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Matrizes Curriculares

de Educação Básica
do Brasil Marista
Linguagens, códigos e
suas tecnologias
MATRIZES CURRICULARES - ATUALIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL (3ª Edição - 2018)

EXPEDIENTE Michelle Jordão Machado EDUCAÇÃO FÍSICA


Renato Capitani Consultoria
CONSELHO SUPERIOR Ricardo Spindola Mariz Graziela Zanotta Acosta (PMBSA)
Ir. Adalberto Batista Amaral Viviane Aparecida da Silva
Ir. Antonio Benedito de Oliveira Viviane Flores EDITORA UNIVERSITÁRIA
Ir. Ataide José de Lima CHAMPAGNAT/PUCPRESS
Ir. Deivis Alexandre Fischer COORDENAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA Edição de texto
Ir. Délcio Afonso Balestrin DO PROJETO Marcelo Manduca
Ir. Inácio Nestor Etges Michelle Jordão Machado Revisão
Ir. Rogério Renato Mateucci Ricardo Spindola Mariz Camila Fernandes de Salvo
Diagramação
Rafael Matta Carnasciali
DIRETORIA
Ir. Deivis Alexandre Fischer GRUPO ATUALIZAÇÃO DAS MATRIZES
Ir. Renato Augusto da Silva CURRICULARES DO BRASIL MARISTA
Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos Andreia Julio de Oliveira Rocha
Michelle Jordão Machado
SECRETÁRIO EXECUTIVO Renato Capitani
Ir. Natalino Guilherme de Souza Rosana Muniz Soares
Sandra Carla Ferreira de Castro
COORDENAÇÃO DA ÁREA DE MISSÃO Viviane Flores
E GESTÃO Tadeu Aparecido Pereira da Ponte (Consultor
Ricardo Spindola Mariz externo) Dados da Catalogação na Publicação
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
ÁREA DE MISSÃO E GESTÃO ÁREA DE LINGUAGENS Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBI/PUCPR
Ir. Ivonir Antonio Imperatori Consultoria Biblioteca Central
Leonardo Humberto Soares Heitor da Silva Campos Júnior (PMBCN) Edilene de Oliveira dos Santos CRB 9 / 1636
Lucas Luiz Barbara Rodrigues
Magda Cássia de Sousa Lopes LÍNGUA PORTUGUESA Matrizes curriculares de educação básica do Brasil Marista : área de
M433 linguagens, códigos e suas tecnologias / [organizador] União Marista
Michelle Jordão Machado Consultoria 2019 do Brasil. – 3. ed. -- Curitiba : PUCPRess, 2019
Michelly Esperança de Souza Heitor da Silva Campos Júnior (PMBCN) 119 p. ; 30 cm
Paulo Afonso de Araújo Quermes
Ricardo Spindola Mariz LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS) Inclui bibliografias
Consultoria ISBN 978-85-54945-43-5
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA Carolina Stancati Rodrigues (PMBCS)
Ceciliany Alves Feitosa 1. Linguagem e línguas – Estudo e ensino. 2. Ensino fundamental.
Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz 3. Ensino médio. 4. Currículos - Planejamento. 5. Currículos – Avaliação.
ARTE 6. Prática de ensino. 7. Aprendizagem. 8. Tecnologia educacional.
Jefferson Luiz Clemente de Oliveira
Consultoria I. União Marista do Brasil.
Luciano Miraber Centenaro
Paola de Farias Oppitz (PMBSA)
Marcos Villela Pereira
19-030 CDD 23. ed. – 407
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

PREFÁCIO 8
APRESENTAÇÃO 10

1.0 FINALIDADES DAS MATRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL MARISTA 13

2.0 CONCEPÇÕES DAS MATRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL MARISTA 14


2.1 Currículo nas Matrizes Curriculares de Educação Básica do Brasil Marista 14
2.2 Metodologias de ensino e de aprendizagem nas Matrizes Curriculares de Educação Básica do Brasil Marista 15
2.3 Aprendizagem nas Matrizes Curriculares de Educação Básica do Brasil Marista 17
2.4 Competências e suas categorias nas Matrizes Curriculares de Educação Básica do Brasil Marista 19

SUMÁRIO 2.5 Avaliação e suas categorias nas Matrizes Curriculares de Educação Básica do Brasil Marista 21

3.0 ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS MATRIZES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL MARISTA: DINÂMICA E ORGANIZAÇÃO 22
3.1 Áreas de conhecimento 22
3.1.1 Eixos estruturantes das áreas de conhecimento 23
3.2 Componentes curriculares 25
3.2.1 Objetos de estudo 25
3.2.2 Conteúdos nucleares 25
3.2.3 Habilidades 25

4.0 DIAGRAMA-SÍNTESE DAS MATRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL MARISTA 27


REFERÊNCIAS 28
Matrizes Curriculares
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


1.0 CONCEPÇÕES GERAIS 31
2.0 EIXOS ESTRUTURANTES 33
2.1 Comunicação e Interação 33
2.2 Investigação e Conhecimento 33
2.3 Diversidade Sociocultural 34

3.0 COMPETÊNCIAS 35

4.0 APRENDIZAGEM 36
4.1 Metodologias de ensino e de aprendizagem 37
4.2 Avaliação da aprendizagem 39

5.0 COMPOSIÇÃO DA ÁREA 41


5.1 Língua Portuguesa 41
5.2 Língua Estrangeira Moderna 41
5.3 Arte 41
5.4 Educação Física 41

6.0 DIAGRAMA DA ÁREA DE CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 43

REFERÊNCIAS 44
Matrizes Curriculares
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LÍNGUA PORTUGUESA

1.0 ASPECTOS GERAIS 46

2.0 OBJETO DE ESTUDO 48

3.0 COMPETÊNCIAS 50

4.0 APRENDIZAGEM 51

5.0 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 53

6.0 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 56

7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS 57

7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental 57


7.2 Anos finais do Ensino Fundamental 60
7.3 Ensino Médio - Língua Portuguesa 63

7.4 Ensino Médio - Literatura 64

REFERÊNCIAS 65

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA


1.0 ASPECTOS GERAIS 67

2.0 OBJETO DE ESTUDO 69

3.0 COMPETÊNCIAS 71

4.0 APRENDIZAGEM 72
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

5.0 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 73

6.0 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 75

7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS - INGLÊS 76

7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental 76


7.2 Anos finais do Ensino Fundamental 78
7.3 Ensino Médio 80

REFERÊNCIAS 81

ARTE
1.0 ASPECTOS GERAIS 83
2.0 OBJETO DE ESTUDO 85
3.0 COMPETÊNCIAS 87
4.0 APRENDIZAGEM 88
5.0 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 90
6.0 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 93
7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS 95
7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental 95
7.2 Anos finais do Ensino Fundamental 97
7.3 Ensino Médio 99

REFERÊNCIAS 100
Matrizes Curriculares
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EDUCAÇÃO FÍSICA
1.0 ASPECTOS GERAIS 102

2.0 OBJETO DE ESTUDO 103

3.0 COMPETÊNCIAS 104

4.0 APRENDIZAGEM 105

5.0 METODOLOGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 107

6.0 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 109

7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS 110

7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental 110


7.2 Anos finais do Ensino Fundamental 113
7.3 Ensino Médio 115

REFERÊNCIAS 116
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Temos a grata satisfação de apresentar a pectivos grupos, as Matrizes foram submetidas cleares, bem como à inserção das habilidades
todos os nossos educadores e gestores as Ma- à leitura crítica de especialistas nas respectivas em todos os anos do Ensino Fundamental, em
trizes Curriculares do Brasil Marista. Não medi- áreas, indicados pela Comissão de Educação conformidade com a BNCC. Esse processo foi
mos esforços, em termos de pessoas, tempo e Básica da UMBRASIL. desenvolvido com o apoio de 11 professores
recursos, para que este trabalho fosse um ba- Durante o ano de 2015, a partir de decisão da internos e de especialistas das três Províncias
lizador diferenciado de nossa Ação Educativa Assembleia da UMBRASIL, as matrizes passaram do Brasil Marista.
Marista no cenário brasileiro. Trata-se de um por um processo de atualização das concepções Todo o processo de elaboração inicial e
projeto pioneiro, que só foi possível construir gerais, das áreas de conhecimento e dos com- de atualizações foi desenvolvido a partir de
graças à coragem, eficácia, ousadia e disponi- ponentes curriculares, além da construção das premissas construídas coletivamente com a
bilidade de muitas mãos. Depois de uma longa Matrizes Curriculares da Educação Infantil. Esse Comissão de Educação Básica da UMBRASIL,
jornada percorrida, este é o resultado que en- processo contou com o envolvimento direto de assegurando a qualidade acadêmica, o fina-
tregamos da encomenda feita à UMBRASIL. 68 consultores, entre professores internos do lismo da ação educativo-evangelizadora da
A coleção é organizada em quatro volumes Brasil Marista e assessores externos. Instituição Marista no Brasil e o respeito aos
PREFÁCIO e cada um corresponde a uma área do conheci-
mento: Linguagens e códigos (volume 1), Ciên-
Em 2017, após o lançamento da 2ª versão
da Base Nacional Curricular Comum (BNCC),
seguintes valores:
• Unidade das políticas curriculares para
cias Humanas (volume 2), Ciências da Natureza documento que preconiza os direitos da apren- as escolas de Educação Básica do Brasil
(volume 3) e Matemática (volume 4). dizagem, as competências e as habilidades mí- Marista.
O primeiro passo desta elaboração, inspira- nimas a serem trabalhadas na Educação Básica • Diretrizes curriculares para uma educa-
da no Projeto Educativo do Brasil Marista, contou Nacional, desenvolveu-se, juntamente com as ção evangelizadora fundamentada no
com a participação efetiva de 15 professores de Províncias, uma análise comparativa entre o re- Carisma e Missão Marista e aliada ao
cada Província do Brasil Marista, sendo três pro- ferido documento e as Matrizes Curriculares do desenvolvimento de competências aca-
fessores por componente curricular, cuja seleção Brasil Marista. dêmicas, ético-estéticas, políticas e tec-
obedeceu ao critério de melhor desempenho no A publicação final da BNCC da Educação nológicas e a qualidade acadêmica.
curso organizado pela UMBRASIL e realizado em Infantil e do Ensino Fundamental, pelo Minis- • Educação de qualidade como direito das
parceria com a PUCRS, via EAD, sobre os funda- tério da Educação, ocorreu ao final de 2017, crianças, adolescentes e jovens.
mentos das Matrizes Curriculares. em sua 4ª versão. Sendo assim, ao longo de • Rigor no tratamento conceitual e meto-
Este grupo trabalhou, entre os anos de 2010 2018, iniciou-se o processo efetivo de atualiza- dológico das áreas de conhecimento e
e 2012, com a coordenação da Área de Missão ção da nossa Matriz, ao que se refere às com- de seus componentes.
e Comissão de Educação Básica da UMBRASIL. petências das áreas de conhecimento, aos • Resposta ao apelo de desenvolver formas
Após a elaboração feita pelos professores e res- componentes curriculares, aos conteúdos nu- novas e criativas de educar e evangelizar,
Matrizes Curriculares
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como nos interpela o Capítulo Geral.
• Articulação entre tradição Marista, inova-
ção curricular e exigências formativas da
contemporaneidade.
• Matriz Curricular como um diferencial do
serviço educativo-evangelizador Marista,
diante dos cenários educacionais.

Esperamos que as Matrizes Curricula-


res sejam um instrumento norteador da nos-
sa prática educativa e que nos oriente, não
como uma trilha de um mapa com um cami-
nho preestabelecido, mas como uma bússo-
la orientadora diante do grande mar que é a
aprendizagem. Teremos, como em toda nave-
gação, momentos de calmaria e de tempesta-
des. As Matrizes Curriculares do Brasil Marista
são nosso instrumento de navegação rumo às
águas mais profundas da aprendizagem. Fare-
mos uma bela viagem, com a ajuda de Maria e
de Champagnat.

Brasília, fevereiro de 2019.

IR. NATALINO GUILHERME DE SOUZA


Secretário executivo
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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O Projeto Educativo do Brasil Marista As Matrizes Curriculares do Brasil Marista, gelização e a defesa de direitos subsidiam as
tem desdobramentos nas Matrizes Curricula- portanto, organizam conhecimentos, compe- intencionalidades das matrizes curriculares nas
res de Educação Básica do Brasil Marista que tências e valores selecionados com a intenção escolas Maristas, em conformidade com a mis-
constituem um dos elementos que compõem de cumprir a missão específica da escola Ma- são do Instituto Marista.
as diretrizes curriculares de Educação Básica do rista, ressaltando que não é qualquer conheci-
Brasil Marista. mento, qualquer metodologia, nem qualquer Evangelizar é missão a ser assumida por
As Matrizes Curriculares são um referen- valor que respondem aos desafios de evangeli- todo cristão. Somos todos convocados a ser pre-
cial político-pedagógico institucional, estratégico zar pelo currículo. sença evangelizadora, colocando Jesus Cristo
para organização, articulação, desenvolvimento A escola Marista, um espaçotempo privi- como centro sobre o qual se fundamentam os
e avaliação das intencionalidades da proposta legiado de socialização, desenvolvimento de nossos valores e as nossas ações. Na educação
educativa do Brasil Marista. As Matrizes, organi- novos valores culturais e construção de conhe- marista, tal missão se reveste de um significado
zadas por áreas de conhecimento, contemplam cimentos, tem como missão tornar Jesus Cristo ainda mais profundo, pois nos inspiramos em
concepções, princípios, pressupostos e procedi- conhecido e amado e formar cidadãos, éticos, Marcelino Champagnat, para quem o núcleo
mentos que orientam as ações coletivas e indivi- justos e solidários para a transformação da so- da nossa ação é ‘tornar Jesus Cristo conhecido e
duais, nas unidades educativas do Brasil Marista. ciedade, por meio de processos educacionais amado’” (UMBRASIL, 2010, p. 36).
fundamentados nos valores do Evangelho, do

APRESENTAÇÃO
jeito Marista de educar e na vivência, defesa e
garantia de direitos que proporcionam a digni- Assim, as Matrizes Curriculares do Brasil
A gênese do termo matriz expressa a vo- dade da vida humana. Marista, sendo uma forma peculiar de concre-
cação das Matrizes Curriculares, no propósito Nesse sentido, as Matrizes Curriculares do tizar o Projeto Educativo e dar respostas ao XXI
de se constituir a fonte geradora, interdiscipli- Brasil Marista ressaltam a função social e a mis- Capítulo Geral, têm como propósito construir
nar, a partir da qual as áreas de conhecimento são educativo-evangelizadora da escola Maris- conhecimento, educando o olhar, a mente e
atuam como elos de articulação, contextuali- ta, à medida que esboçam políticas curriculares o coração das crianças, jovens e adultos, para
zação e problematização. e traçam percursos de qualificação dos proces- gerar vida e vida em plenitude, segundo o pro-
As Matrizes Curriculares emanadas do Pro- sos pastoral-pedagógicos. jeto de Cristo. Desse modo, “a principal tarefa
jeto Educativo do Brasil Marista se constituem, Em consonância com as demandas con- da educação marista será o empenho pela in-
portanto, em uma malha/teia curricular que su- temporâneas, a Escola Marista no Brasil aten- tegração entre fé e vida, encarnando a mensa-
gere interconexão entre áreas, conhecimentos, de aos apelos do XXI Capítulo Geral do Instituto gem evangélica na própria cultura.” (UMBRASIL,
saberes, valores, linguagens, tecnologias, dis- Marista: “Sentimo-nos impelidos a agir com ur- 2010, p. 37).
cursos e competências a serem construídos no gência para encontrar formas novas e criativas
percurso formativo de cada aprendiz, em cada de educar, evangelizar e defender os direi-
unidade educativa da rede de escolas do Brasil tos das crianças e jovens, mostrando-nos so-
Marista . lidários com eles” (Conclusões do XXI Capítulo
Geral, 2009, p. 25). Assim, a educação, a evan-
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Universal dos Direitos Humanos de 1948; a das nos princípios dos “Direitos Humanos e Na educação em direitos humanos, temas
O nosso serviço para a sociedade e para a Declaração das Nações Unidas sobre a Educa- em seus processos de promoção, proteção, como diversidade sociocultural, gênero, raça/
ção e Formação em Direitos Humanos (Reso- defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã etnia, religião, pessoas com deficiências, garan-
pessoa manifesta-se principalmente por meio da
lução A/66/137/2011); a Constituição Federal de sujeitos de direitos e de responsabilidades tias individuais e coletivas podem contribuir na
produção e do acesso à cultura, aqui identificada
de 1988; a Lei de Diretrizes e Bases da Educa- individuais e coletivas.” (BRASIL, 2012, s/p) criação de convivência social caracterizada pelo
como criação material e imaterial dos povos e a
ção Nacional (Lei nº 9.394/1996); o Programa respeito ao outro, na sua diferença e igualdade,
expressão da sua dignidade, liberdade, criativi-
Mundial de Educação em Direitos Humanos A Educação em Direitos Humanos como portanto, de inclusão de todos.
dade e diversidade, sob a forma de tecnologias,
(PMEDH 2005/2014), o Programa Nacional processo sistemático e multidimensional, orien- Em conjunto, as Matrizes Curriculares do
linguagens, artefatos, produção simbólica, ciên-
de Direitos Humanos (PNDH-3/Decreto nº tador da formação integral dos sujeitos de direi- Brasil Marista possibilitam formar os sujeitos
cias. Na e pela cultura, a fé cristã cria história e
7.037/2009); o Plano Nacional de Educação em tos, articula-se às seguintes dimensões: da escola para o compromisso de cultivar as ca-
torna-se histórica. (UMBRASIL, 2010, p. 37).
Direitos Humanos (PNEDH/2006); e as diretri- pacidades e potencialidades pessoais, para ter
zes nacionais emanadas pelo Conselho Nacio- I - apreensão de conhecimentos historicamen- melhor vida e condição de cuidar da vida, da natu-
A evangelização como centro e prioridade nal de Educação. te construídos sobre direitos humanos e a reza e das pessoas em todas as suas dimensões,
da missão marista, fortalece e significa a vivência sua relação com os contextos internacional, assim como compreender os conhecimentos
da educação em direitos humanos (EDH), com Entre as diretrizes nacionais se destaca a nacional e local; como produção coletiva da humanidade e a ser-
base no entendimento de direitos humanos resolução nº 1, de 30 de maio de 2012 que es- II - afirmação de valores, atitudes e práticas so-
como “conjunto de direitos civis, políticos, so- tabelece Diretrizes Nacionais para a Educação ciais que expressem a cultura dos direitos hu-
ciais, econômicos, culturais e ambientais, sejam em Direitos Humanos (EDH) a serem observa- manos em todos os espaços da sociedade;
eles individuais, coletivos, transindividuais ou das pelos sistemas de ensino e suas institui- III - formação de uma consciência cidadã capaz
difusos, referem-se à necessidade de igualda- ções na construção dos programas, projetos de se fazer presente em níveis cognitivo, so-
de e de defesa da dignidade humana.” (BRASIL, e materiais institucionais, tais como Projetos cial, cultural e político;
2012, p. 48). Político-Pedagógicos (PPP); Regimentos Esco- IV - desenvolvimento de processos metodológi-
A EDH faz em conformidade com os pro- lares; Planos de Desenvolvimento Institucio- cos participativos e de construção coletiva,
pósitos do Instituto Marista, buscando integrar nais (PDI); materiais didáticos e pedagógicos; utilizando linguagens e materiais didáticos
os princípios institucionais aos conhecimentos, do modelo de ensino, pesquisa e extensão; de contextualizados; e
valores, atitudes, comportamento que se mani- gestão e nos diferentes processos de avaliação V - fortalecimento de práticas individuais e so-
festem nas ações cotidianas (BRASIL, 2012). ciais que gerem ações e instrumentos em
favor da promoção, da proteção e da defesa
A educação em direitos humanos se re- Assim, é fundamental que a EDH seja in- dos direitos humanos, bem como da repa-
ferenda em políticas e documentos nacionais cluída no projeto pedagógico de cada unidade ração das diferentes formas de violação de
e internacionais, com destaque: a Declaração escolar, de forma a contemplar ações funda- direitos. (BRASIL, 2012) .
Matrizes Curriculares
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meio de uma metodologia dialógica, consideran-


viço do bem comum. Consideram o cultivo dos
do a construção das utopias, marcada por acor-
valores estéticos, culturais, políticos e éticos; os
dos, trabalho coletivo, leitura do mundo e da
valores maristas da humildade, da simplicidade,
palavra dos educadores e dos estudantes, ino-
do espírito de família, da solidariedade e os valo-
vação e respeito à diversidade cultural das Pro-
res evangélicos da justiça, da paz, da fraternida-
víncias do Brasil Marista.
de, do amor e do serviço como condições para
As Matrizes Curriculares do Brasil Marista
uma vida realizada e feliz dos educadores e estu-
contemplam os fundamentos legais que regu-
dantes, e, consequentemente, desafia, incentiva
lam o sistema educativo nacional, e a especifi-
a prática desses valores no espaçotempo da es-
cidade dos sistemas locais, considerando que
cola. Criam situações e apontam para a impor-
o respeito à dinâmica do currículo favorece o
tância e necessidade do conhecimento escolar
desenvolvimento de distintas experiências de
estabelecer relações com o sobrenatural, com
aprendizagem, especialmente daquelas que
o divino, e a seguir os ensinamentos espirituais
emergem na tessitura do dia a dia da escola.
como caminho para fundamentar nos estudan-
Portanto, trata-se de um conjunto de pres-
tes o sentido da vida.
supostos que permitem configurar o conteúdo
e a dinâmica das Matrizes Curriculares do Brasil
A Matriz Curricular, na prática pedagógica
Marista constituídas de finalidades, concepções,
do Brasil Marista, não é uma simples organiza-
metodologias e eixos estruturantes por áreas de
ção do que deve ser ensinado, mas um convite
conhecimento, bem como concepções, metodo-
à problematização dos currículos praticados e
logias, objetos de estudo e conteúdos nucleares
das “concepções sobre as quais se assentam os
por componentes curriculares.
campos disciplinares e as tendências metodoló-
gicas, bem como os objetos de ensino e aprendi-
zagem, as práticas pedagógicas, a gestão da aula
e do conhecimento e os instrumentos de avalia-
ção desse processo.” (UMBRASIL, 2010, p. 89-90).

No processo de construção das Matrizes


Curriculares do Brasil Marista, os pressupostos
conceituais e didáticos foram referendados por
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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As Matrizes Curriculares do Brasil Marista cação básica para o desenvolvimento de
expressam e sistematizam intencionalidades do competências políticas, pastorais e pedagó-
Projeto Educativo do Brasil Marista na perspecti- gicas necessárias à implementação e apri-
va do Currículo e têm por finalidades: moramento das Matrizes Curriculares;

1. assegurar a identidade e unidade do Proje- 7. qualificar a prática educativa, a gestão da


to Educativo do Brasil Marista na produção aula, as situações de ensino e de aprendiza-
e gestão de currículos caracterizados pela gem e os processos de avaliação pedagógica,
excelência e rigor acadêmico, referendados com base em referenciais teórico-metodoló-
nos valores cristãos; gicos definidos como opções institucionais;

2. propor uma organização curricular coeren- 8. estabelecer referenciais estratégicos para


te com a missão educativa evangelizadora planejar, significar, concretizar, monitorar e
do Instituto Marista que responda aos ape- avaliar o currículo, que garantam a função

1.0 FINALIDADES los formativos dos sujeitos e do mundo con-


temporâneo, aos avanços das ciências da
social da escola e a missão educativo-evan-
gelizadora da instituição marista.

DAS MATRIZES educação e aos novos construtos das áreas


de conhecimento escolar;

CURRICULARES 3. inspirar itinerários formativos para os dife-

DE EDUCAÇÃO
rentes sujeitos envolvidos no locus escolar
Marista;

BÁSICA DO BRASIL 4. subsidiar a organização de processos pasto-


ral-pedagógicos na perspectiva da educação
MARISTA integral e de qualidade como direito;

5. explicitar os referenciais que sustentam a or-


ganização e dinâmica do currículo, de modo
a articular as concepções teóricas às práti-
cas educativas da rede, da escola e da aula;

6. orientar a formação continuada de profes-


sores, gestores e colaboradores da edu-
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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As concepções educativas emanam de Na constituição das Matrizes, as concep- de organização curricular integrada, interdis-
contextos sócio histórico, nos quais interatuam ções de currículo, metodologias, aprendizagem, ciplinar. Essa intenção educativa rompe com a
macro e micropolíticas na definição de inten- competências e avaliação, que subsidiam as ma- centralidade dos conteúdos e das disciplinas nos
cionalidades educativas. A multiplicidade de trizes curriculares de educação básica, têm na currículos, substituindo-as por aspectos mais
interações que caracterizam o contexto contem- perspectiva da complexidade sua ideia força. abrangentes e que traduzam a complexidade
porâneo e as composições advindas das teoriza- das relações existentes entre as áreas de conhe-
ções críticas e pós-críticas, assumidas no Projeto 2.1 Currículo nas Matrizes Curriculares de cimento científico, acadêmico, cultural, político e
Educativo do Brasil Marista (UMBRASIL, 2010), Educação Básica do Brasil Marista social nos contextos contemporâneos.
referenda a visão da complexidade, assumida
pelas Matrizes. O currículo produz identidade, logo, opções O currículo integrado. “É uma possibilida-
curriculares são opções identitárias. No âmbito de para viabilizar o diálogo entre os códigos da
da Educação Marista, a formação que se almeja pós-modernidade e da modernidade, visto que
“Complexus significa o que foi tecido junto; tem como características o respeito à diversida- reconhece a contribuição e o valor do conheci-
de fato, há complexidade quando os elemen- de e a promoção da dignidade humana, consti- mento específico organizado nas ciências e em
2.0 CONCEPÇÕES tos diferentes são inseparáveis, constitutivos tuída na igualdade e na diferença, ou seja, não
se faz uma proposição identitária hegemônica
componentes curriculares, mas questiona a au-
tossuficiência e o isolamento de cada um. Por
do todo (como o econômico, o político, o socio-
DAS MATRIZES lógico, o psicológico, o afetivo, o mitológico), e
há um tecido interdependente, interativo e in-
ou padronizadora.
Por essa razão, as matrizes curriculares se
isso, provoca o estabelecimento de nexos intra
e interdisciplinares entre conteúdos, métodos,

CURRICULARES ter-retroativo entre o objeto do conhecimento


e seu contexto, as partes e o todo, o todo e as
referendam na concepção de currículo que susci-
te a formação numa abordagem interdisciplinar,
conceitos, significados, discursos e linguagens
dos componentes curriculares “(UMBRASIL,

DE EDUCAÇÃO partes, as partes entre si. Por isso, a complexi-


dade é a união entre a unidade e a multiplicida-
contextualizada, significativa e emancipatória. 2010, p.81).

BÁSICA DO BRASIL de.” (MORIN, 2001, p. 38). “No Projeto Educativo do Brasil Marista, o
currículo é concebido como um sistema comple-
Interdisciplinaridade. “A abordagem in-
terdisciplinar reúne diferentes componentes

MARISTA O contexto educativo, caracterizado pela


xo e aberto que articula, em uma dinâmica inte-
rativa, o posicionamento político da Instituição,
curriculares num contexto mais coletivo no tra-
tamento dos fenômenos a serem estudados ou
complexidade se constitui de acontecimentos, suas intencionalidades, os contextos, os valores, ainda, das situações-problema em destaque. É
conhecimentos, valores, saberes, princípios e su- as redes de conhecimentos e saberes, as apren- uma abordagem que exige compromisso do/da
jeitos em interação, que constroem juntos suas dizagens e os sujeitos da educação/aula/escola.” professor/professora com a intercomunicação,
percepções e concepções. Portanto, a educação (UMBRASIL, 2010, p. 59). ampliação e ressignificação de conteúdos, con-
se caracteriza pela inovação, pela emergência ceitos, terminologias.” (UMBRASIL, 2010, p.85).
contínua de novos e diferentes possibilidades de A intencionalidade formativa busca, portan-
significação e representação de processos aca- to, proporcionar uma visão sistêmica, integral A passagem da abordagem disciplinar para
dêmicos, pastorais, culturais, sociais e políticos. do sujeito. Para tal, optou-se pela modalidade a abordagem interdisciplinar se faz de modo
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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gradativo e sem desconsiderar a necessidade do grada. Assim, nessa abordagem, a gestão do sição de algo que está lá, é uma transformação tação de aspectos a serem investigados dentro
aprofundamento que os conhecimentos discipli- conhecimento parte do pressuposto de que os em coexistência com o outro”. (MATURANA, dos próprios componentes curriculares.
nares contemplam. Essa abordagem considera e sujeitos são agentes da arte de problematizar e 1999, p.84). Sendo assim, sugere-se a integração me-
articula as visões disciplinares e interdisciplinares interrogar, e buscam procedimentos interdisci- Nas abordagens metodológicas interdis- todológica, contemplando estratégias integra-
como interdependentes e complementares. Na plinares capazes de acender a chama do diálo- ciplinares, se oportuniza a “imersão no real ou doras e estratégias de aprofundamento que
Matriz, faz-se, portanto, a opção pelo tratamen- go entre diferentes sujeitos, ciências, saberes e sua simulação para compreender a relação par- potencializem a problematização, abrangendo:
to metodológico interdisciplinar, a partir das me- temas.” (BRASIL, 2013, p. 28) . te-totalidade por meio de atividades interdis- aprendizagem baseada em problemas; núcleos
todologias de ensino e de aprendizagens, bem ciplinares”. E a abordagem disciplinar permite ou complexos temáticos; investigação do meio;
como das competências e dos mapas de conteú- As trajetórias do currículo integrado na Edu- o “recorte do real para aprofundar conceitos” aulas de campo; construção de protótipos; visi-
dos nucleares de cada componente curricular. cação Marista se pautam na ética cristã, no res- (BRASIL, 2011, p. 44). Assim, a visão interdiscipli- tas técnicas; atividades artísticas, culturais e des-
peito à diversidade, nas ações referenciadas nos nar permite a compreensão mais abrangente e portivas, entre outras, conforme figura 1.
“A interdisciplinaridade pressupõe a trans- direitos humanos, no senso crítico, no compro- integrada, enquanto a visão disciplinar aprofun- A integração metodológica abrange o apro-
ferência de métodos de uma disciplina para misso social e nas escolhas sustentáveis para a da, particulariza. Essas duas visões são necessá- fundamento conceitual, no interior dos compo-
outra. Ultrapassa-as, mas sua finalidade ins- vida humana e planetária. rias e complementares nas metodologias que nentes curriculares e as atividades integradoras
creve-se no estudo disciplinar. Pela abordagem operam a problematização, com base em ativi- que se estabelece no diálogo entre áreas de co-
interdisciplinar ocorre a transversalidade do 2.2 Metodologias de ensino e de dades integradoras. nhecimento - componentes curriculares - objeto
conhecimento constitutivo de diferentes disci- aprendizagem nas matrizes curriculares A problematização é estratégia de ensino de estudo – conteúdos nucleares. A integração
plinas, por meio da ação didático-pedagógica de educação básica do Brasil marista e de aprendizagem. Indaga os conhecimentos, dessas estratégias, na Matriz, objetivam o de-
mediada pela pedagogia dos projetos temáti- os contextos e os significados que são atribuí- senvolvimento das competências consideradas
cos.” (BRASIL, 2013, p. 28) As metodologias propostas, em interação dos a um objeto ou fenômeno. O propósito da fundamentais para a formação e sucesso dos
com os contextos e os sujeitos do processo edu- problematização está na construção de novas sujeitos no/do currículo.
“A transversalidade orienta para a necessi- cativo, compreendem opções relativas à princí- possibilidades interpretativas, atuando como A aprendizagem por competências enfati-
dade de se instituir, na prática educativa, uma pios e estratégias que viabilizem a consecução “instrumento de incentivo à pesquisa, à curio- za a necessidade da interação entre os sujeitos,
analogia entre aprender conhecimentos teori- das metas educativas intencionadas. Os enca- sidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do contextos e saberes, na evocação e mobilização
camente sistematizados (aprender sobre a rea- minhamentos metodológicos, circunscritos na espírito inventivo, nas práticas didáticas” (BRA- de conhecimentos e competências aplicando-
lidade) e as questões da vida real (aprender na prática curricular, constituem ainda itinerários SIL, 2013, p. 50). Assim, a problematização pode -as na resolução de problemas via integração
realidade e da realidade). Dentro de uma com- disciplinares e interdisciplinares desenvolvidos ser caracterizada como uma etapa de um pro- metodológica.
preensão interdisciplinar do conhecimento, a em diferentes espaçotempos, integrando ações jeto ou de sequências didáticas. Por exemplo, E, nesse sentido, a integração metodológica
transversalidade tem significado, sendo uma de ensino e de aprendizagem. Ensinar e apren- as perguntas/problemas dirigidas aos eixos es- atua no desenvolvimento de competências, mo-
proposta didática que possibilita o tratamento der são dinâmicas integradas de um mesmo truturantes que perpassam e integram as áreas bilizando saberes e conteúdos disciplinares para
dos conhecimentos escolares de forma inte- processo escolar, pois “aprender não é a aqui- do conhecimento poderão dar origem à delimi- a construção da visão interdisciplinar.
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No projeto educativo (UMBRASIL, 2010),


são enfatizadas estratégias metodológicas
Estratégia
que aplicam os princípios da interdiscipli- Integradora
Procedimento
naridade, da contextualização, da proble-
e conhecimentos
matização na construção significativa de das áreas
conhecimentos. São destacadas: 1.Sequên-
cias didáticas, 2. Trabalho com projetos,
3. Projetos de intervenção social.

Aprofundamento Matrizes
dos objetos de Curriculares Atividades
estudos, das da Educação Integradoras e
habilidades e dos Básica do Eixos Estruturantes
conteúdos Brasil Marista
nucleares

Procedimentos
e conhecimentos
dos componentes
Estratégia de curriculares
Aprofundamento

Figura 1 - Diagrama-síntese do processo de integração metodológica


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A sequência didática estabelece conexão Projetos de intervenção social com- competências. Dessa forma, cabe ressaltar que competências necessárias para a realização da
de processos, compreende o planejamento, preendem trabalhos desenvolvidos ao longo as metodologias de ensino e de aprendizagem tarefa) e controle ou auto-regulação (capacidade
desenvolvimento e avaliação de um conjunto do processo curricular, que articulam os espa- orientarão e regularão as funções do professor para avaliar a execução da tarefa e fazer corre-
de atividades ligadas entre si, que garante a or- çotempos da aula com as questões políticas, so- e do aluno para a construção de competên- ções quando necessário - controle da atividade
ganicidade do processo ensino-aprendizagem ciais e ambientais, aproximando-se do sonho de cias diversas, num processo didático-reflexivo, cognitiva, da responsabilidade dos processos
e gera produções coletivas e individuais, orais Champagnat. Inserem-se no currículo de todos caracterizado pela problematização, pesquisa, executivos centrais que avaliam e orientam as
e escritas, em múltiplas linguagens e gêneros os segmentos das unidades educativas e ade- atenção aos diferentes estilos de ensinar e de operações cognitivas) (RIBEIRO, 2003, p. 110).
diversificados. A sequência didática é uma es- rem ao movimento da comunidade humana na aprender. Essa dinâmica se efetiva na mobiliza-
tratégia que favorece a interdisciplinaridade, busca por alternativas para superar a exclusão, ção e construção de processos de pensamento A capacidade metacognitiva abrange: ter
visto que os objetos de estudo estabelecem in- a má distribuição de renda, a desvalorização da de níveis mais básicos, tais como reconhecer, in- consciência das suas características e peculia-
terfaces com os diversos contextos, situações, vida, a degradação do ambiente e as violências. terpretar, até níveis mais complexos que abran- ridades para aprender, ponderar sobre o que
componentes curriculares, etc. Ela permite le- Dessa forma, o fundamento da ação pedagógi- gem aplicação, análise, síntese e avaliação. já aprendeu e o que ainda precisa melhorar,
var em conta, ao mesmo tempo e de maneira ca fortalece, na comunidade educativa, o prota- avaliar, regular e organizar as situações de
integrada, os conteúdos de ensino, os objeti- gonismo cidadão, a mobilização e formação dos 2.3 Aprendizagem nas matrizes curriculares aprendizagem.
vos de aprendizagem e a necessidade de va- atores locais e de lideranças comunitárias capa- de educação básica do Brasil marista A decisão sobre o que aprender, condicio-
riar os suportes, as atividades, os exercícios zes de conduzir as questões sociais e incentivar na o que ensinar. Essa decisão precisa ser pla-
e as dominantes das aulas. Facilita o planeja- a participação efetiva nos espaços de discussão As Matrizes curriculares têm o propósito de nejada, advém das intencionalidades definidas
mento contínuo e a explicitação dos objetivos e formulação de políticas públicas. Os projetos estimular aprendizagens ao longo da vida, apren- nas matrizes curriculares e significadas pelos
de aprendizagem. de intervenção devem ser planejados de modo dizagens que dêem sentido e significado e pos- sujeitos da educação, do ensino e da aprendi-
O trabalho com projetos tem a pesqui- a formar o coração solidário e a consciência sibilitem melhores condições de vida, pessoal e zagem. O fundamental no planejamento das
sa como princípios científicos e pedagógicos crítica, a construir conhecimentos articulados social, atendendo desafios e as esperanças da aprendizagens implica tomar decisões sobre
e a interdisciplinaridade e a contextualiza- às questões políticas, sociais e ambientais, e a contemporaneidade. Não basta apenas apren- estratégias, materiais, espaços e tempos que
ção como princípio metodológico. O projeto desenvolver competências e metodologias de der, necessitamos aprender como aprender e possam abranger e favorecer a diversidade de
pode derivar de um eixo estruturante da área participação, intervenção e mobilização política desenvolver a capacidade de metacognição. situações/objetos e os diferentes estilos de en-
de conhecimento ou de objeto de estudo dos e social. (UMBRASIL, 2010, p. 84-85) sinar e de aprender.
componentes curriculares. As atividades são A metacognição, que significa para além da Desenvolver capacidades metacognitivas
organizadas, com intuito de ressituar as con- Esse conjunto de procedimentos listados cognição, tem sido objeto de estudos a partir é uma das finalidades das aprendizagens que
cepções e as práticas educativas na escola, são possibilidades, cabe aos educadores e es- da década de 1970. Atualmente, “encontramos almejamos no desenvolvimento e avaliação do
buscando compreender e construir respostas tudantes a opção por aquelas estratégias que duas formas essenciais de entendimento da me- projeto educativo do Brasil Marista.
possíveis diante das diversas faces do conheci- melhor potencializem os processos de aprendi- tacognição: conhecimento sobre o conhecimen-
mento e das mudanças sociais. zagem individual e coletiva, na configuração das to (tomada de consciência dos processos e das
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Metacognição: “Este é um processo que visa derados relevantes e organizados nos compo- gera e amplia os questionamentos e resultados conceitos, ideias, valores, atitudes, habilidades,
um saber complexo: o desenvolvimento de um nentes curriculares. É, sobretudo, modificação na construção do conhecimento; procedimentos, destrezas, que, por sua vez, per-
pensamento metacognitivo, onde o professor desses conhecimentos, criação e invenção de Aprendizagem continuada: processo conti- mitem a significação, compreensão e interven-
tem de intervir, uma vez que este desenvolvi- outros necessários para entender aquilo a que nuum gerado pelas demandas contextuais, que ção em contextos diversos. Nesse movimento se
mento não se faz sozinho. Esta intervenção deve damos o nome de realidade. criam a necessidade de atualização, elaboração, processa a problematização, a busca, a análise, a
estar em função dos estudantes aos quais nos Trata-se de um percurso orientado e inteli- reelaboração e processamento de conhecimen- discussão, a pesquisa, o processamento e a pon-
dirigimos, ou seja são eles que devem estar no gível, alicerçado em intencionalidades e critérios tos e de formas de conhecer; deração sobre a pertinência ética das aprendiza-
centro e não os conteúdos.” (ALVES, p. 77, 2014) definidos, por meio dos quais se devem produzir Aprendizagem interdisciplinar: possibilita uma gens construídas e em construção.
dinâmicas próprias que auxiliem o estudante a compreensão globalizadora dos objetos de estu-
O ato de aprender se configura num proces- conferir significados aos acontecimentos, expe- do e das realidades, estabelecendo nexos entre 2.4 Competências e suas categorias nas
so de construção contínua de conhecimentos, riências e fenômenos com que se depara cotidia- os conhecimentos; matrizes curriculares de educação
considerando o processo no qual são evocados, namente e a se reconhecer como protagonista Aprendizagem contextualizada: favorece a básica do Brasil marista
aplicados, mobilizados, transferidos elementos na internalização e (re) construção dos saberes. apreensão de aspectos socioculturais significati-
de aprendizagens anteriores ao mesmo tempo (UMBRASIL, 2010, p. 57-58.) vos ligados ao cotidiano e às circunstâncias que Competências, entendidas como processo
que são acessados e processados novos elemen- atravessam/ compõem os objetos de estudo; em construção contínua que se caracteriza como
tos para a constituição da nova aprendizagem. No planejamento, desenvolvimento e ava- Aprendizagem significativa: ocorre por meio da um ‘potencial dinâmico e subjetivo’ composto por
liação das matrizes curriculares, ressaltamos vinculação de novos conhecimentos aos que já fa- saberes e habilidades conceituais, axiológicas, ope-
Aprendizagem é um processo intra e inter- a importância de considerar diferentes pers- zem parte do repertório do sujeito, desenvolven- racionais e atitudinais, próprias de um sujeito ou
subjetivo que produz saberes, artefatos, fazeres pectivas que favorecem o desenvolvimento do-se uma rede de significados em permanente grupo de sujeitos ‘que se objetiva na ação’. (EYNG,
e identidades e se fundamenta numa visão de da capacidade metacognitiva. Essas diferentes processo de ampliação. A cada nova interação, um 2003) Assim, competências são configuradas na
pessoa como sujeito ativo em complexas intera- perspectivas precisam ser entendidas de for- novo sentido é produzido e a compreensão e o es- soma de conhecimentos (que se relacionam à
ções, interesses, contextos sociais e culturais e ex- ma complementar e inter-relacionadas, quais tabelecimento de relações são potencializados; habilidades conceituais e axiológicas) e experiên-
periências de vida. É um movimento dinâmico de sejam, as aprendizagens: conscientes, coope- Aprendizagem como síntese pessoal: resulta cias (que se relacionam à habilidades operacionais
reconstrução do objeto de conhecimento pelo su- rativas, continuadas, interdisciplinares, contex- da relação sujeito-objeto do conhecimento me- e atitudinais) necessárias para uma práxis específi-
jeito e de modificação do sujeito pelo objeto, com tualizadas e significativas. diada pelas realidades. Produz uma construção ca. Ou seja, são conhecimentos e experiências mo-
base em estratégias próprias de conhecer. Nesse pessoal e singular de saberes e conhecimentos e bilizadas na execução de atividades, na resolução
processo, interagem dimensões formadoras, va- Aprendizagem consciente: o sujeito respon- formas próprias de comunicá-los e dar-lhes sig- de problemas. As competências integram saberes
lores, culturas, saberes e conhecimentos. sabiliza--se por sua aprendizagem, agindo como nificados. (EYNG,2004, p. 36-37) nas dimensões: cognitivas, afetivas, conativas (ação
Aprendizagem é mais do que aquisição ou autorregulador no seu processo formativo; consciente), éticas e estéticas; continuamente cons-
apreensão da rede de determinados corpos de Aprendizagem cooperativa: envolve a atua- Portanto, as aprendizagens se efetivam tituídas e expressas por habilidades mobilizadas
conhecimentos conceituais socialmente consi- ção coletiva, em que a participação do grupo num movimento dialético na aprendizagem de na ação do sujeito, no saber-fazer.
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Em síntese, as competências se caracteri- científicos e cotidianos em saberes escolares. 4. Competência política: É a capacidade de Importante ressaltar que as competências
zam como capacidades estratégicas de aplica- Essa competência promove uma alta quali- se apropriar, construir e mobilizar saberes, se desenvolvem e se manifestam de forma inte-
ção do conhecimento em situações complexas, dade nos projetos acadêmicos, ao mobilizar conhecimentos, atitudes e valores de con- grada e seu aperfeiçoamento pressupõe apren-
constituídas de recursos cognitivos, afetivos, so- e inserir os sujeitos no processo de aprendi- vivência, participação e negociação com di- dizagem contínua. Portanto, as estratégias
ciais, psicomotores internos e instrumentos e ar- zagem significativa, facilitando a identificação ferentes sujeitos e em contextos diversos. didáticas devem prever o trabalho concomitan-
tefatos externos, articulam saberes disciplinares de questões e problemas essenciais e o em- Essa competência sustenta o vínculo entre te de diferentes habilidades que permitirão a
diversos, exigem apropriação sólida e ampla de penho na busca das respostas. os membros da comunidade, no exercício configuração das competências. Assim, no nível
saberes, que possam ser utilizados face a dife- da cidadania, reforçando a consciência da dos sujeitos, habilidades e competências com-
rentes situações e contextos (ALVES, 2014; AL- 2. Competência ético-estética: É a capaci- interdependência entre as competências in- põem uma rede em constante mobilização, na
LAL, 2011; LOPES, 2008; DIAS; 2010). dade de se apropriar, construir e mobilizar dividuais e coletivas, implicadas na constru- qual habilidades expressam e constituem dife-
valores, atitudes, linguagens e saberes que ção de aprendizagens. rentes competências, que por sua vez se asso-
O desenvolvimento das competências con- se pautem e apliquem critérios de justiça ciam e compartilham diferentes habilidades.
fere capacidade de construir e mobilizar diversos social, promovendo o respeito à diversida- O desenvolvimento das competências
recursos, noções, conhecimentos, informações, de, à solidariedade, à equidade e ao diálogo se dá no processo de transposição didática 2.5 Avaliação nas matrizes curriculares de
procedimentos, métodos e técnicas para intera- intercultural. Essa competência promove a via construção, investigação, sistematização educação básica do Brasil marista
gir e intervir em situações complexas de modo a sensibilidade, a criatividade, a alteridade ao e comunicação de saberes, conhecimentos,
resolver problemas e alcançar objetivos. inserir os sujeitos em processos de apren- linguagens e tecnologias relacionados às inten- O planejamento inclui e define a avalia-
Nessa perspectiva, são definidas as compe- dizagens e práticas social, culturalmente e cionalidades das aprendizagens curriculares. ção, ao mesmo tempo que os processos ava-
tências: acadêmicas, ético-estéticas, tecnológi- artisticamente mais relevantes. liativos subsidiam o planejamento. Embora
cas e políticas, compreendidas na sua dimensão A transposição didática de conceitos no evidente, essas duas ações nem sempre estão
dinâmica e complementar, cujo aprendizado 3. Competência tecnológica: É a capacidade processo educativo, ocorre quando a proposta associadas no contexto escolar. As pautas da
requer conhecimentos e experiências trabalha- de se apropriar, construir e mobilizar lin- pedagógica é posta em ação pelo conjunto de avaliação são definidas, portanto, a partir das
das por via interdisciplinar. guagens, recursos, artefatos, mídias e tec- sujeitos do currículo, da escola, transformando intencionalidades assumidas nas matrizes cur-
nologias, contribuindo para a investigação, os saberes em conhecimentos a serem ensina- riculares, nos eixos estruturantes das áreas de
1. Competência acadêmica: É a capacidade análise, produção, avaliação, tomada de de- dos e aprendidos. Nesse processo, os saberes, conhecimento, nos componentes curriculares,
de se apropriar, construir e mobilizar conhe- cisão, colaboração, edição, avaliação e co- conhecimentos, linguagens, tecnologias e valo- nos objetos de estudo e nos conteúdos nuclea-
cimentos, evocando, relacionando e aplican- municação de saberes, de conhecimentos. res são interpretados, recontextualizados e res- res. Logo, as estratégias de avaliação se pau-
do saberes prévios para dar respostas diante Essa competência promove o conhecimen- significados em novas situações de ensino e ou tam no diálogo com as estratégias de ensino e
de situações novas, e em contextos diferen- to e utilização das tecnologias no planeja- de aprendizagem. As transposições didáticas de aprendizagem, coerente com as competên-
ciados. Implica, portanto, na transposição di- mento, gestão e avaliação das atividades de são viabilizadas pela contextualização e pela in- cias que se almejam potenciar. Assim, avaliar a
dática, que significa a conversão de saberes aprendizagem. terdisplinaridade no trabalho com os conceitos. capacidade de comunicação se deve fazer em
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situações de comunicação; a capacidade de “Ao construir dispositivos de avaliação das A avaliação é prática pedagógica e de ges- “Se é papel da escola formar sujeitos autô-
argumentar, em situações de argumentação; aprendizagens, geralmente faz-se necessá- tão que tem como finalidade o diagnóstico e nomos, críticos, por que ainda não incorpora-
a capacidade de resolução de problemas, em rio prever uma avaliação em dois níveis, a sa- o acompanhamento contínuo e reflexivo do mos tal prática? Por que ainda insistimos em
situações de resolução de problemas; a capa- ber: uma apreciação da operacionalização de desenvolvimento do currículo e do processo uma avaliação que não favorece o aprendiza-
cidade de convivência e participação em situa- uma competência numa situação complexa de ensino e de aprendizagem. Abrange, por- do e que não está coerente com nosso discur-
ções de convívio social. (de produção, de resolução de problemas, de tanto, as estratégias diversas de auto e hete- so atual? Por que insistimos em uma avaliação
pesquisa, etc.) e uma apreciação da mestria roavaliação de educadores e de estudantes. que coloca todo o processo nas mãos do pro-
Aprende a comunicar, quem se comunica; de determinados saberes e de saber-fazer Autoavaliação implica reflexões que o sujeito fessor, eximindo assim o estudante de qual-
a argumentar, quem argumenta; a resolver pro- disciplinares que estão no centro da compe- faz sobre seu próprio aprendizado e desem- quer responsabilidade? A auto-avaliação ainda
blemas reais, quem os resolve; e a participar de tência. Uma avaliação referindo-se ao mesmo penho, sendo fundamental que sejam orien- não faz parte da cultura escolar brasileira. En-
um convívio social, quem tem essa oportunidade. tempo a uma competência complexa e a obje- tadas por roteiros e critérios bem definidos. A tretanto, se quisermos sujeitos autônomos,
Disciplina alguma desenvolve tudo isso isolada- tos de saber mais específicos se justifica numa heteroavaliação, por sua vez, implica na apre- críticos, devemos ter consciência de que tal
mente, mas a escola as desenvolve nas discipli- perspectiva formativa que visa diagnosticar a ciação que o sujeito faz sobre o aprendizado prática deve ser incorporada ao cotidiano dos
nas que ensina e nas práticas de cada classe e de origem das dificuldades encontradas pelo edu- e desempenho de outro. Essa é a modalidade planejamentos dos professores, do currículo,
cada professor. (BRASIL, 2013, p.17) cando, a fim de propor aprofundamentos adap- mais frequente no espaço escolar, a avaliação por fim”. (FERNANDES e FREITAS, 2007, p. 35)
tados.” (ALLAL, p. 73, 2011) que o educador faz sobre o educando é um
No processo de desenvolvimento e avalia- exemplo de heteroavaliação. “Os processos de auto-avaliação podem
ção das matrizes curriculares, se almeja como Concebidas para expressar as competên- e devem ser individuais e de grupo. Não de-
referência a avaliação emancipatória que “vin- cias, explicitando o que se mobiliza pelos sujei- As atividades de avaliação coerentes com vem ficar restritos apenas aos aspectos mais
cula-se à práxis, ao planejamento que supõe tos, as habilidades se traduzem numa unidade a proposta educativa emancipatória contem- relativos a atitudes e valores. Os estudantes,
a projeção de futuro, com vistas ao desenvol- objetiva para a especificação do que é avalia- plam a heteroavaliação realizada pelos pro- em todos os níveis de ensino, devem refletir
vimento de ações estratégicas que efetivem as do. Ao planejar as práticas avaliativas, elaborar fessores, mas sobretudo a autoavaliação, sobre seus avanços não só relativos à sua so-
intencionalidades pedagógicas pretendidas, na os instrumentos e analisar os resultados de que leva a “maior autonomia e compromisso cialização, bem como sobre aqueles relativos
busca da qualidade social.” (EYNG, 2015, p. 140) uma avaliação, o docente estabelece, na esco- dos estudantes, a um diálogo mais profícuo às suas aprendizagens específicas”. (FERNAN-
A avaliação, nessa perspectiva baliza, legi- lha das habilidades que faz, as competências entre os sujeitos da aprendizagem, à constru- DES e FREITAS, 2007, p. 35)
tima, regula e emancipa o processo de ensino e saberes disciplinares que pretende avaliar. ção do conhecimento de forma mais criativa e
e de aprendizagem. Portanto, é fundamental As habilidades, portanto, servem como lingua- menos mecânica”, incluindo na “ prática coti- Nessa direção, a ação de avaliar consiste
atentarmos às trajetórias de ensino e de apren- gem para a especificação das evidências sobre diana, por exemplo, a auto-avaliação do ensi- num processo que deve ser sistemático, com-
dizagem e às relações que estão sendo esta- aprendizagem sobre as quais alunos e profes- no (feita pelo professor) e a auto-avaliação da partilhado e demanda assertividade, organiza-
belecidas no processo avaliativo disciplinar e sores podem fazer inferências em relação a aprendizagem (feita pelo aluno).” (FERNANDES ção, sensibilidade e criticidade. A dinâmica de
interdisciplinar. aprendizagens nos processos avaliativos. e FREITAS, 2007, p. 35) avaliação contínua integra três ações integra-
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das: recolher informações, elaborar juízos e • do ponto de vista do estudante, possibili- Os dados resultantes do conjunto de estra-
tomar decisões de melhoria. Nesse sentido, a tar a percepção das conquistas obtidas ao tégias e instrumentos avaliativos, tanto internos
avaliação só se efetiva na tomada de decisões longo do processo e desenvolver proces- (relacionados às instâncias de planejamento das
no cotidiano, tanto no planejamento e gestão, sos metacognitivos que compreendam unidades educativas, projeto político pedagógi-
no âmbito da aprendizagem/da aula, quanto a consciência do próprio conhecimento co, planos de ensino e aprendizagem.) quanto
no planejamento e gestão, no âmbito da es- e a regulação dos processos de constru- os advindos dos processos de avaliação externa
cola. Requer diagnósticos permanentemente ção do conhecimento. (UMBRASIL, 2010, (relacionados à Avaliação Nacional da Educação
atualizados e pautados na análise de dados p. 57-58.) Básica – Aneb), devem ser sistematizados e re-
representativos do conjunto que a subsidiem gistrados de tal forma que subsidiem o acom-
adequadamente. Em relação aos tempos e movimentos de ensi- panhamento individualizado dos estudantes, a
Assim, o processo de avaliação contempla nar e de aprender, as estratégias e os instrumentos tomada de decisão e o gerenciamento da dinâ-
as modalidades diagnóstica (recolher informa- avaliativos devem ser diversificados e coerentes, mica curricular.
ções que melhor permitam situar os objetos, os de forma a garantir a qualidade da educação, ou
sujeitos e os contextos de aprendizagens), a ava- seja, todas as formas, momentos, procedimentos Dessa forma, a avaliação precisa ser plane-
liação formativa (manter o olhar atento sobre e materiais de avaliação requerem objetivos e cri- jada. E, no planejamento da avaliação, a forma
o desenvolvimento do sujeito, na interação com térios coerentes com a proposta do currículo. como os resultados serão tratados e comunica-
o objeto no contexto da aprendizagem e tomar Dentre as diversas estratégias e instrumen- dos deve estar incluída. Essa recomendação serve
decisões sobre ajustes necessários) e a avalia- tos de avaliação com foco na aprendizagem, o tanto para a avaliação da aprendizagem quanto
ção somativa (elaborar juízos, estabelecer uma planejamento pode contemplar: a auto-avalia- para a avaliação do currículo e da escola. A análise
apreciação sobre as aprendizagens constituídas, ção docente e discente, as pautas de observação, dos resultados dessas três instâncias em conjun-
com base nos critérios definidos.) diários de bordo, portfólios, relatórios, chave de to é imprescindível, visando a ressignificação e o
leitura, construção de protótipos e modelos, pro- aperfeiçoamento das práticas educativas.
Os processos avaliativos devem: vas, testes, produção em múltiplas linguagens
• do ponto de vista docente, servir para (vídeos, textos orais, escritos, visuais, digitais etc.),
analisar e compreender as estratégias exercícios etc.
de aprendizagem utilizadas pelos estu- Tais estratégias e instrumentos podem ser
dantes, acompanhar e comunicar os re- planejados e aplicados com finalidade de acom-
sultados do processo de aprendizagem, panhar os processos de ensino e de aprendi-
dar um feedback individualizado aos es- zagem, na modalidade formativa e/ou com
tudantes e afirmar, (re)orientar e regular finalidade de verificar os produtos e resultados,
as ações pedagógicas; na modalidade somativa.
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As Matrizes Curriculares estão organizadas ciais, entre os quais os PCNs, a Matriz do ENEM, relações que o homem estabelece com a socie-
por grandes áreas de conhecimento e seus com- nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o En- dade em que vive. O conhecimento matemático
ponentes curriculares, constituindo-se em um sino Médio e, recentemente, na primeira versão é fruto da busca, pelo ser humano, de respostas
referencial teórico que oferece subsídio para a da Base Nacional Comum Curricular. a problemas que a sociedade lhe apresenta em
operacionalização do currículo interdisciplinar e suas práticas sociais. A Matemática não é, e não
contextualizado. A área de Linguagens trata dos conhecimen- pode ser vista pela escola, como um aglomerado
A dinâmica da organização das matrizes tra- tos relativos à atuação dos sujeitos em práticas de conceitos antigos e definitivos a serem trans-
duz o movimento de articulação e desdobramen- de linguagem, em variadas esferas da comu- mitidos ao/à estudante. Ao contrário, no proces-
to, integrando áreas de conhecimento - eixos nicação humana, das mais cotidianas às mais so escolar, é sempre fundamental que ele/a seja
estruturantes com os componentes curriculares formais e elaboradas. Esses conhecimentos pos- provocado/aa construir e a atribuir significado
- objetos de estudo, conteúdos nucleares. aos conhecimentos matemáticos. (BRASIL, 2015)
sibilitam mobilizar e ampliar recursos expres-
A partir de cada área de conhecimento
sivos, para construir sentidos com o outro em A área de conhecimento Ciências da Natureza,
são definidos os eixos estruturantes que ex-
diferentes campos de atuação. Propiciam, ain- no Ensino Fundamental, é representada por um
pressam os elementos aglutinadores que inte-
3.0 ELEMENTOS gram os componentes curriculares aos quais
se vinculam os objetos de estudo que se des-
da, compreender como o ser humano se cons-
titui como sujeito e como age no mundo social
único componente de mesmo nome, enquan-
to que, no Ensino Médio, o ensino é distribuído

CONSTITUINTES dobram nos conteúdos nucleares.


em interações mediadas por palavras, imagens,
sons, gestos e movimentos. Na Base Nacional
entre os componentes curriculares Biologia, Físi-
ca e Química. O ensino de Ciências da Nature-

DAS MATRIZES 3.1 Áreas de conhecimento Comum Curricular (BNC), a área de Linguagens
reúne quatro componentes curriculares: Língua
za tem compromisso com uma formação que
prepare o sujeito para interagir e atuar em am-

DE EDUCAÇÃO Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Arte e bientes diversos, considerando uma dimensão
As áreas de conhecimento são formas de
agrupamento, de visão globalizadora, abrangen- Educação Física. (BRASIL, 2015) planetária, uma formação que possa promover
a compreensão sobre o conhecimento científico
BÁSICA DO te de seleção e integração do conhecimento. Nas
áreas são reunidos componentes, em função da A Matemática assume um papel fundamen- pertinente em diferentes tempos, espaços e sen-
tidos; a alfabetização e o letramento científicos;
BRASIL MARISTA: afinidade entre estes, que são desenvolvidos tal para o pleno acesso dos sujeitos à cidadania.
numa organização e dinâmica curricular na pers- Em uma sociedade cada vez mais baseada no a compreensão de como a ciência se constituiu
historicamente e a quem ela se destina; a com-
DINÂMICA E
pectiva interdisciplinar. desenvolvimento tecnológico, os conhecimentos
As matrizes curriculares estão organizadas matemáticos tornam-se imprescindíveis para as preensão de questões culturais, sociais, éticas e
em quatro áreas de conhecimento: Lingua- diversas ações humanas, das mais simples às ambientais, associadas ao uso dos recursos na-
ORGANIZAÇÃO gens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da mais complexas, tais como compreensão de da-
turais e à utilização do conhecimento científico e
das tecnologias. (BRASIL, 2015)
Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas dos em gráficos, realização de estimativas e per-
e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecno- cepção do espaço que nos cerca, dentre outras. As Ciências Humanas compõem um cam-
logias. As áreas são definidas em conformidade O desenvolvimento desta área de conhecimento, po cognitivo dedicado aos estudos da existência
com a proposta de diferentes documentos ofi- a Matemática, foi e continua sendo por meio das humana e das intervenções sobre a vida, pro-
Matrizes Curriculares
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blematizando as relações sociais e de poder, os correntes disso, como as diferentes noções de mos de aglutinação que torne a articulação fe- que, portanto, o eixo estruturante dela represen-
conhecimentos produzidos, as culturas e suas cultura nas Ciências Humanas. Há, ainda, proce- cunda, estabelecendo eixos comuns de ensino ta a conexão, não de componentes da área de
normas, as políticas e leis, as sociedades nos mo- dimentos comuns, como as técnicas de entrevis- e de aprendizagem. conhecimento, como nos demais, mas de pontos
vimentos de seus diversos grupos, os tempos his- tas e levantamento de dados e informações de A articulação entre as áreas de conheci- agregadores de diferentes conteúdos e também
tóricos, os espaços e as relações com a natureza. algumas das ciências humanas, e há aspectos mento busca estabelecer uma base comum aos componentes curriculares das demais áreas.
Essa área reúne estudos de ações, de relações e de metodológicos comuns, como as atividades de que potencializa a gestão curricular, por meio de Portanto, nas Matrizes Curriculares do Brasil
experiências coletivas e individuais que refletem análise e interpretação geral de fenômenos so- uma visão ampla do processo de construção do Marista, os eixos estruturantes são os elementos
conhecimentos sobre a própria pessoa e sobre o ciais. (BRASIL, 2013, p.17) conhecimento, possibilitando o desenvolvimen- constituintes da identidade da área de conheci-
mundo em diferentes manifestações naturais e to de competências para a inserção dos estudan- mento, organizados pelos saberes, pelas habilida-
sociais. Ainda que sujeita a diferentes correntes Articulação inter áreas - A articulação in- tes em diferentes contextos culturais e sociais, des e pelas competências mais significativas, que
e vertentes teóricas, o pressuposto fundamental ter áreas é uma clara sinalização para o proje- de forma integrada às situações cotidianas e às integram os componentes curriculares das áreas,
da área considera o ser humano como protago- to pedagógico da escola. Envolve uma sintonia possibilidades de significar e atuar no mundo. visando o desenvolvimento curricular na perspec-
nista de sua existência. A identificação e a carac- de tratamentos metodológicos e, no presente tiva da interdisciplinaridade e da contextualização.
terização da área das Ciências Humanas ocorrem caso, pressupõe a composição de um apren- 3.1.1. Eixos estruturantes das áreas de conhecimento
a partir da compreensão das especificidades dos dizado de conhecimentos disciplinares com o Os conceitos estruturadores de uma área
pensamentos filosóficos, históricos, geográficos, desenvolvimento de competências gerais. Só A definição dos eixos estruturantes favorece estão presentes de forma transversal, portan-
sociológicos e antropológicos. (BRASIL, 2015) em parte essa integração de metas formativas a organização do currículo de forma mais integra- to, de maneira explícita e/ou implícita, em todas
pode ser realizada por projetos concentrados da. O termo eixo remete-nos à direção ou linha as disciplinas que a compõe, embora no âmbito
As áreas articulam os componentes curri- em determinados períodos, nos quais diferen- que atravessa uma área de conhecimento, inte- de cada disciplina possam ser percebidos con-
culares, estabelecendo conexões no interior de tes disciplinas tratem ao mesmo tempo de te- grando-a. Os eixos estruturantes atuam como ceitos mais particulares, que não fazem parte
cada área. Entretanto, a perspectiva interdisci- mas afins. (BRASIL, 2013, p.17) pontos de conexão, estabelecendo as pontes e o das representações do real presentes em ou-
plinar, promove ainda conexões entre as áreas. trânsito entre componentes curriculares, e entre tras disciplinas da mesma área. Assim, demar-
São produzidas, portanto, articulações intra e in- A articulação do trabalho educativo na pers- os conteúdos, no caso da área de matemática. car os conceitos estruturadores de uma área
ter áreas de conhecimento. pectiva das áreas de conhecimento requer que Os eixos estruturantes representam a ar- implica identificar quais representações do real
se compreendam os pontos de conexão, de con- ticulação educativo aos conceitos centrais das são suficientemente amplas para servirem de
Articulação intra área - Aparentemente, se- vergência para compor projetos integrados, mas áreas de conhecimentos (Linguagens e Códigos ferramentas intelectuais que podem ser utiliza-
ria bem mais fácil estabelecer uma articulação também precisam ser explicitados os pontos de e suas tecnologias; Ciências Humanas e suas tec- das/reutilizadas de forma global nos processos
entre as disciplinas de uma mesma área do que divergência entre áreas e os componentes que nologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; de análise que envolvem os objetos centrais
entre as de áreas diferentes, pois há elementos as integram. Matemática e suas tecnologias). Importante con- das diferentes disciplinas de uma dada área,
de identidade e proximidade no interior de cada O desdobramento das áreas nos seus siderar aqui que esta última área é formada ape- mesmo que não sejam particulares a nenhuma
área. Há conceitos estruturadores comuns de- componentes curriculares requer mecanis- nas pelo componente curricular de Matemática e delas. (BRASIL, 2002b, p. 25)
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Os eixos estruturantes advêm dos con- Contextos e


ceitos principais das áreas, atuando, portanto, Significados Matemáticos
Linguagem
como mecanismos integrativos oferecidos pelos Matemática
Diversidade
fundamentos epistemológicos e históricos que Sociocultural
embasam a diversidade e a singularidade de Eixos estruturantes
cada componente curricular. Nesse sentido, os
eixos estruturantes são formas de organização Investigação
curricular, cujo propósito se pauta nos critérios Matemática e Matemática
suas Tecnologias
que orientam e definem as competências em
Investigação e
desenvolvimento via currículo na perspectiva da Conhecimento
interdisciplinaridade e da contextualização.
A contextualização torna-se um dos ali- Competência Competência
Acadêmica Ético-estética
cerces do trabalho para que seja efetivamente
interdisciplinar, pois atribuem significado aos
Linguagens no Espaçotempo
eixos estruturantes, os problematizam frente Ciências Humanas
Linguagens, Códigos Áreas de
aos contextos sociais, culturais e políticos e or- e suas Tecnologias Conhecimento e suas Tecnologias
Comunicação
ganizam a dinâmica das aprendizagens a serem e Interação
construídas “pelos estudantes, no âmbito do vi-
ver em sociedade amplo e particular dos mes- Competência Competência
mos.” (BRASIL, 2013, p. 22). Tecnológica Política

Contextos
e Relações Socioculturais
Ciências da
Natureza e suas
Tecnologias
Linguagem
Científica

Estudo
das Ações Humanas

Investigação
Científica
Contextualização
Sócio-histórica e cultura
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3.2 Componentes curriculares 3.2.1. Objetos de estudo permitem que se estabeleçam os conteúdos fun- Portanto, os conteúdos nucleares são agre-
damentais, permitindo sua priorização. Assim, as gadores e sustentam o desdobramento dos con-
Os componentes curriculares são os elemen- Os objetos de estudo são desdobramentos competências consideradas essenciais para as teúdos curriculares, se constituem “a face dos
tos constitutivos das áreas de conhecimento, ao que detalham e ao mesmo tempo delimitam, o aprendizagens no desenvolvimento dos estudan- conhecimentos que irão ser construídos/recons-
mesmo tempo que desdobram essas mesmas campo de estudo dos componentes curriculares. tes, orientando a definição, seleção e delimitação truídos pelos estudantes, concomitantemente
áreas. A área permite a visão integradora, que Objeto, supõe delimitação de elementos que se- dos conteúdos “[...], já que estes não são mais ao desenvolvimento de competências, habilida-
conduz às representações gerais e permite que jam específicos de cada componente curricular, definidos a partir de um corpo de conhecimen- des e conceitos por parte dos mesmos” (BRASIL,
se vislumbre a necessidade de representações de resultantes de construções humanas situadas e tos disciplinares existentes, mas sim a partir das 2013, p.37).
aprofundamento. Nos componentes curriculares, condicionadas histórica e socialmente. situações em que podem ser utilizados e mobili- Nesse sentido, os conteúdos nucleares não
torna-se possível o aprofundamento conceitual, Os objetos de estudo se constituem, por- zados com o objetivo de se construir as compe- devem ser entendidos apenas no conjunto de
operando com os objetos, linguagens, tecnolo- tanto, como instrumentos no processo de aná- tências[...].” (COSTA, 2005, p. 54) suas propriedades, mas na relação com os outros
gias, metodologias específicas de cada componen- lise-síntese na delimitação do estudo. Nesse Os conteúdos nucleares são, assim, a orga- conteúdos, potencializando o sentido e significa-
te curricular. Entretanto, é imperativo pensarmos caso, tratam-se de objetos já sistematizados nização de um dado conjunto de conceitos, deli- do do processo de construção do conhecimento,
sempre o componente curricular em relação a ou- pelas ciências e pela tradição escolar e que se- mitados cultural, social e historicamente. No caso por meio do desenvolvimento de competências,
tros e com outros em constante diálogo. rão acessados, mobilizados e/ou apropriados das Matrizes do Brasil Marista, são sistematiza- visando, principalmente, a inserção dos estudan-
Nas matrizes curriculares do Brasil Marista, pelos professores e pelos estudantes no per- dos a partir dos eixos estruturantes das áreas de tes em diferentes contextos culturais e sociais,
adotamos a expressão componentes curricu- curso educativo. conhecimento, das competências e dos objetos de forma integrada às situações cotidianas e às
lares em substituição ao termo disciplina. Essa Em síntese, na opção adotada nas matrizes de estudo de cada componente curricular. possibilidades de significar e atuar no mundo.
mudança, que não é meramente formal, sina- curriculares do Brasil Marista, os objetos de estu-
liza a necessidade de romper as fronteiras que do se inscrevem nos componentes curriculares, “Os conceitos são formados ao longo da 3.2.3. Habilidades
segmentam e aprisionam o ensino e as apren- representando, portanto, um recorte epistemo- história. A cultura e a história, mais que meros
dizagens. A intencionalidade é dar maior vigor lógico da ciência ou campo de conhecimento do contextualizadores, são elementos constituídos As habilidades expressam e constituem
às aprendizagens interdisciplinares, em diálogo qual faz parte. dos conceitos, componentes de sua própria es- processos decorrentes de ações acadêmicas,
com os diversos fluxos de significados nos dife- sência. Por isso, não se pode falar em concei- tecnológicas, ético-estéticas e políticas que
rentes contextos. 3.2.2. Conteúdos nucleares tos absolutamente estáticos. Isso não significa compõem as competências dos sujeitos, para
Os componentes curriculares “constituem- que os conceitos sejam fluidos a ponto de os resolver uma situação-problema, em diferen-
-se em uma territorialidade em que estão dis- Na perspectiva contemporânea, a definição delimitarmos da maneira que nos convém em tes contextos específicos, mobilizando conheci-
postos não apenas os conhecimentos a serem dos conteúdos adquire importância estratégica, determinadas situação; significa apenas que é mentos, valores e atitudes.
ensinados e aprendidos, mas o modo como são pois não há possibilidade de esgotá-los ou abran- necessário refletir sobre a gênese e história dos Nessa concepção, a especificação de habili-
mobilizados, articulados, arranjados, tramados.” gê-los na totalidade. Nesse cenário, as aprendiza- mesmos” ( MEC, 2003, p.33) dades estabelece não apenas a aquisição de con-
(UMBRASIL, 2010, p.90) gens para o desenvolvimento das competências teúdos nucleares, mas também desenvolvimento
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de valores e atitudes coerentes com a proposta cionais, os quais respondem à segunda das ques- em que se definem níveis práticos equivalentes
educativo-evangelizadora do Brasil Marista. tões levantadas anteriormente. Tais processos se para as habilidades desta matriz.
Em termos mais específicos, a representação evidenciam na formulação das habilidades por Em síntese, a formulação das habilidades se
das habilidades se dá por uma declaração com- verbos que representam diferentes níveis taxonô- dá por uma sentença que se inicia com um verbo
posta por três elementos que devem estar rela- micos aos quais as habilidades podem se referir. indicativo de seu nível taxonômico, acompanhado
cionados com a mobilização que ela pretende Em cada série, as competências acadêmicas, da descrição relacionada a conteúdos nucleares e
produzir quando operada pelo sujeito, cuja fun- tecnológicas, ético-estéticas e políticas podem ser competências, a qual especifica o que se mobiliza
ção prática é dar respostas às seguintes questões: concomitantemente consideradas em uma habili- e para que. No geral, nas habilidades em que as
• O que se mobiliza? dade, determinando processos cognitivos, sociais competências acadêmicas se evidenciam, a sen-
• Como se mobiliza? ou emocionais requeridos em sua formulação. tença que a descreve tem um formato bastante
• Para que se mobiliza? típico: verbo + objeto da componente curricular +
Dessa forma, as competências fundamentam
contexto, simplificando-se assim não apenas sua
não apenas o que se mobiliza e para que, mas
Os desdobramentos dos objetos de estu- elaboração, mas também sua compreensão pelos
também indicam como se mobilizam os saberes,
do nos conteúdos nucleares se entrelaçam com professores. Ainda que habilidades que contem-
atitudes e valores que decorrem delas.
a formulação das habilidades, de onde advém a plam as demais competências também possam
Neste desdobramento a partir das compe-
resposta para a primeira das questões acima. Em ter este formato, é necessário considerar que
tências, considerando-se a finalidade assegurar a
alguns casos, os conteúdos nucleares também valores e atitudes podem estar intrinsecamente
identidade do projeto educativo do Brasil Marista,
respondem à terceira pergunta, visto que por ve- associados aos contextos para mobilização esco-
mas não engessar os currículos das redes e esco-
zes contextos para mobilização também são elen- lhidos, portanto, o formato mais genético verbo +
cados nos conteúdos nucleares existentes. las, as habilidades devem contemplar níveis taxo- complemento é admissível desde que neste com-
A terceira questão, no entanto, tem, predomi- nômicos associados às aprendizagens práticas, plemento sejam respondidas primeira e a terceira
nantemente, sua resposta encontrada nas com- que podem ser ilustrados, tendo como referência questão acima (“o que” e “para que” se mobiliza).
petências que elas constituem e expressam. As a taxonomia de Bloom revisada, pelas categorias
próprias categorias nas quais as competências se do aplicar, analisar e avaliar, sempre que oportu-
definem indicam contextos e caminhos para esta no. As aprendizagens relacionadas a processos
mobilização. Em alguns casos, as competências mais fundamentais e as aprendizagens estendi-
também dizem respeito ao que se mobiliza. das são prerrogativas das redes e escolas, con-
As habilidades emergem do encontro dos siderando seus contextos e conhecimento dos
conteúdos nucleares com as competências, ga- sujeitos. O mesmo vale para as habilidades as-
nhando forma com a especificação também de sociadas a processos sociais ou emocionais, para
processos cognitivos, históricos, sociais ou emo- as quais deve ser adotada taxonomia apropriada
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Projetos Conteúdos Nucleares

de Intervenção
Social
Habilidades
Possibilidades metodológicas
Competências
dos Componentes Curriculares

Objetos de Estudo

Componentes
Curriculares

Eixos Estruturantes
Sequências
Didáticas
4.0 DIAGRAMA-SÍNTESE Ciências
da Natureza
e suas Tecnologias
Linguagens, Códigos
e suas Tecnologias

DAS MATRIZES Matrizes

CURRICULARES DE
Curriculares
da Educação
Básica do
Brasil Marista

EDUCAÇÃO BÁSICA Ciências Humanas


e suas Tecnologias
Princípios
da Educação
Marista Matemática
e suas Tecnologias

DO BRASIL MARISTA Competências das Áreas

Trabalhos
com Projetos
Matrizes Curriculares
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O mundo passa por um momento de ace- em múltiplos códigos, situadas no espaçotem- significado, seja no estudo da Arte, da Educação
leradas transformações no campo das relações po. Esses componentes curriculares produzem Física, das Línguas Estrangeiras Modernas, da
sociais, com efeitos marcantes em todo o plane- modos de apropriação e leituras de mundo que Língua Portuguesa, por meio do uso das TDICs.
ta. Diante desse contexto está a escola, com o ampliam possibilidades de significação e repre- A articulação entre os componentes curricu-
desafio de lidar com as novas tecnologias e com sentação da e na sociedade e devem conduzir o lares da área permite identificar, de forma mais
as inovações na produção de bens, serviços e co- estudante a um constante construir-se enquan- ampla e aprofundada, o patrimônio cultural de
nhecimentos. to sujeito. um povo, nas artes, nos esportes ou na combi-
O ensino deve, para atender às deman- O foco da área está não apenas no domí- nação entre linguagens – verbais, gráficas, pic-
das atuais, estar atento à diversidade, à con- nio técnico dos códigos específicos de cada lin- tóricas e tecnológicas. Além disso, esse diálogo
textualização, à descompartimentalização, à guagem, mas principalmente no uso deles, em entre os componentes promove a valorização do
interdisciplinaridade, e ser ainda incentivador do diferentes situações da vida e por diferentes inter- passado, para pensar o contemporâneo questio-
pensamento, do raciocínio, da reflexão e da ca- locutores. Mais do que possibilitar a construção nando verdades acabadas, a fim de estabelecer
pacidade de aprender, mais do que ser reprodu- do pensamento, a transmissão de informações, a problematização de valores e movimentos de
tor ou acumulador de conteúdos sem reflexão a linguagem deve ser vista como um fator de in- releitura do mundo. É possível afirmar também
e sem relação entre si, em componentes curri- teração humana, no qual a comunicação é afe- que o aspecto interacionista da linguagem só se
culares isolados e isolantes. Para isso, uma nova tada pelas relações sociais que se estabelecem concretiza porque é possível perceber a constru-
proposta de educação surgiu, apoiada em com- no processo discursivo. Por meio dela, o sujeito ção dela além das estruturas linguísticas, tendo

1.0 CONCEPÇÕES petências básicas que favorecem a caminhada


para uma vida adulta plena e capaz. Isso significa
pratica ações que não conseguiria realizar, a não
ser utilizando a linguagem como processo de
em vista que são levadas em conta as estrutu-
ras semióticas, tão importantes quanto o texto

GERAIS qualificar para uma existência cidadã e capacitar


para o aprendizado continuado, seja no contexto
elaboração e reelaboração da realidade, em fun-
ção do contexto e dos lugares do discurso.
verbal para o exercício da interação em diversas
instâncias comunicativas. Assim, os multiletra-
acadêmico, seja no contexto da futura profissão. Para além do domínio técnico e do desem- mentos terão participação efetiva na formação
A área de Linguagens, Códigos e suas Tec- penho, é imprescindível reconhecer a linguagem dos sujeitos em todos os componentes da área
nologias reúne os componentes curriculares de como produtora de sentidos, conhecimentos e (ROJO; MOURA, 2012).
Arte, Educação Física, Línguas Estrangeiras Mo- valores, deixando de ser vista como um sistema A linguagem é elemento basilar e permeia
dernas, Língua Portuguesa e, ainda, a análise das pronto, fechado, imutável, e passando a ser en- todo o processo de ensino e de aprendizagem.
linguagens advindas das Tecnologias Digitais de tendida como um elemento em constante mu- E por linguagem não se entende apenas sua for-
Informação e Comunicação (TDICs), que, embo- dança, em função da ação do sujeito no tempo, ma escrita ou oral, mas também aquela que se
ra não seja um componente curricular, é com- no espaço e na sociedade, capaz de transcender vale de recursos não verbais ou de seus cruza-
plementar a todos eles. Esses componentes têm as fronteiras do uso imediato. mentos verbo-visuais.
em comum elementos estruturais e simbólicos O caminho a ser percorrido parte, então, da Nesse sentido, a área de Linguagens e Códi-
construídos socialmente: linguagens como ex- compreensão e do uso das linguagens específi- gos atua a partir das práticas de linguagens dos
pressão das atividades humanas, produtoras de cas de cada área, até a compreensão da lingua- sujeitos em diferentes espaços da comunicação
significados e identidades, formadas com base gem como uma faculdade humana produtora de humana, desde as mais cotidianas até as mais
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formais, propiciando aos estudantes a com-


preensão de serem agentes no mundo social,
em interações mediadas por palavras, imagens,
sons, gestos e movimentos aos quais implicam
posicionamento crítico e protagonismo. Em ou-
tras palavras, a linguagem condiciona a ação
humana, pois permeia toda a realidade socio-
cultural dos seres. Sendo assim, essa área pode
ser facilmente articulada às demais – Ciências
Humanas, Ciências da Natureza e Matemática –,
por meio da partilha de informações, da reflexão
crítica e da argumentação, da participação ativa
e cooperativa, do enfrentamento de problemas,
da interação entre os sujeitos e do desenvol-
vimento no domínio de diferentes linguagens.
Para que essa articulação se dê de forma eficien-
te, é necessário elaborar projetos inter e trans-
disciplinares, em torno de temas e de objetivos
comuns a todas as áreas. Um projeto da área de
Ciências da Natureza e Matemática pode agre-
gar informações geográficas e históricas relacio-
nadas à área de Ciências Humanas, bem como
contribuir para o desenvolvimento no domínio
da linguagem da área, articulando-se, assim, à
área de Linguagens e Códigos.
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Na área de Linguagens, os eixos estrutu- e símbolo, de denotação e conotação, de gra- que elementos a estruturam e como se dá seu
rantes estão vinculados à linguagem nas suas mática reflexiva e contextualizada, de texto e de funcionamento nos diversos contextos.
várias formas, representada por códigos es- interlocução e de significação e dialogismo. Todos esses conceitos, no entanto, só se
pecíficos, expressa em manifestações particu- A linguagem, aqui, é tomada como capa- concretizam em textos verbais, não verbais e
lares, por meio de gêneros textuais diversos e cidade que o ser humano tem de, por meio multimodais. Para todos os componentes da
com finalidades diversas também. de sistemas simbólicos, articular significados e área, exige-se o domínio do conceito de texto
Sendo assim, os eixos estruturantes da compartilhá-los coletivamente, de acordo com em seu sentido amplo e não aquele que consi-
área de linguagens são: suas práticas sociais. Em Arte, estudam-se, pre- dera apenas a língua escrita ou falada. Um qua-
• O eixo da Comunicação e Interação, orien- dominantemente, as linguagens não verbais; dro, uma letra de música, um número de dança,
tado pelo trabalho com a comunicação e a em Educação Física, o estudo da linguagem uma partida de determinado esporte, o hiper-
interação humana, necessidades inerentes corporal é fundamento da disciplina; em Lín- texto, enfim, são todos textos. O domínio deste
ao existir em sociedade; gua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna, conceito dependerá de abstrações feitas a partir
• Investigação e Conhecimento, orienta- as línguas falada e escrita são os objetos prio- de textos estruturados nas linguagens específi-
do pela relação com os procedimentos ritários de estudo, considerando seus diversos cas e predominantes nos componentes da área.
investigativos, principalmente científicos, recursos expressivos e construção de sentidos A linguagem, compreendida como ativida-
propiciando o desenvolvimento de uma em diálogo com outras produções, sejam elas de sociointeracionista, só se estabelece em um
consciência crítica do conhecimento como artísticas ou não. Todas essas dimensões po- espaço de interlocução. O sentido de um tex-

2.0 EIXOS instrumento para uma reflexão sobre a


realidade cotidiana;
dem contemplar a linguagem digital.
Signo e símbolo são elementos conceituais
to e a significação de cada um dos elementos
que o compõem dependem das relações entre

ESTRUTURANTES • O eixo da Diversidade Sociocultural,


orientado pelo reconhecimento de que os
que se relacionam diretamente com o concei-
to e com a prática de linguagem, e possibilitam
os sujeitos no espaço discursivo. Dependem,
ainda, do seu diálogo com outros textos. Inter-
processos simbólicos são construções hu- ao ser humano ampliar sua leitura de mundo, locução, significação e dialogismo estão dire-
manas e historicamente situadas. assim como ocorre com as noções de denota- tamente ligados ao conceito de interação, isto
ção e conotação, que também permitem uma é, da realidade que se constrói nas relações
2.1 Comunicação e Interação leitura mais eficiente das realidades codifica- sociais e também por meio delas. Uma bola
das pela linguagem. chutada para fora em uma partida de futebol,
O eixo da Comunicação e Interação as- A gramática deixa de representar apenas por exemplo, pode ser representação de fair
socia-se diretamente à área de Linguagens e a descrição dos elementos que estruturam o play, mas só é possível sabê-lo pelo contexto
Códigos, mas também pode ligar-se às demais, funcionamento de uma língua, e passa a ser em que o fato ocorre.
uma vez que as competências e as habilidades entendida também na articulação com outras
de comunicação e de interação são importan- linguagens – a gramática da linguagem cor- 2.2 Investigação e Conhecimento
tes para o desenvolvimento de qualquer área. poral; a gramática da linguagem das artes, da
Nesse eixo são trabalhados como conceitos es- música, dos esportes – observando-se como O eixo Investigação e Conhecimento apre-
truturantes: as linguagens, as noções de signo cada uma dessas linguagens está organizada, senta elementos significativos relacionados à lin-
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guagem, proporcionando um caráter científico a ção textual, mediar estratégias de planejamento, diversidade sociocultural é desenvolver compe-
essa área do conhecimento. O trabalho que con- reescrita e reelaboração de textos amplia a ca- tências essenciais para a vida em comunidade,
templa esse eixo executará processos essenciais pacidade de autonomia e de autoavaliação dos empregando os conhecimentos das linguagens
para a formação de estudantes pesquisadores e envolvidos no processo de ensino e de aprendi- em situações problematizadoras.
investigativos. zagem, tão importante na concretização dos sa- Tratando-se das práticas sociais, é nesse
Nesse ínterim, é necessário tratar a lingua- beres e das informações por meio da linguagem eixo que são abordados aspectos do Letramen-
gem de diversas formas. A primeira delas trata verbal. E, por último, é imprescindível selecionar to. Ao produzir e analisar as linguagens, o sujeito
da correlação entre os múltiplos gêneros tex- informações, em função de um contexto espe- deverá compreender os fatores de textualidade,
tuais, bem como entre as diversas manifestações cífico, pois no mundo globalizado, determinada especialmente no que diz respeito à Intenciona-
da linguagem, observando-se suas semelhan- informação pode perder sua relevância ou credi- lidade, Receptibilidade e Situacionalidade de um
ças e diferenças, inclusive propiciando trabalhos bilidade em virtude da fluidez com que circula e texto, traduzindo, em suas produções, o papel de
que deixem clara a transposição das linguagens das alterações que sofre ao longo do tempo. cada um dos atores envolvidos no funcionamen-
e a articulação entre elas. A análise e a síntese, to da comunicação e da interação, levando-os ao
envolvendo todos os processos de leitura, prin- 2.3 Diversidade Sociocultural empoderamento, isto é, à participação de espa-
cipalmente nas artes e, em particular, na literatu- ços privilegiados de decisões, de consciência dos
ra, nas escolhas dos textos não verbais e verbais Por fim, o eixo da Diversidade Sociocultu- direitos sociais e humanos.
escritos ou orais; e a identidade, contemplando ral tem como conceitos estruturantes relacio- A partir desse eixo, a linguagem será vista
a diversidade cultural, são habilidades importan- nados à linguagem, a cultura, a globalização, a como marca identitária de um povo, promoven-
tes a serem desenvolvidas no que diz respeito arbitrariedade dos signos, a visão de mundo, a do o respeito pela pluralidade de manifestações
ao tratamento da informação. O estabelecimen- fruição, a ética, a cidadania, o conhecimento e culturais. As variedades linguísticas, as danças
to de relações na integração entre diversas ma- o imaginário coletivo, visando levar o estudante de rua, as obras de arte com conceitos e técnicas
nifestações culturais, a partir da identificação de a compreender que tudo o que estuda, apren- não tradicionais, dentre outras, devem ser trata-
suas propriedades, promove o diálogo entre os de e faz é parte de um contexto social, históri- das como representações legítimas da realidade
conhecimentos, tendo como resultado uma vi- co, cultural, econômico e político, que intervém contemporânea que se modifica e se adapta ao
são de mundo mais crítica no que tange às dife- nas condições de compreensão e de produção meio em que as linguagens se manifestam, ga-
rentes formas de representação da linguagem. dos textos e tem suas implicações no mundo em rantindo, assim, a diversidade.
Apesar de não ser o foco do estudo dos ob- que vivemos. O estabelecimento dessas relações
jetos da área, a classificação tem sua relevância proporciona a construção de conhecimentos de
e permite a organização lógica de saberes, como modo a garantir uma aprendizagem significati-
se vê no estudo da gramática da língua e dos va, permitindo ao sujeito reconstruir o objeto de
gêneros textuais. No que diz respeito à produ- estudo e ser por ele reconstruído. Considerar a
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Competências Acadêmicas Competências Ético-estéticas Competências Políticas Competências Tecnológicas


-- Reconhecer, no patrimônio cultural e internacional, o per- -- Identificar-se como sujeito dos e nos processos socioco- -- Fazer uso das multissemioses nas produções de linguagem.
-- Fazer uso das linguagens apropriadas às diferentes situa-
fil identitário do homem nas diversas sociedades. municativos. -- Protagonizar a produção de textos que permitam a so-
ções comunicativas.
-- Reconhecer recursos expressivos das linguagens na pro- -- Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferen- cialização de informações, a discussão de temas e a apre-
-- Considerar os aspectos normativos de uso das lingua-
dução dos sentidos. tes linguagens como meios de organização cognitiva da sentação de pontos de vista, utilizando diferentes lingua-
gens nos contextos de produção adequados.
-- Identificar manifestações culturais, considerando os mo- realidade e como meio para intervir nela. gens e recursos digitais.
-- Aplicar diferentes recursos expressivos das linguagens,
mentos de tradição e de ruptura. -- Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como -- Aplicar tecnologias da comunicação e da informação em
na construção de pontos de vista e discursos.
-- Emitir juízos de valor sobre manifestações culturais. instrumento de acesso a informações e a outras culturas situações relevantes de forma crítica e ética.
-- Explorar diferentes práticas de linguagem (artísticas, e grupos sociais.
-- Usar diferentes linguagens nos eixos da representação -- Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto
corporais e linguísticas), ampliando as possibilidades
simbólica – literatura, artes plásticas, música, dança etc. -- Compreender e usar a linguagem corporal como relevan- das tecnologias da comunicação e da informação na vida
de participação social nas mais variadas esferas da ati-
te para a própria vida, integradora social e formadora da pessoal e social, considerando sua linguagem e sua rela-
vidade humana. -- Desenvolver a leitura como fruição do texto no âmbito identidade. ção com as ciências, com as demais tecnologias e com os
-- Produzir textos autorais, de forma autônoma e coeren- escolar e nas demais situações, enfatizando a ideia de problemas que se propõem solucionar.

3.0 COMPETÊNCIAS
que as diferentes linguagens expressam posicionamen- -- Entender as tecnologias de informação e comunicação,
te, evidenciando protagonismo no uso das linguagens.
tos políticos e ideológicos nas relações de poder. analisando-as criticamente e observando sua natureza,
seu uso e seu impacto na vida cotidiana.
-- Compreender a arte como saber cultural e estético gera-
dor de significação e integrador da organização do mun-
do e da própria sociedade.
-- Analisar as linguagens como fontes de legitimação de
acordos sociais.
-- Identificar, sincrônica e diacronicamente, a motivação so-
cial dos produtos culturais.
-- Compreender o patrimônio cultural nacional e interna-
cional, respeitando as visões de mundo nele implícitas.
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A proposta da área de Linguagens e Códi- dos textos que circulam nas diversas esferas so- estudo, a participação em projetos e possibilitar
gos visa a uma aprendizagem significativa, co- ciais e apropriar-se de maneira consciente e o contato com profissionais de diversas áreas do
laborando para uma formação que integra a crítica das manifestações da cultura do corpo conhecimento é essencial para que o estudante
vida social do estudante à sua vida acadêmica, e do movimento, das manifestações artísticas, partilhe interesses comuns.
preparando-o para a os desafios constantes da bem como da cultura digital, precisa ser o foco Dessa forma, a aprendizagem interdisci-
existência. A área, além do compromisso de en- desse processo. plinar e cooperativa pode ser desenvolvida por
sinar o estudante a pensar, a ler, a escrever e A base de uma aprendizagem significativa meio de projetos integrados dos componentes
a se posicionar diante do mundo, assim como deve considerar as demandas do mundo no da área, contemplando os conhecimentos de
as demais áreas, tem o desafio específico de qual vivemos, onde a informação está disponí- cada um de modo relacional e contextualizado.
refletir sobre a própria linguagem e interferir vel de forma rápida e em grande quantidade, Esses projetos devem ter como ponto de parti-
nesse processo a partir dela mesma, isto é, um exigindo um olhar mais reflexivo sobre ela. A da as diversas manifestações das linguagens e
exercício metalinguístico; seja nas suas mani- escola, nesse sentido, passa a ter o papel não seus significados, permitindo a compreensão de
festações cotidianas e informais (na interação mais apenas de oferecer a informação, mas de cada uma em função do espaço-tempo em que
com amigos e familiares), seja nas suas mani- ajudar os estudantes a selecionarem, a partir ocorrem, isto é, observando aspectos sociais, re-

4.0 APRENDIZAGEM festações mais formais (como nas artes ou nas


ciências). A noção de metalinguagem de forma
da análise crítica, da síntese e da aplicação, as
informações significativas, promovendo a ca-
gionais e culturais que contextualizam sua pre-
sença na sociedade.
alguma busca trazer um caráter de análise ima- pacidade de elaboração, reelaboração e proces- As crianças e os jovens têm uma característi-
nente dos conteúdos da área. O objetivo é mos- samento dos conhecimentos, estabelecendo ca muito particular de produzir sentido em suas
trar que uma linguagem pode ser construída nexos e novos significados. atividades. Envolvê-los nas práticas de ensino e
e reelaborada a partir de outra, considerando O ponto central não é a quantidade de de aprendizagem é uma das formas de alcançar
sentido como transformação (GREIMAS, 1975). conteúdos, mas a qualidade da aprendizagem. o conhecimento. As oficinas de produção de mí-
O sujeito, utilizando-se dos saberes adquiridos, Mesmo diante da importância dos conteúdos, dias impressas e digitais, a promoção de debates
não repete “uma linguagem”, mas cria “a lingua- é preciso ter claro que eles não se esgotam na sobre temas da atualidade, a organização de fó-
gem”, tomando outra como ponto de partida. escola, muito menos na Educação Básica. À Es- runs de discussão ou de troca entre estudantes
Não se trata de uma repetição, mas de um tra- cola cabe ainda desenvolver o interesse pela de outras unidades e, até mesmo, de intercâm-
balho exercido socialmente pelos sujeitos. aprendizagem continuada. É a competência de bio com estudantes de nacionalidades diferen-
Para que aconteça de forma efetiva, a apren- permanecer aprendendo que moverá o estu- tes, os desafios em robótica, a constituição de
dizagem precisa estar voltada para a vida atual dante para as novas descobertas necessárias à atividades culturais e esportivas são dinâmicas
e futura dos estudantes, observando seu espa- vida profissional futura e para acompanhar as que acolhem e integram os estudantes de forma
ço para além dos muros da escola. Desenvolver demandas de um mundo em constante evolu- diversificada e colaboram para a promoção da
habilidades de leitura, compreensão e produção ção. Estimular a leitura, a criação de grupos de aprendizagem significativa.
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A literatura, por exemplo, é um excelente municação de dados e à segurança de rede, por conhecimento, por meio de leituras e até mesmo de levar para reflexão em sala de aula textos de
caminho para o desenvolvimento de atividades, exemplo. É uma ferramenta que possibilita o diá- da gramática, como instrumento para a produção diferentes gêneros, mas, principalmente, enca-
pois envolve desde o trabalho com a leitura e a logo entre os diversos componentes curriculares de textos e para a expressão oral próprias dessas minhar a compreensão e produção desses gê-
análise de textos, a atividades práticas, como en- e entre as áreas de conhecimento, por meio da áreas. Por outro lado, o ensino de Matemática neros, bem como o reconhecimento simbólico
cenações teatrais, possibilitando a ampliação de realização de pesquisas, do planejamento para a pode se associar à área de Linguagens, favorecen- da linguagem, por meio das expressões artísti-
competências individuais e coletivas, de caráter apresentação de trabalhos e da partilha de infor- do uma compreensão mais ampla da noção de cas e do movimento corporal. Isso se dá levando
estético, e articulando conhecimentos culturais mações, favorecendo as interações com o mun- linguagem matemática. O fato é que não se deve o estudante à apropriação dos mecanismos para
relacionados à Língua Portuguesa (ou estran- do virtual e globalizado que nos cerca. mais pensar na construção de um conhecimento alfabetização e escrita e dos diversos recursos
geira), à Arte Visual, Musical, Cênica, à Dança e à de forma isolada, sem considerar a compreensão para a geração de sentidos, como o desenho, a
Educação Física (cultura e movimento do corpo). 4.1 Metodologias de ensino e de da complexidade que ele encerra. pintura, os gestos, a dança, as expressões faciais
A literatura permite, ainda, o desenvolvimento aprendizagem As metodologias de ensino e de aprendiza- e a cultura do movimento corporal, levando em
da sensibilidade artística, da investigação e da gem na área de Linguagens e Códigos devem conta o desenvolvimento da habilidade visomo-
reflexão sobre as linguagens em uso. A concepção de ensino por áreas é um pas- buscar, sobretudo, estabelecer relação entre os tora, com vistas à produção de significados.
A integração de diferentes saberes e a sele- so importante para se pensar a educação de componentes da área, priorizando o trabalho in- Responsabilidade de todas as áreas do co-
ção de conteúdos relacionados às experiências forma integrada, modelo no qual se conservam ter e transdisciplinar e considerando as especifi- nhecimento, o prazer pela leitura deve ser de-
dos estudantes favorecem a identificação com a as especificidades de cada componente e de cidades de cada nível de ensino. senvolvido por meio do lúdico e do imaginário,
proposta e contribuem para o protagonismo do cada área, mas ao mesmo tempo se observam No Ensino Fundamental I, a compreensão atentando-se para a interpretação global e loca-
estudante e o desenvolvimento da sua compe- as inter-relações que se estabelecem entre eles. dos códigos escritos será importante dentro de lização de informações explícitas em um texto.
tência de intervir na realidade de forma autôno- O primeiro passo a ser dado é a sedimentação um contexto para a ampliação das possíveis lin- Os gêneros textuais escritos, orais e multimo-
ma e consciente. dos componentes dentro da área de Linguagens guagens. É imprescindível, no primeiro e segundo dais, em sua maioria narrativos, devem ser ex-
Extremamente atual e necessária, a apren- e Códigos, a constituição da identidade de área anos do EF I, o trabalho sistemático e ordenado plorados, analisando sua sequência lógica e os
dizagem no campo das TDICs deve ser fomenta- exatamente, pois cada profissional está empo- com estratégias de codificação e decodificação elementos composicionais. Não se deve deixar
da e trabalhada no contexto escolar. O domínio derado do seu componente curricular e precisa linguística, inspirado nas descobertas das Neu- de mencionar como as temáticas das variadas
de seus usos instrumentaliza o estudante não só construir relações, a partir dos conteúdos nu- rociências, que nos apontam novas formas de narrativas podem dialogar com o cotidiano, cul-
para sua aprendizagem na escola, mas também cleares, com os demais componentes da área. como o cérebro aprende a ler e a escrever. Con- tivando, assim, uma formação pelo Letramento.
para sua atuação no contexto familiar e profis- Após o processo emancipatório da área, abrem- comitantemente a esse processo, devem acon- No Ensino Fundamental II, busca-se dar
sional. A atividade escolar, unida às experiências -se, então, as fronteiras para as outras, afinal, a tecer as práticas sociais de leitura e escrita dos um enfoque maior ao caráter investigativo e
prévias do estudante, possibilita o desenvolvi- sedimentação da área e entre áreas correspon- gêneros que circulam em nossa sociedade, inse- ao tratamento mais científico da linguagem. Na
mento de habilidades de uso desse instrumental, de a movimentos diferentes. rindo, dessa forma, o estudante no seu universo, Língua Portuguesa, o emprego das categorias
mas também de reflexão sobre os fundamentos O ensino de Língua Portuguesa, por exemplo, trabalhando a escrita em suas diferentes fun- gramaticais e a sistematização dos processos
das TDICs e sobre aspectos relacionados à co- pode se relacionar a qualquer uma das áreas de ções. Tal trabalho implica a tarefa não somente articulatórios da Língua serão subsídios para as
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produções escritas e orais, além da leitura por par- repertoriar o sujeito com recursos, estratégias de diferentes formas de explicar o mundo, sua Tudo isso pode ser desenvolvido por meio
te dos estudantes. O estudo dos diversos gêne- e assuntos importantes para formação do sen- organização social e seu funcionamento natural. de atividades que integrem os componentes da
ros textuais, nos diversos suportes propiciará um so crítico e da necessidade de participar ativa- Sugere-se, ainda, o estudo das linguagens área, ou mesmo que articulem as áreas entre
diálogo com os componentes da área, tendo em mente na sociedade. É oportuno dar atenção como patrimônio cultural imaterial, reconheci- si, numa dinâmica interdisciplinar, organizadas
vista que os textos circulam nas diversas esferas às demandas da faixa etária, às expressões das por organismos nacionais (como o Iphan, em forma de oficinas, de debates sobre temas
comunicativas. Ao lado das produções artísticas, – corporais, artísticas, verbais e digitais – que por exemplo) e internacionais (como a Unesco), atuais, realizados presencialmente ou virtual-
o contexto de produção terá papel importante no são marcas identitárias das juventudes. Assim, observando línguas e manifestações culturais mente, ou de projetos culturais ou esportivos.
reconhecimento da linguagem como representa- a diversidade de natureza comunicacional po- e artísticas, bem como tradições transmitidas e Sobre as TDICs, cabe retomar a ideia de
ção do homem nos diferentes períodos históricos derá ser rica para a produção e reflexão acerca recriadas ao longo de muitas gerações, atentan- que elas não constituem um componente cur-
e sociedades. E a compreensão do movimento da cultura. do-se para os povos indígenas e quilombolas no ricular da área de Linguagens e Códigos, mas se
corporal será determinante para o entendimento Uma outra possibilidade, em particular Brasil. Essa é uma oportunidade excelente de integram como ferramenta disponível a todos
de corpo e cérebro como um todo orgânico. Defi- para o Ensino Médio, diz respeito à reflexão envolver não apenas os componentes da área, os componentes, das diversas áreas. É preciso
nitivamente, a Educação Física extrapola a ativida- acerca do universo profissional, por meio da mas todas as áreas de estudo, de forma interdis- oportunizar, então, o uso dessas tecnologias
de física, sendo ela uma das instâncias para levar problematização dos aspectos sociais, culturais ciplinar e com um objetivo comum. como recursos de aprendizagem para a leitura,
à emancipação do estudante enquanto sujeito. O e econômicos que o envolvem. Isso pode ser No que diz respeito à cultura contemporâ- análise e seleção de informações, por meio de
reconhecimento daquilo que o movimento cor- feito com a organização de debates, palestras, nea, os estudos na área de Linguagens podem suportes tecnológicos para a produção autôno-
poral pode produzir levará ao desenvolvimento feiras e outros eventos que mobilizem profis- promover o exercício da liberdade de expressão, ma, ética e consciente de textos escritos, que
de conhecimento do próprio corpo e da relação sionais de diferentes áreas. Nessa e nas demais bem como a reflexão crítica sobre manifestações favoreçam a argumentação e a expressão de
ente ele e o mundo que o cerca. propostas explicitadas aqui, a tecnologia é uma sociais e culturais atuais. Isso pode ser feito por pontos de vista. Isso pode se dar por meio da
O Ensino Médio é o período no qual o diá- grande aliada na mediação dos processos de meio de projetos e sequências didáticas que en- organização de fóruns virtuais, da troca de cor-
logo entre os componentes deve se intensificar aprendizagem, bem como no estabelecimento volvam as artes cênicas, visuais e musicais, por respondências via e-mail, da pesquisa e da se-
ainda mais. A aquisição da teoria literária e dos de novas relações sociais. exemplo, ou produtos midiáticos, como jornais leção de informações confiáveis, da construção
estilos literários permitirá o estabelecimento Em todos os segmentos, é importante aco- e revistas impressos ou digitais. Os estudantes de blogs para a partilha de informações, sempre
de relações com conhecimentos linguísticos, lher, respeitar e valorizar as experiências indi- podem participar de todas as etapas dessas ati- buscando discutir a viabilidade de cada recur-
procedimentos artísticos, com obras de arte viduais trazidas pelos educandos do contexto vidades, indo desde a sua concepção inicial, com so, suas vantagens, desvantagens e o que pode
no âmbito imagético e expressões corporais familiar para o contexto escolar, como ponto de as definições temáticas, estéticas e/ou editoriais, ser feito para otimizá-los. Nesse sentido, é im-
engajadas. A apropriação das diversas lingua- partida para a inclusão e o aprendizado. Deve-se passando pelo desenvolvimento até o produto portante valorizar o que os estudantes trazem
gens não pode ter um caráter simplesmente oportunizar, também, o contato frequente com final. Esse tipo de trabalho propicia um aprendi- de conhecimento sobre o uso das novas tecno-
propedêutico, uma vez que a Língua Portu- a leitura e a escrita, nas suas diversas manifesta- zado muito grande em relação às temáticas es- logias, já que são nativos digitais. Essa valoriza-
guesa, as Línguas Estrangeiras Modernas, a ções, conectando-as com as vivências e experiên- tudadas e também em relação à prática social ção do saber do sujeito leva a um engajamento
Educação Física e a Arte estarão reunidas para cias dos educandos e permitindo a compreensão envolvida no trabalho. maior no estudo das linguagens.
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É importante destacar, ainda, o trabalho mentos do hip-hop significa levar o estudante a professor de Língua Portuguesa precisará ter enquanto recurso somente de medida de apren-
com o hipertexto. As novas tecnologias transfor- reconhecer o caráter histórico e social da dança, ciência do que é trabalhado em Língua Inglesa, dizagem não condiz com o funcionamento tão di-
maram a dimensão espaçotemporal do texto, fa- já que seu objetivo primário era denunciar, atra- em Educação Física e em Arte, e assim, os de- nâmico da linguagem e com a sala de aula, onde,
zendo com que surgisse uma nova dinâmica em vés dos movimentos de situações de guerra, os mais componentes da mesma área também fa- em “termos de avaliação, deveria predominar o
sua organização, permitindo a inclusão de links e problemas advindos da Guerra do Vietnã. Sendo rão este movimento. Será de grande relevância diagnóstico como recurso de acompanhamento
hiperlinks, tornando-o mais complexo e sem limi- assim, observam-se a comunicação e a interação a convergência dos quatro componentes que e reorientação da aprendizagem, em vez de pre-
tes definidos. Tudo isso exige, agora, não apenas por meio de um recurso semiótico, classificando integram a área, bem como com as TDICs, com dominarem os exames como recursos classifica-
uma nova habilidade de leitura, nas também de os movimentos e analisando seu aspecto social, atividades diferenciadas de modo comprovar tórios” (LUCKESI, 2003, p. 47).
produção textual. Compreender essa dinâmica destacando a importância da valorização da di- a apropriação do sistema de signos e códigos, Segundo o PCNEM (BRASIL, 2000), o objeti-
e apropriar-se dos instrumentos que permitem versidade cultural na sociedade contemporânea. técnicas e instrumentos, facilitando a interação vo da avaliação não deve ser criticar e reforçar o
aproximar-se dela é uma experiência rica e que Outra situação interessante seria análise de e promovendo a diversidade. “erro”, mas valorizar o crescimento e a evolução
valoriza o aprender a aprender. textos do período ditatorial. A leitura de uma li- do estudante. Para isso, o professor precisa co-
Educar em uma sociedade em constante mu- teratura engajada dá ao estudante condições de 4.2. Avaliação da aprendizagem nhecer realmente seu estudante e acompanhar
dança, garantindo a dimensão humanista, é um reconhecer a importância da linguagem como o processo de desenvolvimento. O “erro” pode
dos grandes desafios da Escola (se não o maior). proposta de intervenção na realidade. A música A área de Linguagens e Códigos tem como ser entendido como construtivo, se seu significa-
Por isso, em toda e qualquer prática pedagógica, Cálice, de Chico Buarque, por exemplo, pode ser características a interação, a comunicação, a ex- do implicar que o estudante o perceba como um
não se pode perder de vista o papel dos conhe- ponto de partida tanto para uma discussão so- pressão e a representação das possibilidades de item a ser revisto e aprimorado, não uma “falha”
cimentos na vida dos educandos, averiguando- bre os recursos linguísticos empregados no tex- ação por meio de linguagem verbal, não verbal, sua, e aprenda a reconstruir o seu saber perma-
-se em que medida eles colaboram para ampliar to, especialmente à questão da sonoridade do corporal e artística. A partir das diferentes for- nentemente. É um item importante promover
sua visão de mundo, de sociedade, suas expe- título da música, como para a reflexão do texto mas de comunicação, estima-se que o professor o valor da autoavaliação, já que a participação
riências de vida, seu potencial crítico, reflexivo, em relação ao seu contexto histórico e social. avalie seu estudante pela capacidade de se fazer consciente e efetiva do aluno fortalece o compro-
investigativo, problematizador e transformador Caberá aos professores da área de Lingua- entender por meio dessas linguagens e códigos, misso com sua formação e autonomia – afinal, é
da realidade que os cerca, ao mesmo tempo em gens se apropriarem, tanto quanto possível, de sem deixar de lado as condições de produção. protagonista do seu processo de aprendizagem.
que se constroem valores essenciais à socieda- todos os componentes da área. Cada professor, Sabemos que, naturalmente, o estudante As Diretrizes Curriculares para a Educação
de, como a justiça, a honestidade, a cidadania, a sob esta abordagem metodológica, precisará, terá mais facilidade e domínio em uma delas, Básica (BRASIL, 2013) esclarecem que, desde a
solidariedade, o amor à vida, a gratidão, a fé e o com a partilha dos conhecimentos dos outros mas o grande desafio é favorecer a aprendiza- década de 1990, a avaliação nesta área começou
respeito por si mesmo e pelo próximo. Isso pode colegas de ano, achar seu ponto de ligação, o gem de outras linguagens e o desenvolvimento a ser entendida não mais como a aplicação de
ser feito a partir do compartilhamento e reflexão cruzamento necessário para o desenvolvimen- de habilidades e competências. Deve-se preco- testes com critérios e objetivos classificatórios e
sobre as próprias ideias e as do outro, por meio to de competências, podendo, assim, planejar nizar a avaliação como um processo constante, seletivos. Estudos na área têm conduzido os pro-
de atividades que induzam a formulação de po- e avaliar em consonância com o que foi com- retroalimentado e realizado por meio de ins- fessores à reflexão e ao aprofundamento, bus-
sicionamentos. Por exemplo, entender os movi- binado e trabalhado entre os componentes. O trumentos diversificados. A noção de avaliação cando novas formas de compreensão dos seus
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significados no contexto escolar. O objetivo é que reconheçam os acertos e ainda superem as sor, por meio dos resultados, uma visão sobre Finalmente, os professores precisam ter cla-
favorecer maior coerência entre a concepção dificuldades constatadas. o aprendizado de seus estudantes e pode auxi- reza de que a avaliação não deve ser entendida
defendida e as práticas avaliativas que inte- Durante os momentos de intervenção pe- liar na formulação de um planejamento voltado como estando à parte do processo de ensino/
gram o processo de ensino e de aprendiza- dagógica, o professor pode utilizar-se de varia- para as necessidades da turma. Nesse sentido, aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dia-
gem. Um dos primeiros aspectos que precisa dos instrumentos avaliativos, como dinâmicas o “erro” será um recurso valioso na construção logando com as discussões sobre as estratégias
ser garantido é a não exclusão; isto é, a avalia- em grupo, seminários, debates, júri-simulados, do conhecimento. Os professores podem usar, didático-metodológicas, compreendendo esse
ção deve estar a serviço da aprendizagem de (re)criação de jogos, pesquisas em grupos, in- nas atividades avaliativas, os itens de concursos processo como algo contínuo, permanente e
todos os alunos, de modo a permear o con- ventários do processo pedagógico, dentre ou- já realizados, como vestibulares locais e o Enem, autoavaliativo.
junto das ações pedagógicas, e não ser um tros, nos quais os estudantes possam expressar por exemplo, mas importa lembrar a necessida-
elemento externo a esse processo. suas opiniões. Outra sugestão é a organização e de de haver uma coerência em relação ao que
É preciso enfatizar o comprometimento e a realização de festivais, jogos escolares, filmes se faz em sala de aula e o que é solicitado em
envolvimento do estudante. Deve-se observar de curta-metragem, videoclipes, cuja finalidade prova. Uma aula somente com exercícios clas-
se o estudante entrega as atividades propostas é demonstrar a apreensão dos conhecimentos sificatórios de gramática obriga uma prova nes-
pelo professor; se assimilou os conteúdos pro- e a demonstração de como se aplicam numa si- ses moldes; logo, se a prova tem itens conforme
postos, por meio da recriação de jogos e regras; tuação real de atividade que ateste a capacida- o Enem, espera-se que também itens dessa ca-
se consegue resolver, de maneira criativa, situa- de de expressão e autonomia dos estudantes. tegoria sejam trabalhados em sala. O grau de
ções-problema e, ao mesmo tempo, considerar As provas e os trabalhos escritos podem ser dificuldade deve respeitar a faixa etária e o con-
a opinião do outro, respeitar o posicionamento utilizados para avaliação das aulas, desde que a texto do que foi estudado nas aulas como um
do grupo e propor soluções para as divergên- nota não sirva para hierarquizar e classificar os todo, bem como o perfil de turma, não se es-
cias; por fim, se o estudante se mostra envolvi- alunos em melhores ou piores ou, exclusivamen- quecendo das necessidades de aprendizagem,
do nas atividades, seja por meio de participação te, em aprovados e reprovados, mas que sirva, afinal, não aprendemos nem somos estimula-
prática, seja ao produzir relatórios. também, como referência para redimensionar dos da mesma maneira.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada sua ação pedagógica, num perene refazer didá- O emprego adequado das Tecnologias Di-
aos encaminhamentos metodológicos, consti- tico. A título de exemplo, os professores da área gitais de Comunicação e Informação é um gran-
tuindo-se na forma de resgatar as experiências podem preparar uma prova por componente e de auxílio para a avaliação da aprendizagem.
e sistematizações realizadas durante o proces- por área do conhecimento, que sirva como um É possível analisar os usos que o aluno faz da
so de ensino e de aprendizagem. Isto é, tanto o diagnóstico das habilidades de leitura adqui- língua nas diversas situações comunicativas na
professor quanto os alunos poderão revisitar o ridas pelo aluno no ano em questão. Elaborar rede, como ele se apropria das multissemioses
trabalho realizado, identificando avanços e difi- itens voltados para inferências, estabelecimen- na construção de seus textos e a visão que ele
culdades no processo pedagógico, com o obje- tos de relações, compreensão global e outras tem sobre a influência da tecnologia nos recur-
tivo de (re)planejar e propor encaminhamentos estratégias de leitura proporcionará ao profes- sos tradicionais de criação artística.
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5.1 Língua Portuguesa 5.2 Língua Estrangeira Moderna dança e o teatro. O estudo das produções artís-
ticas permite o contato com a singularidade do
Para a perspectiva sociointeracionista, o en- O ensino da Língua Estrangeira Moderna modo de produção da linguagem artística. Em
sino da Língua Portuguesa deve estar associado tem como objetivo permitir o contato do estu- relação ao processo de criação, o estudo da
ao exercício de uma forma específica de intera- dante com outras culturas, outros modos de criação oferece oportunidades de compreen-
gir socialmente por meio da linguagem. Nesse viver e de expressar-se, dentro de uma perspec- são do processo criativo, que, ao contrário do
sentido, oralidade, leitura, análise linguística e tiva pluricêntrica, que considere a diversidade que muitos pensam, também envolve apren-
produção de textos são o centro do trabalho pe- linguística e cultural dos falantes. dizagem. A relação forma-conteúdo é indis-
dagógico, e o texto será a base do estudo. Assim como no ensino de Língua Portugue- solúvel na arte. O estudo desses elementos
A partir do texto, podem ser entendidos os sa, aqui o eixo do processo também é o texto, torna visível o sentido, ajuda a educar o olhar
gêneros textuais, os atos comunicativos nele manifestado por meio de diversos gêneros, va- para a compreensão do que é arte e de como
presentes, os níveis de fala, o ambiente, os parti- riando de acordo com o nível de ensino. No Ensi- ela se faz.
cipantes e o propósito do ato de fala, as varieda- no Fundamental, deve-se privilegiar a seleção de A compreensão do que é patrimônio cul-
des linguísticas, e a literatura, que não deve ser temas adequados à faixa etária e ao desenvol- tural é a chave para sua preservação. O estudo
vista como elemento isolado de outros fenôme- vimento das competências de oralidade, leitura, da Arte deve oportunizar a ampliação do olhar
nos culturais. escrita e produção por meio de atividades signifi- para as heranças culturais que recebemos e
Refletir sobre a língua, suas possibilidades cativas, que dialoguem com as formas de apren- que marcam nossa história, bem como com a
5.0 COMPOSIÇÃO vocabulares, semânticas e estruturais, é funda-
mental para a expansão da produção oral e es-
der dos estudantes. No Ensino Médio, devem-se
observar os temas relevantes para o mundo dos
criação, a fruição e a sensibilidade estética.

DA ÁREA DE crita e interpretação dos múltiplos textos que


constroem o mundo. Trata-se de oportunizar ao
jovens e sua participação na sociedade, visando
a uma análise crítica dos textos, à construção de
5.4 Educação Física

LINGUAGENS E
estudante a ampliação de seu nível de letramen- argumentos e ampliando as competências já de- O componente Educação Física tem como fi-
to, isto é, a ampliação da sua competência para senvolvidas no Ensino Fundamental. nalidade introduzir o estudante na esfera da cul-

CÓDIGOS E SUAS
o uso social da leitura e da escrita. O letramento tura corporal, possibilitando a ele a compreensão
é necessário para que o estudante se inclua no 5.3 Arte da cultura do movimento. Para tanto, o estudan-
mundo de forma interativa, consciente e dinâmi-
TECNOLOGIAS
te deverá compreender o universo dos jogos,
ca, pois sua competência discursiva aumenta à Partindo da concepção da área de Lingua- dos esportes, das danças e outras atividades
medida que aprimora sua prática social de pro- gens, o ensino de Arte apresenta-se associado rítmicas, das lutas e ginásticas, buscando uma
dução oral e escrita. às linguagens artísticas e à apropriação de sa- leitura crítica do contexto em que está inserido,
As práticas de letramento devem ocorrer beres estéticos e culturais, aos processos de para a melhoria da qualidade de vida de todos e
desde os anos iniciais, considerando a signifi- criação, à relação forma-conteúdo, e à com- para o exercício da sua cidadania. Principalmen-
cação da escrita na sociedade e a interação da preensão de patrimônio cultural. te, deverá ficar clara a ideia de que a Educação
criança com o mundo letrado desde o início da No campo das linguagens artísticas, en- Física é uma linguagem e que não está ligada
sua escolarização. tram as artes visuais e audiovisuais, a música, a restritamente às modalidades desportivas; este
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é um aspecto do componente muito importan- de a Educação Física estar presente seguramen-


te, social e culturalmente, mas não o único. O te em outros componentes, pois o corpo comu-
corpo fala, nossas emoções são transfiguradas nica o tempo inteiro em qualquer ambiente.
em olhares, gestos e movimentos, mensagens
são reveladas sem proferirmos uma palavra. A
Educação Física como um todo é linguagem.
Apesar da grande ascensão que a cultura
corporal e esportiva teve nos últimos 50 anos,
ainda não podemos afirmar que a preocupação
com a saúde seja unânime. O estilo de vida atual
(essencialmente urbano e de muita informatiza-
ção e automação) e o contexto socioeconômico
(de deterioração de espaços públicos, de polui-
ção e, muitas vezes, violência) favorecem o se-
dentarismo e a opção pelos espaços privados (a
própria casa ou os shoppings, por exemplo). Em
contrapartida, alguns movimentos começam a
se destacar nesse cenário, revelando manifesta-
ções da “cultura do movimento”, com grupos de
hip-hop, capoeira, artes marciais, skatistas, den-
tre outros.
A Educação Física deixa de pautar-se apenas
pelo referencial das Ciências Naturais, indo agre-
gar a isso a dinâmica cultural, considerando os
processos significativos, isto é, o que dá sentido
às ações do corpo. Crianças e jovens passam, en-
tão, a reconhecer seu corpo e o do outro como
instrumento de comunicação e de interação
(muitas vezes involuntária), e à medida que to-
mamos consciência do seu poder e significado,
é possível cuidar melhor dele. Isso justifica o fato
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Comunicação
e Interação

Língua
Língua
Estrangeira
Portuguesa
Moderna
Diversidade
Sociocultural

6.0 DIAGRAMA Linguagens,


Códigos
DA ÁREA DE e suas
Tecnologias
CONHECIMENTO
DE LINGUAGENS, Educação
Arte
CÓDIGOS E SUAS
Física

TECNOLOGIAS

Investigação
e Conhecimento
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44

BRASIL. Ministério da Educação — MEC. Secre-


taria de Educação Fundamental. Parâmetros
curriculares nacionais para o Ensino Médio: Lin-
guagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília:
MEC/SEF, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação — MEC. Secre-
taria de Educação Básica. Diretoria de Currículos
e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacio-
nais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI,
2013.
ROJO, R.; MOURA, E. Multiletramentos na escola.
São Paulo: Parábola, 2012.
GREIMAS, A. J. Sobre o sentido. Ensaios semióticos.

REFERÊNCIAS Petrópolis, Vozes, 1975.


LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na es-
cola: reelaborando conceitos e recriando a práti-
ca. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos,
2003.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Atualmente, é ponto pacífico no ensino de campo da conotação, contribuindo para a for- mo do educando, promover a formação de um
Língua Portuguesa considerar a língua como for- mação integral dos estudantes, para o despertar sujeito crítico, criativo, reflexivo e participativo,
ma e lugar de interação, como uma atividade da fruição, da subjetividade e da humanização, tornando-o capaz de contribuir positivamente
realizada entre pares, observando-se as condi- pois explora diferentes sentidos (polissemia) e com a sociedade da qual é parte.
ções sociointeracionais envolvidas na atividade vozes (polifonia). Dominar a língua requer muito mais que a
linguística, seja na modalidade oral, seja na mo- Se a função da língua é mediar as intera- capacidade de aprender palavras, selecioná-las
dalidade escrita. O objetivo maior com o ensino ções sociais, realizadas pelos indivíduos através e combiná-las na formação de frases e perío-
de língua materna é, portanto, o de que os estu- de textos, não podem ser consideradas no en- dos. Dominar a língua tem a ver com dominar
dantes, protagonistas de suas próprias histórias, sino da Língua Portuguesa outras vias que não pragmaticamente seus significados contex-
ampliem o domínio do uso social da linguagem, o texto, salientando que ele ganhará vida por tuais, vinculados ao momento e aos propósitos
de modo a possibilitar sua inserção efetiva no meio das práticas de leitura e de escrita ou prá- da comunicação e de interação. Dominar a lín-
mundo da escrita e sua participação social no ticas de linguagem. O ensino de língua reduzido gua implica conhecer atitudes e crenças de uma
exercício da cidadania. a frases soltas e a nomenclaturas, classificações dada cultura e delas participar, e também ter a
Para a perspectiva sociointeracionista, o en- e regras apenas se constitui parâmetro de dis- capacidade de confrontá-las e criar novas signi-
sino da Língua Portuguesa deve estar associado criminação e exclusão, deixando a escola de ficações para o que está posto. O contato com
ao exercício de uma forma específica de intera- cumprir seu papel fundamental, que é o de fa- as expressões culturais e com as interações so-
ção social por meio da linguagem. Nesse sentido, vorecer a participação consciente, crítica e rele- ciais leva o estudante a sair de suas representa-

1.0 ASPECTOS oralidade, leitura, análise linguística e produção


de textos constituem o centro do trabalho peda-
vante das pessoas na construção de um mundo
em que todos tenham vez e voz, em que o valor
ções pessoais da língua e entrar num universo
maior, no qual as construções são mais elabo-

GERAIS gógico, e o texto será a base do estudo, tendo


em vista a sua materialização nas práticas de lei-
da mediação, da interação e do diálogo sejam
postos com intencionalidade.
radas, coletivas e plurais.
Vivemos em uma sociedade que exige do
tura e de escrita, ou práticas de linguagem. É inaceitável que a experiência escolar sujeito leitor mais que a simples compreensão
A partir do texto, de suas práticas de leitura produza nos estudantes o sentimento de infe- do que é dito. É preciso compreender a estrutura
e de escrita, ou práticas de linguagem, podem rioridade linguística ou literária, e que os dei- do texto, observar o contexto, os interlocutores,
ser entendidos os gêneros textuais; os atos co- xe temerosos de interagirem socialmente por as entrelinhas, o não dito, as intencionalidades; é
municativos nele presentes; os níveis de fala, o meio da língua. Dessa maneira, uma organiza- preciso buscar conhecimentos prévios, compa-
ambiente, os participantes e o propósito do ato ção didática com vistas a uma aprendizagem rar, apreciar por diferentes ângulos, para, então,
de fala; as variedades linguísticas; e a literatura, significativa precisa ter, como elemento basilar, ressignificar, seja um discurso oral, seja um dis-
que não deve ser vista como elemento isolado metodologias que possibilitem aos estudan- curso escrito, seja o mundo. Quando um novo
de outros fenômenos culturais e artísticos. O tes desenvolver e ampliar suas habilidades lin- sentido emerge, também emerge uma nova
percurso histórico da Literatura também deve guísticas e literárias, reflexivas e interpretativas, forma de agir. Promover o protagonismo do
ser focado na perspectiva de conhecimento do permitindo-lhes a inserção segura, efetiva, am- educando passa pela ação de garantir-lhe um
texto, considerando que esta é uma arte que pla e consciente nas muitas esferas da atuação espaço de escuta e de ação. A escola, como es-
trabalha fundamentalmente com a palavra no social. É necessário desenvolver o protagonis- paço institucional de acesso ao efetivo domínio
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do conhecimento, precisa trabalhar para que o pretação dos múltiplos textos que constroem o
estudante se torne um sujeito social autônomo, mundo. Trata-se de oportunizar, ao estudante,
crítico, reflexivo, leitor do mundo que o cerca e a aquisição e a ampliação do seu nível de letra-
autor de sua própria história. mento, isto é, a ampliação da sua competência
Sendo assim, passam a ser objetivos es- para o uso social da leitura e da escrita, além
pecíficos com o ensino de Língua Portuguesa a também da ampliação de seu conhecimento
organização de um conjunto de atividades que, cultural e artístico.
progressivamente, possibilite ao estudante utili- O letramento é necessário para que o estu-
zar a linguagem na escuta e produção de textos dante, protagonista de sua história, inclua-se no
orais e na leitura e produção de textos escritos, mundo de forma interativa, consciente e dinâ-
literários ou não, de modo a: atender a múlti- mica, pois sua competência discursiva aumen-
plas demandas sociais; responder a diferentes ta à medida que aprimora sua prática social de
propósitos comunicativos e expressivos; consi- produção oral e escrita. Numa via de mão du-
derar as diferentes condições de produção do pla, o reconhecimento e o entendimento de va-
discurso; possibilitar mudanças conscientes de lores sociais, históricos, marginais e humanos
hábitos e comportamentos. atualizáveis e permanentes do patrimônio lin-
Para corresponder a essa demanda, o en- guístico e literário, e suas respectivas especifici-
sino de língua deve se pautar na constituição dades, servem para a preservação da memória
de práticas que possibilitem aos estudantes a cultural e identitária nacional. A capacitação do
apreensão dos recursos expressivos da lingua- estudante fomenta a criação de uma identida-
gem, por meio de uma diversidade de textos de social consciente e construtiva.
e gêneros, como os do agrupamento da argu-
mentação (editorial, carta argumentativa, artigo
de opinião, outdoors, campanhas publicitárias,
anúncios publicitários), da instrução (receitas,
bulas, rótulos, manuais, editais) da narração
(contos de fadas, conto, crônica), dentre outros.
Refletir sobre a língua, suas possibilidades
vocabulares, semânticas e estruturais é funda-
mental para a expansão da produção verbal
e não verbal, literária e não literária, e a inter-
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O objeto de estudo da Língua Portugue- todos os sentidos” (DIONISIO; VASCONCELOS, de de interpretações permitida, em função
sa é o texto, literário e não literário, manifes- 2013, p. 19). Para aprender a ler e a escrever, da incompletude que os caracteriza. Devem
tado nas suas mais variadas tipologias e em a criança precisa lidar com dois processos em possibilitar, ainda, a experiência do pensa-
seus mais variados gêneros, focalizando prá- paralelo: mento literário e a compreensão histórica e
ticas de leitura, de compreensão, de análise • Compreender a natureza do sistema cultural que resgata as referências ficcionais
e formação linguística e literária, bem como alfabético de escrita – as relações entre e a existência real desses textos, relacionan-
de produção textual, tanto no universo da letra e som, a segmentação entre as pala- do informações sobre concepções artísticas
escrita quanto da oralidade. Toma-se, aqui, vras, as restrições ortográficas etc. e procedimentos de construção do texto aos
texto como uma sequência oral ou escrita, • Compreender o funcionamento da lin- contextos de produção, para atribuir signifi-
que apresenta unidade, coerência e coesão guagem escrita – suas características cados em diferentes situações sociais. Não
em uma dada situação comunicativa. Cabe específicas, suas diferentes formas, gêne- podem ser esquecidos, também, os gêneros
destacar que, apesar de a coesão ser um dos ros, seus usos em práticas sociais reais. digitais e os recursos linguísticos que os ca-
mecanismos de promoção da textualidade, racterizam, seu impacto e função social, os
podem existir textos sem coesão. O que de- Esses processos devem ser trabalhados suportes textuais que os divulgam, bem como
fine um texto é sua unidade de sentido, que de forma concomitante na escola, pois são seus interlocutores. O desenvolvimento de
pode ou não ser mediada pela coesão. Há interdependentes e inseparáveis um do ou- habilidades de leitura deve permear todos os
poemas, por exemplo, destituídos de coesão tro. Isso quer dizer que não basta colocar os ciclos da Educação Básica, aprofundando-se

2.0 OBJETO DE e que não deixam de ser texto por isso. Em


outros gêneros, porém, como os acadêmico-
estudantes diante dos textos para que apren-
dam o funcionamento do sistema alfabético,
ao longo dos anos. Dentre essas habilidades,
é possível mencionar a compreensão global, a

ESTUDO -científicos, ela é imprescindível para garantir


a unidade de sentido.
e que a aquisição do sistema alfabético, por
si só, não garante a possibilidade de partici-
localização de informações explícitas no texto
inferências, o estabelecimento de relações e
Além das linguagens oral e escrita, os par com sucesso das práticas sociais de lei- comparações e a identificação de relações lin-
textos podem ser compostos por imagens e tura e escrita. Reproduzir as condições que guísticas e discursivas de um texto (BORTO-
outras linguagens – os chamados textos mul- contextualizam a leitura e a escrita fora da NI-RICARDO; MACHADO; CASTANHERA, 2010;
timodais. Os textos multimodais são aqueles escola dentro do âmbito escolar e planejar SOLÉ, 2008).
que envolvem, conjuntamente, mais de um situações significativas de aprendizagem es- O estudo do texto deve possibilitar a aná-
tipo de linguagem, além da verbal. “A socie- pecíficas para que os estudantes aprendam lise e reflexão das noções de norma e de va-
dade na qual estamos inseridos se constitui o sistema alfabético de escrita é, sem dúvida, riação linguística e dos recursos linguísticos
como um grande ambiente multimodal, no o nosso maior desafio. empregados nos variados gêneros. Não se
qual palavras, imagens, sons, cores, músi- As práticas de leitura devem favorecer o trata da simples apropriação da nomencla-
cas, aromas, movimentos variados, texturas e contato com textos de diversos gêneros, em tura gramatical. E, de acordo com alguns do-
formas diversas se combinam e estruturam especial os literários, sobre os quais devem cumentos do MEC – dentre eles: elementos
num grande mosaico multissemiótico. Produ- ser observados o uso específico das proprie- conceituais e metodológicos para definição
zimos, portanto, textos para serem lidos com dades da linguagem e a ampla possibilida- dos direitos de aprendizagem do ciclo de al-
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fabetização (2008), os materiais do PNAIC e a bem como do uso do texto propriamente dito.
versão preliminar da BNCC (2015) –, os objeti- Além disso, é imprescindível atentar-se para as
vos de aprendizagem da área de Língua por- características de oratória como fluência, mo-
tuguesa estão organizados em cinco eixos: dulação, articulação clara, ênfase, segundo sen-
oralidade; escrita; leitura; análise linguística; e tido, pausa; a fim de construir uma fala coesa,
apropriação do sistema de escrita alfabético/ coerente e perpassada por intencionalidades.
ortográfico e de tecnologias de escrita. Dessa forma, é possível desenvolver a compe-
É necessário criar condições didáticas para tência comunicativa oral do estudante, permi-
que os estudantes se apropriem dos conheci- tindo-lhe a ampliação do seu conhecimento
mentos dos elementos textuais, sociais e intera- teórico e prático da oralidade e uma efetiva par-
tivos culturalmente estabelecidos que envolvem ticipação social construtiva e eficaz.
a produção do texto e o domínio pragmático de Enfim, o ensino da Língua Portuguesa cen-
seus significados, diretamente relacionados ao trado no texto contempla os eixos de ensino e
uso em diferentes esferas sociais, públicas e pri- de aprendizagem das práticas de leitura e escri-
vadas. Não se deve didatizar e escolarizar a pro- ta ou de linguagem – oralidade, leitura, escrita e
dução textual, pois os textos fazem parte de um análise linguística e literária –, os elementos de
processo de enunciação dinâmico e têm funções promoção da discursividade, da textualidade,
sociais diferentes, e isso precisa ser considerado da normatividade, a apropriação do sistema de
no ensino da Língua Portuguesa. escrita, bem como o trabalho com a Literatura
Em relação à oralidade, além do incentivo e com os gêneros digitais, de forma reflexiva e
ao diálogo em sala de aula e nos trabalhos em contextualizada.
grupo, por exemplo, que permitem o desenvol-
vimento da habilidade de argumentação, bem
como da habilidade de ouvir e respeitar o tur-
no de fala do interlocutor, valorizando o outro
e suas ideias, deve ser focalizada a sistematiza-
ção dos gêneros orais, tais como entrevistas,
debates, seminários, juris, simulados, reporta-
gens, contação de histórias, dramatizações de
trechos em prosa e em verso, observando as
especificidades de cada um, seu planejamento,
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LÍNGUA PORTUGUESA
Objeto de estudo: texto

Competências Acadêmicas Competências Ético-estéticas Competências Políticas Competências Tecnológicas


-- Reconhecer as linguagens como elementos integradores -- Usar a Língua Portuguesa na elaboração de propostas de -- Reconhecer a Língua Portuguesa como fonte de legiti- -- Apropriar-se dos recursos expressivos da língua e da litera-
dos sistemas de comunicação e construir uma consciên- intervenção na realidade, permeadas pela ética cristã e mação de acordos e condutas sociais e como represen- tura portuguesas, dos suportes e das estratégias textuais,
cia crítica sobre os usos que se fazem delas. pela sensibilidade estética, considerando a diversidade tação simbólica de experiências humanas, manifestas para se comunicar e explorar novos saberes e mídias.
sociocultural como inerente à condição humana no es- nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.
-- Compreender e utilizar as variedades da Língua Portu- -- Ampliar o conhecimento de tecnologias digitais que fun-
guesa, adequando seu uso às diferentes situações de in- paço tempo. -- Reconhecer as marcas ideológicas nos textos não lite- damentem a comunicação e que facilitem a integração e
teração social. -- Compreender a Literatura como saber cultural e estético rários e literários, como instrumento para uma análise interação ser-sociedade-tempo.
gerador de significação, estabelecendo relações com as- e, consequentemente, um posicionamento crítico que
-- Ampliar a compreensão e a expressão oral na Língua Por- contribua com a reflexão e a formação humana na pers- -- Entender a natureza das tecnologias de comunicação e
tuguesa padrão, observando a adequação ao contexto pectos do contexto histórico, social e político. informação como integradoras de diferentes meios de
pectiva integral.
de uso e o objetivo a que se destina. -- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atua- comunicação, linguagens e códigos, bem como de outras
lizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional. -- Compreender e utilizar os sistemas simbólicos das lin- tecnologias.
-- Aplicar diferentes recursos expressivos das linguagens, guagens como meios de expressão, comunicação, infor-
na construção de pontos de vista e discursos. -- Compreender e utilizar a Língua Portuguesa como ge- mação e organização cognitiva da realidade.
-- Reconhecer os fundamentos da construção artística e os radora de significação e integradora de organização do
mundo e de identidade sociocultural. -- Respeitar e preservar as manifestações da linguagem
elementos da produção literária, sua estrutura, recursos utilizadas por diferentes grupos sociais, em diferentes

3.0 COMPETÊNCIAS
linguístico-expressivos e fundamentos teóricos. -- Desenvolver a capacidade de interlocução, o senso de esferas de socialização.
-- Desenvolver a autonomia e o hábito de ler e de produzir valorização do fazer artístico e o respeito para com as
textos orais e escritos, literários ou não, de diferentes ti- diversas formas de linguagem e variedades linguísticas,
pos e gêneros, ampliando o domínio das estratégias ade- buscando eliminar preconceitos de qualquer natureza.
quadas à realização de cada um e estimulando a criativi- -- Desenvolver a leitura como fruição do texto no âmbito
dade na produção textual e literária. escolar e nas demais situações, enfatizando a ideia de
-- Correlacionar o texto literário e o não literário com as lin- que as diferentes linguagens expressam posicionamen-
guagens da contemporaneidade, atribuindo sentido (s) tos políticos e ideológicos nas relações de poder.
no seu uso como forma de ação e interação. -- Selecionar textos e informações, com autonomia e ética,
-- Dominar a natureza transdisciplinar das linguagens den- de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais
tro de um convívio com textos literários e não literários. desenvolvidos em práticas de estudo e pesquisa.

-- Reconhecer que uma intervenção social/textual consis-


tente exige uma análise crítica das diferentes posições
expressas pelos diversos sujeitos/agentes sociais, sobre-
tudo o que os movimentos considerados urbanos, margi-
nais e periféricos manifestam e criam.
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Pode-se dizer que os primeiros momentos passando-se às noções de adequação e inade- é preciso reconhecer, também, a necessidade de
de aprendizagem em Língua Portuguesa ocor- quação no uso. desenvolver no estudante o domínio da língua
rem quando o sujeito surge no seio familiar; na O ensino da Língua Portuguesa na visão so- falada, possibilitando o acesso à variedade ins-
verdade, trata-se do processo de aquisição de ciointeracionista pauta-se pelo respeito à plu- titucionalmente aceita e seu uso em diferentes
língua materna. O indivíduo ampliará, de forma ralidade linguística e pela análise da língua em contextos. Cabe ressaltar que o tratamento sis-
contínua, sua competência no entendimento situações concretas de uso efetivo. Para com- tematizado da oralidade deve envolver, inclusi-
e no uso do discurso/código, de suas variantes preender a língua nessa perspectiva, o estudan- ve, regras de comportamento social que estão
linguísticas e das formas de pensar e agir no e te deve ser levado a olhar para um fenômeno relacionadas à conduta linguística. É fundamen-
sobre o mundo. Cabe à escola favorecer, fomen- de linguagem sob distintos pontos de vista, para tal que o estudante aprenda a estruturar sua
tar e desenvolver a compreensão, a reflexão, a que a análise linguística se dê efetivamente. Isso fala, organizando-a de forma clara, coesa e coe-
análise e a capacidade de crítica em relação à lín- não significa negligenciar o estudo da varian- rente, e que perceba e evite ambiguidades, in-
gua e a seus usos. Para tanto, há necessidade da te padrão. A questão é a de que não há lugar coerências, hesitações e repetições, assim como
intervenção contínua do professor, como media- para a norma gramatical “pura”, pois a língua é se aproprie e faça uso dos gêneros formais pú-
dor das possibilidades do saber. bem mais que um conjunto de regras gramati- blicos que constituem as situações de comunica-
Correntes da Linguística moderna, como a cais. Segundo Neves (2002, p. 228-229), embora ção oral. A adequação da linguagem à situação
Sociolinguística e a Análise de Discurso, a par- língua, gramática e norma não sejam conceitos comunicativa, consideradas as características do
tir da década de 1960, vêm fomentando refle- equivalentes, não podemos perder de vista que contexto de comunicação, será o cerne do traba-

4.0 APRENDIZAGEM xões a respeito do ensino de língua materna e


evidenciado novas propostas a partir de uma
o desempenho eficiente, em certos registros
específicos, depende da conformação do texto
lho com a oralidade. Cabe ressaltar, ainda, que
o tratamento da oralidade não deve se dar em
perspectiva denominada sociointeracionista. a determinados padrões linguísticos vigentes e termos dicotômicos, polarizando-se língua fala-
Nessa perspectiva, a língua não é vista mais ape- aceitos socialmente. da e escrita. É preciso observar o continuum fa-
nas como expressão do pensamento ou como Ao contrário do que muitos argumentam, o la-escrita, uma vez que, no uso social da língua,
instrumento de comunicação, mas como forma ensino de língua na perspectiva sociointeracionis- vamos encontrar escritas com marcas típicas da
de ação, como instrumento de interação situa- ta também reconhece a importância do domínio oralidade, bem como discursos orais que apre-
do em um espaço histórico e cultural. A língua se da norma culta da língua, mas ele não se pauta sentam marcas típicas da escrita.
materializa no texto, que é o produto da intera- nos rótulos de “certo” e “errado”, que ajudam a Do ponto de vista da leitura, vale destacar
ção e está vinculado às condições de produção promover, muitas vezes, atitudes preconceituo- que ela não é um ato solitário, mas algo a ser so-
de discursos. As práticas pedagógicas a serem sas e excludentes. Um ensino nessa perspectiva cializado, desenvolvido por meio da aproximação
desenvolvidas em sala de aula passam, então, concebe a língua como um sistema em constan- com gêneros diversos, a serem aprofundados
a girar em torno da leitura, da produção de tex- te transformação, e cuja heterogeneidade é sis- em níveis proporcionais ao aumento da comple-
tos e da reflexão sobre a língua. A língua deixa temática, previsível, coerente e também passível xidade intelectual do estudante. Deve ser traba-
de ser percebida como homogênea e passa a de estudo. lhada no nível da fruição, da emoção, do valor
ser entendida como variável. Também é supe- Por mais que a escrita tenha um papel im- estético, mas também da reflexão, do questio-
rada a concepção de certo e errado na língua, portante em sociedades letradas como a nossa, namento e da inserção do sujeito estudante no
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mundo e no contexto em que vive. O leitor não é de gêneros textuais apresentadas aos estudan- preciso promover oportunidades de escrita nas de seu uso concreto em situações cotidianas e
elemento passivo na dinâmica textual, uma vez tes para a leitura, maior será sua capacidade de quais o professor não seja o único interlocutor, do conhecimento a respeito de sua estrutura e
que a função última do texto é atingi-lo. O leitor escrever de maneira mais variada e complexa. É pois nesse caso o estudante é levado a escrever funcionamento.
protagonizará a recepção, por meio do entendi- preciso apresentar textos variados, mas ir além para o professor, para atingir o que o professor
mento do texto, da sua reflexão e posterior ação disso: fomentar a leitura de autores de referência quer, e não a escrever o que pensa, com auto-
sobre o mundo que o cerca. e textos de qualidade aos estudantes. Vale des- nomia e responsabilidade. Para isso ocorrer de
Cabe aqui o reconhecimento, em textos de tacar que, conforme Morais (2014, p. 44), a crian- modo satisfatório, é preciso que sejam utilizadas
diferentes gêneros, das marcas linguísticas e lite- ça pré-leitora não descobre o princípio alfabético estratégias de planejamento, redação de rascu-
rárias que singularizam cada um; das ideologias por mera exposição ao material escrito; tem de nhos, produção efetiva, autoavaliação e revisão.
presentes; dos efeitos de sentido resultantes do ser mediada com exercícios apropriados a to- Além disso, aprender a escrever envolve postura
uso de determinados recursos expressivos; das mar consciência dos fonemas. A reestruturação crítica diante do texto, assim como diálogo cons-
representações sociais e culturais ali presentes; do texto deve proporcionar ao estudante-leitor tante com outros textos e contextos, e um diá-
e do papel do simbólico e dos implícitos do texto. o estabelecimento de relações de sentido entre logo em sala de aula com os pares, estudantes
Enfim, o desenvolvimento das competências lei- o que ele pensou e o que ele, estudante-escri- escritores também em formação.
toras não pode se eximir do resgate contextual e tor, produziu a partir da experiência textual ple- A abordagem reflexiva do sistema linguísti-
cultural por meio das manifestações de oralida- na. É um movimento contínuo e dinâmico que co pode ser desenvolvida desde os anos iniciais,
de, textualidade e arte literária como registros de envolve receber o texto de outro e escrever seu evidenciando inicialmente a compreensão da
um patrimônio que represente a cultura letrada próprio texto com domínio consciente da língua, escrita como um sistema de referência, em que
e não letrada em diferentes contextos históricos, entendida não como norma e cerceamento, mas está presente não apenas um conjunto de códi-
temporais e espaciais. como instrumento de expressão eficaz. gos, mas também as regras que orientam seu
A compreensão do texto literário, nessa A produção de textos escritos, na perspecti- uso, para então chegar à adequação às diversas
perspectiva, perpassa a historicidade dos gê- va sociointeracionista, requer considerar o texto situações comunicativas, considerando as dife-
neros, levando ao desenvolvimento da matu- situado em um contexto sócio-histórico, marca- rentes possibilidades que se abrem à construção
ridade do leitor. A reflexão sobre os processos do por atividades de negociação entre interlocu- de seu texto. Referente ao ciclo inicial da alfa-
específicos que geram o texto literário facilita tores e por processos de inferência. Ao estudante betização, no qual a apropriação do sistema de
a sua compreensão como texto eivado de in- deve ser oportunizada a experiência de assumir escrita alfabética assume centralidade, sem des-
tenções e funções, e pertencente a um deter- sua própria voz, como protagonista na produção considerar, certamente, que esse processo se dá
minado período. de textos coerentes, coesos, adequados ao in- de forma integrada com a compreensão acerca
Aprender a ler é um processo complexo terlocutor e às finalidades que apresentam, em da funcionalidade da língua, seus gêneros e usos
que deve ser integrado à produção de textos; conformidade com os temas propostos e com em práticas sociais, é preciso, pois, aprender a
assim, quanto maior for a oferta e a diversidade as características particulares de cada gênero. É refletir sobre a língua com base na perspectiva
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As situações do ensino da língua tomam o • estratégias de produção textual e estilo; uma finalidade específica, um processo de
texto e a diversidade de gêneros que circulam • a organização do texto e a progressão interlocução que se realiza nas práticas so-
socialmente como unidade de ensino. As Diretri- temática; ciais existentes nos diferentes grupos de
zes Curriculares Nacionais reforçam o texto (e os • a leitura e a compreensão do texto; uma sociedade, nos distintos momentos de
gêneros textuais, por sua vez), como objeto de • o raciocínio e a argumentação; sua história. Tal abordagem favorece a com-
ensino das práticas eixos de uso da Língua Por- • o estudo dos gêneros textuais; preensão e a apropriação dos fenômenos
tuguesa e indicam o lugar do texto – oral/escrito • a ampliação ou a síntese do texto; e naturais e dos processos de construção de
– como materialização de um gênero e suporte • questões de escrita, como a pontuação conhecimento que permeiam a sociedade.
de aprendizagem de suas propriedades. À medi- ou a ortografia, por exemplo. Esse entendimento potencializa a construção
da que o ensino de Língua Portuguesa envolve de argumentação e o enfrentamento das si-
sujeitos, história, culturas e sociedade, em uma tuações-problema com as quais convivemos
relação dinâmica, o texto, as práticas de leitura e Em um currículo flexível, criativo e aberto, todos os dias e ocorre nos processos intera-
de escrita, as práticas de linguagem, em seu fun- as linguagens promovem a integração entre os tivos que vão desde a conversa informal ou
cionamento e em seu contexto de produção e aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, familiar, à redação de um e-mail, um relatório
compreensão, tornam-se objeto de ensino e de linguísticos e sociais da criança e do jovem, en- ou mesmo um poema.
aprendizagem de Língua Portuguesa. As práticas tendendo-os como seres de direitos e desejos, O estudo dos textos, em suas práticas de lei-
contínuas de explorar, experimentar, questionar produtores de conhecimentos. O trabalho com tura e de escrita, ou práticas de linguagem, que

5.0 METODOLOGIAS e comparar textos, planejar, avaliar e revisar é


que possibilitam ao estudante o aprendizado.
o discurso materializado, situado sócio-histori-
camente, facilita a compreensão da leitura e da
constituem as práticas sociais, nessa perspectiva,
é potencializador das aprendizagens, gera con-

DE ENSINO E DE Segundo Marcuschi (2008, p. 51-52), o es-


Literatura e suas intencionalidades.
O estudante, desde os anos iniciais do Ensi-
dições e ambiente que proporcionam múltiplas
situações de compreensão e produção como ati-

APRENDIZAGEM
tudo do texto permite trabalhar, dentre outras no Fundamental, insere-se no processo de alfa- vidades relevantes e comprometidas com a ex-
questões, com: betização e de letramento para fazer coisas, agir pansão do conhecimento (letrado) do estudante
• o desenvolvimento histórico da língua; no e sobre o mundo. Por meio da fala, do de- e seus modos de estar e intervir solidariamente
• o funcionamento da língua em situações senho, do faz de conta, da linguagem corporal, na realidade.
reais de uso; dentre outros recursos, ele expressa sua forma A leitura e a produção de textos diversos exi-
• as variantes linguísticas; de compreender e representar o mundo. Nesse girão múltiplas formas de interação com o mun-
• a relação entre fala e escrita no uso da sentido, alfabetização e letramento tornam-se do. Assim, podem ser recursos a multimídia, o
língua; complementares, inseparáveis e indispensáveis hipertexto, a hipermídia, a multimodalidade e as
• a organização e os recursos fonológicos, ao desenvolvimento social do sujeito destacan- relações com os contextos socioculturais, bem
morfológicos, sintáticos e semânticos da do a importância da leitura da palavra ser com- como regras e estruturas formais de produção e
língua; plementar à leitura do mundo (FREIRE, 1998). interpretação desses textos. Nessa perspectiva,
• a intencionalidade e os processos Linguagem, dessa forma, é entendida a prática de mediação, orientação, interpretação
pragmáticos; como ação entre indivíduos, orientada por ou proposição para múltiplos universos de leitu-
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ra de mundo necessita da relação direta com o a referencialidade denotativa. O texto literário a adoção de sequências didáticas na prática pe- • a produção final, em que o estudante coloca-
letramento do estudante. possui a especificidade e a intenção de ser literá- dagógica cotidiana. Uma sequência didática, se- rá em prática os conhecimentos adquiridos
O desafio que se coloca é conciliar a leitu- rio. Mas não é só a intenção. O autor desse texto gundo Schneuwly e Dolz (2004), é um conjunto e que lhe permitirá, também, observar seu
ra e a produção de textos, de modo a assegurar conhece muito bem certas normas da comu- de atividades escolares organizadas, de manei- progresso em relação à primeira produção; e
ao estudante a apropriação dos sistemas simbó- nicação literária, que são também importantes ra sistemática, em torno de um gênero textual • o propósito social e comunicativo que, para
licos e a plena condição de uso das linguagens nas comunidades leitoras da sociedade. Logo, é oral ou escrito. dar sentido ao ato interativo e dialógico da
nas práticas sociais circulantes. Nesse processo, de fundamental importância que se trabalhem A estrutura de uma sequência didática pode escrita, precisa ser contemplado, indo além
a aprendizagem da Língua Portuguesa constitui- os processos específicos que geram esse texto: contemplar, dentre outras possibilidades: dos propósitos didáticos.
-se por um intercâmbio dinâmico com o meio, tempo, espaço, contexto, cultura, para facilitar
contribuindo para um trabalho efetivo com a a compreensão, a intenção e a função do texto • uma apresentação inicial, na qual são des-
Língua e a Literatura. Aprender a ler e a escrever literário em um determinado período. E mais critos com detalhes a sequência proposta Para que o trabalho com sequências didá-
é um processo cognitivo, mas também é uma importante é estabelecer comparações entre os e o gênero a ser estudado, e o estudante ticas se dê de forma eficiente, é necessário ob-
atividade social e cultural que contribui para valores e discursos de cada período literário e a se prepara em relação aos conteúdos que servar os princípios teóricos que fundamentam
criar vínculos entre as culturas e o conhecimen- contemporaneidade, favorecendo a formação envolvem a produção daquele gênero; a proposta, como as escolhas pedagógicas e lin-
to. Além disso, ler e escrever são competências de posicionamentos e o reconhecimento do ca- guísticas; seu caráter processual; e a articulação
• uma primeira produção, em que o estu-
essenciais em qualquer área e, portanto, podem ráter representativo da arte literária. do estudo do gênero com o estudo de outros
dante registra o seu conhecimento inicial e
e devem ser desenvolvidas em todos os compo- A amplificação cultural, em especial a artís- recursos da língua. Além disso, o trabalho com
que vai permitir ao professor avaliar o que
nentes curriculares, em particular naqueles que tica-literária, fundamenta e estimula o conhe- sequências didáticas exige do professor a análi-
o estudante já aprendeu sobre aquele gê-
integram a área de Linguagem, Códigos e suas cimento social, histórico, político e espacial do se das produções dos estudantes em função dos
nero e o que ainda precisa saber, ajustan-
Tecnologias, como a Arte, as Línguas Estrangei- educando, e ainda possibilita que o estudante objetivos da sequência e das características do
do, assim, seu planejamento para as etapas
ras (o Inglês) e a Educação Física, como atividade possa compreender “como”, “por que” e “com gênero em estudo; a proposição de atividades
seguintes;
integrada e interdisciplinar. que intenção” os movimentos estético/literários adequadas à continuidade da sequência; a ela-
• a realização de atividades que permitirão boração de um planejamento alternativo para
A Literatura, assim como outras produções foram construídos, para que servem e como ao estudante superar as dificuldades apre-
artísticas, musicais, pictóricas, plásticas etc., deve eles podem servir de referenciais no construto os casos de insucesso, com atividades diversifi-
sentadas na primeira produção, inclusive as cadas para aquele que não tiver alcançado o ob-
ser compreendida em relação à sua linguagem das expressões comunicativas orais, escritas e referentes ao uso de normas gramaticais,
específica e em relação aos seus aspectos so- na construção da Literatura clássica, moderna, jetivo proposto.
e lhe darão os instrumentos necessários à Uma das características desse trabalho é a
ciais, uma vez que a elaboração da linguagem é pós-moderna e contemporânea. produção final; essa etapa pode repetir-se,
o princípio da Literatura, que tem uma capacida- Considerando os eixos estruturantes do possibilidade de revisão, e que vai diferenciar o
a depender do desempenho dos estudan- tratamento da oralidade e o da escrita. A ativida-
de especial de lidar com a língua, nas escolhas ensino de Língua Portuguesa, oralidade, leitu- tes, seja com exercícios específicos, seja
e nas combinações das palavras, nas diversas ra, escrita e reflexão sobre a língua, e tendo em de escrita permite a revisão da produção e, con-
com avaliação do próprio texto produzido; sequentemente, do produto final. O estudante
formas de ler e escrever textos que tangenciem mente o estudo dos gêneros textuais, sugere-se
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aprenderá que a reescrita faz parte do processo Como um gênero jornalístico tradicional, • A realização da entrevista oral, gravada ou dos recursos da escrita. Podem ser comparadas
de produção. No texto oral, diferentemente, pro- a entrevista envolve pelo menos dois interlo- registrada por escrito em forma de rascu- as entrevistas publicadas em revistas infantis,
dução e produto final se confundem. É preciso, cutores, um entrevistado, que é expert em al- nho. com as publicadas em jornais ou em revistas de
então, criar mecanismos que permitam plane- guma questão, e um entrevistador, que tem o • A transposição da entrevista oral para o con- divulgação científica, por exemplo. Podem ser
jar, preparar a fala, seja com o apoio da escrita, objetivo de transmitir a terceiros as informa- texto escrito, adequando-se a linguagem ao alterados os tipos de entrevistados, passando
seja por meio da memorização; e, se alguma coi- ções apresentadas pelo entrevistado. contexto de escrita. Aqui deverão ser traba- de pessoas conhecidas a pessoas ilustres, e que
sa ocorrer diferente do planejado, é preciso ter O entrevistador conduz a entrevista, faz lhadas as diferenças entre oralidade e escri- vão exigir uma postura distinta do entrevistador
consciência de que os imprevistos são próprios os questionamentos, passa a palavra, intro- ta; a adequação ao público alvo e ao suporte e um trabalho de preparação mais complexo.
da comunicação oral. duz temáticas, enfim, orienta a interação. O para a publicação (revista, jornal, Internet); a Por fim, o ensino de Língua Portuguesa é,
No que diz respeito ao estudo da língua, as entrevistado, por sua vez, responde aos ques- constituição gráfica (se será um texto apenas possivelmente, o que mais facilmente permite
sequências didáticas permitem o trabalho de ob- tionamentos apresentados e elucida os temas verbal, ou se terá imagem dos entrevista- o trabalho integrado com outros componen-
servação e análise de dados linguísticos a partir propostos. dos, por exemplo) e os recursos linguísticos tes curriculares, em especial os da área de Lin-
do trabalho com os gêneros. Questões sintáticas, A entrevista é um gênero bastante rico para necessários a essa transposição. guagens, Códigos e suas Tecnologias (que têm
morfológicas ou mesmo ortográficas podem ser o trabalho em sala de aula e deve envolver: • Uma análise e avaliação do texto produzido. como objeto comum a linguagem), pois o uso
estudadas à medida que se observam dificulda- • Um estudo inicial, no qual o entrevistador • A revisão do texto escrito e a publicação do da língua é comum a todas as áreas e compo-
des dessa natureza nas produções. As caracte- precisa compreender sobre os temas a se- produto final. nentes curriculares. Essa potencialidade pode
rísticas estruturais de cada gênero vão permitir o rem abordados na entrevista, definir quem • A necessidade de que esse produto final ser explorada de maneira significativa em proje-
trabalho com recursos linguísticos mais próprios será o entrevistado e delimitar o público a tenha um destinatário real, um verdadeiro tos e atividades interdisciplinares, pois favorece
daquele gênero. As dificuldades apresentadas que se destinará a entrevista. O trabalho, interlocutor. Isso pressupõe criar contextos o aprofundamento em temas específicos e o de-
pelos estudantes em um momento da sequên- nessa etapa, contribui para a construção de que desvelem uma língua viva, com sua fun- senvolvimento de competências mais amplas,
cia podem ser transformadas em objetos de es- um papel público – de entrevistador – dife- cionalidade e seu caráter de ação interati- por meio do diálogo, do incentivo à pesquisa, da
tudo em outro momento. rente da identidade privada do estudante, va e discursiva – com tempo, lugar, sujeitos resolução de problemas, da superação dos obs-
Uma sequência didática para o estudo do pois o estudante viverá o papel de entrevis- e propósitos comunicativos, os mais varia- táculos impostos pela noção disciplinar, e cola-
gênero entrevista, por exemplo, permite o de- tador. dos, fugindo de escritas direcionadas para o bora para o protagonismo do educando e sua
senvolvimento de habilidades em todos os eixos • O planejamento da entrevista, dividindo- professor exclusivamente. formação integral.
de ensino da Língua Portuguesa, oralidade, leitu- -a por blocos – abertura, questionamen-
ra, escrita e reflexão sobre a língua, pois se tra- tos e encerramento. Também é definida a O trabalho com o gênero entrevista pode
ta de uma prática social que contempla normas sequência de perguntas a serem feitas ao começar nos anos iniciais, com orientação para
específicas de interação e de linguagem e está entrevistado e as possíveis intervenções ao a produção de entrevistas apenas orais, com a
muito presente na mídia impressa, radiofônica, longo da entrevista. partilha de relatos, e ir ganhando complexidade
televisiva e também na Internet. à medida que o estudante vai se apropriando
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Pensar a avaliação em Língua Portuguesa considerando-se sempre o outro e o contexto complicações surgiram. É necessário “ajustar” o
está diretamente relacionado à concepção de em que estejam inseridos. olhar do professor ao tempo que dispõe, prio-
linguagem e de língua que for adotada no pro- A avaliação deve ser processual e levar em rizando ações mediadoras. Observar o que na
cesso educacional. Considerando a perspectiva conta o desenvolvimento de cada sujeito e seus verdade deu certo, ou seja, o que o estudante
sociointeracionista, a visão de língua adotada, conhecimentos prévios. Esse trabalho exige o aprendeu e como aprendeu, com base em seu
como forma e lugar de interação entre sujeitos, emprego de instrumentos diversificados, como envolvimento, construindo hipóteses e estraté-
dá lugar a uma visão do processo de avaliação provas, trabalhos de pesquisa, apresentações gias, além de fazer intervenções significativas e
como mais um lugar para a aprendizagem, na de seminários, atividades inter e transdisciplina- reflexivas para o estudante.
qual o professor funciona como uma figura de res, desenvolvimento de projetos como saraus, Em cada nível escolar, seja no Ensino Fun-
mediação e o estudante é sujeito ativo no pro- leituras dramatizadas de textos poéticos, produ- damental, em seus anos iniciais e em seus anos
cesso de aprendizagem e ensino. ção de curta-metragens, peças teatrais etc., que finais, seja no Ensino Médio, certamente as es-
Inserida em uma proposta mais ampla de devem possuir características que contemplem tratégias pedagógicas serão diferenciadas e
ensino de língua interacional e dialógico, a ava- toda a dinamicidade da língua. Pretende-se com distintas, adequadas aos aspectos culturais e so-
liação não pode ser desenvolvida de forma au- isso, favorecer a ação do estudante sobre o ob- ciais. A aprendizagem deverá ser de tal maneira
toritária, punitiva e arbitrária, mas como um jeto de conhecimento considerando os aspectos dinâmica, agradável, atraente, que se torne um
diagnóstico contínuo e coerente que permita aos linguísticos, discursivos e estruturais dos gêneros objetivo que os estudantes queiram e possam
estudantes, mais do que acumular informações, explorados. Serão as produções dos estudantes alcançar. A avaliação, por seu turno, deverá ser

6.0 AVALIAÇÃO DA criar novos significados para elas.


Uma das principais vantagens de se propor
que darão pistas, ao professor e ao estudante,
sobre o estágio de construção do conhecimento
um processo em construção, sempre sendo re-
visto, readequado, um processo que diagnosti-

APRENDIZAGEM uma avaliação que seja um processo contínuo e


diagnóstico é que ela deixa de ser vista como um
sobre a língua e, portanto, para as estratégias de
ensino e aprendizagem.
que não somente as dificuldades dos educandos
e reoriente as estratégias e técnicas do profes-
sistema de punição, pois não é mais um produ- A avaliação parte da intenção de regular o sor, mas também evidencie o sucesso educacio-
to acabado, mas um produto em permanente processo de ensino e de aprendizagem; por isso, nal desses dois elementos integrantes e ativos
construção e reconstrução. Desse modo, o en- na produção de textos, tanto a escrita quanto a do processo. A avaliação indica a seus agentes o
sino de língua passa a seguir, de fato, a lógica do reescrita precisam ser consideradas no proces- caminho mais eficiente para que o processo de
mais, e não uma lógica do menos, da exclusão, so avaliativo. Como o eco da ação educativa, é aprendizagem seja o mais bem-sucedido possí-
do castigo. Para isso, a avaliação deverá se efeti- fundamental considerar o “erro” como ponto de vel. É, de fato, sempre importante lembrar que
var por meio de encaminhamentos metodológi- partida para uma nova reflexão, para o levan- tanto professor quanto educando são sujeitos
cos que levem o estudante a práticas de leitura tamento de outras relações e possibilidades de protagonistas na ação de ensinar e aprender,
e escrita autônomas – priorizando a autoria na produção de sentido, assim como para a revisão são agentes e sujeitos conscientes e ativos da
produção de sentidos –, bem como a práticas de e reescrita do texto produzido. construção e da elaboração dos saberes.
expressão oral em que seus posicionamentos fi- Deve-se pensar em como o estudante fez,
quem muito bem postos e a práticas de reflexão por onde começou, qual foi seu obstáculo, como
sobre a língua e o uso que deve ser feito dela, superou, se precisou de ajuda, quais dúvidas e
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7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS
7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 1º ANO -- Recitar textos curtos próprios da oralidade com CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO
entonação adequada.
-- Reconhecer a linearidade perceptiva do proces- -- Produzir, em colaboração com os colegas e com -- Função social, estrutura, aspectos linguísticos e
so de decodificação e leitura (da esquerda para a a ajuda do professor, textos curtos, considerando multissemióticos associados à leitura, à análise
direita e de cima para baixo). a situação comunicativa e o assunto propostos. textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produ-
Competências Acadêmicas -- Ler palavras novas com proficiência na decodifi- -- Observar as linguagens características das tec-
ção e à reelaboração textual, em diferentes mo-
dalidades, dos gêneros literários e não literários
cação, ampliando o vocabulário. nologias digitais da informação e comunicação,
-- Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multimodais que circulam em diferentes esferas de atuação, materializados em em estudo: aviso, calendário, cantigas, poema,
-- Apreciar, globalmente, com a mediação do pro- depreendendo sua funcionalidade social.
meios tradicionais e digitais, para compreensão crítica e proficiente do contexto social e político vigentes. convite, lista, texto instrucional, cartaz, parlenda,
fessor, textos de diferentes gêneros e modalida- -- Reconhecer os elementos da narrativa pela iden- conto, reconto oral, assembleia, relato pessoal,
-- Apropriar-se da linguagem escrita e falada como meio de interação autônoma na vida em sociedade e como forma de ampliação des em estudo, reconhecendo sua função social tificação dos personagens, narrador, enredo, trava-línguas, fotolegenda, notícias curtas para
das possibilidades de participação social. e os fatores de textualidade concorrentes. tempo e espaço. público infantil, slogan, curiosidades, verbetes de
-- Identificar informações explícitas no texto e no con- -- Identificar os interlocutores da comunicação, re- enciclopédia infantil e narrativas.
-- Apropriar-se do sistema de escrita alfabético e de suas tecnologias.
texto por meio do reconhecimento das relações conhecendo seu papel discursivo nas interações -- Aspectos notacionais da escrita: pontuação.
-- Analisar informações e opiniões veiculadas em diferentes gêneros e multimodalidades textuais para fundamentar posiciona- estabelecidas entre linguagem verbal e não verbal. orais e escritas.
-- Noções semânticas: sinonímia e antonímia.
mento autoral e crítico, de forma ética, que respeite direitos humanos e ambientais. -- Elaborar hipóteses, oralmente e em colaboração -- Apreciar a sonoridade provocada por textos ver-
-- Estratégias de leitura: compreensão global, iden-
com os colegas, sobre textos narrativos em dife- sificados, experimentando sensações suscitadas
tificação de informações explícitas no texto e no
rentes linguagens (sonora, visual e verbal) com por eles.
contexto, estabelecimento de relação entre ver-
base na compreensão da sequência lógica.
bal e não verbal, relação entre texto e suporte,
Competências Ético-estéticas -- Reconhecer efeitos de sentido oriundos de re- levantamento de hipóteses e reconhecimento da
cursos prosódicos enunciados oralmente pelo sequência lógica da narrativa na oralidade.
-- Desenvolver fruição na leitura por meio da exploração de diversos recursos expressivos, reconhecendo o texto como objeto ca- professor. -- Fatores de textualidade: situacionalidade, infor-
talisador de sentidos, valores e ideologias. -- Distinguir o sistema de escrita alfabética dos matividade e aceitabilidade.
sons da fala. -- Elementos de coesão e coerência: sequência lógi-
-- Desenvolver o senso estético para fruição da leitura por meio da valorização da literatura e de outras manifestações artístico-cul-
turais, reconhecendo o potencial humanizador e transformador do texto literário. -- Utilizar tecnologias da escrita, levando em consi- ca de narrativas (começo, meio e fim).
deração a função social dos textos e de seus su- -- Estratégias para identificação de efeitos de sen-
portes de veiculação. tido, e desenvolvimento da atenção perante fala
-- Reconhecer a variação linguística na fala pela de outro: entonação e modalização da voz.

Competências Políticas comparação com o código escrito e com o con-


texto sociocomunicativo associado.
-- Leitura como fruição do texto.
-- Manuseio das tecnologias da escrita e dos supor-
-- Relacionar palavras pelo critério de aproximação tes de textos.
-- Compreender a língua como um fenômeno social, cultural, histórico e dinâmico, inerente à construção da identidade pessoal
(sinonímia) ou de oposição (antonímia) de signifi-
e coletiva de seus membros. -- Consciência fonológica: contínuo entre fala e escrita.
cado conforme pistas contextuais.
-- Desenvolver a argumentação, explorando as práticas sociais de uso da linguagem. -- Segmentar palavras em sílabas, oralmente, perce-
-- Variação linguística na fala.

-- Refletir acerca das temáticas dos diversos textos, comparando-as e articulando-as com o contexto social e político da atualidade. bendo as repetições na constituição das palavras. -- Ampliação do vocabulário ativo.
-- Diferenciar letras em formato imprensa e cursi- -- Representação e identificação de letra (caixa alta
-- Analisar as variantes linguísticas como tomada de consciência da dinamicidade da língua. e minúscula de imprensa).
va, minúsculas e maiúsculas.
-- Identificar a função social dos gêneros, articulando-a aos contextos sociocomunicativos. -- Representar fonemas por letras, distinguindo as -- Escrita alfabética: ampliação gradativa da com-
letras do alfabeto de outros sinais gráficos. preensão do código escrito até a escrita alfabética.

-- Identificar letras, sílabas e palavras no texto, re- -- A ordem alfabética nas práticas de leitura e escrita.
conhecendo sua segmentação. -- Relação grafema-fonema.
Competências Tecnológicas -- Transcrever pequenos textos, mantendo suas -- Textos em diferentes tipos de linguagens: verbal
características, como o espaçamento entre as (oral e escrita), visual (fotografia e vídeo), sonora
-- Empregar as tecnologias digitais de informação e comunicação na elaboração dos textos. palavras e a pontuação. (bipes, toques, canções, vinhetas, jingles).
-- Reconhecer as diversas linguagens advindas das tecnologias digitais de informação e comunicação. -- Nomear as letras em ordem alfabética nas práti- -- Elementos da comunicação: emissor e destinatário.
cas de leitura e escrita. -- Aspectos ortográficos.
-- Relacionar a convenção ortográfica às suas produ- -- Estratégias de escrita autônoma e compartilhada.
ções escritas, observando semelhanças e diferenças.
-- Práticas de estudo e pesquisa.
-- Escrever palavras e frases de forma alfabética,
percebendo a relação grafema-fonema.
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HABILIDADES - 2º ANO ta de diferentes textos, considerando a situação CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO HABILIDADES - 3º ANO -- Identificar a variação linguística como recurso ciente, estabelecendo preferências por gêneros, CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO
comunicativa, a estrutura do gênero e o tema/ expressivo da constituição de gêneros textuais assuntos e autores.
-- Apreciar, globalmente, de forma autônoma, tex- finalidade da produção textual proposta. -- Função social, estrutura, aspectos linguísticos e -- Compreender, globalmente, textos literários e em estudo, levando em consideração o contexto -- Função social, estrutura, aspectos linguísticos e
-- Diferenciar discurso direto de discurso indireto
tos de diferentes gêneros e modalidades em es- -- Reescrever textos narrativos literários em estudo, multissemióticos associados à leitura, à análise tex- não literários pelo reconhecimento da ideia cen- sociocomunicativo de enunciação. multissemióticos associados à leitura, à análise
na composição de textos narrativos e expositivos.
tudo, reconhecendo sua função social, finalidade percebendo a forma e composição dessa tipologia. tual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produção e tral, da função social e dos aspectos composicio- -- Aplicar aspectos notacionais de gramática e or- textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produ-
discursiva e fatores de textualidade concorrentes. -- Perceber efeitos de sentido e sensações pelo re- à reelaboração textual, em diferentes modalidades, nais, linguísticos e multissemióticos dos gêneros ganização estética do texto, levando em consi- -- Reconhecer as características próprias das lin- ção e à reelaboração textual, em diferentes mo-
-- Elaborar hipóteses sobre textos de diferentes gê- conhecimento de sonoridades, rimas e jogos de dos gêneros literários e não literários em estudo: em estudo. deração a paragrafação, a segmentação das pa- guagens utilizadas nas tecnologias digitais da in- dalidades, dos gêneros literários e não literários
neros e com diferentes linguagens (sonora, visual palavras em textos versificados. bilhete, carta, e-mail, poema, tirinha, convite, recon- -- Reconhecer a situação comunicativa e o tema/as- lavras, o uso de letras maiúsculas e de sinais de formação e comunicação. em estudo: relato de experiência, narrativa de
e verbal) a partir da compreensão das relações to, narrativa infantil, relato de experiência (oral e sunto propostos nos gêneros em estudo, estabele- pontuação, e a acentuação gráfica (ênfase nos aventura, história em quadrinhos, carta pessoal,
-- Distinguir palavras com correspondências regula- escrito), legenda, receita, agenda, letras de canção, -- Empregar recursos multimodais próprios das diário, carta de reclamação, conversação espon-
lógico-discursivas. res entre letras e fonemas (f, v, d, t, p, b) e contex- cendo relação entre as partes do texto. monossílabos tônicos e oxítonas).
cartaz, regulamento, folheto, notícias curtas para tecnologias digitais na elaboração de textos com- tânea, noticiário de rádio/TV, notícia, debate, re-
-- Identificar informações explícitas no texto e implí- tuais (c e q, por exemplo). -- Ler, silenciosamente e em voz alta, com autonomia -- Compreender a função discursiva do uso de dife-
público infantil, diagramas, entrevista, enquete e partilhados. ceitas em áudio/vídeo, anúncio publicitário, tex-
citas de fácil localização no contexto por meio do -- Segmentar palavras em sílabas, por escrito, per- e fluência rítmica, textos de diferentes gêneros e rentes tipos de linguagens (sonora, visual e ver-
campanha de conscientização. to explicativo e exposição oral, texto dramático,
reconhecimento das relações estabelecidas entre cebendo a possibilidade de intercambiá-las para modalidades adequados à faixa etária, compreen- bal) na composição dos gêneros em estudo para
-- Estratégias de leitura: desenvolvimento de fluên- instruções de montagem, poema visual, cordel,
linguagem verbal e não verbal, texto e suporte. formar novas palavras. dendo os fatores de textualidade que concorrem veiculação de sentidos intencionados.
cia rítmica na leitura oralizada, compreensão narrativa ficcional.
-- Selecionar, com a mediação do professor, textos para o seu significado global.
-- Explorar as linguagens características das tecno- global, identificação de informações explícitas e -- Escrever palavras com correspondências regu- -- Estratégias de leitura: desenvolvimento de fluên-
de diferentes gêneros e modalidades para leitura, logias digitais da informação e comunicação, de- -- Identificar informações explícitas no texto e implíci- lares contextuais entre fonemas e grafemas de
implícitas de fácil localização no texto e no con- cia rítmica na leitura oralizada, compreensão
de acordo com necessidades e interesses. preendendo sua funcionalidade social. tas no contexto por meio do reconhecimento das acordo com as convenções ortográficas vigentes.
texto, transposição do não verbal para o verbal e global, identificação de informações explícitas e
-- Empregar a grafia adequada à convenção orto- relações estabelecidas entre linguagem verbal e
-- Identificar a nomeação e a caracterização como vice-versa, relação entre texto e suporte, levanta- -- Utilizar, ao ler e produzir textos de diferentes gê- implícitas no texto e no contexto, transposição
gráfica na produção de textos, nas formas im- não verbal, texto e suporte.
recursos linguísticos de referenciação dos ele- mento de hipóteses. neros e modalidades, conhecimentos linguísticos do não verbal para o verbal e vice-versa, relação
prensa e cursiva, levando em consideração a pa- -- Elaborar hipóteses sobre textos de diferentes gêne- e gramaticais, como ortografia, regras básicas de entre texto e suporte, levantamento de hipóte-
mentos da comunicação. -- Fatores de textualidade: situacionalidade, infor-
ragrafação, a segmentação das palavras, o uso de ros e modalidades, estabelecendo relações entre as ses, inferências e estabelecimento de relações
matividade e aceitabilidade. concordância verbo-nominal e pontuação, pela
letras maiúsculas e de sinais de pontuação. suas partes para a compreensão do tema/assunto entre as partes de um texto.
-- Elementos de coesão e coerência: reconhecimen- observação do contexto.
-- Inferir efeitos de sentido pela atenção à fala do e da situação comunicativa.
to da sequência lógica da narrativa e identificação -- Reconhecer o elemento da comunicação em -- Fatores de textualidade: situacionalidade, infor-
interlocutor, levando em consideração aspectos -- Compreender sentidos veiculados em textos tradi- matividade, aceitabilidade e intertextualidade.
de marcadores de tempo. evidência pela identificação da intencionalidade
prosódicos e a linguagem corporal. cionais e multimodais pela relação entre recursos
-- Estratégias para identificação de efeitos de senti- discursiva do enunciador na interlocução em -- Elementos de coesão e coerência: marcadores
extralinguísticos – imagéticos ou sonoros – e infor-
-- Conhecer tecnologias da escrita, levando em con- do, e desenvolvimento da atenção perante a fala análise. de tempo, tipos de narrador, palavras substitu-
mações verbais explícitas no texto e no contexto.
sideração a função social dos textos e de seus su- de outro: entonação e modalização da voz. tas, relações de causa e consequência.
-- Reconhecer marcadores temporais, palavras e ex- -- Compreender a nomeação e a caracterização
portes de veiculação. -- Estratégias para identificação de efeitos de sen-
-- Leitura como fruição do texto. pressões de retomada como recursos de coesão e como recursos linguísticos de definição e ex-
-- Reconhecer a variação linguística pela compara- pressividade dos elementos da comunicação no tido e desenvolvimento da atenção perante fala
-- Manuseio das tecnologias da escrita e dos supor- coerência na progressão temática do texto.
ção entre as características próprias da fala e da contexto. de outro: sinais de pontuação.
escrita nos gêneros textuais estudados, levando tes de textos. -- Identificar tipos de narrador e os efeitos de sentido
-- Posicionar-se frente a situações vivenciadas na -- Leitura como fruição do texto.
em consideração o contexto sociocomunicativo. -- Variação linguística nos diversos gêneros. próprios de cada foco narrativo nos gêneros literá-
rios em estudo. escola e/ou na comunidade que despertem po- -- Manuseio das tecnologias da escrita e dos supor-
-- Utilizar as letras em ordem alfabética nas práticas -- Ampliação do vocabulário ativo. lêmica, utilizando registro formal da linguagem tes de textos.
de leitura e escrita. -- Inferir relações de causa e consequência na ela-
-- Escrita alfabética: compreensão do código escrito oral ou escrita. -- Variação linguística nos diversos gêneros.
boração da argumentação como estratégia dis-
-- Participar respeitosamente de interações verbais, até a escrita alfabética.
cursiva de persuasão do interlocutor nas intera- -- Produzir textos, tradicionais ou multimodais, a -- Ampliação do vocabulário ativo.
assumindo o turno da fala no momento adequa- -- Aspectos gramaticais da escrita: pontuação, pa- ções orais e escritas em análise. partir da leitura e escuta de diferentes textos, de -- Aspectos gramaticais da escrita: pontuação, pa-
do e de forma coesa. ragrafação, uso de maiúsculas e segmentação de
-- Inferir efeitos de sentido pela atenção à fala do acordo com a situação comunicativa, a estrutura ragrafação, uso de maiúsculas e segmentação
-- Diferenciar relações de sinonímia, antonímia, e palavras. composicional do gênero e o tema da produção
interlocutor, em textos orais, e pelo reconheci- de palavras.
flexão de grau pelo reconhecimento do acrésci- -- Ordem alfabética nas práticas de leitura e escrita. textual proposta.
mento da função dos sinais de pontuação em -- Textos em diferentes tipos de linguagens: verbal
mo de afixos, levando em consideração o contex-
-- Representação da letra (maiúscula e minúscula textos escritos, observando a congruência des- -- Reescrever textos em estudo e de própria auto- (oral e escrita), visual (fotografia e vídeo), sonora
to de produção dos gêneros textuais em estudo.
cursiva). ses aspectos em textos multimodais. ria, percebendo a forma e composição da tipo- (bipes, toques, canções, vinhetas, jingles).
-- Demonstrar fruição na leitura pela compreensão logia textual, para apropriação de vocabulário e
-- Textos em diferentes tipos de linguagens: verbal -- Localizar palavras no dicionário e em fontes de -- Elementos da comunicação: emissor, destinatá-
de textos literários, explorando recursos expres-
(oral e escrita), visual (fotografia e vídeo), sonora pesquisa disponíveis em tecnologias digitais para fixação de aspectos notacionais da escrita. rio, canal e referente.
sivos de diferentes gêneros e modalidades tex-
(bipes, toques, canções, vinhetas, jingles). verificação da grafia de formas linguísticas com -- Pesquisar, com o apoio de um leitor proficiente,
tuais. -- Aspectos ortográficos.
relações irregulares (fonema-grafema) e amplia- informações de interesse sobre fenômenos so-
-- Identificar repetições, marcadores temporais e -- Elementos da comunicação: emissor, destinatá- -- Formação de palavras em português.
ção de vocabulário. ciais e naturais em textos impressos e digitais,
substituições que contribuem para a coerência e rio e canal.
-- Reconhecer prefixos e sufixos produtivos em di- certificando sua procedência. -- Núcleo nominal da língua: substantivo (nomeação),
coesão textual. -- Aspectos ortográficos. adjetivo (caracterização), artigo (determinante).
ferentes palavras, identificando seu sentido pela
-- Introdução ao núcleo nominal da língua: substan- -- Escutar, com atenção e ética, exposições orais,
-- Demonstrar entonação adequada na enunciação compreensão do contexto. -- Regras contextuais simples na aquisição da ortografia.
oral de textos com ritmo e melodia. tivo (nomeação) e adjetivo (caracterização). para solicitar esclarecimentos sempre que ne-
-- Aplicar tecnologias da escrita, levando em consi- cessário. -- Semântica: sentido literal e figurado.
-- Reconhecer os elementos da comunicação impli- -- Estratégias de escrita e reescrita. deração a função social dos textos e de seus su-
-- Expor oralmente trabalhos ou pesquisas escolares -- Estratégias de escrita e de reescrita.
cados em diferentes textos, literários ou não, pela -- Práticas de estudo e pesquisa. portes de veiculação.
identificação dos interlocutores e do contexto de e textos cantados, com apoio de recursos multis- -- Práticas de estudo e pesquisa.
-- Diferenciar sentido literal de sentido figurado, semióticos, demonstrando fruição na leitura.
produção. reconhecendo os efeitos de sentido provocados
-- Produzir, por paráfrase, pequenos textos, tradi- nas práticas sociais de uso da linguagem. -- Identificar recursos semânticos na apreciação de
cionais ou multimodais, a partir da leitura e escu- textos literários, com apoio de um leitor profi-
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

59

HABILIDADES - 4º ANO gras contextuais compostas, noções de concor- CONTEÚDOS NUCLEARES - 4º ANO HABILIDADES - 5º ANO elementos anafóricos e catafóricos, e operadores CONTEÚDOS NUCLEARES - 5º ANO -- Modos verbais e sentidos expressos pelos ad-
dância verbal, pontuação, paragrafação, uso de argumentativos (adição, oposição, conclusão etc.) vérbios.
-- Compreender, globalmente, textos literários maiúsculas e a acentuação gráfica (ênfase nas -- Função social, estrutura, aspectos linguísticos e -- Compreender, com autonomia, textos literários e como recursos de coesão e coerência na progres- -- Função social, estrutura, aspectos linguísticos e -- Concordância verbal e nominal.
e não literários, pelo reconhecimento da ideia paroxítonas). multissemióticos associados à leitura, à análise não literários pelo reconhecimento da ideia cen- são temática do texto. multissemióticos associados à leitura, à análise
-- Semântica: denotação, conotação, sinonímia,
central, da função social e dos aspectos com- -- Consultar adequadamente o dicionário e fon- textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produ- tral, da função social e dos aspectos composicio- -- Utilizar o dicionário e fontes de pesquisa em tec- textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produ-
antonímia.
posicionais, linguísticos e multissemióticos dos tes de pesquisa em tecnologias digitais para ção e à reelaboração textual, em diferentes mo- nais, linguísticos e multissemióticos dos gêneros nologias digitais para análise de palavras com rela- ção e à reelaboração textual, em diferentes moda-
gêneros em estudo, considerando a situação análise de palavras com relações irregulares dalidades, dos gêneros literários e não literários em estudo. ções irregulares (fonema-grafema), ampliação de lidades, dos gêneros literários e não literários em -- Estratégias de escrita e de reescrita.
comunicativa e a finalidade discursiva. (fonema-grafema), ampliação de vocabulário e em estudo: relato de experiência oral e escrito, -- Relacionar, em textos multimodais, recursos extra- vocabulário e apropriação de recursos expressivos estudo: fábula, notícia, narrativa de suspense, mi- -- Práticas de estudo e pesquisa.
-- Inferir sentidos veiculados em textos tradicio- verificação do significado mais plausível o con- narrativa de aventura, poema concreto, relatório, linguísticos – imagéticos ou sonoros – e informa- adequados ao contexto. niconto, texto expositivo oral e escrito, charge, no-
nais e multimodais pela relação entre recursos texto estudado. notícia, entrevista, canções, carta do leitor, char- ções verbais explícitas, considerando a situação tícia, reportagem digital, narrativa de esportes, de-
-- Diferenciar palavras primitivas, derivadas e com-
extralinguísticos – imagéticos ou sonoros – e -- Reconhecer prefixos e sufixos produtivos em ge, e-mail, comentário crítico oral e escrito sobre comunicativa, a finalidade discursiva e intenciona- bate, resumo, postagem de vlog infantil de crítica,
postas, reconhecendo seu sentido pela análise do
informações verbais explícitas no texto e implí- diferentes palavras, utilizando-os na compreen- livros e/ou filmes, texto de divulgação científica, lidades subjacentes. roteiro de edição de vídeos, infográfico, entrevista
contexto.
citas no contexto. são e formação de novas palavras. tabela, tutorial em áudio/vídeo e blogue pessoal, anedota, cartum, ciberpoema, verbete de
-- Elaborar hipóteses sobre textos de diferentes gê- -- Demonstrar conhecimento das regras ortográfi- dicionário, texto instrucional de regras de jogo, se-
-- Elaborar hipóteses sobre textos de diferentes gê- -- Demonstrar conhecimento das regras ortográ- -- Estratégias de leitura: desenvolvimento da neros e modalidades, por meio da paráfrase, es- cas da convenção escrita, na análise linguística e na minário (produção oral) e crônica.
neros e modalidades, por meio da paráfrase, es- ficas da convenção escrita, na análise linguísti- fluência rítmica, modulação e pausa na leitura tabelecendo relações entre as suas partes para a produção textual, com destaque para palavras de
tabelecendo relações entre as suas partes para a ca e na produção textual, com destaque para oralizada; compreensão global, identificação compreensão da intencionalidade discursiva. -- Estratégias de leitura: desenvolvimento da fluên-
uso frequente com correspondências irregulares.
compreensão da intencionalidade discursiva. a correspondência fonema-grafema regular (di- de informações explícitas no texto e implícitas cia rítmica, modulação, pausa e ênfase segundo
reta e contextual). no contexto, transposição do não verbal para -- Comparar textos sobre um mesmo assunto veicu- -- Flexionar, conforme a norma padrão, na escrita sentido na leitura oralizada; compreensão glo-
-- Diferenciar fato de opinião/sugestão nas práti- lados em mídias diferentes, considerando os fato-
o verbal e vice-versa, relação entre texto e su- e na oralidade, os verbos em concordância com bal, identificação de informações explícitas no
cas de uso social da linguagem, reconhecendo -- Compreender a função do ponto final, de interro- res de textualidade que concorrem para a confia-
porte, levantamento de hipóteses, inferências e seus referentes nominais e com os tempos verbais texto e implícitas no contexto, transposição do
a função emotiva. gação, de exclamação, dois-pontos, travessão (em bilidade da informação.
estabelecimento de relações entre as partes de do modo indicativo. não verbal para o verbal e vice-versa, relação en-
-- Produzir textos, tradicionais ou multimodais, a diálogos) e vírgula (em enumerações e vocativo/
aposto) nas práticas sociais de uso da linguagem. um texto, paráfrase e resumo. -- Analisar o efeito de sentido de verbos de enuncia- -- Relacionar a atitude do enunciador aos modos tre texto e suporte, levantamento de hipóteses,
partir da leitura e escuta de diferentes textos,
-- Fatores de textualidade: situacionalidade, infor- ção na configuração do discurso (direto e indireto). verbais empregados, reconhecendo as implica- inferências e estabelecimento de relações entre
de acordo com a situação comunicativa, a es- -- Selecionar, com o apoio de um leitor proficien-
matividade, aceitabilidade, intertextualidade e -- Distinguir a função emotiva e a referencial da lin- ções semânticas e circunstâncias expressas no as partes de um texto, paráfrase e resumo.
trutura composicional do gênero e o tema da te, informações de interesse sobre fenômenos
intencionalidade. guagem nos diferentes textos em estudo, reco- contexto. -- Fatores de textualidade: situacionalidade, infor-
produção textual proposta. sociais e naturais em textos impressos e digi-
tais, certificando sua procedência. -- Elementos de coesão e coerência: marcadores nhecendo o propósito discursivo do produtor. -- Avaliar, ao analisar e produzir textos de diferentes matividade, aceitabilidade, intertextualidade e
-- Identificar posicionamento crítico acerca de te-
de tempo, foco narrativo, relações de causa e -- Analisar o posicionamento crítico acerca de temá- gêneros e modalidades, conhecimentos linguís- intencionalidade.
máticas desenvolvidas em diversos textos hu- -- Escutar, com atenção e ética, exposições orais,
morísticos. para formular perguntas pertinentes. consequência, apagamento de termos, ideias ticas desenvolvidas em diversos textos de nature- ticos e gramaticais, como ortografia, noções de -- Elementos de coesão e coerência: termos da lín-
subentendidas e retomada de ideias e termos. za humorística pelo procedimento da ironia. concordância verbo-nominal, pontuação e acen- gua responsáveis pela adição, conclusão e opo-
-- Reescrever textos em estudo e de própria auto- -- Expor, oralmente, em grupo, trabalhos ou
tuação gráfica (ênfase nas oxítonas, paroxítonas e sição de ideias e informações, marcadores de
ria, percebendo a forma, a função discursiva e pesquisas escolares e textos dramáticos, com -- Estratégias para identificação de efeitos de sen- -- Avaliar tecnologias da escrita, levando em conside-
proparoxítonas). tempo, foco narrativo, elementos anafóricos e
a composição da tipologia textual, para amplia- apoio de recursos multissemióticos adequados tido, e desenvolvimento da atenção perante a ração a função social dos textos e de seus suportes
ção de vocabulário e análise de aspectos nota- à situação comunicativa. fala de outro: humor. de veiculação. -- Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso catafóricos de um texto.
cionais da escrita. de reticências, aspas e parênteses nas práticas so- -- Estratégias para identificação de efeitos de senti-
-- Compreender recursos semânticos na aprecia- -- Leitura como fruição do texto. -- Produzir textos, tradicionais ou multimodais, a
ciais de uso da linguagem. do, e desenvolvimento da atenção perante a fala
-- Compreender, na leitura e produção de textos, ção de textos literários, com apoio de um leitor partir da leitura e escuta de diferentes textos, de
-- Manuseio das tecnologias da escrita e dos su- de outro: humor e ironia.
a função dos marcadores temporais, do foco proficiente, estabelecendo preferências por gê- acordo com a situação comunicativa, a estrutura -- Analisar, com o apoio de um leitor proficiente, in-
portes de textos.
narrativo, de palavras e expressões de retoma- neros, assuntos e autores. composicional do gênero e o tema da produção formações de interesse sobre fenômenos sociais e -- Leitura como fruição do texto.
da, e do apagamento de termos e ideias suben- -- Aplicar discurso direto e discurso indireto de -- Variação linguística nos diversos gêneros. textual proposta. naturais em textos impressos e digitais, certifican-
-- Manuseio das tecnologias da escrita e dos su-
tendidas como recursos de coesão e coerência acordo com a intenção comunicativa. -- Ampliação do vocabulário ativo. do sua procedência.
-- Distinguir linguagem formal da informal, com- portes de textos.
na progressão temática do texto. -- Escutar, com atenção e ética, exposições orais,
-- Compreender as informações veiculadas em -- Formação de palavras em português. preendendo as variantes linguísticas como ineren- -- Linguagem formal e informal.
-- Analisar tecnologias da escrita, levando em tecnologias digitais da comunicação, reconhe- tes à dinamicidade da língua. para formular perguntas pertinentes e tomar nota
-- Aspectos gramaticais da escrita: pontuação, pa- -- Variação linguística nos diversos gêneros.
consideração a função social dos textos e de cendo sua finalidade comunicativa nas diferen- de informações necessárias.
ragrafação e uso de maiúsculas. -- Reescrever textos de própria autoria, com autono-
seus suportes de veiculação. tes práticas sociais da linguagem. -- Expor oralmente, com autonomia, trabalhos ou -- Ampliação do vocabulário ativo.
-- Textos em diferentes tipos de linguagens: ver- mia, percebendo a forma, a função discursiva e a
-- Compreender a variação linguística como re- -- Utilizar recursos multimodais próprios das tec- composição da tipologia textual em estudo, para pesquisas escolares, com apoio de recursos mul- -- Formação de palavras em português.
curso expressivo da constituição de gêneros bal (oral e escrita), visual (fotografia e vídeo), so-
nologias digitais, com a colaboração do profes- ampliação de vocabulário, incorporação de aspec- tissemióticos, a partir de planejamento por roteiro
textuais em estudo, levando em consideração nora (bipes, toques, canções, vinhetas, jingles). -- Aspectos gramaticais da escrita: pontuação e
sor e de colegas, na elaboração de textos de tos sociais e políticos da atualidade ao repertório escrito, adequado ao tempo de fala e à situação
o contexto sociocomunicativo de enunciação. -- Função emotiva da linguagem. acentuação.
diferentes gêneros e modalidades. sociocultural pessoal, e análise de aspectos nota- comunicativa.
-- Compreender a nomeação, a caracterização e a -- Aspectos ortográficos. cionais da escrita. -- Textos em diferentes tipos de linguagens: verbal
-- Analisar recursos semânticos na apreciação de
referenciação como recursos linguístico-discur- (oral e escrita), visual (fotografia e vídeo), sonora
-- Núcleo nominal da língua: substantivo (nomea- -- Flexionar, adequadamente, na escrita e na orali- textos literários, com autonomia, estabelecendo
sivos de expressividade e coesão textual. (bipes, toques, canções, vinhetas, jingles).
ção), adjetivo (caracterização), artigo e prono- dade, os nomes em concordância com seus deter- preferências por gêneros, assuntos e autores.
-- Manifestar ponto de vista sobre temas do con- me (determinantes). minantes, compreendendo sua função coesiva no -- Função emotiva e referencial da linguagem.
-- Analisar as informações veiculadas em tecnologias
texto político e social da realidade ao seu en- contexto. digitais da comunicação, reconhecendo sua finali- -- Aspectos ortográficos.
torno, utilizando registro formal da linguagem. -- Regras contextuais compostas.
-- Defender ponto de vista, oralmente ou por escrito, dade comunicativa nas diferentes práticas sociais -- Núcleo nominal da língua: substantivo (nomea-
-- Identificar tempos verbais para a compreensão -- Tempos verbais (presente, passado e futuro). da linguagem.
sobre temas do contexto político e social da rea- ção), adjetivo (caracterização), artigo e pronome
das relações lógico-discursivas que atuam na -- Concordância Verbal. lidade, utilizando registro formal da linguagem e (determinantes).
-- Aplicar recursos multimodais próprios das tecno-
modalização textual. estrutura adequada à argumentação e à situação
-- Semântica: sinonímia e antonímia. logias digitais na elaboração de textos de diferen-
-- Aplicar, ao analisar e produzir textos de dife- comunicativa de referência. tes gêneros e modalidades.
-- Estratégias de escrita e de reescrita.
rentes gêneros e modalidades, conhecimentos
-- Aplicar, na leitura e produção de textos, marca-
linguísticos e gramaticais, como ortografia, re- -- Práticas de estudo e pesquisa.
dores temporais, delimitação de foco narrativo,
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

60

7.2 Anos finais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 6º ANO composição da tipologia textual em estudo, para CONTEÚDOS NUCLEARES - 6º ANO
aplicação de aspectos notacionais e estilísticos,
-- Levantar hipóteses sobre estratégias argumenta- e ampliação do repertório sociocultural pessoal -- Função social, estrutura, aspectos linguísti-
tivas empregadas pelo produtor para o convenci- pela incorporação de aspectos sociais e políticos cos e multissemióticos associados à leitura, à
mento do público-alvo nos textos estudados. da atualidade. análise textual-discursiva, à oralidade, à escu-
Competências Acadêmicas -- Identificar informações implícitas e explícitas no -- Identificar propostas de intervenção na reali-
ta, à produção e à reelaboração textual, em
diferentes modalidades, dos gêneros literá-
texto e no contexto para o reconhecimento de dade, considerando a diversidade sociocultural
-- Analisar os recursos linguísticos para a ampliação da leitura e escrita. rios e não literários em estudo: conto mara-
intencionalidades. como inerente à condição humana.
vilhoso, relato escrito e oral, texto publicitá-
-- Produzir textos considerando seus elementos composicionais e temáticas. -- Relacionar linguagem verbal e não verbal na produ- -- Selecionar estratégias de leitura adequadas a di- rio, poema, recital, artigo de opinião, carta de
ção dos sentidos veiculados em textos multimodais. ferentes objetivos e levando em conta caracterís- solicitação/reclamação, requerimento, esta-
-- Interpretar os possíveis sentidos dos textos, explorando as estratégias de leitura.
-- Reconhecer as variedades linguísticas adequa- ticas dos gêneros/suportes para interpretação e tutos da sociedade civil, notícia, reportagem,
-- Ressignificar as linguagens, considerando suas implicações semânticas, discursivas e linguísticas. das a cada situação de comunicação com ênfase produção de textos orais e escritos. gifs, fotorreportagem, ficha catalográfica, bio-
na desconstrução do preconceito linguístico. grafia, mito, história em quadrinhos, debate,
-- Reconhecer as diferentes linguagens e seus re- resenha para vlog, fanzine, reconto oral de
-- Comparar temas, opiniões, assuntos, recursos lin- cursos expressivos como elementos de caracteri- narrativa e dramatização.
guísticos e multissemióticos em diferentes textos. zação dos sistemas de comunicação e das tecno-
Competências Ético-estéticas -- Identificar a estrutura de textos multimodais em
logias digitais, considerando a sua função social. -- Contextualização sócio-histórica dos gêneros li-
terários e não literários em estudo.
práticas sociais de leitura, escuta e escrita. -- Relacionar o contexto de produção às caracte-
-- Apreciar obras literárias, depreendendo seu valor artístico no uso da linguagem. -- Estratégias de leitura: compreensão global, iden-
-- Distinguir fato de opinião em segmentos textuais rísticas composicionais e estilísticas dos gêneros
-- Reconhecer o caráter artístico da linguagem como representativo de um povo. tificação de informações explícitas e implícitas no
descontínuos, compreendendo a intencionalida- em estudo para apreciação e réplica.
texto e no contexto, estabelecimento de relações
-- Usar a Língua Portuguesa na elaboração de propostas de intervenção na realidade, permeadas pela de de gêneros jornalísticos. -- Manejar multissemioses na leitura de hipertex- entre linguagem verbal e não verbal, levanta-
ética cristã e pela sensibilidade estética, considerando a diversidade sociocultural como inerente à con- -- Compreender os efeitos de sentido provocados tos, compreendendo sua finalidade discursiva. mento de hipóteses e inferências.
dição humana no espaço-tempo. pela seleção lexical, recursos semânticos e fun- -- Identificar tese e argumentos explícitos em tex- -- Elementos de coesão e coerência: marcadores
ções da linguagem nos textos estudados. tos de natureza argumentativa. temporais, foco narrativo, elementos de retoma-
-- Aplicar conhecimentos notacionais e gramaticais da, relação de sentido entre a parte e o todo.
-- Respeitar os turnos de fala durante a participa-
(acentuação gráfica, ortografia, pontuação e me- -- Fatores de textualidade: situacionalidade, inter-
Competências Políticas canismos de concordância verbo-nominal) na in-
ção em atividades coletivas de conversação e ex-
posição. textualidade e intencionalidade.
terpretação e produção de textos escritos.
-- Consultar, com ética, fontes de pesquisa por -- Variação linguística: atitude linguística nas diver-
-- Empregar as multissemioses na elaboração de textos. -- Compreender a função e as flexões das formas sas situações de comunicação.
meio de tecnologias digitais da comunicação e
-- Reconhecer as multimodalidades na compreensão e leitura de textos. verbo-nominais de acordo com o gênero e a in-
informação para ampliação de repertório acadê- -- Aspectos gramaticais da escrita: pontuação e
tenção comunicativa dos textos em estudo.
mico e sociocultural. acentuação gráfica.
-- Reconhecer recursos de coesão referencial, re-
presentação discursiva (discurso direto e indire- -- Aspectos ortográficos.

Competência Tecnológica to) e coerência ao ler e produzir textos em dife-


rentes gêneros e modalidades.
-- Semântica: denotação, conotação, campo se-
mântico e figuras de linguagem.
-- Empregar as tecnologias digitais de informação e comunicação na elaboração dos textos. -- Analisar concepções e valores presentes em tex- -- Funções da linguagem: emotiva e poética.
tos literários e não literários de acordo com o
-- Reconhecer as diversas linguagens advindas das tecnologias digitais de informação e comunicação. -- Aspectos morfossintáticos da língua: forma, fun-
contexto sócio-histórico de produção.
ção e estudo geral das classes de palavras.
-- Aplicar estratégias de planejamento para escrita
-- Núcleo nominal da língua: nomeação, caracteri-
e reescrita textual de diferentes gêneros e moda-
zação e determinantes.
lidades na promoção do multiletramento.
-- Introdução ao núcleo verbal da língua.
-- Produzir textos literários e não literários, multi-
modais e tradicionais, adequados aos objetivos -- Linguagem e comunicação.
propostos (tema/estrutura/suporte) e à função
-- Concepções e valores presentes nos textos lite-
social do gênero em estudo.
rários e gêneros jornalísticos.
-- Reescrever textos de própria autoria, com auto-
-- Multimodalidades textuais.
nomia, obedecendo à forma, função discursiva e
-- Estratégias de escrita e de reescrita.
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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HABILIDADES - 7º ANO - Reconhecer a estrutura de textos multimodais CONTEÚDOS NUCLEARES - 7º ANO HABILIDADES - 8º ANO - Produzir textos literários e não literários, multimo- CONTEÚDOS NUCLEARES - 8º ANO
nos diferentes gêneros em estudo, identificando dais e tradicionais, adequados aos objetivos pro-
- Analisar os elementos multissemióticos e lin- sua função na intencionalidade discursiva. - Função social, estrutura, aspectos linguísticos e - Inferir em um texto quais são os interesses de seu postos (tema/estrutura/suporte) e à função social - Função social, estrutura, aspectos linguísticos e
guístico-discursivos empregados para a estrutu- - Relacionar textos literários e manifestações ar- multissemióticos associados à leitura, à análise produtor e quem é seu público-alvo, pela identifi- do gênero em estudo. multissemióticos associados à leitura, à análise
ração e organização de textos literários e não- tísticas a referências explícitas ou implícitas de textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produ- cação de estratégias argumentativas utilizadas. textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à pro-
- Avaliar, coletiva ou individualmente, estratégias de
-literários de acordo com sua função social e os outros textos (literários ou não) de acordo com ção e à reelaboração textual, em diferentes mo- dução e à reelaboração textual, em diferentes
o contexto sócio-histórico de produção. - Comparar as variadas práticas e textos pertencen- planejamento para escrita e reescrita textual de di-
fatores de textualidade concorrentes. dalidades, dos gêneros literários e não literários modalidades, dos gêneros literários e não lite-
tes a diferentes gêneros discursivos tradicionais ferentes gêneros e modalidades na promoção do
- Reconhecer marcas de subjetividade em textos - Utilizar recursos de progressão temática na em estudo: narrativa de aventura, conto popular, rários em estudo: narrativa de enigma, reconto
e da cultura digital implicados no tratamento da multiletramento.
literários e não literários em estudo para amplia- construção de textos orais e escritos, como a or- crônica lírica, texto teatral e dramatização, notí- oral, charge digital, poema, fotonovela, memes,
ção da leitura e escrita críticas. ganização tópica e marcadores circunstanciais, e cia, reportagem, foto-denúncia, memes, charge, informação e da opinião, a fim de propiciar uma - Reescrever textos de própria autoria, com auto- editorial, comentário, post de blog/rede social,
- Reconhecer diferentes propostas editoriais pela mecanismos de paráfrase. comentário, podcasts científicos, autobiografia, postura crítica e ética. nomia, obedecendo à forma, função discursiva e entrevista com especialista, manifesto, pesquisa
identificação de recursos ético-estéticos utiliza- - Respeitar os turnos de fala durante a participa- resenha crítica, vídeo-poema, soneto, carta do - Avaliar, em textos de diferentes gêneros, recursos composição da tipologia textual em estudo, para de opinião, abaixo-assinado, requerimento, out-
dos para impactar o leitor na relação entre os ção em atividades coletivas de conversação e leitor, autobiografia, lendas (brasileiras, indígenas multimodais utilizados com a finalidade de in- aplicação de aspectos notacionais e estilísticos, e door, banner, panfleto, debate oral, texto publici-
gêneros em circulação, mídias e/ou práticas da discussão. e africanas), edital, painel, artigos relativos a nor- fluenciar comportamentos e hábitos. ampliação do repertório sociocultural pessoal pela tário, ficha cadastral e resenha crítica.
cultura digital. - Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, mas, mangá, verbete de enciclopédia, seminário análise de aspectos sociais e políticos da atualidade.
- Participar, com ética e respeito, de ações coleti- - Contextualização sócio-histórica dos gêneros lite-
- Inferir os efeitos de sentido provocados pela se- recursos multimodais utilizados com a finalida- e jornal falado.
vas de conversação e discussão, manifestando - Realizar pesquisa, com ética e respeito aos direitos rários e não literários em estudo.
leção lexical, recursos semânticos e funções da de de influenciar comportamentos e hábitos. - Contextualização sócio-histórica dos gêneros li- opinião. autorais, em tecnologias digitais da comunicação e - Estratégias de leitura: compreensão global, iden-
linguagem nos textos estudados. - Selecionar, de forma autônoma, estratégias de terários e não literários em estudo. informação, por meio de estratégias de sumarização. tificação de informações explícitas e implícitas no
- Distinguir as variedades linguísticas adequadas leitura para a compreensão global de informa- - Analisar os elementos de coesão e coerência que
a cada situação de comunicação com ênfase na ções explícitas e implícitas no texto e no contex- - Estratégias de leitura: compreensão global, iden- - Apreciar obras literárias, depreendendo seu va- texto e nas condições de produção, reconheci-
concorrem para a progressão temática e para a or-
desconstrução do preconceito linguístico. to, estabelecendo relações lógico-discursivas. tificação de informações explícitas e implícitas lor artístico no uso da linguagem, para o desen- mento do interlocutor previsto, inferências, dis-
ganização e estruturação de textos de diferentes
no texto e no contexto, estabelecimento de re- volvimento da empatia e alteridade nas relações tinção entre fato e opinião, relações de causa e
- Comparar temas, opiniões, assuntos, recur- - Analisar propostas de intervenção na realidade, gêneros e modalidades.
lações lógico-discursivas, comparações, levanta- interpessoais. consequência, relação suporte versus texto, pará-
sos linguísticos e multissemióticos em dife- considerando a diversidade sociocultural como
mento de hipóteses e inferências. - Analisar, em textos lidos ou de produção própria, frase e resumo.
rentes textos. inerente à condição humana.
- Elementos de coesão e coerência: elementos de as relações sintáticas da oração e seus modifica- - Elementos de coesão e coerência: progressão,
- Analisar a estrutura e o funcionamento de tex- - Analisar usos sociais das diversas linguagens ca-
retomada, progressão, antecipação, marcado- dores na articulação da modalização textual e da antecipação, conectivos, elementos de retomada.
tos multimodais em práticas sociais de leitura, racterísticas da cultura digital.
res circunstanciais, reconhecimento do interlo- polifonia discursiva.
escuta e escrita. - Produzir textos literários e não literários, multi- - Estratégias de sumarização.
- Utilizar recursos de coesão referencial, repre- modais e tradicionais, adequados aos objetivos cutor previsto. - Analisar as variedades linguísticas adequadas a
cada situação de comunicação e os processos de - Fatores de textualidade: situacionalidade, infor-
sentação discursiva (discurso direto e indireto) e propostos (tema/estrutura/suporte) e à função - Fatores de textualidade: situacionalidade, inten-
social do gênero em estudo. matividade, aceitabilidade, intencionalidade e in-
coerência ao ler e produzir textos em diferentes cionalidade, aceitabilidade e informatividade. mudança linguística com ênfase na desconstrução
gêneros e modalidades. tertextualidade.
- Analisar estratégias de planejamento para es- do preconceito linguístico e da xenofobia.
- Variação linguística: sociais, regionais e atitude
- Posicionar-se de maneira ética, oralmente e/ou crita e reescrita textual de diferentes gêneros e - Variação e mudança linguística e evolução histó-
linguística. - Utilizar operadores argumentativos em textos de
por escrito, frente a textos e opiniões a ele rela- modalidades na promoção do multiletramento. rica da língua.
diferentes gêneros e modalidades, reconhecendo
cionadas, demonstrando empatia e alteridade. - Reescrever textos de própria autoria, com auto- - Aspectos gramaticais da escrita: pontuação e
valores semânticos e discursivos implicados nos - Aspectos gramaticais da escrita: pontuação e
- Distinguir fato de opinião em textos expositi- nomia, obedecendo à forma, função discursiva e acentuação gráfica.
processos articulatórios. acentuação gráfica.
vos e argumentativos relacionados a um mes- composição da tipologia textual em estudo, para - Aspectos ortográficos.
mo tópico. aplicação de aspectos notacionais e estilísticos, - Avaliar propostas de intervenção na realidade, - Aspectos ortográficos.
e ampliação do repertório sociocultural pessoal - Semântica: denotação e recursos expressivos da considerando a diversidade sociocultural como
- Avaliar tese e argumentos explícitos em textos - Semântica: pressupostos, subentendidos, ho-
pela incorporação de aspectos sociais e políticos linguagem figurada. inerente à condição humana.
argumentativos, manifestando concordância ou monímia, paronímia, sinonímia e antonímia.
discordância. da atualidade. - Função referencial da linguagem. - Aplicar estratégias de leitura para a análise global - Função apelativa e fática da linguagem.
- Analisar a produtividade de afixos na formação - Núcleo nominal da língua: modificação e deter- de informações explícitas e implícitas no texto e
- Sintaxe do período simples: termos essenciais, in-
de palavras derivadas em português com base minantes. nas condições de produção, estabelecendo rela-
na identificação de suas formas primitivas cor- tegrantes acessórios das orações.
- Núcleo verbal da língua: aspectos normativos, ções lógico-discursivas.
respondentes. - Processos articulatórios de períodos: valores se-
descritivos e funcionais. - Avaliar, com ética e sensibilidade estética, informa-
- Aplicar conhecimentos notacionais e gramaticais mânticos e discursivos.
(acentuação gráfica, ortografia, pontuação e me- - Aspectos morfológicos: processos de estrutura- ções e pontos de vista convergentes e divergentes
sobre temas políticos, sociais e tecnológicos pro- - Polifonia discursiva e vozes do verbo.
canismos de concordância verbo-nominal) na in- ção e formação de palavras.
terpretação e produção de textos em estudo. postos, a partir da distinção entre fato e opinião. - Concepções e valores presentes nos textos literários.
- Modalização textual.
- Aplicar as flexões das formas verbo-nominais de - Aplicar conhecimentos notacionais e gramati- - Multimodalidades textuais.
acordo com o gênero e a intenção comunicativa - Frase, oração e período: estruturação básica da
cais (acentuação gráfica, ortografia, pontuação - Estratégias argumentativas: citação, alusão, refe-
dos textos em estudo. oração.
e mecanismos de concordância e regência ver- rência e raciocínio lógico.
- Identificar, em textos lidos ou de produção pró- - Concepções e valores presentes nos textos literários. bo-nominal) na interpretação e produção de
pria, a estrutura básica da oração na articulação textos em estudo. - Estratégias de escrita e de reescrita.
- Multimodalidades textuais.
da modalização textual.
- Estratégias de escrita e de reescrita - Justificar, pela análise de concepções e valores
- Reconhecer situações-problema que requeiram a
presentes nos textos literários e não-literários em
denúncia de desrespeito a direitos humanos, por
meio da leitura de textos expositivos e normativos. estudo, recursos semânticos e/ou a função da lin-
guagem predominante na produção de sentidos.
- Realizar pesquisa com ética e respeito aos direi-
tos autorais por meio de tecnologias digitais da - Analisar marcas de subjetividade em textos literá-
comunicação e informação. rios e não literários em estudo para ampliação da
leitura e escrita críticas.
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HABILIDADES - 9º ANO aplicação de aspectos notacionais e estilísticos, CONTEÚDOS NUCLEARES - 9º ANO


e ampliação do repertório sociocultural pessoal
-- Aplicar estratégias de leitura para a avaliação glo- pela avaliação de aspectos sociais e políticos da -- Função social, estrutura, aspectos linguísticos e
bal de informações explícitas e implícitas no texto atualidade. multissemióticos associados à leitura, à análise
e nas condições sócio-históricas de produção, pela -- Apreciar obras literárias, depreendendo seu valor textual-discursiva, à oralidade, à escuta, à produ-
inferência de relações lógico-discursivas e análise artístico no uso da linguagem, para a compreen- ção e à reelaboração textual, em diferentes moda-
de procedimentos argumentativos. são de fenômenos sociais, com respeito à diversi- lidades, dos gêneros literários e não literários em
-- Avaliar as variedades linguísticas adequadas a cada dade sociocultural. estudo: conto psicológico, crônica argumentativa,
situação de comunicação pela comparação do uso -- Analisar fenômenos sociolinguísticos e discursi- seminário, debate, júri simulado, artigo de opinião,
da concordância e regência verbo-nominal na nor- vos implicados no uso das tecnologias da infor- poema concreto, charge, gifs, reportagem de di-
ma-padrão com suas formas correspondentes ao mação e comunicação, reconhecendo a auten- vulgação científica, spot, propaganda de rádio/TV,
português coloquial falado no Brasil. ticidade da informação pela comparação em carta aberta, cartaz de campanha para conscien-
diferentes fontes. tização, petição on-line, fábula contemporânea,
-- Elaborar propostas de intervenção na realidade,
narrativas de ficção científica, haicai, storyboard,
considerando a diversidade sociocultural como
microrroteiro, enquete, biografia romanceada,
inerente à condição humana.
verbete de enciclopédia colaborativa, documentá-
-- Sintetizar o propósito semântico-discursivo de ele- rio, curriculum vitae, carta de apresentação, leis e
mentos multimodais em práticas sociais de leitura, texto dissertativo-argumentativo.
escuta e escrita.
-- Argumentação: textualização e estratégias.
-- Avaliar os elementos de coesão e coerência que
-- Contextualização sócio-histórica dos gêneros lite-
concorrem para a progressão temática e para a
rários e não literários em estudo.
organização e estruturação de textos de diferentes
gêneros e modalidades. -- Estratégias de leitura: compreensão global, iden-
tificação de informações explícitas e implícitas no
-- Sintetizar, com ética e sensibilidade estética, con-
texto e nas condições de produção, reconheci-
vergência ou divergência frente a temas políticos,
mento do interlocutor previsto, inferências, dis-
sociais e tecnológicos propostos, manifestando
tinção entre fato e opinião, relações de causa e
opinião crítica e fundamentada.
consequência, relação suporte versus texto, pará-
-- Aplicar conhecimentos notacionais e gramaticais frase e resumo.
(acentuação gráfica, ortografia, pontuação e me-
-- Elementos de coesão e coerência: progressão,
canismos de concordância e regência verbo-nomi-
antecipação, conectivos e respectivos valores se-
nal), com estruturas sintáticas complexas, na inter-
mânticos, elementos de retomada e elipse.
pretação e produção de textos em estudo.
-- Paráfrase e síntese.
-- Avaliar, pela análise de concepções e valores pre-
sentes nos textos literários e não-literários em es- -- Fatores de textualidade: situacionalidade, infor-
tudo, recursos semânticos, figuras de linguagem matividade, aceitabilidade, intencionalidade e in-
e/ou a função da linguagem predominante na pro- tertextualidade.
dução de sentidos. -- Variação linguística e estilística.
-- Avaliar marcas de subjetividade em textos literá- -- Aspectos gramaticais da escrita: pontuação e
rios e não literários em estudo para ampliação da acentuação gráfica.
leitura e escrita críticas. -- Aspectos ortográficos.
-- Avaliar, em textos lidos ou de produção própria, -- Semântica: pressupostos, subentendidos, figuras
as relações sintáticas do período composto e seus de pensamento e de palavra.
efeitos de sentido na articulação da modalização
-- Função metalinguística da linguagem.
textual e da progressão temática.
-- Linguagem, comunicação e discurso.
-- Criar repertório sociocultural de própria autoria a
partir de informações coletadas em tecnologias di- -- Processos articulatórios da língua: valores semân-
gitais da comunicação e informação. ticos e discursivos. Operadores argumentativos
-- Avaliar operadores argumentativos em textos de -- Orações coordenadas e subordinadas.
diferentes gêneros e modalidades, reconhecendo -- Concepções e valores presentes nos textos literários.
valores semânticos e discursivos implicados nos -- Multimodalidades textuais e hipertexto.
processos articulatórios. -- Estratégias argumentativas: citação, alusão, refe-
-- Produzir textos literários e não literários, multimo- rência, raciocínio lógico e proposta de intervenção.
dais e tradicionais, adequados aos objetivos pro- -- Fenômenos sociolinguísticos e discursivos im-
postos (tema/estrutura/suporte) e à função social plicados no uso das tecnologias da informação
do gênero em estudo. e comunicação: pós-verdade, fake news, controle
-- Aplicar, de forma autônoma, estratégias de plane- de dados e efeito bolha social.
jamento para escrita e reescrita textual de diferen- -- Estratégias de escrita e de reescrita.
tes gêneros e modalidades na promoção do mul-
tiletramento.
-- Reescrever textos de própria autoria, com auto-
nomia, obedecendo à forma, função discursiva e
composição da tipologia textual em estudo, para
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63

7.3 Ensino Médio - Língua Portuguesa

CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO

-- Concepções de linguagem, língua, comunicação -- Contextos de produção, polifonia e intencionali- -- Enunciação, polifonia discursiva e contextos de
e discurso. dade discursiva. produção.
Competências Acadêmicas -- Função social, estrutura e aspectos linguísticos -- Função social, estrutura e aspectos linguísticos -- Função social, estrutura e aspectos linguísticos
dos seguintes gêneros: texto explicativo, relato, dos seguintes gêneros: texto dissertativo-argu- dos seguintes gêneros: texto dissertativo-argu-
-- Reconhecer tema, estilo e planos composicionais dos diversos gêneros de texto. resumo, teatro, narrativa de aventura/conto/ mentativo e explicativo, resenha crítica, editorial, mentativo, e dos gêneros dos agrupamentos
crônica, carta argumentativa (textos escritos), texto publicitário, texto de opinião (textos escri- narrar, argumentar, expor e instruir, júri simula-
-- Empregar as variedades linguísticas de acordo com a situação de comunicação. dramatização, seminário, resumo oral, debate tos), enquetes, relatos e debate regrado (textos do e seminário.
-- Produzir textos considerando seus aspectos composicionais e os recursos linguísticos adequados. (textos da oralidade) diário e blog, carta pessoal, da oralidade).
-- Estratégias de leitura: Inferências, estabeleci-
e-mail e cartão-postal, reportagem, notícia e pa-
-- Aplicar diferentes recursos expressivos das linguagens na construção de pontos de vista e discursos. -- Estratégias de leitura: Inferências, estabeleci- mentos de relações com os diversos contextos e
ródia.
mentos de relações com os diversos contextos e de relações lógico-discursivas, levantamento de
-- Estratégias de leitura: Inferências, estabeleci- de relações lógico-discursivas, levantamento de hipóteses, identificação da função social e distin-
mentos de relações com os diversos contextos e hipóteses, identificação da função social e distin- ção entre fato e opinião.
de relações lógico-discursivas, levantamento de ção fato de opinião.
Competências Ético-estéticas hipóteses, identificação da função social e distin-
-- Fatores de textualidade: intertextualidade, infor-
-- Fatores de textualidade: intertextualidade, infor-
matividade, situacionalidade, intencionalidade,
ção entre fato e opinião.
matividade, situacionalidade, intencionalidade, aceitabilidade, coesão e coerência.
-- Reconhecer a língua como aspecto da identidade de um povo, considerando seu aspecto sociolinguístico. -- Fatores de textualidade: intertextualidade, infor- aceitabilidade, coesão e coerência.
-- Elementos de coerência e coesão: implícitos,
-- Demonstrar visão de mundo do nas esferas escolar, artística e intimista na oralidade e na escrita. matividade, situacionalidade, intencionalidade,
-- Elementos de coerência e coesão: implícitos, pressupostos, subentendidos, relação de cir-
aceitabilidade, coesão e coerência.
-- Desenvolver a capacidade de interlocução, o senso de valorização do fazer artístico e o respeito para com as diversas formas de linguagem pressupostos, subentendidos, relação de cir- cunstância, transferência, síntese, generalização,
-- Elementos de coerência e coesão: implícitos, cunstância, transferência, síntese, generalização, relação entre forma e conteúdo, aspectos de
e variedades linguísticas, buscando eliminar preconceitos de qualquer natureza.
relações de causa e consequência, concessão, relação entre forma e conteúdo, aspectos de progressão, retomada e antecipação.
condição e temporalidade, transferência, sínte- progressão, retomada e antecipação.
-- Funções da linguagem.
se, generalização, relação de forma e conteúdo,
-- Funções da linguagem.
paráfrase, citação e alusão, referência. -- Variantes linguísticas nos textos e nos contextos
Competências Políticas -- Elementos da comunicação e funções da lingua-
-- Variantes linguísticas nos textos e nos contextos culturais.
culturais.
gem. -- Polissemia e efeitos de sentido.
-- Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de revisão de textos e posicionamentos. -- Polissemia e efeitos de sentido.
-- Variantes linguísticas nos textos e nos contextos -- O papel da linguagem em propostas de interven-
-- Aplicar os recursos linguísticos adequados para a produção e reafirmação de discursos e posicionamentos críticos. culturais. -- O papel da linguagem em propostas de interven- ção na realidade.
ção na realidade.
-- Posicionar-se por meio da produção de textos orais, escritos e multimodais, tratando a linguagem como recurso importante na elaboração -- Aspectos semânticos: conotação e denotação, -- Aspectos morfossintáticos e discursivos da lín-
polissemia, homônimos e sinônimos, antônimos, -- Implicações semânticas e discursivas na articula- gua.
de propostas de intervenção na realidade. parônimos, hipônimos, hiperônimos, ambiguida- ção de termos e períodos.
-- Multissemioses e hipertextualidade nas lingua-
de e antonomásia. -- Análise estilística/figuras de linguagem. gens tecnológicas.
-- Expressão escrita: ortografia, acentuação, pon- -- Multissemioses e hipertextualidade nas lingua- -- Estratégias de escrita e reescrita textual.
tuação. gens tecnológicas.
Competências Tecnológicas -- Aspectos normativos, descritivos e funcionais -- Estratégias de escrita e reescrita textual.
dos termos da língua.
-- Analisar as técnicas de interação, tendo em vista as funções da linguagem e os fatores de textualidade.
-- Núcleo nominal e verbal da língua.
-- Apropriar-se das diversas linguagens advindas com as multimodalidades e os hipertextos. -- Modalização textual e categorização.
-- Empregar mutlissemioses na elaboração de textos verbais e não verbais. -- Multissemioses e hipertextualidade nas lingua-
gens tecnológicas.
-- Estratégias de escrita e reescrita textual.
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64

7.4 Ensino Médio - Literatura

CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO

-- Concepção de texto literário. -- Literatura e ciência. -- Literatura e engajamento social.


-- O belo na arte e na literatura. -- Procedimentos de construção do texto literário. -- Concepções filosóficas, estéticas e linguísticas do
Competências Acadêmicas -- O texto literário e outras representações artísti- -- Elementos constitutivos da organização interna
Pré-Modernismo no Brasil.
cas. dos gêneros romance, conto, novela, pintura, -- Concepções filosóficas, estéticas e linguísticas do
-- Reconhecer os fundamentos da construção artística e os elementos da produção literária, sua estrutura, recursos linguísti- texto teatral e poema. Modernismo até as manifestações atuais.
-- A arte do texto literário.
co-expressivos e fundamentos teóricos.
-- Patrimônio identitário, linguístico e literário na- -- A geração Orpheu no modernismo português
-- Literário versus não literário.
-- Reconhecer as linguagens como elementos integradores dos sistemas de comunicação cional.
-- Tendências da literatura e das artes plásticas
-- Elementos constitutivos da organização interna
-- Desenvolver a autonomia e o hábito de ler e de produzir textos escritos de diferentes tipos e gêneros, ampliando o domínio dos gêneros: épico, lírico e dramático.
-- Concepções filosóficas, estéticas e linguísticas do contemporâneas no Brasil.
das estratégias adequadas à realização de cada um. Romantismo; da corrente realista (Realismo, Na-
-- Historicidade, contextualização, situacionalida-
-- Concepções filosóficas, estéticas e linguísticas: turalismo, Parnasianismo) e do Simbolismo.
de, estruturação e função dos estilos literários.
Trovadorismo, Humanismo, Quinhentismo, Clas-
-- Manifestação das artes plásticas do Impressio-
sicismo, Barroco e Arcadismo. -- As marcas ideológicas e de intencionalidade dos
nismo.
autores nos respectivos períodos literários.
Competências Ético-estéticas -- Historicidade, contextualização, situacionalida-
de, estruturação e função dos estilos literários.
-- Historicidade, contextualização, situacionalida-
-- Elementos constitutivos da organização interna
de, estruturação e função dos estilos literários.
dos gêneros romance, conto, novela, poema, pin-
-- Compreender a literatura como saber cultural e estético gerador de significação, estabelecendo relações com aspectos do -- As marcas ideológicas e de intencionalidade dos
-- As marcas ideológicas e de intencionalidade dos tura, texto teatral, e textos com linguagem mista.
contexto histórico, social e político. autores nos respectivos períodos literários.
autores nos respectivos períodos literários.
-- Metalinguagem, intertextos e paródia.
-- Relações e intertextos entre os períodos literá-
-- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional. -- Relações e intertextos entre os períodos literá-
rios e as obras artísticas contemporâneas. -- Relações e intertextos entre os períodos literá-
rios e outras manifestações artísticas contempo-
rios e outras manifestações artísticas contempo-
-- As alegorias na literatura e os contextos sociais râneas.
râneas.
e políticos.
-- Tópicos e temáticas recorrentes nos textos lite-
Competências Políticas -- Tópicos e temáticas recorrentes nos textos lite- rários.
-- As literaturas contemporâneas e a realidade so-
cial atual.
rários.
-- Escrita criativa.
-- Reconhecer as marcas ideológicas nos textos não literários e literários, como instrumento para uma análise e, consequente- -- Tópicos e temáticas recorrentes nos textos lite-
-- Escrita criativa.
mente, um posicionamento crítico que contribua com a reflexão e a formação humana na perspectiva integral. -- Relações existentes entre língua, cultura e arte rários.
-- Relações existentes entre língua, cultura e arte literária.
-- Escrita criativa.
-- Compreender e utilizar os sistemas simbólicos das linguagens como meios de expressão, comunicação, informação e orga- literária.
-- Leitura de obras literárias de autores lusófonos,
nização cognitiva da realidade. -- Leitura de obras literárias de autores lusófonos,
-- Relações existentes entre língua, cultura e arte
indígenas e afro-brasileiros.
literária.
-- Respeitar e preservar as manifestações da linguagem utilizadas por diferentes grupos sociais, em diferentes esferas de so- indígenas e afro-brasileiros.
-- Relação entre textos literários e outras artes.
cialização. -- Leitura de obras literárias de autores lusófonos,
-- Relação entre textos literários e outras artes.
-- Contexto histórico, econômico e político do sécu- indígenas e afro-brasileiros.
-- Contexto histórico, econômico e político do sécu- lo XIX.
-- Contexto histórico, econômico e político do sécu-
lo XVIII e XIX.
lo XX e XXI.
Competências Tecnológicas -- As vanguardas europeias.

-- Apropriar-se dos recursos expressivos da Língua Portuguesa, dos suportes e das estratégias textuais para se comunicar e ex-
plorar novos saberes e mídias.
-- Apropriar-se das diversas linguagens advindas do convívio e interação social e humana.
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BORTONI-RICARDO, S. M.; MACHADO, V. R.; CAS-


TANHERA, S. Formação do professor como agente
letrador. São Paulo, Contexto: 2010.
DIONÍSIO, A. P.; VASCONCELOS, L. J. de. Multimo-
dalidade, gênero textual e leitura. In: BUNZEN, C.;
MENDONÇA, M. Múltiplas linguagens para o Ensi-
no Médio. São Paulo: Parábola, 2013. p. 19-42.
FREIRE, P. Alfabetização em processo. 12. ed. São
Paulo: Cortez, 1998.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gê-
neros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
MORAIS, J. Alfabetizar para a democracia. Porto
Alegre: Penso, 2014.
REFERÊNCIAS NEVES, M. H. de M. A gramática: história, teoria e
análise, ensino. São Paulo: UNESP, 2002.
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos
na escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Art-
med, 2008.
LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA
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67
O ensino de língua e seus aspectos culturais componentes: linguística, sociolinguística e prag- o uso da língua e permitem reconhecer deter-
potencializam os processos de comunicação ao mática. Cada uma dessas competências é postu- minado contexto situacional, ou seja, implica a
facilitar o acesso às informações, assim como põe lada de forma a compreender o conhecimento compreensão do contexto social no qual a lín-
em relevo a força das culturas que permeiam as declarativo, as capacidades e a competência de gua é usada. Deve possuir também competên-
línguas, seus falantes e os modos como esses realização (CONSELHO DA EUROPA, 2001). cia pragmática, ou seja, a habilidade para utilizar
sujeitos constroem sentido para o mundo. Essa O conhecimento, a consciência e a com- os elementos linguísticos corretamente em um
união língua-alvo e cultura promove a articulação preensão da relação (semelhanças e diferenças contexto, situação etc. (por exemplo, saber que
entre componentes curriculares e oferece múl- distintivas) entre “o mundo de onde se vem” e funções desempenham uma frase, quando se
tiplos suportes para várias atividades e projetos “o mundo da comunidade-alvo” produzem uma pode ou se deve utilizar), conhecimentos socio-
inter e transdisciplinares, bem como a capacita- tomada de consciência intercultural. É impor- culturais, que se referem ao conhecimento de
ção do sujeito no seu desenvolvimento pessoal, tante sublinhar que a tomada de consciência mundo que vai inseparavelmente unido à língua
acadêmico e profissional. intercultural inclui a consciência da diversidade (gestos, comportamento), e consciência intercul-
Língua e cultura estão fortemente interliga- regional e social dos dois mundos. É enriqueci- tural, que possibilita não só a compreensão da
das. O idioma não é apenas um aspecto impor- da, também, pela consciência de que existe uma cultura do outro, mas também o reconhecimen-
tante da cultura, mas também um meio de acesso grande variedade de culturas para além das que to da própria cultura.
a outras manifestações culturais. Compreender são veiculadas pela língua materna e pela língua Para que os estudantes se tornem comuni-
a língua é uma grande vantagem, quando se ex- estrangeira do estudante. cadores interculturais bem-sucedidos, é essen-

1.0 ASPECTOS ploram outros aspectos de uma cultura. Ao estu-


dar um idioma e as culturas em que este é falado,
Esta consciência alargada ajuda a colocar
ambas as culturas em contexto. Para além do co-
cial proporcionar-lhes formação intercultural
sistemática, e não só da cultura dos principais

GERAIS os estudantes precisam reconhecer que as cul-


turas não são homogêneas. Existe diversidade
nhecimento objetivo, a consciência intercultural
engloba uma consciência do modo como cada
países onde a língua estrangeira é falada. Estu-
dantes de LEM se beneficiarão ao adquirirem co-
entre elas, mas, além disso, é possível perceber comunidade aparece na perspectiva do outro, nhecimento das diferentes culturas do mundo,
também a variação de aspectos culturais no in- muitas vezes na forma de estereótipos nacionais além de desenvolverem a capacidade de com-
terior de cada cultura; sendo assim, dois elemen- (CONSELHO DA EUROPA, 2001). parar sua cultura nativa a outras culturas, avaliar
tos essenciais do currículo de Língua Estrangeira Os educadores incentivam os estudantes a criticamente, interpretar os resultados de tais
Moderna (LEM) são a consciência intercultural e desenvolverem a sua consciência intercultural, comparações, e aplicar esse conhecimento com
a competência intercultural. explorando diversas culturas e expandindo a ca- sucesso. A educação intercultural é uma boa ma-
As competências gerais dos utilizadores ou pacidade de diferenciação entre o pessoal, o cul- neira de semear as sementes da tolerância, da
estudantes de línguas incluem o conhecimen- tural e o universal, além de tradições e crenças. aceitação, da compreensão e do respeito.
to declarativo (saber), a competência de reali- A verdadeira complexidade do que significa Sendo assim, a língua estrangeira pode ser
zação (saber-fazer), a competência existencial saber uma língua vai além da competência gra- usada como meio de comunicação entre falan-
(saber-ser e saber-estar) e a competência de matical. Um estudante culturalmente compe- tes nativos e não nativos, em contextos variados.
aprendizagem (saber-aprender). A competência tente deve possuir competência sociolinguística, Esse movimento está em constante processo de
comunicativa em língua compreende diferentes conhecimento das regras sociais que norteiam ampliação/renovação. Essa dinamicidade das
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línguas (que, assim como influencia, também é


influenciada) reflete e é resultado das relações
linguísticas e interculturais propostas pelo com-
ponente. O ensino e a aprendizagem da língua
estrangeira se faz com base em uma multiplicida-
de de práticas inter-relacionadas e das intencio-
nalidades dos contextos social, cultural, político,
ideológico e econômico, e centra-se na comuni-
cação em diferentes situações da vida cotidiana.
Nesse sentido, o desenvolvimento de novas
tecnologias e mídias é parte da troca de expe-
riências e da ampliação de significados, já que
as práticas mediadas pelas novas tecnologias
de informação e comunicação se referem à par-
ticipação dos estudantes em atividades que de-
mandam experimentar e criar novas linguagens
e modos de interação social, com o uso das tec-
nologias contemporâneas. São priorizadas situa-
ções de leitura/escuta, produção oral/escrita em
língua estrangeira que tratam de relações esta-
belecidas pelos sujeitos com o uso de recursos
tecnológicos, para buscar, produzir, comparti-
lhar, divulgar e conservar conhecimentos e par-
ticipar de comunidades de interesse, de modo
ético e responsável.
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69
69 A língua é um locus de ação e de interação vo, que sistematizam e geram os conteúdos, no Brasil, ocorre mais comumente na escola
em que os sentidos são construídos nas rela- as estratégias e os processos avaliativos desse ou nos cursos livres de idiomas. Pode ocorrer,
ções, por meio dos diferentes sujeitos. Pode- componente curricular. também, nas viagens de intercâmbio que al-
-se dizer que não existe um uso significativo da Essas dimensões possibilitam o trabalho guns estudantes têm a oportunidade de fazer.
língua fora das inter-relações pessoais e sociais com competências e habilidades fundamentais à A comunicação é um processo que resul-
situadas. Isso quer dizer que os usos da língua leitura e às produções oral e escrita, assim como ta do contato entre sujeitos e suas interações.
se dão por meio de textos verbais e não verbais contribuem para a formação de sujeitos que in- Esse processo vem da criação de um ambiente
produzidos por sujeitos histórico-sociais. teragem em diferentes situações de comunica- comum, onde os estudantes participam e pro-
Nessa concepção, as relações linguísticas ção, por meio do uso da língua estrangeira na duzem significados por meio dessa relação. A
e interculturais da língua-alvo constituem o leitura, na produção oral e escrita, bem como na comunicação é elemento imprescindível à orga-
objeto de estudo do componente curricular da compreensão e na análise dos diferentes gêne- nização e à construção de saberes, constituindo-
Língua Estrangeira. O estabelecimento dessas ros textuais. -se em elemento de negociação na produção do
relações amplia as visões de mundo dos sujeitos A produção oral (ou a fala) se faz por meio da conhecimento. Desse modo, constitui-se como
envolvidos nos processos de ensino e de apren- imagem acústica e do uso individual da língua. É o tema essencial para o ensino e a aprendizagem
dizagem. Assim, o ensino de Língua Estrangeira conjunto de hábitos linguísticos que permitem a da Língua Estrangeira.
e de seus aspectos histórico-culturais se torna uma pessoa compreender e fazer-se compreen- Comunicar implica interação com o outro,
um lugar para perceber e dialogar com culturas der, individualmente, durante a comunicação. apresentação, sustentação e defesa de ideias,

2.0 OBJETO DE e códigos linguísticos diferentes e, por meio des-


sa interação, definir e redefinir os contornos de
Em outras palavras, é o exercício da interação
social de processos de autocontrole. Refere-se
negociação de significados, compreensão dos
diferentes textos e contextos. Para tanto, o pro-

ESTUDO quem somos. Essa recursividade possibilita aos


sujeitos atribuir significados aos modos de ser e
ao conhecimento do próprio conhecimento. Ao
utilizar a metacognição, o estudante desenvolve-
cesso comunicativo requer conhecimento do lé-
xico, dos aspectos semânticos e semióticos, das
estar no mundo. rá sua capacidade de avaliação e organização do estruturas linguísticas que compõem a macro e
Nessa perspectiva, o contato, a produção e conhecimento adquirido. a microestrutura dos gêneros textuais, possibi-
a ampliação do domínio discursivo, por meio das Com relação às línguas estrangeiras, a litando, dessa forma, a adequação do discurso
relações linguísticas e interculturais da língua-al- produção oral se dá de maneira um pouco di- às situações comunicativas. Nessa perspectiva, a
vo, possibilitam a inserção dos sujeitos em dife- ferente da produção oral em língua materna. comunicação é um processo social vital por meio
rentes situações sociais e favorecem a percepção Enquanto uma criança convive diariamente do qual os sujeitos se constituem, desenvolvem
para intervir e posicionar-se em diferentes situa- com pessoas que falam sua língua materna, ideias e negociam sentidos. Cada situação de
ções comunicativas. ela irá desenvolver a fala desta língua natu- enunciação é, então, única, pois envolve sujeitos
Sendo assim, o processo educativo da ralmente, desde que esteja em ambiente pro- e contextos específicos. O texto é lugar de inte-
Língua Estrangeira, estruturado por meio do pício para a aprendizagem. Porém, para que ração e de constituição dos locutores e interlocu-
objeto de estudo ora apresentado, deve ser uma criança aprenda a se comunicar em uma tores – sujeitos vistos como construtores sociais
desenvolvido pelas seguintes dimensões: Co- língua estrangeira, é necessário que ela seja e ativos, que se constroem e são construídos no
municação e Análise Linguística da Língua-Al- regularmente exposta a essa língua, o que, texto. Estes são enunciados com significado, que
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possuem função comunicativa e se inserem Sendo assim, a leitura é uma atividade social. Evidencia-se, assim, a natureza comple- aponta caminhos estratégicos que servirão de
numa prática social. Já o contexto é a fonte de cognitiva complexa de produção de sentidos, xa do processo comunicativo e suas relações modelo para atuação, cada vez mais autôno-
sentido e está repleto de ideologias, absorvi- que possibilita, além da ampliação do conhe- com as culturas. ma, do sujeito leitor-escritor.
das pela palavra e veiculadas pelo gênero. cimento de mundo, o diálogo entre sujeitos e Já a dimensão da análise linguística da lín- Nessa perspectiva, o trabalho com base no
Assim, a elaboração de um texto implica, textos/autores por meio de diferentes formas gua estrangeira toma o texto como unidade de texto do próprio estudante favorece a reflexão
necessariamente, escolhas relacionadas à se- de conhecê-lo e interpretá-lo. Mediar esse trabalho, com base no estudo, na compreen- sobre suas opções lexicais e morfossintáticas
leção de mecanismos linguístico-discursivos e, diálogo é uma questão crucial para o desen- são, na análise, na inter-relação e na integra- e sobre outras possibilidades comunicativas
consequentemente, de modalidades de reali- volvimento da leitura, pois o aprimoramento ção das informações relacionadas ao léxico, e discursivas, promovendo uma atitude, em
zação, ou seja, os gêneros textuais. Marcuschi da capacidade de ler redunda em todo pro- aos aspectos semânticos e semióticos e às es- relação à língua, muito mais criativa, flexível e
(1996) argumenta que os gêneros são produ- cesso educativo e interfere em todas as áreas truturas textuais. Essa dimensão explora tanto produtiva. Nesses diálogos, são negociados os
tos culturais, sociais e históricos, que passam do conhecimento. A dosagem e as exigências, a forma quanto o conteúdo e visa a apreen- significados e as funções de cada elemento da
a existir baseados em determinadas práticas no entanto, deverão ser planejadas, conside- der, do texto, os elementos essenciais, além língua empregado em textos reais. O resultado
sociais. Para Bakhtin (1997), os gêneros são rando que a formação do leitor passa por um de explorar recursos expressivos da língua e do trabalho sobre o uso da língua, da observa-
marcados pelo conteúdo temático, pelo estilo processo de amadurecimento. das suas culturas. A análise linguística contri- ção e da reflexão sobre esse uso constitui uma
e pela construção composicional. À escola cabe explorar os gêneros tex- bui para a compreensão e para a organização sistematização das descobertas, princípios e
O estudo sistematizado desses elementos tuais, tanto em práticas de produção quanto da língua. A promoção da apropriação dessas fundamentos do seu funcionamento.
é fundamental ao domínio dos gêneros que cir- de leitura, desde as séries iniciais. Tal produ- estruturas deve ser organizada de maneira a Nesse trabalho com o texto, a análise lin-
culam na sociedade. O estudo dos gêneros está ção deve inserir-se num processo de interlo- ajudar no desenvolvimento comunicativo do guística contribui para que os estudantes se
relacionado diretamente ao trato da língua em cução, o que implica a realização de uma série estudante. A análise linguística dá suporte aos apropriassem de conhecimentos declarativos
seu cotidiano, nas mais diversas formas. Nes- de atividades mentais – de planejamento e de processos de produção de sentido dos textos (saber que), de conhecimentos sobre proce-
se sentido, os gêneros imbuem-se de valores e execução – que não são lineares nem estan- que perpassam pelo estudo sistemático da dimentos (saber usar) e também de saberes
são ações sócio-discursivas para agirem sobre ques, mas recursivas e interdependentes. morfologia, da sintaxe, da fonologia e do léxi- emancipatórios (saber quando e por que usar
o mundo e dizerem o mundo. Eles viabilizam Portanto, pode-se dizer que essa dimen- co da língua-alvo. os elementos da língua).
o trabalho com a língua em seus mais diver- são da comunicação contempla, pois, os pro- Partindo da experiência concreta de com-
sos usos no dia a dia. A distribuição da leitura/ cessos de construção-desconstrução dos preensão/produção, a análise linguística busca
produção em gêneros relaciona-se à organiza- significados textuais, de forma a compartilhar o aprofundamento do uso do código linguísti-
ção da sociedade e às suas formas de intera- pensamentos, ideias, desejos, visões de mun- co, exigindo uma postura reflexiva, que se dá
ção. Nessa perspectiva, o sentido de um texto do e modos de vida. Ao comunicar-se por meio no diálogo com as possibilidades de interpre-
é construído na interação sujeito-texto, no con- da linguagem verbal, o sujeito explicita suas tação de um texto, com as marcas gramaticais
texto e na situação de produção e de recepção, subjetividades reveladas por elementos resul- de organização/coesão/coerência e sobre as
e não algo que preexista a essa interação. tantes de um processo histórico de interação escolhas em vários níveis. A análise linguística
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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
Objeto de estudo: relações linguísticas e interculturais da língua-alvo.

Competências Acadêmicas Competências Ético-estéticas Competências Políticas Competências Tecnológicas


-- Compreender, apropriar e usar os sistemas de signos -- Dialogar com as manifestações culturais de diferentes -- Empregar a língua à LEM em diferentes situações comu- -- Apropriar e empregar o sistema de signos, de suportes e
linguísticos e culturais de línguas estrangeiras em diver- povos falantes de línguas estrangeiras, fundamentado nicativas como instrumento de interação, de negociação de estratégias textuais para se comunicar e para explorar
sos gêneros textuais, de modo a interagir e posicionar-se em princípios ético-cristãos em prol da paz e da convi- e de tomada de decisão em diferentes contextos sociais. novos saberes e mídias em línguas estrangeiras.
como protagonista nas diferentes realidades e situações vência entre as pessoas. -- Envolver-se em atividades colaborativas e experiências -- Ampliar o conhecimento de tecnologias que fundamen-
comunicativas. -- Responder a uma variedade de textos expressando opi- que envolvem negociação, tomada de decisões e solução tem a comunicação e que facilitem a integração e intera-
- Conciliar o papel e a importância da pronúncia e ento- niões e comparando as formas em que as pessoas, luga- de problemas. Envolver-se em atividades de discussões ção ser-sociedade-tempo.
nação em LEM. Compreender e fazer uso dos principais res e experiências são representados. através de perguntas e respostas estruturadas.
elementos constitutivos da estrutura textual da narrati- -- Escutar e ler textos a fim de identificar aspectos, contex-
va e elementos gramaticais e a importância destes nos tos e comunidades da vida em LEM. Organizar e apresen-

3.0 COMPETÊNCIAS
processos comunicativos. tar informações e ideias sobre diferentes temas, questões
ou eventos, comparando perspectivas e experiências.
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O conhecimento de uma língua estrangei- estudantes assumem o controle de sua apren-
ra reforça as competências da língua materna. dizagem por meio da observação, escutando
A capacidade de falar duas ou mais línguas me- e ensaiando com os outros, refinando seu uso
lhora o desenvolvimento cognitivo, bem como o da linguagem e fazendo conexões significativas
raciocínio e as habilidades de pensamento cria- com o mundo em torno deles.
tivo. Além disso, aumenta a confiança do estu- A aprendizagem em todas as vertentes do
dante como aprendiz, facilita o aprendizado de processo de ensino e de aprendizagem da LEM
idiomas adicionais, contribuindo para o avanço deve ser altamente conectada e relevante para
no desempenho acadêmico. a vida dos estudantes, ajudando-os a articula-
Dentre os aspectos positivos da aprendiza- rem os benefícios imediatos e de longo prazo de
gem de língua estrangeira, pode-se incluir: a fle- aprender uma língua estrangeira.
xibilidade mental, melhoria das habilidades de
resolução de problemas, a compreensão dos
aspectos de uma variedade de culturas, a sensi-
bilização para as questões globais, incluindo as
relacionadas ao ambiente e à sustentabilidade.
Ao estudar uma segunda língua, os estu-

4.0 APRENDIZAGEM dantes aprendem muito sobre como interagir


com os outros, pois essa prática exige maior
concentração nos momentos de comunicação
(o que eles precisam que o outro compreenda
e por quê); de que forma sua expressão oral ou
escrita é recebida e interpretada; e o que os ou-
tros estão tentando comunicar e por quê. Como
eles aprendem a troca de informações e ideias
em outro idioma, também aprendem sobre ou-
tras formas de pensar e agir, enfim, sobre outras
culturas.
Tendo a língua estrangeira no currículo, os
estudantes são levados a experimentar diver-
sas oportunidades de comunicação para fins
autênticos. Essas oportunidades os capacitam a
construir e aplicar seus conhecimentos de LEM
em situações acadêmicas e sociais cotidianas. Os
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A fim de desenvolver habilidades cognitivas • escrever uma variedade de textos para mui- cursivas, assim como as práticas do uso da lín-
da língua estrangeira para maior domínio desta tas finalidades e diferentes audiências. gua: leitura, oralidade e escrita.
pelos estudantes, alguns princípios metodoló- Desde as séries iniciais, o professor de-
gicos devem ser incorporados no cotidiano da É inegável a relevância de se estabelecer verá estimular e fornecer embasamento tex-
sala de aula, como a metodologia participativa, um equilíbrio entre as quatro habilidades para tual, além de empregar a língua estrangeira
a importância de acessar o conhecimento pré- a aquisição de uma língua estrangeira. As ha- falada em sala de aula, como forma de me-
vio do aluno, a contextualização de conceitos, o bilidades de escuta e de fala, por exemplo, são diação, motivação, exemplo e prática coe-
trabalho em grupo, o uso de situações proble- um trampolim para a leitura e a escrita. rente, propiciando a investigação do aluno,
ma, a recorrência de conceitos, o uso do erro Outro aspecto importante a ser conside- a ampliação do nível de compreensão e pro-
como recurso metodológico e a avaliação. rado refere-se ao fato de que os aprendizes de dução oral e escrita.
De acordo com Coyle (2006), a metodologia uma língua estrangeira estão envolvidos, dia- Essa mediação é parte fundamental nesse
de ensino de línguas por meio de conteúdos di- riamente, em pensamento crítico e criativo. A processo. As quatro habilidades em Língua Es-
versos, ou Content and Language Integrated Lear- fim de entenderem o que estão ouvindo, len- trangeira (leitura, escrita, compreensão auditi-
ning (CLIL), como é conhecido em inglês, é um do e vendo, e para se comunicarem de forma va e oralidade) devem ser contempladas nessa
termo que engloba qualquer atividade em que clara, os estudantes precisam desenvolver ha- prática. Essas habilidades precisam ser traba-
uma língua estrangeira é usada como uma ferra- bilidades de resolver problemas, que são par- lhadas em conjunto, por meio de práticas mo-
menta de aprendizagem de conteúdos diversos te integrante da aprendizagem de uma língua tivadoras como a leitura de textos autênticos e

5.0 METODOLOGIAS de um sujeito não falante dessa língua. Com fun-


damento nos princípios da abordagem comu-
estrangeira. Inicialmente, os estudantes serão
expostos a uma variedade de textos com lin-
didáticos em diversos gêneros, pela expressão
e sistematização das situações vivenciadas,

DE ENSINO E DE nicativa da língua (COYLE, 2010), a ideia base da


metodologia CLIL de integração de conteúdo e
guagem simplificada e precisarão de apoio e de
orientação para compreenderem e interpreta-
por práticas que visem à compreensão audi-
tiva e oral, para, na sequência, parafraseá-los,

APRENDIZAGEM
língua permite aos estudantes aprenderem num rem as mensagens. Conforme se tornam mais recontá-los e resumi-los, por exemplo.
ambiente onde a comunicação tem o propósito proficientes, faz-se uso de uma variedade de Práticas orais como recitais, esquetes e
de veicular um conteúdo de uma área específi- estratégias para compreenderem e responde- dramatizações possibilitam, por parte do alu-
ca, sendo a língua vista como “um meio” e não rem aos textos. Quando pensam criticamente no, a caracterização, incorporação e vivência
como “um fim em si mesmo”. sobre o que estão ouvindo, lendo e vendo, eles de determinada personagem, podendo des-
também começam a desenvolver habilidades pertar conexões linguísticas autênticas e signi-
Para tanto, oportunidades diversas devem de letramento crítico. ficativas. O uso, de forma contextualizada, de
ser disponibilizadas, como as de: No que se refere ao letramento crítico, de- músicas, filmes e mídias digitais colabora para
ve-se criar aportes para se trabalhar com pro- a ampliação do vocabulário, para o contato
• ouvir e responder aos textos e aos outros;
jetos, temas culturais e sequências didáticas. com expressões idiomáticas/regionais, além
• falar e interagir com os outros;
Sendo assim, no desenvolvimento do trabalho de contribuir, também, para a conexão entre a
• ler e responder a uma variedade de gêneros
com a LEM, é preciso trabalhar com questões língua estrangeira estudada e o mundo real no
textuais;
linguísticas, sociopragmáticas, culturais e dis- qual a língua e o sujeito estão inseridos.
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As atividades individuais e em grupo contri-


buem significativamente no desenvolvimento
dos processos. O professor atua como instigador
e motivador na organização e execução das ati-
vidades, favorecendo a mediação aluno-aluno e
alunos-professor, durante as atividades, em que
as atitudes, as opiniões, os conhecimentos e os
ritmos diferenciados de aprendizagem estejam
de acordo com a proposta da atividade e com o
projeto pedagógico da escola.
As aulas e as atividades desenvolvidas de-
vem propiciar a investigação, a sistematização e
a apropriação de signos e expressões, de forma a
ampliar o conhecimento sobre os diferentes as-
pectos da língua em estudo. O desenvolvimento
de atividades interdisciplinares e transdisciplina-
res devem considerar o nível linguístico dos su-
jeitos envolvidos no processo.
Nas aulas de língua estrangeira, é necessá-
rio trabalhar diversificadamente os vários gêne-
ros textuais, analisando a composição do gênero
estudado, sua função, a intertextualidade, os re-
cursos de coesão e coerência e, só depois, a gra-
mática. Esta não deve ser abandonada, mas, no
ensino, ela deixa de ser priorizada para se traba-
lhar com o texto. Ainda no que tange ao traba-
lho com o texto, verifica-se uma necessidade de
provocar uma reflexão sobre o uso dele, consi-
derando o contexto dos interlocutores.
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O processo avaliativo possibilita o acompa- nos permita formar cidadãos críticos, conscientes, tipos de correção de erros (corrective feedback),
nhamento do desenvolvimento do processo de criativos, solidários e autônomos. Deve ser incluí- classificados por Roberts (1995), Lyster e Ranta
ensino e de aprendizagem, pois contribui para a da no processo de avaliação a discussão acerca (1997) e Lyster (1998). Nesses estudos, os auto-
regulação das práticas de sala de aula. Em Língua das dificuldades e dos avanços dos estudantes, a res classificam as correções de erros usadas por
Estrangeira, esse processo exige instrumentos partir de suas produções durante o percurso de professores de LEM em seis categorias: (1) corre-
diversificados, com características que contem- ensino e de aprendizagem. ção explícita do erro, quando o professor fornece
plem toda a dinamicidade da língua e favoreçam Nessa perspectiva, os diferentes instrumen- a forma correta, demonstrando que a sentença
a ação do sujeito sobre o objeto de estudo. tos avaliativos realizados pelos docentes de LEM do aluno está errada; (2) reformulação, quando
Nessa concepção, as respostas dos estu- tornam-se importantes ferramentas diagnósticas, o professor reformula toda ou parte da sentença
dantes fornecem pistas ao professor para refletir por meio dos feedbacks, tanto para os estudantes do aluno; (3) “elicitação”, quando o professor mo-
sobre as estratégias selecionadas, ou seja, o pro- quanto para os professores, no processo de redi- tiva os alunos a produzirem uma reformulação;
cesso avaliativo parte da intenção de acompanhar mensionamento das práticas pedagógicas. (4) sinais metalinguísticos, quando o professor dá
e ajustar o processo de ensino e de aprendiza- Para tanto, o professor de LEM deve observar alguma dica a respeito da correção da sentença
gem, valendo-se de diversas estratégias e mate- o que o estudante aprendeu, e como aprendeu, do aluno; (5) questões de clarificação, quando o
riais linguísticos, que explorem a leitura, a análise, com base no seu envolvimento, construindo hi- professor induz o aluno a repetir a sua senten-
a compreensão, a interpretação, a intertextualida- póteses e estratégias, além de fazer intervenções ça; e (6) repetição, quando o professor repete a
de, a interdisciplinaridade e a interdiscursividade, significativas e reflexivas para e com o estudante. toda a sentença incorreta, elaborada pelo aluno,

6.0 AVALIAÇÃO DA como: produções de pequenos vídeos, provas es-


critas, projetos interdisciplinares, apresentações
Todo aprendiz de língua estrangeira parece
passar por um processo semelhante: o processo
usando uma entonação diferente da sua voz, a
fim de mostrar-lhe o erro.

APRENDIZAGEM orais, autoavaliação, produções escritas, pesqui-


sas, dentre outros.
de ensaio e erro. Ao produzir enunciados utilizan-
do a língua-alvo, o aprendiz pode cometer os mais
A avaliação de determinada produção em
Língua Estrangeira considera o erro como efeito
Até então, permeou, no ensino de LEM, a for- variados tipos de erro. Entretanto, ao cometer er- da própria prática, assumindo o papel de auxiliar
ma somativa de testes, cujo foco se dá na eficácia ros, o aprendiz também tem chance de aprender o crescimento do estudante. Sendo assim, o erro
em relação aos aspectos constituintes da estrutu- sobre a estrutura, a função e o uso da língua-alvo. deve ser visto como fundamental para a produ-
ra da língua estrangeira, com itens de testes tipi- É de fundamental importância a correção das for- ção de conhecimento pelo estudante, como um
camente em correspondência ou preenchimento mas que fogem ao padrão convencional da língua. passo para que a aprendizagem se efetive, e não
de colunas. Esta forma de testes não seria ade- Entretanto, é preciso ter em mente que nem toda como um entrave no processo – que não é li-
quada para estudantes cujos estudos são basea- correção imediata é positiva e realmente neces- near e que não acontece da mesma forma e ao
dos em atividades comunicativas. sária. É preciso pensar no erro como uma forma mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir
Ainda que seja um desafio, é necessário supe- de promover o aprendizado do aluno, veicular in- a respeito do erro e da produção do estudante
rar a concepção da avaliação em LEM como mero formação, revisão de conteúdos, feedback. O erro o encaminhará à superação, ao enriquecimento
instrumento de medição da apreensão de con- deve servir de suporte para o aprendizado. do saber e, nesse sentido, a ação avaliativa refle-
teúdos. O desafio está em construir uma avalia- No caso da produção oral, ao intervir na fala xiva cumprirá sua função.
ção com critérios de entendimento reflexivo, que do aluno, o professor pode utilizar-se de vários
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7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS - INGLÊS
7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO HABILIDADES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO

-- Aplicar uso limitado de palavras e modelos repe- -- Cumprimentos básicos, despedida e comandos -- Aplicar uso limitado de palavras e modelos repe- -- Reconhecimento de objetos do seu convívio.
titivos em contexto comunicativo e significativo de sala de aula. titivos em interações com o professor e pares.
-- Localização de objetos, pessoas, números 1-10,
para os alunos (apresentação pessoal e de ami-
-- Apresentar informações factuais sobre si mes- -- Organizar e performar coletivamente apresen- familiares, brinquedos, cores, animais domésti-
Competências Acadêmicas gos, cumprimentos, saudações e despedidas,
descrever amigos, família, e coisas favoritas).
mo, família, amigos e objetos do cotidiano usan- tações, exposições ou representações seguindo cos e selvagens, objetos escolares, comida.
do instruções simples e materiais de apoio. procedimentos e instruções.
-- Gêneros textuais: lista, cartão.
-- Leitura e produção de textos escritos e orais de diferentes gêneros, considerando a -- Participar em atividades de grupo guiadas e ope-
-- Interação de forma verbal ou não verbal com as -- Participar na escuta e produção de textos ima-
rações simples (jogos, performances, canções e -- Contato com vários gêneros textuais: verbais,
estrutura, efeitos de sentidos, estabelecendo relações com a língua materna. atividades propostas pelo professor e grupo. ginativos orais simples que envolvam linguagem
rimas). não verbais e digitais.
-- Reconhecimento de aspectos das músicas, his- repetitiva, experimentando com padrões de
-- Diferenciar momentos em sala de aula, tais como som, rimas. -- Interação de forma verbal ou não verbal com as
tórias, rimas e imagens de culturas falantes de
início e término de aulas, atividades de transição, atividades propostas pelo professor e grupo.
língua inglesa se assemelham ou diferem de sua -- Aplicar uso de linguagem do cotidiano diário re-
Competências Ético-estéticas responder a perguntas simples e seguir instru-
ções em sala de aula.
própria língua (s) e cultura (s). ferente às interações diárias em sala de aula tais -- Aspectos de pronúncia.
-- Interação em inglês usando frases e expressões como responder a perguntas simples, pedir per- -- A função e o sentido das classes de palavras:
-- Compreensão do uso da língua inglesa por diferentes povos no mundo, identificando -- Internalizar a compreensão da língua na parti- missão, solicitar ajuda, perguntar como dizer ou
simples, reconhecendo como o idioma reflete substantivos e adjetivos no texto.
cipação de leitura compartilhada, visualização e escrever algo, pedir repetição e elogiar o próximo.
singularidades e estabelecendo relações entre eles e entre seus próprios costumes. práticas culturais.
-- Léxico nos textos e contextos.
escuta de textos imaginativos curtos e responder
-- Objetos do seu convívio, números 1-10, familia- -- Participar coletivamente da troca de informações
através de mímica, desenho e dança. -- Organização e apresentação de informações e de
res, brinquedos, cores, animais domésticos e sel- entre pares de textos e contextos relativos ao
-- Participar na organização de textos imaginativos seu universo (casa, a escola, rotinas, responsabi- ideias sobre diferentes temas, questões ou even-
vagens, objetos escolares, comida.
tos, comparando perspectivas e experiências.
Competências Políticas orais simples que envolvam linguagem repetiti-
va, experimentando com padrões de som, rimas. -- Contato com vários gêneros textuais: verbais,
lidades e interesses) em língua inglesa.
-- Analisar e diferenciar os aspectos socioculturais -- Interação em inglês usando frases e expressões
não verbais e digitais.
-- Diferenciar aspectos culturais comuns e dife- das músicas, histórias, rimas e imagens da língua simples, reconhecendo como o idioma reflete
-- Regras de convivência em espaços de diversidade, a direitos e deveres do cidadão
rentes da língua inglesa e da língua materna por -- Léxico nos textos e contextos. inglesa em relação à sua que se assemelham ou práticas culturais.
e a questões sociais e políticas que tenham impacto na vida dos sujeitos nas comu-
meio de músicas, histórias, rimas e imagens. -- Aspectos de pronúncia. diferem de sua própria língua (s) e cultura (s). -- Reconhecimento de aspectos das músicas, his-
nidades em que atuam.
-- Performar pequenos diálogos e momento de -- Valorizar a importância da pronúncia e entona- tórias, rimas e imagens de culturas falantes de
-- Prática da escuta e compreensão da língua ingle-
uso real comunicativo da língua. ção em inglês. língua inglesa se assemelham ou diferem de sua
sa durante as diversas atividades realizadas, res-
própria língua (s) e cultura.
-- Performar pequenos diálogos e momentos de peitando as possibilidades individuais, do grupo -- Internalizar situações que envolvem sentimentos
Competências Tecnológicas uso real comunicativo da língua inglesa. e da série. e emoções ao expressá-las por meio de ações -- Prática da escuta e compreensão da língua ingle-
sa durante as diversas atividades realizadas, res-
-- Validar reconhecimento de objetos e numerais e -- Utilização da língua inglesa para se comunicar, nas falas, temas e direções.
peitando as possibilidades individuais, do grupo
-- Análise dos diferentes discursos, oral e escrito, assim como o uso de recursos ver- familiares em língua inglesa. bem como as possibilidades individuais.
e da série.
bais e não verbais na organização textual. -- Reconhecimento de reações de emoções nas fa-
-- Utilização da língua inglesa para se comunicar
las, temas e direções.
visto, bem como as possibilidades individuais.
-- Reconhecimento de reações de emoções nas fa-
las, temas e direções.
--
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

77

HABILIDADES - 3º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO HABILIDADES - 4º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 4º ANO HABILIDADES - 5º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 5º ANO

-- Aplicar o uso de linguagem descritiva e expres- -- Identificação de objetos do seu convívio, núme- -- Aplicar linguagem descritiva e interpretativa para -- Tópicos relacionados a cidades e países. -- Aplicar uso de linguagem descritiva, interpretati- -- Descrição de vestuário e aparência.
siva para compartilhar interesses, especialmen- ros, familiares, brinquedos, cores, animais do- compartilhar interesses, especialmente sobre ce- va e interrogativa para expressar e compartilhar
-- Descrição de pessoas, esportes, dias da semana, -- Compreensão e relato de climas, estações e fes-
te sobre celebrações e atividades de lazer, e mésticos e selvagens, objetos escolares, comida. lebrações e atividades de lazer, e para expressar interesses, especialmente sobre celebrações e
meses. tividades.
para expressar sentimentos, preferências e dar sentimentos, preferências e dar opiniões. atividades de lazer, além de expressar sentimen-
-- Troca de informações sobre a localização de
opiniões. -- Expressões de tempo e horas. tos, preferências e dar opiniões. -- Descrição de atividades correntes, rotinas diárias.
objetos. -- Participar de atividades colaborativas e experiên-
-- Negociar com colegas plano e conduta de dife- cias reais de uso comunicativo da língua inglesa -- Utilização de palavras interrogativas para diver- -- Participar de atividades compartilhadas como -- Utilização de diferentes linguagens (corporal,
-- Gêneros textuais: cartão, bilhete, recado.
rentes elementos de tarefas compartilhadas, que envolvem negociação, tomada de decisões e sos contextos. planejamento e organização de eventos, contri- musical, oral) ajustadas as diferentes intenções
acordos ou atividades. -- Léxico recursivo e aprofundado nos textos e con- solução de problemas. buindo com ideias, opiniões e sugestões e gestão e situações de comunicação, de forma a com-
-- Gêneros textuais: recado, bilhete, convite.
textos. de diversos pontos de vista. preender e a ser compreendido.
-- Participar em atividades de classe e rotinas, en- -- Analisar textos tendo como critério aspectos, con- -- Léxico recursivo e aprofundado nos textos e con-
volvendo troca de informações, solicitando escla- -- A função e o sentido das classes de palavras: textos e comunidades da vida em língua inglesa. -- Negociar pontos de vista por meio de perguntas -- Gêneros textuais: autobiografia, diálogo, blog.
textos.
recimentos e sugestões. substantivos, pronomes, preposições e adjetivos e respostas estruturadas.
-- Organizar e apresentar informações e ideias so- -- Léxico recursivo e aprofundado nos textos e con-
no texto. -- Aspectos de pronúncia.
-- Organizar conjuntamente apresentações sobre bre diferentes temas, questões ou eventos, com- -- Analisar textos tendo como critério os aspectos textos.
aspectos do idioma e culturas da língua inglesa -- Aspectos de pronúncia. parando perspectivas e experiências. -- A função e o sentido das classes de palavras: socioculturais em contextos de uso de situações -- Funções de expressões idiomáticas nos discursos.
com a ajuda de diagramas, gráficos e relatórios. substantivos, pronomes, preposições e adjetivos de uso real da língua inglesa.
-- Aspectos culturais na rotina de crianças perten- -- Usar textos roteirizado para performar diálogos, no texto. -- A função e o sentido das classes de palavras:
-- Validar compreensões e opiniões sobre ideias centes a povos de língua inglesa. raps e histórias digitais usando personagens -- Organizar e apresentar informações e ideias so- substantivos, pronomes, preposições, adjetivos
encontradas em textos tais como obras de arte, imaginários, lugares, ideias e eventos. -- Inglês no mundo como língua franca. bre diferentes temas, questões ou eventos, com-
-- Partilha e comparação de compreensões e opi- e advérbios no texto.
fábulas, performances e programas de televisão. niões sobre ideias encontradas em textos tais -- Interação em inglês usando frases e expressões parando perspectivas e experiências.
-- Validar as semelhanças e diferenças de idioma -- Aspectos de pronúncia.
-- Analisar e construir uma variedade de textos como obras de arte, fábulas, performances e sobre os aspectos da cultura. simples, reconhecendo como o idioma reflete -- Participar de situações sociocomunicativas utili-
roteirizado tais como performances, raps e his- programas de televisão. práticas culturais. zando expressões idiomáticas em contextos sig- -- Aspectos culturais na rotina de crianças perten-
-- Valorizar a importância da pronúncia e entona- centes a povos de língua inglesa.
tórias digitais usando personagens imaginários, -- Prática da escuta e compreensão da língua ingle- -- Reflexão sobre a comunicação intercultural, co- nificativos.
ção em inglês.
lugares, ideias e eventos. sa durante as diversas atividades realizadas, res- mentando sobre semelhanças e diferenças de -- Observação do papel e da importância da pro-
-- Organizar textos roteirizado tais como perfor-
-- Avaliar e diferenciar aspectos culturais presentes peitando as possibilidades individuais, do grupo idioma sobre os aspectos da cultura. mances, raps e histórias digitais usando perso- núncia e entonação em inglês.
nas músicas, histórias, rimas e imagens como e da série. -- Produção uma variedade de textos roteirizado nagens imaginários, lugares, ideias e eventos. -- Compreensão e uso dos principais elementos do sis-
produção cultural de falantes de língua inglesa -- Interação, por meio de diferentes linguagens, o tais como performances, raps e histórias digitais tema gramatical, incluindo artigos definidos e inde-
-- Valorizar a importância da pronúncia e entona-
que se assemelham ou diferem de sua própria entendimento das informações explicitadas pelo usando personagens imaginários, lugares, ideias finidos, verbos regulares e irregulares, e construção
ção em inglês.
língua (s) e cultura (s). professor e eventos. de frase, prestando atenção à ordem das palavras.
-- Usar os principais elementos do sistema grama-
-- Organizar as emoções em categorias socioafeti- -- Reconhecimento de reações de emoções nas fa- -- Abordagens temáticas de literatura de língua in- -- Organização e apresentação de informações e de
tical, incluindo artigos definidos e indefinidos,
vas em diferentes contextos comunicativos. las, temas e direções. glesa. ideias sobre diferentes temas, questões ou even-
verbos regulares e irregulares.
-- Valorizar a importância da pronúncia e entona- tos, comparando perspectivas e experiências.
-- Prática da escuta e compreensão da língua ingle- -- Aplicar o uso do papel da ordem das palavras na
ção em inglês. sa durante as diversas atividades realizadas, res- -- Reconhecimento e descrição das característi-
construção de frase.
peitando as possibilidades individuais, do grupo cas de tipos familiares de textos e observação
e da série. -- Validar a contribuição das características de tipos como estes contribuem para a formação de sig-
familiares de textos na formação de significados. nificados.
-- Utilização da língua inglesa para se comunicar,
bem como as possibilidades individuais. -- Abordagens temáticas de literatura de língua inglesa.
-- Reconhecimento de reações de emoções nas fa- -- Prática da escuta e compreensão da língua ingle-
las, temas e direções. sa durante as diversas atividades realizadas, res-
peitando as possibilidades individuais, do grupo
-- Utilização de diferentes linguagens (corporal,
e da série.
musical, oral) ajustadas as diferentes intenções
e situações de comunicação, de forma a com- -- Utilização da língua inglesa para se comunicar,
preender e a ser compreendido. bem como as possibilidades individuais.
-- Reconhecimento de reações de emoções nas fa-
las, temas e direções.
-- Compreensão e aplicação dos principais elemen-
tos do sistema gramatical.
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7.2 Anos finais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 6º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 6º ANO -- Identificação de informações importantes em


uma fala e discriminação entre fatos e opiniões ou
-- Usar uma gama limitada de palavras básicas e fra- -- Apresentações pessoais e das pessoas de convívio. o posicionamento do (inter)locutor.
ses relacionadas a objetos de sala de aula, apre- -- Descrição de rotinas diárias. -- Reconhecimento de detalhes em uma fala, encon-
sentações pessoais e rotinas. trando ideia principal e sabendo fazer inferências.
-- Utilização das diferentes maneiras de descrever a
Competências Acadêmicas -- Pariticipar em rodas de conversar sobre sala de posse de objetos. -- Apropriação de elementos das linguagens das tec-
aula e rotinas diárias. nologias de informação e comunicação em língua
-- Ações em progresso.
-- Leitura e produção de textos escritos e orais de diferentes gêneros, considerando a estrutura, -- Diferenciar as maneiras de descrever posse de inglesa para fazer uso de ferramentas como dicio-
efeitos de sentidos, estabelecendo relações com a língua materna. objetos. -- Uso do imperativo em atividades, comandos e ins- nários, tradutores, GPS, mapas virtuais, tutoriais,
truções. jogos e sites, identificando novas possibilidades de
-- Analisar os gêneros textuais autobiografia, formu- aprendizagem e usando-as para a prática de voca-
lário, diálogo e cartão tendo como critério suas -- Perguntas e respostas sobre o tempo e clima.
bulário, pronúncia etc.
estruturas e efeitos de sentido no processo comu- -- Tópicos relacionados a preços e preferências.
Competências Ético-estéticas nicativo.
-- Descrição de lugares, pessoas e moradias.
-- Conciliar o fato de que identidades são reveladas
-- Compreensão do lugar de si e do outro, identificando singularidades e estabelecendo rela- nos modos de apresentação e na forma como os -- Gêneros textuais: autobiografia, formulário, diálo-
ções entre eles e entre seus próprios costumes e refletindo sobre o papel da língua inglesa grupos sociais se comunicam. go, cartão.
nestas relações. -- Participar de interações orais sobre o lugar -- Comunicação com vários gêneros textuais: ver-
onde se vive, convivência na família e na comu- bais, não verbais e digitais.
nidade, grupos a que pertence e ideias com que -- Léxico nos textos e contextos.
se identifica.
Competências Políticas -- Reconhecer que diferentes comunidades se ex-
-- Expressões idiomáticas no discurso.
-- A função e o sentido das classes de palavras: subs-
pressam de modos distintos, constitutivos de suas
tantivos, pronomes, verbos, artigos, preposições,
-- Regras de convivência em espaços de diversidade, a direitos e deveres do cidadão e a questões identidades.
adjetivos e advérbios no texto.
sociais e políticas que tenham impacto na vida dos sujeitos nas comunidades em que atuam. -- Compreender como a diversidade linguística está
-- Aspectos de pronúncia.
relacionada à diversidade cultural e como isso afe-
ta o modo como as pessoas se veem e veem umas -- Inglês no mundo como língua franca.
às outras.
-- Textos da tradição oral na língua inglesa (canções,
Competências Tecnológicas -- Avaliar informações lidas distinguindo as relevân- poemas, trava-línguas, adivinhas, parlendas, den-
cias na compreensão da mensagem do autor, a tre outros).
-- Análise dos diferentes discursos, oral e escrito, assim como o uso de recursos verbais e não partir das dos aspectos implícitos e das inferências
-- Acolhida às diversidades de culturas e dos diver-
verbais na organização textual. que constituem o sentido do texto.
sos discursos.
-- Analisar como as estruturas e características de lin-
-- Aspectos implícitos pertinentes ao sentido do tex-
guagem de textos variam de acordo com o meio e
to; inferências que constituem o sentido do texto.
o modo de comunicação.
-- Compreensão e expressão de efeitos de sentido
-- Conciliar prática da escuta e compreensão da lín-
do uso de recursos gráficos e linguísticos (pontua-
gua inglesa durante as atividades realizadas, res-
ção, letras maiúsculas e minúsculas, seleção de
peitando as possibilidades individuais, do grupo e
palavras etc.).
da série.
-- Estratégias de interpretação contextual de frases
-- Diferenciar textos que demonstrem como um
e palavras desconhecidas nos textos – valer-se de
mesmo assunto pode ser representado em dife-
materiais de referência para apoio à leitura (dicio-
rentes modalidades (verbal, visual, verbo-visual).
nários, gramáticas, internet, enciclopédias etc.).
-- Planejamento do texto a ser produzido: propósito,
conteúdo temático, interlocutores, contexto de in-
teração e suporte.
-- Prática da escuta e compreensão da língua inglesa
durante as atividades realizadas, respeitando as
possibilidades individuais, do grupo e da série.
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HABILIDADES - 7º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 7º ANO HABILIDADES - 8º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 8º ANO -- Reconhecimento de detalhes em uma fala, encon- HABILIDADES - 9º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 9º ANO
trando a ideia principal e sabendo fazer inferências.
-- Participar de interações orais que possibilitem -- Relato sobre rotinas diárias e suas frequências. -- Participar de interações orais sobre as diferenças -- Relato e descrição de eventos e experiências -- Buscas e exploração de sites e redes sociais de -- Participar de interações orais típicas de ambientes -- Opiniões e discussões sobre prós e contras.
ouvir e contar histórias e conhecer modos de vi- -- Descrição de objetos, lugares e pessoas. nos costumes, nos valores e nas crenças de co- passados. grupos de interesse na língua inglesa, compreen- acadêmicos (exemplos: apresentações, debates). -- Expressão de condições: hipóteses e possibilidades.
ver e perceber o mundo. munidades ao redor do mundo. -- Planos e eventos futuros. dendo modos de navegação e participação,
-- Descrição de ações em andamento. -- Organizar textos da esfera acadêmico-científica, -- Narrativa de histórias e eventos no presente e no
-- Organizar textos de cunho narrativo, a partir de -- Organizar textos de diferentes gêneros (exem- apropriando-se da terminologia utilizada. buscando estabelecer a confiabilidade de infor- passado.
-- Negociação de preços.
-- Descrição de habilidades e preferências.
experiências pessoais ou não, em diferentes su- plos: videoclipes, imagens, poemas, questioná- -- Planejamento do texto a ser produzido: propó- mações disponíveis na internet. -- Expressão de emoções e preferências, com mar-
-- Fornecimento de instruções.
portes. -- Descrição de eventos passados. rios), expondo opiniões sobre as diferenças cul- sito, conteúdo temático, interlocutores, contexto cas de formalidade e informalidade.
-- Avaliar como sujeitos em diferentes comunida-
turais e situando-se em relação a elas. -- Comparações. de interação e suporte.
-- Diferenciar os elementos constitutivos da estrutu- -- Planejamento do texto a ser produzido: propó- des se utilizam de recursos tecnológicos para -- Identificação e descrição de problemas, reclama-
ra textual da narrativa e a importância desta para sito, conteúdo temático, interlocutores, contexto -- Validar a relação entre textos verbais e não ver- -- Uso de verbos modais no discurso. -- Reescrita de versões iniciais do texto e alterações buscar, produzir, compartilhar e divulgar conhe- ções e explicações de que algo precisa ser feito.
os vínculos sociais, a tradição e as identidades. de interação e suporte. bais e como colaboram para criar as represen- -- Sugestões e conselhos. pertinentes ao projeto estabelecido. cimentos. -- Relato e questionamento sobre experiências
-- Reescrita de versões iniciais do texto e alterações tações sobre diferentes culturas, inclusive para de vida.
-- Diferenciar textos de tradição oral e escrita (len- -- Gêneros textuais: narrativa: começo, meio e fim, -- Participar de interações orais para intercâmbio
pertinentes ao projeto estabelecido. reforço de estereótipos.
das, mitos, histórias em quadrinhos, biografias e textos de opinião, textos explicativos. de ideias, sobre padrões de consumo em dife- -- Gêneros textuais: narrativa: começo, meio e fim,
diálogos) e suas convenções com gêneros seme- -- Gêneros textuais: biografia, quadrinhos, diálogo, -- Diferenciar manifestações culturais brasileiras e -- Comunicação com vários gêneros textuais: ver- rentes regiões do mundo. textos explicativos, textos de opinião.
lhantes em língua portuguesa. recados. suas influências. bais, não verbais e digitais. -- Comunicação com vários gêneros textuais: ver-
-- Organizar textos da esfera publicitária (exem-
-- Participar de interações orais que promovam -- Léxico nos textos e contextos e processo de for- -- Participar de interações orais no mundo virtual, plos: anúncios, cartazes, placas, fôlderes). bais, não verbais e digitais.
-- Léxico recursivo e aprofundado nos textos e con-
diálogo sobre as mudanças, ao longo da história, mação de palavras. fazendo uso de repertórios de linguagens para textos. -- Variação linguística: discurso oral versus discurso
-- Analisar criticamente os contextos de produção
na relação entre seres humanos. comunicar-se de modo inteligível. escrito.
-- Perguntas e respostas sobre quantidades. -- Expressões idiomáticas no discurso e recepção de textos da esfera publicitária.
-- Diferenciar manifestações estéticas e suas valo- -- Valorizar as variações na língua inglesa em dife- -- Léxico recursivo e aprofundado nos textos e con-
-- Solicitações e pedidos. -- A função e o sentido das classes de palavras: -- Avaliar o papel da língua inglesa na produção da
rações em diferentes comunidades. rentes fontes digitais, compreendendo-as como textos.
-- Comunicação com vários gêneros textuais: ver- substantivos, pronomes, verbos, artigos, conjun- identidade de consumidores de produtos mate-
parte das transformações linguísticas engendra- -- Expressões idiomáticas no discurso.
-- Participar de interações orais sobre o lugar bais, não verbais e digitais. ções, interjeições, preposições, adjetivos e advér- riais e culturais.
das por novos meios de comunicação. -- A função e o sentido das classes de palavras:
onde se vive, convivência na família e na co- bios no texto.
-- Expressões idiomáticas no discurso. -- Participar de interações orais que possibilitem substantivos, pronomes, verbos, artigos, conjun-
munidade, grupos a que pertence e ideias com -- Conciliar as diferenças e semelhanças entre co- -- Aspectos de fonética. posicionar-se frente às dimensões sociais e éti- ções, interjeições, preposições, adjetivos e advér-
que se identifica. -- A função e o sentido das classes de palavras: municar-se presencialmente e em ambientes
-- Abordagens temáticas de literatura Inglesa. cas do mundo do trabalho. bios no texto.
substantivos, pronomes, verbos, artigos, prepo- virtuais.
-- Reconhecer que diferentes comunidades se ex-
sições, adjetivos e advérbios no texto. -- Acolhida às diversidades de culturas e aos diver- -- Práticas de compreensão e produção escrita. -- Aspectos de fonética.
pressam de modos distintos, constitutivos de -- Participar de interações orais que discutam direi-
-- Noções fonéticas, destacando o uso dos verbos sos discursos. -- Organizar textos de opinião sobre a relação tra- -- Abordagens temáticas de literatura de Língua Inglesa.
suas identidades. tos humanos e suas violações (exemplos: depoi-
irregulares. mentos, relatos). Práticas de compreensão e pro- -- Aspectos implícitos pertinentes ao sentido do tex- balho/lazer no seu entorno despertando uma -- O papel da Língua Inglesa no mundo como lín-
-- Compreender como a diversidade linguística
-- Abordagens temáticas de literatura inglesa. dução escrita Ler e produzir textos (verbais e não to; inferências que constituem o sentido do texto. conscientização linguística. gua franca.
está relacionada à diversidade cultural e como
verbais) sobre direitos humanos, identificando -- Compreender e expressar efeitos de sentido do -- Analisar como a linguagem colabora para inclu- -- Acolhida às diversidades de culturas e aos diver-
isso afeta o modo como as pessoas se veem e -- Acolhida às diversidades de culturas e aos diver-
possibilidades de ação em situações concretas uso de recursos gráficos e linguísticos (pontua- são ou exclusão no mundo do trabalho. sos discursos: coloquialismos.
veem umas às outras. sos discursos.
de sua violação. ção, letras maiúsculas e minúsculas, seleção de
-- Avaliar como se constrói o mundo do trabalho -- Compreensão e expressão das características do
-- Textos literários em língua inglesa (lendas, mitos, palavras etc.).
em diferentes culturas. lugar onde vive e de uma mudança em sua vida
histórias em quadrinho, dentre outros).
-- Estratégias de interpretação contextual de frases para narrar sua história.
-- Aspectos implícitos pertinentes ao sentido do tex- e palavras desconhecidas nos textos – valer-se de -- Planejamento do texto a ser produzido: propó-
to; inferências que constituem o sentido do texto. materiais de referência para apoio à leitura (dicio- sito, conteúdo temático, interlocutores, contexto
-- Compreensão e expressão efeitos de sentido do nários, gramáticas, internet, enciclopédias etc.). de interação e suporte.
uso de recursos gráficos e linguísticos (pontua- -- Compreensão e posicionamento em relação ao -- Reescrita de versões iniciais do texto e fazer alte-
ção, letras maiúsculas e minúsculas, seleção de tema abordado (relações interpessoais) – com- rações pertinentes ao projeto estabelecido.
palavras etc.). partilhar a leitura dos textos ou de passagens -- Prática da escuta e compreensão da língua ingle-
-- Estratégias de interpretação contextual de frases dos textos. sa durante as atividades realizadas, respeitando
e palavras desconhecidas nos textos – valer-se de -- Planejamento do texto a ser produzido: propó- as possibilidades individuais, do grupo e da série.
materiais de referência para apoio à leitura (dicio- sito, conteúdo temático, interlocutores, contexto -- Identificação de informações importantes em
nários, gramáticas, internet, enciclopédias etc.). de interação e suporte. uma fala e discriminação entre fatos e opiniões
-- Prática da escuta e compreensão da língua ingle- -- Reescrita de versões iniciais do texto e alterações ou o posicionamento do (inter)locutor.
sa durante as atividades realizadas, respeitando pertinentes ao projeto estabelecido. -- Reconhecimento de detalhes em uma fala, encon-
as possibilidades individuais, do grupo e da série. trando a ideia principal e sabendo fazer inferências.
-- Prática da escuta e compreensão da língua ingle-
-- Identificação de informações importantes em sa durante as atividades realizadas, respeitando -- Participação de interações orais em língua in-
uma fala e discriminação entre fatos e opiniões as possibilidades individuais, do grupo e da série. glesa (relatos, depoimentos, entrevistas, dentre
ou o posicionamento do (inter)locutor. outras) sobre as responsabilidades do estudante
-- Identificação de informações importantes em
-- Reconhecimento de detalhes em uma fala, en- e de diferentes profissões, usando recursos lin-
uma fala e discriminação entre fatos e opiniões
contrando ideia principal e sabendo fazer infe- guístico-discursivos para descrever atribuições.
ou o posicionamento do (inter)locutor.
rências. -- Utilização da Língua Inglesa para se comunicar
em atividades de paráfrase, entrevistas, discus-
sões, simulações e role-play.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

80

7.3 Ensino Médio

CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO -- Utilização da Língua Inglesa para se comunicar em CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO acadêmicos, dentre outros) que tratem de atividades
atividades de paráfrase, entrevistas, discussões, si- profissionais, da valorização de profissões e ideias no
mulações e role-play. -- Gêneros para produção escrita: textos de opinião. passado, no presente ou no futuro, em diferentes socie-
-- A função e os sentidos de todas as classes de pa- -- Gêneros para produção escrita: resenha descritiva,
lavras no texto, com ênfase nas conjunções, para a -- Utilização de recursos sintáticos, substituição de pa- anúncio, cartum, questionários (quizzes), narrativa com dades e épocas, identificando posturas éticas e posicio-
-- Gêneros textuais escritos autênticos estabelecendo re- nando-se criticamente.
melhor compreensão dele. lavras e linguagem figurada. início, meio e fim, resenhas, descrições pessoais.
lações de sentidos com a língua materna.
Competências Acadêmicas -- Comunicação em tempos verbais simples, progres- -- Compreender modos e estratégias de participação -- Textos de opinião e explicativos.
-- A função de diferentes tempos verbais para a sustenta-
sivo, perfeitos, modais e condicionais. em comunidades virtuais em língua inglesa, identi-
-- Gêneros textuais orais e escritos: entrevistas, anúncio, ção de hipóteses, ideias e argumentação na produção
ficando os temas abordados e os pontos de vista.
-- Leitura e produção de textos escritos de diferentes gêneros, considerando es- -- Gêneros textuais orais e escritos referentes às roti- crônicas, contos, roteiros, videoclipes, curta-metragens, de sentidos.
trutura, efeitos de sentidos, e estabelecendo relações com a língua materna. nas, descrições e relatos. dentre outros, usando recursos linguístico-discursivos
para descrever, expor, narrar ou argumentar sobre dife- -- Aprofundamento lexical em textos e contextos e proces-
-- Análise crítica dos diferentes discursos, oral e escrito, incluindo o próprio, con- -- Gêneros para produção escrita: cartão postal, resu- sos de formação de palavras: prefixos, sufixos, verbos
rentes valores.
mo, e-mail, scraps e postagens. oriundos de adjetivos e substantivos.
siderando as situações comunicativas. -- Aprofundamento no uso de tempos verbais sim-
-- Variação linguística: discurso oral direto e indireto -- Estratégias de leitura na apreensão do significado
ples, progressivos, perfeitos, da passiva, condicio-
versus discurso escrito. do texto.
nais e modais.
-- Tempos verbais simples, progressivos, perfeitos, da
-- Aprofundamento lexical em textos e contextos e proces- -- Identificação de implícitos pertinentes ao sentido do
Competências Ético-estéticas passiva, condicionais e modais.
sos de formação de palavras: prefixos, sufixos, verbos texto; ou seja, realizar inferências de modo a construir
-- Aprofundamento lexical em textos e contextos e oriundos de adjetivos e substantivos. o sentido do texto.
processos de formação de palavras.
-- Compreensão dos estrangeirismos como um movimento de relação de poder -- A função das classes gramaticais e da sintaxe na produ- -- Períodos simples e compostos na constituição
na sobreposição de culturas. -- A função das classes gramaticais na produção do ção do discurso. dos textos.
discurso.
-- Produção cultural em língua inglesa como representação da diversidade cultu- -- Utilização adequada de marcadores do discurso. -- Aspectos estruturais gerais e específicos da língua.
-- Participar de interações orais em língua inglesa so-
ral e linguística bre modos de viver e perceber o mundo, o que nos
-- Os marcadores sequenciais e textuais como elo coeren- -- A língua inglesa e sua influência nos cenários e contex-
te do texto. tos internacionais.
referencia e como vemos o outro, usando recursos
linguístico-discursivos para descrever e opinar so- -- Análise crítica sobre aspectos e influências de países fa- -- Apropriação de modelos e estruturas de exames seleti-
bre comportamentos e valores; lantes de língua inglesa nas mídias e no cotidiano. vos externos nacionais.
Competências Políticas -- Análise crítica sobre aspectos e influências de países -- Identificação e interpretação valores veiculados pelo tex- -- Planejamento do texto a ser produzido: propósito, con-
falantes de língua inglesa nas mídias e no cotidiano. to – posicionar-se ante valores, ideologias e propostas teúdo temático, interlocutores, contexto de interação e
estéticas presentes no texto.
-- Compreensão de costumes dos diferentes povos falantes de língua inglesa, -- Fazer uso de conhecimentos prévios (conheci- suporte.
identificando singularidades e estabelecendo relações entre eles. mento de mundo, experiência anterior com cam- -- Compreensão e expressão das características do lugar
-- Reescrita de versões iniciais do texto e fazer alterações
panhas publicitárias, conhecimento da língua onde vive e de uma mudança em sua vida para narrar
pertinentes ao projeto estabelecido.
-- Uso da língua oral na manifestação das vivências e na explicação da realidade, portuguesa e das línguas adicionais) no auxílio à a sua história.
explorando as diferentes nuances da pronúncia. produção de texto.
-- Planejamento do texto a ser produzido: propósito,
-- Revisão dos textos escritos, de modo a fazer alterações
finais pontuais de formato, de segmentação, de pontua-
-- Reconhecimento da função social de anúncios e conteúdo temático, interlocutores, contexto de inte-
ção, de ortografia.
campanhas publicitárias (convencer o leitor a parti- ração e suporte.
cipar), explicitando a relação entre o texto e o seu -- Análise de informações importantes da fala e seu efeito
-- Reescrita de versões iniciais do texto e alterações perti-
Competências Tecnológicas uso nas práticas cotidianas, estabelecendo relações
e fazendo inferências a partir da integração de texto
nentes ao projeto estabelecido. na produção de sentido.

verbal e não verbal (ilustrações, fotos etc.). -- Análise de informações importantes da fala e seu efeito -- Produção de fala com boa pronúncia, entonação, rit-
-- Apropriação dos conhecimentos da língua inglesa e de seus mecanismos, na produção de sentido. mo e ênfase adequados ao sentido desejado, assim
-- Compreensão e expressão das características do lu- como o efeito do uso de marcas de formalidade e
como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias gar onde vive e de uma mudança em sua vida para -- Produção de fala com boa pronúncia, entonação, ritmo informalidade.
e culturas. narrar a sua história. e ênfase adequados ao sentido desejado, assim como o
efeito do uso de marcas de formalidade e informalidade. -- Utilização, na fala, da forma gramatical correta, confor-
-- Uso de recursos verbais e não verbais na organização de um texto, para am- -- Planejamento do texto a ser produzido: propósito,
me a função comunicativa; unidades lexicais adequadas
pliar a capacidade de compreensão e emprego da língua inglesa. conteúdo temático, interlocutores, contexto de inte- -- Utilização, na fala, da forma gramatical correta, confor-
para expressar sentidos específicos, produzindo discur-
ração e suporte reescrever versões iniciais do texto e me a função comunicativa; unidades lexicais adequadas
so fluente e natural.
fazer alterações pertinentes ao projeto estabelecido. para expressar sentidos específicos, produzindo discur-
so fluente e natural. -- Utilização da língua inglesa para se comunicar em ativi-
-- Análise de informações importantes da fala e seu
-- Utilização da língua inglesa para se comunicar em ativi- dades de paráfrase, entrevistas, discussões, simulações
efeito na produção de sentido.
dades de paráfrase, entrevistas, discussões, simulações e role-play.
-- Produção de fala com boa pronúncia, entonação,
e role-play. -- Utilização de recursos sintáticos, substituição de pala-
ritmo e ênfase adequados ao sentido desejado, as-
sim como o efeito do uso de marcas de formalidade -- Utilização de recursos sintáticos, substituição de palavras vras e linguagem figurada.
e informalidade. e linguagem figurada. -- Textos em língua inglesa (relatos, depoimentos, en-
trevistas, documentários, palestras, resumos e artigos
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81

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ARTE
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desenho, pintura, escultura, teatro, música, dan- se transformam. Cada grupo cria seus modos
“A arte não tem importância para o homem ça etc. As vivências nas diferentes linguagens e de simbolizar e revela em suas práticas cultu-
somente como instrumento para desenvolver o contato com a história de cada área estudada rais formas de atribuir significados ao cotidiano.
sua criatividade, sua percepção etc., mas tem propiciam aos estudantes reconhecimento cul- O desenvolvimento de critérios do que se pode
importância em si mesma, como assunto, como tural e social, preparando-os para ver, observar tomar a cada época como o gosto, ou a noção
objeto de estudos.” e refletir sobre experiências estéticas pessoais e do belo, assim como a Arte em si são conceitos
(BARBOSA, 1975) coletivas. No meio escolar, ainda que compreen- abordados pela estética, e que adquirem novos
damos o amplo repertório de linguagens da Arte, significados em momentos históricos distintos.
como citamos anteriormente, temos comumen- Analisando a história da Arte, percebemos
A educação em Arte possibilita o desenvolvi- te a Arte, como componente curricular, dividida que determinadas práticas produzem sentidos
mento do pensamento artístico, que caracteriza em quatro áreas distintas: Teatro, Música, Dança para o cotidiano. As pessoas dançam, cantam,
um modo particular de dar sentido às experiên- e Artes Visuais. pintam, narram suas histórias. Por exemplo,
cias das pessoas, de ampliar a sensibilidade, a Em caráter particular, a Arte pressupõe a uma dança ritualística para uma população tribal
percepção, a reflexão e a imaginação. Além disso, experiência estética (do grego aysthesis), ou seja, tem significado próprio. Pode ser realizada antes
a Arte, como componente curricular no contex- daquilo que se relaciona com o sensível. Ao mes- de alguma situação específica ou representar
to escolar, igualmente gera pontes com outras mo tempo, enquanto campo histórico constitui certas necessidades, celebração do maravilho-
áreas de conhecimento e estabelece relações cultura e revela múltiplas formas de represen- so. Em outras culturas, a dança pode ser expe-

1.0 ASPECTOS com o mundo, estimulando e desenvolvendo


outras formas de percepção. O ensino em Arte
tação ao longo das diferentes épocas e socieda-
des. As dimensões da Arte são polissêmicas, isto
riência de prazer ou deleite. Isso quer dizer que
a linguagem artística ganha sentido nas práticas

GERAIS tem por objetivo o estímulo ao conhecer, apre-


ciar e refletir sobre as produções artísticas indi-
é, podem ter múltiplos significados, reverberan-
do de modo diferente, dependendo do contexto
culturais. No entanto, os objetos e práticas artísti-
cas podem ser apropriados de modos diferentes
viduais e coletivas de diversas culturas e épocas, da criação artística e do sujeito que lê. Por serem por diversos grupos. Observemos novamente o
compreendendo a diversidade de valores que simbólicos e terem significados ligados aos con- caso da dança ritual. Quando é realizada pelo
orientam tanto o seu próprio modo de pensar e textos sócio-históricos, dialogam com modos de grupo de origem, tem certo significado; quando
agir quanto o da sociedade. sentir, pensar, expressar, narrar das sociedades. é apropriada por um grupo estrangeiro, adquire
Sabemos que a linguagem – independente- A análise das manifestações artísticas gera outros sentidos. O estrangeiro se apropria de de-
mente do campo de conhecimento em que se conhecimento e produz significados acerca dos terminados aspectos da dança, desenraiza-os e
localize – se caracteriza por uma série de códigos grupos sociais e de suas práticas simbólicas. A atribui outros espaços e tempos a ela. Com isso,
particulares e autoestruturados e que, compar- Arte é histórica e, por isso, modifica-se ao longo novos significados são gerados, pois a dança se
tilhados e coordenados de forma consensual, do tempo. Do mesmo modo, a questão do gosto transformou um novo objeto. Não é mais aque-
servem à comunicação, à expressão e à produ- ou daquilo que se compreende como o belo em la dança ritualística realizada pelos habitantes
ção de conhecimento humano. A Arte, por sua cada época também é uma questão filosófica da determinada tribo, nem é uma dança do es-
vez, dá-se por meio de suas diversas linguagens: presente no estudo da estética – como campo fi- trangeiro. Ela foi retirada e praticada por outros
losófico –, e se altera conforme os grupos sociais e seus sentidos se modificaram.
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Por isso, compreender uma manifestação possibilitam experiências pessoais de constru- rado e possibilita novas formas de significação,
artística, seja de que gênero e em que contexto ção de novos conceitos e desenvolvimento da ampliando a compreensão de si, do mundo e
que for, implica perceber que a Arte acontece percepção em suas diferentes áreas. buscando ir além do lugar-comum.
no processo interativo do sujeito com a obra, O fazer artístico se estabelece no entrelaça- A sala de aula pode ser um importante espa-
assim como na própria relação do sujeito com mento dos significados produzidos nas leituras ço de criação e fruição em arte, partindo de pro-
sua expressão. Para o ensino de Arte, tem-se que o sujeito faz do objeto artístico e de seus postas pedagógicas bem estruturadas os alunos
como meta formar um aluno participativo, crí- contextos, assim como dos espaços autoriza- se capacitam para produzir, apreciar e dialogar
tico, problematizador, inventivo. Nessa pers- dos – e não autorizados – da Arte. Além disso, com as manifestações artísticas de diferentes
pectiva, o trabalho com a Arte se constitui na da própria produção artística, da própria obra épocas e povos. Numa sala de aula de Arte, po-
linguagem artística como produtora de senti- emanam significados que são alterados quando demos entender que os limites não são rígidos
dos, pois promove a interação entre sujeitos e se modificam as relações propostas para aque- entre aquilo que o aluno sabe e as intervenções
possibilitam modos de ver, perceber e interfe- le objeto. Por exemplo, quando uma obra está do professor – tudo contribui para o processo
rir no mundo. em um museu – espaço oficialmente autorizado criativo. O desenvolvimento das aulas de Arte
Um exemplo já conhecido na arte contem- da Arte, enquanto as ruas igualmente se tornam se dá no contexto escolar por meio de articula-
porânea é o parangolé, de Hélio Oiticica. Na hoje autorizadas –, ela é lida com base nos silên- ções entre saberes historicamente construídos,
produção do artista, os parangolés só adqui- cios, na contemplação. O museu exige certa ati- dentro de determinada cultura, assim como na
riam sentido quando vestidos, requisitando o tude de leitura, diferente daquela da rua. Uma observação crítica dos mesmos saberes estabe-
sujeito para além da apreciação distante. Exi- produção de arte pública, na rua, está permeada lecida na relação entre professores e estudantes
gia mudança de lugar, pois o sujeito passava a pelos sons e movimentos do espaço. ao longo do percurso.
ser parte da obra, integrando-a e criando uma Em tempo, a Arte está muitas vezes – ainda
nova espacialidade com ela. Na concepção de que não se possa tomar como regra – inserida
Oiticica, a interação entre sujeitos, aquele que em um contexto que a põe em relação ao coti-
observa e a obra, torna-se fundamental para diano. Quando uma obra requer que o sujeito
que a Arte aconteça. (como no caso dos parangolés) transgrida a ideia
Nesse sentido, o trabalho com a Arte está de Arte como contemplação e pede um sujeito
na relação entre os sujeitos e não na obser- participativo. Nessa concepção, a Arte acontece
vação distanciada da produção artística. Esse na interação; assim, demanda leituras e instru-
trabalho da Arte precisa revelar o quanto as in- mentaliza o sujeito para ler o mundo, transcen-
terações provocam deslocamentos que possi- dendo o óbvio, possibilitando a ampliação de
bilitam a construção de novos significados. As sentidos. Produz questionamentos, dúvidas,
interações transcendem técnicas e materiais, e estranhamentos, incertezas. Lida com o inespe-
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Compreendendo a Arte como produtora e está inserido. A linguagem é a nossa primeira he- -- história da Arte – compreensão das relações
reveladora de sentidos – no sentido da aprecia- rança social. É através da aquisição da linguagem entre Arte e conceitos estéticos das diferentes
ção e fruição, assim como no da produção pes- que os indivíduos se organizam socialmente, épocas;
soal e coletiva da Arte –, temos por objeto de seu sendo regulados pelo seu simbolismo. Enquanto -- estética – reflexão sobre os processos dos
estudo as linguagens artísticas, seus meios, componente curricular, a arte pode ser contem- alunos nas diversas linguagens artísticas, bem
repertórios e suas relações sócio-históricas. plada não somente por uma, mas por diversas como em suas interações filosóficas na Arte;
Por linguagens artísticas, compreendemos os linguagens em diferentes áreas como o dese-
-- crítica – julgamentos sobre a expressão artís-
sistemas de símbolos e modos de representação nho, a pintura, a escultura, a fotografia, a música,
tica através do ato de ver e descrever o mundo
caracterizados especialmente pela dimensão es- o teatro e a dança.
artístico (BARBOSA, 2002, p. 6).
tética e que requerem um tipo de interação de No momento da construção de uma obra
natureza sensível. Ao compreender os códigos de arte, independente da linguagem artística,
O ensino de Arte almeja, assim, contribuir
culturais, o sujeito é capaz de reconstruí-los, pro- um conjunto de ideias surge de maneira sen-
para o desenvolvimento e as experiências hu-
duzindo e atribuindo novos sentidos aos produ- sível, imaginativa, estética, simbólica por seus
manas; convidando o estudante a criar, impro-
tos artísticos. produtores, no caso os artistas. Por sua vez, os
visar, compor, executar, interpretar, discutir,
A arte é a experiência da sutileza, do inefável apreciadores (espectadores, fruidores, público)
escrever e pensar, relatando e elaborando con-
e é constituída por sistemas simbólicos próprios são considerados participantes da produção
ceitos a partir da observação dos trabalhos de
que adquirem sentido na cultura. Dessa manei- da Arte e da sua história, no momento em que
arte desenvolvidos em oficina com os alunos.
2.0 OBJETO DE ra, pode vir a ser choque, transgressão, hostili-
dade, escândalo. O sujeito precisa estar aberto
entram em contato com os aspectos sensoriais
e cognitivos expostos pelo artista em sua obra.
Com a produção de trabalhos artísticos e conhe-
cimento da produção de outras pessoas e de ou-
ESTUDO para interlocuções com os objetos, deixando-se
afetar pelos artefatos artísticos.
Neste momento, o espectador é livre para criar
um novo conjunto de ideias em sua mente, inde-
tras culturas, o estudante poderá compreender
a diversidade de valores que orientam tanto o
O objeto da Arte abrange saberes culturais pendente dos significados propostos pelo artista.
seu próprio modo de pensar e agir, bem como
e estéticos, inseridos em práticas de produção e Seja produzindo, apreciando, analisando, fruin-
o modo de pensar e agir de outros grupos em
apreciação artística fundamentais para a forma- do, inferindo construindo ou desconstruindo um
diferentes sociedades. Ao conhecer e fazer arte,
ção do sujeito. Nesse sentido, a compreensão objeto artístico, o indivíduo está desenvolvendo
o estudante percorre trajetos de aprendizagem
dos sistemas de representação é basilar para habilidades e competências fundamentais para
que propiciam conhecimentos específicos sobre
uma consistente interlocução com os produtos a compreensão e aquisição dessa linguagem.
sua relação com a própria arte, consigo mesmo
da Arte, possibilitando experiências de análise e A prática pedagógica de Arte precisa integrar e com o mundo.
de crítica, leitura, interpretação e intervenção no os quatro campos de conhecimento distintos: As propostas de estratégias devem, por-
mundo, de modo crítico e reflexivo.
-- produção artística – uso de meios materiais, tanto, permitir ao aluno, de uma forma geral, o
Arte é linguagem. Linguagem é a capacida-
instrumentos, objetos e o próprio corpo do contato com as expressões artísticas através da
de humana de articular significados coletivos e
sujeito para transmitir ideias, imagens e senti- apreciação da Arte, do fazer artístico e da contex-
compartilhá-los, de acordo com as necessidades
mentos; tualização histórica. Devem proporcionar, sem-
da sociedade na qual este indivíduo em questão
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pre, a vivência e a reflexão em Arte, que deverão


se expandir para diferentes áreas do conheci-
mento.
Nesse sentido, o processo de ensino e de
aprendizagem, a seleção e a organização dos
conteúdos gerais das diferentes linguagens ar-
tísticas visam proporcionar ao estudante o co-
nhecimento de sua própria cultura, porém,
igualmente, impulsionar a descoberta da cultu-
ra do outro, com o cuidado da relativização das
normas e valores no contexto de diferentes cul-
turas. Nesse sentido, devem-se considerar os se-
guintes critérios:
• Conteúdos que favorecem a compreensão
da Arte como cultura, do artista como ser
social e dos alunos como produtores e apre-
ciadores;
• Conteúdos que valorizam as manifestações
artísticas de povos e culturas de diferentes
épocas e locais, incluindo a contemporanei-
dade e a arte brasileira;
• Conteúdos que possibilitam que o fazer ar-
tístico, a apreciação e a contextualização,
possam ser realizadas com grau crescente
de elaboração e aprofundamento (PIMEN-
TEL, 1995, p.16).
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ARTE
Objeto de estudo: linguagens artísticas, seus meios, repertórios e suas relações sócio-históricas

Competências Acadêmicas Competências Ético-estéticas Competências Políticas Competências Tecnológicas


-- Conhecer – refletir, produzir e analisar – a Arte como lin- -- Reconhecer os elementos estéticos inerentes às mani- -- Analisar os diferentes discursos sócio-políticos inseridos -- Apropriar-se dos códigos das linguagens da Arte, seus
guagem e manifestação cultural, em suas dimensões in- festações artísticas para a compreensão da diversidade e na Arte, a partir da identificação dos valores dos diferen- elementos estruturais relativos à construção e execução
dividual e sócio-histórica, estética e política, reveladoras das diferenças culturais, ampliando os diálogos intercul- tes sistemas de representação inseridos nas culturas po- das produções artísticas em seus aspectos materiais e
de identidades culturais e articuladoras de diferentes sa- turais e desenvolvimento do sentimento de preservação pular, erudita e de massa. simbólicos.
beres. patrimonial e da memória cultural.

3.0 COMPETÊNCIAS
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A aprendizagem em Arte na escola não tem reconhecimento sistemáticos das produções representação criado com base em códigos
por objetivo principal formar artistas, mas sim de comunicação visual, cênica, corporal, musi- culturais. A aprendizagem, então, requer su-
instrumentalizar o estudante a compreender cal ou outras que componham seu ambiente. jeitos em interação com os artefatos artísti-
as diferentes linguagens artísticas como cons- Nesse sentido, a concepção elitizada de cos, construindo diálogos, interatuando com
trução histórico cultural, identificando sua fun- Arte como algo exclusivo – como se produto os objetos e criando redes simbólicas que se
ção comunicativa e estética. Nesse sentido, a de poucos gênios de habilidades inalcançáveis articulam. Pensando na Arte como sistema
aprendizagem em Arte perpassa a formação – faz parecer impossível ensinar ou aprender simbólico, é a obra que mobiliza os diálogos,
do julgamento estético, o desenvolvimento da arte. Na escola, é preciso desconstruir a ideia pois é ela que instaura certas demandas no
inventividade. Isto posto, faz-se necessário o do fazer artístico como algo exclusivamen- sujeito. Para aprender Arte, o aluno neces-
estímulo às experiências artísticas, por meio te relacionado ao talento natural. Para tanto, sita compreender os sistemas simbólicos e
do contato com formas de fazer arte. adentram-se as linguagens e selecionam-se atribuir sentidos aos produtos artísticos. Não
No entanto, não existe um único caminho, conteúdos que possam lidar com aspectos da basta dominar signos. É indispensável esta-
pois a aprendizagem em Arte se trata funda- Arte que perpassam diferentes culturas e ins- belecer um diálogo que permita entender os
mentalmente de construir caminhos, pois é tâncias culturais, analisando, assim, proces- muitos significados das obras de arte. Requer
no processo que o pensamento se constrói. sos simbólicos de artistas consagrados, bem analisar os contextos para compreender as
O produto final (em quaisquer das linguagens como de alunos participantes das oficinas. mudanças das categorias estéticas e as varia-
artísticas que compreendem o componente Na escola, ensinamos e aprendemos os ções dos sentidos dos símbolos artísticos.

4.0 APRENDIZAGEM curricular em Arte) é o resultado de diversos


processos mentais que tornam essa aprendi-
modos de representar que os grupos e as cul-
turas criam para si e de si. Desse modo, fala-
Como aprendiz de Arte, o aluno também
precisa ser autor, pois é quando produz, que o
zagem significativa. mos das culturas que convivem na sociedade. sujeito se desloca do lugar de apreciador para
Ao considerarmos a Arte em sua função Refletimos sobre a cultura popular, a cultura o de criador. Com isso, ele mobiliza conheci-
formadora e transformadora de cidadãos, de- erudita, a cultura de massa e suas interfaces. mentos de natureza conceitual e procedimen-
vemos contemplar conteúdos que trabalhem Estudamos os produtos culturais, procurando tal, para transformar em produtos da Arte. A
a memória do patrimônio cultural, novas e pos- criar diálogos, pois da obra de arte emanam criação artística na escola requer do aluno a
síveis leituras do mundo por meio dos sons, muitos significados. Algumas nos causam pra- articulação de elementos estruturais das lin-
imagens e movimentos e o entendimento da zer; outras, estranheza; outras nos desestabili- guagens, de aspectos conceituais das propo-
sociedade, por meio de atividades práticas de zam e inquietam. Nessa área, os processos de sições, mas principalmente com elementos
pesquisa, criação e fruição em Arte. aprendizagem estão envolvidos pelo conheci- subjetivos, com as interpretações, com as
A apropriação desorganizada das ima- mento dos contextos de produção analisados incertezas, as escolhas pessoais, os desloca-
gens, sons e gestos oriundos da cultura coti- pelo viés da sensibilidade estética, pelos diálo- mentos, a memória e os modos de represen-
diana – como os meios de comunicação, bem gos com a obra de arte e pela criação artística. tação. A criação mobiliza todo conhecimento
como o senso comum –, pelos sujeitos em so- O cerne desta proposta de ensino é a in- produzido durante as aulas e fora dela, mobi-
ciedade, torna fundamental o trabalho de in- teração dos sujeitos com as linguagens artís- liza as experiências dos sujeitos, as hipóteses,
termediação realizado pelo educador para o ticas. Linguagem entendida como sistema de as percepções pessoais, as indagações dos
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colegas e do professor, os erros, as incertezas Resumindo, aprender Arte requer:


transformadas em produtos da Arte. • Compreensão dos sistemas simbólicos.
A aprendizagem em Arte na escola é in- • Apreensão das estruturas das diferentes
dividual, mas também é coletiva. A criação linguagens.
artística também inclui erros, incertezas e sub- • Conhecimento dos aspectos formais de
jetividades. Essa aprendizagem envolve cog- cada linguagem estudada.
nição e também a penetração em territórios • Aprendizagem de metodologias e técni-
outros, inscrevendo-se em diferentes topolo- cas.
gias. A Arte é interterritorial, pois não se limita • Invenção, transformação, ampliação.
a certas concepções circunscritas em limites • Leitura e interpretação.
fronteiriços. Ela se vale de qualquer elemen- • Fruição.
to, material, procedimento para criar objetos, • Deixar-se afetar.
conceitos estéticos. A contemporaneidade ar- • Estabelecimento de diálogos entre as lin-
tística ampliou os limites da arte até o total ex- guagens.
travasamento, produzindo artefatos múltiplos • Produção de significados com base em
e polissêmicos. Por isso, a aprendizagem em múltiplas linguagens.
Arte se trata fundamentalmente de construir
caminhos, pois é no processo artístico que os
pensamentos se constroem. O objeto artístico
é o resultado de diversos processos materiais
e mentais que incluem o domínio das estru-
turas características, dos códigos formais, das
demandas simbólicas, assim como dos aspec-
tos procedimentais.
A Arte possibilita a retomada dos recursos,
o que proporciona o aprofundamento pela
acumulação dos saberes formais – quanto
mais oportunidades, melhor o sujeito apren-
de. Diante desses aspectos, o sujeito produz
diálogos culturais.
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É no exercício da linguagem que o aluno fruição com os objetos da Arte, a leitura e a in-
“Um currículo que integre atividades artís- exercita os procedimentos peculiares da Arte. venção, promovendo a apropriação de símbo-
ticas, história das artes e análise dos trabalhos Quando se expressa por meio dela, torna-se au- los específicos. A metodologia para ensiná-la
artísticos levaria à satisfação das necessidades e tor, e isso revela concepções particulares, marcas precisa abranger diferentes modos de apren-
interesses das crianças, respeitando ao mesmo pessoais. A criação exige articulação de conheci- dizagem, pois os eixos que estruturam a área
tempo os conceitos da disciplina a ser aprendi- mento dos elementos das linguagens que inte- pedem abordagens diversas, de modo que
da, seus valores, suas estruturas e sua específica gram o fazer artístico. A situação de produção é o aluno possa construir um pensamento que
contribuição à cultura.” fundamental para deslocar o sujeito e colocá-lo amplie sua compreensão e percorra múltiplos
(BARBOSA, 1998) no papel de criador. Com isso, ele mobiliza ferra- caminhos de leituras e escritas.
mentas próprias para incorporar ao seu discurso A metodologia deve estimular a pesquisa,
e revelar modos de compreensão e percepção. a experimentação, o levantamento de hipó-
O ensino de Arte possui como potência Assim, as propostas metodológicas devem per- teses, a resolução de problemas, os registros,
a ampliação de percepções que os sujeitos mitir que o sujeito seja autor, construa seus pró- de forma permanente, para que a construção
têm de si e dos outros, desestabilizando ten- prios caminhos – experimente, conheça. e reconstrução do conhecimento articulem di-
dências monoculturais, interferindo nos mo- É necessário compreender que, sendo a versas competências. Essa condição se refere
dos de perceber as realidades e interpretar Arte um campo de diversas linguagens, seu es- a um trabalho no qual o fazer não se separa
os processos históricos. A Arte se constitui tudo requer o conhecimento daquilo que é par- da reflexão acerca dos conteúdos abordados.

5.0 METODOLOGIAS em elaborações cognitivas, afetivas, poéti-


cas, estéticas que envolvem a construção de
ticular em cada campo. A pintura, por exemplo,
exige o conhecimento de aspectos técnicos pró-
O estudo da Arte exige um ir e vir constante,
observando aspectos do passado interferindo

DE ENSINO E DE significados. Na abordagem da Arte como


linguagem, a aprendizagem pressupõe o co-
prios de sua linguagem. Elementos como linha,
cor, forma, espacialidade. Por isso, para criar em
nas criações do presente. Demanda deixar-
-se afetar pelos objetos simbólicos e construir

APRENDIZAGEM nhecimento de escolas artísticas e de técnicas cada linguagem, o aluno precisa reconhecer e in- diálogos permanentes. Para aprender Arte, os
tradicionais; ou seja, é necessário compreen- teragir com seus elementos estruturais. A lingua- alunos devem compreendê-la como produto
der que ela se estrutura a partir de determi- gem da dança se utiliza da relação do corpo com cultural e transformar-se com base nas inven-
nados códigos construídos socialmente. o tempo/espaço. A linguagem musical requer ções e desconstruções artísticas. A metodologia
São códigos polissêmicos com multiplicida- sons, silêncios. A linguagem teatral incorpora de ensino deve ser diversificada, promovendo
de de significações. Então, a aprendizagem da elementos de diversas linguagens artísticas. a interação do sujeito com a produção artística,
Arte e de suas diversas linguagens – visual, ges- Solicita o cuidado com sons, silêncios, espaços estimulando os processos de significação.
tual, sonora e cênica – solicita a apropriação dos e tempos, textos verbais e não verbais. A metodologia do ensino em Arte precisa
códigos particulares. Requer um tipo de conhe- O contato eventual com produções artísti- valorizar o fazer artístico, a apreciação e con-
cimento específico, pois está ligada a demandas cas ou a simples estimulação sensorial não são textualização histórica e cultural. Fazer Arte é
simbólicas. O sujeito necessita compreender suficientes para a apreensão dos elementos descobrir e descobrir-se, pois, juntamente com
que as produções artísticas apresentam um estruturais das linguagens. É necessário o tra- os sons, as imagens, os gestos e/ou os movi-
modo próprio de atribuir sentido às coisas. balho frequente com os contextos históricos, a mentos, coexiste a emoção que está sempre
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presente nesses sons, nessas imagens, nes- É o conceito que trabalha a invenção en- Por meio do convívio com este universo, os A apreciação requer um sujeito inquiridor,
ses gestos e/ou movimentos. tendida não só como originalidade, mas como alunos podem conhecer: reflexivo, que perceba a Arte em sua complexi-
A capacidade de criar está em todo ser a capacidade de desenvolver a percepção, a • O fazer artístico como experiência poética dade e multiplicidade de significados. Na apre-
humano. Sabemos que, ao criar, o sujeito, imaginação, a sensibilidade, a criticidade, pres- (a técnica e o fazer como articulação de sig- ciação artística, as concepções históricas criam e
dentro de seu contexto cultural, utiliza a lin- supostos para o desenvolvimento da capacida- nificados e experimentação de materiais e revelam códigos próprios dos artefatos artísticos,
guagem como construção. A Arte trabalha a de indagadora. suportes variados). no tempo e no espaço, considerando as forças
invenção entendida não só como originalida- O fazer artístico é a prática artística expressa políticas, históricas, sociais, geográficas e cultu-
de, mas como a capacidade de desenvolver no trabalho de ateliê, na sala de dança, no estú- • O fazer artístico como desenvolvimento de rais mobilizadas para a criação. Situam os obje-
a percepção, a imaginação, a sensibilidade, a dio de música, no laboratório de teatro. Prática potencialidades: percepção, reflexão, sensi- tos artísticos como produtores de significado e
criticidade, pressupostos para o desenvolvi- que enfatiza a percepção, a fantasia e a imagina- bilidade, imaginação, intuição, curiosidade e propõem que o sujeito dialogue com a produção
mento da capacidade indagadora. ção criadora, para possibilitar o desenvolvimen- flexibilidade. artística numa intenção de articular os sistemas
Inventar e criar em Arte abrange o pensa- to de um processo próprio de criação. Em geral, • O fazer artístico como experiência de intera- de representação.
mento crítico, explorando a experimentação, o fazer artístico não deve se basear na simples ção (celebração e simbolização de histórias O conceito de apreciação propicia a intera-
a transgressão, o alargamento das ideias, a imitação de modelos propostos, mas no desen- grupais). ção entre os sujeitos envolvidos no processo, na
ampliação dos sentidos. Inventar não signifi- volvimento da criatividade do educando, a ser • O objeto artístico como forma (sua estrutu- medida em que o apreciador, em diálogo com
ca criar a partir do nada, mas abrange o pro- expressa nas mais diversas linguagens artísticas. ra ou leis internas de formatividade). a obra, desenvolve suas capacidades sensoriais,
cesso de experimentação, de compreensão e Busca-se que os estudantes vivenciem intensa- cognitivas, estéticas, criando hipóteses e potencia-
apreensão dos códigos, instrumentos e téc- mente o processo de criação, desenvolvendo-se • O objeto artístico como produção cultural lizando novos sentidos. Possibilita compreender
nicas para a criação. A invenção é ensinada tanto nos modos de fazer técnico quanto na re- (documento do imaginário humano, sua a produção artística como construção estética de
e aprendida. Destacamos que a produção é presentação imaginativa e da expressividade. historicidade e sua diversidade). acordo com as análises das criações, interferindo
marca pessoal, modo de criar significados, lei- É importante que os estudantes com- no modo de os sujeitos pensarem a realidade dos
turas e escritas de mundo. Inventar significa preendam o sentido do fazer artístico; que suas Outro aspecto que merece destaque no fa- diversos períodos e culturas. Ajuda a perceber
mobilizar elementos formais e aspectos sub- experiências de desenhar, cantar, dançar ou zer docente é a apreciação da obra ou objeto de os diferentes processos culturais nas dimensões
jetivos na produção artística. Quando inven- dramatizar desenvolvam seu conhecimento em arte, que envolve a fruição, a percepção, a com- erudita, popular e de massa e promove os diá-
ta algo, o sujeito articula conhecimentos dos Artes. Ao fazer e conhecer a Arte, o aluno percor- preensão da Arte com base nas indagações ou logos locais, regionais, nacionais e internacionais.
aspectos estruturais e simbólicos das lingua- re trajetos de aprendizagem que propiciam co- nas interações entre o sujeito e a criação artística. Também permite, ao sujeito, entender que não
gens. O aluno percorre caminhos, desenvolve nhecimentos sobre sua relação com o mundo e Abrange os processos de apropriação dos símbo- há uma manifestação única, mas muitas possibi-
processos pelos quais amplia conhecimentos desenvolvem potencialidades como percepção, los culturais representados na obra de arte. Re- lidades de criação de significados, envolvidas em
e aprende a dominar aspectos das linguagens, observação, imaginação e sensibilidade. Essas quer habilidades de leitura para a compreensão aspectos sensíveis e poéticos. A metodologia usa-
tornando-se mais fluente para articulação de habilidades contribuem para a apreensão dos do objeto artístico e explora as dimensões que da para a apreciação da linguagem artística pode
saberes. conteúdos das outras disciplinas do currículo. vão além das experiências sensoriais. ser estética, semiológica, iconológica.
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A leitura da imagem, nesta proposta de en- • O


estudo, a análise e a apreciação das ma- A contextualização histórica possibilita a ob- De acordo com o pensamento cognitivista,
sino, desenvolve as habilidades de ver, julgar e nifestações artísticas podem contribuir tan- servação dos meios da Arte como campos de a criança vai desenvolvendo conceitos à medida
interpretar as qualidades das obras, compreen- to para o processo pessoal de criação dos processo contínuo, orgânico e dialético, e que en- que vai crescendo e adquirindo novas experiên-
dendo os elementos e as relações estabelecidas alunos como também para o conhecimento focam, em dado momento histórico, o registro do cias. As propostas de estratégias a serem desen-
no todo do trabalho. “[...] Ler uma imagem é sa- progressivo e significativo da função que a sentimento estético e da visão do artista ante os volvidas permitirão ao aluno, de uma forma geral,
boreá-la em seus diversos significados, criando Arte desempenha nas culturas humanas. acontecimentos que o envolveram no momento o contato com as expressões artísticas, através da
distintas interpretações, prazerosamente” (PIL- • Inventando percursos educativos, buscan- de sua criação. Ao conhecer a história da Arte, o apreciação, do fazer e da contextualização. De-
LAR; VIEIRA, 1992, p. 18). do surpreender seus alunos, o professor aluno poderá estabelecer relações mais profun- vem proporcionar, sempre, a vivência e a reflexão
No processo de leitura, a obra de arte ad- trabalha a concepção de Arte, o aprender e das com sua própria produção artística, possibili- em Arte, que deverão se expandir para diferentes
quire conteúdo expressivo para o aluno; sendo a educação do olhar. tando-lhe intervir e reinventar sua obra. O aluno áreas do conhecimento. É importante realizar visi-
assim, ela é a própria consideração para o desen- pode se relacionar com a Arte de diversas épocas tas a museus, galerias, ateliês, ensaios de grupos
volvimento do olhar, enquanto critério pessoal de Todo o trabalho a ser desenvolvido nesse e estilos, conhecer os diferentes elementos que de dança, peças teatrais, concertos e bandas musi-
interpretação estética. Quando se lê uma obra, componente curricular precisa ter como princípio entraram em sua composição e construir um co- cais, apresentação de corais, espetáculos e outros,
diga-se, quando se reconhecem sentidos nela, a Contextualização, que se refere à descoberta de nhecimento teórico. no intuito de proporcionar vivências significativas
entram em ação conhecimentos artísticos e não técnicas, estilos e modos de fazer arte, e o estudo Seguindo a linha de raciocínio da aprendi- no ensino de Arte.
artísticos. A leitura ocorre no diálogo do especta- da História da Arte nas suas diversas linguagens. zagem em Arte, faz-se importante adaptar as No Ensino Médio, o ensino de arte deve con-
dor com a obra, num tempo/espaço preciso. Por Em arte, não podemos dissociar teoria da prática, metodologias de acordo com as faixas etárias, tribuir para o fortalecimento da experiência sensí-
isso, “[...] não há uma leitura, mas leituras, onde pois é a partir da prática que vem a reflexão, o sen- respeitando o nível de desenvolvimento dos indi- vel e inventiva dos estudantes, e para o exercício
cada um precisa encontrar modos múltiplos de so crítico. víduos e as necessidades de cada etapa da vida es- da cidadania e da ética construtora de identidades
melhor saborear a imagem” (PILLAR, 1999, p. 20). A obra de arte deve ser apreciada ou avaliada colar. O estudo da História da Arte, dos momentos artísticas. Esse fortalecimento se faz dando conti-
Cabe ao professor escolher os modos e re- inserida no contexto histórico-cultural em que foi históricos e dos estilos estéticos e técnicas de pro- nuidade aos conhecimentos de Arte desenvolvi-
cursos didáticos adequados para apresentar as produzido; por isso, para o ensino de Arte propõe- dução artística não se desvinculam dessa práxis. dos na Educação Infantil e Fundamental, em artes
informações, observando sempre a necessidade -se a contextualização, atividade que vai além das Assim, a metodologia deve perpassar os conceitos visuais, dança, música e teatro, ampliando sabe-
de introduzir formas artísticas, porque ensinar informações meramente factuais e de uma visão trabalhados no objeto de estudo, respeitando a res para outras manifestações, como as artes
Arte com Arte é o caminho mais estimulante. O histórica cronológica. “A História da Arte e da Cul- fase de desenvolvimento do estudante, pois cada audiovisuais. No Ensino Fundamental, a base de
texto literário, a canção e a imagem trarão mais co- tura deve ser algo vivo e ágil, onde o importante faixa etária se relaciona de forma diferente com formação em Arte deve ter sido sólida o suficien-
nhecimento ao aluno e serão mais eficazes como não é um estudo cronológico, mas uma perspec- o tema. Isso não quer dizer que um segmento te para que, no Ensino Médio, os alunos tenham
portadores de informação e sentido. O aluno, em tiva inter-relacionada com as produções artísticas, dará mais ênfase em um conceito do que em ou- possibilidade de saber e participar de outras ma-
situações de aprendizagem, precisa ser convida- com os conceitos estéticos das diferentes épocas tro. Todos os conceitos, fazer artístico, apreciação nifestações artísticas como, por exemplo, cinema
do a se exercitar nas práticas de aprender a apre- e com o próprio meio social em que determinada (estética e crítica) e contextualização, precisam ser de animação, vídeo-arte, multimídia artística, den-
ciar, observar, ouvir, tocar e refletir sobre elas. expressão artística se dá” (OSINSKI, 2002, p. 35). considerados durante todo o período escolar. tre outras artes audiovisuais e informáticas.
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Para desenvolver processos de avaliação em modos pelos alunos. Então, os objetivos do zagem e indicar sua intenção nos processos de
Arte, é indispensável ponderar que seu objeto projeto desenvolvido em sala de aula precisam ensino e de aprendizagem, pois tão importan-
de estudo – que compreende seus meios parti- nortear as intenções do professor e iluminar o te quanto avaliar, é tomar decisões diante dos
culares, suas linguagens e sua história – é com- que ele precisa analisar na produção do aluno. resultados obtidos. Por isso, tanto o professor
plexo e polissêmico. A avaliação deve possibilitar Por exemplo: o professor propõe a criação de quanto os alunos devem utilizar portfólios ou ca-
a leitura das criações dos alunos como modos registros dos espaços próximos à sala de aula dernos de percurso para registrar os processos,
de identificar caminhos possíveis e analisar o co- para investigar um determinado conceito, como por permitirem que as invenções, os registros, as
nhecimento desenvolvido pelos processos ocor- o invisível. Estabelece duas linguagens visuais: interferências, as pesquisas sejam vistos como
ridos na sala de aula. o desenho e a fotografia. Ele precisa discutir o um todo integrado.
Deve ser indicador dos percursos e permi- conceito, o que pode significar a ideia de invisí- A avaliação processual e diagnóstica leva
tir, ao professor, verificar como os processos vel. Uma das ideias poderia ser aquilo que está em conta o desenvolvimento de cada sujeito em
aconteceram e como deverão continuar. Ajuda disposto na paisagem e não percebemos, como: relação a ele mesmo e abrange as possibilidades
a pensar se as escolhas contribuíram para as um detalhe, um ângulo diferente de uma coluna de caminhos diversos, que cada um pode desen-
aprendizagens, se a metodologia foi adequada. do prédio, alguém que deixamos de olhar por al- volver, privilegiando assim os processos e não so-
Olhar para os erros, para as arestas do processo, gum motivo. mente o produto final. É imprescindível analisar
indica o que falta, mas também o que pode ser. Depois de discutido o conceito, os critérios o percurso (pessoal) de cada aluno e sua relação
Os acertos apontam caminhos e os erros apon- de avaliação devem ser esclarecidos. Podem com o trabalho desenvolvido, visualizando toda

6.0 AVALIAÇÃO DA tam muito mais: revelam as frestas possíveis, as


incertezas, outras possibilidades.
ser negociados com os grupos ou estabeleci-
dos pelo professor, mas devem ser ditos antes
a trajetória percorrida por ele, desde o início do
processo até a sua finalização. Por fim, reitera-

APRENDIZAGEM A avaliação deve ter sentido amplo e não


rigorosamente técnico ou teórico, mas abarcar
do início das criações. No exemplo, o conceito é
fundamental, então as fotografias e os desenhos
mos que a aprendizagem em Arte é processual
e todos os momentos – de levantamento de hi-
as intenções das propostas, em decorrência dos precisam mostrá-lo. Mas, será que uma fotogra- póteses, de investigação, pesquisa de materiais,
ritmos e características diferentes de cada alu- fia superexposta (toda branca) ou uma folha procedimentos – são passíveis de serem analisa-
no, e principalmente porque a Arte não é ho- em branco também poderia ser uma discussão dos para entender se os alunos aprenderam ou
mogeneizante. Assim, os elementos estruturais sobre o conceito em questão? É necessário ter não e para continuar a trajetória de ensino e de
das linguagens devem ser avaliados como par- em mente que as proposições da Arte, quanto aprendizagem.
te do instrumental necessário para a produção mais provocadoras, mais conduzirão a múltiplos O processo avaliativo em Artes deverá ser
artística. Pois é necessário ao aluno conhecer, caminhos. Desde o momento da discussão do diagnóstico, formativo e processual, analisan-
compreender e se utilizar dos códigos e dos ele- conceito, o processo de aprendizagem está em do se os objetivos relacionados nos eixos foram
mentos estruturais das diferentes linguagens na andamento e, dependendo das reflexões do atingidos pelos alunos e trabalhado pelos pro-
criação dos produtos. grupo e das leituras das produções, as aprendi- fessores. É importante que, na avaliação das
Todos os itens de avaliação devem ser re- zagens poderão ampliar os caminhos. produções artísticas, sejam elas individuais ou
velados antes das produções, porque as propo- O professor deve ter instrumentos de re- coletivas, os estudantes tenham consciência dos
sições do professor podem ser lidas de muitos gistro para sistematizar as situações de aprendi- critérios a serem considerados na avaliação. Os
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estudantes precisam ter consciência de que eles No diário de bordo, o professor verifica- rio alguns termos específicos, bem como saber pessoal, a respeito das relações que ocor-
estão sendo avaliados. A avaliação teórica não rá todo o caminho que o aluno percorreu relacioná-los. A aferição desse vocabulário pro- rem a partir das combinações de alguns ele-
deve suprimir a produção artística em nenhum para realização de determinadas ativida- piciará meios para que ele possa tanto pensar mentos do discurso dos próprios trabalhos,
momento da vida escolar. Não existe aprendiza- des, seus sentimentos, suas emoções indi- como fazer e apreciar Arte. nos dos colegas e em objetos e imagens
gem em arte se a teoria for dissociada da prá- viduais. Isso oferece respaldo significativo Dessa forma, a avaliação deve ser constante produzidos em distintas culturas e diferen-
tica. Fazer arte seja em quaisquer linguagens para a aprendizagem e para o professor, no processo educacional. Ela deverá ser utilizada tes épocas.
artísticas (teatro, música, dança, artes visuais, li- que pode ter uma atitude reflexiva em re- de forma coerente e estruturada, de modo que • Conhecer e apreciar vários trabalhos e
teratura) é tão importante para a formação do lação ao próprio trabalho. se tenha um ensino comprometido com a cons- objetos de arte por meio das próprias
indivíduo enquanto ser crítico e leitor do mundo trução de conhecimento e o envolvimento com emoções, reflexões e conhecimentos e
• Autoavaliação: Pode ser oral ou escrita,
quanto à aprendizagem teórica. sentimentos e emoções, com a possibilidade de reconhecer a existência desse processo
individual ou em grupo, quando o aluno
As estratégias de avaliação em Arte podem expressão individual e coletiva. em jovens e adultos de distintas cultu-
relata o que aprendeu, seu comportamen-
ser as mais variadas e deverão ser selecionadas ras. Avaliar se o aluno conhece, sabe apre-
to e suas atitudes em relação às aulas de
pelo professor/escola, de acordo com o objetivo • Criar formas artísticas por meio de poé- ciar e argumentar sobre vários trabalhos,
Arte. É fundamental, pois o professor po-
do trabalho pedagógico: ticas pessoais. Avaliar se o aluno produz com senso crítico e fundamentos, obser-
derá verificar se tanto seu trabalho quanto
com liberdade e marca individual em diver- vando semelhanças e diferenças entre os
o do aluno estão se concretizando, fazen-
• Pasta/portfólio: Cada aluno terá sua pas- sos espaços, utilizando-se de técnicas, pro- modos de interagir e apreciar arte em dife-
do com que interajam no processo de
ta individual, onde colocará sua produção cedimentos e de elementos da expressão rentes grupos culturais.
construção e de ampliação do próprio co-
e todo o material que considerar interes- visual, gestual e/ou sonora.
nhecimento em Arte, bem como lidar com • Valorizar a pesquisa e a frequentação
sante como referência para futuras pro- • Estabelecer relações com o trabalho de
o socioemocional. junto às fontes de documentação, pre-
duções ou estudos. O portfólio permite, arte produzido por si, por seu grupo e
ainda, que o professor tenha um registro • Aferições conceituais e de termos téc- servação, acervo e veiculação da produ-
por outros. Avaliar se o aluno sabe identi- ção artística. Avaliar se o aluno valoriza a
constante do processo de aprendizagem nicos: São questionários e testes que, apli-
ficar e argumentar criticamente sobre seu pesquisa, conhece e observa a importância
do aluno, pois nele ficam praticamente cados de tempos em tempos, contribuem
direito à criação, respeitando os direitos, va- da documentação, preservação, acervo e
todos os materiais que lhe proporcionem para a avaliação do domínio do vocabulá-
lores e gosto de outras pessoas da própria veiculação da própria cultura e das demais
interesse e que tenham sido resultado do rio próprio de referência técnica e concei-
cidade e de outras localidades, conhecen- em relação aos espaços culturais, como
trabalho em Arte. tual da Arte.
do-os e sabendo interpretá-los. bens artísticos e do patrimônio cultural.
• Diário de bordo: Caderno de anotações Cabe considerar ainda que o conhecimen- • Identificar os elementos da expressão
em que o aluno registra acontecimentos, to e a expressão em Arte supõem o domínio de artística e suas relações em trabalhos
pensamentos, sentimentos, o que apren- conceitos e termos técnicos na área. Para saber artísticos e na natureza. Avaliar se o alu-
deu, suas facilidades, dificuldades etc. Arte, o aluno deve incorporar em seu vocabulá- no conhece, analisa e argumenta, de forma
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7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS
7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO HABILIDADES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO

-- Vivenciar a Arte como linguagem inserida no co- -- Diálogos com a Arte: aproximação lúdica das -- Identificar produções artísticas e o contexto em -- Diálogos com a arte: conhecimento, identificação
tidiano escolar, onde é possível exercitar o ima- produções artísticas. que estão inseridas. de produções artísticas.
ginário.
-- Jogos de faz de conta: experimentações visuais, -- Identificar oportunidades de experimentação so- -- Jogos de faz de conta: experimentação e identifi-
-- Dramatizar histórias do universo infantil, utilizan- gestuais, sonoras e cênicas. nora, visual, corporal e cênicas em atividades que cação de ferramentas visuais, gestuais, sonoras
Competências Acadêmicas do diversos recursos sonoros e cênicos.
-- Familiarização com universo artístico: releituras de
envolvam jogos de faz de conta. e cênicas.
-- Experimentar diferentes materiais, recursos e obras de artistas de diversas linguagens artísticas. -- Vivenciar e valorizar manifestações e artistas, -- Reflexão a partir de obras de artistas das diver-
-- Refletir, produzir e analisar a Arte como linguagem e manifestação cultural, em técnicas na construção de narrativas visuais.
-- Construção de narrativas a partir da escuta de
tanto populares quanto eruditos, como forma- sas linguagens, eruditos ou populares para ob-
suas dimensões individual e sócio-histórica, estética e política, reveladoras de iden- -- Compreender, gradativamente, a releitura de obras do folclore e obras eruditas.
dores de identidade cultural. servação ao longo do ano.
tidades culturais e articuladoras de diferentes saberes. obras de arte como possibilidade de aproximação -- Participar de discussões coletivas a respeito de -- Estudo constante de artistas populares e erudi-
-- Diversidade das produções artísticas: variantes
com a obra e inserção de referências pessoais. diferentes manifestações artísticas possibilitan- tos como meio de não-hierarquização de meios
culturais e temporais.
do a elaboração de referências pessoais e desen- históricos.
-- Identificar e relacionar as diversas linguagens artís-
-- Multiculturalismo na arte: diversos modos de volvendo o respeito às elaborações divergentes.
ticas à apreciação de obras sejam elas do folclore -- Aproximação, identificação e reconhecimento
Competências Ético-estéticas ou obras eruditas, percebendo a arte no ambiente
narrativas visuais, gestuais, sonoras e corporais.
-- Relacionar as possibilidades de criação em arte da obra de arte e suas linguagens artísticas, em
escolar como importante local de escuta. -- Comparação de estilos. como impulsionadoras de processos de pesquisa. sua dimensão simbólica como produto cultural,
-- Refletir e sobre e compreender as manifestações artísticas, para o entendimento -- Reconhecimento de diferentes culturas e diver- a partir de discussões coletivas e/ou reflexões
-- Reconhecer, gradativamente, as variantes cultu- -- Estabelecer relações de aproximação com a obra
da diversidade e das diferenças culturais, ampliando os diálogos interculturais e sas linguagens. individuais.
rais e temporais das produções artísticas e como de arte e com o processo criativo, apropriando-
desenvolvendo o sentimento de preservação patrimonial e da memória cultural. elas influenciaram a experimentação de diferen- -- Diversidade cultural: minha arte e a arte do outro. -se de linguagens artísticas como alternativa de
tes técnicas ao longo da história. comunicação no cotidiano escolar.
-- Observação de diferentes culturas e suas diver-
-- Identificar diferentes estilos e o emprego de téc- sas linguagens sem hierarquizações.
nicas proposto por cada um.
Competências Políticas -- Analisar, na experiência criativa, as possiblidades
-- Dimensão simbólica como produto cultural.

de uso de diversas linguagens e relacioná-las às


diferentes culturas existentes.
-- Analisar os diferentes discursos sócio-políticos inseridos na Arte, a partir da identifi-
-- Perceber e experimentar a dimensão simbólica
cação dos valores dos diferentes sistemas de representação inseridos nas culturas
como forma de representação da realidade e
popular, erudita e de massa. promover articulações com possíveis criações de
produtos culturais.
-- Relacionar e vivenciar as possibilidades de cria-
ção em arte como impulsionadoras de processos
Competências Tecnológicas de pesquisa.

-- Apropriar-se dos códigos das linguagens da Arte, seus elementos estruturais rela-
tivos à construção e execução das produções artísticas, em seus aspectos formais
e simbólicos.
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HABILIDADES - 3º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO HABILIDADES - 4º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 4º ANO HABILIDADES - 5º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 5º ANO

-- Vivenciar o conhecimento adquirido em arte na -- Arte e interação lúdica: conhecimento, identifica- -- Praticar o conhecimento adquirido em arte na -- Arte e interação lúdica: conhecimento, identifica- -- Aplicar o conhecimento adquirido em arte, pro- -- Arte e interação lúdica: conhecimento, identifica-
construção de artefatos artísticos. ção e produção dos artefatos artísticos. construção de artefatos artísticos, promovendo ção, produção de artefatos artísticos e interpre- movendo a experimentação da linguagem de ção, interpretação dos sentidos dos objetos da
a ludicidade na experimentação da linguagem. tação dos sentidos dos objetos da arte. forma lúdica, empregando o respeito a todas as arte, produção e avaliação de artefatos artísticos.
-- Localizar, gradativamente, referências a movi- -- Reconhecimento de diferentes estilos de Arte: da
mentos e artistas em apreciações de trabalhos arte rupestre à cultura hip-hop. -- Comparar, gradativamente, estilos e períodos -- Estudo comparado de estilos e períodos da Arte. formas de manifestação. -- Estudo comparado de estilos e períodos da Arte.
promovidos na escola e fora dela. da arte, promovendo a ampliação de repertório -- Comparar estilos e períodos da arte, promo-
-- Estudo particular de momentos da história da -- Semelhanças e diferenças entre arte clássica e -- Semelhanças e diferenças entre arte clássica,
pessoal. vendo a ampliação de repertório pessoal.
-- Identificar a multiplicidade de manifestações ar- Arte, a partir das diversas linguagens artísticas: arte moderna. arte moderna e arte contemporânea.
tísticas ao longo da história, desde a arte rupes- teatro, dança, música ou artes visuais: arte ru- -- Identificar e analisar as características da arte -- Analisar as características da arte clássica, arte
-- Estudo particular de momentos da História da -- Estudo particular de momentos da História da
tre até a cultura hip-hop. pestre, arte medieval, arte renascentista. clássica e arte moderna, comparando suas técni- moderna e arte contemporânea, comparando
Arte, a partir das diversas linguagens artísticas: Arte, a partir das diversas linguagens artísticas:
cas, objetivos, materiais utilizados e repercussão suas técnicas, objetivos e materiais utilizados,
-- Articular relações entre as diversas linguagens -- A arte e seus contextos: períodos e culturas. teatro, dança, música ou artes visuais: arte renas- teatro, dança, música ou artes visuais: arte im-
nos dias atuais. buscando a valorização do patrimônio cultural.
artísticas, seja teatro, dança, música ou artes centista, arte barroca, arte moderna. pressionista, arte moderna, pop art.
-- Observação de diferentes meios e linguagens
visuais, percebendo a segmentação dessas lin- -- Articular, gradativamente, relações entre as di- -- Articular relações entre as diversas linguagens
como forma de reconhecimento plural da cultura. -- Os discursos da arte: polissemia das criações ar- -- Arte, diversidade de discursos e linguagens na
guagens na arte rupestre, arte medieval e arte versas linguagens artísticas, seja teatro, dança, artísticas, seja teatro, dança, música ou artes vi-
tísticas. pós-modernidade.
renascentista. -- Experimentação, identificação e elaboração de música ou artes visuais, percebendo a segmen- suais, percebendo o hibridismo proposto pela
hipóteses visuais, gestuais, sonoras e cênicas. tação dessas linguagens na arte renascentista e -- Estímulo a reflexividade estética estimulada por arte contemporânea entre os segmentos artís- -- multiculturalismo na arte: diversos modos de
-- Analisar a arte em seus diferentes contextos
barroca, assim como as inovações estéticas na momentos de contemplação da arte em múlti- ticos, assim como as possibilidades de explora- narrativas visuais, gestuais, sonoras e cênicas.
através do estudo de seus períodos históricos e -- Múltiplos olhares da Arte: o convívio com a dife-
arte moderna e contemporânea, sempre bus- plos meios. ção de recursos digitais.
manifestações culturais. rença. -- Reconhecimento de signos do mundo moderno
cando a valorização do patrimônio cultural. -- As diversas culturas em diálogo na Arte: artistas e e contemporâneo no repertório e no imaginário
-- Reconhecer, gradativamente, a pluralidade cultu- -- Aproximação, identificação, reconhecimento e -- Diferenciar as particularidades das representa-
-- Identificar a pluralidade de sentidos na obra de identidades culturais. ções artísticas e proposições de recursos mate- artístico - da arte antiga à estética da publicidade.
ral em diversas esferas geográficas. interpretação da obra de arte e suas linguagens
artísticas, em sua dimensão simbólica como pro- arte e suas inúmeras possibilidades. -- Aproximação, identificação, reconhecimento, riais na arte impressionista, arte moderna e pop -- Aproximação, identificação, reconhecimento,
-- Valorizar e vivenciar a arte e suas manifestações art.
duto cultural, a partir de discussões coletivas e/ -- Distinguir possibilidades estéticas em aprecia- interpretação e análise da obra de arte e suas interpretação, análise e crítica da obra de arte e
como potente ferramenta de identidade cultural.
ou reflexões individuais. ções de trabalhos promovidos na escola e fora linguagens artísticas, em sua dimensão simbóli- -- Estabelecer conexões entre arte, diversidade de suas linguagens artísticas, em sua dimensão sim-
-- Selecionar e experimentar, gradativamente, dela, relacionando as possibilidades de criação ca como produto cultural, a partir de discussões discursos e linguagens na pós-modernidade. bólica como produto cultural, a partir de discus-
meios de comunicação em arte para construção em arte como impulsionadoras de processos de coletivas e/ou reflexões individuais. sões coletivas e/ou reflexões individuais.
de repertório pessoal, relacionando as possibili- -- Identificar a pluralidade de sentidos na obra de
pesquisa.
dades de criação em arte como impulsionadoras arte e suas inúmeras possibilidades.
-- Localizar referências a movimentos e artistas em
de processos de pesquisa. -- Experimentar a produção artística explorando
diversas manifestações culturais.
-- Estabelecer relações de respeito com a própria suas perspectivas corporais, visuais e sonoras.
-- Estabelecer relações, individuais e em grupo, de
produção e a produção do outro, percebendo as -- Aplicar, gradativamente, o conceito de signos
aproximação com a obra de arte, promovendo a
diferenças como alternativa de enriquecimento ao longo do estudo da história da arte e sua
ampliação de vocabulário que permita a reflexão
do discurso. inserção como linguagem ao longo do tempo,
crítica em arte.
-- Articular, através da prática, relações entre lin- nos mais diversos meios de comunicação.
guagens artísticas, promovendo a identificação -- Distinguir possibilidades estéticas em aprecia-
e interpretação das mesmas nas manifestações ções de trabalhos promovidos na escola e fora
culturais. dela, relacionando a criação em arte como im-
-- Formular individualmente, a partir de discussões pulsionadora de processos de pesquisa.
em grupo, as dimensões simbólicas de represen- -- Estabelecer relações, individuais e em grupo, de
tações artísticas, apropriando-se de vocabulário aproximação com a obra de arte, promovendo
adequado à reflexão crítica. a ampliação de vocabulário que permita a refle-
xão crítica em arte.
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7.2 Anos finais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 6º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 6º ANO HABILIDADES - 7º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 7º ANO

-- Relacionar as singularidades sociais, históricas e -- A obra de arte em sua dimensão sócio-histórica. -- Analisar a produção artística relacionando-a ao -- O contexto social da obra de arte: interpretação
culturais à dimensão da obra de arte, perceben- contexto social. da arte em diversos contextos de produção.
-- Estudo comparado de estilos e períodos da arte
do a arte como impulsionadoras de processos de
a partir de suas diversas linguagens: teatro, dan-
Competências Acadêmicas pesquisa.
ça, música ou artes visuais.
-- Comparar estilos e períodos da arte em suas di-
versas linguagens, percebendo a pesquisa em arte
-- Estudo comparado de estilos e períodos da arte,
a partir de suas diversas linguagens: teatro, dan-
-- Comparar estilos e períodos da arte em suas di- como possibilidade de discurso. ça, música ou artes visuais.
-- Semelhanças e diferenças entre arte clássica e
-- Refletir, produzir e analisar a Arte como linguagem e manifestação cultural, em suas dimensões indivi- versas linguagens.
arte moderna. -- Distinguir e identificar as principais características -- Semelhanças e diferenças entre arte clássica e
dual e sócio-histórica, estética e política, reveladoras de identidades culturais e articuladoras de diferen- -- Relacionar semelhanças e diferenças entre arte da arte em diferentes períodos históricos. arte moderna.
tes saberes. -- Estudo particular de momentos da história da
clássica e arte moderna.
arte: arte popular, arte moderna e arte contem- -- Relacionar semelhanças e diferenças entre arte -- Estudo de arte africana: música e influência ne-
-- Investigar os principais representantes e as ca- porânea. clássica e arte moderna. gra, arte moderna e as gravuras africanas.
racterísticas da arte popular, de acordo com suas
-- Identificação de movimentos artísticos e de artis- -- Valorizar e identificar a cultura dos povos africanos -- Identificação e compreensão de movimentos
regionalidades, crenças e costumes, diferencian-
Competências Ético-estéticas do-os da arte erudita.
tas relevantes no contexto da aprendizagem. em suas manifestações artísticas. artísticos e de artistas relevantes no contexto da
aprendizagem.
-- Reconhecimento dos objetos artísticos na con- -- Identificar movimentos artísticos e artistas rele-
-- Relacionar a arte moderna ao período histórico
-- Refletir sobre as manifestações artísticas para a compreensão da diversidade e das diferenças culturais, temporaneidade. vantes abordados nas diversas linguagens. -- A Arte como forma de construção poética, que
do movimento, assim como o impacto em todas
ampliando os diálogos interculturais e desenvolvendo o sentimento de preservação patrimonial e da adquire sentido em um contexto social.
as suas ramificações. -- Discussão sobre Arte e espacialidade. -- Vivenciar e validar a Arte como oportunidade de
memória cultural. construção poética tanto de artistas estudados -- Produções artísticas nas culturas juvenis: múlti-
-- Relacionar o avanço tecnológico e científico às ex- -- Multiculturalismo e diferença: produções artísticas
quanto de si. plos olhares e seus contextos.
perimentações estéticas na arte contemporânea. nas culturas juvenis: identidades em construção.
-- Aplicar conceitos estudados em arte na constru- -- A criação artística e o estilo individual: processo
-- Analisar as criações contemporâneas na arte a -- A criação artística como experimentação e ex-
ção de portfólio pessoal. poético pessoal.
Competências Políticas partir do hibridismo proposto nas manifestações
artísticas.
pressão pessoal.
-- Criar possibilidades poéticas no desenvolvimento -- Construção pessoal de projeto artístico visual, cê-
-- Processo de criação: investigação de técnicas,
de um estilo pessoal em manifestações artísticas nico, gestual ou sonoro, inspirado na arte africana.
-- Criar possibilidades de manifestações artísticas materiais e procedimentos.
-- Analisar os diferentes discursos sócio-políticos inseridos na arte, a partir da identificação dos valores dos nas diferentes linguagens da arte.
nas diversas linguagens da arte a fim de se per- -- Arte e diferenças culturais: valores, discursos e
diferentes sistemas de representação inseridos nas culturas popular, erudita e de massa. -- Desenvolvimento pessoal de objetos artísticos
ceber como sujeito atuante e inserido no con- -- Desenvolver projeto artístico pessoal com a utiliza- relações de poder.
baseados no reconhecimento de objetos con-
texto histórico atual, experimentando materiais, ção de recursos corporais, visuais ou sonoros que
temporâneos na Arte. -- Os espaços da arte e a exposição de arte como
recursos e tecnologias. se relacionem com a arte africana.
lugar de investigação, fruição e criação.
-- Criação de instalação artística coletiva.
Competências Tecnológicas -- Compreender as diversas formas de expressão
através da Arte e seus desdobramentos em mú- -- Os espaços da arte e a exposição de arte como
-- Articular e relacionar valores, discursos e relações
de poder com os discursos promovidos em arte e
-- A Arte e a cultura de massa: análise da argumen-
tação crítica do individual e do coletivo.
sica, teatro, dança e artes visuais. lugar de investigação, fruição e criação. diferenças culturais.
-- Apropriar-se dos códigos das linguagens da Arte, seus elementos estruturais relativos à construção e -- A Arte e a cultura de massa: reflexões individuais
-- Selecionar e experimentar materiais e técnicas -- Apreciar espaços que promovam a fruição, investi-
execução das produções artísticas, em seus aspectos formais e simbólicos. e coletivas.
na produção de instalações artísticas a partir de gação e criação em arte.
parâmetros estéticos. -- Buscar discussões coletivas e intervenções parti- -- Elaborar discurso crítico fazendo uso da arte como
-- Valorizar e vivenciar o ambiente escolar como es- culares nesses sentidos aqui expressos. possibilidade de expressão e escuta, assim como
paço para experimentação e reconhecimento da de exploração pela cultura de massa.
expressão pessoal, assim como importante local
de escuta.
-- Criar possibilidades de articulação entre o discur-
so individual e coletivo, resultando em instalação
artística.
-- Apreciar espaços que promovam a fruição em
arte, valorizando a função de todos os envolvidos
na promoção dos espaços.
-- Distinguir as manifestações em arte e sua explo-
ração pela cultura de massa.
-- Elaborar discurso crítico fazendo uso da arte
como possibilidade de expressão.
-- Participar de discussões coletivas fazendo uso da
arte como linguagem/meio de expressão.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

98

HABILIDADES - 8º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 8º ANO HABILIDADES - 9º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 9º ANO

-- Analisar os discursos em arte em seus diversos -- Discursos da arte: contextos socioculturais e có- -- Reconhecer a arte como relevante agente cons- -- Artistas e obras em contexto: a arte como cons-
contextos sociais, culturais e históricos, assim digos estruturais. trutor de identidades culturais, assim como po- trutora de identidades culturais.
como seus códigos estruturais, os percebendo tente recurso de pesquisa.
-- Estudo comparado de estilos e períodos da arte, -- Estudo comparado de estilos e períodos da arte,
como processos de pesquisas.
a partir de suas diversas linguagens: teatro, dan- -- Relacionar estilos e períodos da arte em suas a partir de suas diversas linguagens: teatro, dan-
-- Relacionar estilos e períodos da arte em suas ça, música ou artes visuais. mais diversas linguagens artísticas. ça, música ou artes visuais.
mais diversas linguagens artísticas.
-- Semelhanças e diferenças entre arte clássica e -- Identificar conceitos artísticos, semelhanças e di- -- Semelhanças e diferenças entre arte clássica e
-- Identificar conceitos artísticos, semelhanças e di- arte moderna. ferenças entre arte clássica e arte moderna. arte moderna.
ferenças entre arte clássica e arte moderna.
-- Estudo de arte popular: arte indígena, arte orien- -- Analisar os diferentes contextos e principais ca- -- Estudo particular de momentos da história da
-- Analisar os diferentes contextos e principais ca- tal e arte naif. racterísticas da arte popular, arte moderna e arte arte: arte popular, arte moderna e arte contem-
racterísticas da arte indígena, arte oriental e arte contemporânea, assim como sua relevância e re- porânea.
-- Identificação, compreensão e sistematização de
naif, assim como sua relevância e reverberação. verberação.
movimentos artísticos e de artistas relevantes no -- Identificação, compreensão, sistematização e
-- Identificar e compreender os diferentes movi- contexto da aprendizagem. -- Articular a desconstrução de conceitos sobre desconstrução de conceitos sobre movimentos
mentos artísticos através dos tempos. movimentos artísticos através da apropriação de artísticos e de artistas relevantes no contexto da
-- Relação entre a produção artística, seus discur-
conhecimento de artistas relevantes no contexto aprendizagem.
-- Relacionar a produção artística a seus discursos, sos, contextos, variantes sócio-históricas, estilos
da aprendizagem.
contextos, variações sociais, históricas e culturais. e significados. -- Discussão da arte como sistema complexo: dis-
-- Formular pensamento crítico a respeito da arte cursos, valores e variantes sócio-históricas.
-- Compreender as possibilidades multiculturais no -- Multiculturalismo e interterritorialidade: pers-
como sistema complexo, envolvendo discursos,
fazer artístico. pectiva crítica da arte. -- Multiculturalismo e interterritorialidade: análise
valores e variantes sociais, históricas e culturais.
dos discursos de poder.
-- Criar possibilidades poéticas no desenvolvimen- -- Criações juvenis: outras dimensões para a arte.
-- Criar possibilidades de manifestações artísticas
to de um percurso artístico pessoal em diferen- -- Os discursos artísticos das culturas juvenis: iden-
-- A criação artística como experiência poética: per- nas diferentes linguagens da arte a fim de se per-
tes linguagens da arte. tidade cultural e poética pessoal.
cursos pessoais de construção de identidade. ceber como sujeito atuante e inserido no contex-
-- Compor de forma individual e em grupo, sono- to histórico atual. -- O fazer artístico como experiência poética e ex-
-- Construção cotidiana de portfólios de produções
ridades polifônicas valendo-se tanto de instru- pressiva: o fazer como articulação de significados.
artísticas. -- Reconhecer possibilidades poéticas e articulado-
mentos percussivos quanto vozes.
ras de construção de um estilo pessoal nas dife- -- Criação coletiva de obra de arte visual, cênica,
-- Produção de sonoridades polifônicas com vozes
-- Investigar a criação de narrativas dramatúrgicas rentes linguagens da arte. sonora ou gestual inspirada em obra de artista
e instrumentos percussivos.
como importante recurso artístico, expressivo e estudado no ano.
-- Criação de narrativas dramatúrgicas ou gestuais -- Relacionar as possibilidades de criação em arte
coletivo.
como impulsionadoras de processos de pesquisa. -- Colagem: experiências de colagem em diferentes
coletivas, construção cênica de personagens e
-- Identificar os elementos avaliáveis no processo meios e suportes.
interpretações ou performances em trabalho co- -- Valorizar e respeitar o processo coletivo de criação.
de construção e crítica de uma encenação.
letivo. -- Colagem, desenho e pintura sobre papel e sobre
-- Desenvolver projeto artístico coletivo com a utili-
-- Experimentar o fazer cênico como lugar de inves- tela.
-- Os espaços da arte e a exposição de arte como zação de recursos corporais, visuais ou sonoros
tigação, fruição e criação em arte.
lugar de investigação, fruição e criação. que se relacione com artistas estudados. -- Colagem e pintura sobre objetos cotidianos.
-- Valorizar e praticar a experiência pessoal como
-- A Arte e a cultura de massa: identificação dos dis- -- Desenvolver e valorizar possibilidades de ex- -- Os espaços da arte e a exposição de arte como
agregadora de significado à identidade coletiva.
cursos de poder. pressão no trabalho coletivo, agregando conhe- lugar de investigação, fruição e criação.
-- Reconhecer a escola como local de possibilida- cimentos adquiridos à sua poética pessoal.
-- Análise da argumentação crítica como forma de -- A Arte e a cultura de massa: interpretação e aná-
des criativas e investigativas.
construção do conhecimento. -- Aplicar conhecimentos adquiridos a respeito de lise crítica nas relações de poder.
-- Elaborar discurso crítico fazendo uso da arte manifestações artísticas como referência na uti- -- Buscar discussões coletivas e intervenções parti-
como possibilidade de expressão e exploração lização de diferentes recursos e materiais, como culares nesses sentidos aqui expressos.
pela cultura de massa e suas relações de poder. colagem em diferentes meios e suportes, cola-
gem, desenho e pintura sobre papel e sobre tela,
colagem e pintura sobre objetos cotidianos.
-- Apreciar e reconhecer espaços que promovam
a fruição, investigação e criação em arte, perce-
bendo o envolvimento de sujeitos que garantam
a funcionalidade dos espaços.
-- Perceber a escola como local de possibilidades
criativas e investigativas em arte.
-- Explorar a construção de discurso crítico fazendo
uso da arte como possibilidade de expressão e
pela cultura de massa e suas relações de poder.
-- Participar de discussões coletivas fazendo uso da
arte como linguagem/meio de expressão.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

99

7.3 Ensino Médio

CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO

-- A Arte e suas transformações históricas: diálogos -- Arte e cultura: aspectos sócio-históricos dos con- -- Contextualização sócio-histórica: os contextos de
temporais, questões históricas do gosto, contex- textos dos artefatos, das manifestações e dos produção da obra de arte em relação com a pós-
tos sociais. sentidos das obras de arte. -modernidade.
Competências Acadêmicas -- Desenvolvimento e aplicação de procedimentos -- A importância da Arte como diálogo cultural: pro- -- A Arte e os diálogos temporais: transformações
para a criação de obras gestuais, visuais, sonoras dutores e produções locais, regionais, nacionais e permanências.
-- Refletir, produzir e analisar a arte como linguagem e manifestação cultural, em suas dimen- e cênicas. e internacionais.
-- Discursos, valores e contextos das culturas de
sões individual e sócio-histórica, estética e política, reveladoras de identidades culturais e arti- -- A criação como processo: os registros da Arte -- Produção artística: experimentações de procedi- massa, erudita e popular.
culadoras de diferentes saberes. como revelação do pensamento. mentos e materiais, articulação poética, revela-
-- Processos de criação: relações entre os saberes
ção de identidade, reflexão.
-- O fazer artístico como construção de identidade da Arte e as experiências poéticas pessoais.
e sistematização de conhecimento. -- Elementos das linguagens da Arte: estruturas
-- Elementos das linguagens da Arte: estruturas
que constituem a gestualidade, a visualidade, a
-- Arte e crítica: processos de construção de identi- que constituem a gestualidade, a visualidade, a
Competências Ético-estéticas dade, valores e discursos.
sonoridade e a teatralidade.
sonoridade e a teatralidade.
-- Os discursos e os valores das culturas juvenis.
-- A influência da evolução da sociedade na produ- -- Os sentidos dos diálogos locais, regionais, nacio-
-- Refletir e compreender sobre as manifestações artísticas para a compreensão da diversidade e ção artística. -- Comunicação e intervenção: a escola como espa- nais e internacionais: multiculturalismo e inter-
das diferenças culturais, ampliando os diálogos interculturais e desenvolvimento do sentimen- ço museológico. territorialidade.
to de preservação patrimonial e da memória cultural. -- Multiculturalismo e interterritorialidade: fluidez
por diversas culturas, linguagens e áreas de co- -- Modos de produção de identidades nas instân- -- As culturas juvenis como modos de apropria-
nhecimento. cias culturais: cultura de massa, popular e erudita. ção dos sentidos da Arte e de intervenção na
realidade.
-- Desenvolvimento e aplicação de procedimentos -- A obra de arte e as relações de poder: Arte como
Competências Políticas para a criação de obras gestuais, visuais, sonoras e
cênicas. Elementos estruturais das linguagens vi-
protesto, questionamento e alienação. -- O fazer artístico como reflexão, inquietação,
transgressão, transformação, poesia e sistemati-
-- A massificação da Arte pela cultura de massa: os
suais, gestuais, sonoras e cênicas na criação artística. zação de conhecimento.
sentidos dos discursos.
-- Analisar os diferentes discursos sócio-políticos inseridos na Arte, a partir da identificação dos -- Arte e crítica: processos de construção de identi- -- A Arte na sociedade: as relações de poder, os dis-
-- A criação artística como narrativa de si e do outro
valores dos diferentes sistemas de representação inseridos nas culturas popular, erudita e de dade, valores e discursos. cursos e os valores dos produtores culturais.
e sistematização de conhecimento.
massa. -- A criação como processo: os registro da arte
-- A Aarte na sociedade: as relações de poder, os
-- Memória e identidade cultural: a escola como es-
como revelação do pensamento. Desenvolvi- paço museológico.
discursos e os valores dos produtores nas pro-
mento e aplicação de procedimentos para a cria-
duções.
ção de obras gestuais, visuais, sonoras e cênicas.

Competências Tecnológicas
-- Apropriar-se dos códigos das linguagens da arte, seus elementos estruturais relativos à cons-
trução e execução das produções artísticas, em seus aspectos formais e simbólicos.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

100

BARBOSA, A. M. Teoria e prática da educação ar-


tística. São Paulo: Cultrix, 1975.
BARBOSA, A. M. Tópicos utópicos. Belo Horizonte:
C/ARTE, 1998.
BARBOSA, A. M. Inquietações e mudanças no En-
sino de Arte. São Paulo: Cortez, 2002.
OSINSKI, D. Arte, história e ensino: uma trajetória.
2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
PILLAR, A.; VIEIRA, D. O vídeo e a metodologia
triangular no ensino da arte. Porto Alegre: UFRGS;
Fundação Iochpe, 1992.

REFERÊNCIAS PILLAR, A. D. (Org.) A educação do olhar no ensino


das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999.
PIMENTEL, L. G. (Org.). Som, gesto, forma e cor:
dimensões da arte e seu ensino. Belo Horizonte:
C/ARTE, 1995.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

102
Ao abordarmos a Educação Física, pode- Em meio a essa reflexão, chegou-se à discussão
-se pontuar que a área percorreu, ao longo dos atual, que concebe a Educação Física na escola
anos, diversos e diferentes caminhos que hoje como um componente curricular que apresenta
a legitimam no ambiente escolar, como com- como conteúdo o universo de práticas corporais
ponente curricular, pensada para além de uma enraizadas em um meio multicultural. A inten-
prática corporal em si, permeada por princípios, ção desta linguagem é significar as práticas da
valores, conceitos, sentidos, significados, atitu- Educação Física para os alunos, visando a com-
des, procedimentos, dentre outros, que auxiliam preendê-las como produções culturais dinâmi-
os alunos a se relacionarem consigo mesmo e cas diversas e em constantes transformações.
com o mundo. Nesse sentido, a Educação Física vem ao
Esses diferentes trajetos percorridos pela encontro dos princípios que permeiam a Edu-
Educação Física apresentam marcas negativas cação escolar, comprometida com a formação
em suas estruturas até nos dias de hoje. No sé- humana e com uma sociedade cada vez melhor
culo XIX e início do século XX, por meio de exer- para se viver.
cícios ginásticos, a Educação Física teve início na Entendendo a escola como um espaço de
escola brasileira. O foco estava voltado para uma convívio cultural, a inter-relação desses princí-
proposta totalmente instrumental, ou seja, de pios, por meio da variedade de formas que o

1.0 ASPECTOS exercícios físicos, sem uma significação ou sen-


tidos para a busca de uma hegemonização dos
corpo e os movimentos adquirem nas diver-
sas manifestações culturais, possibilita não

GERAIS sujeitos, com o intuito de moldar e construir cor-


pos ideais aos intentos da sociedade moderna
somente ampliar o repertório motor, como
também auxiliar no sentido de construir a ci-
da época (FRAGA; GONZÁLEZ, 2012). dadania sociocultural.
Depois desse momento, a Educação Física Nessa perspectiva, a Educação Física supe-
escolar manteve-se a serviço da instituição espor- ra concepções que focaram seus conhecimen-
tiva. O intuito ainda se mantinha na mecanização tos apenas no desenvolvimento de habilidades
do movimento corporal, pautado em técnicas e e aptidões motoras, para, assim, propiciar, no
táticas de alguns esportes para formar atletas. ambiente escolar, espaços de reflexões críticas,
Essa dinâmica acabava excluindo uma grande em meio ao universo das práticas corporais (ma-
parte dos alunos, visto que nem todos apresen- nifestações culturais traduzidas em jogos, brin-
tavam estruturas biológicas ou afetivas em rela- cadeiras, ginásticas, danças, lutas e esportes) e
ção a determinadas categorias esportivas. contribuir para a formação de sujeitos autôno-
Na década de 1980, iniciam-se investigações mos, críticos, éticos, morais, ou seja, cidadãos
para tentar conceber a especificidade da Educa- responsáveis para com o mundo.
ção Física e a busca por seu objeto de estudo.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

103
O corpo e o movimento humano são re- potencializando a interação social e a construção
pletos de significados, e por meio do corpo de identidades.
em movimento o sujeito social está presente Sendo assim, a Educação Física escolar não
no mundo. Ao movimentar-se, expressa sen- só atua sobre o corpo ou o movimento em si, não
timentos, sensações, emoções, subjetivida- só trabalha com o esporte, a ginástica, as brinca-
des, e, assim, produz cultura. Nesta dinâmica, deiras, os jogos e as lutas etc. propriamente di-
a Educação Física, como componente curricu- tas, mas trata do sujeito nas suas manifestações
lar no ambiente escolar, tem como objeto de culturais relacionadas ao corpo e ao movimen-
estudo a linguagem das práticas corporais, to humano. Isso implica compreender o movi-
ou seja, manifestações corporais produzidas mento humano como gesto simbólico dotado
em meio a ambientes culturais e sociais. Nes- de significado cultural, ou seja, contribui para a
se sentido, a intenção é possibilitar aos alu- superação de práticas vinculadas a ações espor-
nos a interação e a apropriação das práticas tivo-motoras estereotipadas.
corporais, desenvolvendo uma cidadania de- A expressão corporal, neste caso, é vista
mocrática e também consciente. como uma linguagem, um conhecimento univer-
Nesse sentido, além da vivência de tais práti- sal, um patrimônio da humanidade que trabalha
cas, aprender em Educação Física escolar implica não apenas os aspectos funcionais do corpo e/ou

2.0 OBJETO DE explorar o corpo e o movimento como forma de


expressão sociocultural, que anuncia e denuncia
do movimento, mas também os conhecimentos,
hábitos, noções éticas, valores, afetos, vontades

ESTUDO nossa maneira de ser e estar no mundo. É neces-


sário propiciar aos alunos uma leitura crítica das
e desejos, colaborando com a formação integral
dos sujeitos.
práticas corporais, numa perspectiva que ultra-
passa o movimento como um fim em si mesmo,
mas como possibilidade de apropriação de ele-
mentos históricos e culturais com reelaborações
de sentidos e significados.
Dessa forma, pretende-se que os alunos
percebam o sentido de tais práticas corporais,
relacionando-o com conhecimentos de seus
contextos cotidianos, ampliando a capacidade
dos sujeitos de conhecer, significar e ressignifi-
car o contexto para nele intervir, transforman-
do-o no sentido de ampliação da liberdade, da
comunicação e da colaboração entre os sujeitos,
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

104
EDUCAÇÃO FÍSICA
Objeto de estudo: a linguagem das práticas corporais

Competências Acadêmicas Competências Ético-estéticas Competências Políticas Competências Tecnológicas


-- Apropriar e construir diferentes saberes das práticas cor- -- Compreender e refletir diante da necessidade do estabe- -- Posicionar-se criticamente, com respeito e reflexão, em -- Promover a interação das manifestações culturais das
porais das diversas manifestações culturais, integrando lecimento de regras, normas e princípios éticos na reali- relação ao universo multicultural das práticas corporais, práticas corporais com as múltiplas linguagens, e desta,
com saberes de outras linguagens. zação das práticas corporais; assim como relacioná-los à como seus aspectos relativos às diferenças de gêneros, com os sistemas tecnológicos e seus recursos de comuni-
-- Perceber os aspectos históricos, culturais e sociais das convivência em sociedade. etnias e culturas. cação de massa.
práticas corporais, as suas mudanças e ressignificações -- Reconhecer e integrar os diferentes saberes com a rea- -- Posicionar-se criticamente no que tange ao uso e/ou abu- -- Posicionamento crítico e autônomo ante as relações
ao longo do tempo e os fatores que podem influenciar lidade sociocultural, valorizando, respeitando e dissemi- so de imagens do corpo, com intuito tendencioso e/ou abordadas pelos meios de comunicação, aos padrões es-
tais mudanças. nando as práticas corporais oriundas de diferentes gru- malicioso. téticos de beleza, ao exibicionismo do corpo, à desvalori-
pos étnicos e culturais. -- Reconhecer as práticas corporais como uma necessidade zação de algumas práticas corporais em relação a outras
-- Estabelecer uma interação social do “eu” e do “outro” no do ser humano para uma vida mais saudável e que ga- e à realidade social e à diversidade destas linguagens cor-
mundo, por meio da linguagem corporal, a partir dos va- ranta mais qualidade de vida em todas as etapas da vida. porais diante da sociedade.
lores cristãos maristas de respeito, de cultura do cuida-

3.0 COMPETÊNCIAS
do, da solidariedade na luta pela promoção dos direitos
humanos.
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105
A aprendizagem em Educação Física esco- das práticas corporais aos contextos mais sig- Por último, nos remetemos aos saberes
lar parte do pressuposto de uma aquisição e nificativos e relevantes para entendimento e inerentes à prática em si, ou seja, os saberes
ampliação contínua das relações com o corpo, leitura crítica da realidade social mais ampla, procedimentais das práticas corporais. Es-
com o movimento, com o outro e com o mundo. tais como: os campos do trabalho e do lazer, ses apresentam elementos para ajudar a en-
Cabe à escola favorecer, fomentar e desenvolver o conceito de saúde, qualidade de vida, os cui- tender os fazeres práticos. Porém, a intenção
a compreensão, interpretação, análise e reflexão dados com o corpo, a estética e os padrões de desses fazeres não se estabelece mediante a
crítica em relação aos aspectos que envolvem co- beleza corporal, dentre outras significações. ideia de formar atletas (fase essa já superada
nhecimentos sobre a linguagem corporal, mais Nesse sentido, conceituamos tais saberes da na escola), mas sim a de propiciar vivências a
especificamente, as práticas corporais. Educação Física como: saberes conceituais fim de que conheçam e definam relações com
Como já se pontuou em outros momen- das práticas corporais. diferentes práticas corporais.
tos, a prática pedagógica de Educação Física Em meio a esse saber, pode-se enfatizar Diante desse saber próprio da prática,
não deve limitar-se apenas ao fazer corporal, e relacionar a dimensão do conhecimento re- podemos enfatizar e estabelecer relações
ou seja, ao aprendizado único e exclusivo das levante no ambiente escolar, nomeada de di- com a dimensão procedimental, que se refe-
habilidades físicas, destrezas motoras, táticas mensão conceitual (DARIDO; SOUZA Jr., 2007). re ao realizar e dominar situações motoras
e estratégias de jogo e regras. Mas sim, con- Ela tem a função de identificar, sistematizar e com graus de complexidade crescente, po-
tribuir com um ideal mais amplo de formação generalizar os conhecimentos específicos de rém respeitando os limites e potencialidades
humana, de modo que os sujeitos alunos, ao cada uma das práticas corporais, procurando individuais dos alunos.
4.0 APRENDIZAGEM interagir com as práticas corporais, possam
desenvolver aspectos críticos, reflexivos, au-
relacioná-las, criticamente, as possibilidades
de leitura de mundo mediante o universo das
Nesse sentido, as aulas de Educação Físi-
ca escolar devem proporcionar a vivência das
tônomos, éticos, políticos, estéticos, morais, práticas corporais. práticas corporais por meio das diversas mani-
dentre outros. Nesse sentido, cabe-nos pen- Outros saberes inerentes ao componen- festações, que não só enriqueçam o repertório
sar quais os saberes designados para este te curricular da Educação Física são os sabe- motor das crianças e dos jovens, mas ampliem
componente curricular, para assim delinear res atitudinais propiciados pelas práticas a compreensão da realidade e as relações com
uma possibilidade de ação diante de sua prá- corporais. Aprende-se a respeitar o outro, a o outro.
tica pedagógica. ser solidário, responsável e cooperativo, cons- Para isso, a proposta para o ensino da
Mediante a essa discussão, parte-se da truindo a identidade própria em meio a rela- Educação Física escolar defende a constru-
premissa dos saberes relacionados aos con- ção com os outros. Pode-se, aqui, enfatizar ção e o desenvolvimento das competências
ceitos, que caracterizam as práticas corporais. outra dimensão do conhecimento, também por meio de práticas significativas, que deem
Eles implicam aprender sobre os contextos relevante no ambiente escolar, nomeada de oportunidades a todos os alunos, para que
das práticas corporais, seus sentidos históri- dimensão atitudinal. Esta dimensão diz res- desenvolvam suas potencialidades, de forma
cos, culturais e sociais, suas origens, represen- peito aos valores, atitudes, cooperação e so- democrática e não seletiva, visando a seu apri-
tações, alterações e relações com o cotidiano lidariedade que podem ser contextualizados moramento como seres humanos.
das pessoas em sua origem e na atualidade. por meio do ensino e da aprendizagem das É fundamental que, neste processo de
Além disso, pretende-se relacionar o tema práticas corporais. aprender a aprender, a fazer, a ser e a convi-
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106

ver, o professor seja um mediador que planeja


suas ações pedagógicas de modo a favorecer
as práticas corporais e do movimento como
expressão de linguagem, de manifestação so-
ciocultural de sujeitos autônomos capazes de
se comunicar e interagir com o outro e o mun-
do, construindo e reconstruindo novas formas
e saberes de expressão da cultura.
Com base nas vivências e experiências
pautadas nas práticas corporais multicultu-
rais, o estudante construirá competências que
favorecem o protagonismo e a ampliação das
possibilidades de significar e ressignificar suas
ações e o contexto no qual está inserido, re-
lacionando-o com os temas transversais liga-
dos à espiritualidade e aos valores cristãos, ao
multiculturalismo, à ética, à estética, à saúde,
ao meio ambiente e à política, para o exercício
da cidadania e a promoção da vida.
É importante que o estudante sinta-se
comprometido e capaz de dar significado à
aprendizagem. Para isso, o exercício do diálogo
colaborará para que a construção dos sentidos
e significados nas dimensões sócio-históricas,
ético-políticas, culturais e afetivas possibilitem
ao sujeito o protagonismo na construção de
sua linguagem corporal.
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107
Sabendo que a Educação Física escolar se templar os diferentes conteúdos da Educação tir das dimensões do conhecimento: con-
constitui de manifestações culturais corporais Física, tendo o cuidado para que não apenas os ceitual, procedimental e atitudinal);
como brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, interesses pessoais de alunos e/ ou professores • organizar as sequências didáticas em mo-
danças e lutas, os conhecimentos a serem de- sejam levados em consideração, o que causaria mentos iniciais, encaminhamentos didáti-
senvolvidos devem partir desses elementos da uma repetição de temas e práticas, limitando as co-metodológicos e fechamento;
linguagem corporal, traduzidos em práticas cor- possibilidades de novas descobertas.
• propor estratégias avaliativas que serão
porais como: elementos das danças, manifesta- Para tanto, o professor deve planejar suas
encaminhadas durante todo o trabalho
ções ginásticas e circenses, jogos cooperativos, ações, definindo o ponto de partida de sua pro-
proposto.
competitivos, em pequenos e grandes grupos, posta de trabalho, possibilitando e fortalecen-
brincadeiras, esportes coletivos e individuais, do o diálogo entre os conhecimentos prévios
lutas ocidentais e orientais, dentre outras. Em dos estudantes com os novos conhecimentos Ao escolher o tema de uma unidade de
meio a esse contexto, os alunos terão a possibi- a serem explorados, a fim de promover a in- trabalho, o professor pode se ater a quais con-
lidade de adentrar no mundo das práticas cor- serção e inter-relação desses sujeitos em con- teúdos desenvolverá com seus alunos, para,
porais para compreendê-las, interpretá-las, (re) textos mais amplos. O professor de Educação assim, organizar o trabalho didático em um
interpretá-las, analisá-las, investiga-las, lê-las, Física deve pensar, organizar e estruturar toda conjunto de ações ordenadas de atividades,
relê-las, para assim desenvolver um pensamen- uma linha de pensamento que deseja cons- estruturadas e sequenciadas de forma articu-
to crítico e autônomo em relação aos conheci- truir com seus alunos em um determinado lada, para atingir as competências educacio-

5.0 METODOLOGIAS mentos da Educação Física. momento. nais relacionadas aos diferentes segmentos da
Para atingir tais aprendizagens, o professor Nesse sentido, sugere-se estruturar a se- Educação Básica.
Em relação às estratégias didático-meto-
DE ENSINO E DE precisará se organizar em meio a uma composi-
ção curricular na qual os conteúdos podem ser
quência didática da seguinte forma, visando
inclusive a um trabalho interdisciplinar com dológicas da sequência didática, no momento
inicial, o professor pode se utilizar de estraté-
APRENDIZAGEM
compostos, pensados e preestabelecidos a par- as áreas de conhecimento e com seus compo-
tir de uma ideia de progressão e aumento do nentes curriculares: gias para levantar os conhecimentos já adquiri-
grau de complexidade (nos diferentes saberes: dos pelos alunos a respeito do tema abordado,
• preestabelecer o tema da unidade de tra- para assim se organizar e estabelecer os pró-
saberes conceituais das práticas corporais, sa-
balho; ximos encaminhamentos na sequência didáti-
beres atitudinais propiciados pelas práticas cor-
porais e os saberes procedimentais das práticas • pontuar conteúdos que serão desenvol- ca. Os encaminhamentos, no momento inicial,
corporais). Além disso, ele deverá se organizar vidos; podem ser estabelecidos por:
por meio de planejamentos didático-metodoló- • nomear as sequências de trabalho (pode • rodas de conversa;
gicos de uma forma sequencial, para contribuir, haver mais de uma sequência didática para • questionamentos sobre o tema;
efetivamente, em meio ao processo de apren- cada unidade de trabalho); • documentário, vídeo, dentre outros que
dizagem dos alunos. • elencar objetivos que serão apropriados possam introduzir o tema em específico;
É necessário pontuar que a escolha dos pelos alunos (objetivos estabelecidos a par- • visualização de imagens sobre o tema.
desdobramentos desses conteúdos deve con-
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

108

Para os próximos encaminhamentos di- zer reflexões a respeito das aprendizagens ad- Esta Matriz Curricular de Educação Física ob-
dático-metodológicos da sequência didática, quiridas e, também, avaliar, juntamente com jetiva um trabalho metodológico que abre cami-
sugere-se ao professor organizar ações que os alunos, as aprendizagens alcançadas du- nhos para o desenvolvimento de um estudante
serão realizadas em um determinado núme- rante todo o processo. crítico, solidário e pesquisador. Crítico, diante
ro de aulas. As ações podem ser estabeleci- Nas aulas de Educação Física, torna-se im- da diversidade das práticas corporais; solidário,
das deste modo: portante um olhar atento para as fases de de- sabendo ganhar, perder, cooperar, respeitar as
• organizar vivências que serão realizadas senvolvimento afetivo, cognitivo e motor dos regras, atentar às necessidades dos outros; e
pelos alunos durante toda a sequência estudantes, a fim de garantir a escolha adequa- pesquisador, buscando respostas para novos
didática, mediante os conteúdos preesta- da dos desdobramentos a serem realizados em questionamentos que surgem no universo das
belecidos; cada ano da Educação Básica, para que se possa práticas corporais.
ampliar, de forma gradativa, a complexidade das
• utilizar a tecnologia, aliando-a aos sabe-
competências e dos conteúdos nucleares que
res que se pretende construir na sequên-
serão abordados no Componente Curricular.
cia didática;
O processo de aprendizagem, seguindo
• organizar trabalhos individuais e coletivos, essas sequências didáticas, entrelaça a teoria
pesquisas, debates, que se traduzem em: re- e a prática como faces de uma mesma moeda,
gistros, portfólio, seminários, dentre outros; por meio de vivências, discussões, pesquisas,
• organizar vivências e relação dos sabe- resolução de situações-problema, trabalhos
res da Educação Física com situações em grupo, seminários, estudos do meio, den-
do cotidiano com as mídias, relações de tre outros, que podem se desenvolver com
gênero, lazer, saúde, qualidade de vida, base em projetos interdisciplinares. Tal relação
dentre outros; permite ao aluno ser um agente transforma-
• relacionar os saberes da Educação Física dor de suas práticas corporais, em dinâmico
a saberes de outras linguagens, das dife- processo de construção. Para acompanhar o
rentes áreas do conhecimento. processo, cabe ao professor e ao estudante
realizar registros sistemáticos por meio de di-
Para fechamento da sequência didática, a ferentes instrumentos, como observação, pa-
fim de que tanto o professor quanto os alunos receres descritivos, portfólios, diários de aula,
possam analisar as aprendizagens adquiridas fotografias e filmagens, os quais possibilitem a
durante toda a sequência didática, pode-se fa- avaliação e reavaliação das práxis e de ensino
e da aprendizagem.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

109
A avaliação na Educação Física escolar deve ceituação de elementos que compõem a totali- os alunos também, por meio da avaliação for-
auxiliar a escola, os professores em seus proces- dade da conduta humana, ou seja, a avaliação mativa, conseguirão analisar e superar suas
sos organizacionais, e contribuir com a formação deve estar voltada para a aquisição de compe- próprias barreiras.
de seus alunos, para que desenvolvam e cons- tências, habilidades, conhecimentos e atitudes Dessa forma, a avaliação é realizada de ma-
truam um senso crítico mediante as práticas dos alunos” (DARIDO; SOUZA Jr., 2007, p. 23). neira processual e contínua, sob o olhar discente
corporais e também desenvolvam elementos Sendo assim, o professor deve estar atento, e docente, possibilitando um acompanhamento
para maior autonomia, criatividade, ética, dentre pois a avaliação deve permear todo o proces- do processo de ensino e de aprendizagem, por
outros elementos necessários para a formação so de ensino e de aprendizagem. Ele deve es- meio da consideração das singularidades dos
cidadã responsável. A avaliação deve envolver or- tar ciente de seus objetivos estabelecidos para sujeitos envolvidos nas aprendizagens, respei-
ganizações de situações significativas de ensino suas sequências didáticas (nas dimensões con- tando limites e as potencialidades dos alunos
e de aprendizagem. As atividades devem estar ceituais, procedimentais e atitudinais), projetos para aprender.
vinculadas à formação integral dos alunos. Para ou qualquer outra prática pedagógica, pois se- Em meio a tal discussão, eis alguns instru-
melhor elucidar esse conceito, Darido e Souza Jr. rão esses objetivos que nortearão o professor mentos que podem ser utilizados como formas
(2007, p. 23) nos dizem que a avaliação não pode para indicar se os alunos se apropriaram ou avaliativas pelos professores: roda de conver-
restringir-se “ao domínio motor, como se a Edu- não de tais aprendizagens. Importante pontuar sa, questionamentos orais, avaliação escrita;
cação Física implicasse somente o rendimento fí- que, nesse sentido: “o objetivo da avaliação dei- discussão e/ou apontamentos de elementos
sico e não as relações cognitivas, afetivas e sociais xa de se centrar exclusivamente nos resultados apreendidos, autoavaliação, portfólio, trabalhos

6.0 AVALIAÇÃO DA subjacentes”. Em meio a essa discussão, o pro-


fessor deve ter consciência e romper com para-
obtidos e se situa prioritariamente no processo
de ensino/aprendizagem, tanto do grupo/clas-
individuais e em grupos, fichas individuais, foto-
grafias, filmagens etc.

APRENDIZAGEM digmas técnicos desportivos utilizados por anos


pela Educação Física, que privilegiava os alunos
se como de cada um dos alunos, como também
da equipe que intervém no processo” (ZABALA,
A avaliação na Educação Física deve opor-
tunizar a construção e reconstrução de práticas
possuidores de maiores habilidades motores e 1998, p. 198). significativas, constituindo-se como parte inte-
detentores de melhores índices de capacidades Na Educação Física, o processo de avaliação grante e interdependente do processo de ensino
físicas. deve partir dos princípios de uma avaliação ini- e de aprendizagem, cujo objetivo central perma-
O olhar do professor exige, constantemen- cial (diagnóstica), que tem a intenção de investi- nece na apropriação, (re)leitura e (re)significação
te, a análise do desenvolvimento do estudante, gar os conhecimentos prévios dos alunos sobre das práticas corporais que permeiam a lingua-
levando em conta o que o aluno aprendeu no determinado aprendizado. Durante o processo gem corporal.
decorrer do processo de aprendizagem, e não de aprendizagem, pode-se utilizar a avaliação
apenas sua aptidão, seu desempenho e ren- formativa, cuja finalidade é proporcionar um
dimento. Tal momento ultrapassa o domínio olhar investigativo por parte do professor, para
motor e abarca, com a mesma importância, os se ater aos objetivos já adquiridos pelos alunos,
domínios social, afetivo e cognitivo. além de oportunizar a esse professor um redi-
Portanto, “a avaliação em educação física mensionamento de sua prática e, consequente-
deve considerar a observação, a análise e a con- mente, do planejamento docente. Nesse caso,
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

110
7.0 MAPA DAS APRENDIZAGENS
7.1 Anos iniciais do Ensino Fundamental

HABILIDADES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO HABILIDADES - 2º ANO -- Vivenciar, recriar e divulgar as danças do con- CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO
texto comunitário regional (rodas cantadas,
-- Experimentar e fruir as possibilidades corporais, -- Criatividade, valorização e sentido de pertença -- Experimentar, explorar e fruir diferentes possibi- brincadeiras rítmicas e expressivas) reconhe- -- Estratégias dos jogos individuais, coletivos, de
conhecendo as potencialidades e limites do cor- nos jogos de construção. lidades corporais, reconhecendo as potencialida- cendo as manifestações de diferentes culturas competição e de cooperação.
po nas brincadeiras e jogos da cultura popular, des e limites do corpo nas brincadeiras e jogos e suas origens.
-- As múltiplas linguagens nas práticas corporais. -- Brincadeiras e jogos da cultura popular regional.
Competências Acadêmicas nas atividades esportivas, nos movimentos da
ginástica geral e nas danças do contexto comu- -- Características constitutivas das diferentes práti-
da cultura popular, nas atividades esportivas,
nos movimentos da ginástica geral e nas danças
-- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, cole-
-- Elementos estruturantes e culturais das brinca-
tividade e superação ante situações de conflito na
nitário e regional. cas corporais. do contexto comunitário e regional. deiras e jogos tradicionais.
vivência de diferentes práticas corporais.
-- Reconhecer a si próprio e o outro a partir de diferentes vivências oriundas das diversas
-- Explorar as habilidades motoras fundamentais -- Trabalho coletivo. -- Explorar as habilidades motoras fundamentais -- A importância da tomada de decisão, cumpri-
manifestações culturais.
manipulativas, de locomoção e de estabilidade, -- Protagonismo. manipulativas, de locomoção e de estabilidade, mento e reestruturação de regras nas diferen-
-- Conhecer, vivenciar, experimentar e criar diferentes possibilidades de práticas corpo- e as habilidades perceptivo-motoras nas dife- e as habilidades perceptivo-motoras nas diferen- tes práticas corporais e as suas relações com as
rais, valorizando as atuações individuais e as do grupo. rentes práticas corporais, evocando o esquema -- Brincadeiras e jogos da cultura popular regional. tes práticas corporais. ações cotidianas.
corporal na construção de uma autoimagem -- A importância dos jogos e brincadeiras para as
-- Identificar os elementos que caracterizam as práticas corporais. positiva.
-- Identificar os elementos socioculturais constituti- -- Possibilidades expressivas corporais por meio
culturas. vos e estruturantes que caracterizam os diferen- das danças a partir o contexto comunitário e re-
-- Conhecer os elementos culturais que constituem -- Jogos individuais, coletivos, de competição e de tes tipos de jogos, brincadeiras, atividades espor- gional.
as diferentes práticas corporais. cooperação. tivas e atividades ginásticas.
-- Manifestações de diferentes culturas por meio
Competências Ético-estéticas -- Reconhecer e respeitar as suas diferenças indi-
viduais de desempenho corporal e as de seus
-- Esportes de marca e esportes de precisão. -- Reconhecer e respeitar as suas diferenças indi-
viduais de desempenho corporal e as de seus
das danças do contexto comunitário regional.

-- Esquema corporal e imagem corporal. -- Coreografias de dança, brincadeiras de roda e de


colegas nas brincadeiras e jogos individuais, co- colegas nas brincadeiras e jogos individuais, cole-
-- Reconhecer o movimento corporal como integrador da relação sujeito e ambiente. movimentos ginásticos sequenciais.
letivos, de competição e de cooperação. -- Habilidades motoras fundamentais manipulati- tivos, de competição e de cooperação, valorizan-
-- Reconhecer a relação entre os saberes que concernem às práticas corporais e a realida- vas, de locomoção e de estabilidade. do o protagonismo e a contribuição de todos no -- Potencialidades e limites do corpo na experi-
-- Vivenciar a construção e o cumprimento de re-
de social à qual pertencem os alunos. trabalho coletivo. mentação de movimentos corporais.
gras nas diferentes práticas corporais, aplicando- -- Habilidades perceptivo-motoras.
-as por meio de múltiplas linguagens (corporal, -- Vivenciar e ressignificar as regras nas diferentes -- Habilidades motoras fundamentais manipulati-
-- Valorizar as práticas corporais oriundas de diferentes povos e grupos étnicos, conside- -- Potencialidades e limites do corpo na experi-
visual, oral e escrita), relacionando com as ações práticas corporais, valorizando a importância do vas, de locomoção e de estabilidade.
rando-as como elementos constitutivos da cultura, adotando atitudes de respeito, so- mentação de movimentos corporais.
cotidianas. cumprimento e reestruturação das combinações -- Habilidades perceptivo-motoras.
lidariedade, dignidade, posicionamento crítico, autônomo e solidário ante os conflitos. -- A importância da tomada de decisão, cumpri- pré-estabelecidas, relacionando as experiências
-- Criar e utilizar estratégias, individualmente e em -- Criatividade e organização de regras nas diferen-
mento e reestruturação de regras nas diferen- nas atividades com as ações cotidianas.
grupo, para resolver desafios específicos das di- tes práticas corporais.
tes práticas corporais e as suas relações com as
ferentes práticas corporais. -- Criar e utilizar estratégias, individualmente e em
ações cotidianas. -- O protagonismo e o sentido de pertença no tra-
Competências Políticas -- Conhecer brincadeiras e jogos da cultura popu-
-- As danças do contexto comunitário e regional: ro-
grupo, para resolver desafios específicos das di-
ferentes práticas corporais. balho coletivo.
lar regional, reconhecendo os diversos contextos
das cantadas, brincadeiras rítmicas e expressivas. -- As múltiplas linguagens nas práticas corporais.
envolvidos, para as suas culturas de origem por -- Participar de diferentes tipos de jogos, perceben-
-- Atuar como sujeitos ativos no processo educacional, reconhecendo suas possibilidades
meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, -- Manifestações de diferentes culturas por meio do a importância de ganhar e perder e identifi- -- Elementos culturais constitutivos de diferentes
corporais, mediante as práticas, suas limitações, assim como as de seus colegas. das danças do contexto comunitário regional.
oral e escrita). cando o papel do adversário como ator necessá- manifestações corporais.
-- Atuar de forma criativa e autônoma ao transformar e alterar procedimentos pré-esta- -- Experimentar e fruir os esportes de marca e es- -- Elementos constitutivos da dança: ritmos, espa- rio para a competição.
-- A compreensão e a importância do ganhar e per-
belecidos de práticas corporais no ambiente escolar. portes de precisão, identificar os elementos so- ço, gestos. -- Conhecer e recriar brincadeiras e jogos da cultu- der nos diferentes tipos de jogos.
-- Compreender, respeitar e refletir as diferenças entre gêneros associadas às práticas cioculturais constitutivos e as características des- -- Elementos básicos da ginástica nas diferentes ra popular regional, reconhecendo e divulgando
sas práticas corporais, valorizando o seu papel e a relevância dessas práticas corporais para as -- Esportes de marca e esportes de precisão.
corporais, constituídas de forma sociocultural. práticas corporais.
o papel do outro. suas culturas de origem por meio de múltiplas -- Elementos básicos da ginástica nas diferentes
-- Reconhecer as práticas corporais como uma necessidade do ser humano e usufruí-las de -- Possibilidades acrobáticas e expressivas por linguagens (corporal, visual, oral e escrita). práticas corporais.
-- Experimentar e fruir os elementos básicos da gi- meio da ginástica, com ou sem aparelhos.
forma autônoma, também para hábitos mais saudáveis e com melhor qualidade de vida. nástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, -- Experimentar e fruir os esportes de marca e -- Elementos estruturantes da ginástica geral, com
com ou sem aparelhos), identificando as possibi- esportes de precisão, identificar os elementos ou sem aparelhos.
lidades acrobáticas e expressivas nas diferentes constitutivos e as características dessas práti-
práticas corporais. cas corporais, valorizando o seu papel e o papel
Competências Tecnológicas -- Vivenciar e ressignificar as danças do contexto
do outro.
comunitário regional (rodas cantadas, brincadei- -- Experimentar e fruir os elementos básicos da gi-
-- Associar o uso de diferentes linguagens, recursos, artefatos, mídias e tecnologias ao ras rítmicas e expressivas) reconhecendo as ma- nástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações,
universo das práticas corporais. nifestações de diferentes culturas e suas origens. com ou sem aparelhos), identificando as possibi-
lidades acrobáticas e expressivas nas diferentes
-- Reconhecer atitudes de respeito, solidariedade, co-
práticas corporais.
letividade e superação ante situações de conflito na
vivência de diferentes práticas corporais.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

111

HABILIDADES - 3º ANO -- Conhecer e recriar as danças do Brasil e do mun- CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO HABILIDADES - 4º ANO africana, reconhecendo as manifestações de di- CONTEÚDOS NUCLEARES - 4º ANO
do e, também, as danças de matriz indígena e ferentes culturas e suas origens.
-- Explorar e fruir as possibilidades corporais, reco- africana, reconhecendo as manifestações de di- -- Potencialidades e limites do corpo na exploração -- Vivenciar os diferentes movimentos, reconhe- -- Experimentar, fruir e recriar lutas do contexto co- -- Potencialidades e limites do corpo na aplicação
nhecendo as potencialidades e limites do corpo e ferentes culturas e suas origens. de movimentos corporais. cendo as potencialidades e limites do corpo e munitário e regional e lutas de matriz indígena e de movimentos corporais.
aplicando as habilidades motoras fundamentais -- Experimentar, fruir e recriar lutas do contexto co- -- Habilidades motoras fundamentais manipulati- aplicando as habilidades motoras fundamentais africana, respeitando o oponente e reconhecen- -- Habilidades motoras fundamentais manipulati-
manipulativas, de locomoção e de estabilidade munitário e regional e lutas de matriz indígena e vas, de locomoção e de estabilidade. manipulativas, de locomoção e de estabilidade do a diferença entre lutas e brigas. vas, de locomoção e de estabilidade.
e as habilidades perceptivo-motoras nas brinca- africana, respeitando o oponente e reconhecen- e as habilidades perceptivo-motoras nas brinca-
-- Habilidades perceptivo-motoras. -- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, co- -- Habilidades perceptivo-motoras.
deiras e jogos da cultura popular, nas atividades do a diferença entre lutas e brigas. deiras e jogos da cultura popular, nas atividades
letividade e superação ante situações de conflito,
esportivas, nos movimentos da ginástica geral e -- Regras, estratégias e possibilidades táticas nas esportivas, nos movimentos da ginástica geral, -- Regras, estratégias e possibilidades táticas nas
-- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, co- preconceito e injustiça, na vivência de diferentes
nas danças do contexto comunitário e regional e diferentes práticas corporais. nas danças do contexto comunitário e regional e diferentes práticas corporais.
letividade e superação ante situações de conflito, práticas corporais.
de matriz indígena e africana. de matriz indígena e africana.
preconceito e injustiça, na vivência de diferentes -- O protagonismo e o trabalho em equipe nos jo- -- O protagonismo e a importância do outro no tra-
-- Experimentar, explorar e fruir as possibilidades práticas corporais. gos coletivos. -- Explorar e fruir as possibilidades corporais, as ha- balho em equipe.
corporais, as habilidades motoras fundamentais bilidades motoras fundamentais manipulativas,
-- As práticas corporais e situações de injustiça e -- As práticas corporais e situações de injustiça e
manipulativas, de locomoção e de estabilidade, de locomoção e de estabilidade, e as habilidades
preconceito. preconceito.
e as habilidades perceptivo-motoras reconhe- perceptivo-motoras reconhecendo as potenciali-
cendo as potencialidades e limites do corpo nas -- A importância da tomada de decisão, valorização dades e limites do corpo nas lutas do contexto so- -- A importância da tomada de decisão, cumpri-
lutas do contexto comunitário e regional e de e reestruturação de regras nas diferentes prá- ciocultural de matriz indígena e africana. mento e reestruturação de regras nas diferen-
matriz indígena e africana. ticas corporais e as suas relações com as ações tes práticas corporais e as suas relações com as
-- Identificar e comparar os elementos sociocultu-
cotidianas. ações cotidianas.
-- Identificar e comparar os elementos constituti- rais constitutivos e estruturantes que caracteri-
-- As múltiplas linguagens nas práticas corporais. zam as diferentes práticas corporais. -- Resolução, de forma democrática, situações pro-
vos e estruturantes que caracterizam as diferen-
-- Elementos culturais constitutivos de diferentes blema que se apresentam durante as vivências
tes práticas corporais. -- Reconhecer e respeitar as diferenças individuais
manifestações corporais. das práticas corporais.
-- Reconhecer e respeitar as diferenças corporais de desempenho corporal e as de seus colegas
-- Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do nas brincadeiras e jogos individuais, coletivos, de -- As múltiplas linguagens nas práticas corporais.
individuais e as de seus colegas nas brincadeiras
e jogos individuais, coletivos, de competição e mundo. competição e de cooperação, valorizando o pro- -- Contextos históricos e culturais de diferentes
de cooperação, valorizando o protagonismo e a tagonismo e a contribuição de todos no trabalho práticas corporais.
-- Brincadeiras e jogos da matriz indígena e africana.
contribuição de todos no trabalho coletivo. coletivo.
-- A importância das brincadeiras e jogos popula- -- A preservação das brincadeiras e jogos popula-
-- Valorizar o cumprimento de regras e combina- -- Valorizar o cumprimento de regras e combina- res do Brasil e do mundo e da matriz indígena
res e da matriz indígena e africana na preserva-
ções pré-estabelecidas nas diferentes práticas ções pré-estabelecidas nas diferentes práticas e africana como patrimônio histórico dos povos.
ção das diferentes culturas.
corporais, relacionando as experiências nas ati- corporais, relacionando as experiências nas ati-
-- Elementos constitutivos dos esportes de campo -- Elementos constitutivos dos esportes de campo
vidades com as ações cotidianas. vidades com as ações cotidianas.
e taco, de rede/parede e de invasão. e taco, de rede/parede e de invasão.
-- Planejar e utilizar estratégias, individualmente e
-- Planejar e utilizar estratégias, individualmente e -- A diferença entre jogos pré-desportivos e esportes. -- A diferença entre jogos, jogos pré-desportivos e
em grupo, para resolver desafios específicos das
em grupo, para resolver desafios específicos das esporte.
-- Combinações de diferentes elementos estrutu- diferentes práticas corporais, preservando a inte-
diferentes práticas corporais, preservando a inte- -- Combinações de diferentes elementos estrutu-
rantes da ginástica geral, com e sem aparelhos, gridade física e moral dos participantes.
gridade física e moral dos participantes. rantes da ginástica geral, com e sem aparelhos,
individuais e em grupo. -- Participar de diferentes tipos de jogos, valorizan-
-- Participar de diferentes tipos de jogos, valorizan- individuais e em grupo.
-- Danças do Brasil e do mundo. do o papel do adversário como ator necessário
do o papel do adversário como ator necessário -- Danças do Brasil e do mundo.
para a competição e, não, como um inimigo.
para a realização dos jogos. -- Danças da matriz indígena e africana.
-- Conhecer e recriar brincadeiras e jogos da cultu- -- Danças da matriz indígena e africana.
-- Conhecer e recriar brincadeiras e jogos da cultu- -- Os sentidos e significados das danças nas suas
ra popular brasileira e mundial, de matriz indíge- -- Os sentidos e significados das danças nas suas
ra popular brasileira e mundial, de matriz indíge- culturas de origem.
na e africana, reconhecendo a relevância dessas culturas de origem.
na e africana, reconhecendo a relevância dessas -- Elementos constitutivos e possibilidades expres- práticas corporais para as suas culturas de ori-
práticas corporais para as suas culturas de ori- sivas corporais das diferentes danças populares. -- Elementos constitutivos e possibilidades expres-
gem e valorizando a importância desse patrimô-
gem e valorizando a importância desse patrimô- sivas corporais das diferentes danças populares.
-- Lutas no contexto comunitário e regional. nio histórico cultural.
nio histórico cultural. -- Contextos históricos das lutas comunitárias e re-
-- Lutas de matriz indígena e africana. -- Explorar e fruir os esportes campo e taco, de
-- Experimentar e fruir os esportes de campo e gionais e de matriz indígena e africana em nossa
rede/parede e de invasão, identificar os elemen-
taco, de rede/parede e de invasão, identificar os -- O respeito ao oponente e a diferença entre lutas sociedade.
tos constitutivos e as características dessas práti-
elementos constitutivos e as características des- e brigas. -- O respeito ao oponente e a diferença entre lutas
cas corporais, valorizando o seu papel e o papel
sas práticas corporais, valorizando o seu papel e do outro. e brigas.
o papel do outro.
-- Experimentar e fruir os elementos básicos da gi- -- A relação das práticas corporais e os cuidados
-- Experimentar e fruir os elementos básicos da gi- nástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, com a saúde emocional, física e mental para qua-
nástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, com ou sem aparelhos), identificando as possi- lidade de vida do sujeito.
com ou sem aparelhos), identificando as possi- bilidades de combinações desses elementos de
bilidades de combinações desses elementos de forma individual ou em grupo.
forma individual ou em grupo.
-- Conhecer e recriar as danças do Brasil e do mun-
do e, também, as danças de matriz indígena e
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

112

HABILIDADES - 5º ANO - Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, co- CONTEÚDOS NUCLEARES - 5º ANO
letividade e superação ante situações de conflito,
- Explorar e fruir as possibilidades corporais, reco- preconceito e injustiça, na vivência de diferentes - Potencialidades e limites do corpo na aplicação
nhecendo as potencialidades e limites do corpo e práticas corporais. de movimentos corporais.
aplicando as habilidades motoras fundamentais
- Habilidades motoras fundamentais manipulati-
manipulativas, de locomoção e de estabilidade vas, de locomoção e de estabilidade.
e as habilidades perceptivo-motoras diferentes
práticas corporais. - Habilidades perceptivo-motoras.

- Reconhecer os elementos constitutivos e estru- - Regras, estratégias e possibilidades táticas nas


turantes que caracterizam as diferentes práticas diferentes práticas corporais.
corporais. - O protagonismo e a importância do outro no tra-
- Reconhecer e respeitar as diferenças corporais balho coletivo.
individuais e as de seus colegas nas brincadeiras - As práticas corporais e situações de injustiça e
e jogos individuais, coletivos, de competição e preconceito.
de cooperação, valorizando o protagonismo e a
- A importância da tomada de decisão, cumpri-
contribuição de todos no trabalho coletivo.
mento e reestruturação de regras nas diferen-
- Valorizar o cumprimento de regras e combina- tes práticas corporais e as suas relações com as
ções pré-estabelecidas nas diferentes práticas ações cotidianas.
corporais, relacionando as experiências nas ati-
- As múltiplas linguagens nas práticas corporais.
vidades com as ações cotidianas.
- Elementos culturais e históricos que compõem
- Planejar e utilizar estratégias, individualmente e
práticas corporais.
em grupo, para resolver desafios específicos das
diferentes práticas corporais, preservando a inte- - A importância das brincadeiras e jogos popula-
gridade física e moral dos participantes. res e da matriz indígena e africana na preserva-
ção das diferentes culturas.
- Participar de diferentes tipos de jogos, valorizan-
do o papel do adversário como ator necessário - Jogos pré-desportivos de campo e taco, de rede/
para a competição e, não, como um inimigo. parede e de invasão.

- Conhecer e recriar brincadeiras e jogos da cultu- - Combinações de diferentes elementos estrutu-


ra popular brasileira e mundial, de matriz indíge- rantes da ginástica geral, com e sem aparelhos,
na e africana, reconhecendo a relevância dessas individuais e em grupo, e a relação com ginásti-
práticas corporais para as suas culturas de ori- cas em nossa sociedade.
gem e valorizando a importância desse patrimô- - Danças do Brasil e do mundo e da matriz indíge-
nio histórico cultural. na e africana.
- Explorar e fruir os jogos pré-desportivos de cam- - Elementos constitutivos e possibilidades expres-
po e taco, de rede/parede e de invasão, identifi- sivas corporais das diferentes danças populares.
car os elementos constitutivos e as característi-
- A criatividade na composição de coreografias de
cas dessas práticas corporais, valorizando o seu
dança.
papel e o papel do outro.
- Lutas no contexto comunitário e regional e de
- Explorar e fruir os elementos básicos da ginástica
matriz indígena e africana.
geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, com ou
sem aparelhos), identificando as possibilidades - O respeito ao oponente e a diferença entre lutas
de combinações desses elementos de forma in- e brigas.
dividual ou em grupo.
- Conhecer e recriar as danças do Brasil e do mun-
do e, também, as danças de matriz indígena e
africana, reconhecendo as manifestações de di-
ferentes culturas e suas origens.
- Experimentar, fruir e recriar lutas do contexto co-
munitário e regional e lutas de matriz indígena e
africana, respeitando o oponente e reconhecen-
do a diferença entre lutas e brigas.
- Recriar, individual ou coletivamente, as diferen-
tes praticas corporais na escola, explorando a
criatividade e a autonomia.
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De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

113

7.2 Anos finais do Ensino Fundamental


HABILIDADES - 6º ANO -- Recriar, individual ou coletivamente, as diferen- CONTEÚDOS NUCLEARES - 6º ANO
tes praticas corporais na escola, explorando a
-- Experimentar e fruir a diversidade das práticas criatividade e a autonomia. -- Habilidades do movimento especializado: movi-
corporais, individuais e coletivas, explorando o -- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, co- mentos técnico-combinatórios.
seu repertório motor e as habilidades dos mo- letividade e superação ante situações de conflito, -- A superação de preconceitos e estereótipos nas
vimentos especializados técnico-combinatórios. preconceito e injustiça, na vivência de diferentes práticas corporais, com base na solidariedade,
Competências Acadêmicas -- Compreender as práticas corporais como uma práticas corporais. justiça, equidade e respeito.
possibilidade para superar os pressupostos socio-
-- Conhecer, vivenciar e compreender as diferentes possibilidades de práticas corporais, identificando os elementos presentes nos -- As práticas corporais e a sua relação com a ética
culturais presentes nas diferentes práticas corpo-
contextos socioculturais de origem que as caracterizam. e a moral.
rais, combatendo o preconceitos e estereótipos,
-- Perceber aspectos históricos, culturais e sociais das práticas corporais, suas mudanças e ressignificações ao longo do tempo e os por meio da solidariedade, da justiça, da equidade -- Contexto histórico, cultural e social das práticas
fatores que podem influenciar tais mudanças. e do respeito, relacionando situações do cotidiano corporais.
e as concepções éticas e morais do indivíduo. -- Estratégias e táticas nas práticas corporais para
-- Conhecer sobre o desenvolvimento e o funcionamento do corpo, bem como capacidades físicas e habilidades motora.
-- Conhecer o contexto histórico, cultural e social solucionar desafios.
das práticas corporais, reconhecer os elementos
Competências Ético-estéticas estruturantes que as caracterizam.
-- Experiências corporais por meio dos jogos ele-
trônicos.
-- Reconhecer a relação entre os saberes que concernem às práticas corporais e a realidade social à qual pertencem os alunos. -- Valorizar o cumprimento de regras e combina- -- As diferenças, mudanças e transformações dos
ções pré-estabelecidas nas diferentes práticas
-- Adotar atitudes de respeito, solidariedade, dignidade, bem como posicionamento crítico, autônomo e solidário diante dos confli- esportes: de marca, de precisão, de invasão, de
corporais, reconhecendo como mediadoras do campo e de taco, de rede/parede e técnico-com-
tos na realização das práticas corporais.
convívio social, relacionando as experiências nas binatórios, individuais e coletivos.
-- Repudiar situações preconceituosas em relação a aspectos: sociais, étnicos, físicos, econômicos, dentre outros. atividades com as ações cotidianas.
-- A importância do eu e do outro na construção
-- Repudiar atitudes violentas de todas as formas, mediante as práticas corporais, adotando, atitudes de respeito, solidariedade e -- Planejar e utilizar estratégias, individualmente e coletiva nas práticas corporais.
ética, relacionando tais atitudes ao ambiente escolar, assim como aos ambientes sociais. em grupo, para resolver desafios específicos das
diferentes práticas corporais, preservando a inte- -- Regras como mediadoras do convívio social.
-- Valorizar, respeitar e disseminar práticas corporais oriundas de diferentes povos e grupos étnicos, reconhecendo-as como ele- gridade física e moral dos participantes. -- Práticas dos esportes em diferentes manifesta-
mentos constitutivos da cultura. ções: profissional e comunitário/lazer.
-- Participar de diferentes práticas corporais, valo-
-- Ampliar, compreender e respeitar as diferentes práticas corporais no que se refere ao seu caráter multicultural. rizando o seu papel e o papel do outro na cons- -- Ginástica de condicionamento físico.
trução coletiva.
-- A diferença entre exercício físico e atividade física.
Competências Políticas -- Experimentar e fruir jogos eletrônicos reconhe-
-- Capacidades físicas nos exercícios físicos.
cendo a importância dos seus significados para
-- Atuar como sujeitos ativos no processo educacional, reconhecendo suas possibilidades corporais, mediante as práticas corporais. diferentes contextos sociais. -- Sensações e mudanças corporais ao realizar prá-
-- Conhecer e identificar as constantes ressignifi- ticas corporais.
-- Atuar de forma criativa e autônoma ressignificando as práticas corporais no ambiente escolar.
cações dos esportes, relacionando as práticas -- Elementos constitutivos das danças urbanas.
-- Compreender as vivências corporais, considerando as dimensões de lazer, qualidade de vida e saúde, relacionando aos diferen- vivenciadas na escola e fora dela, com a midiati-
tes espaços disponíveis para esses propósitos. -- Danças urbanas como forma de comunicação
zação esportiva.
corporal.
-- Compreender, respeitar e refletir sobre os aspectos relativos às diferenças de gênero nas práticas corporais, assim como na so- -- Explorar e fruir diferentes exercícios físicos, iden-
-- Lutas no Brasil e suas características: códigos ri-
ciedade em geral. tificando os tipos de capacidades físicas utiliza-
tuais, elementos técnico-táticos, indumentária,
das (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e
-- Compreender o lazer como um direito do cidadão constituído por lei. percebendo as sensações e mudanças corporais.
materiais, instalações, instituições.
-- Segurança e integridade física nas lutas e seu dis-
-- Experimentar e fruir danças urbanas, identifica-
Competências Tecnológicas -las como possibilidade de comunicação corpo-
tanciamento da violência.
-- Associar o uso de diferentes linguagens, recursos, artefatos, mídias e tecnologias ao universo das práticas corporais. ral, diferenciando seus elementos constitutivos -- Respeito ao adversário.
-- Desenvolver uma postura crítica diante das abordagens propiciadas pelos meios de comunicação, em relação às práticas corporais. dos demais tipos de danças. -- Origem e características das práticas corporais
-- Experimentar, fruir e recriar lutas no Brasil, co- de aventura urbanas.
-- Estabelecer uma postura crítica ante a divulgação midiática do esporte-espetáculo e à possibilidade de fácil de ascensão social.
nhecer seus códigos rituais, elemento técnico- -- A relação das práticas corporais e os cuidados
-- Posicionar-se criticamente diante dos padrões estéticos de beleza fortemente divulgados pelos meios de comunicação e ante a -táticos, indumentária, matérias, instalações e com a saúde emocional, física e mental para qua-
realidade social e a diversidade de padrões corporais de uma sociedade. instituições, reconhecendo a diferença entre lu- lidade de vida do sujeito.
tas e brigas.
-- Experimentar e fruir práticas corporais de aven-
tura urbanas, valorizando a integridade física dos
participantes e respeitando os espaços públicos.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

114

HABILIDADES - 7º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 7º ANO HABILIDADES - 8º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 8º ANO HABILIDADES - 9º ANO dos participantes e respeitando o patrimônio na- CONTEÚDOS NUCLEARES - 9º ANO
tural e o cuidado com a preservação ambiental.
-- Experimentar e fruir a diversidade das práticas cor- -- Habilidades do movimento especializado: funda- -- Compreender a diversidade das práticas corpo- -- Habilidades do movimento especializado: funda- -- Compreender a diversidade das práticas corpo- -- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, -- Habilidades do movimento especializado: funda-
porais, individuais e coletivas, explorando o seu re- mentos técnicos das práticas corporais. rais, individuais e coletivas, explorando o seu re- mentos técnicos-táticos das práticas corporais. rais, individuais e coletivas, explorando o seu re- coletividade e superação ante situações de con- mentos técnicos-táticos das práticas corporais.
pertório motor e as habilidades dos movimentos pertório motor e as habilidades dos movimentos -- A resolução de situações-problemas enfrentadas pertório motor e as habilidades dos movimentos flito, preconceito e injustiça, na vivência de di-
-- A resolução de situações-problemas enfrentadas especializados técnico-táticos. -- A resolução de situações problemas enfrentadas
especializados técnico-combinatórios. nas práticas corporais com justiça e de forma de- especializados técnico-táticos. ferentes práticas corporais, relacionando com
nas práticas corporais com justiça e de forma de- nas práticas corporais com justiça e de forma de-
-- Valorizar as práticas corporais como uma possi- mocrática. -- Valorizar os pressupostos socioculturais presen- ações cotidianas. mocrática.
-- Compreender os pressupostos socioculturais mocrática.
bilidade para resolver situações problema e su- -- As práticas corporais e a sua relação com a ética e tes nas diferentes práticas corporais, comba-
presentes nas diferentes práticas corporais, -- As práticas corporais e a sua relação com a ética
-- As práticas corporais e a sua relação com a ética perar os pressupostos socioculturais presentes a moral, a partir dos pressupostos socioculturais. tendo o preconceitos e estereótipos, por meio
como uma possibilidade para superar os precon- e a moral, na contemporaneidade e nos diferen-
e a moral. nas diferentes práticas corporais, combatendo o da solidariedade, da justiça, da equidade e do
ceitos e estereótipos, por meio da solidariedade, preconceitos e estereótipos, por meio da solida- -- Contexto histórico, cultural e social das práticas tes contextos históricos.
-- Contexto histórico, cultural e social das práticas corporais. respeito, de forma democrática, relacionando
da justiça, da equidade e do respeito, relacionan- riedade, da justiça, da equidade e do respeito, -- Contexto histórico, cultural e social das práticas
corporais. situações do cotidiano e as concepções éticas e
do situações do cotidiano e as concepções éticas de forma democrática, relacionando situações -- Estratégias e táticas nas práticas corporais para corporais.
morais do indivíduo.
e morais do indivíduo. do cotidiano e as concepções éticas e morais do solucionar desafios.
-- Estratégias e táticas nas práticas corporais para -- Estratégias e táticas nas práticas corporais para
indivíduo. -- Compreender o contexto histórico, cultural e so-
-- Conhecer o contexto histórico, cultural e social das solucionar desafios. -- O cumprimento de regras nas práticas corporais solucionar desafios.
cial das práticas corporais, diferenciar os elemen-
práticas corporais, reconhecer os elementos estrutu- -- Compreender o contexto histórico, cultural e e a sua relação com o cotidiano. -- O cumprimento de regras nas práticas corporais
-- O cumprimento de regras nas práticas corporais tos estruturantes que as caracterizam.
rantes que as caracterizam. social das práticas corporais, diferenciar os ele- -- Práticas corporais esportivas e sistemas de jogo. e a sua relação com o cotidiano.
e a sua relação com o cotidiano. mentos sociais que os constituem, estruturam e -- Valorizar e aplicar o cumprimento de regras e
-- Valorizar o cumprimento de regras e combinações caracterizam. -- Os diferentes papéis de atuação nas práticas es- combinações pré-estabelecidas nas diferentes -- Inovação e criação de possibilidades em meio às
-- Experiências corporais por meio dos jogos ele-
pré-estabelecidas nas diferentes práticas corporais, portivas. práticas corporais, reconhecendo como media- práticas corporais.
trônicos. -- Valorizar e aplicar o cumprimento de regras e
reconhecendo como mediadoras do convício social, -- Transformações históricas do fenômeno esporti- doras do convívio social, relacionando as expe- -- Alteração dos espaços urbanos mediante realiza-
combinações pré-estabelecidas nas diferentes
relacionando as experiências nas atividades com as -- As diferenças, mudanças e transformações dos vo e a relação com a mídia. riências nas atividades com as ações cotidianas. ção de práticas corporais.
práticas corporais, reconhecendo como media-
ações cotidianas. esportes: de marca, de precisão, de invasão, de -- Práticas corporais para o lazer. -- Planejar e utilizar estratégias, individualmente
doras do convívio social, relacionando as expe- -- Praticas corporais esportivas.
campo e de taco, de rede/parede e técnico-com- riências nas atividades com as ações cotidianas. e em grupo, para resolver desafios específicos
-- Planejar e utilizar estratégias, individualmente e em -- Práticas corporais aeróbicas e anaeróbicas. -- Transformações históricas do fenômeno esporti-
binatórios, individuais e coletivos, com e sem das diferentes práticas corporais, preservando
grupo, para resolver desafios específicos das dife- -- Planejar e utilizar estratégias, individualmente e vo e a relação com a mídia.
contato, com e sem materiais. -- Ginástica de condicionamento físico.
rentes práticas corporais, preservando a integridade em grupo, para resolver desafios específicos das a integridade física e moral dos participantes e
-- Ginástica de conscientização corporal. -- Ginástica de condicionamento físico.
física e moral dos participantes. -- A importância do eu e do outro na construção diferentes práticas corporais, preservando a inte- valorizando o seu papel e o papel do outro na
coletiva nas práticas corporais. gridade física e moral dos participantes. -- Ginásticas esportivizadas: trampolim acrobático, construção coletiva. -- Ginástica de conscientização corporal.
-- Participar de diferentes práticas corporais, valori-
ginástica aeróbica competitiva, ginástica acrobática. -- Recriar, individual ou coletivamente, as possibi- -- Importância da prática individualizada adequada
zando o seu papel e o papel do outro na constru- -- Relação das práticas corporais com a saúde e o -- Participar de diferentes práticas corporais, valori-
-- Importância da prática corporal individualizada lidades de práticas corporais na escola, explo- às características e necessidades de cada sujeito,
ção coletiva. lazer, a partir dos indicativos socioculturais. zando o seu papel e o papel do outro na constru-
adequada às características e necessidades de rando a criatividade e a autonomia, construindo priorizando a qualidade de vida.
ção coletiva.
-- Experimentar e fruir jogos eletrônicos reconhecendo -- Ginástica de condicionamento físico: com e sem cada sujeito. uma consciência de cuidado com a saúde e com -- Padrões socialmente determinados de desem-
a importância dos seus significados para diferentes aparelho, esportivizadas e de academia. -- Identificar as transformações históricas dos espor-
-- Padrões socialmente estabelecidos de desempe- a qualidade de vida, por meio do lazer. penho, saúde e beleza e a relação com a mídia,
tes, relacionando com a midiatização esportiva.
contextos sociais. nho, saúde e beleza. -- Identificar as transformações históricas dos espor- nos diferentes contextos.
-- A diferença entre exercício físico e atividade física.
-- Explorar, fruir e identificar diferentes tipos de gi- tes, relacionando com a midiatização esportiva.
-- Conhecer e identificar as diferenças, mudanças e -- A diversidade cultural e a tradição das danças de salão. -- Práticas corporais e distúrbios alimentares na
-- Capacidades físicas nos exercícios físicos. nástica: de condicionamento físico, de conscienti-
transformações dos esportes, relacionando as práti- -- Explorar, fruir e identificar os tipos de ginástica adolescência.
zação corporal e esportivizadas. -- Elementos constitutivos e as características das
cas vivenciadas na escola e fora dela, com a midiati- -- Sensações e mudanças corporais ao realizar prá- danças de salão. de condicionamento físico e de conscientização -- A diversidade cultural e a tradição das danças de
zação esportiva. ticas corporais. -- Reconhecer as potencialidades físicas individuais
corpora, e aplica-los como possibilidades do cor- salão.
e adequar as características e necessidades do -- Estereótipos criados nas diferentes práticas cor-
-- Explorar e fruir diferentes exercícios físicos, identifi- -- Expressões criativas nas danças urbanas. po nas diferentes práticas corporais. -- Elementos constitutivos e as características das
sujeito às diferentes práticas corporais, construin- porais.
cando os tipos de capacidades físicas utilizadas (for- do uma autoimagem positiva. -- Reconhecer as potencialidades físicas e indivi- danças de salão.
-- Elementos, gestos corporais, dentre outros, que -- Lutas no mundo.
ça, velocidade, resistência, flexibilidade) e perceben- duais e adequar as características e necessida- -- Lutas no mundo.
diferenciam as danças urbanas. -- Problematizar os padrões de desempenho, saú- -- Respeito ao adversário.
do as sensações e mudanças corporais. des do sujeito às diferentes práticas corporais,
de e beleza estabelecidos na contemporaneida- -- Culturas de origem e transformações históricas
-- Lutas no Brasil e suas características: códigos ri- -- O universo multicultural das lutas. construindo uma autoimagem positiva.
-- Experimentar e fruir danças urbanas, identifica-las de, identificando as consequências dos excessos, das lutas no mundo.
tuais, elementos técnico-táticos, indumentária, no que se referem às práticas de exercícios físicos -- Esportivização e a midiatização das lutas no mundo. -- Problematizar os padrões de desempenho, saú-
como possibilidade de comunicação corporal, dife- -- Esportivização e a midiatização das lutas no
materiais, instalações, instituições. e do uso indiscriminado de recursos ergogênicos de e beleza estabelecidos na contemporaneida-
renciando seus elementos constitutivos dos demais -- Elementos de segurança em práticas corporais mundo.
-- Segurança e integridade física nas lutas. farmacológicos. de aventura na natureza. de, identificando as consequências das práticas
tipos de danças. -- Alterações dos espaços urbanos mediante reali-
-- Experimentar e fruir danças de salão e seus ele- excessivas de exercícios físicos e do uso indiscri-
-- Experimentar, fruir e recriar lutas no Brasil, conhecer -- Respeito ao adversário. -- A valorização do patrimônio natural por meio minado de recursos ergogênicos farmacológicos. zação de práticas corporais.
mentos constitutivos e características (ritmos, das práticas corporais de aventura.
seus códigos rituais, elemento técnico-táticos, indu- -- Conhecer, identificar e problematizar os distúrbios -- Praticas corporais de aventura na natureza e a
-- Práticas corporais de aventura urbanas. gestos, coreografias e músicas), valorizando a di-
mentária, matérias, instalações e instituições, reco- versidade cultural. alimentares na adolescência, relacionando com os valorização do patrimônio natural.
nhecendo a diferença entre lutas e brigas. -- A relação sociocultural das práticas corporais
-- Experimentar, fruir e recriar lutas no mundo, padrões de desempenho, saúde e beleza apresen- -- A superação de preconceitos e estereótipos nas
com saúde e o lazer.
-- Experimentar e fruir práticas corporais de aventura identificar o universo multicultural que estão in- tados pelos meios científico, midiático e cultural. práticas corporais, com base na solidariedade,
urbanas, valorizando a integridade física dos partici- seridas, respeitando o oponente. -- Explorar e fruir danças de salão e seus elemen- justiça, equidade e respeito.
pantes e respeitando os espaços públicos. tos constitutivos e características (ritmos, gestos,
-- Experimentar e fruir práticas corporais de aven-
-- Recriar, individual ou coletivamente, as diferentes tura na natureza, valorizando a integridade física coreografias e músicas), valorizando a tradição
praticas corporais na escola e em outros espaços dos participantes e respeitando o patrimônio na- diversidade cultural.
fora dela, explorando a criatividade e a autonomia. tural e o cuidado com a preservação ambiental. -- Experimentar, fruir e recriar lutas, conhecendo
-- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, as suas culturas de origem e as transformações
-- Valorizar atitudes de respeito, solidariedade, coleti-
coletividade e superação ante situações de con- históricas no mundo e identificando o processo
vidade e superação ante situações de conflito, pre-
flito, preconceito e injustiça, na vivência de di- de esportivização e midiatização.
conceito e injustiça, na vivência de diferentes práticas
ferentes práticas corporais, relacionando com -- Experimentar e fruir práticas corporais de aven-
corporais.
ações cotidianas. tura na natureza, valorizando a integridade física
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

115

7.3 Ensino Médio


CONTEÚDOS NUCLEARES - 1º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 2º ANO CONTEÚDOS NUCLEARES - 3º ANO

-- Contexto histórico, cultural e social das práticas -- O universo multicultural e as lutas. -- Alterações dos espaços urbanos e práticas cor-
corporais. porais.
-- Práticas corporais como ferramentas de interes-
-- Práticas corporais e suas relações com os espa- se social e sua influência no mercado de trabalho. -- A ludicidade nos jogos tradicionais.
ços urbanos.
Competências Acadêmicas -- O multiculturalismo e as práticas corporais.
-- Cidadão planetário: práticas corporais na promo-
ção da vida.
-- A ética e as lutas corporais.
-- Construção cultural das ideias de beleza e saúde.
-- Conhecer, vivenciar e compreender as diferentes possibilidades de práticas corporais e identificação de elementos que as constituem. -- O espaço urbano e a sua influência nas práticas
-- Práticas corporais tipicamente brasileiras.
-- Práticas corporais e autonomia.
-- Perceber os aspectos históricos, culturais e sociais das práticas corporais, suas mudanças e ressignificações ao longo do tempo e os fatores que podem influenciar tais mudanças. -- A inovação e criação nas práticas corporais.
corporais.
-- Os direitos e deveres do lazer nas práticas cor-
-- Identificar o conceito de lazer como forma de manifestação cultural presente em diferentes contextos expressivos, e não somente no das práticas corporais. -- Práticas corporais e sua relação com mídia.
-- As práticas corporais esportivizadas e as práticas porais.
nos tempos de lazer. -- A ludicidade e o jovem.
-- O corpo e a expressão artística e cultural.
-- As práticas corporais e o meio ambiente: os es- -- Expressão e comunicação na dança.
-- As práticas corporais e os gêneros: mitos e ver-
Competências Ético-estéticas portes de aventura.
-- As manifestações ginásticas na sociedade atual. dades.
-- Ressignificar as práticas corporais no cotidiano escolar e social. -- As lutas e as mídias.
-- Meio ambiente e práticas corporais. -- Cidadão planetário: práticas corporais na promo-
-- O corpo e a dança. ção da vida.
-- Reconhecer a relação entre os saberes que concernem às práticas corporais e a realidade social à qual pertencem os alunos. -- As práticas corporais e os conceitos de saúde e
-- As práticas corporais e os eventos públicos. qualidade de vida. -- O esporte esportivizado e o esporte no tempo
-- Compreender e refletir a necessidade do estabelecimento de regras, normas e princípios éticos na realização das práticas corporais, e relacioná-los à convivência em sociedade. de lazer.
-- As práticas corporais e os padrões de beleza. -- Os jovens e as práticas corporais representativas.
-- Reconhecer as limitações e potencialidades corporais singulares, assim como a dos colegas, respeitando as singularidades de cada indivíduo. -- Alterações de procedimentos nas práticas cor-
-- As práticas corporais e os conceitos de saúde e -- Conhecer e identificar os diferentes espaços de
-- Repudiar situações preconceituosas em relação a aspectos: sociais, étnicos, físicos, econômicos, de crença, dentre outros, no contexto das práticas corporais. porais.
qualidade de vida. atuações profissionais promovidos pelas práti-
-- Repudiar atitudes violentas, de todas as formas, nas práticas corporais, adotando atitudes de respeito, solidariedade e ética, relacionando tais atitudes no ambiente escolar e nos cas corporais. -- Práticas corporais como ferramentas de interes-
se social e sua influência no mercado de trabalho.
ambientes sociais.
-- Valorizar, respeitar e disseminar as práticas corporais oriundas de diferentes grupos étnicos, principalmente os que constituem a sociedade brasileira.
-- Compreender e respeitar o universo multicultural das práticas corporais.

Competências Políticas
-- Atuar como sujeitos ativos no processo educacional, reconhecendo suas possibilidades corporais mediante as práticas corporais, assim como suas limitações.
-- Atuar de forma criativa e autônoma ao transformar e alterar procedimentos preestabelecidos de práticas corporais no ambiente escolar.
-- Compreender as vivências corporais, considerando os conceitos de lazer, qualidade de vida e saúde.
-- Posicionamento crítico, autonomia e solidário diante dos conflitos.
-- Compreender, respeitar e refletir sobre os aspectos relativos às diferenças de gênero nas práticas corporais, assim como na sociedade em geral.
-- Compreender o lazer como um direito do ser humano constituído por lei.
-- Reconhecer as práticas corporais como uma necessidade do ser humano para uma vida mais saudável e com mais qualidade.

Competências Tecnológicas
-- Identificar a relação entre o mundo tecnológico e as transformações e/ou inovações que perpassam as práticas corporais, historica e culturalmente.
-- Desenvolver uma postura de espectador crítico diante das abordagens propiciadas pelos meios de comunicação em relação às práticas corporais.
-- Estabelecer uma postura crítica ante a divulgação midiática do esporte espetáculo e a possibilidade de fácil de ascensão social diante de algumas práticas corporais.
-- Posicionamento crítico ante os padrões estéticos de beleza fortemente divulgados pelos meios de comunicação e a realidade social.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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DARIDO, S. C.; SOUZA, Jr. O. M. Para ensinar Edu-


cação Física: possibilidades de intervenção na es-
cola. Campinas: Papirus, 2007.
FRAGA, A. B.; GONZÁLEZ, F. J. Afazeres da Educa-
ção Física na escola: Planejar, ensinar, partilhar.
Erechin: Edelbra, 2012.
JUNQUEIRA FILHO, G. A. Linguagens Geradoras –
seleção e articulação de conteúdos em educação
infantil. Porto Alegre: Mediação, 2011.
NEIRA, M. G. Ensino de Educação Física. São Pau-
lo: Thomson Learning, 2007. (Coleção de ideias
em ação/coordenadora Anna Maria Pessoa de
REFERÊNCIAS Carvalho).
MONTEIRO, T. L. A comunicação da criança sobre
suas aprendizagens na pedagogia de projetos: em
foco o corpo em movimento. 124 f. Curitiba. Dis-
sertação (Mestrado em Educação) – Universida-
de Federal do Paraná, Curitiba, 2012.
PALOMO, S. M. S. Linguagem e linguagens. Eccos
Revista Científica, v. 3, n. 2, p. 9-15, 2001.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

117
MATRIZES CURRICULARES - (1ª Edição - 2014)

EXPEDIENTE Cruz, Mércia Maria Silva Procópio, Michelle Jordão EDIÇÃO E REVISÃO DE TEXTO
Machado, Silmara Sapiense Vespasiano, Simone Engler Rosemary Lima – Elo Cultural
Hahn, Simone Weissheimer
CONSELHO SUPERIOR (2010-2014)
DIAGRAMAÇÃO
Ir. Antônio Benedito de Oliveira, Ir. Arlindo Corrent, Ir.
IDEAR Bureau de Design Gráfico
Ataíde José de Lima, Ir. Claudiano Tiecher, Ir. Dario GRUPO MATRIZES CURRICULARES DO
Bortolini, Ir. Davide Pedri, Ir. Deivis Alexandre Fischer, Ir. BRASIL MARISTA
Délcio Afonso Balestrin, Ir. Gilberto Zimmermann Costa, LEITORES CRÍTICOS
ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS LÍNGUA PORTUGUESA
Ir. Inacio Nestor Etges, Ir. João Gutemberg Mariano
Coelho Sampaio, Ir. Joaquim Sperandio, Ir. José Wagner
TECNOLOGIAS
Prof. Dr. Carlos Alberto Faraco (Professor Titular –
Coordenação Técnico-Científica do Projeto
Rodrigues da Cruz, Ir. Sebastião Antônio Ferrarini, Ir. aposentado – da Universidade Federal do Paraná – UFPR)
Wellington Mousinho de Medeiros Mércia Maria Silva Procópio
Coordenação da Área ESPANHOL
DIRETORIA (2010-2014) Maria de Lourdes Rossi Remenche – PMBCS Prof. Dr. Paulo Antonio P. Correia (Professor de Língua
Ir. Arlindo Corrent, Ir. Claudiano Tiecher, Ir. Délcio Afonso Apoio às Coordenações Espanhola da Universidade Federal Fluminense – UFF)
Balestrin, Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz João Carlos de Paula
INGLÊS
SECRETÁRIO EXECUTIVO (2010-2014) Profª Dra. Marli Merker Moreira (Professora Titular da
LÍNGUA PORTUGUESA
Ir. João Carlos do Prado, Ir. Valdícer Civa Fachi, Ir. Valter Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS)
Grupo de escrita colaborativa
Pedro Zancanaro
Kátia de França M. Vasconcellos (Colégio Marista Conceição – EDUCAÇÃO FÍSICA
PMBCN), Nilton Cavalcanti Mariano (Colégio Marista de Brasília Prof. Dr. Valter Bracht (Professor Titular da Universidade
COORDENAÇÃO DA ÁREA DE MISSÃO (2010-
– EM – PMBCS), Viviane Sallati Schitz (Colégio Marista Graças Federal do Espírito Santo – UFES)
2014) – PMRS).
Ir. José de Assis Elias de Brito, Ir. Lodovino Jorge Marin,
ARTE
Ir. Lúcio Gomes Dantas
LÍNGUA ESTRANGEIRA Profª Dra. Maria Christina de Souza Lima Rizzi (Professora
Grupo de escrita colaborativa da Universidade de São Paulo – USP)
ÁREA DE MISSÃO (2010-2014)
Carlos Vitor Paulo, Clodoaldo Ramos Junior, Deysiane Dimis Silveira (Colégio Marista Rosário – PMRS), Juruena
Farias Pontes, Divaneide Lira Lima Paixão, Ir. José de Caparelli V. Rocha (Colégio Marista de Brasília – EM –
Assis Elias de Brito, Ir. Lodovino Jorge Marin, Ir. Lúcio PMBCS), Marluce Fagotti de Paiva (Colégio Marista de
Gomes Dantas, João Carlos de Paula, Leila Regina Paiva Londrina – PMBCS), Sheila Irribarem de Mello (Colégio
de Souza, Mércia Maria Silva Procópio, Michelle Jordão Marista do Rosário – PMRS).
Machado, Michelly Esperança de Souza
EDUCAÇÃO FÍSICA
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA (2010 – Grupo de escrita colaborativa
2014) Cristina Pereira Stradiotto (Colégio Marista Nossa
Bárbara Pimpão, Cláudia Laureth Faquinote, Clodoaldo Senhora da Glória – PMBCS), Miguel Ângelo Schimitt
Ramos Junior, Deysiane Farias Pontes, Divaneide (Colégio Marista Pio XII – PMRS), Regiane Ambrósio
Lira Lima Paixão, Evelise Maria Labatut Portilho, Bina (Colégio Marista Arquidiocesano – PMBCS).
Flávio Antonio Sandi, Ir. Alexandre Lôbo, Ir. Gilberto
Zimmermann Costa, Ir. Iranilson Correia de Lima, Ir. ARTE
José de Assis Elias de Brito, Ir. Lodovino Jorge Marin, Grupo de escrita colaborativa
Ir. Lúcio Gomes Dantas, Ir. Manuir José Mentges, Ir. Anete Schuenke Schmitt (Colégio Marista São Luís –
Paulinho Vogel, Ir. Vanderlei S. dos Santos, Isabel Cristina PMRS), Katia Helena Alves Pereira (Colégio Marista
Michelan de Azevedo, Jaqueline de Jesus, João Carlos de Arquidiocesano – PMBCS), Maria Aureliana Maciel de
Paula, João Carlos Puglisi, Lauri Cericato, Maria Waleska Arruda (Colégio Marista Pio XII – PMBCN).
Matrizes Curriculares
De Educação Básica Do Brasil Marista - 2018

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MATRIZES CURRICULARES (2ª Edição – 2016)

EXPEDIENTE Jorge Luís Vargas dos Santos ARTE


Michelle Jordão Machado Consultoria interna
CONSELHO SUPERIOR Neuzita de Paula Soares Geysa Pimentel Barlavento (PMBCN)
Ir. Antônio Benedito de Oliveira, Ir. Ataíde José de Lima, Valéria Cristina de Moraes Palheiros Landim
Consultoria externa
Ir. Deivis Alexandre Fischer, Ir. Délcio Afonso Balestrin, Ir. Ana Maria Eyng (Consultoria Externa)
Inácio Nestor Etges, Ir. Fernando Chuí de Menezes
João Gutemberg Mariano Coelho Sampaio, Ir. Joaquim Renata Silva Garboci Beloni Rosa
Sperandio, Ir. Wellington Mousinho de Medeiros
ÁREA DE LINGUAGENS
Consultoria interna
EDUCAÇÃO FÍSICA
DIRETORIA Ana Cristina dos Santos Alves (PMBSA)
Consultoria interna
Ir. Deivis Alexandre Fischer, Ir. Humberto Lima Gondim, Ir. Suellen Senna (PMBCS)
Vanderlei Siqueira dos Santos Consultoria externa
Nilson Douglas Castilho Consultoria externa
Tatiane Lopes Monteiro
SECRETÁRIO EXECUTIVO Vânia de Aquino
Ir. Valter Pedro Zancanaro
EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT
LÍNGUA PORTUGUESA Edição de texto
ÁREA DE MISSÃO Consultoria interna Júlio César Domingas da Silva Ibrahim
Divaneide Lira Lima Paixão, Ir. Ivonir Imperatori, João Ana Cristina dos Santos Alves (PMBSA) Marcelo Manduca
Carlos de Paula, Michelle Jordão Machado, Michelly
Consultoria externa Revisão
Esperança de Souza, Ricardo Spindola Mariz
Nilson Douglas Castilho Camila Fernandes de Salvo
Vânia de Aquino Atualização do projeto gráfico
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Ceciliany Alves Feitosa, Cláudia Laureth Faquinote, Flávio Fillipe Pessanha Cordeiro
Antonio Sandi, Ir. Iranilson Correia de Lima, Ir. Manoel LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS) Solange Freitas de Melo Eschipio
Soares da Silva, Ir. Manuir José Mentges, Ir. Vanderlei S. Consultoria interna Diagramação
dos Santos, Jaqueline de Jesus, Lauri Cericato, Luciano Carolina Stancati Rodrigues (PMBCS) Janete Bomy Yun
Miraber Centenaro, Marcos Villela Pereira, Simone Rafael Matta Carnasciali
Consultoria externa
Weissheimer Santos, Viviane Aparecida da Silva Solange Freitas de Melo Eschipio
Euler França do Nascimento Junior
COORDENAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DO
PROJETO LÍNGUA ESTRANGEIRA (ESPANHOL)
Ricardo Spindola Mariz Consultoria interna
Michelle Jordão Machado Renato Angelino Darui (PMBCS)
Divaneide Lira Lima Paixão Consultoria externa
César Damião Rocha
GRUPO ATUALIZAÇÃO DAS MATRIZES
CURRICULARES DO BRASIL MARISTA LITERATURA
CONCEPÇÕES GERAIS Consultoria interna
Cíntia Bueno Marques Sérgio de Assis Silva
Divaneide Lira Lima Paixão Consultoria externa
Flávio Antonio Sandi Nilson Douglas Castilho
Jaqueline de Jesus
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