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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

GRACILIANO RAMOS

 
KAUAN YURI 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 Brasil Pré-Colonial
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

CACAL-RO
2019 
KAUAN YURI 
 
 
 
 
 
 
 
Brasil Pré-Colonial
 
 
 
 
 

Trabalho individual de história do 3º bimestre


Apresentado ao professor Cleber.
  Escola Estadual de Ensino Fundamental
e Médio

CACOAL-RO
2019 
O que foi
 
O Período Pré-Colonial da História do Brasil foi uma fase que tem início da
chegada dos portugueses ao Brasil (1500) até o ano de 1530, ano que tem
início ao processo de colonização do país.
 
Período Pré-Colonial

A tomada de posse dos portugueses sob os territórios coloniais brasileiros foi


marcada por uma ocupação lenta e gradual. A urgência em obter lucro com a
exploração mercantilista deixou o Brasil em segundo plano nos projetos
econômicos do Estado Português, na época, bem mais preocupado em
consolidar pontos comerciais na África e na Ásia. Paralelamente, a ausência de
metais preciosos ou outros produtos de interesse no mercado europeu também
inviabilizou a exploração imediata do território.

O alto investimento exigido para o desenvolvimento de atividades exploratórias


e o pequeno contingente populacional fizeram com que as expedições
portuguesas se limitassem à investigação dos territórios, a coleta de recursos
naturais e o combate aos contrabandistas estrangeiros. Em 1501, um grupo
liderado por Gaspar de Lemos nomeou algumas regiões do Rio de Janeiro e
Bahia, e confirmou a presença de pau-brasil no território.

Dois anos mais tarde, o explorador Gonçalo Coelho criou feitorias no litoral
fluminense que seriam utilizadas no armazenamento das toras de pau-brasil a
serem transportadas para Europa. Em cada uma dessas feitorias havia a figura
de um feitor responsável por assegurar os domínios da Coroa. Seguindo a
lógica de exploração mercantil, Portugal tinha monopólio sob a exploração de
pau-brasil. Somente uma pequena parcela de exploradores, como Fernando de
Noronha, tinha concessão da Coroa para exploração.

As populações indígenas foram utilizadas como mão-de-obra na extração do


pau-brasil em troca de pequenas armas e mercadorias. Nesse primeiro
momento, a parceria entre os colonizadores e indígenas era marcada por uma
relação mais próxima e amigável. Contudo, na medida em que os
colonizadores portugueses adentraram o território, encontraram outras
populações nativas que lutavam contra a invasão promovida pelos europeus.

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Passadas as primeiras três décadas da incipiente colonização lusitana, o
interesse de navegadores de outros países europeus ameaçava os domínios
de Portugal no Atlântico Sul. Em 1526, o rei dom João III ordenou o envio de
expedições punitivas incumbidas da missão de expulsar as embarcações e
contrabandistas estrangeiros. A missão comandada pelo navegador Cristóvão
Jacques afundou uma embarcação francesa e perseguiu vários de seus
tripulantes.

Nessa mesma época, a crise do comércio com os povos do Oriente acabou


contribuindo para a ocupação efetiva das terras brasileiras. Com isso, em uma
atitude completamente pioneira, o governo de Portugal decidiu destinar
recursos, maquinário e mão-de-obra para o desenvolvimento de atividades que
gerassem lucro e ocupassem a colônia. Em 1530, Martim Afonso de Souza foi
enviado com o objetivo de iniciar as primeiras atividades de exploração.

Entre outras tarefas, a expedição de Martim Afonso deveria percorrer o litoral e


o interior em busca de metais preciosos; formar novos núcleos de povoamento;
realizar a expulsão das expedições estrangeiras que aqui estivessem e
estabelecer locais de exploração próximos às regiões do Rio da Prata.
Chegando aqui, Martim Afonso formou dois grupos destinados para o norte e o
sul do território. Em 1532, criou a vila de São Vicente, primeiro núcleo que deu
origem à cidade de São Paulo.

 
Principais características do período Pré-Colonial Brasileiro
 
- Pouco interesse de Portugal em colonizar o Brasil. Nessa fase, os
portugueses apenas fizeram a exploração do pau-brasil, encontrado no litoral
(Mata Atlântica). Vale lembrar que nessa fase, Portugal estava concentrado no
comércio de especiarias das Índias, que era muito lucrativo.
 
- O desinteresse também pode ser explicado pelo fato dos portugueses não
terem encontrado metais preciosos (ouro e prata), nesse período, em terras
brasileiras.
 
- Período marcado pelos primeiros contatos entre portugueses e indígenas. Os
portugueses usaram a mão de obra indígena no processo de corte e transporte
do pau-brasil até as caravelas.
 
- Os portugueses usaram o sistema de escambo com os indígenas. Os nativos
brasileiros trabalhavam para os portugueses e recebiam, em troca, espelhos,
roupas, pentes, entre outros objetos de pouco valor.
 
- Nessa fase, a coroa portuguesa enviou ao Brasil dois tipos de expedições: as
expedições exploradoras e as expedições guarda-costas. As primeiras tinham
como objetivo fazer a exploração do pau-brasil, elaborar o mapeamento do
litoral brasileiro e procurar recursos minerais. Já as segundas tinham como
propósito fazer a proteção da região costeira contra tentativas de invasões
estrangeiras (franceses e ingleses principalmente).
 
- Nesse período, as terras brasileiras serviram também de local para a coroa
portuguesa enviar os degredados. Esses eram pessoas que cometiam crimes
em Portugal e recebiam como punição o degredo no Brasil.
 
Revoltas do Período Colonial Brasileiro

As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre


interesses nativistas e interesses separatistas.
O Brasil foi colonizado por Portugal a partir de 1500, mas a efetiva exploração
do território não começou no mesmo ano. Inicialmente, os portugueses apenas
extraíam das terras brasileiras o pau-brasil que era trocado com os indígenas.
Na falta de metais preciosos, que demoraram ser encontrados, esse tipo de
relação de troca, chamada escambo, permaneceu por algumas décadas. A
postura dos portugueses em relação ao Brasil só se alterou quando a ameaça
de perder a nova terra e seus benefícios para outras nacionalidades aumentou.

Com o desenvolvimento da exploração do Brasil em sentido colonial, ou seja,


tudo que era produzido em território brasileiro iria para Portugal, a metrópole e
detentora dos lucros finais. Esse tipo de relação estava inserido na lógica
do Mercantilismo que marcava as ligações de produção e lucro entre colônias e
suas respectivas metrópoles. O modelo que possui essas características é
chamado de Pacto Colonial, mas as recentes pesquisas de historiadores estão
demonstrando novas abrangências sobre a rigidez desse tipo de relação
comercial. Ao que parece, o Pacto Colonial não era tão rígido como se disse
por muitos anos, a colônia tinha certa autonomia para negociar seus produtos e
apresentar seus interesses.

De toda forma, é certo que o tipo de relação entre metrópole e colônia envolveu


a prática da exploração. O objetivo das metrópoles era auferir o máximo de
lucros possíveis com a produção das colônias. No Brasil, antes do ouro ser
encontrado e causar grande alvoroço, a cana-de-açúcar era o principal produto
produzido, na região Nordeste.

A exploração excessiva que era feita pela metrópole portuguesa teve seus
reflexos de descontentamento a partir do final do século XVII. Neste, ocorreu
apenas um movimento de revolta, mas foi ao longo do século XVIII que os
casos se multiplicaram. Entre todos esses movimentos, podem-se distinguir
duas orientações nas revoltas: a de tipo nativista e a de tipo separatista. As
revoltas que se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas por conflitos
ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de membros da elite
colonial. Somente as revoltas de tipo separatista que pregavam uma
independência em relação a Portugal.

Entre as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta de


Beckman, Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e a Revolta de Filipe
dos Santos.

Referência
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Período Pré-colonial"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/periodo-precolonial.htm. Acesso em: 20 out
2019.

RAMOS, Jefferson Evandro Machado Graduado. Período Pré-Colonial Brasileiro. Sua


Pesquisa. São Paulo - USP (1994). Disponível em:
https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/periodo_pre_colonial.htm. Acesso em:
20 out 2019

DONATO, Hernâni. Revoltas do Período Colonial Brasileiro. Dicionário das batalhas


brasileiras. Info escola. São Paulo: Ibrasa, 1987. Disponível em:
https://www.infoescola.com/historia/revoltas-do-periodo-colonial-brasileiro/. Acesso
em: 20 out 2019

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