronavirus
disease 2019 (COVID-19) in people from 16 years of age.”

Tradução livre:

“A EMA recomendou a concessão de uma autorização de


comercialização condicional para a vacina Comirnaty,
desenvolvida pela BioNTech e Pfizer, para prevenir a
doença coronavírus 2019 (COVID-19) em pessoas a partir
dos 16 anos de idade.”

105

Fonte: https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/comirnaty
Fonte:
https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/EPAR/comirnaty#authorisation-
details-section

106
“Authorisation details
Product details
Name: Comirnaty

Additional monitoring
This medicine is under additional monitoring,
meaning that it is monitored even more intensively than
other medicines. For more information, see Medicines
under additional monitoring.

Conditional approval
This medicine received a conditional marketing
authorisation. This was granted in the interest of public
health because the medicine addresses an unmet medical
need and the benefit of immediate availability outweighs
the risk from less comprehensive data than normally
required. For more information, see Conditional
Marketing Authorisation.”
Tradução livre:

“Detalhes da autorização
Detalhes do produto
Nome: Comirnaty

Monitoramento adicional
Este medicamento está sob monitoramento adicional, o
que significa que é monitorado de forma ainda mais
intensiva do que outros medicamentos. Para obter mais
informações, consulte Medicamentos sob monitoramento
adicional.

Aprovação condicional
Este medicamento recebeu uma autorização condicional
de introdução no mercado. Isso foi concedido no interesse
da saúde pública porque o medicamento atende a uma
107
necessidade médica não atendida e o benefício da
disponibilidade imediata supera o risco de dados menos
abrangentes do que normalmente exigido. Para obter mais
informações, consulte Autorização Condicional de
Marketing.”

Os mesmos dados referentes ao status de “estudos experimentais em fase 3” se


aplicam às outras “vacinas” disponíveis no Brasil, a saber:

• O estudo de fase 3 da “vacina” Janssen/Johnson & Johnson, registrado


no “ClinicalTrials.gov” sob a identificação NCT04505722 -
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04505722, tem término
previsto apenas para 2 de janeiro de 2023.
Fonte: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04505722

108
Fonte: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04505722

• O estudo de fase 3 da “vacina” AstraZeneca/Oxford, registrado no


“ClinicalTrials.gov” sob a identificação NCT04516746 -
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04516746?term=astrazeneca
&cond=covid-19&draw=2, tem término previsto apenas para 14 de
fevereiro de 2023.

109

Fonte:
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04516746?term=astrazeneca&cond=covid-
19&draw=2
• O estudo de fase 3 da “vacina” CoronaVac/Butantan/Sinovac, registrado no
“ClinicalTrials.gov” sob a identificação NCT04456595 -
https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04456595, tem término
previsto para fevereiro de 2022.

110

Fonte: https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04456595

É comum a seguinte afirmação:

“Soma-se a isso o fato de elas terem registro definitivo


(Pfizer e Astrazeneca) e emergencial (Coronavac e
Janssen) no Brasil, o que torna impreciso chamá-las de
experimentais.”

Venho esclarecer.
A Anvisa, por meio do Parecer SEI/ANVISA – 1244666, estabeleceu a
Justificativa da dispensa da Análise de Impacto Regulatório (AIR) e Consulta Pública
(CP). Essa dispensa facilitou que vacinas experimentais fossem aprovadas sem análises
detalhadas do impacto e o parecer de outros especialistas, com base na “necessidade de
enfrentamento de problemas de alto grau de urgência e gravidade, caracterizados por
situações de iminente risco à saúde ou por circunstâncias de caso fortuito ou força
maior que possam causar prejuízo ou dano de difícil reparação.” O texto é claro:
“...estabelece critérios para autorização temporária para uso emergencial de vacinas
Covid-19.”

111

Fonte:
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6134216/Parecer+complementar+c
om+motiva%C3%A7%C3%A3o+da+proposta+e+justificativa+para+as+dispensas+de
+AIR+e+de+Consulta+P%C3%BAblica/66c89c3d-3dc9-41fd-8afa-32da22f7bcee

“PARECER Nº 12/2020/SEI/DIRE2/ANVISA
Processo nº 25351.938290/2020-69
Interessado: DIRE2
Assunto: Dispensa de Análise de Impacto Regulatório (AIR) e de Consulta pública (CP)
para a proposta de RDC que estabelece critérios para autorização temporária para uso
emergencial de vacinas Covid-19.
Complementa a solicitação de dispensa de Análise de Impacto
Regulatório (AIR) e de Consulta Pública (CP) referentes a proposta
de RDC que estabelece critérios para autorização temporária para
uso emergencial de vacinas Covid-19.
1. Contextualização
Em 4 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 188, de
3 de fevereiro de 2020, que declarou Emergência em Saúde Pública de importância
Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus.
No atual contexto da pandemia da Covid-19, um dos principais desafios
regulatórios da Anvisa é disponibilizar medicamentos e vacinas para o tratamento e
prevenção dessa enfermidade de forma rápida e ao mesmo tempo garantindo a
adequada avaliação e monitoramento de sua qualidade, eficácia e segurança.
Tendo em vista que o desenvolvimento das vacinas para a Covid-19 ainda está
em andamento com alguns resultados de segurança e eficácia favoráveis e que é
importante a disponibilização das vacinas o quanto antes possível para auxiliar no
controle da pandemia que se alastra pelo Mundo, cabe à Anvisa propor procedimentos
temporários para o uso emergencial destas vacinas, considerando que os benefícios
conhecidos e potenciais podem ser maiores que os riscos.
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Vários países no Mundo possuem procedimentos semelhantes para o uso
emergencial de medicamentos em contexto de pandemia, como é o caso da Food and
Drug Administration. Uma autorização de uso emergencial é um mecanismo que
facilitaria a disponibilidade e o uso das vacinas para a prevenção da Covid-19,
permitindo o uso de vacinas ainda não registradas, mas que cumprem requisitos
mínimos de qualidade, segurança e eficácia estabelecidos.
Sendo assim, considerando que não existe previsão na regulamentação existente
sobre o uso emergencial de medicamentos ou vacinas em casos de emergência de saúde
pública e que existe uma necessidade urgente e não atendida de vacinas para a Covid-
19, fica evidente a necessidade da elaboração de uma Minuta de RDC que estabelece
critérios para autorização temporária para uso emergencial de vacinas para a Covid-
19, com o objetivo de garantir requisitos mínimos de segurança, qualidade e eficácia,
baseando-se, inclusive, no devido monitoramento destas vacinas no país.
Serão utilizados como subsídios documentos sobre o Uso Emergencial de Vacinas
no Contexto de Emergência em Saúde Pública da Organização Mundial da Saúde - OMS
(SEI 1245009), o Guia sobre Autorização de Uso Emergencial da Food and Drug
Administraon - FDA (SEI 1245018) e o documento sobre Vias de Uso Emergencial
disponibilizado por 7 autoridades regulatórias e OMS (SEI 1245018).
2. Justificativa da dispensa da Análise de Impacto Regulatório (AIR) e Consulta Pública
(CP)
Justifica-se a solicitação de dispensa de AIR e CP em virtude da necessidade de
enfrentamento de problemas de alto grau de urgência e gravidade, caracterizados por
situações de iminente risco à saúde ou por circunstâncias de caso fortuito ou força maior
que possam causar prejuízo ou dano de difícil reparação.
Os dados epidemiológicos no mundo todo têm demonstrado que a Covid-19 tem
um comportamento de avanço rápido e que as medidas de enfrentamento devem
continuar tendo em vista uma 2ª onda da doença no Mundo que pode chegar ao Brasil.
Sendo assim, entende-se que a ação da Agência na definição de propostas de resposta
emergencial precisa continuar ocorrendo de forma ágil e proporcional ao cenário da
pandemia.
Diante do exposto, entendemos que o cenário epidemiológico atual se enquadra
nas definições estabelecidas pela Portaria nº 1.741 de 12 de dezembro de 2018, que
estabelece as diretrizes e procedimentos para a melhoria da qualidade regulatória na
Anvisa, para que este processo regulatório siga um rito simplificado, com dispensa da
Análise de Impacto Regulatório (AIR) e de Consulta pública (CP).
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3. Conclusão
Diante do exposto, ratificamos a necessidade de abertura da proposta regulatória
com dispensa de Análise de Impacto Regulatório (AIR) e de Consulta pública (CP), nos
termos acima.
Documento assinado eletronicamente por Alessandra Bastos Soares, Diretora,
em 26/11/2020, às 16:17, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no
art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015
hp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2015/Decreto/D8539.htm.
A autenticidade deste documento pode ser conferida no site
hps://sei.anvisa.gov.br/autenticidade, informando o código verificador 1244666 e o
código CRC 6A271600.
Referência: Processo nº 25351.938290/2020-69 SEI nº 1244666
Criado por flavia.alves, versão 7 por daniela.cerqueira em 26/11/2020 12:13:02.

Detalhes sobre todas as “vacinas” contra COVID-19 disponíveis estão no site da Anvisa:
Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/paf/coronavirus/vacinas

No site da indústria farmacêutica Pfizer, encontra-se a seguinte afirmação:

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Fonte: https://www.pfizer.com.br/anvisa-aprova-vacina-da-pfizer-contra-covid-19
“ANVISA APROVA VACINA DA PFIZER CONTRA A COVID-19
Imunizante desenvolvido em parceria com a BioNTech é o primeiro a ter o registro de
uso definitivo no Brasil

A Pfizer Brasil acaba de receber a aprovação regulatória da ANVISA (Agência


Nacional de Vigilância Sanitária) para a vacina contra a COVID-19, desenvolvida pela
empresa e pela BioNTech. O registro estabelece o uso da vacina na população acima ou
igual de 16 anos de idade, com esquema de 2 doses com intervalo de 21 dias entre as
doses. Trata-se do primeiro imunizante a receber o registro de uso definitivo no Brasil
com base nos estudos de Fase 3. A vacina, apresentou eficácia Global de 95% em toda
população do estudo, incluindo análise em diferentes grupos étnicos, e pacientes com
condições clínicas de risco, sendo observada ainda uma eficácia de 94% em indivíduos
acima de 65 anos.
Concedido cerca de 17 dias após a conversão do processo de submissão
contínua, iniciado no final de novembro, em pedido definitivo de registro, a
farmacêutica recebe a decisão da agência com entusiasmo.

“Desde o início trabalhamos em parceria com a ANVISA, apresentando


115
documentos e informações, para que a avaliação de nossa vacina ocorresse no
menor prazo possível, levando em consideração todas as etapas que esse
processo exige. Ficamos muito felizes com a notícia da aprovação e gostaríamos
de parabenizar a agência pela celeridade e profissionalismo que demonstrou em
todas as etapas desse processo”, comenta Marta Díez, presidente da Pfizer Brasil.
“Esperamos poder avançar em nossas negociações com o governo brasileiro para
apoiar a imunização da população do país”, complementa Marta.

O estudo clínico de fase 3 com a vacina, que conta com a tecnologia de mRNA
desenvolvida pela BioNTech, foi realizado com aproximadamente 44 mil participantes
em 150 centros nos EUA, Alemanha, Turquia, África do Sul, Brasil e Argentina. No
Brasil, participaram 2.900 voluntários e os trabalhos foram conduzidos pelo Cepic –
Centro Paulista de Investigação Clínica, em São Paulo, e pelas Obras Assistenciais Irmã
Dulce, em Salvador. A companhia continuará encaminhando dados clínicos de eficácia
e segurança para a agência ao longo dos próximos meses.”
Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-
sanitaria/2021/02/anvisa-concede-primeiro-registro-definitivo-para-vacina-contra-
a-covid-19-nas-americas
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Em resumo, os fármacos disponíveis contra COVID-19, todos, estão com seu uso
aprovado de forma emergencial, em caráter experimental e provisório, conforme RDC
475/2021 da Anvisa e este é o mesmo tratamento dado pelo FDA dos EUA e diversos
outros centros de referência no mundo.
2. A vacina da Pfizer, apesar de obter o registro definitivo da ANVISA, tal status
ocorreu sob dados preliminares, pois o estudo segue em andamento conforme registros
no clinicaltrials.gov. Estima-se que a conclusão com os resultados finais de segurança
e eficácia só estarão disponíveis em 2023- mesmo com registro definitivo ela segue
experimental, uma vez que está em curso a fase 3 da pesquisa clínica;
3. Estudo da vacina Oxford Astrazeneca atesta que resultados finais de segurança
e eficácia só estarão disponíveis em 2023;
4. Estudos da Vacina Jansesn, na mesma linha, comprovam que o estudo de
segurança e eficácia de fase 3 só finaliza em 2023;
5. Estudo da Vacina CoronaVac também só finaliza a fase 3 em 2022, conforme
estudo do Instituto Butantan.
6. Desta forma, resta comprovado e documentado por meio desta, que as vacinas
são EXPERIMENTAIS. Isso significa que estão em fase de pesquisa e ninguém pode ser
submetido a experimento científico de maneira forçada, por razões óbvias.

A tendência à obrigatoriedade de aplicação de inoculação desses insumos em


fase experimental, com plataformas inéditas não testadas previamente em seres
humanos e com eficácia e segurança insuficientemente avaliadas no quesito tempo, são
ações questionáveis dos pontos de vista de saúde e principalmente ético, uma vez que
várias convenções internacionais, em especial o Código de Nuremberg, proíbem a
experimentação em seres humanos sem o expresso consentimento informado do
indivíduo. A imposição por meios políticos e econômicos vêm sendo aceita como
verdade absoluta por uma população propositalmente desinformada em relação às
regras de pesquisa clínica e aos riscos da dita inovação. O direito do médico se expressar
(sempre com responsabilidade e com a melhor informação disponível), sua autonomia
e principalmente o genuíno interesse no bem-estar dos pacientes devem ser protegidos.

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