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Curso: Administração Publica

Modulo: Introdução ao Estudo de História

Regime a Distância

Nome do Estudante: Carlitos Carlos Mucorre

Os métodos de Estudo da Historia

Iº Ano

I° Semestre

Código do Estudante: 708212688

IED - Quelimane

Instituto de Educação a Distância delegação de Quelimane

Quelimane, Novembro de 2021


Curso: Administração Publica

Modulo: Introdução ao Estudo de História

Regime a Distância

Nome do Estudante: Carlitos Carlos Mucorre

Os métodos de Estudo da Historia

Trabalho de campo a ser submetido


em coordenação do curso de
Licenciatura em ensino de História,
sub orientação do tutor Edmar
Barreto

Iº Ano

Código do Estudante: 708212688

I° semestre

IED - Quelimane

Instituto de Educação a Distância Delegação de Quelimane

Quelimane, Novembro de 2021


Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4

2.Objectivo ................................................................................................................................. 4

2.1.Objectivo geral .................................................................................................................. 4

2.1 Produção do conhecimento histórico Objectivos específicos ...................................... 4

3.Metodologia ............................................................................................................................. 4

4.Método de Estudo da Historia ................................................................................................. 5

5.Etapas do método histórico...................................................................................................... 5

5.1.Heurística .......................................................................................................................... 5

5.2.Hermenêutica .................................................................................................................... 6

5.3.Crítica................................................................................................................................ 6

5.4.Síntese e exposição ........................................................................................................... 7

6.Objecto da Historia .................................................................................................................. 7

7.A que uma investigação histórica deve responder? ................................................................. 8

8.Etapas a seguir para conduzir uma investigação histórica ...................................................... 8

9.Conclusão ................................................................................................................................ 9

10.Referências .......................................................................................................................... 10

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1. Introdução

Desde que o cientificismo iniciou a busca pela objetividade na história, no século XIX, a partir
do momento em que a história pretendeu fazer-se uma ciência; a discussão em torno da adoção
de métodos e técnicas tornou-se uma necessidade tão premente como a composição teórica para
fornecer sustentação científica ao discurso historiográfico.

O presente trabalho insere-se no âmbito dos seminários curricular no curso de licenciatura em


Ensino de Historia, no Instituto de Educação a Distancia – IED, Delegação de Quelimane,
ministrado pela Universidade Católica de Moçambique, e apresenta de forma resumida aos
Métodos de Estudo da Historia, O trabalho será submetido ao docente da cadeira através da
plataforma da UCM, o tutor Edmar Barreto, para efeitos de avaliação.

2. Objectivo
2.1.Objectivo geral
Compreender a componente metodológica utilizada para a produção do conhecimento
histórico

2.1.Produção do conhecimento histórico Objectivos específicos


 Capacidade de dar o conceito da Historia
 Identificar os principais métodos utilizados para geração de conhecimentos Históricos;
 Distinguir os métodos utilizados para geração de conhecimentos históricos.

3. Metodologia
Em relação aos procedimentos técnicos adoptados neste trabalho, usamos a metodologia da
Pesquisa Bibliográfica e Documental, devido à utilização de material já elaborado; bem como
a utilização de leis, normas, decretos, resoluções, para a obtenção de conceitos e conhecimento
da área pesquisada. De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p.43-44), pesquisa bibliográfica
Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto
directo com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.

De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 41) a pesquisa documental “assemelha-se à
pesquisa bibliográfica, diferenciando-se apenas na natureza das fontes”.

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4. Método de Estudo da Historia
O método de estudo histórico ou pesquisa histórica é um processo de pesquisa usado para
reunir evidências de eventos que ocorreram no passado e sua subsequente formulação de idéias
ou teorias sobre a história.
Compreende várias regras ou técnicas metodológicas para analisar dados relevantes de um
tópico histórico, permitindo ao pesquisador sintetizar as informações para construir um relato
coerente dos eventos que ocorreram no episódio em estudo.

O estudo da história é muito mais complexo do que simplesmente memorizar nomes, datas e
lugares. Exige, em certa medida, uma abordagem semi-científica ao longo do curso para
garantir a maior confiabilidade possível do relato histórico.

Ele precisa da formulação de uma hipótese baseada na evidência do evento a ser estudado e
deve servir como um teste para o norte, para que as conclusões finais sejam o mais objetivas
possível. O pensamento crítico do pesquisador desempenha um papel fundamental nesse
particular.

5. Etapas do método histórico


5.1.Heurística
Este método lida com a identificação de material relevante a ser usado como fonte de
informação. A evidência histórica pode existir de várias maneiras; as duas mais importantes e
validadas são as fontes primárias e secundárias.

As fontes primárias podem ser documentos legais originais, artefatos, registros ou qualquer
outro tipo de informação que foi criada no momento do estudo. Em outras palavras, são
informações em primeira mão.

Se uma guerra estiver sendo estudada, as fontes principais incluiriam cartas escritas pelos
soldados para suas famílias, diários pessoais, documentos militares, textos de testemunhas
oculares, fotografias, uniformes, equipamentos, cadáveres, entre outros; e, se houver, áudio ou
vídeo gravado ao vivo.

Fontes secundárias envolvem análise de fontes primárias geralmente preparadas por pessoas
qualificadas como historiadores, sociólogos ou cientistas. Livros, revistas ou trabalhos de
pesquisa são exemplos comuns de fontes secundárias.

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Em muitos casos, a tradição oral é levada em consideração como fonte (primária ou secundária,
dependendo do tipo de estudo). São histórias transmitidas verbalmente de uma geração para
outra e são consideradas uma fonte importante para estudar grupos étnicos que não
desenvolveram algum tipo de documentação escrita.

5.2.Hermenêutica
Para Carlos Maximiliano (2003), a hermenêutica tem por objeto “o estudo e a sistematização
dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito.”

Ainda nas palavras de Carlos Maximiliano,

“A hermenêutica se aproveita das conclusões da filosofia jurídica, criando


novos processos de interpretação e organizando-os de forma sistemática. A
interpretação é a aplicação da hermenêutica. A hermenêutica descobre e fixa
os princípios que regem a interpretação.”

Com isso, percebe-se que o termo hermenêutico, refere-se a operação pela qual se procede a
interpretação dos documentos em termos de se saber em que medida as informações fornecidas
por estes responde a questões inicialmente levantadas.

Em outras palavras, podemos conceituar hermenêutica como sendo o conjunto de teorias


voltadas para a interpretação de algo, não somente um texto escrito, mas de tudo o qual se possa
atribuir significado e sentido.

5.3.Crítica
No gral a Consiste no processo de avaliação das fontes que serão utilizadas para responder à
pergunta do estudo. Envolve determinar sua autenticidade, integridade, credibilidade e
contexto; de discursos políticos a certidões de nascimento.

Nesta fase, todas as perguntas são feitas e todas as técnicas necessárias são aplicadas para
descartar evidências desnecessárias ou não confiáveis:

Quem a escreveu, disse ou produziu? Quando e onde? Por quê? Como as evidências foram
originalmente produzidas? O que ela expressa sobre o assunto? Ela reflete alguma perspectiva
específica? É confiável? Você tem credenciais ou referências? Entre outros.

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Fontes como documentos devem passar por um processo exaustivo de contextualização: as
circunstâncias sociais de sua elaboração, razões políticas, público objetivo, histórico,
inclinações, etc.

Outros tipos de fontes, como artefatos, objetos e evidências forenses, geralmente são avaliados
sob o foco de outras disciplinas, como antropologia, arqueologia, arte, economia, sociologia,
medicina ou ciências exatas.

5.4.Síntese e exposição
É a abordagem formal feita pelo pesquisador de acordo com os dados resultantes das etapas 1
e 2. Ou seja, após a análise de todas as informações, são tiradas as conclusões do estudo que
respondem à pergunta inicial.

A coleta de fontes e sua subsequente avaliação podem ser verificadas, se desejado, sob métodos
semi-científicos sistemáticos (com certas adaptações). Mas as conclusões e narrativas da
história derivada do estudo estarão sempre sujeitas à subjetividade do pesquisador.

Note-se que é esse elemento em que a comunidade científica tende a rejeitar a história,
classificando-a como insubstancial. Nesse particular, os historiadores não procuram trabalhar
em direção a uma proposição absoluta sobre o que definitivamente aconteceu no passado.

Sua abordagem tenta apresentar suas conclusões sob os argumentos que melhor explicam o fato
histórico; isto é, apoiado na maior quantidade de evidências e no menor número de suposições.

6. Objecto da Historia
O objecto histórico é uma construção, uma representação do sujeito que conhece
representação coerente, integrada numa sucessão e no espaço. O objecto da historia existe, mas
indeterminado, intocado, quanto ele é apreendido, é – ou como conhecimento, foi reformulado
pelo homem que o investiga – a historia não ressuscitou o passado que – refere a Marc Bloch
(1965) – nada consegue modificar porém, o seu conhecimento é coisa em progresso e nem
ininterruptamente se transforma.
O Objecto histórico alarga em função em evolução da técnica do conhecimento histórico e do
discurso ideológico da época do historiador. Por que o historiador faz a história, define o objecto
de investigação de acordo com a sua experiencia, a linguagem, o meio social e politico onde se
situa.

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7. A que uma investigação histórica deve responder?
Todo estudo de algum fato histórico geralmente começa com uma pergunta. As perguntas
sobre “Como?” Ou “Por quê?” Os eventos aconteceram no passado, ou algum outro tipo de
pergunta analítica ou reflexiva, são as mais apropriadas para direcionar o processo para entender
a história.

Perguntas descritivas como “Quem?”, “O quê?”, “Onde?” E “Quando?” Servem para


estabelecer o contexto histórico, mas não oferecem conclusões históricas profundas. A chave é
a capacidade do pesquisador de usar os dois tipos de perguntas e, assim, conduzir um melhor
estudo histórico.

Considere o seguinte exemplo: As crianças eram os principais objetivos das caças às bruxas na
Asia. As perguntas descritivas sobre o assunto podem ser “Onde ocorreu a caça às bruxas?”,
“Quando começou e terminou?” Ou “Quantas pessoas foram acusadas de bruxaria (homens e
mulheres)?”

As questões analíticas para o estudo poderiam ser: “Por que o fenômeno da bruxaria foi
orientado para a população feminina? Ou “Como esse fenômeno ilustra a identidade de gênero
para o início da Asia moderna?”

Concluindo, é necessário conhecer as pessoas envolvidas, os locais, as datas e os eventos para


construir o contexto social e, assim, ser capaz de entender as circunstâncias e os motivos que
desencadearam esse fato histórico.

8. Etapas a seguir para conduzir uma investigação histórica


Com base nos estudos de Busha, Charles e Stephen P. Carter (1980) abaixo se descrevem as
etapas para conduzir uma investigação científica.

 O reconhecimento de um problema histórico ou a identificação de uma necessidade por


um determinado conhecimento histórico.
 A coleta de informações o mais relevante possível sobre o problema ou tópico.
 Se necessário, a formulação de uma hipótese que, experimentalmente, explique a
relação entre fatores históricos.

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 A organização rigorosa de todas as evidências e a verificação da autenticidade e
veracidade das fontes.
 A seleção e análise das evidências mais relevantes e a elaboração das conclusões.
 A gravação das conclusões em uma narrativa significativa.

9. Conclusão
Durante a realização do trabalho conclui –se que, no século XIX a historia criou o método da
história observação indirecta. A Observação das fontes implica duas fases: a heurística, trabalho
de procura e selecção de fontes, e a hermenêutica ou crítica historia das fontes que incluía, por
sua vez, duas operações componentes: a crítica externa, procurando garantir da autenticidade e
proveniência do documento (reconstituição datação autores, forma de documento e do meterias,
etc.), e acrítica interna, de interpretação de testemunho (sinceridade, exactidão, comparecência).
A crítica histórica era o fulcro de método histórico o que permitia a história a ceder a ciência.
Excedi sobre tudo, nos documentos escritos.
Conclui –se também que a História enquanto ciência depende dos métodos acima ditos para a
consolidação da sua cientificidade. Sem métodos não se vislumbrará a possibilidade de
construção do conhecimento histórico. A recolha de fontes e suas análises aliada aos diversos
elementos técnicos estudados compõe a metodologia da História

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10. Referências
 ARÓSTEGUI, Júlio. A Pesquisa Histórica. São Paulo: Edusc, 2006.
 BLOCH, Marc. Introdução à História. Mira - Sintra, Publicações Europa –
América,1965.
 CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábua rasa do passado?: sobre a história e os
historiadores. São Paulo: Ática, 1995.
 FUAT, Firat (1987). Historiografia, método científico e eventos históricos excepcionais.
Associação de Pesquisa do Consumidor. Universidade Estadual dos Apalaches.
Avanços na pesquisa do consumidor – Volume 14. -. Recuperado de acrwebsite.org.
 GRAMSCI. Écrits politiques. Tomo I. Paris: 1975.
 LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 2001.
 LANGLOOIS, Ch. V. & SEIGNOBOS, Ch. Introdução aos estudos históricos. São
Paulo: Editora Renascença, 1946.
 LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Unicamp, 1990.
 MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 19 ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2003.
 SOUZA, Antonio Carlos de; FIALHO, Francisco Antonio Pereira; OTANI, Nilo.
TCC: métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.

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