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TÉCNICAS DE COMANDOS

PNEUMÁTICOS
Técnicas de Comandos Pneumáticos

TÉCNICAS DE COMANDOS PNEUMÁTICOS

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

Apostila de Técnicas de Comandos Pneumáticos.

Coordenação:

José Eduardo May

Revisão técnica:

Fernando Alvaraz

Conteúdo, Ilustrações, Formatação e Edição de Texto:


Ricardo da Silva Moreira

Sujeito a Revisão sem aviso prévio.

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

APRESENTAÇÃO

Derivado do termo grego πνευματικός (pneumatikos que significa "fôlego", "alma"),


a 'pneumática é o uso de gás pressurizado na ciência e tecnologia

"Pelas razões mencionadas e à vista, posso chegar à conclusão de que o homem


dominará e poderá elevar-se sobre o ar mediante grandes asas construídas por si,
contra a resistência da gravidade".
Leonardo Da Vinci

A frase demonstra apenas uma das muitas possibilidades de aproveitamento do ar


na técnica, o que ocorre hoje em dia em grande escala, como meio de
racionalização do trabalho.
O ar comprimido vem encontrando, cada vez mais, campo de aplicação na
indústria, assim como a água, a energia elétrica, etc.

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

ÍNDICE

• Denominação dos elementos pneumáticos em um circuito de comando 5



• Tipos de seqüência 6

• Elaboração de circuitos pneumáticos 7

• Escolhendo um método 7

• Elaboração de circuitos intuitivamente 8

• Algumas maneiras de evitar ou eliminar a contra pressão 10

• Elaboração de circuitos pelo método cascata 12

• Elaboração de circuitos pelo método passo-a-passo 17

• Condições Marginais 20

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

TÉCNICAS DE COMANDOS PNEUMÁTICOS

DENOMINAÇÃO DOS ELEMENTOS PNEUMÁTICOS EM UM CIRCUITO DE COMANDO

Denominação dos orifícios de utilização de válvulas pneumáticas conforme


normas DIN/ISO.

DIN = 24.300 ISO = 1.219


P = Pressão 1 = Pressão
A,B,C = Utilização (vias de trabalho) 2, 4, 6 = Utilização (vias de trabalho)
R,S,T = Escape (exaustão) 3, 5, 7 = Escape (exaustão).
X,Y,Z = Pilotagem 10, 12,14 = Pilotagem.

Para denominação dos elementos de trabalho, Cilindros, utiliza-se números


seguidos de ponto e zero.
Exemplo: 1.0 , 2.0 , 3.0 ...

Para denominação dos elementos de comando, aqueles que comandam


diretamente os elementos de trabalho, utiliza-se o numero do elemento de
trabalho, seguido de ponto e numero um.
Exemplo: 1.1 , 2.1 , 3.1 ...

Para denominação dos elementos de sinal, aqueles que pilotam os elementos de


comando, utiliza-se o número do elemento de trabalho, seguido de ponto e um
número par para aqueles elementos responsáveis pelo avanço dos elementos de
trabalho, e ponto e um número impar para aqueles responsáveis pelo retorno dos
elementos de trabalho.
Exemplo: Elementos de sinal de avanço: 1.2 , 2.2 , 3.2 , 1.4 , 2.4 ,3.4...
Elementos de sinal de recuo : 1.3 , 2.3 , 3.3 , 1.5 , 2.5 , 3.5 ...

Para denominação das unidades de preparação de ar utiliza-se o numero zero,


seguidos de ponto e um numero crescente.
Exemplo: 0.1 , 0.2 , 0.3 ...

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

Para denominação de válvulas reguladoras de fluxo e válvulas de escape rápido,


utiliza-se o numero do elemento de trabalho seguidos de zero e um numero par
para os elementos responsáveis pelo avanço do cilindro e zero ponto e um
numero impar para os elementos responsáveis pelo retorno dos elementos de
trabalho.
Exemplo : 1.02 , 1.03 , 2.02 , 2.03 ...

TIPOS DE SEQUÊNCIAS

Há dois tipos de seqüências para comandos pneumáticos:


- Seqüência direta, não ocorre contra pressão.
- Seqüência indireta, ocorre contra pressão.
Consideramos contra pressão, quando uma válvula de “função memória” recebe
sinais simultâneos e opostos, também chamado de sobreposição de sinais.

Uma seqüência de comando pneumático sempre será composta de uma quantia


par de passos de movimentos, pois para todo elemento de trabalho que avançar,
em algum momento da seqüência ele deverá recuar. Assim sendo dividindo-se
uma seqüência ao meio, deve-se verificar as ordens de suas metades. Caso elas
estejam na mesma ordem trata-se de uma seqüência direta, caso contrário será
uma seqüência indireta.

Exemplo:

A+B+ | A-B- ( seqüência direta )


A+B+ | B-A- ( seqüência indireta )
A+B+C+ | A-B-C- ( seqüência direta )
A+C+B- | A-C-B+ ( seqüência direta )
A+B+C+A- | D+B-D-C- ( seqüência indireta )
A+B+B- | A-B+B- ( seqüência indireta ) *

*No ultimo exemplo, embora as letras sigam a mesma ordem, trata-se de uma
seqüência indireta, porque o mesmo cilindro executa dois movimentos em uma
mesma metade.

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ELABORAÇÃO DE CIRCUITOS PNEUMÁTICOS

Na elaboração de um projeto, muitos métodos podem ser empregados. Porém


o critério principal para a escolha de cada um reside quase sempre em atender
as necessidades de cada usuário. Entre essas necessidades, destacam-se
algumas, como por exemplo, a economia de tempo de elaboração e custo final
do projeto.
Também é importante que não exista a obrigação de especializar pessoas para
o projeto, montagem e principalmente para a manutenção do sistema. As
modificações eventuais devem ser previstas e também quando ocorrerem, não
podem requerer muito tempo. Outro ponto importante em um projeto
pneumático é a possibilidade de uma rápida localização de defeitos, assim
como substituição fácil e rápida dos componentes.
Enfim, os circuitos devem ser seguros e confiáveis.

Projetistas experientes podem resolver intuitivamente, mediante meios


reduzidos, defeitos simples. Em caso de problemas mais extensos ou que
tenham a necessidade de mudanças freqüentes na seqüência, surge a
exigência constante de novas soluções. Para estes casos, métodos mais
racionais deverão ser buscados, visando uma maior rapidez para a
solução.Além da solução intuitiva que depende da experiência de cada
projetista, existem dois métodos que são os mais utilizados para resolução de
circuitos pneumáticos, são eles:

Método CASCATA e o Método PASSO-A-PASSO.

ESCOLHENDO UM MÉTODO

Se a seqüência for indireta e de poucos passos, o circuito poderá ser


elaborado intuitivamente, caso contrário, se a seqüência indireta e de muitos
passos, devemos considerar um dos dois métodos indicados.

Podemos considerar uma seqüência de poucos passos se a mesma possuir


até seis passos.

Exemplo:

A+B+ | B- A- (indireta e de poucos passos)


A+C+C- | B+B-A- ( indireta e de poucos passos )
A+A-B+C+ | C-A+A-B- ( indireta e de muitos passos )

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

ELABORAÇÃO DE CIRCUITOS INTUITIVAMENTE

Elaborar circuitos pneumáticos intuitivamente é uma forma muito utilizada de


solução de circuitos pneumáticos, mas presta-se aos casos onde a seqüência é
simples (direta e de poucos passos). Esta forma de solução torna-se
inconveniente para seqüências mais complexas, por exigir bloqueio de sinais,
válvulas de função memória, emissores de sinais com acionamentos
escamoteáveis, cortes de sinais, etc. Tais procedimentos , além de elevar o
número de componentes , torna a solução mais demorada e incerta quanto ao
funcionamento.

A isso se soma o fato de que somente a pessoa que o projetou, terá pleno
domínio deste, por se tratar de uma solução criativa e pessoal. E quando em
funcionamento, em caso de avaria, a busca do defeito é problemática e demorada,
comprometendo, portanto a solução.

PROCEDIMENTO PARA A ELABORAÇÃO

Seqüência exemplo: A+A-B+B-

Passo 1 : Fazer o diagrama de movimentos “Trajeto e Passo”

Passos : 1 2 3 4

Verificar as possibilidades de contra pressão (sinais simultâneos e opostos para o


mesmo elemento de trabalho)

Passo 2 : Desenhar os elementos de trabalho , para a seqüência exemplo A+A-


B+B-, já entende-se que esta possui dois elementos de trabalho.

Passo 3 : Desenhar os elementos de comando ,identificando-os , pois isso torna


mais fácil a visualização da solução do circuito . Para dois elementos de trabalho,
teremos o mesmo número de elementos de comando.
Passo 4 : Desenhar os elementos de sinais , identificando-os conforme as
solicitações da seqüência .

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

Considerando os passos anteriores, teremos :

Passo 5 : Desenhar a alimentação dos elementos de sinal e de comando , e traçar


as linhas de alimentação , sinais e trabalho.

Passo 6 : Desenhar o acionamento dos emissores de sinal.

Observação: Verificar as possibilidades de contra pressão utilizando


conhecimentos de recursos existentes para elimina-la do circuito: Válvulas com
acionamento escamoteável, válvulas de corte de sinal, válvulas com função
memória.

Considerando os passos 5 e 6 , teremos:

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

ALGUMAS MANEIRAS DE EVITAR OU ELIMINAR A CONTRA PRESSÃO

Para eliminar uma contra pressão podemos utilizar:

- Válvulas de acionamento tipo escamoteável (Gatilho)

Um acionamento tipo escamoteável (gatilho) na válvula que estiver mantendo o


sinal, pois esta tem a finalidade de emitir um sinal de curta duração. O gatilho em
sua instalação, jamais poderá ficar acionado, caso contrário, perderá sua função.

- Válvulas com função “Memória”

É chamada de válvulas “Memória” todas as válvulas que possuem duplo


acionamento, acionamento duplo piloto ou duplo solenóide (para o caso de
elétroválvulas).
Podemos utilizar uma válvula com função memória de 3/2 vias (NF), instaladas em
série com a válvula que está provocando a contra pressão.

Válvula Memória

Obs: Para eliminar a contra pressão, o emissor de sinal, além de pilotar o


elemento de comando, também deverá pilotar a válvula memória, para eliminar a
contra pressão.

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

Obs: Se em um circuito for necessário acrescentar duas válvulas memória para


cortar sinais, e ambas forem pilotadas (onde uma abre e outra fecha) pelos
mesmos emissores de sinal, elas poderão ser substituídas por uma válvula
memória de 5/2 vias (inversora de sinal), que passará a alimentar as válvulas que
provocam a contra pressão.

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

ELABORAÇÃO DE CIRCUITOS PELO MÉTODO CASCATA

Este método é utilizado quando se tem uma seqüência indireta e não muito
extensa, até 7 grupos.

Quantidade de grupos em uma seqüência:


Para determinar a quantidade de grupos em uma seqüência, deve-se dividi-la da
esquerda para direita, de tal forma que em cada grupo, não haja repetição de
letras.
Exemplo: Considere a seqüências a seguir :

A+B+B-B+A-C+C-B-A+A-
A+B+B-B+A-A+C+C-A+A-

Com a divisão dos grupos, as seqüências ficarão:

A+B+ | B- | B+A-C+ | C-B-A+ | A- ( 5 grupos )


A+B+ | B- | B+A- | A+C+ | C-A+ |A- ( 6 grupos )

O método cascata consiste em selecionar linhas de pressão, através de válvulas


com função memórias (5/2 vias ou 4/2 vias), alimentadas em série, de tal forma
que somente uma linha de pressão terá ar por vez.
As contra pressões do circuito são eliminadas nas trocas de linha.

O numero de memórias não deve ultrapassar seis, devido à queda de pressão que
irá surgir (provocada pela alimentação das memórias em série) retardando assim
os sinais.

Projeção de um circuito Cascata para selecionar quatro grupos (quatro linhas de pressão).

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Obs: A pressão de início encontra-se sempre na ultima linha, devido à posição


inicial da ultima válvula memória.

A alimentação do sinal de partida é sempre ligada a ultima linha do circuito


cascata, que é a linha que inicialmente possui pressão.

Os sinais de final de curso responsáveis pela troca de grupos são sempre


alimentados pela linha anterior ao próximo passo, garantindo a troca de linha em
seqüência e a anulação de contra pressões.

Para ter pressão na linha um, aciona-se a partida, que irá pilotar a ultima válvula
memória, de cima para baixo. Neste instante a ultima linha que alimenta o botão
de partida ficará em exaustão (eliminando uma sobreposição de sinal) e a primeira
linha, de cima para baixo, ficará com pressão, habilitando a execução dos passos
do primeiro grupo.

O sinal de fim de curso do ultimo passo do grupo um irá enviar um sinal para que
a primeira válvula da seqüência em cascata comute, trocando o ar da primeira
linha para segunda linha, desta forma, colocando a pressão da primeira linha em
exaustão e habilitando os passos do segundo grupo (linha dois).

Da mesma forma, o sinal de fim de curso do ultimo passo do grupo dois, irá enviar
um sinal para a segunda válvula da seqüência em cascata, trocando o ar da
segunda linha para a terceira linha, habilitando os passos do terceiro grupo (linha
três) e colocando a pressão da segunda linha em exaustão, anulando dessa forma
as contra pressões.

E assim sucessivamente até que a linha com pressão seja novamente a ultima,
permitindo que a válvula de partida seja acionada novamente e um novo ciclo se
reinicie.

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

ELABORANDO UM CIRCUITO COM O MÉTODO CASCATA

Passo 1 – Dividir a seqüência em grupos.

Passo 2 – O número de linhas de pressão será igual ao número de grupos

Passo 3 – O número de válvulas memória que atuam como selecionadoras de linha


de pressão será igual ao número de linhas menos um. Exemplo: para cinco linhas
de pressão, quatro válvulas selecionadoras.

Passo 4 – A alimentação do botão de partida, vem da ultima linha do circuito


cascata.

Passo 5 – A ultima válvula do circuito cascata, que alimenta a ultima linha é


desenhada inicialmente acionada, e o sinal de partida é dado na pilotagem do lado
direito da válvula, reposicionando-a a posição inicial e desta forma colocando a
pressão da ultima linha em exaustão e direcionando o ar diretamente para a
primeira linha.

Passo 6 – As válvulas de sinal de fim de curso, responsáveis pela troca de ar de


linhas de pressão, são sempre desenhadas abaixo do grupo de linhas de pressão.

Passo 7 – As Válvulas de sinal de fim de curso responsáveis pelos passos do


mesmo grupo, são desenhadas a cima do grupo de linhas de pressão.

Projeção de um circuito em cascata de dois grupos:

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Projeção de um circuito em cascata de três grupos:

DESENVOLVENDO O CIRCUITO PELO MÉTODO CASCATA

Passo 1 – Dividir a seqüência em grupos.

Passo 2 – Verificar os movimentos de cilindros em cada grupo.

Passo 3 – Verificar o primeiro passo de cada grupo, as válvulas de comando,


nestes casos serão pilotadas diretamente pelas linhas de pressão respectivas ao
seu grupo.

Passo 4 – Desenhar as linhas de pressão.

Passo 5 – Desenhar a projeção seqüência Cascata.

Passo 6 – Desenhar os emissores de sinais que pilotarão para a troca de linhas e


fazer as ligações de alimentação e pilotagem das mesmas.

Passo 7 – Fazer as ligações de alimentação para as válvulas de comando.

Passo 8 – Fazer as ligações de pilotagem das válvulas de comando.

Passo 9 – Apagar as pontas sobressalentes das linhas de pressão.

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Assim sendo, para a seqüência a seguir, teremos o seguinte circuito.

A+B+B-C+C-A-

A+B+ | B-C+ | C- A- (três grupos)

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

ELABORAÇÃO DE CIRCUITOS PELO MÉTODO PASSO-A-PASSO

A resolução de circuitos pelo método passo-a-passo , é uma técnica que , como


no método Cascata , não exige muito por parte daquele que o elabora , possui
uma certa semelhança com o método Cascata , pois as contra-pressões são
eliminadas nas trocas de linhas , que são selecionadas em seqüência por válvulas
de função memória de 3/2 vias ligadas em paralelo , ou seja , cada uma recebe
pressão diretamente da rede.

Devido a isso, o numero de passos são ilimitados, pois não ocorre queda de
pressão nas emissões de sinais como no método cascata. Porém para resolução
de circuitos por este método, só podemos construir um circuito passo-a-passo a
partir de 3 grupos , pois em circuitos de 2 grupos , acontecerá uma contra pressão
na ultima válvula do circuito.

Dividindo a seqüência, novamente por grupos, assim como no método cascata , o


circuito irá passo-a-passo alternando os momentos de pressão nas linhas de cada
grupo , da ultima linha para a primeira , da primeira para a segunda e assim por
diante.

Projeção de um circuito passo-a-passo de quatro linhas de pressão (quatro grupos).

Neste sistema a pressão se encontra na linha quatro, a qual esta sendo


alimentada pela ultima memória da direita.

No instante que for dada a partida, esta pilotará a primeira válvula, direcionando o
ar para a primeira linha que pilotará a ultima válvula da direita, cortando o ar da
ultima linha.

O fim de curso responsável pelo ultimo movimento do primeiro grupo, irá pilotar a
segunda válvula do circuito passo-a-passo que irá reposicinar a primeira válvula,
direcionando para exaustão o ar contido na primeira linha e alimentado a segunda
linha com pressão.

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Técnicas de Comandos Pneumáticos

Assim consecutivamente até que a ultima válvula seja pilotada, alimentado a


ultima linha. Permitindo que um novo pulso seja dado no botão de partida,
iniciando um novo ciclo.

A estruturação da cadeia passo-a-passo , é baseada em blocos de comando de


linhas de pressão . Estes blocos são formados por uma válvula função memória
de 3/2 vias e um emissor de sinal (válvula com acionamento tipo rolete, ou
acionamento manual por botão, no caso da válvula de partida do sistema).

PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM CIRCUITO PASSO-A-PASSO

Passo 1 – Dividir a seqüência por grupos

Passo 2 – Verificar os movimentos dos elementos de trabalho de cada grupo.

Passo 3 – Verificar quais emissores de sinais pilotarão as válvulas de comando.

Passo 4 – Verificar quais emissores de sinais pilotarão as válvulas memória,


efetuando assim a troca de linhas de pressão.

Passo 5 – Verificar o primeiro passo de cada grupo. As válvulas de comando serão


pilotadas pelas suas respectivas linhas.

Passo 6 – Desenhar os elementos de trabalho e suas respectivas válvulas de


comando.

Passo 7 – Desenhar a cadeia passo-a-passo para o grupo de linhas, um bloco para


cada linha. Os blocos são formados por um elemento de sinal e uma válvula
função memória de 3/2 vias.

Exemplo de um bloco de comando de linha de pressão:

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Passo 8 – Fazer as ligações de pilotagem das válvulas de comando (direto da linha)

Passo 9 – Fazer a ligação dos emissores de sinais para a troca de linhas.

Passo 10 – Apagar as pontas sobressalentes das linhas de pressão.

Desta forma , para a seguinte seqüência , A+B+B-A-C+C- , teremos o seguinte


circuito.

A+B+ | B-A-C+ | C- ( 3 grupos )

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CONDIÇÕES MARGINAIS

São opções que o circuito oferece para facilitar a operação da máquina , por
exemplo:

- Parada de emergência
- Ciclo único ou continuo
- Manual, passo por passo.
- Reset.

Obs:

A parada de emergência deve ser analisada caso a caso, máquina por máquina,
pois em algumas situações o cilindro deverá parar onde ele se encontra e retornar
de imediato, ou parar com pressão (fixando uma peça, por exemplo), ou cortar a
pressão de todos os cilindros.
Para desenvolvimento de seqüências emergenciais, deverá ser feito um estudo,
junto ao operador do equipamento e o técnico de segurança do trabalho da
empresa, buscando analisar todas as situações de risco que a
máquina/equipamento, pode oferecer ao operador do mesmo.
O projetista pode orientar e dar algumas possibilidades de movimentos de acordo
com a tecnologia empregada na concepção do projeto final, mas nunca poderá se
responsabilizar pelo projeto final da seqüência emergencial, sem antes consultar o
usuário final e o técnico de segurança do trabalho, respeitando as normas internas
e de segurança de cada empresa.

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