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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

ANNA JULIA GONÇALVES ROSA


LUIZ HENRIQUE MACHADO DE OLIVEIRA
MARIA DLLAYNE PEREIRA BARBOSA

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

UBERLÂNDIA/MG
2018
SUMÁRIO

1 CARÊNCIA E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO


1.1 Conceito e definição de carência.....................................................................….............3
1.2 Benefícios que exigem prazos de carência.......................................................................3
1.3 Benefícios que não exigem carência.................................................................................3
1.4 Período de graça ou manutenção da qualidade de segurado...........................................3
1.5 Perda da qualidade de segurado.......................................................................................4
1.6 Retorno da qualidade de segurado...................................................................................4
2 DEPENDENTES DOS SEGURADOS
2.1 Quem são os dependentes e quais seus direitos e obrigações e grupos...........................5
1 CARÊNCIA E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

1.1 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE CARÊNCIA

O termo carência refere-se à falta ou privação de algo. Trata-se de um conceito que provém
da língua latina (carentia). O verbo carecer, do latim carescere, significa ter falta de algo.
O termo tem aplicação em diversas áreas, como a medicina, a psicologia e a economia,
sempre tangenciando seu conceito, ou seja, a falta de determinada coisa.
No quesito seguridade social, o período de Carência é o número mínimo de meses pagos ao
INSS para que o cidadão, ou em alguns casos, o seu dependente, possa ter direito de receber um
beneficio. A carência começa a ser contada conforme o tipo de atividade exercida bem como a
época em que aconteceu a filiação, a inscrição ou a contribuição.

1.2 BENEFICIOS QUE EXIGEM PRAZO DE CARENCIA

●.Aposentadorias (por Idade, Tempo de Contribuição, do Professor, Especial, por Idade ou Tempo
de Contribuição do Portador de Deficiência) (180 meses)

●Auxilio-doença e aposentadoria por invalidez(12 meses )

●Salário-maternidade Contribuinte Individual, Facultativo, Segurado Especial) (10 meses)

1.3 BENEFICIOS QUE EXIGEM NÃO PRAZO DE CARENCIA

●Pensão por Morte e Auxílio-reclusão (se o cidadão não estiver recebendo auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez)

●Salário-maternidade (Trabalhadora Avulsa, Empregada, Empregada Doméstica)

1.4 PERIODO DE GRAÇA OU MANUTENÇÃO DE QUALIDADE DO SEGURADO

Qualidade de segurado é a condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS que possua uma
inscrição e faça pagamentos mensais a título de Previdência Social.
São considerados segurados do INSS aqueles na condição de Empregado, Trabalhador Avulso,
Empregado Doméstico, Contribuinte Individual, Segurado Especial e Facultativo.

Esta denominação deve-se ao fato da sigla “INSS” ser a abreviação de Instituto Nacional do
“Seguro” Social e, portanto, ser considerada uma seguradora pública que oferece benefícios
previdenciários a título de aposentadorias e pensões, além de benefícios de auxílio-doença e outros
para momentos em que o cidadão fica impossibilitado de exercer suas atividades laborativas ou
cotidianas
Todos os filiados ao INSS em uma das categorias listadas acima e, enquanto estiverem
efetuando recolhimentos mensais a título de previdência, automaticamente estarão mantendo esta
qualidade, ou seja, continuam na condição de “segurado” do INSS.
Entretanto, a legislação determina que, mesmo em algumas condições sem recolhimento,
esses filiados ainda irão manter esta qualidade, o que é denominado “período de graça”, vejamos:
1. sem limite de prazo enquanto o cidadão estiver recebendo benefício previdenciário, como
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, bem como auxílio-acidente ou auxílio-
suplementar;
2. até 12 (doze) meses após o término de benefício por incapacidade (por exemplo auxílio-
doença), salário maternidade ou do último recolhimento realizado para o INSS quando deixar
de exercer atividade remunerada (empregado, trabalhador avulso, etc) ou estiver suspenso ou
licenciado sem remuneração;
3. até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença de
segregação compulsória;
4. até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso;
5. até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às forças armadas para
prestar serviço militar;
6. até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos cidadãos que
pagam na condição de “facultativo”

Os prazos que foram listados acima começam a ser contados no mês seguinte à data do último
recolhimento efetuado ou do término do benefício conforme o caso.

Os prazos ainda poderão ser prorrogados conforme situações específicas:

1. mais 12 (doze) meses caso o cidadão citado no item 2 da lista anterior tiver mais de 120
contribuições consecutivas ou intercaladas mas sem a perda da qualidade de segurado. Caso
haja a perda da qualidade, o cidadão deverá novamente contar com 120 contribuições para ter
direito a esta prorrogação;
2. mais 12 (doze) meses caso tenha registro no Sistema Nacional de Emprego – SINE ou tenha
recebido seguro-desemprego, ambos dentro do período que mantenha a sua qualidade de
segurado;
3. mais 06 (seis) meses no caso do cidadão citado no item 6 da lista anterior e que tenha por
último recebido salário-maternidade ou benefício por incapacidade.

Todo e qualquer cidadão em “período de graça” que fizer sua filiação ao RGPS como contribuinte
“facultativo” e, depois disso, deixar de contribuir nessa condição poderá optar pelo prazo de
manutenção da qualidade de segurado da condição anterior caso aquela seja mais vantajosa.

1.5 PERDA DA QUALIDADE DE SEGURANÇA

A Qualidade de Segurado é a condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS que possua
uma inscrição e faça pagamentos mensais a titulo de previdência social.
Após transcorrido todo o prazo a que o cidadão tinha direito para manter a condição de
segurado do iNSS, mesmo sem efetuar recolhimentos, haverá a chamada “perda da qualidade de
segurado”. Nesse caso, ele deixa de estar coberto pelo seguro social e não terá direito a benefícios
previdenciários caso o fato gerador do direito ao beneficio se de a partir da data em que perdeu essa
condição de segurado.
De acordo com a legislação, a data em que será fixada a perda será no 16º dia do 2º mês
subsequente ao término do prazo em que estava no “período de graça”, incluindo-se as prorrogações
caso necessário.

1.6 RETORNO DA QUALIDADE DE SEGURADO

A qualidade de segurado e o direito à cobertura previdenciária, serão recuperados já a partir


da primeira contribuição. Importante destacar que o segurado não terá direito a todos os benefícios
no início, apenas na medida em que for contribuindo poderá alcançar a quantidade de contribuições
necessárias para requerer o beneficio almejado. Nesse caso, é recomendado que o recém-segurado
contribua até acumular a carência necessária para todos os benefícios.

2 DEPENDENTES DOS SEGURADOS

2.1 QUEM SAO OS DEPENDENTES, QUAIS SEUS DIREITOS E OBRIGAÇÕES E


GRUPOS

Os dependentes são Todo e qualquer cidadão que, em relação ao segurado do INSS se


enquadre em um dos dois critérios básicos de dependência (econômica ou condição familiar), será
considerado “dependente” e poderá ser inscrito para fins de recebimento de benefícios ou
pagamento de resíduos.
A legislação em vigor enumera os dependentes de segurado do INSS em ordem de
prioridade conforme as 3 classes abaixo:
1.o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne
absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
2.os pais;
3.o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim
declarado judicialmente.
Para identificação de qualquer dos dependentes acima de 16 anos, será necessária a
apresentação do documento de identificação com foto e o CPF.
Para os menores de 16 anos e desde quenão seja o titular do requerimento de benefício, a
apresentação do documento de identificação e do CPF será opcional.
Os dependentes que foram listados na classe 1 não precisarão comprovar dependência
econômica uma vez que a legislação coloca esta condição como presumida.
Já os demais dependentes listados nas classes seguintes, bem como o enteado e o menor tutelado,
têm a obrigatoriedade desta comprovação e poderão fazê-la com a apresentação de no mínimo 3 dos
seguintes documentos:
•Certidão de nascimento de filho havido em comum;
•Certidão de casamento Religioso;
•Declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;
•Disposições testamentárias;
•Declaração especial feita perante tabelião (escritura pública declaratória de dependência
econômica);
•Prova de mesmo domicílio;
•Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida
civil;
•Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
•Conta bancária conjunta;
•Registro em associação de qualquer natureza onde conste o interessado como dependente do
segurado;
•Anotação constante de ficha ou Livro de Registro de empregados;
•Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada
como sua beneficiária;
•Ficha de tratamento em instituição de assistência médica da qual conste o segurado como
responsável;
•Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente;
•Declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos;
•Quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato a comprovar.
Na impossibilidade de serem apresentados 3 dos documentos listados, mas desde que haja
pelo menos 1 (um) documento consistente, o requerente do benefício poderá solicitar o
procedimento de Justificação Administrativa para fins de comprovação

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