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Regime a Distância
Iº Ano
I° Semestre
IED - Quelimane
Regime a Distância
Iº Ano
I° semestre
IED - Quelimane
2.Objectivo ................................................................................................................................. 4
3.Metodologia ............................................................................................................................. 4
5.1.Heurística .......................................................................................................................... 5
5.2.Hermenêutica .................................................................................................................... 6
5.3.Crítica................................................................................................................................ 6
9.Conclusão ................................................................................................................................ 9
10.Referências .......................................................................................................................... 10
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1. Introdução
Desde que o cientificismo iniciou a busca pela objetividade na história, no século XIX, a partir
do momento em que a história pretendeu fazer-se uma ciência; a discussão em torno da adoção
de métodos e técnicas tornou-se uma necessidade tão premente como a composição teórica para
fornecer sustentação científica ao discurso historiográfico.
2. Objectivo
2.1.Objectivo geral
Compreender a componente metodológica utilizada para a produção do conhecimento
histórico
3. Metodologia
Em relação aos procedimentos técnicos adoptados neste trabalho, usamos a metodologia da
Pesquisa Bibliográfica e Documental, devido à utilização de material já elaborado; bem como
a utilização de leis, normas, decretos, resoluções, para a obtenção de conceitos e conhecimento
da área pesquisada. De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p.43-44), pesquisa bibliográfica
Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto
directo com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.
De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 41) a pesquisa documental “assemelha-se à
pesquisa bibliográfica, diferenciando-se apenas na natureza das fontes”.
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4. Método de Estudo da Historia
O método de estudo histórico ou pesquisa histórica é um processo de pesquisa usado para
reunir evidências de eventos que ocorreram no passado e sua subsequente formulação de idéias
ou teorias sobre a história.
Compreende várias regras ou técnicas metodológicas para analisar dados relevantes de um
tópico histórico, permitindo ao pesquisador sintetizar as informações para construir um relato
coerente dos eventos que ocorreram no episódio em estudo.
O estudo da história é muito mais complexo do que simplesmente memorizar nomes, datas e
lugares. Exige, em certa medida, uma abordagem semi-científica ao longo do curso para
garantir a maior confiabilidade possível do relato histórico.
Ele precisa da formulação de uma hipótese baseada na evidência do evento a ser estudado e
deve servir como um teste para o norte, para que as conclusões finais sejam o mais objetivas
possível. O pensamento crítico do pesquisador desempenha um papel fundamental nesse
particular.
As fontes primárias podem ser documentos legais originais, artefatos, registros ou qualquer
outro tipo de informação que foi criada no momento do estudo. Em outras palavras, são
informações em primeira mão.
Se uma guerra estiver sendo estudada, as fontes principais incluiriam cartas escritas pelos
soldados para suas famílias, diários pessoais, documentos militares, textos de testemunhas
oculares, fotografias, uniformes, equipamentos, cadáveres, entre outros; e, se houver, áudio ou
vídeo gravado ao vivo.
Fontes secundárias envolvem análise de fontes primárias geralmente preparadas por pessoas
qualificadas como historiadores, sociólogos ou cientistas. Livros, revistas ou trabalhos de
pesquisa são exemplos comuns de fontes secundárias.
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Em muitos casos, a tradição oral é levada em consideração como fonte (primária ou secundária,
dependendo do tipo de estudo). São histórias transmitidas verbalmente de uma geração para
outra e são consideradas uma fonte importante para estudar grupos étnicos que não
desenvolveram algum tipo de documentação escrita.
5.2.Hermenêutica
Para Carlos Maximiliano (2003), a hermenêutica tem por objeto “o estudo e a sistematização
dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito.”
Com isso, percebe-se que o termo hermenêutico, refere-se a operação pela qual se procede a
interpretação dos documentos em termos de se saber em que medida as informações fornecidas
por estes responde a questões inicialmente levantadas.
5.3.Crítica
No gral a Consiste no processo de avaliação das fontes que serão utilizadas para responder à
pergunta do estudo. Envolve determinar sua autenticidade, integridade, credibilidade e
contexto; de discursos políticos a certidões de nascimento.
Nesta fase, todas as perguntas são feitas e todas as técnicas necessárias são aplicadas para
descartar evidências desnecessárias ou não confiáveis:
Quem a escreveu, disse ou produziu? Quando e onde? Por quê? Como as evidências foram
originalmente produzidas? O que ela expressa sobre o assunto? Ela reflete alguma perspectiva
específica? É confiável? Você tem credenciais ou referências? Entre outros.
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Fontes como documentos devem passar por um processo exaustivo de contextualização: as
circunstâncias sociais de sua elaboração, razões políticas, público objetivo, histórico,
inclinações, etc.
Outros tipos de fontes, como artefatos, objetos e evidências forenses, geralmente são avaliados
sob o foco de outras disciplinas, como antropologia, arqueologia, arte, economia, sociologia,
medicina ou ciências exatas.
5.4.Síntese e exposição
É a abordagem formal feita pelo pesquisador de acordo com os dados resultantes das etapas 1
e 2. Ou seja, após a análise de todas as informações, são tiradas as conclusões do estudo que
respondem à pergunta inicial.
A coleta de fontes e sua subsequente avaliação podem ser verificadas, se desejado, sob métodos
semi-científicos sistemáticos (com certas adaptações). Mas as conclusões e narrativas da
história derivada do estudo estarão sempre sujeitas à subjetividade do pesquisador.
Note-se que é esse elemento em que a comunidade científica tende a rejeitar a história,
classificando-a como insubstancial. Nesse particular, os historiadores não procuram trabalhar
em direção a uma proposição absoluta sobre o que definitivamente aconteceu no passado.
Sua abordagem tenta apresentar suas conclusões sob os argumentos que melhor explicam o fato
histórico; isto é, apoiado na maior quantidade de evidências e no menor número de suposições.
6. Objecto da Historia
O objecto histórico é uma construção, uma representação do sujeito que conhece
representação coerente, integrada numa sucessão e no espaço. O objecto da historia existe, mas
indeterminado, intocado, quanto ele é apreendido, é – ou como conhecimento, foi reformulado
pelo homem que o investiga – a historia não ressuscitou o passado que – refere a Marc Bloch
(1965) – nada consegue modificar porém, o seu conhecimento é coisa em progresso e nem
ininterruptamente se transforma.
O Objecto histórico alarga em função em evolução da técnica do conhecimento histórico e do
discurso ideológico da época do historiador. Por que o historiador faz a história, define o objecto
de investigação de acordo com a sua experiencia, a linguagem, o meio social e politico onde se
situa.
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7. A que uma investigação histórica deve responder?
Todo estudo de algum fato histórico geralmente começa com uma pergunta. As perguntas
sobre “Como?” Ou “Por quê?” Os eventos aconteceram no passado, ou algum outro tipo de
pergunta analítica ou reflexiva, são as mais apropriadas para direcionar o processo para entender
a história.
Considere o seguinte exemplo: As crianças eram os principais objetivos das caças às bruxas na
Asia. As perguntas descritivas sobre o assunto podem ser “Onde ocorreu a caça às bruxas?”,
“Quando começou e terminou?” Ou “Quantas pessoas foram acusadas de bruxaria (homens e
mulheres)?”
As questões analíticas para o estudo poderiam ser: “Por que o fenômeno da bruxaria foi
orientado para a população feminina? Ou “Como esse fenômeno ilustra a identidade de gênero
para o início da Asia moderna?”
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A organização rigorosa de todas as evidências e a verificação da autenticidade e
veracidade das fontes.
A seleção e análise das evidências mais relevantes e a elaboração das conclusões.
A gravação das conclusões em uma narrativa significativa.
9. Conclusão
Durante a realização do trabalho conclui –se que, no século XIX a historia criou o método da
história observação indirecta. A Observação das fontes implica duas fases: a heurística, trabalho
de procura e selecção de fontes, e a hermenêutica ou crítica historia das fontes que incluía, por
sua vez, duas operações componentes: a crítica externa, procurando garantir da autenticidade e
proveniência do documento (reconstituição datação autores, forma de documento e do meterias,
etc.), e acrítica interna, de interpretação de testemunho (sinceridade, exactidão, comparecência).
A crítica histórica era o fulcro de método histórico o que permitia a história a ceder a ciência.
Excedi sobre tudo, nos documentos escritos.
Conclui –se também que a História enquanto ciência depende dos métodos acima ditos para a
consolidação da sua cientificidade. Sem métodos não se vislumbrará a possibilidade de
construção do conhecimento histórico. A recolha de fontes e suas análises aliada aos diversos
elementos técnicos estudados compõe a metodologia da História
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10. Referências
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BLOCH, Marc. Introdução à História. Mira - Sintra, Publicações Europa –
América,1965.
CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábua rasa do passado?: sobre a história e os
historiadores. São Paulo: Ática, 1995.
FUAT, Firat (1987). Historiografia, método científico e eventos históricos excepcionais.
Associação de Pesquisa do Consumidor. Universidade Estadual dos Apalaches.
Avanços na pesquisa do consumidor – Volume 14. -. Recuperado de acrwebsite.org.
GRAMSCI. Écrits politiques. Tomo I. Paris: 1975.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 2001.
LANGLOOIS, Ch. V. & SEIGNOBOS, Ch. Introdução aos estudos históricos. São
Paulo: Editora Renascença, 1946.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Unicamp, 1990.
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 19 ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2003.
SOUZA, Antonio Carlos de; FIALHO, Francisco Antonio Pereira; OTANI, Nilo.
TCC: métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.
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