Você está na página 1de 3

Fisiologia da Produção 2020/2

Jossimara Ferreira Damascena

RESENHA REFERENTE AOS ARTIGOS TRANSPORTE E HOMEOSTASE DE


POTÁSSIO E FOSFATO:FATORES LIMITANTES PARA A PRODUÇÃO AGRÍCOLA
SUSTENTÁVEL, LIMITAÇÕES DA FOTOSSÍNTESE EM FOLHAS DE CACAU SOB
DIFERENTES SISTEMAS AGROFLORESTAIS NO AMAZÔNIA COLOMBIANA O
SILÍCIO ALIVIA AS LIMITAÇÕES DO MESOFILO DA FOTOSSÍNTESE EM FOLHAS
DE ARROZ INFECTADAS POR MONOGRAPHELLA ALBESCENS, DO MÓDULO 08

A fotossíntese pode ser influenciada por características da própria planta (Anatomia,


morfologia e ontogenia foliar; arquitetura da planta; características biofísicas, bioquímicas e
metabólicas das folhas) e dos ambientes climático (radiação; CO2; temperatura) e edáfico
(disponibilidade de água e de nutrientes no solo) . A atividade fotossintética das plantas e suas
respostas a fatores ambientais são dependentes das características da espécie, e das condições
do ambiente em que se encontram, seja nos ecossistemas naturais ou ecossistemas agrícolas.
É importante destacar que a produção da fitomassa e a sua distribuição entre os
diferentes órgãos da planta é resultado de uma complexa rede de eventos biofísicos,
bioquímicos e metabólicos envolvendo a absorção, assimilação e transporte de carbono,
nitrogênio, fósforo, enxofre e outros elementos químicos essenciais. Os processos que
envolvem as assimilações do CO2 e do nitrogênio exigem uma forte demanda de energia que
é disponibilizada pelos eventos fotoquímicos, respiratório e redutivo da via das pentoses.
Potássio (K), fósforo (P) e nitrogênio (N) são macronutrientes essenciais para todos
os organismos e são referidos como os 'três elementos essenciais' na agricultura para seus
papéis vitais na produção agrícola. O nitrogênio (N) é o responsável pelo crescimento e
desenvolvimento de raízes, caules e folhas. A planta absorve, ainda no começo da vida, a
maior parte do nitrogênio de que precisa e o armazena em seus tecidos de crescimento, o
fósforo (P) por sua vez, é de fundamental importância na formação da clorofila pois
aumenta a capacidade da planta em absorver elementos férteis do solo, agindo no seu
desenvolvimento radicular. Ele tem papel essencial na qualidade dos frutos e maturação das
sementes, devendo ser mais utilizado em culturas com o objetivo de criação de raízes,
aumento de floradas e frutificação e produção de sementes. Já o potássio (K), é responsável
Fisiologia da Produção 2020/2

pela contribuição na formação de tubérculos e rizomas, fortalecendo os tecidos vegetais e


aumentando a resistência contra a seca.
Apesar do N2 ser muito abundante na atmosfera, é relativamente escasso na crosta
terrestre, sendo necessária grandes quantidades de nitrogênio que são consumidas nos
diversos processos de fixação do nitrogênio atmosférico, como por exemplo o realizado por
microrganismos, tornando o nitrogênio disponível às plantas. Com frequência, o N2 é
empregado nos processos químicos quando se deseja uma atmosfera inerte.
Fósforo e Potássio estão emergindo como desafios à sustentabilidade devido à sua
limitação natural, reservas e incertezas em seu abastecimento. O Potássio é, usualmente,
distinguido nas seguintes formas: K na solução do solo (Ks); K trocável (Kt), fracamente
retido na CTC do solo; retido na estrutura de minerais (K estrutural), mais o retido nas entre
camadas de argilominerais expansivos (K “fixado”); K total (KT), extraído com HFK não
trocável. Embora seja o sétimo elemento mais rico da crosta terrestre os níveis de K solúvel
(K +) são muito baixos na agricultura, solos e águas doces. Especialmente em solos ácidos
onde o K + é facilmente lixiviado. O fósforo por sua vez, é um nutriente que possui baixa
mobilidade no solo, esse comportamento é atribuído à sua “fixação” pelos minerais da argila,
e esse elemento tem presença relevante nos solos tropicais que apresentam elevados teores de
óxidos de ferro e de alumínio com os quais o P tem grande afinidade. Dessa forma a
produção agrícola depende fortemente de fertilizantes, na forma de potássio que é extraído de
sedimentos ou depósitos minerais.
Uma solução para ajudar a resolver este problema é melhorar a nutrição e eficiência
de uso (NUE) em culturas por meio da compreensão e a engenharia das redes genéticas de
absorção de nutrientes, translocação, armazenamento e reciclagem, A distribuição de
minerais no solo é desigual e dinâmica. Para sobreviver à seleção natural, as plantas
evoluíram mecanismos genéticos para lidar com a disponibilidade em constante mudança
habilidades de K + e Pi no ambiente. Na agricultura, diferentes tipos de culturas também
podem adotar diferentes nutrientes exigidos durante vários estágios de desenvolvimento.
Como os dois principais nutrientes minerais essenciais para o crescimento das
plantas, ficam disponíveis na sua forma iônica (K + e Pi), ambos os íons podem ser
transportados para as células da raiz por um ativo, sistema de alta afinidade acoplado ao
sistema eletro-transmembrana gradiente químico de H +. No entanto, proteínas semelhantes
a esses canais também foram encontradas para transporte de K +, mas ainda não para Pi
transporte para K +, um elemento que permanece em forma iônica em todas as células vivas,
absorção e movimentação eficazes dentro do organismo serão a chave para sua eficiência de
Fisiologia da Produção 2020/2

uso. Portanto, dissecando o mecanismo de transporte de K + e regulação será crucial para


compreender a base molecular para eficiência de uso de K +.

Tendo em vista o comportamento fotossintético das plantas em diferentes situações


de ambiente é possível entender melhor a marcação da sucessão ecológica em ambientes
naturais e visando o estabelecimento e definição de ações de manutenção e recuperação
desses ambientes dos mesmos, bem como, também a exploração mais racional e
sustentável .Um aspecto que também não deve ser desconsiderado são os efeitos das
diferentes condições bióticas e abióticas nos ambientes naturais e agrícolas sobre distribuição
da matéria seca produzida entre os diferentes órgãos das plantas. Este aspecto tem sido
fortemente considerado, especialmente nos agroecossistemas, onde a produção econômica é o
que interessa ao agronegócio, ou seja, quanto do carbono assimilado que foi direcionado para
o produto de interesse econômico.

Você também pode gostar