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A Matilha de Brac 03

O Resgate do Raio de Sol


A Matilha de Brac 03
Lynn Hagen

Dakota Amergan, beta do pacote de Brac, é enviado à caça por quatro


estados de distância de seu alfa. Quando ele vasculha as ruas ásperas por um
homem misterioso, ele é abordado em um beco escuro por Blair, um garoto
de programa que implora para mostrar a ele um bom tempo.
Blair Weston, primeiro abusado por seu pai, em seguida, expulso de sua casa,
sobrevive nas ruas, vendendo seu corpo. Mas quando ele se oferece para um
lobo ferozmente protetor, ele descobre que Dakota não é o típico John.
Dakota, ansioso por manter o seu companheiro fora das ruas, fará de tudo
para manter-se perto de Blair. Blair, mas pode superar sua auto aversão e
deixar o calor do amor de Dakota remover as nuvens da vergonha de sua
mente?
A Matilha de Brac 03

Capítulo Um

Kota Amergan saiu do clube.


Ele não havia tido nenhuma sorte em localizar o homem pelo qual o Alfa
Maverick o havia enviado para descobrir.
Ele estava cansado e pronto para tirar uma soneca. O clube tinha o som
muito alto, muito lotado, e as mulheres ficaram tateando-lhe a cada segundo.
Teria sido bom, se ele balançasse para esse lado, mas mulheres nunca
foram a preferência de Kota
Havia poucas perspectivas lá, nenhum dos homens ali dentro o fez ficar
duro.
Ele era um cara de relacionamentos duradouros, e todos eles eram de
uma só noite.
Não, obrigado.
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Ele teve a sua quota desses, e queria mais do que sexo sem sentido.
Ele queria seu companheiro, se tivesse a sorte de encontrá-lo.
Kota decidiu voltar ao hotel e relaxar um pouco com a televisão e sua
mão.
Punheta o deixava deprimido, mas tinha seu uso.
Se essa era sua única opção no momento, ele iria ter que se contentar.
Ele puxou a gola do casaco para cima enquanto fazia seu caminho pela
rua decadente.
Este era um bairro decadente. Traficantes enchiam todos os cantos e
prostitutas saíam da toca, como as baratas quando você acende as luzes.
Eles estavam por toda parte.
Ele passou por cima de um bêbado sem teto pedindo esmolas.
A única razão que ele não deu, era porque não estava contribuindo para a
doença. Tendo visto a destruição que o álcool e as drogas faziam na vida de
alguém, ele preferia comprar para o cara uma refeição quente e uma xícara de
café.
Kota enfiou as mãos nos bolsos do casaco, avançou até a rua.
Kota não tinha medo de estar aqui.
Ele era um lobo, a pior de todas as raças de lobo.
Com 2,07mts, e quase duzentos quilos de puro músculo, ninguém fodeu
com ele. Aos 366 anos, ele era muito maduro para perder-se com toda essa
besteira.
Além disso, sendo o Beta, seu Alfa Maverick chutaria sua bunda.
Uma rajada de vento soprou seus cabelos loiros até a cintura em um
turbilhão, Kota cortou para outro canto, ficando fora da rajada fria.
Ele olhou para os prédios sem graça que o cercavam, desejando voltar
para casa na pequena cidade em que vivia, com o som da floresta acariciando
sua pele enquanto ele corria pela floresta.
Sem prostitutas gritando para ele pagar por prazer.
Os gases dos escapamentos dos carros só estavam sufocando seus
pulmões.
Que diabo tinha pensado Maverick em mandá-lo aqui?
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Kota se dirigiu para uma das muitas lojas de esquina que lotavam as ruas
da cidade.
Cerveja barata e propagandas de cigarros enchiam as vitrines.

— Posso ajudar?

Kota estava no balcão. Uma divisória de acrílico com um quadrado aberto


o separava do caixa. O homem pegou numa forma antes de reorganizar o
frango no tabuleiro sob as luzes quentes. Estremeceu ao pensar em alguém
comendo qualquer coisa que aqueles dedos tinham tocado sem luvas.

— Você tem algum creme de barbear? — Ele não queria pensar no


homem tocando a caixinha de creme enquanto puxava para fora da prateleira.
No momento que voltasse a seu quarto de hotel, ele iria despejar o saco na
pia e lavá-la antes de manuseá-lo.

— Temos preservativos. Você precisa de camisinha? Temos do tipo Aço,


noventa e nove centavos a lata. Temos também cigarros a preços mínimos do
Estado. — O caixa mostrou-lhe os dentes amarelados. Faltava-lhe um bocado.

— Não, só o creme de barbear. — Kota sabia que ele poderia obtê-lo no


hotel, mas como estava aqui, ele poderia muito bem cuidar disso.

— Cinco e trinta e dois centavos.

Kota jogou uma nota de vinte para baixo da divisória de acrílico sobre a
bandeja cromada.
— Quatro e sessenta e oito é o seu troco. Tenha uma boa noite.
Kota encarou o troco na riscada bandeja cromada. — Eu lhe dei uma nota
de vinte.
— Não, senhor. Recebi uma nota de dez dólares. Se você me causar
problemas, eu vou chamar a polícia.
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Kota rosnou.
Ele não foi pressionado por causa do dinheiro. Era o princípio. Sua mão
passou pelo quadrado do acrílico na bandeja, agarrando o imundo e dando-lhe
um puxão.
A barreira espessa gemeu sob sua força.
O homem ficou boquiaberto com Kota, apressadamente abrindo sua caixa
e jogando uma nota de dez dólares com o resto do troco. — Agora, vai. — O
homem acenou com as mãos em Kota para enxotá-lo. — Eu não quero
nenhum problema.
— Então pare de roubar as pessoas. — Kota agarrou o troco na bandeja,
empurrando-o em seus bolsos, enquanto o homem se posicionava de volta.
Agarrando o saco de papel marrom, Kota empurrou-o no bolso do casaco,
em seguida, esfregou a mão sobre o casaco. Ele espirraria desinfetante na
mão quando chegasse ao seu quarto.
— Tenha uma boa noite. — O caixa acenou para ele quando ele saiu da
loja. Que maluco.
Seu olhar desviou-se em torno dele, percebendo que o bar do outro lado
da rua era um dos nomes em sua lista de locais para verificar.
Com um semblante grave, Kota saiu da calçada, e fez seu caminho em
direção ao bar.
Esquivando-se do tráfego, Kota trocou para o outro lado da rua. O bar era
normal, não tinha nada de especial sobre ele. As luzes de néon tremularam
nas janelas com logotipos de diferentes bebidas alcoólicas.
Quando ele entrou no local, a fumaça de cigarro o agrediu. A nova lei
deveria ter impedido essas pessoas de fumarem dentro, mas, aparentemente,
o dono virava a cabeça. Kota abanou com a mão na frente dele enquanto
caminhava até o bar.
Ele virou-se por um momento, observando a dança do stripper no palco.
O cara tinha um corpo bonito, um que Kota poderia apreciar.
— Você gosta?
Ele se virou para ver um homem atarracado, com os braços cruzados
sobre o peito olhando para ele. A cabeça do homem acenou com a cabeça em
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direção ao palco. — Você pode alugar por fora.


Kota virou a cabeça mais uma vez para olhar para a bunda chacoalhando,
balançando de um lado para o outro enquanto o jovem dançava para a total
cobiça dos homens a aplaudi-lo. Ele teve de admitir que o cara era bastante
agradável, e ele tinha um quarto no hotel.
— Não, não é coisa minha. — Embora fosse tentador, ele era um cara
integro, o pensamento de comprar prazer de um ser humano não se sentava
bem com ele. Alguns iam pela emoção. A maioria não tinha outra escolha. Ele
não iria tirar proveito da desgraça alheia.
O barman riu profundamente. — Então o que diabos você está fazendo
aqui?
— À procura de alguém. — Kota puxou o papel do bolso, entregando-o. O
cara tomou, passou os dedos sobre ele, e então, entregou-o.
— Desculpe, não posso te ajudar.
Era a mesma história que Kota tinha ouvido falar nos últimos dois dias.
— As bebidas são por conta da casa. Divirta-se. — O homem piscou para
ele antes de se afastar para atender os outros clientes.
Kota apoiou as costas contra o bar. O homem no palco estava
observando-o, lambendo os lábios de uma forma sugestiva para ele.
Kota pegou a bebida que foi dada a ele, tomando um assento perto do
palco, quando o dançarino parecia fazer dele o seu alvo. Ele se inclinou para
frente, agarrando seus tornozelos enquanto projetava seu traseiro.
O shifter engoliu a bebida quando sentiu sua ereção pressionando o zíper
de sua calça. Depois que o show acabou, Kota fez uma partida precipitada. O
dançarino parecia muito interessado, algo em que Kota não iria entrar.
As ruas pareciam um pouco mais desertas, quando ele voltou para a
noite.
Ele enfiou as mãos nos bolsos e suspirou. Seus pés o levaram até um
beco, sabendo que era um atalho para o hotel que descobriu na noite anterior.
— Ei, garotão, procurando por um bom tempo?
Kota revirou os olhos. Foda-se. Ele continuou, não querendo mesmo lidar
com um garoto de programa. Se fosse isso que ele quisesse, ele teria pegado
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aquele no bar.
— Vem cá, bebê. Eu posso fazer você se sentir realmente bem. — O cara
se jogou na cara de Kota, esfregando as mãos para cima e para baixo de seu
peito.

Kota resmungou, irritado por alguém ter invadido seu espaço pessoal sem
ser convidado.
— Fica frio, cara. Eu não quis ofender. Só estou tentando fazer algum
dinheiro para comer. — O cara recuou. Colocou o cabelo atrás da orelha e
baixou o olhar para o chão. — Desculpe.
Kota congelou, farejando o ar à sua volta. Ele se aproximou do garoto e
inalou profundamente. Seu queixo caiu em estado de choque, em seguida, se
recuperou rapidamente e o abraçou.
Meu!
— Ei, pare de me cheirar. Você está querendo fazer bizarrices comigo. —
O garoto de programa deu um passo para trás. Kota notou que ele estava
olhando para cima e para baixo do beco. O conhecimento de que eles estavam
sozinhos alargou os olhos do rapaz. Kota precisava conseguir que o seu
companheiro fosse para seu quarto. Para cuidar dele.
— Quanto pela noite? — Kota se amaldiçoou pela pergunta, mas ele
estava prestes a não ter mais seu companheiro por aqui em menos de um
segundo e duvidava que ele iria sair por sua própria vontade.
Os olhos de seu companheiro se arregalaram. —Uh, duzentos? — Foi uma
pergunta, não uma citação.
— Pronto, vamos lá. — Kota manteve o jovem ao seu lado enquanto
caminhavam de volta para seu quarto.
O garoto estava nervoso. Seus olhos ficaram colados ao chão. Kota
apertou os lábios. Agora não era hora para perguntas. Uma vez que seu
companheiro tivesse um banho quente e uma boa noite de sono, ele iria
descobrir como ele foi parar nas ruas, vendendo seu corpo.
O hotel entrou em visão. Kota colocou sua mão nas costas de seu
pequeno companheiro, guiando-o através dos vidros e portas frontais
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douradas. Eles subiram de elevador até o décimo segundo andar, saindo


enquanto Kota procurava pelo cartão-chave. Sua mão atingiu o saco de papel
marrom que ele tinha no bolso. Kota estremeceu.
Uma vez que a porta estava aberta, permitindo que o seu companheiro
entrasse, Kota virou para fechar e trancá-la.

— Não. Eu estou pagando para a noite, correto? — Kota agarrou os


pulsos do seu companheiro, para impedi-lo de abrir suas calças. Isso não era
como ele queria estar com ele, comprado e pago.
A cabeça de seu companheiro inclinou para trás, na visão mais erótica
que Kota já vira, e levou nervos de aço para não fraquejar e assistir seu
companheiro de joelhos.
— O ... o que você quer?
Ele podia ver a desconfiança nos olhos de seu companheiro, a maneira
como seu corpo ficou tenso. Isso não daria certo. Seu companheiro precisava
estar relaxado perto dele. A reivindicação podia esperar. Seu companheiro
precisava curar a alma primeiro.
Kota inclinou para baixo, deslizando a mão sob o braço de seu
companheiro, levantando-o a seus pés. — Eu quero que você tome um banho,
em seguida vá para a cama.
— Estou limpo. Tomei banho antes de sair de casa. Você é a primeira
pessoa da noite.
E a última. As palavras trouxeram a sua mente o fato de que Kota tinha o
trabalho perfeito para ele. Ele observou como seu companheiro saiu para o
banheiro, fechando a porta atrás dele.
Kota virou-se para a cama, e despiu-se, ficando só de cuecas boxer antes
de deslizar sob os cobertores. Ele podia ouvir a banheira encher e seu
companheiro se despir. Sendo um lobo, sua audição era afiada. Lobos Madeira
podiam ouvir uma folha que cai ao chão no outono.
A porta abriu-se 20 minutos mais tarde, e seu companheiro parecia
cansado, sua pele pálida estava rosada. Kota levantou o cobertor para o seu
companheiro acompanhá-lo.
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O jovem arrastou para a cama, deslizando para baixo. Kota parou,


puxando-o até o peito.
— Não.
— Você está pagando para eu dormir com você? Dormir de verdade?
Kota riu no olhar que seu companheiro tinha. Era um cruzamento entre
inacreditável, e pensar que Kota era louco.
— Sim.

Algo brilhou no rosto de seu companheiro, sua boca arredondou em um


O. — O seu instrumento não funciona. Ham-hã, isso é legal.

Kota caiu em suas costas, rindo. O jovem era cômico. — Durma um


pouco.

Capítulo Dois

Blair se esticou, saboreando a sensação de uma cama macia. Pela


primeira vez em muito tempo, ele não tinha que ir dormir com o sentimento
de nojo de vender a si mesmo para sobreviver. Bem, ele tinha, mas o sexo
não tinha sido envolvido. Ele pensou no cara apocalíptico que acompanhara
para o quarto de hotel. Havia algo de antigo e do velho mundo sobre ele. Algo
dominante. Ele se sentiu relaxado o suficiente para adormecer, o que era um
grande NÃO no livro de Blair. Muitas coisas ruins podiam acontecer ao mesmo
tempo na terra dos sonhos. Ele deveria saber.
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Abrindo os olhos, Blair olhou em volta. O quarto estava vazio. Foda-se!


Será que ele saiu antes dele? Se ele fez, Blair perdeu uma noite inteira de
fazer dinheiro. Ele estaria atrasado agora, teria de trabalhar duro para repor.
A porta se abriu, e o homem caminhou com uma bandeja e uma grande
sacola de compras. Blair estava curioso para saber o que tinha no saco, mas o
aroma de comida dominou seu pensamento.
— Bom dia, Raio de Sol. Com fome?
— Faminto, na verdade. — Ele se moveu para cima em uma posição
sentada, se perguntando se ele teria que levantar-se e pegar sua própria
comida. O cara jogou a sacola no chão e levou a bandeja para ele. Acho que
não. A cúpula foi levantada da bandeja, e o vapor flutuando revelou ovos
mexidos, bacon, torradas e batatas fritas. Ah, sim. Ele pôs o cabelo atrás da
orelha e sorriu. Realmente parecia delicioso.
— Deixe-me saber se você quiser mais, e eu vou pedir isso. — O homem
caminhou até a pequena mesa do quarto, pegou a sacola do chão,
vasculhando-a e puxando a roupa para fora. Ele colocou uma escova de dente,
e um pente, desodorante e líquido antisséptico. Blair deu de ombros e cavou
em sua comida. Seus olhos rolaram no sabor celestial. Tudo estava do jeito
que ele gostava. Os ovos estavam colocados em cima do bacon macio, e as
batatas fritas estavam douradas no ponto certo. A torrada estava perfeita.
Blair manteve um olho grudado em seu anfitrião enquanto ele comia,
observando qualquer movimento brusco. Ele ainda não acreditava que alguém
pagaria outra pessoa apenas para dormir, e em seguida, lhe daria o café na
cama. Essa merda não era “Uma Linda Mulher”, e ele não era Julia Roberts.
Porcarias de contos de fada não aconteciam, especialmente para pessoas
como ele. O único cavaleiro de armadura brilhante que ele iria ver seria em
um museu.
O cara feroz sentou em uma das duas cadeiras que ocupavam o quarto,
batendo os dedos sob seu lábio inferior e observando Blair comer.
Inábil.
Isso era o que ele sentia tendo alguém o assistindo mastigar seu
alimento. Blair de repente se tornou consciente de como ele comeu, mastigou
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e engoliu. Parecia um eco crescendo, agora que a atenção estava centrada


nisso. Ele bebeu um gole de suco, que teve o efeito acústico de um megafone
em frente a ele, em seguida, baixou o seu copo e o garfo.
Ele baixou o olhar para a bandeja, colocando o cabelo atrás da orelha. Por
que o cara não parava de olhar para ele? Ele era um voyeur? Ele sabia que era
hora de ir. Isso estava se tornando muito bizarro. Colocou a bandeja de lado e
saiu da cama, Blair entrou no banheiro só para ver que suas roupas não
estavam onde ele as tinha colocado. Ele checou o pequeno armário debaixo da
pia, mas nada. Porra, o cara iria tentar segurá-lo lá? Ele sairia nu se ele
tivesse que fazer. Ninguém o seguraria como refém.
Blair voltou para a sala, caminhando em linha reta até o homem ainda
sentado. — Posso ter a minha roupa de volta? — O homem se levantou. Puta
merda, ele tinha o privilégio da altitude. Blair tinha 1,83m. Esse cara tinha
que ter perto de 2,13m. Ele não tinha prestado atenção na noite passada,
muito ocupado tentando fazer o trabalho.
— As roupas lá em cima da mesa são para você. Eu também tomei a
liberdade de comprar-lhe alguns itens de higiene pessoal. — O homem
levantou a mão, colocando o dedo indicador sob o queixo de Blair. Blair parou
de vacilar. Ele não queria irritar o homem porque sabia que, de fato, ele não
seria capaz de levá-lo em uma luta. Parecia que ninguém poderia. O cara
inclinou a cabeça e beijou Blair de leve nos lábios. Blair ficou parado
momentaneamente em um transe, inclinando-se para outro. Ele balançou a
cabeça e se afastou.
Beijar Johns1 era contra suas regras. Era muito pessoal, muito íntimo.
Blair pegou as roupas da mesa e empurrou suas pernas no jeans, e puxou a
camisa sobre a cabeça. Onde é que ele colocou os seus sapatos? Não estava
lá. Pegando o tênis no chão, perto da cômoda, ele atou-os e se levantou. As
meias estavam perdidas.
— Hum, eu posso ter o meu dinheiro agora? — Blair prendeu os cabelos
para trás, torcendo os dedos juntos, enquanto esperava.
O cara puxou sua carteira e entregou a Blair duas nítidas notas de cem

1 - em inglês, alguém não identificado costuma-se chamar de John Doe


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dólares. Empurrando as notas no bolso da frente, ele suspirou. — Pois bem. É,


uh... foi divertido. Venha me encontrar se você quiser alguém para dormir
com você de novo. — Dirigiu-se para a porta, sentindo uma tristeza puxando-
o. Por que ele estaria triste em deixar um cliente? Bem, tecnicamente o cara
não era. Ele não se qualificava como um, uma vez que não houvera troca de
sexo. De qualquer maneira era assim como Blair o via.
Ele respirou fundo para se livrar desses sentimentos loucos e estendeu a
mão para a maçaneta.
— Espere.

Kota não podia deixar que seu companheiro apenas saísse pela porta. Ele
tinha visto a forma como o cara vacilou, e sabia que ele não queria voltar lá
fora, para as ruas. Ele tinha que pensar rápido. — Quanto me custaria mantê-
lo fora das ruas, não vendendo mais a si mesmo?
A cabeça de seu companheiro saltou para trás. — Cara, você deveria
seriamente voltar a tomar seu remédio.
— Ok, uma vez que não é um pedido razoável para você, quanto me
custaria ter você ao meu lado enquanto eu estou na cidade? — Kota esperou
pela sua próxima observação inteligente e rápida.
— Ok, Richard Gere, por que você não para de sonhar e volta à realidade.
— Quem?
— Você não viu...? não importa. Eu vou seguir a linha da história e dizer-
lhe. Dois mil. Adiantados.
Dois mil era uma gota no balde para Kota. Seu companheiro de vida não
tinha preço. Ele levaria o tempo que fosse necessário para convencê-lo a ir
para casa com ele, convencer o jovem de que eles eram companheiros. —
Feito. Vou ter que parar em meu banco. Será que é razoável?

O jovem ficou lá com o queixo no peito e seus olhos tão grandes quanto
um pires. Não era suficiente? Kota pagaria mais.
— Uh, sim. Okay. Hum, o que vamos fazer enquanto estiver aqui?
— Eu tenho que encontrar alguém. Desde que você é um nativo aqui,
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talvez você pudesse me ajudar? — Kota gentilmente puxou seu companheiro


ainda mais para trás no quarto, e o cara parecia atordoado demais para
discutir. Ele tinha, pelo menos, alguns dias antes do Alfa Maverick começar a
ligar questionando-o sobre o atraso. Kota levaria este tempo para conhecer o
jovem, descobrir o que o agradava.
— Ah, com certeza, eu posso levá-lo ao redor. Provavelmente, seria bom
se eu estivesse lá de qualquer maneira, porque, sem querer ofender, mas
você é um cara mau, grande e assustador. As pessoas iriam se assustar e
fugir antes mesmo que você tivesse tempo de perguntar algo para eles.
Kota sorriu. Seu companheiro era encantador, numa espécie de forma
alucinatória. — Meu nome é Dakota, mas todos me chamam de Kota.
— Todo mundo me chama de Raven2. Eu não dou meu nome real a
ninguém.
Kota franziu o cenho. Isso não. Ele queria, não, necessitava saber o
nome de seu companheiro. Ele não queria o de rua. — Eu acho que estou
pagando o suficiente para, pelo menos, obter o seu nome real. Isso não é
negociável.
O jovem suspirou, enfiando seu cabelo atrás da orelha. Ele fazia muito
isso. Eram os nervos ou apenas um hábito? Kota foi até a beira da cama e
sentou-se, abaixando-se na frente de seu companheiro. O rapaz baixou os
olhos novamente. Kota reprimiu um grunhido. — Baixar seus olhos é um sinal
de submissão. Não dê a ninguém essa parte de você... nem mesmo para
mim. — O homem trouxe seu olhar de volta para encarar o seu. Melhor.
— É, uh, Blair.
— Blair. Eu gosto desse. É bom conhecer você, Blair.
Seu companheiro sorriu timidamente, — Prazer em conhecê-lo, também,
Dakota.
Seu nome soava como uma sinfonia proveniente de seu companheiro,
querendo ouvi-lo repetidas vezes. Kota notou que o rapaz não tinha um
casaco. Ele teria que corrigir isso. Estava muito frio lá fora para não ter um. —
Por favor me dê licença. — Kota saiu para o corredor, pegou seu telefone

2 - Corvo
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celular e chamou a loja de roupas do hotel, pedindo um casaco no tamanho do


rapaz, na cor branca. O cabelo de seu companheiro iria contrastar com ele
lindamente. Ele caminhou de volta para encontrar Blair tirando sua roupa.
— O que você está fazendo, rapaz?
— Eu pensei, por dois mil, você queria fazer o dinheiro valer. — Mais uma
vez, seus olhos caíram. Ele ficou ali nu, com as mãos na frente dele,
parecendo nervoso como o inferno.
— Não. Eu não estou pagando para ter sexo com você. Você é meu
assistente. Você vai me ajudar na minha tarefa. Nada mais. Se o sexo for
acontecer, vai ser natural, não porque você sente que está sendo pago.
Agora, levante seus olhos.
Blair ergueu a cabeça, com lágrimas brotando neles.

Blair estava humilhado. Enxugando os olhos, pegou sua calça jeans,


enfiando seus pés dentro e puxando a camisa de novo sobre sua cabeça. Ele
ficou ali, de costas para Dakota, incapaz de encará-lo. Esse era o momento
mais embaraçoso que já tivera em muito tempo, e considerando tudo o que
ele já fizera na vida, isso significava muito. Por que ele se importava com o
que homem pensava dele? Ninguém tomou tempo para conhecê-lo, não
queriam realmente gastar mais do que uma rapidinha com ele.
Dakota fez. O gigante não fez qualquer movimento sexual em direção a
Blair. Bem, exceto por aquele beijo. Era um beijo, se os seus lábios quase não
tocaram? Talvez o cara não funcionasse lá e só queria companhia. Hey, coisas
estranhas aconteciam. O cara nunca confirmou ou negou. Beleza. Se Dakota
não queria sexo, Blair se afastaria. Ele queria ganhar esse dinheiro, no
entanto. Ele não era um artista. Blair encolheu os ombros. Ele iria ajudá-lo a
descobrir quem o rapaz estava procurando.
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— Vire-se, Raio de Sol.


Blair virou lentamente, mantendo os olhos colados ao chão. Ele não
conseguia olhar nos olhos de Dakota. Sentia-se sujo, como o lixo da classe
baixa. Em vez disso, Blair pegou um lenço da caixa no criado-mudo e assuou
o nariz, sentando na beira da cama. Ele pôs uma mecha do cabelo atrás da
orelha.
Blair ergueu os olhos para olhar para aquele rosto bonito. Por que ele não
poderia ser digno o suficiente para um homem como Dakota? O deus merecia
um homem limpo, livre da bagagem que Blair carregava. Alguém saudável e
doce. Algo que ele não era há um tempo muito longo. Sua inocência tinha sido
tirada à força há muito tempo.
— Diga-me porque você continua abaixando seus olhos.
— Constrangimento. Vergonha. Humilhação. Você deseja a lista em
ordem alfabética? — Blair deu uma risada nervosa.
— Nunca seja qualquer dessas coisas comigo. Não existe nenhuma
vergonha ou constrangimento, ou até mesmo humilhação entre nós.
Entendido? — Ele puxou Blair aos seus pés. — Venha, nós temos um banco
para visitar e uma pessoa para encontrar. Hora de ter algum trabalho feito.
Blair sorriu, colocando os sapatos. Ele realmente estava começando a
gostar desse cara. Ele não parecia tão assustador. Seria uma pena quando ele
se fosse e Blair tivesse que voltar à realidade. Ele se sentiu bem em ganhar
dinheiro de forma honesta, ajudando Dakota sem sexo envolvido. Orgulho era
um sentimento novo para ele.
Houve uma batida na porta. Blair olhou curiosamente quando Dakota
atendeu. Ele puxou uma sacola, em seguida, fechou.
— Aqui, agora você vai ficar quente. Vamos. — Dakota entregou a sacola
para Blair.
Blair se perguntou o que poderia estar dentro. Estendeu a mão e sentiu o
tecido macio, retirou um casaco branco com pele falsa de visom ao redor do
capuz. Pelo menos ele achou que era falsa. — Por quê? Por que você se
importa se eu estou quente ou não?
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— Eu cuido dos meus funcionários. Agora podemos ir? — Dakota deixou a


porta aberta enquanto se dirigia para os elevadores.
Blair seguiu-o, sentindo-se tonto sobre seu casaco novo. Ele puxou-o
sobre seus braços, já sentindo o calor do material. — Obrigado.
— Blair, o que nós temos falado durante toda a manhã? — Dakota
colocou a mão nas costas de Blair.
Blair ergueu os olhos, prendendo o cabelo atrás da orelha. Ele olhou
diretamente nos belos olhos azuis claros de Dakota, — Obrigado.
— Não foi tão difícil, foi? — Dakota beijou-o na ponta de seu nariz,
quando o elevador chegou ao primeiro andar.
Kota segurou aberta a porta de vidro para Blair quando eles entraram no
banco. Ele encheu a guia de saque e entregou-a à caixa. Ela completou a
operação e colocou os dois mil em uma carteira segura para ele. — Posso
ajudá-lo com qualquer outra coisa, Sr. Amergan? — A caixa estava piscando
para ele e tentando entregar seu cartão de visita. Ele estava tão malditamente
cansado disso. Ele se recusou, pondo a mão sobre a cintura de Blair,
colocando sua reivindicação na frente dela e levando seu companheiro para
fora.
— Coloque isso em algum lugar que não será perdido ou roubado. — Kota
entregou-lhe a carteira. Blair empurrou-a no bolso interno do casaco,
fechando-o de novo.
— Onde agora?
— É seu bairro. Mostre o caminho.
Eles passaram a maior parte da manhã visitando os estabelecimentos na
lista de Kota. Maverick tinha dado a ele muitos pontos para verificar. Ao meio-
dia, Kota estava frustrado. Com exceção de algumas ofertas de prostitutas
baratas e os gritos de um traficante de drogas irado porque Kota assustou
seus clientes, eles não tinham nada.
— Vamos lá, Raio de Sol, vamos almoçar. — Kota deixou Blair escolher o
lugar uma vez que este era o seu bairro.
Eles entraram em uma lanchonete de hambúrguer gorduroso, o cheiro de
cebola e carne assada enchia o ar. Kota olhou em volta. O lugar tinha visto
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melhores dias. Eles se sentaram em uma das cabines da janela. Kota teve que
empurrar o banco para trás para caber. Graças a Deus eles não eram fixados
no chão de linóleo verde, que havia esmaecido em uma cor de vômito com as
manchas de graxa e de tráfego. Era perfeito. O lugar lembrava a Kota dos
velhos tempos. Ele tinha um ar caseiro e acolhedor. Ele podia ver porque Blair
gostava.
Kota agarrou o cardápio do suporte de metal e passou os olhos pelas
opções. O pimentão com queijo e cebola soou perfeitamente certo para ele.
Ele colocou o cardápio para baixo, vendo seu companheiro com a testa
franzida em concentração, o dedo passando para cima e para baixo no
cardápio, enquanto seus lábios se moviam. Kota prestou mais atenção, e
escutou. Embora Blair falasse muito baixinho, ele podia ouvi-lo. Os lobos
madeira tinham audição inigualável, visão noturna, e habilidades de
rastreamento. Ele podia ouvir palavras sussurradas de vinte metros de
distância, sua audição era muito boa. Kota ouviu Blair falar as palavras,
esforçando-se para pronunciá-las. Surpreendeu-o que um homem tão
perspicaz como seu companheiro era analfabeto.
— Você sabe, eu escolhi o pimentão com queijo e cebola. Parece muito
bom. Mas foi realmente uma decisão difícil entre o bife frito country. Talvez eu
devesse ter começado com a salada à moda da casa com frango grelhado.
Vem com uma batata cozida, além de tudo. O que você acha?
Blair colocou seu cardápio para baixo, e um olhar de alívio tomou conta
de seu rosto. Kota sabia que seu analfabetismo era um grande obstáculo para
ele. Não havia nenhuma vergonha nisso. Ele só tinha que encontrar uma
maneira de contornar isso, sobre ele, ou através dele. O que fosse necessário
para levá-lo à sua meta. Se ele quisesse que Kota o ajudasse, ele seria mais
do que feliz.
— Eu acho que o bife frito country parece bom. O que você teria
encomendado com isso?
— O purê de batatas e molho parece bom. O virado de legumes também
teria sido uma boa escolha se o pimentão não chamasse minha atenção.
— Eu acho que vou roubar sua ideia e pedir isso. — Blair riu pela
A Matilha de Brac 03

primeira vez, e Kota assistiu como seu rosto iluminou, seus olhos castanhos
alaranjados borbulhavam. Como ele tinha sido tão sortudo? Ele chamou a
atenção da garçonete e fez seus pedidos, colocando sua mente e libido longe
de Blair.
Comeram em um silêncio relativo. Quando terminaram, Blair estava
tentando cavar algum dinheiro na carteira sem ninguém vê-lo, para pagar a
sua refeição. Kota nunca permitiria que seu companheiro pagasse por isso, ele
estava fora de moda. Ele insistiu em cuidar de seu companheiro. Ele colocou a
mão sobre a de Blair, dizendo-lhe para guardá-la antes que alguém visse. Kota
pagou, deixando uma boa gorjeta e, em seguida saiu na tarde brilhante e
nítida.

Capítulo Três

— O que mais está na sua lista, chefe?


— Top Cats. Você sabe onde é isto?
A expressão do rosto de Blair caiu e seus olhos perderam o brilho. Ele
piscou e depois hesitou antes de acenar com a cabeça. — Claro, eu sei onde
ele está. Siga-me.
O clube estava tranquilo esta hora do dia. Algumas pessoas usavam as
mesas, mas a pista estava vazia.
— Ei, T. O que está cozinhando, boneca? — Blair perguntou enquanto
subia em um banquinho.
— Nada de pizza, querido. —T. olhou Dakota de cima à baixo duas vezes.
— Hmm, o que temos aqui? Você arranjou um cafetão ou um guarda-costas,
Raven? — Blair teve que segurar o riso. Dakota parecia querer correr o mais
rápido que pudesse de T.
— Comporte-se, T. Ele não é nada disso. Ele é apenas meu amigo. Estou
A Matilha de Brac 03

meio que ajudando ele. Ele está procurando por seu irmão mais novo, que
fugiu. Você pode ajudá-lo? Seu nome é Guerreiro. — Blair sacudiu seu cabelo
por cima do ombro, cruzando as pernas na altura dos joelhos.
T. ronronou em Dakota. — Bem, talvez nós possamos trocar favores...
porque você é um belo pedaço de carne à mostra. — O cara passou a língua
sobre seu lábio inferior, olhando Dakota de cima à baixo.
— Desculpe, T. Ele não é gay. Acredite, eu tentei. Então, o que você
disse? Pode me ajudar? — Blair alcançou sobre o balcão e pegou uma garrafa
de água, desatarraxando a tampa e dando um grande gole.
T. finalmente concordou, depois de perguntar à Dakota mais duas vezes
se ele tinha certeza que não mudaria de lado.
— Ei, Raven bebê. Pensei que você fosse passar por aqui na noite
passada?
Ah, merda. Era Tony. Isso não seria nada bom. Ele era um cliente muito
generoso, desde que ele gostasse de você. Se Blair o ofendesse, rejeitando-o,
ele poderia perdê-lo. Os dois mil não durariam para sempre. Ele tinha que
pensar em seu futuro. Merda, merda, merda.
— Ei, Tony. Desculpe, fiquei um pouco amarrado. — Blair piscou para ele.
— Literalmente.
— Seu bastardo enrolado. Venha aqui e dê um beijo de olá em Tony.
Aconteceu tão rápido que Blair iria precisar de um replay para ver como
Tony acabou de costas, no balcão, com um Dakota irritado sufocando-o.
— Guerreiro, deixe-o ir agora! — Blair puxou o braço musculoso. Ele
poderia muito bem ser uma mosca. Droga. Ele subiu nas costas de Kota,
bateu em seus ombros e tentou tirar o braço em volta de seu pescoço, mas
seu braço não era suficientemente longo. Mudando de tática, ele disse: —
Pare com isso agora. Deixe-o ir, Dakota. — Blair sussurrou em seu ouvido,
acariciando seus cabelos, e beijando a lateral do seu rosto. Dakota relaxou seu
aperto, e Tony com cara roxa saiu correndo do bar, apertando sua garganta.
Ele olhou através do salão e saiu pela porta, atirando adagas em Blair.
Ele pulou e saiu correndo, Dakota no seu encalço.
— Blair, espera.
A Matilha de Brac 03

Blair se virou, apontando o dedo para cima em direção ao rosto de


Dakota. — Eu disse que eu não uso meu nome real aqui fora, então pare de
usá-lo! — Blair pisou do outro lado da rua, apenas desviando dos carros e
virando em torno de um canto.
— Pare!

Blair atirou a mão em um gesto qualquer e continuou.


Ele cortou pela 5ª Avenida, chateado além da imaginação. Como Dakota
podia mexer com o seu dinheiro assim? Dinheiro parecia não significar nada
para o cara. Bem, isso significou um inferno e muito para Blair. Ele tinha que
sobreviver. Ele não estava dormindo em um galpão abandonado ou debaixo de
uma ponte. Regulares eram difíceis de encontrar por aqui, e ele simplesmente
destruiu um dos melhores de Blair. Sim, o cara era viscoso, mas gente pobre
não pode ser exigente.
Blair ouviu uma buzina, ele virou a cabeça para ver um cara rolando
lentamente próximo a ele em seu carro.
— Ei, você está disponível?
— Para quê?
— Um tempo bom. O que mais?
Blair olhou por cima do ombro para ver Dakota ganhando terreno rápido.
Colocando o cabelo atrás da orelha, ele entrou no carro.

O rapaz desabotoou a calça jeans e puxou o zíper para baixo, liberando o


seu pênis. Sua mão lentamente bombeava para cima e para baixo. — Por que
A Matilha de Brac 03

não se inclina aqui e o chupa para mim?


Blair olhou para a mão do cara. Ele se sentiu nauseado. Imagens de
Dakota vieram à sua mente, seu cabelo loiro comprido até a cintura e seus
olhos azuis claros. A maneira como ele tratou Blair e até mesmo a forma como
ele o ajudou a sair do restaurante esta manhã. Ele podia ser analfabeto, mas
ele não era estúpido. Ele sabia o que Dakota estava fazendo, e ele sentiu o
calor no coração por ele, um coração que foi frio por muito tempo. O cara
acabou de brigar por ele. Ele se sentia seguro, querido, e especial. Dakota o
tratou como se ele importasse. Blair não podia fazer isso. Ele não queria estar
aqui. Ele queria sair do carro, agora.
— Pare.
— Por quê? Eu ainda posso dirigir enquanto você me chupa. — O cara
levantou a mão, tentando puxar a cabeça de Blair para baixo até a virilha,
Blair bateu a mão. — Que porra é essa? Você é um garoto de programa, não
é?
— Encoste na calçada agora.
— Oh, eu entendi. Você está se fazendo de tímido. Isso vai me custar
mais? Eu gosto de meninos tímidos. Mostre ao papai como seu filhinho é bom.
Blair caiu em um flashback. Essas palavras. Ele achou que nunca iria
ouvi-las novamente. Não, esse cara não era ele. Ele estava seguro dele.
Seguro da traição e da agonia. Ele balançou a cabeça, tentando livrar-se das
imagens que tinham sido bloqueadas.
Blair olhou para o homem. Ele fazia isso para os meninos, também? Blair
grunhiu, e perdeu o controle, batendo no cara e gritando: — Pare o maldito
carro agora, fodido doente! Desgraçado doente do caralho!
O carro pegou velocidade, Blair abriu a janela, sentindo as agulhada do ar
frio em seu rosto. O imbecil acelerou ainda mais, como se o desafiando a
saltar. Ele saiu pela janela, cobrindo a cabeça, quando bateu no chão e rolou.
Blair ficou ali por um momento, tonto, balançando a cabeça. Depois de
um minuto ele se levantou e começou a correr, sem saber para onde ir. Ele
não queria voltar para seu lugar. Ele se sentia solitário e frio lá. Ele queria
Dakota. O que ele fez?
A Matilha de Brac 03

Ele correu. Sua mente estava correndo entre o passado e o presente. A


consciência entorpecida, ele sabia que as pessoas estavam trombando nele,
mas estava longe demais para se preocupar. Seu peito estava apertado. Ele
precisava de ar. Blair parou. Lágrimas mancharam seu rosto quando ele
percebeu que tinha ido direito para o hotel de Dakota.
Ele diminuiu o ritmo, tentando agir de maneira indiferente, enxugando as
lágrimas com a manga do casaco. Blair andou casualmente pelo saguão, até
os elevadores e apertou o botão, esperando. Ele viu algumas pessoas olhando
para baixo e torcendo seus narizes para ele e seu casaco branco sujo e
rasgado. Fodam-se. Ele não estava no clima. Ele viu os números digitais
trocando, até atingir o seu piso. O sino soou, e ele entrou, apertou o botão
que ele precisava, esperando novamente. O elevador se abriu e ele saiu.
Blair ficou na frente da porta de Dakota, com medo de bater. Ele estava
aterrorizado que o homem iria mandá-lo embora com palavras duras e talvez
alguns socos bons para dar sorte.
Blair merecia-os pela forma como agiu. Era exatamente o que seu pai
disse que ele era. Uma prostituta sem valor. O elevador retrocedeu e risos da
sala ao lado trouxeram sua mente de volta ao presente. Por que ele não podia
ter tido uma vida normal?
Finalmente, cansado e sujo, ele bateu na porta.

Kota passeou por seu quarto de hotel, rezando para que seu companheiro
voltasse para ele. Como ele poderia tê-lo perdido assim? Ele deveria ter
deixado Blair lidar com isso. Em vez disso, ele agiu apenas como o
A Matilha de Brac 03

esquentadinho que ele era. Só por causa disso ele podia ter perdido seu
companheiro. Não. A possibilidade era impensável.
Kota uivou, pensando sobre o que seu companheiro estava fazendo
agora, com quem ele estava. Alguém estava sujando-o, usando-o. Ele deu um
soco na parede e uivou novamente. As rachaduras rasgaram ao redor do
buraco enorme que ele fez. Isso não podia estar acontecendo. Ele queria
encontrar esse cara e rasgar sua garganta. As imagens agrediam seu cérebro.
Seu companheiro de joelhos na frente de um estranho. Seu companheiro de
quatro sendo fodido por um estranho.
Pare, pare, pare.
Ele fechou os olhos, querendo arrancá-los.
Como as coisas tinham dado tão errado? Seu companheiro estava
sorrindo ao seu redor, relaxando a guarda, e Kota tinha que ir e perder o seu
temperamento. O pensamento daquele cara, Tony, colocando os lábios em
qualquer lugar perto de Blair o enviou de volta em uma nuvem de raiva. Ele
trouxe a luz exatamente o que Blair tinha de fazer para sobreviver. Saber isso
era uma coisa. Ver isso o fez querer matar todos que já haviam aproveitado
da situação de seu companheiro.
Kota parou de andar, inclinando a cabeça. Ele ouviu o sussurrar em sua
porta, uma inspiração fraca, em seguida um suspiro. Seu coração acelerou
com o pensamento de ser seu companheiro. Se fosse, ele não podia perder
seu temperamento. Ele precisava se controlar. Ele se aproximou da porta,
escutando.
Um sussurro de uma batida ecoou. Isso era tudo que precisava. Kota
agarrou a maçaneta e abriu a porta. Ele resmungou quando viu o esfarrapado
estado em que Blair estava. Seu companheiro deu um passo para trás,
prendendo seu cabelo atrás da orelha e abaixando a cabeça. Ele não fez um
som.
— Você está machucado? — Ele perguntou baixinho.
Controle. Controle. Controle. Isso seria o seu novo mantra.
Blair deu de ombros, mas permaneceu imóvel.
Kota estendeu a mão, esperando seu companheiro segurá-la. A mão de
A Matilha de Brac 03

Blair veio, mas depois caiu de volta ao seu lado, com as mãos em punho.
Respirando fundo, ele colocou seus dedos na palma de Kota.
Ele levou Blair para o quarto, fechando a porta. Andando para trás de
Blair, Kota removeu o casaco agora em ruínas.
Kota inalou o perfume almiscarado de seu companheiro, deixando-o fluir
através de suas narinas e em seus pulmões. Ele queria respirar Blair. Ele
colocou o casaco para baixo, dobrando-se em um joelho. Kota tirou o sapato e
o tirou, fazendo o mesmo com seu companheiro. De pé, ele levou Blair ao
banheiro e sentou-o no assento do vaso sanitário fechado.
— Tire sua camisa para que eu possa ver quais os danos que você tem.
As mãos de Blair tremiam tanto que ele não conseguia passar a camisa
por sua cabeça. Kota ajudou-o a puxar o resto do caminho, jogando-a ao
chão. Ele passou a mão nas costas de Blair em seguida em seu peito.
Admirando e examinando.
— Tire as suas calças.
Blair ficou de pé, abriu-a, e depois a deslizou para baixo e a tirou,
jogando-a no chão. Ele sentou-se, sem levantar a cabeça uma única vez. Kota
preparou-lhe um banho quente, adicionando sal Epsom 3. Ele gentilmente
levantou Blair pela cintura, ajudando-o a entrar na banheira. Kota se ajoelhou
ao lado da banheira enquanto dava banho em seu companheiro. Ele segurou-o
pelo pescoço e mergulhou-o na água para molhar seu cabelo. As pontas se
espalharam, flutuando na água. Ele lavou e enxaguou os fios de seda. Kota
ajudou Blair a levantar-se, em seguida, envolveu-o em uma toalha aquecida.
A segunda toalha foi enrolada em seu cabelo.
Kota o pegou, levando-o para a cama e rastejando atrás dele. Ele
estendeu as cobertas e puxou Blair para perto. Kota beijou sua testa e
desligou a luz.

3 - Sal Epsom = sulfato de magnésio. É utilizado em sais de banho , particularmente em terapias de flutuação em altas concentrações eleva a
gravidade específica da água do banho, efetivamente tornando o corpo mais dinâmico. Tradicionalmente, ele também é usado para preparar
banhos nos pé, destina-se a aliviar os pés doloridos. O sulfato de magnésio pode também ser absorvido pela pele, reduzindo a inflamação.
Também por vezes é encontrado em água mineral engarrafada e, consequentemente, às vezes é listado em seu conteúdo.
A Matilha de Brac 03

Blair estava aconchegado nos braços de Dakota. Ele havia estado


acordado por um tempo agora, mas não podia mover-se. Braços fortes
estavam envolvidos em torno dele, segurando-o em conchinha e mantendo-o
seguro. Blair se aconchegou mais em seu guerreiro. Seu? Uau, desde quando
ele começou a pensar que o cara era seu? Em poucos dias esse cara iria
deixá-lo para trás, e Blair iria voltar para uma vida que não tinha nenhum
recurso, em primeiro lugar. O peito apertou com o pensamento de Dakota
deixando-o. Ele não queria mais estar sozinho. Blair envolveu as mãos em
volta dos braços musculosos, correndo os dedos para cima e para baixo,
decorando os mergulhos e as curvas dos tendões.

— Bom dia, Raio de Sol. — Dakota beijou sua nuca, puxando Blair
apertado em seus braços. Ele fechou os olhos para a ternura, não querendo
deixá-lo ir. — Fome? — Uma mão forte esfregou seu ombro enquanto seu
pescoço era beijado uma vez mais.
Blair sacudiu a cabeça. Se ele dissesse que sim, eles teriam que se
levantar. Ele queria mais tempo. Ele queria para sempre. A vida fez dele um
realista, e ele não era tolo para desejar coisas que não poderia ter, não
merecia. Mais alguns minutos seriam bons.
—Eu fui molestado quando era um menino. — Oh, meu Deus. Será que
ele realmente disse isso em voz alta? O que diabos havia de errado com ele?
Por que ele estava tão relaxado com Dakota que estava pronto para lhe contar
a história de sua vida inteira? Pessoas não queriam confissões. Eles queriam
um bom tempo. Em seguida, ele diria eu te ligo. Blair bateu-se mentalmente.
Ele tinha acabado de desarrumar uma sessão perfeita de abraço bom.
A Matilha de Brac 03

Dakota se mexeu, puxando Blair apertado em seus braços. — Você está


seguro Raio de Sol. — Ele beijou o cabelo de Blair, gentilmente balançando-o.
Blair respirou fundo para endurecer seus nervos como aço e contou para
Dakota todos os detalhes sórdidos.
Seu guerreiro ficou ali só escutando, acariciando-o. Contou-lhe que seu
pai esgueirava-se em seu quarto e impunha-se em um Blair muito mais
jovem. Falou de todos os anos que tinha passado. Como seu pai chamava-o
de prostituta suja ou lhe pedia para mostre para o papai o quão bom seu
filhinho era. Ele reviveu o momento quando seu pai disse que ele era velho
demais agora e o chutou para fora, nas ruas.
— Eu tenho um irmão mais novo. Eu tentei dizer para alguém. Eu tentei
tirá-lo. Ninguém me ouviu. Ninguém se importou. Ele tem dezessete anos. Eu
não sei o que fazer. Eu estive aqui por três meses. — Blair enxugou os olhos
com a palma das suas mãos. — Eu o mantive seguro, mantive a atenção de
meu pai em mim, assim, ele deixaria Oliver só. Eu não sei o que aconteceu
desde que eu saí de lá. — Blair sentia como se uma parte dele estivesse
limpa. Mesmo que nada viesse de sua confissão, um peso foi tirado.
— Você confia em mim, Blair?

— Mais do que ninguém. Por quê?


Dakota virou-o, olhando nos olhos de Blair. — Há algo que você precisa
saber. Eu estive lutando com a forma de dizer e temia que fosse enlouquecer.
Mas desde que me honrou com sua confiança, sinto que lhe devo o mesmo.
Blair procurou seu rosto, tentando adivinhar o que poderia ser. Ele era
casado? Procurado pelo FBI? Ele tinha uma casa cheia de crianças gritando e
correndo? O quê?
— Por favor. Diga-me. Eu vou tentar não enlouquecer.
Blair engasgou quando os olhos de Dakota ficaram vermelho carmesim,
como o diabo. — Quem é você? Você vai me machucar?
A Matilha de Brac 03

Capítulo Quatro

— Nunca. Eu nunca iria machucá-lo. Eu sou um Lobo Madeira de


trezentos e sessenta e seis anos de idade. E você é meu companheiro.
Blair saiu da cama, batendo as costas na parede. Cortou o coração de
Kota ver esse medo em seu companheiro.
— Fique longe de mim. N-não chegue perto de mim.
Kota levantou da cama, perseguindo Blair. O choque nos olhos de seu
companheiro lhe doía, mas agora que o pequeno sabia, ele não poderia ir
embora.
Blair patinou ao longo da parede tentando chegar até a porta. Kota
colocou as mãos em cada lado da cabeça de Blair, prendendo-o. — Você é
meu companheiro. Eu esperei mais de três séculos para encontrá-lo. Eu não
vou permitir que você me abandone.
Blair estava tremendo, em espasmos. Seu companheiro estava
choramingando e encolhido. Isso era inaceitável. Kota puxou o corpo nu de
Blair em seus braços. — Você não se sente seguro comigo? Você não sente o
impulso de estar perto de mim? Um manto de tristeza que cobre com a ideia
de nos separar?
Blair assentiu, com a cabeça no peito de Kota.
— Isso é porque o destino te escolheu para mim. Para me amar e eu para
amar você. Sua felicidade e saúde vêm antes da minha. Não tenha medo de
mim, Raio de Sol. Eu nunca vou te machucar.
— Você é um... um lobo?
— Sim, meu amor. Eu sou. — Kota o segurou e o levou para a cama. Ele
deitou seu companheiro e rastejou por cima dele, olhando para o homem com
quem ele iria passar os próximos seis séculos. — Agora que você sabe, você
ainda confia em mim?
Kota prendeu a respiração. Se seu companheiro não confiasse nele, não
A Matilha de Brac 03

aceitaria seu lobo, então como ele iria convencê-lo de se relacionar com ele?
Convencê-lo a voltar para casa com segurança e amor?
Blair assentiu.
— Ótimo. Há uma coisa entre o meu tipo chamado de reivindicação. Isso
acontece quando um lobo encontra o seu companheiro. Eu não fiz isso com
você, porque você não está pronto. Quando você estiver, eu vou saber. —
Kota inclinou-se, beijando os lábios pelos quais morreria alegremente só para
experimentar. Todos os seus sentidos tornaram-se vivos naquele momento do
contato.
Blair interrompeu o beijo. — O que você precisa fazer nesta
reivindicação?
— Quando você estiver pronto, vou fazer amor com você. Eu vou
perguntar se você me aceita. — Kota mordiscou mais abaixo no pescoço. —
Se você disser sim, eu vou morder seu ombro. — Ele mordiscou
delicadamente para mostrar ao seu companheiro o que ele quis dizer. —Ligará
as nossas almas e corações para a eternidade. Se você me disser que você
me aceita e usar o meu nome a qualquer momento, a ligação começa. Então,
pense cuidadosamente antes de deixar essas palavras saírem de seus lábios.
Uma vez iniciado o processo não pode ser interrompido, ou revertido, Raio de
Sol.
—Será que você vai me machucar? Mesmo se eu fizer você realmente
zangado?
— Nunca. Um lobo espera muito tempo para encontrar seu companheiro.
Alguns nunca encontram. Você será valorizado e amado. Mas não tome isso
como um sinal de fraqueza. Eu não terei você tentando me atropelar. Eu não
posso e não vou tolerar isso.
Blair segurou o rosto dele e o puxou para baixo, roubando outro beijo
aquecido. Ele olhou nos olhos de Kota, como se procurasse alguma coisa. Seu
companheiro tinha olhos muito hipnotizantes. Blair deu um ligeiro aceno e
sorriu. Aquelas covinhas se aprofundaram em seu rosto escultural. Angélico.
— Eu não fiz, Dakota. — Blair o beijou novamente.
— Não fez o quê, benzinho? — Kota perguntou enquanto lambia e
A Matilha de Brac 03

beijava a mandíbula e o pescoço de Blair. Seu companheiro tinha a pele lisa,


ela tentava-o a jogar fora sua paciência e reivindicar o que era seu e danem-
se as consequências. Levantando-se para fugir da tentação, Kota o olharia
para sempre.
— Não fiz nada com aquele cara. Eu não podia. Tudo o que eu pensava
era em você. Ele não me deixou sair. Eu tive que saltar para fora do carro
pela janela. Foi assim que eu estraguei o casaco novo que você comprou para
mim. Sinto muito. — Kota se inclinou e beijou seu companheiro mais uma vez
enrolado no seu pescoço. Ele poderia se acostumar com isso rápido.
— Obrigado. — Kota correu os dedos através de seda preta macia. Seu
companheiro não fez isso, não foi maculado. Ele não se importava com nada
que ele fizera antes de encontrá-lo. Blair fez o que tinha de fazer para
sobreviver. Ele só se preocupava com o que acontecesse agora. O pensamento
de...
— Eu quero ser seu companheiro, Dakota.
— Hã? — Não. — O que você fez, pequeno? Você não está pronto. — Kota
queria esperar, não queria que Blair se sentisse comprado. Ele odiou ter
pagado para ele e ter seu companheiro sentindo-se degradado. Essa havia
sido a única maneira de fazê-lo ficar. Kota teria dado todo seu dinheiro para
Blair. Cara, ele só ficava pulando de uma bagunça para outra.
Seu plano era para persuadir seu companheiro a aceitar uma vida com
ele, levá-lo para casa para se acostumar com a ideia de como era o
acasalamento para os seus. Não reclamá-lo em um quarto de hotel sob a ideia
de que estava sendo pago por seu tempo e corpo. Kota sabia que era tarde
demais. A reivindicação havia começado, e qualquer ideia de prepará-lo
escorregou de sua mão quando o seu companheiro proferiu aquelas palavras.
— Só posso dizer que estou pronto. Eu estou pronto. — O sorriso de Blair
se estendeu por todo seu rosto. Se Dakota falasse a verdade, ele teria que
mantê-lo.
— Eu vou ter um tempo dos infernos mantendo-o longe de problemas,
não é? — Kota riu quando seu companheiro deu um aceno travesso. — Tudo
bem. Deixe a reivindicação começar.
A Matilha de Brac 03

Kota despiu-se, vendo seu companheiro lamber os lábios.


— Meu companheiro está contente? —Kota espalmou as mãos para
indicar o seu corpo.
— Será que um urso caga na floresta? Claro que sim. Cara, você é um
deus.
Kota riu enquanto engatinhava de volta na cama. Ele puxou Blair sob ele,
deixando seus olhos vagarem pela forma nua do homem menor.
— Você é o deus. Você é o companheiro, meu bonito. — Kota abaixou e
capturou seus lábios, mordendo e lambendo o doce sabor. Blair envolveu as
pernas em volta da cintura de Kota, passando suas mãos pelos cabelos. — Eu
quero que você se lembre de algo, amor. — Kota beijou e lambeu o pescoço
do homem lindo.
— Qualquer coisa, Dakota. — Blair lamentou.
— Tudo o que fizermos juntos, entre dois companheiros. Não é vergonha
nenhuma. — Kota chupou sua pele até chegar a um pequeno mamilo rosa. Ele
rodou e sugou, elevando-o para um pico. Sua língua arrastou para chegar ao
outro, sugando a carne em sua boca.
— Eu vou tentar. Eu prometo. Porra, você é um mordedor. — Blair
empurrou seu peito contra a boca de Kota, querendo a dor.
— Você se importa? — Kota mordiscou a pele debaixo do braço, lambendo
a marca.

— Claro que não. Me devore meu lobo mau.


Kota riu quando ele fez exatamente isso. Ele beliscou seu caminho para
baixo do lado de Blair, deixando uma trilha para trás. Kota desceu para o
pequeno quadril de Blair, sugando uma marca nele. Ele arrastou a língua
A Matilha de Brac 03

através do abdômen de seu companheiro dando ao outro lado uma mordida,


criando uma marca correspondente sobre ele também.
Kota rodeou o pênis de Blair, beliscando a sua maneira para baixo no
eixo. Era um pênis lindo, grosso e longo. Ele era definitivamente bem-dotado.
Kota pegou o pênis, beliscando o caminho de volta até a cabeça.
Kota abriu o pequeno olho em cima, lambendo todo o pré-sêmen
escorrendo. Tomou-o, sugando em um movimento rápido e duros. Blair
agarrou seus cabelos, puxando-o asperamente enquanto ele agarrava seus
quadris, empurrando seu pau ainda mais para baixo na boca de Kota. —
Chupe, Dakota.
Kota segurou o saco dele, rolando-o por sua mão. Seu companheiro
parecia gostar de um pouco de dor, Kota iria dar-lhe isso. Correndo o dedo ao
lado do grande pênis, ele molhou o dedo, e penetrou rápida e profundamente
em seu ânus.
—Sim! Mais. Faça isso de novo.
Kota tirou o dedo todo o caminho, colocando dois dessa vez.
Blair estava ficando selvagem. Ele empurrou seu traseiro com força na
mão de Kota, implorando-lhe para fazê-lo doer. Kota abriu os dedos em um
movimento de tesoura, estirando-o duro e rápido.
Kota tirou a boca do pênis de seu companheiro, empurrando as pernas
em seu peito. Ele rodeou a entrada de Blair mais uma vez com seus dedos e
então colocou três dedos, porra, os músculos de sua entrada o apertou forte.
Kota massageou dentro e fora, rapidamente. Blair estava gemendo e
balançando a cabeça para trás e para frente, puxando o cabelo de Kota em
suas mãos.
— Eu vou te foder agora, Blair. Você está pronto?
Blair assentiu, ainda empalando-se nos dedos de Kota. Blair choramingou
quando Kota os tirou, buscando o lubrificante que ele escondeu na gaveta do
lado. Um pouco de esperança nunca tinha magoado.
Kota esguichou o gel na entrada de Blair, mas não lubrificou seu pênis. Se
seu companheiro gostava de dor, ele seria mimado. O destino sempre
combinava o par certo.
A Matilha de Brac 03

Kota deu um tapa nas suas nádegas. — Fique quieto. Não se mexa até eu
bater em você. — Seu companheiro começou a tremer com a antecipação.
Seu olhar dizia que estava quase gozando, Blair estava no seu elemento,
saboreando o que Kota estava oferecendo.
Kota alinhou seu pau para cima e colidiu com ele. Blair gritou seu nome.
Os caninos de Kota estenderam com o sexo áspero. Ele inclinou a cabeça para
trás, o permitindo ver totalmente seus dentes.
— Eles são lindos. Morda-me, Dakota. — Blair estava puxando Dakota por
seu cabelo, tentando seu melhor para levar os caninos afiados para perto.
Kota inclinou-se, correndo as dentes ao longo dos mamilos, beliscando-
os. Ele quebrou a pele em seu pedido, em seguida, rodou a língua sobre as
feridas, fechando-as. Em seguida, ele beliscou e quebrou a pele em ambos os
braços, lambendo as gotas minúsculas de sangue carmesim que chegaram até
a superfície, em seguida, selou-as bem. Blair assistiu em fascinação.
— Será que sempre se fecham quando você as lambe?
— Sim, eu tenho compostos curativos na minha saliva. — Disse Kota
mordendo novamente, em seguida, selou a ferida enquanto seus quadris se
dirigiram ao traseiro de Blair.
— Não. Deixe sangrar por um momento, por favor.
Kota olhou nos olhos de Blair, sentindo a onda erótica lavar seu
companheiro. Embora eles não fossem acasalados seu companheiro era fácil
de ler no momento.
Kota podia sentir como o derramamento de sangue fez Blair sentir-se
mais perto dele. Dando um ligeiro aceno, Kota mordeu sua pele bem acima do
mamilo, permitindo que o sangue jorrasse. Uma pequena quantidade correu
para o lado do peito de Blair. Ele não selou a ferida, e ao invés disso, ele
repetiu no outro lado. Kota permitiu somente duas mordidas abertas ao
mesmo tempo, não querendo prejudicar a vida de Blair.
Era necessário um profundo vínculo de confiança para uma pessoa
permitir tanto controle à outra sobre seu corpo. Ele repetiu a mordida e
eventual vedação em todo o tronco de seu companheiro. O pênis de Blair
pulsava muito duro em seu abdômen inferior.
A Matilha de Brac 03

Kota selou as duas últimas feridas que estavam escorrendo pelo peito,
lambendo o vinho vermelho.
Inclinado para trás, Kota agarrou os tornozelos Blair e puxou as pernas
afastadas, ele bateu o seu pênis duro dentro da entrada enrugada e apertada,
ganhando um gemido de seu companheiro. — É doloroso o suficiente?
— Sim! — Blair sussurrou, empurrando as mãos na parede acima de sua
cabeça.
— Você me aceita como seu companheiro, Blair? — Kota empurrou mais
forte, fazendo-o subir mais para cima da cama.
— Sim, Dakota. Sim.
Kota lançou seus calcanhares e caiu para frente, impressionado. Seus
caninos morderam a carne macia entre o pescoço e o ombro. Blair gritou, e
seu sêmen explodiu, atingindo a barriga, peito e até debaixo de seu queixo.
Ele colocou as pernas de volta ao redor da cintura de Kota e empurrou sua
cabeça mais forte em seu pescoço.
Kota sugou profundamente na ferida, provando o excelente vinho que
descia por sua garganta. Ele podia sentir os laços de sua alma sair e se
envolver em torno de Blair, vinculando-os. As duas batidas separadas se
sincronizaram como uma. A reivindicação estava completa.
Kota levantou a cabeça para fechar a ferida, mas Blair fechou as mãos
sobre a parte de trás da cabeça de Kota, mantendo-o no lugar. Ele sabia que
tinha de deixar ir, ou ele tomaria muito. O derramamento de sangue já tinha
ocorrido. Muito mais e seu companheiro estaria em perigo.
— Ainda não, é tão bom.
Kota forçou sua cabeça para cima, e fechou a ferida explodindo seu
sêmen no ânus de seu companheiro. Ele uivou em seu orgasmo, socando o
ânus de Blair tão duro que ele derrubou até a cabeceira da cama e quase
atravessou a parede. A cama gemeu em protesto com a combinação do peso
de Kota e do jogo brutal. Blair gritou e gozou de novo, empurrando com força
no eixo de aço de Kota.
Kota diminuiu para um ritmo de balanço, o ar queimava em seus pulmões
e as pernas tremiam. Ele puxou Blair nos braços, segurando-o firmemente.
A Matilha de Brac 03

— Eu machuquei você? — Ele beijou a ferida no pescoço de seu


companheiro.
— Não. — Blair ofegou. — Foi perfeito. Eu não vou ser capaz de me
sentar durante um tempo, e meu corpo está todo marcado, mas foi perfeito.
— Blair choveu beijos no rosto de Kota.
Kota puxou-o em seu peito quando ele se levantou, levando-o ao
banheiro. Ele regulou o chuveiro e entrou no box, lavando Blair da cabeça aos
pés. Depois de concluído, o seu companheiro saiu enquanto Kota terminava
seu banho.
Kota saiu do chuveiro. Ele assistiu pelo canto dos olhos como Blair
analisava os ferimentos de mordida no espelho, seu rosto contorcido de
concentração.
— Você está pensando demais, eu posso até sentir o cheiro,
companheiro. —Kota riu enquanto caminhava pelo quarto.
— Será que você consegue?
— Não, mas posso sentir o que você está sentindo, se você estiver perto
o suficiente. E você está sentindo vergonha. Por quê? — Kota puxou um par
de jeans, deixando o botão de cima desfeito.
Blair deu de ombros na questão de Kota. Ele pôs o cabelo atrás da orelha
e baixou os olhos.
— Blair, o que supostamente você não deve fazer? — Kota lhe deu uma
bronca gentil.
Blair imediatamente levantou os olhos. — Eu só estava me perguntando o
que você pensou sobre mim, sobre meu gosto de sentir dor.
— Se você não notou, eu estava gostando de dar para você. Nós somos
um par perfeito, Raio de Sol. Eu acho que é sexy como o inferno. E você está
lindo vestindo minhas marcas. — Dakota beijou a marca da mordida em seu
pescoço. — Agora, precisamos comprar algumas roupas para você. Você terá
que vestir as outras novamente. Descer nu não é uma opção. Eu teria que
rasgar um monte de olhos.
Blair riu.
A Matilha de Brac 03

— Melhor. Você tem um sorriso lindo que eu quero ver um monte de


vezes. — Kota de um tapa na bunda seu companheiro, então acabou de se
vestir.

Capítulo Cinco

Blair tem um namorado, Blair tem um namorado. Ele se sentiu tonto por
dentro. Este pedaço de homem era seu.
Eles foram para o andar de baixo na loja de roupas, Dakota insistiu em
comprar tudo de que precisava para agora. Seu companheiro ainda jogou
outro casaco em cima do balcão. Blair teve a chance de ver a etiqueta de
preço neste momento. Ele queria matar aquele cara para fazê-lo arruinar o
seu primeiro casaco. Caramba aquilo não era barato. Blair se lembrou de seu
dinheiro, no outro, sentindo-se desconfortável em deixá-lo no quarto de hotel
desprotegido.
Blair ficou olhando a mulher atrás da registradora olhando para seu
companheiro. Ela flertou e riu, tentando seu melhor para chamar a atenção
dele. Puta. Não iria ter uma briga de gatos aqui, porque ninguém mexia com
seu lobo.
— Desculpe-me. Poderia, por favor parar de flertar com o meu marido
na minha frente? É muito rude e desrespeitoso. — Blair balançou seu cabelo
para o efeito cadela ciumenta.
— Eu não vejo nenhum anel. — Ela disparou punhais contra ele. Assim, a
caçadora colocou suas garras para fora? Blair tinha um conjunto próprio de
garras. E eram afiadas.
— Oh, querida, nós temos anéis. Eles são chamados de anéis penianos,
A Matilha de Brac 03

algo que você não vai ter a chance de ver. — Estendendo a mão, puxou
Dakota sobre ele, e enfiou a língua em sua boca profundamente ali mesmo na
loja.
Dakota puxou Blair contra seu corpo, aprofundando o beijo. Seria melhor
ele ir junto com este, se quisesse um pouco mais de seu traseiro.
Quebrando o beijo, Dakota entregou seu cartão de crédito, sem nunca
desviar o olhar para longe de Blair. Ah, ele era bom.
Eles saíram da loja com uma puta irritada atrás da registradora, enquanto
caminhavam para os elevadores.
— Obrigado. — Dakota beijou-lhe os lábios.
— Nenhum problema. Esse pênis pertence a mim e o resto anexado a
ele. — Blair riu quando o ding do elevador soou.
Blair se trocou, vestindo uma roupa limpa. Ele enfiou a mão no casaco
branco esfarrapado e tirou a carteira, entregando-a Dakota.
— Por que você está devolvendo isso Raio de Sol? — Dakota parecia
intrigado
— Porque isso me faria sentir melhor, me faz sentir que o meu tempo
com você, não foi comprado. Eu não quero me sentir como uma prostituta
com você. —Blair empurrou-a para Dakota, mas seu companheiro se recusou
a pegá-la. Blair atirou-a sobre a mesa redonda ao lado deles, com um baque
pesado.
— Eu não quero ouvir essa palavra ou qualquer outra degradação
relacionada a você, mesmo que seja você dizendo. — Dakota rosnou. — Você
mereceu isso, me ajudando na minha investigação. É seu.
— Por favor, Dakota. Eu não quero isso. — Blair pediu baixinho. Estaria
ele louco? Isso eram dois mil jogados fora. Não. Dar o dinheiro de volta, faria
o seu tempo com Dakota parecer que eles eram realmente um casal, não uma
transação paga. Ele pegou na gaveta do criado mudo as duas notas de cem
dólares, colocando-as em cima da carteira.
Dakota puxou Blair em seus braços, segurando seu rosto — Se é isso que
você realmente quer. Mas eu não penso nada menos de você por conservá-lo.
Só para você saber.
A Matilha de Brac 03

Blair colocou os braços em volta do pescoço e segurou-o, finalmente sem


um sentimento de pena.

— Se eu estou indo para casa com você, eu preciso parar no meu


apartamento para pegar algumas coisas. Você tem certeza que está tudo bem
para eu morar com você?
Kota tinha chamado o Alfa Maverick, dizendo-lhe da sua tentativa
frustrada. Ele nunca falhara em três séculos, e isso o irritava. Se ele não o
conhecesse, ele poderia pensar que Maverick o enviara em uma missão
simulada. Por quê? Por que ele iria mandá-lo a distância de quatro estados
para encontrar uma pessoa que não existia?
— Tudo bem, Blair. Nós podemos ir lá agora. Nosso vôo sai em duas
horas. E, sim, está tudo bem para você viver comigo. Meu companheiro vai
aonde eu vou. Agora, junte as suas coisas para que possamos ir. — Kota
terminou de arrumar a mochila e fechou o zíper de sua mala de roupas. Ele
jogou sua bolsa de higiene dentro então olhou ao redor para se certificar de
que não esquecera nada.
Eles devolveram o cartão-chave do quarto e tomaram um táxi para o
apartamento de Blair. Kota ficou chocado, para dizer o mínimo quando entrou,
o local de seu companheiro estava limpo, mas vazio. Ele tinha um pequeno
colchão no chão em um canto e um pedaço de tecido semelhante a um
cobertor dobrado ordenadamente na parte superior. Havia duas caixas cheias
com o que pareciam ser itens de memórias e um pequeno rádio no chão,
perto da porta. Era isso.
— Não se importe com o lugar. Eu não venho aqui para limpar. — Blair
A Matilha de Brac 03

riu nervosamente.
Kota o beijou suavemente nos lábios, mordendo o inferior. — Pegue o que
você precisa, Raio de Sol. Temos que pegar o vôo. — Viu como Blair tirou as
coisas das duas caixas e as colocou em um saco plástico.

— Apenas algumas quinquilharias de casa. Eu estou pronto.


Eles devolveram as chaves ao senhorio, e entraram no táxi à espera.

— Pare de roer a sua unha. Vai ficar tudo bem. É apenas uma casa cheia
de lobos. — Kota riu, tentando aliviar o desconforto de seu companheiro. Eles
tinham desembarcado a algum tempo, e Kota tinha recuperado a picape da
garagem do estacionamento do aeroporto. Era bom ir para casa,
especialmente agora que ele tinha seu companheiro. Ele não diria a Blair, mas
ele estava nervoso também. Kota preocupou-se sobre como seu companheiro
se sentiria vivendo em uma casa barulhenta e caótica com um monte de
filhotes crescidos correndo soltos. Ele também se preocupava como os lobos
reagiriam ao seu companheiro. Ele sabia que eles não iriam desrespeitá-lo,
mas ele queria que Blair se sentisse em casa, confortável.
Eles pararam na calçada de cascalho. Kota disse a Blair para deixar suas
coisas. Ele pediria a alguém para levá-las para seu quarto. Ele levou seu
companheiro através de uma entrada lateral para que Blair não fosse
esmagado por seu bando. Depois haveria tempo para as apresentações, mas
agora ele queria ver Maverick.
Kota levou seu companheiro pelo corredor e bateu na porta do escritório.
A Matilha de Brac 03

— Pode entrar — Maverick gritou através da porta.


— Espere aqui por um instante, Raio de Sol. — Kota correu os dedos pelo
rosto de Blair. Blair assentiu. Kota poderia dizer que seu companheiro estava
uma pilha de nervos.
— Ei, Maverick. — Kota não foi mais longe do que dentro da porta. Ele
não queria deixar o seu companheiro fora sozinho.

— Ótimo. Um rosto bem-vindo. Venha, meu amigo. Sente-se. —Kota


sorriu para o seu amigo de longa data. Ele e Maverick se conheciam desde que
eram filhotes. Pensava no Alfa de 2,16mts mais como seu melhor amigo do
que qualquer outra coisa.
— Hum, eu tenho alguém para apresentá-lo. Tudo bem? — Kota abriu a
porta, acenando para Blair entrar.
— Claro, você sabe que sim. — Maverick ficou de pé, assistindo Kota.
Blair entrou, vindo direto para o seu lado. Seu companheiro caiu em seu
hábito de abaixar os olhos e aconchegar o cabelo atrás da orelha enquanto
torcia os dedos juntos. Kota viu um olhar de choque no rosto de Maverick por
uma fração de segundo antes que ele o mascarasse.
— Alfa, este é Blair, o meu companheiro. — Kota tocou nas costas baixas
de Blair, encorajando-o a ir para Maverick. Seu companheiro se aproximou.
Maverick estendeu a mão. — Prazer em conhecê-lo, Blair. Eu sou
Maverick.
Seu Raio de Sol apertou a mão de Maverick, então, rapidamente voltou
para ele. — Eu posso informá-lo sobre tudo em pouco tempo? Quero
apresentá-lo aos homens. — Kota sentiu Blair tremer ligeiramente. Ele pegou
sua mão e cruzou seus dedos.
— É claro, Kota. Leve o tempo que precisar.
Kota levou-o ao covil. Desde a chegada de Cecil, todos descansavam
aqui. Eles pararam de chamar o local de a sala do Alfa e rebatizaram de "O
Covil", a sala que via mais ação.
Havia uma televisão enorme de tela plana pendurada na parede à
esquerda, com dois sofás de camurça marrom que estavam em formação de L
A Matilha de Brac 03

e um sistema de som surround que ficava sob a televisão, com uma mesa de
pôquer situada atrás deles. Cecil tinha adicionado o seu toque com um Xbox
360 com todos os acessórios e jogos imagináveis. Havia uma mesa de bilhar e
um bar montado em um carrinho de vidro à direita da sala com um alvo de
dardos na parede mais distante. Sentia-se como se estivesse em uma
taberna, só que mais confortável.
— Bem, veja o que o gato arrastou para dentro. — Ótimo. Apenas quem
Kota precisava ver agora, Remi espalhafatoso. O cara tinha um comentário
sobre tudo. Ele era definitivamente sem rodeios, que era algo que Kota não
queria que seu companheiro lidasse agora.
— Oi pra você, também, Remington. — Kota inclinou a cabeça. — Este é
o meu companheiro, Blair. — Kota chegou por trás e colocou a mão sobre as
costas de seu companheiro, levando-o para frente.
— Blair, Ei, eu sou Remi. Prazer em conhecer.
Blair acenou. — Oi. — Enfiou seu cabelo atrás da orelha, olhando para o
chão. Kota sussurrou em seu ouvido: — Lembra-se do que falamos, Raio de
Sol?— Blair assentiu e levantou a cabeça, olhando todos nos olhos.
— Ei, bonitão. Eu sou Jasper.
Blair deu um passo para trás, dando a Kota um olhar nervoso.
— Ele é a rainha por aqui. Não se preocupe com ele, amor. — Dakota
falou baixinho com ele.
Blair assentiu e olhou para Jasper. — Oi Jasper.
— Eu vou dar-lhe a rainha. Morda-me, Kota. — Jasper pôs a língua de
fora.
Kota riu. Ele sabia que os lobos tinham audição excepcional. Ele não se
importava desde que seu companheiro fosse confortável. Todos os demais se
apresentaram. Blair gostou de imediato de Cecil e Johnny. Kota tinha que
realmente ser apresentado para Johnny. Ele tinha saído em sua missão
quando Hawk encontrou Johnny. — Onde está aquele grande bruto?
— Bem aqui, velho amigo. — Hawk bateu em suas costas enquanto
apertavam suas mãos.
— Parabéns pelo seu companheiro.
A Matilha de Brac 03

— Igual a você pelo que parece. Oi. Eu sou Hawk. — Hawk estendeu a
mão para Blair, que hesitante a tomou.
Hawk era um homem intimidador. Blair pensou que Kota era, mas Hawk
era assustador. Ele pôs o cabelo atrás da orelha e baixou os olhos. Ele sentiu
Kota tocar na parte de baixo de suas costas, e levantou a cabeça novamente.
— Cecil, Johnny, vocês podem mostrar a casa para Blair? Eu preciso falar
com Maverick. — Kota beijou seu companheiro, correndo o dedo ao longo de
sua mandíbula.

— Com certeza, Dakota. Sem problema. — Cecil estava conspirando com


Remi.
— Merda. — Kota beijou Blair novamente, em seguida, caminhou para o
escritório de Maverick.

Ele se esticou na cadeira de couro em frente à escrivaninha de mogno,


finalmente, tomando uma respiração profunda. Parte de sua mente se
preocupava com seu companheiro. Ele estava bem? Estaria ele com medo? Ele
sabia que estava em boas mãos com os dois pequenos companheiros, mas
ainda assim ele estava preocupado. Kota já sentia sua falta.
— Então, você quer me falar sobre essa caçada que você me enviou?
Maverick riu.
Então, o bastardo o enviou em uma falsa missão. Por quê? Kota sentou
mais a frente, chateado.
— Acabou adivinhando, hein? — Maverick se sentou, adivinhando os
A Matilha de Brac 03

pensamentos de Kota.
— Posso perguntar por que fui enviado em uma falsa missão?
— Ainda estou tentando descobrir. Tudo o que eu sei é que eu tive um
sonho que você precisava ir lá. E antes que você pergunte, eu comecei a tê-
los depois de ter acasalado com Cecil, e eu não tenho a menor ideia por que.
— Maverick se levantou e andou até a janela, apertando as mãos atrás das
costas enquanto ele olhava para o jardim.
— Eu tive um sonho que me mostrou você procurando alguém. Eu vi o
seu companheiro, embora eu não soubesse quem ele era na época. Eu soube
que o sonho era real agora, quando eu conheci Blair. Foi a coisa mais
estranha, Kota. Eu vi os sinais de saída da cidade me dizendo que você estava
lá, o hotel onde se hospedaram, e até mesmo os lugares que você estava
procurando. De alguma forma, o sonho transmitiu-me para não dizer e
apenas encontrar uma maneira de fazer você chegar lá. Eu sou seu amigo,
desculpe-me velho. Eu nunca quis te enganar. — Maverick ainda estava
olhando para fora da janela, como se a resposta estivesse lá fora. Ele tinha
um olhar distante.
Como Kota poderia ficar bravo? Ele havia encontrado seu companheiro
nessa missão fantasma. Ele só queria que Maverick tivesse dito a ele sobre o
sonho. Procurar em todos os buracos o havia frustrado a merda. O fez pensar
que estava perdendo seu toque. Um pensamento lhe ocorreu. Ele não sabia se
ele queria saber a resposta ainda.
— O que mais este sonho lhe mostrou? — Será que ele mostrou-lhe como
Blair ganhou a vida? Ele não estava envergonhado de seu companheiro, mas
ele não queria que seu companheiro se tornasse autoconsciente de que os
outros sabiam. O cara já tinha um caminho acidentado pela frente com seus
problemas de autoestima no topo da sua lista.
— Mais alguma coisa me foi mostrada, mas não é da conta de ninguém
além de você e de seu companheiro.
Bem, o inferno. Isso respondeu a sua pergunta agora, não é? Ele queria
perguntar a Maverick outra razão que o preocupou em sua chegada à casa. —
Ele tem um irmão. Eu sinto que é melhor trazê-lo para cá... onde é mais
A Matilha de Brac 03

seguro para ele. Eu não posso te dizer por que, sem quebrar a confiança de
Blair, o que eu não estou disposto a fazer. Você pode ajudar?
Maverick se afastou da janela, um sorriso curvava seus lábios.
— Sobre isso...
— Deixe-me adivinhar. Você teve um sonho?
Maverick deu-lhe um sorriso cheio desta vez. Bastardo convencido.
— Faça o que você precisar. Leve dois Sentinelas com você. Você vai
precisar deles. Micah e Storm para ser exato. — Kota deu um aceno de cabeça
para Maverick quando uma batida soou na porta.
— Eu juro que eu vou instalar uma porta giratória. —Maverick murmurou
e em seguida gritou: — Entre.

Hawk entrou e se sentou no sofá de couro. —Fico feliz em ver que você
encontrou seu companheiro, Kota. Maverick aqui me diz que ele sonhou.
Kota levantou uma sobrancelha em Maverick, chateado que ele havia
mentido para ele sobre o segredo.
Maverick levantou a mão, — Antes que você comece concluir tudo de
forma errada, Kota, eu só lhe disse sobre os sonhos, não o conteúdo do
mesmo. Não é da conta de ninguém o porquê eu te mandei. Assim como não
é da conta de ninguém a missão à sua frente e o futuro desse menino. Nem
mesmo seu. Basta trazê-lo aqui.
Uma batida soou, e Maverick revirou os olhos. Antes que ele pudesse
gritar para que eles entrassem, Cecil abriu a porta e levou Johnny até Hawk.
— Hawk, você precisa acalmar Johnny. Kota, vá buscar seu companheiro
na cozinha. Ele precisa de você.

Capítulo Seis
A Matilha de Brac 03

Kota correu para fora do escritório de Maverick e pelo corredor até a


cozinha. Blair estava sentado à mesa com as mãos fechadas em punhos, as
lágrimas escorrendo pelo rosto. Kota agarrou-o da cadeira e puxou-o em seus
braços.
— O que está errado, Raio de Sol? O que aconteceu?
— Se eu te perguntar uma coisa, você vai me dizer a verdade? — Blair
enxugou as lágrimas em seus olhos.
— Sempre. Eu nunca vou mentir para você. Agora me diga o que está
errado? — Kota tinha deixado seu companheiro com Cecil e Johnny. Dois seres
humanos inofensivos. O que poderia ter acontecido em meia hora, enquanto
ele estava com Maverick?
— Os dois garotos estão sendo obrigados a ficar aqui? Alguém está
machucando eles? — Blair parecia estar à beira das lágrimas novamente. O
que tinha dado essa ideia ao seu companheiro? Ele sabia para um fato que
Maverick adorava Cecil e Cecil adorava Maverick. Ele não sabia nada sobre
Hawk e Johnny, mas ele tinha certeza que o mesmo se aplicava a eles
também.
Sentou-se, puxando Blair para o seu colo. — Eles não são garotos. Eles
são homens crescidos, Sol, e posso lhe dizer agora que aqueles dois homens
são as pessoas mais seguras desta casa. Estes lobos, até o último deles, não
iriam tolerar qualquer um de vocês três se machucar, até mesmo por seu
próprio companheiro. Eles são felizes, querido. Eu juro. —Kota beijou Blair
enquanto passava os dedos pelos cabelos sedosos.
— Eu simplesmente não posso imaginar estar com aqueles dois homens
enormes. Eles são tão pequenos. Johnny parece tão inocente... Por favor, me
diga que está tudo bem. — Blair encolheu-se no colo de Kota, tirando fiapos
de sua camisa, que não estava lá.
— Eu juro, querido. Eles estão bem.
A Matilha de Brac 03

Dakota levou Blair ao seu quarto. Como prometido, as suas coisas


estavam colocadas dentro ao lado da porta. Ele deu uma olhada ao redor de
seu novo quarto. Era enorme, ao contrário do armário em que tinha vivido. A
cama estava centrada no meio do quarto, e era elevada do chão. Um lindo
edredom grosso, preto e bordô, estava estendido com o que parecia ser mil
travesseiros. O cara gostou de seu conforto.
Duas grandes janelas do chão ao teto adornavam os lados da cama, os
cortinados grossos estavam puxados para um lado. Havia uma porta à
esquerda. Deve ser o banheiro. Grossos tapetes de pelúcia estavam sob seus
pés. Ele queria tirar os sapatos e esmagar os dedos nele. Dakota tomou sua
bolsa e as colocou em um dos dois aparadores, e abriu um armário grande
para suas roupas.
— Eu posso fazer isso. — Blair puxou a roupa que Dakota tinha comprado
dele e pendurou-as no armário de carvalho. Este quarto era realmente belo,
majestoso. Blair percebeu duas cadeiras estofadas colocadas à direita,
convidando-o para chutar os pés para cima e aconchegar no seu conforto e
hospitalidade. Ele se aproximou e se afundou. Era o paraíso.
Dakota riu. — Confortável? — Ele se ajoelhou aos pés de Blair, puxando
as pernas para cima uma de cada vez e retirando o seu tênis. Seus pés
começaram a fazer cócegas enquanto seu companheiro massageava-os,
tirando as meias no processo. Blair sentou-se em reverência ao guerreiro
apocalíptico ajoelhado aos seus pés. Como tinha ficado tão afortunado em sua
vida infeliz? Ele estava com medo de ir dormir. Fechar os olhos poderia acabar
com essa alucinação, e Blair não estava pronto para desistir. Nunca.
— Vamos tentar a cama. É muito confortável também.
A Matilha de Brac 03

Blair corou, sabendo muito bem que Dakota tinha mais em mente do que
só saltar sobre o colchão. Bem, isso poderia ser parte dela. Blair deu uma
risadinha para si mesmo. Ele teve de levantar a perna para subir na porcaria.
Talvez ele pudesse ter uma escadinha para enfiar debaixo da cama. Foi um
pensamento.
— Não Raio de Sol, você tem que tentar isso nu. Confie em mim. A
experiência vale à pena. — Seu companheiro tinha um brilho diabólico em
seus olhos. Certo.
Com suas roupas dobradas no armário, ele voltou à cama de Dakota. Era
confortável como o inferno. — Oh, cara. Eu acho que eu nunca senti algo tão
incrível. — Blair, enrolou-se em torno da cama, apreciando a forma como o
colchão moldou-se ao seu corpo.
— Dakota, você pode tomar... mudar a forma ou alguma coisa? — Blair
sentou em seus joelhos, irradiando entusiasmo por ele.

— Sim. Eu tomo minha forma de lobo madeira.


— Posso ver?
Dakota deu um passo para trás, antes de tirar a roupa e rapidamente se
transformando em lobo.
— Puta merda! — Blair foi para trás. Ele não havia sido preparado para
uma criatura do tamanho de um pônei do caralho. Ele pensou que seria
parecido com um lobo cinzento, como os que ele tinha visto no zoológico.
Isso... essa criatura, era incrível.
Ele assistiu o lobo andar longe da cama, sentado sobre as patas traseiras
perto da porta.
Blair arrastou-se de volta para o pé da cama, assustado como o inferno.
— É você mesmo, Dakota? — O lobo acenou sua cabeça maciça. — Eu...Eu
estou assustado, mas eu quero tocar em você.
O lobo subiu lentamente, caminhando cuidadosamente de volta para ele,
abaixando a cabeça. Blair alcançou uma mão trêmula, correndo os dedos em
toda a pele macia. — Uau, sua pele parece com um casaco de visom. —
Hesitante ele deslizou da cama, ajoelhando no chão. O lobo estava a seus pés,
A Matilha de Brac 03

cheirando suas bolas. — Ei, pare com isso. Eu gosto de sexo doloroso e
estranho, mas os animais não estão na minha lista de coisas para tentar. — O
lobo as lambeu em seguida colocou a cabeça para baixo em suas patas. —
Bizarro, bastardo.
Ele passou as mãos pela espinha abaixo e sobre a cauda longa, o lobo
deitou imóvel o que lhe permitiu explorar. Blair esfregou a barriga, sentindo
que o pelo mais macio estava nessa área. Ele pegou uma das grandes patas
para cima, com peso em sua palma. — Eu odiaria ser batido por uma destas.
— Ele colocou a pata para baixo e se levantou. —Obrigado, Dakota, por
compartilhar isso comigo.
Seu companheiro reapareceu diante de seus olhos. Ele achava que nunca
iria se acostumar com isso. Uma hora ele estava deitado no tapete como um
lobo enorme. Na próxima ele estava apenas ali, nu. Como ele faz isso? Quem
se importa? Olhe o corpo digno de babar. Hum.
Blair caiu de joelhos, tendo a cabeça de seu pênis diretamente em sua
boca. Ele estava morrendo por um gosto de Dakota. O pré-sêmen salgado
espirrou em sua língua, tirando um gemido de Blair. Não havia nada melhor
que o gosto do homem. O cheiro almiscarado, corpo firme e forte, e o tom de
dominante de seu companheiro levou-o a tomá-lo mais profundamente. Blair
girou sua língua ao redor da cabeça, mergulhando a ponta na fenda e
puxando o mel.
Com sua mão livre segurou as bolas de Dakota, sentindo o peso e rolando
em torno dos dedos como bolas de stress chinês.
— Mais tarde. — Dakota puxou Blair para cima e jogou-o sobre a cama.
Dakota segurou seu rosto e beijou-o. — De joelhos, cachorrinho.
Blair concordou, voltando em direção à borda.
Blair gemeu e Dakota separou as bochechas de seu traseiro, lambendo
uma longa linha de suas bolas até sua entrada enrugada. Blair choramingou
quando Dakota beliscou sua nádega.
— Ah, foda-se. — Blair inclinou a outra nádega para Dakota morder
também. Quando Dakota obedeceu, Blair abaixou a cabeça para o cobertor e
balançou para frente e para trás. As sensações correndo através dele eram
A Matilha de Brac 03

como um fogo fora de controle, correndo e lambendo suas terminações


nervosas, engolfando-o no inferno.
Seu pênis pulsava enquanto o sangue corria para preenchê-lo. Estava
duro e pesado. Dakota selou as feridas, abrindo outras, marcando suas costas
e bunda. Ele mergulhou entre as coxas de Blair e perfurou a carne de ambos
os lados, perto de suas bolas.
— Vire, deite de costas e afaste as pernas.
Blair se esforçou para cumprir. Ele se sentiu mal, pois estavam deixando
o edredom vermelho, mas não ruim o suficiente para parar.
Dakota selou os ferimentos nas coxas e lambeu a veia pesada no pau de
Blair, mordendo sobre ela.
— Foda-me! — Gritou Blair quando cordas quentes de sêmen voavam
para fora, atingindo-o no peito e embaixo do queixo, sua cabeça virava de um
lado para outro quando ele puxou os joelhos para cima, pernas caindo para o
lado.
— É isso aí, bebê. Deixe ir. Sinta.
— Foda-me, Dakota. — Blair pediu ofegante. Sentiu os dedos lisos
penetrá-lo, sua mente uma confusão enevoada. Dakota jogou as pernas de
Blair sobre seus braços, em seguida, afundou em águas profundas. Blair teve
vontade de tagarelar. Ondas de erotismo corriam através dele, quando Dakota
começou a mordê-lo e em seguida lacrar as feridas. Seu corpo era o
playground de Dakota. Blair começou a implorar para seu lobo fazê-lo gozar.
Dakota moveu o quadril com força, batendo dentro de Blair. Blair gozou, e
Dakota se juntou a ele. Seu lobo caiu sobre Blair e cravou os dentes nele.
A Matilha de Brac 03

— Você acha que devemos ir ver se está tudo bem? Talvez ele não esteja
mais louco. — Johnny bebericava em seu refrigerante de laranja enquanto ele
e Cecil subiam as escadas.
Antes de Cecil pudesse detê-lo, Johnny abriu a porta do quarto e correu
para dentro.
— Eu sou, hum, eu estou...
— Cai fora! — Blair pegou uma camisa, mas já era tarde demais. Cecil e
Johnny tinham visto todas as marcas de Kota, cobrindo todo o tronco superior.
— Que porra é essa? — Cecil ignorou a explosão de Blair e entrou ainda
mais, vendo Blair colocar sua camisa, cobrindo as múltiplas marcas de
mordida. — Ele está te machucando, Blair?
— Companheiros não devem machucar um ao outro, Cecil. — Johnny
choramingou.
— Ele não está me machucando. Por favor, vá embora. — Blair entrou no
banheiro e bateu a porta.
— Vamos lá, amigo. Eu acho que Blair quer ficar sozinho. — Cecil tirou
Johnny do quarto, levando-o direto para o escritório de Maverick. Ele entrou
para ver Hawk e Kota conversando com seu companheiro.

— Maverick, eu posso falar com você em particular? — Cecil atirou em


Kota um olhar nervoso por estar na mesma sala com ele. O lobo era enorme.
Como ele poderia usar essa força contra o seu companheiro?
— Claro, querido. Se vocês vão me desculpar. Será apenas um momento.
— Maverick disse a todos, e Cecil segurou a mão de Johnny para mantê-lo lá.
Hawk virou a cabeça em Cecil, mas saiu com Kota.
— O que foi amor? — Maverick tomou o assento atrás de sua mesa e
Cecil andou com Johnny.
— Kota está machucando Blair! — Johnny gritou antes de Cecil poder
abordar o assunto com delicadeza.
— Calma, Johnny. Por que você diz isso?
— Porque nós entramos em seu quarto, e ele tinha um monte de
mordidas em todo seu corpo. Ele tentou cobri-las e gritou para a gente sair.
A Matilha de Brac 03

Ele se trancou no banheiro. Você tem que fazer alguma coisa, Maverick. —
Johnny estava torcendo as mãos e balançando de um pé para o outro.
Maverick olhou para seu companheiro. Cecil acenou em acordo.
— Ok, eu quero que vocês dois vão para a cozinha e façam alguma coisa
para comerem enquanto eu falo com Kota. Ok?
Eles concordaram em uníssono e saíram.
Kota e Hawk voltaram, tomando assento.
— Hawk, você se importaria de me dar um momento com Kota?
Hawk inclinou a cabeça e saiu em busca de seu companheiro.

— O que está acontecendo, Maverick? — Kota não gostou da sensação


que ele estava recebendo de todos. Algo estava acontecendo, e isso não era
bom. Blair tinha se assustado de novo? Ele não pensava assim. Os rapazes
teriam dito a ele. Kota inclinou-se no sofá, colocando os cotovelos sobre os
joelhos, esperando seu Alfa falar.
— Eu preciso de você para me responder honestamente, Kota. Você está
sendo duro com o seu companheiro? Machucando-o? — Maverick perguntou
com um olhar de fúria em seu rosto.
— Por que você me perguntaria algo assim? Você honestamente acha que
eu iria prejudicar o meu companheiro? — Kota não podia acreditar que estava
tendo essa conversa. Ele não conseguia entender por que Maverick, seu
melhor amigo, o acusava de algo parecido. Ele sabia que o Alfa mataria
qualquer um que abusasse do companheiro de qualquer guerreiro, mas não
era esse o caso.
A Matilha de Brac 03

— Ele tem ferimentos de mordida múltiplas cobrindo ele. Então, eu vou


perguntar de novo, você está prejudicando Blair?
— Não é da sua maldita conta o que se passa entre mim e meu
companheiro. — Kota ficou em pé, combinando sua posição com o Alfa, a
raiva em seu rosto.
— Não force a minha mão, Kota. Eu só estou olhando para o seu bem-
estar. Sente-se. Fale comigo. — Maverick e Kota sentaram-se, Kota
suspirando pesadamente.
— Ele tem uma coisa... para a dor. Mordidas em particular. É algo que
meu companheiro quer e deseja. — Kota estava amaldiçoando a si mesmo por
trair a confiança de Blair. Se seu companheiro soubesse que ele estava falando
sobres seus negócios íntimos, ele ficaria mortificado.
— Sério? Uh, tudo bem. Eu não estava esperando isso. — Maverick
esfregou sua nuca, olhando para Kota inquieto. — É seguro para ele?
— É seguro. Eu o monitoro. Eu sei o que estou fazendo. Gostaria muito
que você tivesse uma conversa com seu companheiro sobre manter isso
quieto. Não quero que Blair se sinta envergonhado. — Kota levantou-se,
virando-se para Maverick esperando por uma resposta. Maverick inclinou a
cabeça.
— Obrigado.
Kota encontrou Hawk em seu caminho para encontrar Blair.

— Kota, espere. — Kota virou, colocando a mão no corrimão e tomando


uma respiração profunda. Ele realmente não queria ter essa conversa.
— Hawk, isso pode esperar?
— Não. Johnny me disse o que aconteceu. Eu tive uma conversa com ele
sobre não falar a ninguém. — Kota não estava esperando isso do
Comandante. Ele olhou para ele com cautela.
— O que está acontecendo, porque a compreensão? Você não vai me
perguntar se eu estou machucando ele? Todo mundo parece pensar assim —
Kota pôs para fora.
— Quando meu companheiro me disse o que viu, eu soube. Eu sei que
A Matilha de Brac 03

você não está machucando. Só... cuidado. Isso pode sair de mão muito rápido
quando o sexo está envolvido. — Seu comandante falou como se tivesse
experiência com isso. Talvez ele tivesse.
Kota assentiu com a cabeça, então dirigiu-se lá para cima.

Capítulo Sete

Blair olhou para as marcas de mordida no espelho. Ele traçou um dedo


sobre uma das feridas fechadas, seu pênis se tornou meio duro só de pensar
sobre a maneira como Dakota tinha cravado os dentes nele. Por que ele
gostava disso? Ele era doente?
Ele tinha que ser para apreciar a dor da maneira que ele fez. Blair se
lembrou da primeira vez que ele havia se cortado. Era como se a dor estivesse
saindo pela ferida. O alívio da pressão. Ele nunca deixou ninguém saber e
nunca deixou um cliente fazê-lo. Era muito pessoal, muito íntimo.
Blair deu de ombros, pôs sua camisa sobre seus ombros e a abotoou.
Será que Cecil e Johnny disseram aos todos? Será que ficariam longe dele
agora?

— Ei, pare de pensar tanto. — Dakota entrou no banheiro, envolvendo os


braços em torno de Blair por trás. — Ouvi dizer que você teve visitas. — Seu
companheiro se inclinou e espalhou beijinhos em toda a parte de trás do
pescoço de Blair.
— Ótimo, agora todo mundo vai saber que Blair é um doidinho. — Ele
enfiou seu cabelo atrás da orelha e passou os dedos sobre o balcão,
recusando-se a olhar para cima.
A Matilha de Brac 03

Dakota o girou, colocando um dedo sob o queixo de Blair para fazê-lo


olhar para cima, — Olhe para mim, querido. Você não é uma aberração.
Deixe-me explicar algo se você não entendeu isto ainda. Eu sou um
mordedor, sempre fui um mordedor, serei sempre um mordedor. O que você
acha que eu faria com um companheiro tímido na cama?
Blair queria se opor, mas ele curvou os lábios em silêncio para si mesmo.
— Meu pau está duro o suficiente para bater uma agora mesmo só de
pensar em afundar meus dentes em você. Eu preciso de um companheiro que
pode levar a dor. Você é o companheiro. Nunca se envergonhe do que nós
fazemos juntos. — Dakota apontou para a porta do banheiro. — Você acha
que algum dos Sentinelas que estão lá embaixo são puritanos na cama? Claro
que não. Eu ouvi as histórias. O que você gosta é leve em comparação com
alguns daqueles bastardos perversos.
Os olhos de Blair caíram para a protuberância nas calças de brim de
Dakota, lambendo os lábios, olhando para cima até olhar para seu
companheiro de sob seus cílios. — Você sabe, eu poderia te ajudar com isso.
— Blair tentou o seu melhor para sorrir sedutoramente.
— Eu aposto que você poderia. — A voz de Dakota mergulhou em uma
resposta rouca. Uma batida soou. — Merda. Mantenha esse pensamento. —
Dakota inclinou seu tronco para trás e sua metade superior era de fora da
porta do banheiro: — Entre — ele gritou.
— Uh, Maverick e eu estamos levando nossos companheiros para o
shopping, e eu queria convidar você e Blair. — a voz de Hank soou
Blair acenou com as mãos e balançou a cabeça.
— Talvez em outra ocasião. Obrigado por pensar em nós.

— Claro. Mais tarde.


— O que foi, Raio de Sol? Você não quer conhecer as pessoas com quem
você vai viver? — Seu lobo o colocou sobre o balcão, segurando seu rosto, e
inclinando-se para um beijo.
— Eu não estou pronto para enfrentar esses dois caras. Eu vou, mas não
agora. — Parecia que toda vez que eles estavam ao seu redor, algo acontecia.
A Matilha de Brac 03

Ele seria mais feliz agora apenas apreciando seu companheiro.


— O que você quiser, Raio de Sol.
Blair colocou os braços ao redor do seu companheiro que o levantou do
balcão e ficou sobre seus pés. Ele permaneceu quieto enquanto Dakota o
despia. Eles entraram no chuveiro. Dakota inclinou-o para trás para lavar seu
cabelo. A pele de Blair ficou arrepiada com a sensação das mãos de seu
companheiro correndo por seus longos cabelos.
Eles nem estavam fazendo amor, e Blair estava prestes a gozar.

Kota tinha acabado de secar Blair quando alguém bateu à sua porta e
gritou seu nome. Ele envolveu sua cintura com a toalha e atravessou a sala.
— O que é, Murdock? — Kota perguntou.
O Sentinela pediu desculpas por interromper, — Maverick chamou todos
os sentinelas para a praça de alimentação do shopping. Johnny está faltando.
— Estamos a caminho. — Kota e Blair se lançaram dentro das roupas e
saíram correndo pelas escadas. Quando chegaram lá fora, quase todos as
picapes estavam faltando. A calçada de cascalho estava sempre cheia. Era
uma visão sombria.
Eles chegaram ao centro 30 minutos mais tarde, depois de ter quebrado
um pouco as leis de trânsito para chegar lá tão rápido. Kota encontrou Hawk e
Maverick de pé lado a lado, olhos que procuravam a multidão. Hawk parecia
querer matar todas as pessoas do lugar. Ele poderia dizer que o comandante
estava lutando contra a transformação.
— Nós vamos encontrá-lo. Não desista da esperança. Ele é inteligente,
Hawk. — Kota pediu para Blair ficar com Cecil enquanto eles revistavam a
A Matilha de Brac 03

área do centro e arredores. Eles não encontraram nada.


Ele ouviu uma mensagem de Maverick, — Vamos. — Os guerreiros todo
se encaminharam para a entrada.
Pouco depois eles pararam em frente a uma casa que Jasper tinha dito
que pertencia ao irmão de Johnny, o sequestrador. Esta merda parecia estar
ficando melhor e melhor. Eles invadiram o local, mas a encontraram vazia.
Depois de destruí-lo, eles ainda não encontraram pistas. Era confuso,
considerando que os lobos eram caçadores superiores, mas você não podia
caçar quando não tinha uma pista para buscar.
O comandante estava literalmente mordendo a cabeça de todos lá fora. O
que seus homens poderiam fazer? Eles todos se fizeram escassos, enquanto
Hawk rasgou a casa gritando o tempo todo sobre seu lindo bebê. O telefone
celular de Hawk tocou.
Kota viu quando o comandante caiu de joelhos, chorando.

Blair seguiu catorze lobos chateados no hospital com uma marcha


predatória. Ele e Cecil estavam no meio. Ninguém os deixava fora de sua
vista. Os sentinelas tinham entrado em modo de bloqueio, por causa de um de
seus companheiros.
Maverick teve o cuidado de falar com a enfermeira para saber onde
Johnny estava. Blair podia ver que Hawk era uma bagunça. O guerreiro feroz
andava semelhante a um estado zumbi. A enfermeira apontou para os
elevadores, eles tiveram que usar todos os três deles para subir. Cecil
surpreendeu-o, segurando sua mão, apertando-o firmemente.
A Matilha de Brac 03

Mais uma vez, Maverick falou. Quando a enfermeira perguntou se eles


eram todos da família de Johnny, Maverick confirmou que todos eles eram. Fez
Blair sentir que ele realmente pertencia a esta mistura de homens. A sensação
de calor rastejou por dentro quando Hawk foi levado para trás, enquanto
todos os outros pegavam um assento. Dakota puxou Blair em seu colo,
abraçou e balançou ele. Blair sabia que Kota estava aliviado de que ele estava
bem e com ele. Ele não podia sequer começar a imaginar o que Hawk estava
passando.

Blair sentou-se com Cecil na cova, tentando descobrir como jogar esse
jogo maldito. Frustrado, ele jogou o controlador para o chão. — Eu
oficialmente sou ruim nisso.
— Só tem que praticar. Pelo menos você não o jogou na televisão como
Maverick fez quando ele ficou chateado. — Cecil estava rindo.
— Acredite em mim, o pensamento passou pela minha cabeça. Eu preciso
de um hambúrguer, grande e gorduroso. Existe um lugar na cidade? — Cara,
ele poderia comer algumas batatas fritas, também. O pensamento fez água na
boca. Um tremor teria atingido o ponto também.
— Sim, deixe-me ver quem pode nos levar.
Cecil voltou frustrado, dizendo a Blair que a maioria dos sentinelas
estavam patrulhando ou no hospital, e aqueles que estavam aqui eram
bastardos preguiçosos.
— Hein, Blair? Quão bom ladrão de carro você é? — Cecil verificou ao seu
redor para ver quem estava ouvindo. Blair fez o mesmo.
A Matilha de Brac 03

Blair levantou uma sobrancelha. — Uh, muito bom? Por quê?

— Porque eu estava pensando em emprestar o carro de alguém para


buscar os hambúrgueres. — Cecil ficou de pé, rastejando ao redor do sofá,
olhando ao redor do canto e ao fundo do corredor.
— Na verdade, não quero tanto assim. — O rapaz estava tentando colocá-
lo na cadeia? Ou pior, lidar com um lobo enfurecido?
— Bem, cara, eu estou. Vamos embora. — Ele pegou um jogo de chaves
fora da tigela de vidro e se arrastou para fora da porta da frente. Eles não
tinham nenhuma pista de quem eram as chaves que eles roubaram. Cecil
bateu o botão de alarme da chave, e a picape no final da linha iluminou-se.

— Uh, Maverick, eu acho que nós precisamos se transformar e sair. —


Storm entrou no escritório do Alfa, confuso.
— Por que temos que fazer isso, Storm?
— Porque alguém roubou minha picape.
A Matilha de Brac 03

— Ei, Blair, que é que aquele cara está fazendo? — Eles tiveram que
parar na frente da lanchonete para esperar sua ordem. As batatas fritas
estavam fritando. Cecil viu como um cara parecendo jamaicano com o chapéu
rastafári saiu de seu Hummer4 na rua e entrou no restaurante.
Duas fêmeas desceram logo em seguida. Entraram por um momento, em
seguida, voltaram para fora. Cecil viu quando os três atravessaram a rua.
Vindo em sua direção. Eles passaram pela janela do motorista e entraram na
lanchonete e sentaram-se. O cara ficou de fora enquanto as mulheres
entraram.
— Não sei, mas o cara parece estar olhando para você. — Blair olhou com
desconfiança, enquanto o rapaz brincava com o seu leitor de MP3, dando um
olhar para Cecil a cada poucos segundos.
— Tenha calma e não faça contato visual. — Blair se sentou, desejando
que a maldita comida já tivesse sido trazida para eles. Ele tinha uma sensação
de que ele sabia quem era o cara, mas ele não quis preocupar Cecil.
— Por que ele está me olhando? — Cecil assobiou para fora em um
sussurro. Ambas as janelas estavam abaixadas.
As duas mulheres voltaram para fora. — Não há nada acontecendo lá
dentro. — Uma delas disse ao jamaicano. Eles observaram o trio cruzar para o
outro lado da rua, o cara ficou no Hummer e as meninas andaram pela rua,
rebolando e acenando para os carros que passavam.
— Uh, Blair, elas são prostitutas?
— Eu acho que sim, Cecil. Não sabia que sua pacata cidade tinha. — Blair
se mexeu na cadeira, extremamente desconfortável. Esta situação estava
trazendo de volta muitas memórias ruins.
Ele sabia que Cecil não sabia nada sobre seu passado, mas ele ainda
sentia vergonha de estar ao lado do rapaz. Parecia que ele tinha um grande
sinal de néon sobre a sua cabeça apontando para baixo para ele piscando: "
Garoto de Programa".
O jamaicano ligou o Hummer, recuando em seguida para cima, puxando-o
para a calçada através da rua para o deles. Ele estacionou a direita de sua

4 - Tipo de Carro tipo SUV, mas considerado de luxo.


A Matilha de Brac 03

picape, saindo. Encostou-se na parte traseira de seu veículo, novamente


assistindo Cecil.
Merda. Eles tinham que sair de lá. Assim como o homem ficou em linha
reta, rumo certo para eles, um SUV preto parou em frente deles. As portas se
abriram e dois homens muito chateados saíram. Ah, foda-se. Cecil estava
prestes a levá-los a morte.
Dakota e Maverick abordaram as suas janelas.
— Saia — o Alfa comandou a Blair.
Blair deslizou para fora e Maverick tomou seu lugar. Passando um olhar
sobre o Hummer, o cara estava longe de ser visto. Blair entrou no lado do
passageiro do SUV enquanto Dakota subia no banco do motorista.
Nem uma palavra foi falada enquanto eles voltavam para casa.

Bem, nada. Ele nem sequer pegou o seu hambúrguer e batatas fritas.
Dakota silenciosamente marchou e o levou direto lá em cima.
— Tira a roupa. — Dakota dirigiu. — Tudo.

— Homem — Blair perdeu um pouco a sua respiração como ele fez o que
foi dito. Cecil lhe devia um grande momento por isso. Dakota parecia poder
mastigar pregos. Não era nada bom. Ele pegava um lobo com tesão ou um
puto a qualquer dia, mas parecia que ele estava ficando ambos agora.

— Deite de costas e coloque as mãos acima da cabeça. — À medida que


Blair fez exatamente isso, Dakota foi para o seu armário, voltando com duas
A Matilha de Brac 03

correias. Ah, merda! Estaria ele a ponto de ser batido?


Dakota fixou seus pulsos à cama, em seguida, puxou-os para se certificar
que estavam apertados. — Será que vai doer?
— Sim.
— Bom.

Dakota se abaixou e puxou uma das pernas de Blair, seu caninos


estendidos, o pênis de Blair deu um tapa na parte inferior do seu estômago,
quando veio a vida. Dakota passava os dentes do seu tornozelo por sua
panturrilha até ao joelho, enviando arrepios que corriam até seu pênis.
— Morda-me, por favor. — Blair lamentou em uma voz induzida pelo
sexo.
— Se o meu companheiro quer ser um criminoso, ele leva o castigo.
Nenhuma mordida. — Dakota beliscou, mas não quebrou a pele. Blair estava
ficando louco, ele queria que seu companheiro afundasse seus dentes dentro.
Não morder?
— Então eu quero um advogado. Eu alego inocência. Agora me morde,
caramba!
Dakota apenas riu, continuando seu ataque não agressivo. Blair tentou
empurrar a perna para dentro da boca de Dakota e forçá-lo a romper a pele,
mas Dakota estava muito à frente dele.
— Comporte-se.
— Onde está a diversão nisso? Por favor, companheiro, me morda.
— Não.
— Então me solte, engraçadinho. Eu não consigo tirar isso.
— Não.
Blair começou a lutar, puxando os braços para baixo, tentando puxar o
cinto livre, mas Dakota tinha fixado firmemente. Eles não estavam se
mexendo. Dakota deu um tapa duro em sua coxa, e Blair gemeu. Parecia tão
carente.
— Eu disse que se comportasse. — Dakota cruzou os braços sobre o
peito. — Você entende que o que você fez hoje colocou você e o companheiro
A Matilha de Brac 03

do Alfa em risco não só de sequestro, mas qualquer outra ameaça em


potencial?
— Não. — A voz de Blair era tudo, menos inocente.
— Ah, meu companheiro acrescenta outra responsabilidade. Mentindo. —
Dakota, alcançando o criado-mudo, pegou um pequeno pedaço de barbante e
começou a amarrar nós precisos em torno do pau e bolas de Blair. — Agora,
você não terá um orgasmo até que eu permita.
Dakota mordeu no músculo da coxa de Blair, ele gritou. Podia sentir suas
bolas inchar, e seu pau pulsava. Dakota levantou a cabeça, estendeu o braço e
mordeu na outra coxa.
— Por favor, oh, por favor. Deixe-me gozar. Eu prometo o que você
quiser. — Blair sabia que ele daria à Dakota a lua se ele rasgasse a maldita
corda de seu pênis. A dor o enviou a novos patamares, mas ele não conseguia
encontrar o orgasmo. Ele teria que se lembrar de roubar outro carro.
Dakota selou as feridas e beijou o seu caminho até abrir o traseiro de
Blair então colocou as pernas de Blair para trás e beliscou as bochechas de
seu traseiro. Blair ainda estava implorando.
Blair viu quando Dakota despiu a roupa e pegou duas cintas mais.
Amarrou-as em torno dos tornozelos de Blair e prendeu-as a cabeceira da
cama também. Blair se sentiu como um contorcionista de borracha.
Ele viu quando Dakota pegou algo rosa da gaveta e um frasco de
lubrificante. Ele esticou o pescoço para ver, mas com as pernas encostadas em
sua cabeça, era impossível. Dakota saiu da cama, e se posicionou perto de seu
ombro.
Dakota estendeu a mão direita para baixo e empurrou algo duro no ânus
de Blair enquanto cravava os dentes em seu ombro. Dakota bateu o objeto
duro dentro e fora de seu traseiro enquanto ele sugava a pele rasgada. As
sensações ricochetearam pelo corpo de Blair e brincavam com a dor, a luxúria
e o prazer tomando o seu corpo em um aperto.
— Você quer gozar? — Dakota soltou da carne que estava tomando em
um festim.
— Por favor — implorou Blair em um coaxar sussurrado.
A Matilha de Brac 03

Dakota puxou o objeto de seu traseiro, jogando-o de lado. Blair olhou e


viu que era um vibrador. Dakota subiu na cama e afundou seu pau, colocando
suas mãos na parte de trás das coxas de Blair. Dakota bateu nele em plena
aceleração. Apenas quando Blair pensou que iria perder a cabeça no desejo
que o consumia totalmente, Dakota desamarrou o barbante. — Goze.
Blair entrou em erupção com um grito rouco, batendo os quadris para
baixo no pau de Dakota.
Blair estava atordoado. Estremeceu quando o último tiro de sêmen saiu.
Dakota estendeu a mão e o liberou do cativeiro. Seu lobo caiu ao seu lado em
exaustão. Blair estava muito dolorido para se mover.

Capítulo Oito

Blair entrou na cozinha para ver Cecil de pé na frente da geladeira. Ele


pegou o suco e foi até o armário. Blair viu como Cecil andou estranhamente
para a mesa. Ele sorriu.
— Eu vejo que seu companheiro puniu você também.
— Sim e valeu a pena. — Cecil riu. — Quando nós vamos fazer de novo?

— Eu preciso que você me prometa que não vai a lugar nenhum sem
uma escolta de lobo. — Kota puxou Blair em seus braços, beijando-o no
pescoço e mordeu sua pele.
A Matilha de Brac 03

— Eu prometo. Tome cuidado. Meu pai é uma espécie de idiota. Não


espere que ele só dê Oliver para você. Você tem a foto dele que eu te dei?
— Sim. — Kota beijou a ponta de seu nariz antes de se afastar. Ele enfiou
a mão na jaqueta de couro e tirou a foto pequena escolar que Blair tinha
fornecido. Kota sentiu um aperto protetor ao ver o sorriso juvenil da imagem.
O menino tinha confiança em seus olhos e um pequeno sorriso encantador em
seu rosto. E pensar que seu pai podia molestá-lo enfureceu Kota.
— Eu posso lidar com qualquer coisa que seu pai tentar. Comporte-se. Eu
te amo. — Kota saiu para salvar um menino jovem de ser machucado.

Blair e Cecil pediram a Evan para levá-los para o café. Blair precisava tirar
de sua mente a ausência de Dakota e o encontro com seu irmão. Eles
tentaram chamar Johnny para ir com eles, mas o rapaz não tinha deixado seu
quarto desde que ele chegou em casa do hospital.
— Eu não tenho que manter meus dois olhos em você dois, eu tenho? —
Evan puxou o SUV no espaço de estacionamento em frente ao café. Blair
percebeu Evan esquadrinhando seu entorno, antes mesmo de permitir que os
dois saíssem do interior do veículo. Quando ele considerou que era seguro,
Evan bateu o botão para destravar as portas.
— Nós prometemos nos comportar. — Blair cruzou seu coração e levantou
a mão como um escoteiro. Ele não queria chatear esse lobo enorme. O cara
parecia respirar dor. Evan tinha 1,96mts, e ele nem chegava a seu ombro.
Não, obrigado.
Enquanto Evan os escoltava, Blair se lembrou de sua carteira no banco
A Matilha de Brac 03

traseiro. Ele prometeu a Evan que ele iria para o Suv e voltaria direto para
dentro. Com hesitação em seus olhos, Evan assentiu.
Assim que Blair estava fechando a porta de trás e voltando-se para correr
para o café, o jamaicano apareceu na parte de trás do Suv.
— Então, menino de programa, e quanto a vir trabalhar para mim? Meu
nome é Jackson. Eu sou o Alfa da Matilha Leste. — Deu a Blair um sorriso
maligno. A pele de Blair arrepiou com o pensamento de ir a qualquer lugar
perto do desprezível.
— Eu não sei do que você está falando. — Blair recuou quando Jackson se
aproximou.
— Eu posso ver um garoto de programa uma milha de distância. Eu pago
muito bem. Vamos lá, você é um profissional. Eu não vou ter que te ensinar
nada. — Jackson esticou-se para Blair quando Evan se aproximou do outro
lado do caminhão.
Cecil colocou seu braço ao redor da cintura de Blair puxando-o para trás.
Blair estava lá chocado como a cena que se desenrolava diante dele. Por que
ele não podia escapar de seu passado? Por que persegui-lo quando tudo que
ele queria era um novo começo? Parecia que correr a distância de quatro
estados para uma cidade pequena, sonolenta, não era longe o suficiente. O
que ele teria que fazer? Deixar o planeta? A sensação de vazio que ele
carregou por tanto tempo começou a rastejar para dentro dele. Não! Ele não
iria permitir que este imbecil destruísse o que Dakota tinha trabalhado tão
duro para reconstruir dentro de Blair.
Os companheiros assistiram quando Evan envolvia sua mão enorme em
torno do pescoço do lobo. — Se nós não estivéssemos cercados por
testemunhas humanas agora, eu rasgaria sua garganta do caralho. Dê o fora
daqui, Jackson. Agora. — Evan lançou o lobo. Blair viu como Jackson ajeitou a
camisa, dando um olhar de desprezo para Blair antes de sair.
Mesmo que Blair soubesse que ele não pertencia mais a essa vida, as
palavras de Jackson o fizeram sentir como uma prostituta suja tudo de novo.
Ele entrou no café com os olhos no chão, sentindo-se inútil e degradado.
Cecil apertou-o pela cintura. — Ei, Kota iria chutar sua bunda se ele te
A Matilha de Brac 03

visse desta maneira. Levante sua cabeça. Tenha orgulho. A opinião de alguém
só deve importa para você se você se preocupa com essa pessoa. Você se
importa com o que esse cara pensa?
— Claro que não. — Blair puxou sua cabeça para cima e respirou fundo.
— Obrigado Cecil.
— É para isso que eu estou aqui. E você deve saber que ninguém em
nossa casa se preocupa com seu passado. Confie em mim.

Kota olhou para a casa que tinha causado anos de dor ao seu
companheiro. Parecia com qualquer outra casa ao estilo de rancho no bairro.
Mas as aparências eram enganosas. Sentou-se lá sabendo como Blair parecia
quando era uma criança brincando no quintal da frente. Quando ele aprendeu
a andar de bicicleta ou quando chegou em casa depois da escola. Seu
companheiro tinha crescido nesta casa.
Blair tinha dito a ele que sua mãe havia fugido com seu chefe. Será que o
seu companheiro de vida teria sido diferente se ela tivesse ficado? Será que
ela teria protegido seus filhos pequenos?
Ela tinha que ter conhecido o monstro com quem os deixou. Tinha que ter
visto os sinais. Ela não se importou? As mães deveriam proteger seus filhos do
mal que se escondia debaixo das camas e nos armários, não abandoná-los
como filhotes de cachorro inúteis.
Uma parte má dele esperava que ela estivesse sofrendo. Ele esperava que
ela estivesse vivendo em um estado perpétuo de inferno assim como seus
filhos tiveram. Ela não merecia nada além disso.
A Matilha de Brac 03

Storm bateu no ombro de Kota. — Aquele não é o garoto?


Kota precisou olhar para a foto em sua mão novamente. O adolescente
andando pela calçada assemelhou-se à fotografia, ligeiramente.
O garoto usava batom preto e esmalte preto. Suas orelhas eram
perfuradas do topo até ao lóbulo e uma barra de metal atravessava-lhe o lábio
inferior. Ele estava vestindo uma camisa preta de rede e calças largas pretas
com correntes penduradas por toda parte. Botas de combate preta se
arrastaram pela entrada.
— Eu acho que é ele. — Puta merda, o que tinha acontecido com o
menino do qual Blair falava carinhosamente? Quem era esse garoto? Não
importa. Oliver estava saindo com eles hoje. — Vamos.
Os três guerreiros saíram do SUV alugado. Eles desceram sobre a calçada
como soldados de Lúcifer. Um ar de escuridão predatória os rodeava. Todos
tinham bem mais de 1,93m. Kota bateu na porta da frente depois ficou para
trás, as mãos entrelaçadas na frente dele, os ombros para trás.
A porta se abriu. Um homem idoso estava ali abrindo para eles. Ele tinha
uma construção robusta e muita arrogância. Kota não gostou dele
imediatamente.
— Posso ajudar? — Ele perguntou enquanto fechava a porta
ligeiramente.
Kota empurrou a sua maneira, batendo o homem de lado. — Onde está
Oliver?
— Que diabos você pensa que está fazendo? Saiam da minha casa de
uma vez antes que eu chame a polícia. — O pai tentou atravessar o caminho
de Kota, mas Kota não aceitaria nada disso. Ele bateu o cara no sofá,
rosnando para ele. Micah passou pelo corredor enquanto Storm parou à porta
com os braços cruzados sobre o peito.
— Chame-os. Eu quero ver você explicar para eles como você tem
molestado seu filho por muitos e muitos anos. Eu fui enviado por Blair para
resgatar seu irmão das suas mãos. —Kota deu um passo em direção ao sofá.
— Negue-o se quiser. Terei certeza de que Blair atestará seus anos de
perversão.
A Matilha de Brac 03

— Quem é você? — Perguntou o pai assustado.


— Alguém que pode deixá-lo viver. Sua melhor aposta é para deixar-nos
sair daqui com Oliver e nunca contatá-los novamente. — Kota inclinou-se, o
seu cabelo caiu para frente em um véu de ameaça quando ele repetiu. —
Nunca.
Micah voltou para a sala de estar com um Oliver medroso ao seu lado. O
cara tinha uma mochila a tiracolo e estava olhando para seu pai com
repugnância. Ele cuspiu no rosto de seu pai, em seguida, afastou-se, saindo
pela porta da frente.
Kota grunhiu uma última vez para o pai. — Se eu vir seu rosto
novamente, eu vou ter certeza de que é em um caixão. — Com isso, ele se
virou e desapareceu.

Blair olhou para cima quando uma batida soou na porta de seu quarto.
Cecil estava lá com um sorriso largo no rosto.
— Kota ligou. Ele está a caminho de volta com Oliver. Eles devem chegar
a qualquer minuto.
O coração de Blair começou a correr. Ele seguiu Cecil pelas escadas e se
juntou a ele na sala para aguardar a chegada de seu irmão. Como Oliver
agiria? Será que ele o odiava por não estar lá? Será que ele daria boas-vindas
a Blair com os braços abertos? Seu pai teria molestado seu irmão por ele não
ter estado lá para protegê-lo?
Sua mente estava em um redemoinho de ansiedade até que a porta se
abriu e os quatro homens entraram, Blair se levantou, limpando as mãos na
frente da calça jeans. Ele viu seu irmão e seu queixo caiu. Oliver? De jeito
nenhum. Esse não podia ser ele. Poderia? Como seu pequeno irmão tinha
A Matilha de Brac 03

mudado tão drasticamente em quatro meses?


— Oliver. — Blair correu até ele e o tomou em seus braços. Seu irmão
ficou ali, rígido, não devolvendo o abraço. Depois de um momento, Oliver
empurrou Blair para longe.
— Já chega. Você é uma bicha ou coisa assim? Pare de me tocar.
O semblante de Blair caiu. Quem era esse cara, e onde estava seu irmão
doce? Ele deu um passo para trás, sem palavras.
Dakota envolveu Blair em seus braços. Por que seu irmão estava agindo
dessa maneira?
— Sim, eu vejo que você é. Só não tente essa merda homo comigo. —
Oliver cruzou os braços sobre o peito e olhou para Blair.
Ele sentiu como se seu irmão tivesse lhe dado um tapa verbalmente. Blair
percebeu que ele tinha. Ele pensou, procurando algo para dizer, mas as
palavras fugiram dele. Envolvendo os braços em volta de sua cintura, Blair se
afastou. Isto não era o que ele esperava, e não de Oliver. De onde vinha todo
aquele ódio?
— Cuidado com a língua homem jovem. Esse é o meu companheiro com
quem está falando. — Dakota resmungou para seu irmão. Ele deu um passo
na direção de Oliver. Blair pensou que Dakota com certeza iria estrangulá-lo.

Micah aproximou-se de seu irmão. Que? Blair percebeu a forma protetora


que o lobo tomou com Oliver. O que estava acontecendo? Uma luz se acendeu
em sua cabeça. Companheiros.
Do jeito que seu irmão estava destilando veneno, Micah não teria uma
chance no inferno de acasalar com Oliver. Além do fato de que seu irmão tinha
apenas dezessete anos, a situação estava feia nesse momento.
— Ouvi dizer que você era uma prostituta de rua. Isso é verdade? —
Oliver cuspiu em Blair.
Micah pegou Oliver para fora do caminho quando Dakota se lançou nele.
O passado de Blair chegou batendo em seu rosto com as palavras de seu
irmão. Todas as coisas indecentes que tinha tido que fazer para sobreviver
foram se desenrolando em câmara lenta direto na frente de seus olhos.
A Matilha de Brac 03

— Tire-o daqui, Micah, antes de eu bater sua bunda para o chão! —


Dakota agarrou Blair, puxando-o em seus braços e enquanto o levava lá para
cima Blair chorou histericamente.
Dakota o levou para seu quarto, segurando-o firmemente contra o peito.
Ele não podia acreditar que seu irmão tinha sido tão cruel. O que havia de
errado com ele? Ele se lembrava de um menino jovem e despreocupado.
Alguém que olhava para Blair. Esse cara lá em embaixo era o filhote de
Satanás.
Não havia maneira nenhuma dele chegar perto de Oliver agora. Não até
que ele pudesse lidar com a humilhação que seu irmão parecia insinuar.
— Eu sinto muito, Bebê. — Dakota esfregou suas costas. Blair começou a
chorar baixinho em seus braços, não sabendo o que dizer. Ele ainda estava
chateado com a besteira de Jackson. Será que todo mundo ficaria lembrando
seu passado sórdido? Ele estaria condenado se ele permitisse que alguém o
ferisse.
Blair colocou os braços em volta do pescoço de Dakota, — Parece que
ninguém nunca vai me deixar esquecer, hein?
— Você não tem absolutamente nada para se envergonhar. Você fez o
que tinha de fazer para sobreviver. Mantenha sua cabeça erguida sabendo
que você saiu disso e também tirou o seu irmão. Dê-lhe tempo, bebê. —
Dakota apertou-o, deixando Blair saber o quanto o amava.
— Faça amor comigo, Dakota. Mostre-me que eu mereço.
Blair levantou-se e despiu enquanto Dakota abria seu jeans e o puxava
pelos seus tornozelos. Blair pegou o lubrificante e acariciou o pau seu
companheiro, o lubrificando. Ele jogou a garrafa no chão e subiu no colo de
seu lobo. Deus, como ele amava Dakota.
Dakota segurou seu pênis enquanto Blair empalava-se a si mesmo.
Lágrimas escorriam por seu rosto quando ele começou um ritmo lento. Não foi
duro ou doloroso, como ele normalmente queria. Desta vez foi diferente.
Sensual. Lento.
Dakota agarrou seus quadris enquanto ele balançava lentamente dentro e
fora dele. Dakota puxava para cima, deixando apenas a cabeça dentro então
A Matilha de Brac 03

Blair deslizava para baixo, segurando em seu pescoço e o beijando


apaixonadamente.
— Eu te amo, Dakota.
— Eu também te amo, bebê. — Dakota afundou seus caninos nos ombro
de Blair quando ele chegou ao orgasmo, seu sêmen estourou em ambos os
seus estômagos.
Dakota resmungou quando ele fechou a ferida e impulsionou mais forte,
clamando em seu orgasmo.
Blair estava contra ele, ainda empalado. Tomando conforto na conexão,
ele não queria que Dakota se retirasse. Dakota era o seu cavaleiro de
armadura brilhante. Blair sorriu para si mesmo no clichê.
Ele sabia que, acontecesse o que acontecesse, o que a vida desse para
ele, Dakota ficaria com ele, iria amá-lo e estimá-lo.

Capítulo Nove

— Hawk me disse que você não estava machucando Blair — Johnny


declarou enquanto caminhava até a cozinha.
— Bem, eu estou contente que tudo está esclarecido. — Kota não se
importava muito com o que todos sabiam sobre seu companheiro agora. O
que ele e Blair faziam não era negócio de ninguém. E o único problema era
que Blair estava muito envergonhado agora. Isso e o fato de seu irmão ter
matado o pouco da felicidade que Blair sentia por ver Oliver novamente.
— Eu vou para a cama. Boa noite. — Johnny acenou para Kota, enquanto
carregava seu lanche fora.
O carinha era adorável. Kota lembrou-se que Johnny e Cecil estavam
A Matilha de Brac 03

apenas cuidando de seu companheiro. Ele apreciou o ato, mas odiava que eles
soubessem.
Agarrando os frutos pelos quais Blair o tinha enviado na cozinha, Kota
tomou o caminho para seu quarto. Tinha sido um dia muito difícil.
Ele parou no meio da escada e inclinou a cabeça. Que barulho era aquele?
Kota olhou por cima do ombro para o saguão e não viu nada. Era tarde da
noite, e a maioria dos guerreiros e os três companheiros estavam em seus
quartos. Os seis sentinelas escalados para esta noite estavam de patrulha na
floresta. Então, quem estava perambulando por aí?
Kota colocou a cesta no degrau, os olhos procurando toda a área em
frente a ele. O barulho ficou mais alto e, em segundos, os lobos vieram
correndo pelo corredor na direção da cozinha, onde ele tinha acabado de
estar.
Esses lobos não eram familiares. Kota sabia como os guerreiros eram em
sua forma de lobo, e estes animais não eram nenhum deles.
A agressividade que eles estavam mostrando não prometia nada de bom.
Os intrusos tinham suas orelhas dobradas para trás. Seus dentes
arreganhados e estavam atacando Kota.
Kota se transformou, rasgando a calça como ele tomou sua forma de lobo
de madeira. Ele andou em direção aos lobos cinzentos. Embora ele fosse de
longe muito maior, eles estavam em maior número. Parecia haver sete ao
todo.
Kota jogou a cabeça para trás e uivou, alertando os outros, quando ele
pulou da escada. Os sete não ficaram parados. Quatro correram até a escada.
Isso não podia estar acontecendo. Kota separou-se da briga em que foi
apanhado e correu atrás deles. Ele teve que chegar a Blair.
— Dakota! — Seu companheiro estava gritando no topo de seus pulmões
da direção de seu quarto.
Kota encontrou os quatro quando entrou pela porta aberta. Seu
companheiro enrolado em um canto, encolhido com um lobo rangendo e
rosnando para ele.
O guerreiro não parou para pensar. Kota pulou nas costas do invasor,
A Matilha de Brac 03

usando seu enorme peso para levar o lobo cinzento para baixo.
Blair correu para o banheiro, andando de quatro, até chegar a ele e bateu
a porta fechada. Kota ficou agradecido por seu companheiro ter usado seu
cérebro em uma crise. Ele o livrou de ter que manter um olho em seu
companheiro, enquanto lutava.
Como estes sete passaram pelo patrulhamento dos Sentinelas, essa era
uma boa pergunta. Os sentinelas na floresta estavam sob ataque também? Se
assim fosse, quantos haviam invadido?
Kota podia ouvir a briga no corredor quando ele fechou a mandíbula sobre
no lobo sob ele. O lobo cinzento lutou, chutando e arranhando para se libertar.
Kota não ia permitir isso. Não com seu companheiro atrás da porta do
banheiro.
Kota aplicou pressão quanto o lobo sob ele rasgou seu ventre, as garras
entraram na pele de Kota. Sua forma de lobo sacudiu a cabeça energicamente
para trás e para frente, tentando agarrar o pescoço do lobo cinza.
Ele rosnou alto quando viu Blair espreitar pela abertura da porta. Blair
deve ter ouvido o rosnado dele, porque ele logo fechou.
Kota estava cansado de brincar. Ele precisava ver o que estava
acontecendo lá fora no corredor. Colocando toda a sua força para trás, Kota
puxou o pescoço do lobo cinzento, até que ouviu um estalo.
Não querendo deixar o cadáver no quarto com seu companheiro, Kota
arrastou-o para o corredor com ele. Depois de soltá-lo, ele uivou novamente
para o quarto. Blair enfiou a cabeça para fora de seu esconderijo, viu que o
quarto estava limpo, então correu atravessando-o e bateu a porta do quarto,
fechando-a.
Satisfeito que seu companheiro estava seguro, Kota voltou sua atenção
para os outros para ver os lobos, Murdock e Ludo, lutando com dois lobos
cinzentos no corredor. Os intrusos pareciam pouco determinados. Eles
estavam atrás do que?
Murdock e Ludo finalmente derrubaram seus adversários, e Kota se
juntou a eles quando eles caçaram as ameaças restantes.
Todos se acalmaram quando ouviram as unhas clicando até a escada. Um
A Matilha de Brac 03

rosnado que parecia um trovão em franca explosão ecoou pelo corredor. Kota
conhecia aquele rosnado. Havia apenas um lobo que soava como uma besta
do inferno.
Maverick.
O Alfa caminhou lentamente pelo corredor em direção a eles. Kota
poderia realmente ouvir as tábuas do piso protestando sob seu peso. Os
dentes de Maverick estavam arreganhados quando ele passou por eles. Nunca
atravesse o seu caminho.
Maverick foi à caça. Kota seguiu atrás dele, olhando por cima do ombro
para a porta do quarto, verificando que ainda estava fechada.
Havia outra carcaça morta quando viraram a esquina. Cody estava
rosnando sobre ele. Isso fez quatro lobos cinzentos mortos. Onde estavam os
outros três?
A cabeça de Kota se desviou quando um lobo cinzento saiu voando para
fora do quarto do Comandante Hawk, acertando a parede com um baque
forte, em seguida, caindo ao chão. Hawk saltou de seu quarto, latindo e
mordendo o lobo que não estava se movendo. Kota sabia como ele se sentia.
A cabeça de Maverick lentamente se virou, olhando diretamente para
Kota. Ele pensou que Maverick o estava delimitando ali para o corredor até a
esquina. Kota e os outros seguiram rapidamente. Kota virou a esquina a
tempo de ver Maverick saltar sobre um lobo cinzento, ambos mergulharam de
cabeça rolando pela escada em caracol.
Sua cesta de frutas saiu voando junto com os lobos. Maverick era grande
demais para a criatura intrusa. Maverick abriu a boca, grande como o inferno,
Kota pensou enquanto observava com uma espécie de temor destacado
quando Maverick agarrou o pescoço do lobo cinza. Quase separando a cabeça
do corpo com o tamanho dos caninos do Alfa.
Maverick era o maior lobo de madeira que já nasceu. Do focinho à ponta
da cauda, ele tinha 3m de comprimento e pesava mais de 150k. O lobo
cinzento nunca teve uma chance. Maverick se transformou. — Kota, Hawk, vá
para seus companheiros. Fique com eles. Um escapou, e ele é meu.
Kota não precisava ser mandado duas vezes. Ele pode ouvir Maverick
A Matilha de Brac 03

dizendo ao guerreiro Tank para ir até seu companheiro Cecil e protegê-lo com
sua vida.
Maverick não estava brincando.
Kota mudou em sua forma humana, batendo na porta de seu quarto. —
Abre agora Raio de Sol, sou eu.
A porta se abriu, e Blair caiu em seus braços. — O que está acontecendo?
O que está acontecendo? Eu pensei que era você chegando à porta. Eu
pensei... — Blair irrompeu em lágrimas quando Kota pegou seu companheiro e
levou-o para uma das cadeiras almofadadas.
— Eu tenho você, Bebê. — Blair se enrolou seus braços, soluçando. —
Você está seguro, bebê. — Kota puxou seu companheiro apertado contra o
peito, circundando os braços em torno dele. Ele colocou o rosto na cabeça de
Blair. Seus olhos se fecharam com alívio por seu companheiro ter saído ileso.
Tudo o que ele podia ver era a imagem do lobo cinzento com seu
companheiro impotente encurralado. Kota queria voltar para o corredor e
matar o filho da puta de novo. Ele nunca mais queria ver aquele olhar de
terror no rosto de seu companheiro.
Blair passou os braços em volta do pescoço de Kota, fungando enquanto
abraçava Kota firmemente. — Está acabado agora?
— Não, ainda tem um. Maverick está caçando ele agora. Ele não será
capaz de se esconder. Os lobos madeira são superiores em seus ouvidos e
capacidade de perseguição. É só uma questão de tempo antes Maverick
encontrá-lo.
— Nós temos que nos esconder Kota. — Seu companheiro tentou
contorcer-se de seus braços.
— Não, nós não temos. Sente-se aqui, Raio de sol. — A ideia de se
esconder era um absurdo para Kota. Nunca em sua vida ele tinha se
escondido de alguém, e ele não começaria agora. Mesmo com a necessidade
de proteger seu companheiro, Kota Amergan não iria enfiar seu rabo entre as
pernas.
Kota enrolou o cabelo de Blair em sua mão enquanto inclinava a cabeça
de seu companheiro para trás. Kota tomou posse da boca de seu
A Matilha de Brac 03

companheiro, e Blair respondeu lindamente. Seu companheiro parecia se abrir


para ele.
— Tire as calças. — Kota rosnou dentro da boca de Blair. Seu
companheiro empurrou levemente quando ele puxou o material fora. Blair
chutou-as para o chão antes de sentar no colo de Kota, com os joelhos de
ambos os lados dos quadris de Kota.
Kota gemeu quando pênis de Blair bateu. Ele estendeu a mão para baixo
e agarrou ambos. Só o pré-sêmen de seu companheiro que derramava como
uma torneira foi o suficiente para lubrificar os dois. Ele começou um
movimento lento.
— Mais rápido, por favor. Rápido e duro — Blair pediu.
Se era isso que seu companheiro queria. Kota deslizou sua mão esquerda
em torno de Blair, segurando-o quando seu companheiro se inclinava para
trás. Kota bombeou loucamente. Blair arqueou as costas quando Kota deslizou
a ponta de seu polegar sobre a fenda da coroa do pênis de Blair.
— Kota. — Blair gemeu quando ele se inclinou mais para trás, seus
cabelos roçando o chão. Kota queria comê-lo no café da manhã, parecia tão
gostoso.
Blair gritou quando viu o pênis de Kota atirar para cima, o sêmen dos dois
salpicou a barriga de seu companheiro. Blair chegou para ele, cravando as
unhas nos braços de Kota, enquanto ele montava seu orgasmo.
Kota estava lá, jogando a cabeça para trás gritando o nome de Blair. Seu
companheiro bateu sua testa, grudando na boca de Kota, beijando-o com fogo
e desespero.
— Kota — Cody gritou do outro lado da porta do quarto.
— Foda-se, não se pode ter nenhuma paz por aqui. — Kota beijou seu
companheiro, não se importando com o guerreiro.
— Kota, você precisa ir para o andar de baixo — Cody gritou mais alto.
— Você é necessário aqui — sussurrou Blair na boca de Kota, passando a
língua pelo lábio inferior de Kota. Blair beliscou, dando a Kota um sorriso
diabólico.
Kota puxou o cabelo de Blair, mordendo seu ombro. Seu companheiro
A Matilha de Brac 03

gritou, empurrando seu pau no abdômen de Kota.


— Droga, Kota, saia daí! Você é um Beta. Você tem que estar lá. — Cody
bateu pela primeira vez na porta do quarto.
Blair resmungou alguma coisa sobre a movimentação de todo o país, ou
algo assim. Seu companheiro escorregou de seu colo, agarrando seu pijama e
entrou no banheiro.
Kota limpou o abdômen com uma camiseta que estava jogada no chão
antes de pegar calças limpas da gaveta da cômoda.
Kota arrancou a porta do quarto aberta, chateado como o inferno. —Seu
tempo é uma droga, Cody.
— Você sabe que eu não queria interromper, mas Maverick quer todos
nós em seu escritório a dez minutos atrás. — Cody virou as costas e saiu
andando.
Kota olhou por cima do ombro vendo Blair sair. Eles nem tinham tido a
parte boa ainda. — Lembre-me de perseguir Maverick na próxima vez que ele
correr até seu quarto com Cecil.
Ele beijou Blair rapidamente, sabendo que se ele ficasse por mais tempo
a matilha inteira estaria batendo na sua porta.
Seu pau ficou duro e sua disposição azedou, Kota resmungou pelo
caminho para o escritório de seu Alfa.
— Que bom que você pode se juntar a nós. — Maverick riu.
Kota não achou engraçado.
— Quero saber exatamente o que Jackson está fazendo. — Maverick se
inclinou para trás, imerso em pensamentos.
Kota soltou um suspiro, renunciando o resto da noite para a matilha. —
Foi só comigo ou eles estavam mais determinados do que nunca?
— Não, eu estava pensando a mesma coisa — respondeu Hawk.
— Acho que eles estavam atrás dos companheiros — Cody ofereceu.
— Este é o meu palpite. — Maverick beliscou a ponta de seu nariz,
exalando alto. — Eu preciso que alguns de vocês irem para o território da
Matilha do Leste e tentar descobrir o que esse psicopata está fazendo.
— Eu vou — o guerreiro Tank ofereceu. — Eu não gosto de ver os
A Matilha de Brac 03

pequeninos ameaçados assim. Melhor para eles que o meu companheiro não
está aqui.
— Ou o quê? Você iria deixá-los andar sobre você como um trepa-trepa?
— Remi estourou a rir.
— As crianças gostam — resmungou Tank.
— Ok, podemos voltar aqui? — Maverick sentou mais a frente. — Tank e
Cody podem ir. Eu conheço algumas pessoas que não são fiéis a ele. Vá até
eles, descubram exatamente por que Alfa Jackson - com licença do título -
está atrás dos companheiros.
Kota se levantou para sair.
— Não tão rápido, Beta.
Merda. Pela primeira vez Kota pensou que ele poderia sair do escritório de
Maverick rapidamente. Essa não era sua noite.

Capítulo Dez

Blair espiou para fora da porta do quarto antes de descer as escadas


correndo e ir para o quarto de Cecil. Ele não se preocupou em bater. Ele
estava assustado demais para se importar.
— Bem, venha, Blair. — Cecil estava sentado em um canto com Johnny.
Eles estavam jogando cartas. Blair achou estranho estar fazendo isso em um
momento como este, mas o que eles poderiam fazer?
— Você quer jogar? — Johnny jogou suas cartas para baixo. — Estamos
jogando poker.
Blair se sentou ao lado deles, cruzando as pernas na frente dele, a sua
sobrancelha torceu ao ver as cartas no chão. Johnny disse que eles estavam
A Matilha de Brac 03

jogando poker, mas estava parecendo mais gin rummy 5. Talvez o rapaz
estivesse confuso.
Ele pôs o cabelo atrás da orelha, olhando para seu colo. A imagem do
rosto de Johnny, quando ele viu o corpo de Blair ainda o fez ter certeza do que
estes dois sentiam por ele. Ele olhou para cima quando Cecil bateu seu joelho
com o punho.
— Tudo bem. Nós todos temos as nossas coisas. O seu é apenas...
diferente. — Cecil sorriu amplamente.
Blair olhou para os olhos inocentes de Johnny. — Eu não sou uma
aberração — ele murmurou.
— Ninguém disse que você era.
Ele não estava tão certo de que ele podia acreditar em Cecil. Ele se sentia
como uma. Ele só não queria que os dois olhassem para ele como um. A casa
inteira sabia do seu passado sórdido. Sabia que ele havia sido um garoto de
programa. Blair sempre se perguntava se algum dos guerreiros não olhava
para ele com um ar de nojo.
Naquele momento ele desejou que ele pudesse ter uma vida normal como
os dois sentados com ele. Como teria sido crescer com uma mãe? Ser amado
incondicionalmente, sem ser molestado? Acho que não estava nas cartas para
ele. Blair riu quando ele pegou um cartão. Era o coringa. A propósito.
— Vamos jogar? — Johnny pegou todas as cartas, tentando o seu melhor
para embaralhar. Mas as cartas acabaram mais no chão do que em suas mãos.
— Eu posso fazer isso — Blair ofereceu erguendo sua mão.
— Tudo bem. Você tem que dar sete cartas para cada um. Se os números
ou letras forem iguais, você as coloca para baixo. Mas tem que ser três delas.
— Johnny disse as regras. Ok, então eles não estavam jogando poker.
— Ei, Johnny, diga a Blair sobre sua mãe. — Cecil bateu na perna de
Johnny, apontando para Blair.
— Eu não gosto de falar sobre ela.
— Não force ele, Cecil. — Blair se virou para a gracinha de cabelos loiros.
— Você não precisa fazer isso.

5 - Jogo parecido com o Buraco


A Matilha de Brac 03

— Eu costumava ficar com esse cara. Seu nome era Jeremy. Sua maneira
de dizer eu te amo era com seu punho.
Blair soltou as cartas no chão, dando a Cecil toda sua atenção.
— Eu pensei que era tudo que eu teria. Eu não sabia como sair dele.
Então, Maverick veio junto. Ah, menino, foi um choque. — Cecil riu. — Ele
praticamente me disse que eu era dele e que era isso. Eu tinha medo de
confiar nele, pensei que ele seria como Jeremy.
— Minha mãe era uma drogada, — Johnny ofereceu. — Ela sempre me
deixou e meu irmão sozinhos. Então meu irmão era meio, bem... — Johnny
correu seus dedos sobre sua bochecha. Onde uma cicatriz feia corria sob seu
olho direito. — Eu estou indo encontrar Hawk.
Blair viu-o ir. O carinha parecia tão triste. — O que aconteceu? — Blair
voltou-se para Cecil.
— Seu irmão usou-o como um saco de pancada e quase o matou. Ele não
é o mesmo desde então. O ponto que eu estava tentando mostrar era que
todos nós temos problemas. O seu é diferente, mas não único. Entendeu?
Blair pensou sobre isso. Acho que eles não têm uma vida tão normal
depois de tudo. Ele olhou para cima para ver Dakota de pé na porta. Blair
levantou-se, fazendo seu caminho para seu companheiro. — Eu te amo,
Dakota.
— Você é tudo para mim, bebê. Lembre-se, sempre que você vale mais
para mim do que minha própria vida.
Bem, inferno. Blair ia chorar como um idiota se o seu lobo não calasse a
boca. Ele encolheu-se nos braços de Dakota. — Podemos ir lá em cima?
— Você leu minha mente.
Blair gritou quando Dakota o agarrou e jogou-lhe sobre os ombros. —
Impaciente?
— Você acha? — Dakota riu quando ele correu até aos degraus
quebrados. — Não foi possível pegar suas frutas.
— Que frutas? — Brincou Blair quando seu companheiro chutou a porta
do quarto, abrindo-a. — Homem das cavernas.
— Eu quer Blair. Ficar nu, querer sexo.
A Matilha de Brac 03

Blair revirou os olhos na má imitação de Dakota. Sua respiração deixou


seus pulmões quando Dakota o derrubou na cama. As calças do pijama e
camiseta foram rapidamente retirados. Dakota baixou suas calças até os
tornozelos, em seguida, chutou-as fora. Seu companheiro era um deus. Esse
órgão digno de ser babado fazia o pênis de Blair bater em seu estômago em
zero vírgula cinco segundos.
Os caninos de Dakota surgiram. Blair pensou que era mais sexy que
nunca. Sua pele começou a formigar com a expectativa de ser mordido.
Dakota empurrou as pernas de Blair. — Isso é bom. — Ele se inclinou
para frente, beliscando a coxa de Blair.
Blair afastou as pernas, a pele arrepiou quando a seguir Dakota beliscou
a outra. Blair passou as mãos sobre a cabeça de seu companheiro, seus dedos
percorrendo o cabelo lindo de seu lobo. O toque de Dakota era melhor do que
qualquer coisa que Blair já tinha experimentado na vida. Melhor que
chocolate, e bateu seu sistema mais rápido, também.
A cabeça de Blair rolou de um lado para o outro quando Dakota empurrou
suas pernas para trás, mordendo atrás de suas coxas. Um som escapou, sem
saber se era mesmo humano. Dakota tinha o feito perder a sanidade mental
rapidamente.
Ele podia sentir o rastro quente escorrendo atrás de suas coxas, Dakota
abaixou para selar as feridas.
As mãos de Blair desceram para seu abdômen, alcançando seu pênis.
— Não, — Dakota avisou passando a língua até o vinco da bunda de Blair.
Inferno, ele não precisaria bombear seu pênis para gozar. A língua de Dakota
ia fazer o trabalho para ele.
A necessidade de Blair subiu mais quando a língua de Dakota se arrastou
até seu pênis, os lábios, seu lobo estava mamando na coroa. Blair puxou os
cabelos de Dakota, sua necessidade primária para vir afastou todos os
pensamentos, toda a razão.
Suas costas arquearam, quando um dedo o penetrou. Blair gritou, a
sensação dupla balançou seu mundo. Ele engasgou quando algo duro foi
empurrado nele. — O que você está fazendo aí?
A Matilha de Brac 03

— Você não gostaria de conhecer? — Dakota riu, se inclinou para trás e


olhou Blair em seus olhos. — Sinta bebê.

O corpo inteiro de Blair pulou quando seu traseiro começou a vibrar. —


Dakota. Oh, Deus, o que é isso?
— Um ovo vibratório. Você gosta?
— Será que um pato caga no ar?
Dakota olhando, olhando para Blair com olhos questionadores, a
expressão de seu lobo era cômica.
— Ei, ninguém disse que eu devia fazer sentido quando você faz coisas
como essas para mim. — Os dedos de Blair, agarraram os lençóis quando a
vibração acelerou. Sua boca se abriu ofegante quando Dakota mordeu um
lado de sua bunda. — Oh, Deus. — Ele gritou como se fosse forçado a sair de
suas bolas, seu corpo estremecendo quando o prazer puro correu através
dele.
— É isso aí, bebê. Mostre-me o que eu faço para você. — Dakota
abrandou a velocidade até que as vibrações pararam. Blair ofegava
pesadamente. Ele não conseguia lembrar seu nome agora. Dakota estava em
uma missão de matá-lo com seus brinquedos. Ele sentiu um vazio, em
seguida, quando o brinquedo foi retirado de seu ânus com um som abafado.
A língua de Dakota rodeou a entrada, em seguida, ele empurrou para
dentro com este ritmo, Blair entraria em coma. Ele colocou suas longas pernas
em volta dos ombros de seu companheiro enquanto ele empurrava em seu
traseiro mais duro com aquela língua maravilhosa. — Foda-me, Dakota —
Blair gemeu.
Um rosnado vibrou em seu traseiro quando Dakota veio à tona. Blair
rapidamente correu para suas mãos e joelhos quando seu companheiro se
virou sobre ele. — Ah, merda. — Os olhos de Blair se arregalaram quando
Dakota puxou um par de algemas da gaveta ao lado. Seu companheiro chegou
por cima dele, agarrando seus pulsos e os prendeu a cabeceira da cama.
Blair puxou os braços, a sensação de aço fazendo seus ossos doer de
muito desejo. Dakota bateu em uma bochecha de seu traseiro, amassando a
A Matilha de Brac 03

carne ardida, em seguida, mordendo-a. Blair gritou. Seu sangue parecia estar
pegando fogo. Isso era demais, muitas sensações cavalgando seus nervos.
Ele puxou os punhos de novo, desesperadamente querendo tocar em
Dakota e desejando a sensação de estar protegido de uma só vez. Seu
cérebro entrou em curto-circuito.
Quando Dakota repetiu o processo em sua outra bochecha, Blair perdeu.
Ele gozou mais uma vez. Seu corpo estremeceu quando Dakota agarrou sua
cintura e cobriu suas costas.
— Eu tenho você, bebê. Eu tenho você. — Seu companheiro beijou-lhe a
espinha. Blair choramingou. Ele tinha odiado o sexo até seu guerreiro
aparecer e mostrar a ele que não tinha que ter sentido. Sexo não tinha que
ser frio.
O corpo de Blair agitou quando Dakota enfiou os dedos lubrificado nele.
Seu corpo estava tão mole. Tudo o que Blair podia fazer era gemer. Sua testa
bateu no colchão quando Dakota entrou nele. Se ele gozasse mais uma vez,
ele seria drenado de todos seus fluidos. Ele já podia sentir sua pele
murchando.
— Não é possível, o meu companheiro não consegue de lidar com um
pouco de amor? — Dakota brincou enquanto beijava a pele Blair entre cada
palavra.
— Um pouco? Se você continuar assim, você terá que trocar-me por uma
luz azul especial.
Dakota tinha o mais sexy e profundo riso. Suas mãos apertaram os
quadris de Blair, dirigindo-se para dentro, os ombros de Blair desabaram
quando Dakota entrou nele. Ele podia sentir seu coração acelerado, e sua boca
estava completamente seca. Ele gritou quando Dakota agarrou seus cabelos,
puxando-o novamente, a sensação de prazer e dor enviou-o ao limite, mais
uma vez ele gozou sobre os lençóis. A única coisa que ele sentia era o seu
lobo.
— Meu. — Dakota rosnou quando ele selou a ferida.
— Sim. — Isso era tudo que Blair conseguiria falar. Seu corpo parecia um
saco de ossos inúteis. Ele foi bem amado esta noite.
A Matilha de Brac 03

Dakota enrijeceu e gritou o seu gozo, enrolando-se em torno de Blair


quando jorros de sêmen banharam seu canal.
Seus punhos foram liberados, mas Blair estava apenas vagamente
consciente disso.
Dakota o puxou para seu peito e os dois adormeceram.

Kota esforçou-se para esconder o seu sorriso, ele ajudou seu


companheiro a descer as escadas. Blair estava mancando hoje por algum
motivo.
— Não tem mais amor para você, amigo — seu companheiro resmungou.
— Se você pensa assim. — Kota não pode mais segurar, seu riso
borbulhava. Seu companheiro atirou-lhe um olhar de advertência. —Sinto
muito.
— Eu aposto que sim.
Kota levou Blair para a cova. Por que seu companheiro ferido queria vir
para cá era além de sua compreensão. Blair lamentou o tempo todo enquanto
estava embebido na banheira. Kota não diria não a ele, mas ele se sentia
orgulhoso. Um homem sempre fez. Quando o seu companheiro mancava
depois, então você fez certo. Essa era a sua história, e ele estava agarrado a
ela.
— Você está bem, Blair? — Johnny correu para eles, dando a Kota o olho
do mau.
— Não olhe para mim. Blair machucou um quadril brincando de saltar.
Johnny cruzou os braços sobre o peito pequeno, seu olhar dizendo a Kota,
ele não acreditou por um segundo.
— Eu estou bem. — Blair acenou Kota para fora, tomando um lugar no
sofá.
A Matilha de Brac 03

— Eu acho que você não quer jogar o Xbox. — Cecil sorriu e piscou para
Blair. —Maverick me fez mancar antes.
Blair bateu a mão de Kota para longe, quando ele tentou afofar o
travesseiro pequeno atrás dele. Kota estava realmente tentando seu melhor
para não soltar o riso. Mas pequenos risos continuavam escapando.
— Tank e Cody voltaram. Sem sorte na perseguição do Jackson ardiloso e
louco. — Hawk informou a Kota.
— Ele vai escorregar. E nós vamos pegá-lo. — Kota não tinha certeza se
ele estava tranquilizando seu comandante ou a si mesmo. Tudo o que ele
sabia era que ninguém chegaria perto de seu companheiro novamente. Ele
sentiu medo suficiente para uma centena de anos.
— Jogando essa porcaria homo, eu vejo.
A cabeça de Kota estalou em volta para ver Oliver em pé na porta.
— Cuidado com a língua rapaz. Esse com quem você está falando é seu
irmão. — Kota rosnou, dando um passo em direção ao rapaz. Talvez ele
pudesse assustá-lo levemente.
Oliver virou-se.
Micah tirou Oliver do caminho quando Kota se lançou para ele. Criança ou
não, Kota ia ensinar ao pirralho algumas maneiras.
O guerreiro Micah rebocou Oliver de seus pés, levando-o até as escadas.
— Você está bem Raio de Sol?
Seu companheiro suspirou. — Sim, parece que de algumas coisas você
não pode correr suficientemente longe. — Blair sacudiu a cabeça. — Eu sei
que eu fiz foi por sobrevivência. Eu tenho que viver com isso. O que me
preocupa é o meu irmão. Quaisquer que sejam os demônios que o estão
perseguindo, ele não será capaz de correr para longe o suficiente. Mas ele vai
enfrentá-los. Tenho fé nele.
A Matilha de Brac 03

Micah puxou o braço de Oliver quando ele o arrastou para seu quarto.
O menino tinha lutado por todo o caminho até as escadas, seu desafio
inacreditável.
Este jovem estava lutando contra as mesmas pessoas que tentavam
ajudá-lo.
Micah fez o possível para entender o que Oliver estava passando e dar-lhe
algum tempo, mas ser tão ostensivamente cruel era errado.

— Este é o lugar onde você vai dormir. — Ele apontou para o quarto
adjacente. — Eu sugiro que você tome cuidado com sua língua por aqui.
— Vá se danar. Você não é meu pai. — Oliver puxou o braço do aperto de
Micah.
— Você está numa casa cheia de homens que não toleram a sua atitude e
comportamento, então até que você possa adotar uma forma decente, você
ficará no nosso quarto. — Micah rosnou para ele.
Ele não podia acreditar que seu companheiro havia atacado seu irmão
daquela forma.
Micah soltou um suspiro, pensando no longo caminho que seu
companheiro e ele tinham à sua frente na batalha contra os demônios de
Oliver.

FIM
A Matilha de Brac 03

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