Capítulo Um
Ele teve a sua quota desses, e queria mais do que sexo sem sentido.
Ele queria seu companheiro, se tivesse a sorte de encontrá-lo.
Kota decidiu voltar ao hotel e relaxar um pouco com a televisão e sua
mão.
Punheta o deixava deprimido, mas tinha seu uso.
Se essa era sua única opção no momento, ele iria ter que se contentar.
Ele puxou a gola do casaco para cima enquanto fazia seu caminho pela
rua decadente.
Este era um bairro decadente. Traficantes enchiam todos os cantos e
prostitutas saíam da toca, como as baratas quando você acende as luzes.
Eles estavam por toda parte.
Ele passou por cima de um bêbado sem teto pedindo esmolas.
A única razão que ele não deu, era porque não estava contribuindo para a
doença. Tendo visto a destruição que o álcool e as drogas faziam na vida de
alguém, ele preferia comprar para o cara uma refeição quente e uma xícara de
café.
Kota enfiou as mãos nos bolsos do casaco, avançou até a rua.
Kota não tinha medo de estar aqui.
Ele era um lobo, a pior de todas as raças de lobo.
Com 2,07mts, e quase duzentos quilos de puro músculo, ninguém fodeu
com ele. Aos 366 anos, ele era muito maduro para perder-se com toda essa
besteira.
Além disso, sendo o Beta, seu Alfa Maverick chutaria sua bunda.
Uma rajada de vento soprou seus cabelos loiros até a cintura em um
turbilhão, Kota cortou para outro canto, ficando fora da rajada fria.
Ele olhou para os prédios sem graça que o cercavam, desejando voltar
para casa na pequena cidade em que vivia, com o som da floresta acariciando
sua pele enquanto ele corria pela floresta.
Sem prostitutas gritando para ele pagar por prazer.
Os gases dos escapamentos dos carros só estavam sufocando seus
pulmões.
Que diabo tinha pensado Maverick em mandá-lo aqui?
A Matilha de Brac 03
Kota se dirigiu para uma das muitas lojas de esquina que lotavam as ruas
da cidade.
Cerveja barata e propagandas de cigarros enchiam as vitrines.
— Posso ajudar?
Kota jogou uma nota de vinte para baixo da divisória de acrílico sobre a
bandeja cromada.
— Quatro e sessenta e oito é o seu troco. Tenha uma boa noite.
Kota encarou o troco na riscada bandeja cromada. — Eu lhe dei uma nota
de vinte.
— Não, senhor. Recebi uma nota de dez dólares. Se você me causar
problemas, eu vou chamar a polícia.
A Matilha de Brac 03
Kota rosnou.
Ele não foi pressionado por causa do dinheiro. Era o princípio. Sua mão
passou pelo quadrado do acrílico na bandeja, agarrando o imundo e dando-lhe
um puxão.
A barreira espessa gemeu sob sua força.
O homem ficou boquiaberto com Kota, apressadamente abrindo sua caixa
e jogando uma nota de dez dólares com o resto do troco. — Agora, vai. — O
homem acenou com as mãos em Kota para enxotá-lo. — Eu não quero
nenhum problema.
— Então pare de roubar as pessoas. — Kota agarrou o troco na bandeja,
empurrando-o em seus bolsos, enquanto o homem se posicionava de volta.
Agarrando o saco de papel marrom, Kota empurrou-o no bolso do casaco,
em seguida, esfregou a mão sobre o casaco. Ele espirraria desinfetante na
mão quando chegasse ao seu quarto.
— Tenha uma boa noite. — O caixa acenou para ele quando ele saiu da
loja. Que maluco.
Seu olhar desviou-se em torno dele, percebendo que o bar do outro lado
da rua era um dos nomes em sua lista de locais para verificar.
Com um semblante grave, Kota saiu da calçada, e fez seu caminho em
direção ao bar.
Esquivando-se do tráfego, Kota trocou para o outro lado da rua. O bar era
normal, não tinha nada de especial sobre ele. As luzes de néon tremularam
nas janelas com logotipos de diferentes bebidas alcoólicas.
Quando ele entrou no local, a fumaça de cigarro o agrediu. A nova lei
deveria ter impedido essas pessoas de fumarem dentro, mas, aparentemente,
o dono virava a cabeça. Kota abanou com a mão na frente dele enquanto
caminhava até o bar.
Ele virou-se por um momento, observando a dança do stripper no palco.
O cara tinha um corpo bonito, um que Kota poderia apreciar.
— Você gosta?
Ele se virou para ver um homem atarracado, com os braços cruzados
sobre o peito olhando para ele. A cabeça do homem acenou com a cabeça em
A Matilha de Brac 03
aquele no bar.
— Vem cá, bebê. Eu posso fazer você se sentir realmente bem. — O cara
se jogou na cara de Kota, esfregando as mãos para cima e para baixo de seu
peito.
Kota resmungou, irritado por alguém ter invadido seu espaço pessoal sem
ser convidado.
— Fica frio, cara. Eu não quis ofender. Só estou tentando fazer algum
dinheiro para comer. — O cara recuou. Colocou o cabelo atrás da orelha e
baixou o olhar para o chão. — Desculpe.
Kota congelou, farejando o ar à sua volta. Ele se aproximou do garoto e
inalou profundamente. Seu queixo caiu em estado de choque, em seguida, se
recuperou rapidamente e o abraçou.
Meu!
— Ei, pare de me cheirar. Você está querendo fazer bizarrices comigo. —
O garoto de programa deu um passo para trás. Kota notou que ele estava
olhando para cima e para baixo do beco. O conhecimento de que eles estavam
sozinhos alargou os olhos do rapaz. Kota precisava conseguir que o seu
companheiro fosse para seu quarto. Para cuidar dele.
— Quanto pela noite? — Kota se amaldiçoou pela pergunta, mas ele
estava prestes a não ter mais seu companheiro por aqui em menos de um
segundo e duvidava que ele iria sair por sua própria vontade.
Os olhos de seu companheiro se arregalaram. —Uh, duzentos? — Foi uma
pergunta, não uma citação.
— Pronto, vamos lá. — Kota manteve o jovem ao seu lado enquanto
caminhavam de volta para seu quarto.
O garoto estava nervoso. Seus olhos ficaram colados ao chão. Kota
apertou os lábios. Agora não era hora para perguntas. Uma vez que seu
companheiro tivesse um banho quente e uma boa noite de sono, ele iria
descobrir como ele foi parar nas ruas, vendendo seu corpo.
O hotel entrou em visão. Kota colocou sua mão nas costas de seu
pequeno companheiro, guiando-o através dos vidros e portas frontais
A Matilha de Brac 03
Capítulo Dois
Kota não podia deixar que seu companheiro apenas saísse pela porta. Ele
tinha visto a forma como o cara vacilou, e sabia que ele não queria voltar lá
fora, para as ruas. Ele tinha que pensar rápido. — Quanto me custaria mantê-
lo fora das ruas, não vendendo mais a si mesmo?
A cabeça de seu companheiro saltou para trás. — Cara, você deveria
seriamente voltar a tomar seu remédio.
— Ok, uma vez que não é um pedido razoável para você, quanto me
custaria ter você ao meu lado enquanto eu estou na cidade? — Kota esperou
pela sua próxima observação inteligente e rápida.
— Ok, Richard Gere, por que você não para de sonhar e volta à realidade.
— Quem?
— Você não viu...? não importa. Eu vou seguir a linha da história e dizer-
lhe. Dois mil. Adiantados.
Dois mil era uma gota no balde para Kota. Seu companheiro de vida não
tinha preço. Ele levaria o tempo que fosse necessário para convencê-lo a ir
para casa com ele, convencer o jovem de que eles eram companheiros. —
Feito. Vou ter que parar em meu banco. Será que é razoável?
O jovem ficou lá com o queixo no peito e seus olhos tão grandes quanto
um pires. Não era suficiente? Kota pagaria mais.
— Uh, sim. Okay. Hum, o que vamos fazer enquanto estiver aqui?
— Eu tenho que encontrar alguém. Desde que você é um nativo aqui,
A Matilha de Brac 03
2 - Corvo
A Matilha de Brac 03
melhores dias. Eles se sentaram em uma das cabines da janela. Kota teve que
empurrar o banco para trás para caber. Graças a Deus eles não eram fixados
no chão de linóleo verde, que havia esmaecido em uma cor de vômito com as
manchas de graxa e de tráfego. Era perfeito. O lugar lembrava a Kota dos
velhos tempos. Ele tinha um ar caseiro e acolhedor. Ele podia ver porque Blair
gostava.
Kota agarrou o cardápio do suporte de metal e passou os olhos pelas
opções. O pimentão com queijo e cebola soou perfeitamente certo para ele.
Ele colocou o cardápio para baixo, vendo seu companheiro com a testa
franzida em concentração, o dedo passando para cima e para baixo no
cardápio, enquanto seus lábios se moviam. Kota prestou mais atenção, e
escutou. Embora Blair falasse muito baixinho, ele podia ouvi-lo. Os lobos
madeira tinham audição inigualável, visão noturna, e habilidades de
rastreamento. Ele podia ouvir palavras sussurradas de vinte metros de
distância, sua audição era muito boa. Kota ouviu Blair falar as palavras,
esforçando-se para pronunciá-las. Surpreendeu-o que um homem tão
perspicaz como seu companheiro era analfabeto.
— Você sabe, eu escolhi o pimentão com queijo e cebola. Parece muito
bom. Mas foi realmente uma decisão difícil entre o bife frito country. Talvez eu
devesse ter começado com a salada à moda da casa com frango grelhado.
Vem com uma batata cozida, além de tudo. O que você acha?
Blair colocou seu cardápio para baixo, e um olhar de alívio tomou conta
de seu rosto. Kota sabia que seu analfabetismo era um grande obstáculo para
ele. Não havia nenhuma vergonha nisso. Ele só tinha que encontrar uma
maneira de contornar isso, sobre ele, ou através dele. O que fosse necessário
para levá-lo à sua meta. Se ele quisesse que Kota o ajudasse, ele seria mais
do que feliz.
— Eu acho que o bife frito country parece bom. O que você teria
encomendado com isso?
— O purê de batatas e molho parece bom. O virado de legumes também
teria sido uma boa escolha se o pimentão não chamasse minha atenção.
— Eu acho que vou roubar sua ideia e pedir isso. — Blair riu pela
A Matilha de Brac 03
primeira vez, e Kota assistiu como seu rosto iluminou, seus olhos castanhos
alaranjados borbulhavam. Como ele tinha sido tão sortudo? Ele chamou a
atenção da garçonete e fez seus pedidos, colocando sua mente e libido longe
de Blair.
Comeram em um silêncio relativo. Quando terminaram, Blair estava
tentando cavar algum dinheiro na carteira sem ninguém vê-lo, para pagar a
sua refeição. Kota nunca permitiria que seu companheiro pagasse por isso, ele
estava fora de moda. Ele insistiu em cuidar de seu companheiro. Ele colocou a
mão sobre a de Blair, dizendo-lhe para guardá-la antes que alguém visse. Kota
pagou, deixando uma boa gorjeta e, em seguida saiu na tarde brilhante e
nítida.
Capítulo Três
meio que ajudando ele. Ele está procurando por seu irmão mais novo, que
fugiu. Você pode ajudá-lo? Seu nome é Guerreiro. — Blair sacudiu seu cabelo
por cima do ombro, cruzando as pernas na altura dos joelhos.
T. ronronou em Dakota. — Bem, talvez nós possamos trocar favores...
porque você é um belo pedaço de carne à mostra. — O cara passou a língua
sobre seu lábio inferior, olhando Dakota de cima à baixo.
— Desculpe, T. Ele não é gay. Acredite, eu tentei. Então, o que você
disse? Pode me ajudar? — Blair alcançou sobre o balcão e pegou uma garrafa
de água, desatarraxando a tampa e dando um grande gole.
T. finalmente concordou, depois de perguntar à Dakota mais duas vezes
se ele tinha certeza que não mudaria de lado.
— Ei, Raven bebê. Pensei que você fosse passar por aqui na noite
passada?
Ah, merda. Era Tony. Isso não seria nada bom. Ele era um cliente muito
generoso, desde que ele gostasse de você. Se Blair o ofendesse, rejeitando-o,
ele poderia perdê-lo. Os dois mil não durariam para sempre. Ele tinha que
pensar em seu futuro. Merda, merda, merda.
— Ei, Tony. Desculpe, fiquei um pouco amarrado. — Blair piscou para ele.
— Literalmente.
— Seu bastardo enrolado. Venha aqui e dê um beijo de olá em Tony.
Aconteceu tão rápido que Blair iria precisar de um replay para ver como
Tony acabou de costas, no balcão, com um Dakota irritado sufocando-o.
— Guerreiro, deixe-o ir agora! — Blair puxou o braço musculoso. Ele
poderia muito bem ser uma mosca. Droga. Ele subiu nas costas de Kota,
bateu em seus ombros e tentou tirar o braço em volta de seu pescoço, mas
seu braço não era suficientemente longo. Mudando de tática, ele disse: —
Pare com isso agora. Deixe-o ir, Dakota. — Blair sussurrou em seu ouvido,
acariciando seus cabelos, e beijando a lateral do seu rosto. Dakota relaxou seu
aperto, e Tony com cara roxa saiu correndo do bar, apertando sua garganta.
Ele olhou através do salão e saiu pela porta, atirando adagas em Blair.
Ele pulou e saiu correndo, Dakota no seu encalço.
— Blair, espera.
A Matilha de Brac 03
Kota passeou por seu quarto de hotel, rezando para que seu companheiro
voltasse para ele. Como ele poderia tê-lo perdido assim? Ele deveria ter
deixado Blair lidar com isso. Em vez disso, ele agiu apenas como o
A Matilha de Brac 03
esquentadinho que ele era. Só por causa disso ele podia ter perdido seu
companheiro. Não. A possibilidade era impensável.
Kota uivou, pensando sobre o que seu companheiro estava fazendo
agora, com quem ele estava. Alguém estava sujando-o, usando-o. Ele deu um
soco na parede e uivou novamente. As rachaduras rasgaram ao redor do
buraco enorme que ele fez. Isso não podia estar acontecendo. Ele queria
encontrar esse cara e rasgar sua garganta. As imagens agrediam seu cérebro.
Seu companheiro de joelhos na frente de um estranho. Seu companheiro de
quatro sendo fodido por um estranho.
Pare, pare, pare.
Ele fechou os olhos, querendo arrancá-los.
Como as coisas tinham dado tão errado? Seu companheiro estava
sorrindo ao seu redor, relaxando a guarda, e Kota tinha que ir e perder o seu
temperamento. O pensamento daquele cara, Tony, colocando os lábios em
qualquer lugar perto de Blair o enviou de volta em uma nuvem de raiva. Ele
trouxe a luz exatamente o que Blair tinha de fazer para sobreviver. Saber isso
era uma coisa. Ver isso o fez querer matar todos que já haviam aproveitado
da situação de seu companheiro.
Kota parou de andar, inclinando a cabeça. Ele ouviu o sussurrar em sua
porta, uma inspiração fraca, em seguida um suspiro. Seu coração acelerou
com o pensamento de ser seu companheiro. Se fosse, ele não podia perder
seu temperamento. Ele precisava se controlar. Ele se aproximou da porta,
escutando.
Um sussurro de uma batida ecoou. Isso era tudo que precisava. Kota
agarrou a maçaneta e abriu a porta. Ele resmungou quando viu o esfarrapado
estado em que Blair estava. Seu companheiro deu um passo para trás,
prendendo seu cabelo atrás da orelha e abaixando a cabeça. Ele não fez um
som.
— Você está machucado? — Ele perguntou baixinho.
Controle. Controle. Controle. Isso seria o seu novo mantra.
Blair deu de ombros, mas permaneceu imóvel.
Kota estendeu a mão, esperando seu companheiro segurá-la. A mão de
A Matilha de Brac 03
Blair veio, mas depois caiu de volta ao seu lado, com as mãos em punho.
Respirando fundo, ele colocou seus dedos na palma de Kota.
Ele levou Blair para o quarto, fechando a porta. Andando para trás de
Blair, Kota removeu o casaco agora em ruínas.
Kota inalou o perfume almiscarado de seu companheiro, deixando-o fluir
através de suas narinas e em seus pulmões. Ele queria respirar Blair. Ele
colocou o casaco para baixo, dobrando-se em um joelho. Kota tirou o sapato e
o tirou, fazendo o mesmo com seu companheiro. De pé, ele levou Blair ao
banheiro e sentou-o no assento do vaso sanitário fechado.
— Tire sua camisa para que eu possa ver quais os danos que você tem.
As mãos de Blair tremiam tanto que ele não conseguia passar a camisa
por sua cabeça. Kota ajudou-o a puxar o resto do caminho, jogando-a ao
chão. Ele passou a mão nas costas de Blair em seguida em seu peito.
Admirando e examinando.
— Tire as suas calças.
Blair ficou de pé, abriu-a, e depois a deslizou para baixo e a tirou,
jogando-a no chão. Ele sentou-se, sem levantar a cabeça uma única vez. Kota
preparou-lhe um banho quente, adicionando sal Epsom 3. Ele gentilmente
levantou Blair pela cintura, ajudando-o a entrar na banheira. Kota se ajoelhou
ao lado da banheira enquanto dava banho em seu companheiro. Ele segurou-o
pelo pescoço e mergulhou-o na água para molhar seu cabelo. As pontas se
espalharam, flutuando na água. Ele lavou e enxaguou os fios de seda. Kota
ajudou Blair a levantar-se, em seguida, envolveu-o em uma toalha aquecida.
A segunda toalha foi enrolada em seu cabelo.
Kota o pegou, levando-o para a cama e rastejando atrás dele. Ele
estendeu as cobertas e puxou Blair para perto. Kota beijou sua testa e
desligou a luz.
3 - Sal Epsom = sulfato de magnésio. É utilizado em sais de banho , particularmente em terapias de flutuação em altas concentrações eleva a
gravidade específica da água do banho, efetivamente tornando o corpo mais dinâmico. Tradicionalmente, ele também é usado para preparar
banhos nos pé, destina-se a aliviar os pés doloridos. O sulfato de magnésio pode também ser absorvido pela pele, reduzindo a inflamação.
Também por vezes é encontrado em água mineral engarrafada e, consequentemente, às vezes é listado em seu conteúdo.
A Matilha de Brac 03
— Bom dia, Raio de Sol. — Dakota beijou sua nuca, puxando Blair
apertado em seus braços. Ele fechou os olhos para a ternura, não querendo
deixá-lo ir. — Fome? — Uma mão forte esfregou seu ombro enquanto seu
pescoço era beijado uma vez mais.
Blair sacudiu a cabeça. Se ele dissesse que sim, eles teriam que se
levantar. Ele queria mais tempo. Ele queria para sempre. A vida fez dele um
realista, e ele não era tolo para desejar coisas que não poderia ter, não
merecia. Mais alguns minutos seriam bons.
—Eu fui molestado quando era um menino. — Oh, meu Deus. Será que
ele realmente disse isso em voz alta? O que diabos havia de errado com ele?
Por que ele estava tão relaxado com Dakota que estava pronto para lhe contar
a história de sua vida inteira? Pessoas não queriam confissões. Eles queriam
um bom tempo. Em seguida, ele diria eu te ligo. Blair bateu-se mentalmente.
Ele tinha acabado de desarrumar uma sessão perfeita de abraço bom.
A Matilha de Brac 03
Capítulo Quatro
aceitaria seu lobo, então como ele iria convencê-lo de se relacionar com ele?
Convencê-lo a voltar para casa com segurança e amor?
Blair assentiu.
— Ótimo. Há uma coisa entre o meu tipo chamado de reivindicação. Isso
acontece quando um lobo encontra o seu companheiro. Eu não fiz isso com
você, porque você não está pronto. Quando você estiver, eu vou saber. —
Kota inclinou-se, beijando os lábios pelos quais morreria alegremente só para
experimentar. Todos os seus sentidos tornaram-se vivos naquele momento do
contato.
Blair interrompeu o beijo. — O que você precisa fazer nesta
reivindicação?
— Quando você estiver pronto, vou fazer amor com você. Eu vou
perguntar se você me aceita. — Kota mordiscou mais abaixo no pescoço. —
Se você disser sim, eu vou morder seu ombro. — Ele mordiscou
delicadamente para mostrar ao seu companheiro o que ele quis dizer. —Ligará
as nossas almas e corações para a eternidade. Se você me disser que você
me aceita e usar o meu nome a qualquer momento, a ligação começa. Então,
pense cuidadosamente antes de deixar essas palavras saírem de seus lábios.
Uma vez iniciado o processo não pode ser interrompido, ou revertido, Raio de
Sol.
—Será que você vai me machucar? Mesmo se eu fizer você realmente
zangado?
— Nunca. Um lobo espera muito tempo para encontrar seu companheiro.
Alguns nunca encontram. Você será valorizado e amado. Mas não tome isso
como um sinal de fraqueza. Eu não terei você tentando me atropelar. Eu não
posso e não vou tolerar isso.
Blair segurou o rosto dele e o puxou para baixo, roubando outro beijo
aquecido. Ele olhou nos olhos de Kota, como se procurasse alguma coisa. Seu
companheiro tinha olhos muito hipnotizantes. Blair deu um ligeiro aceno e
sorriu. Aquelas covinhas se aprofundaram em seu rosto escultural. Angélico.
— Eu não fiz, Dakota. — Blair o beijou novamente.
— Não fez o quê, benzinho? — Kota perguntou enquanto lambia e
A Matilha de Brac 03
Kota deu um tapa nas suas nádegas. — Fique quieto. Não se mexa até eu
bater em você. — Seu companheiro começou a tremer com a antecipação.
Seu olhar dizia que estava quase gozando, Blair estava no seu elemento,
saboreando o que Kota estava oferecendo.
Kota alinhou seu pau para cima e colidiu com ele. Blair gritou seu nome.
Os caninos de Kota estenderam com o sexo áspero. Ele inclinou a cabeça para
trás, o permitindo ver totalmente seus dentes.
— Eles são lindos. Morda-me, Dakota. — Blair estava puxando Dakota por
seu cabelo, tentando seu melhor para levar os caninos afiados para perto.
Kota inclinou-se, correndo as dentes ao longo dos mamilos, beliscando-
os. Ele quebrou a pele em seu pedido, em seguida, rodou a língua sobre as
feridas, fechando-as. Em seguida, ele beliscou e quebrou a pele em ambos os
braços, lambendo as gotas minúsculas de sangue carmesim que chegaram até
a superfície, em seguida, selou-as bem. Blair assistiu em fascinação.
— Será que sempre se fecham quando você as lambe?
— Sim, eu tenho compostos curativos na minha saliva. — Disse Kota
mordendo novamente, em seguida, selou a ferida enquanto seus quadris se
dirigiram ao traseiro de Blair.
— Não. Deixe sangrar por um momento, por favor.
Kota olhou nos olhos de Blair, sentindo a onda erótica lavar seu
companheiro. Embora eles não fossem acasalados seu companheiro era fácil
de ler no momento.
Kota podia sentir como o derramamento de sangue fez Blair sentir-se
mais perto dele. Dando um ligeiro aceno, Kota mordeu sua pele bem acima do
mamilo, permitindo que o sangue jorrasse. Uma pequena quantidade correu
para o lado do peito de Blair. Ele não selou a ferida, e ao invés disso, ele
repetiu no outro lado. Kota permitiu somente duas mordidas abertas ao
mesmo tempo, não querendo prejudicar a vida de Blair.
Era necessário um profundo vínculo de confiança para uma pessoa
permitir tanto controle à outra sobre seu corpo. Ele repetiu a mordida e
eventual vedação em todo o tronco de seu companheiro. O pênis de Blair
pulsava muito duro em seu abdômen inferior.
A Matilha de Brac 03
Kota selou as duas últimas feridas que estavam escorrendo pelo peito,
lambendo o vinho vermelho.
Inclinado para trás, Kota agarrou os tornozelos Blair e puxou as pernas
afastadas, ele bateu o seu pênis duro dentro da entrada enrugada e apertada,
ganhando um gemido de seu companheiro. — É doloroso o suficiente?
— Sim! — Blair sussurrou, empurrando as mãos na parede acima de sua
cabeça.
— Você me aceita como seu companheiro, Blair? — Kota empurrou mais
forte, fazendo-o subir mais para cima da cama.
— Sim, Dakota. Sim.
Kota lançou seus calcanhares e caiu para frente, impressionado. Seus
caninos morderam a carne macia entre o pescoço e o ombro. Blair gritou, e
seu sêmen explodiu, atingindo a barriga, peito e até debaixo de seu queixo.
Ele colocou as pernas de volta ao redor da cintura de Kota e empurrou sua
cabeça mais forte em seu pescoço.
Kota sugou profundamente na ferida, provando o excelente vinho que
descia por sua garganta. Ele podia sentir os laços de sua alma sair e se
envolver em torno de Blair, vinculando-os. As duas batidas separadas se
sincronizaram como uma. A reivindicação estava completa.
Kota levantou a cabeça para fechar a ferida, mas Blair fechou as mãos
sobre a parte de trás da cabeça de Kota, mantendo-o no lugar. Ele sabia que
tinha de deixar ir, ou ele tomaria muito. O derramamento de sangue já tinha
ocorrido. Muito mais e seu companheiro estaria em perigo.
— Ainda não, é tão bom.
Kota forçou sua cabeça para cima, e fechou a ferida explodindo seu
sêmen no ânus de seu companheiro. Ele uivou em seu orgasmo, socando o
ânus de Blair tão duro que ele derrubou até a cabeceira da cama e quase
atravessou a parede. A cama gemeu em protesto com a combinação do peso
de Kota e do jogo brutal. Blair gritou e gozou de novo, empurrando com força
no eixo de aço de Kota.
Kota diminuiu para um ritmo de balanço, o ar queimava em seus pulmões
e as pernas tremiam. Ele puxou Blair nos braços, segurando-o firmemente.
A Matilha de Brac 03
Capítulo Cinco
Blair tem um namorado, Blair tem um namorado. Ele se sentiu tonto por
dentro. Este pedaço de homem era seu.
Eles foram para o andar de baixo na loja de roupas, Dakota insistiu em
comprar tudo de que precisava para agora. Seu companheiro ainda jogou
outro casaco em cima do balcão. Blair teve a chance de ver a etiqueta de
preço neste momento. Ele queria matar aquele cara para fazê-lo arruinar o
seu primeiro casaco. Caramba aquilo não era barato. Blair se lembrou de seu
dinheiro, no outro, sentindo-se desconfortável em deixá-lo no quarto de hotel
desprotegido.
Blair ficou olhando a mulher atrás da registradora olhando para seu
companheiro. Ela flertou e riu, tentando seu melhor para chamar a atenção
dele. Puta. Não iria ter uma briga de gatos aqui, porque ninguém mexia com
seu lobo.
— Desculpe-me. Poderia, por favor parar de flertar com o meu marido
na minha frente? É muito rude e desrespeitoso. — Blair balançou seu cabelo
para o efeito cadela ciumenta.
— Eu não vejo nenhum anel. — Ela disparou punhais contra ele. Assim, a
caçadora colocou suas garras para fora? Blair tinha um conjunto próprio de
garras. E eram afiadas.
— Oh, querida, nós temos anéis. Eles são chamados de anéis penianos,
A Matilha de Brac 03
algo que você não vai ter a chance de ver. — Estendendo a mão, puxou
Dakota sobre ele, e enfiou a língua em sua boca profundamente ali mesmo na
loja.
Dakota puxou Blair contra seu corpo, aprofundando o beijo. Seria melhor
ele ir junto com este, se quisesse um pouco mais de seu traseiro.
Quebrando o beijo, Dakota entregou seu cartão de crédito, sem nunca
desviar o olhar para longe de Blair. Ah, ele era bom.
Eles saíram da loja com uma puta irritada atrás da registradora, enquanto
caminhavam para os elevadores.
— Obrigado. — Dakota beijou-lhe os lábios.
— Nenhum problema. Esse pênis pertence a mim e o resto anexado a
ele. — Blair riu quando o ding do elevador soou.
Blair se trocou, vestindo uma roupa limpa. Ele enfiou a mão no casaco
branco esfarrapado e tirou a carteira, entregando-a Dakota.
— Por que você está devolvendo isso Raio de Sol? — Dakota parecia
intrigado
— Porque isso me faria sentir melhor, me faz sentir que o meu tempo
com você, não foi comprado. Eu não quero me sentir como uma prostituta
com você. —Blair empurrou-a para Dakota, mas seu companheiro se recusou
a pegá-la. Blair atirou-a sobre a mesa redonda ao lado deles, com um baque
pesado.
— Eu não quero ouvir essa palavra ou qualquer outra degradação
relacionada a você, mesmo que seja você dizendo. — Dakota rosnou. — Você
mereceu isso, me ajudando na minha investigação. É seu.
— Por favor, Dakota. Eu não quero isso. — Blair pediu baixinho. Estaria
ele louco? Isso eram dois mil jogados fora. Não. Dar o dinheiro de volta, faria
o seu tempo com Dakota parecer que eles eram realmente um casal, não uma
transação paga. Ele pegou na gaveta do criado mudo as duas notas de cem
dólares, colocando-as em cima da carteira.
Dakota puxou Blair em seus braços, segurando seu rosto — Se é isso que
você realmente quer. Mas eu não penso nada menos de você por conservá-lo.
Só para você saber.
A Matilha de Brac 03
riu nervosamente.
Kota o beijou suavemente nos lábios, mordendo o inferior. — Pegue o que
você precisa, Raio de Sol. Temos que pegar o vôo. — Viu como Blair tirou as
coisas das duas caixas e as colocou em um saco plástico.
— Pare de roer a sua unha. Vai ficar tudo bem. É apenas uma casa cheia
de lobos. — Kota riu, tentando aliviar o desconforto de seu companheiro. Eles
tinham desembarcado a algum tempo, e Kota tinha recuperado a picape da
garagem do estacionamento do aeroporto. Era bom ir para casa,
especialmente agora que ele tinha seu companheiro. Ele não diria a Blair, mas
ele estava nervoso também. Kota preocupou-se sobre como seu companheiro
se sentiria vivendo em uma casa barulhenta e caótica com um monte de
filhotes crescidos correndo soltos. Ele também se preocupava como os lobos
reagiriam ao seu companheiro. Ele sabia que eles não iriam desrespeitá-lo,
mas ele queria que Blair se sentisse em casa, confortável.
Eles pararam na calçada de cascalho. Kota disse a Blair para deixar suas
coisas. Ele pediria a alguém para levá-las para seu quarto. Ele levou seu
companheiro através de uma entrada lateral para que Blair não fosse
esmagado por seu bando. Depois haveria tempo para as apresentações, mas
agora ele queria ver Maverick.
Kota levou seu companheiro pelo corredor e bateu na porta do escritório.
A Matilha de Brac 03
e um sistema de som surround que ficava sob a televisão, com uma mesa de
pôquer situada atrás deles. Cecil tinha adicionado o seu toque com um Xbox
360 com todos os acessórios e jogos imagináveis. Havia uma mesa de bilhar e
um bar montado em um carrinho de vidro à direita da sala com um alvo de
dardos na parede mais distante. Sentia-se como se estivesse em uma
taberna, só que mais confortável.
— Bem, veja o que o gato arrastou para dentro. — Ótimo. Apenas quem
Kota precisava ver agora, Remi espalhafatoso. O cara tinha um comentário
sobre tudo. Ele era definitivamente sem rodeios, que era algo que Kota não
queria que seu companheiro lidasse agora.
— Oi pra você, também, Remington. — Kota inclinou a cabeça. — Este é
o meu companheiro, Blair. — Kota chegou por trás e colocou a mão sobre as
costas de seu companheiro, levando-o para frente.
— Blair, Ei, eu sou Remi. Prazer em conhecer.
Blair acenou. — Oi. — Enfiou seu cabelo atrás da orelha, olhando para o
chão. Kota sussurrou em seu ouvido: — Lembra-se do que falamos, Raio de
Sol?— Blair assentiu e levantou a cabeça, olhando todos nos olhos.
— Ei, bonitão. Eu sou Jasper.
Blair deu um passo para trás, dando a Kota um olhar nervoso.
— Ele é a rainha por aqui. Não se preocupe com ele, amor. — Dakota
falou baixinho com ele.
Blair assentiu e olhou para Jasper. — Oi Jasper.
— Eu vou dar-lhe a rainha. Morda-me, Kota. — Jasper pôs a língua de
fora.
Kota riu. Ele sabia que os lobos tinham audição excepcional. Ele não se
importava desde que seu companheiro fosse confortável. Todos os demais se
apresentaram. Blair gostou de imediato de Cecil e Johnny. Kota tinha que
realmente ser apresentado para Johnny. Ele tinha saído em sua missão
quando Hawk encontrou Johnny. — Onde está aquele grande bruto?
— Bem aqui, velho amigo. — Hawk bateu em suas costas enquanto
apertavam suas mãos.
— Parabéns pelo seu companheiro.
A Matilha de Brac 03
— Igual a você pelo que parece. Oi. Eu sou Hawk. — Hawk estendeu a
mão para Blair, que hesitante a tomou.
Hawk era um homem intimidador. Blair pensou que Kota era, mas Hawk
era assustador. Ele pôs o cabelo atrás da orelha e baixou os olhos. Ele sentiu
Kota tocar na parte de baixo de suas costas, e levantou a cabeça novamente.
— Cecil, Johnny, vocês podem mostrar a casa para Blair? Eu preciso falar
com Maverick. — Kota beijou seu companheiro, correndo o dedo ao longo de
sua mandíbula.
pensamentos de Kota.
— Posso perguntar por que fui enviado em uma falsa missão?
— Ainda estou tentando descobrir. Tudo o que eu sei é que eu tive um
sonho que você precisava ir lá. E antes que você pergunte, eu comecei a tê-
los depois de ter acasalado com Cecil, e eu não tenho a menor ideia por que.
— Maverick se levantou e andou até a janela, apertando as mãos atrás das
costas enquanto ele olhava para o jardim.
— Eu tive um sonho que me mostrou você procurando alguém. Eu vi o
seu companheiro, embora eu não soubesse quem ele era na época. Eu soube
que o sonho era real agora, quando eu conheci Blair. Foi a coisa mais
estranha, Kota. Eu vi os sinais de saída da cidade me dizendo que você estava
lá, o hotel onde se hospedaram, e até mesmo os lugares que você estava
procurando. De alguma forma, o sonho transmitiu-me para não dizer e
apenas encontrar uma maneira de fazer você chegar lá. Eu sou seu amigo,
desculpe-me velho. Eu nunca quis te enganar. — Maverick ainda estava
olhando para fora da janela, como se a resposta estivesse lá fora. Ele tinha
um olhar distante.
Como Kota poderia ficar bravo? Ele havia encontrado seu companheiro
nessa missão fantasma. Ele só queria que Maverick tivesse dito a ele sobre o
sonho. Procurar em todos os buracos o havia frustrado a merda. O fez pensar
que estava perdendo seu toque. Um pensamento lhe ocorreu. Ele não sabia se
ele queria saber a resposta ainda.
— O que mais este sonho lhe mostrou? — Será que ele mostrou-lhe como
Blair ganhou a vida? Ele não estava envergonhado de seu companheiro, mas
ele não queria que seu companheiro se tornasse autoconsciente de que os
outros sabiam. O cara já tinha um caminho acidentado pela frente com seus
problemas de autoestima no topo da sua lista.
— Mais alguma coisa me foi mostrada, mas não é da conta de ninguém
além de você e de seu companheiro.
Bem, o inferno. Isso respondeu a sua pergunta agora, não é? Ele queria
perguntar a Maverick outra razão que o preocupou em sua chegada à casa. —
Ele tem um irmão. Eu sinto que é melhor trazê-lo para cá... onde é mais
A Matilha de Brac 03
seguro para ele. Eu não posso te dizer por que, sem quebrar a confiança de
Blair, o que eu não estou disposto a fazer. Você pode ajudar?
Maverick se afastou da janela, um sorriso curvava seus lábios.
— Sobre isso...
— Deixe-me adivinhar. Você teve um sonho?
Maverick deu-lhe um sorriso cheio desta vez. Bastardo convencido.
— Faça o que você precisar. Leve dois Sentinelas com você. Você vai
precisar deles. Micah e Storm para ser exato. — Kota deu um aceno de cabeça
para Maverick quando uma batida soou na porta.
— Eu juro que eu vou instalar uma porta giratória. —Maverick murmurou
e em seguida gritou: — Entre.
Hawk entrou e se sentou no sofá de couro. —Fico feliz em ver que você
encontrou seu companheiro, Kota. Maverick aqui me diz que ele sonhou.
Kota levantou uma sobrancelha em Maverick, chateado que ele havia
mentido para ele sobre o segredo.
Maverick levantou a mão, — Antes que você comece concluir tudo de
forma errada, Kota, eu só lhe disse sobre os sonhos, não o conteúdo do
mesmo. Não é da conta de ninguém o porquê eu te mandei. Assim como não
é da conta de ninguém a missão à sua frente e o futuro desse menino. Nem
mesmo seu. Basta trazê-lo aqui.
Uma batida soou, e Maverick revirou os olhos. Antes que ele pudesse
gritar para que eles entrassem, Cecil abriu a porta e levou Johnny até Hawk.
— Hawk, você precisa acalmar Johnny. Kota, vá buscar seu companheiro
na cozinha. Ele precisa de você.
Capítulo Seis
A Matilha de Brac 03
Blair corou, sabendo muito bem que Dakota tinha mais em mente do que
só saltar sobre o colchão. Bem, isso poderia ser parte dela. Blair deu uma
risadinha para si mesmo. Ele teve de levantar a perna para subir na porcaria.
Talvez ele pudesse ter uma escadinha para enfiar debaixo da cama. Foi um
pensamento.
— Não Raio de Sol, você tem que tentar isso nu. Confie em mim. A
experiência vale à pena. — Seu companheiro tinha um brilho diabólico em
seus olhos. Certo.
Com suas roupas dobradas no armário, ele voltou à cama de Dakota. Era
confortável como o inferno. — Oh, cara. Eu acho que eu nunca senti algo tão
incrível. — Blair, enrolou-se em torno da cama, apreciando a forma como o
colchão moldou-se ao seu corpo.
— Dakota, você pode tomar... mudar a forma ou alguma coisa? — Blair
sentou em seus joelhos, irradiando entusiasmo por ele.
cheirando suas bolas. — Ei, pare com isso. Eu gosto de sexo doloroso e
estranho, mas os animais não estão na minha lista de coisas para tentar. — O
lobo as lambeu em seguida colocou a cabeça para baixo em suas patas. —
Bizarro, bastardo.
Ele passou as mãos pela espinha abaixo e sobre a cauda longa, o lobo
deitou imóvel o que lhe permitiu explorar. Blair esfregou a barriga, sentindo
que o pelo mais macio estava nessa área. Ele pegou uma das grandes patas
para cima, com peso em sua palma. — Eu odiaria ser batido por uma destas.
— Ele colocou a pata para baixo e se levantou. —Obrigado, Dakota, por
compartilhar isso comigo.
Seu companheiro reapareceu diante de seus olhos. Ele achava que nunca
iria se acostumar com isso. Uma hora ele estava deitado no tapete como um
lobo enorme. Na próxima ele estava apenas ali, nu. Como ele faz isso? Quem
se importa? Olhe o corpo digno de babar. Hum.
Blair caiu de joelhos, tendo a cabeça de seu pênis diretamente em sua
boca. Ele estava morrendo por um gosto de Dakota. O pré-sêmen salgado
espirrou em sua língua, tirando um gemido de Blair. Não havia nada melhor
que o gosto do homem. O cheiro almiscarado, corpo firme e forte, e o tom de
dominante de seu companheiro levou-o a tomá-lo mais profundamente. Blair
girou sua língua ao redor da cabeça, mergulhando a ponta na fenda e
puxando o mel.
Com sua mão livre segurou as bolas de Dakota, sentindo o peso e rolando
em torno dos dedos como bolas de stress chinês.
— Mais tarde. — Dakota puxou Blair para cima e jogou-o sobre a cama.
Dakota segurou seu rosto e beijou-o. — De joelhos, cachorrinho.
Blair concordou, voltando em direção à borda.
Blair gemeu e Dakota separou as bochechas de seu traseiro, lambendo
uma longa linha de suas bolas até sua entrada enrugada. Blair choramingou
quando Dakota beliscou sua nádega.
— Ah, foda-se. — Blair inclinou a outra nádega para Dakota morder
também. Quando Dakota obedeceu, Blair abaixou a cabeça para o cobertor e
balançou para frente e para trás. As sensações correndo através dele eram
A Matilha de Brac 03
— Você acha que devemos ir ver se está tudo bem? Talvez ele não esteja
mais louco. — Johnny bebericava em seu refrigerante de laranja enquanto ele
e Cecil subiam as escadas.
Antes de Cecil pudesse detê-lo, Johnny abriu a porta do quarto e correu
para dentro.
— Eu sou, hum, eu estou...
— Cai fora! — Blair pegou uma camisa, mas já era tarde demais. Cecil e
Johnny tinham visto todas as marcas de Kota, cobrindo todo o tronco superior.
— Que porra é essa? — Cecil ignorou a explosão de Blair e entrou ainda
mais, vendo Blair colocar sua camisa, cobrindo as múltiplas marcas de
mordida. — Ele está te machucando, Blair?
— Companheiros não devem machucar um ao outro, Cecil. — Johnny
choramingou.
— Ele não está me machucando. Por favor, vá embora. — Blair entrou no
banheiro e bateu a porta.
— Vamos lá, amigo. Eu acho que Blair quer ficar sozinho. — Cecil tirou
Johnny do quarto, levando-o direto para o escritório de Maverick. Ele entrou
para ver Hawk e Kota conversando com seu companheiro.
Ele se trancou no banheiro. Você tem que fazer alguma coisa, Maverick. —
Johnny estava torcendo as mãos e balançando de um pé para o outro.
Maverick olhou para seu companheiro. Cecil acenou em acordo.
— Ok, eu quero que vocês dois vão para a cozinha e façam alguma coisa
para comerem enquanto eu falo com Kota. Ok?
Eles concordaram em uníssono e saíram.
Kota e Hawk voltaram, tomando assento.
— Hawk, você se importaria de me dar um momento com Kota?
Hawk inclinou a cabeça e saiu em busca de seu companheiro.
você não está machucando. Só... cuidado. Isso pode sair de mão muito rápido
quando o sexo está envolvido. — Seu comandante falou como se tivesse
experiência com isso. Talvez ele tivesse.
Kota assentiu com a cabeça, então dirigiu-se lá para cima.
Capítulo Sete
Kota tinha acabado de secar Blair quando alguém bateu à sua porta e
gritou seu nome. Ele envolveu sua cintura com a toalha e atravessou a sala.
— O que é, Murdock? — Kota perguntou.
O Sentinela pediu desculpas por interromper, — Maverick chamou todos
os sentinelas para a praça de alimentação do shopping. Johnny está faltando.
— Estamos a caminho. — Kota e Blair se lançaram dentro das roupas e
saíram correndo pelas escadas. Quando chegaram lá fora, quase todos as
picapes estavam faltando. A calçada de cascalho estava sempre cheia. Era
uma visão sombria.
Eles chegaram ao centro 30 minutos mais tarde, depois de ter quebrado
um pouco as leis de trânsito para chegar lá tão rápido. Kota encontrou Hawk e
Maverick de pé lado a lado, olhos que procuravam a multidão. Hawk parecia
querer matar todas as pessoas do lugar. Ele poderia dizer que o comandante
estava lutando contra a transformação.
— Nós vamos encontrá-lo. Não desista da esperança. Ele é inteligente,
Hawk. — Kota pediu para Blair ficar com Cecil enquanto eles revistavam a
A Matilha de Brac 03
Blair sentou-se com Cecil na cova, tentando descobrir como jogar esse
jogo maldito. Frustrado, ele jogou o controlador para o chão. — Eu
oficialmente sou ruim nisso.
— Só tem que praticar. Pelo menos você não o jogou na televisão como
Maverick fez quando ele ficou chateado. — Cecil estava rindo.
— Acredite em mim, o pensamento passou pela minha cabeça. Eu preciso
de um hambúrguer, grande e gorduroso. Existe um lugar na cidade? — Cara,
ele poderia comer algumas batatas fritas, também. O pensamento fez água na
boca. Um tremor teria atingido o ponto também.
— Sim, deixe-me ver quem pode nos levar.
Cecil voltou frustrado, dizendo a Blair que a maioria dos sentinelas
estavam patrulhando ou no hospital, e aqueles que estavam aqui eram
bastardos preguiçosos.
— Hein, Blair? Quão bom ladrão de carro você é? — Cecil verificou ao seu
redor para ver quem estava ouvindo. Blair fez o mesmo.
A Matilha de Brac 03
— Ei, Blair, que é que aquele cara está fazendo? — Eles tiveram que
parar na frente da lanchonete para esperar sua ordem. As batatas fritas
estavam fritando. Cecil viu como um cara parecendo jamaicano com o chapéu
rastafári saiu de seu Hummer4 na rua e entrou no restaurante.
Duas fêmeas desceram logo em seguida. Entraram por um momento, em
seguida, voltaram para fora. Cecil viu quando os três atravessaram a rua.
Vindo em sua direção. Eles passaram pela janela do motorista e entraram na
lanchonete e sentaram-se. O cara ficou de fora enquanto as mulheres
entraram.
— Não sei, mas o cara parece estar olhando para você. — Blair olhou com
desconfiança, enquanto o rapaz brincava com o seu leitor de MP3, dando um
olhar para Cecil a cada poucos segundos.
— Tenha calma e não faça contato visual. — Blair se sentou, desejando
que a maldita comida já tivesse sido trazida para eles. Ele tinha uma sensação
de que ele sabia quem era o cara, mas ele não quis preocupar Cecil.
— Por que ele está me olhando? — Cecil assobiou para fora em um
sussurro. Ambas as janelas estavam abaixadas.
As duas mulheres voltaram para fora. — Não há nada acontecendo lá
dentro. — Uma delas disse ao jamaicano. Eles observaram o trio cruzar para o
outro lado da rua, o cara ficou no Hummer e as meninas andaram pela rua,
rebolando e acenando para os carros que passavam.
— Uh, Blair, elas são prostitutas?
— Eu acho que sim, Cecil. Não sabia que sua pacata cidade tinha. — Blair
se mexeu na cadeira, extremamente desconfortável. Esta situação estava
trazendo de volta muitas memórias ruins.
Ele sabia que Cecil não sabia nada sobre seu passado, mas ele ainda
sentia vergonha de estar ao lado do rapaz. Parecia que ele tinha um grande
sinal de néon sobre a sua cabeça apontando para baixo para ele piscando: "
Garoto de Programa".
O jamaicano ligou o Hummer, recuando em seguida para cima, puxando-o
para a calçada através da rua para o deles. Ele estacionou a direita de sua
Bem, nada. Ele nem sequer pegou o seu hambúrguer e batatas fritas.
Dakota silenciosamente marchou e o levou direto lá em cima.
— Tira a roupa. — Dakota dirigiu. — Tudo.
— Homem — Blair perdeu um pouco a sua respiração como ele fez o que
foi dito. Cecil lhe devia um grande momento por isso. Dakota parecia poder
mastigar pregos. Não era nada bom. Ele pegava um lobo com tesão ou um
puto a qualquer dia, mas parecia que ele estava ficando ambos agora.
Capítulo Oito
— Eu preciso que você me prometa que não vai a lugar nenhum sem
uma escolta de lobo. — Kota puxou Blair em seus braços, beijando-o no
pescoço e mordeu sua pele.
A Matilha de Brac 03
Blair e Cecil pediram a Evan para levá-los para o café. Blair precisava tirar
de sua mente a ausência de Dakota e o encontro com seu irmão. Eles
tentaram chamar Johnny para ir com eles, mas o rapaz não tinha deixado seu
quarto desde que ele chegou em casa do hospital.
— Eu não tenho que manter meus dois olhos em você dois, eu tenho? —
Evan puxou o SUV no espaço de estacionamento em frente ao café. Blair
percebeu Evan esquadrinhando seu entorno, antes mesmo de permitir que os
dois saíssem do interior do veículo. Quando ele considerou que era seguro,
Evan bateu o botão para destravar as portas.
— Nós prometemos nos comportar. — Blair cruzou seu coração e levantou
a mão como um escoteiro. Ele não queria chatear esse lobo enorme. O cara
parecia respirar dor. Evan tinha 1,96mts, e ele nem chegava a seu ombro.
Não, obrigado.
Enquanto Evan os escoltava, Blair se lembrou de sua carteira no banco
A Matilha de Brac 03
traseiro. Ele prometeu a Evan que ele iria para o Suv e voltaria direto para
dentro. Com hesitação em seus olhos, Evan assentiu.
Assim que Blair estava fechando a porta de trás e voltando-se para correr
para o café, o jamaicano apareceu na parte de trás do Suv.
— Então, menino de programa, e quanto a vir trabalhar para mim? Meu
nome é Jackson. Eu sou o Alfa da Matilha Leste. — Deu a Blair um sorriso
maligno. A pele de Blair arrepiou com o pensamento de ir a qualquer lugar
perto do desprezível.
— Eu não sei do que você está falando. — Blair recuou quando Jackson se
aproximou.
— Eu posso ver um garoto de programa uma milha de distância. Eu pago
muito bem. Vamos lá, você é um profissional. Eu não vou ter que te ensinar
nada. — Jackson esticou-se para Blair quando Evan se aproximou do outro
lado do caminhão.
Cecil colocou seu braço ao redor da cintura de Blair puxando-o para trás.
Blair estava lá chocado como a cena que se desenrolava diante dele. Por que
ele não podia escapar de seu passado? Por que persegui-lo quando tudo que
ele queria era um novo começo? Parecia que correr a distância de quatro
estados para uma cidade pequena, sonolenta, não era longe o suficiente. O
que ele teria que fazer? Deixar o planeta? A sensação de vazio que ele
carregou por tanto tempo começou a rastejar para dentro dele. Não! Ele não
iria permitir que este imbecil destruísse o que Dakota tinha trabalhado tão
duro para reconstruir dentro de Blair.
Os companheiros assistiram quando Evan envolvia sua mão enorme em
torno do pescoço do lobo. — Se nós não estivéssemos cercados por
testemunhas humanas agora, eu rasgaria sua garganta do caralho. Dê o fora
daqui, Jackson. Agora. — Evan lançou o lobo. Blair viu como Jackson ajeitou a
camisa, dando um olhar de desprezo para Blair antes de sair.
Mesmo que Blair soubesse que ele não pertencia mais a essa vida, as
palavras de Jackson o fizeram sentir como uma prostituta suja tudo de novo.
Ele entrou no café com os olhos no chão, sentindo-se inútil e degradado.
Cecil apertou-o pela cintura. — Ei, Kota iria chutar sua bunda se ele te
A Matilha de Brac 03
visse desta maneira. Levante sua cabeça. Tenha orgulho. A opinião de alguém
só deve importa para você se você se preocupa com essa pessoa. Você se
importa com o que esse cara pensa?
— Claro que não. — Blair puxou sua cabeça para cima e respirou fundo.
— Obrigado Cecil.
— É para isso que eu estou aqui. E você deve saber que ninguém em
nossa casa se preocupa com seu passado. Confie em mim.
Kota olhou para a casa que tinha causado anos de dor ao seu
companheiro. Parecia com qualquer outra casa ao estilo de rancho no bairro.
Mas as aparências eram enganosas. Sentou-se lá sabendo como Blair parecia
quando era uma criança brincando no quintal da frente. Quando ele aprendeu
a andar de bicicleta ou quando chegou em casa depois da escola. Seu
companheiro tinha crescido nesta casa.
Blair tinha dito a ele que sua mãe havia fugido com seu chefe. Será que o
seu companheiro de vida teria sido diferente se ela tivesse ficado? Será que
ela teria protegido seus filhos pequenos?
Ela tinha que ter conhecido o monstro com quem os deixou. Tinha que ter
visto os sinais. Ela não se importou? As mães deveriam proteger seus filhos do
mal que se escondia debaixo das camas e nos armários, não abandoná-los
como filhotes de cachorro inúteis.
Uma parte má dele esperava que ela estivesse sofrendo. Ele esperava que
ela estivesse vivendo em um estado perpétuo de inferno assim como seus
filhos tiveram. Ela não merecia nada além disso.
A Matilha de Brac 03
Blair olhou para cima quando uma batida soou na porta de seu quarto.
Cecil estava lá com um sorriso largo no rosto.
— Kota ligou. Ele está a caminho de volta com Oliver. Eles devem chegar
a qualquer minuto.
O coração de Blair começou a correr. Ele seguiu Cecil pelas escadas e se
juntou a ele na sala para aguardar a chegada de seu irmão. Como Oliver
agiria? Será que ele o odiava por não estar lá? Será que ele daria boas-vindas
a Blair com os braços abertos? Seu pai teria molestado seu irmão por ele não
ter estado lá para protegê-lo?
Sua mente estava em um redemoinho de ansiedade até que a porta se
abriu e os quatro homens entraram, Blair se levantou, limpando as mãos na
frente da calça jeans. Ele viu seu irmão e seu queixo caiu. Oliver? De jeito
nenhum. Esse não podia ser ele. Poderia? Como seu pequeno irmão tinha
A Matilha de Brac 03
Capítulo Nove
apenas cuidando de seu companheiro. Ele apreciou o ato, mas odiava que eles
soubessem.
Agarrando os frutos pelos quais Blair o tinha enviado na cozinha, Kota
tomou o caminho para seu quarto. Tinha sido um dia muito difícil.
Ele parou no meio da escada e inclinou a cabeça. Que barulho era aquele?
Kota olhou por cima do ombro para o saguão e não viu nada. Era tarde da
noite, e a maioria dos guerreiros e os três companheiros estavam em seus
quartos. Os seis sentinelas escalados para esta noite estavam de patrulha na
floresta. Então, quem estava perambulando por aí?
Kota colocou a cesta no degrau, os olhos procurando toda a área em
frente a ele. O barulho ficou mais alto e, em segundos, os lobos vieram
correndo pelo corredor na direção da cozinha, onde ele tinha acabado de
estar.
Esses lobos não eram familiares. Kota sabia como os guerreiros eram em
sua forma de lobo, e estes animais não eram nenhum deles.
A agressividade que eles estavam mostrando não prometia nada de bom.
Os intrusos tinham suas orelhas dobradas para trás. Seus dentes
arreganhados e estavam atacando Kota.
Kota se transformou, rasgando a calça como ele tomou sua forma de lobo
de madeira. Ele andou em direção aos lobos cinzentos. Embora ele fosse de
longe muito maior, eles estavam em maior número. Parecia haver sete ao
todo.
Kota jogou a cabeça para trás e uivou, alertando os outros, quando ele
pulou da escada. Os sete não ficaram parados. Quatro correram até a escada.
Isso não podia estar acontecendo. Kota separou-se da briga em que foi
apanhado e correu atrás deles. Ele teve que chegar a Blair.
— Dakota! — Seu companheiro estava gritando no topo de seus pulmões
da direção de seu quarto.
Kota encontrou os quatro quando entrou pela porta aberta. Seu
companheiro enrolado em um canto, encolhido com um lobo rangendo e
rosnando para ele.
O guerreiro não parou para pensar. Kota pulou nas costas do invasor,
A Matilha de Brac 03
usando seu enorme peso para levar o lobo cinzento para baixo.
Blair correu para o banheiro, andando de quatro, até chegar a ele e bateu
a porta fechada. Kota ficou agradecido por seu companheiro ter usado seu
cérebro em uma crise. Ele o livrou de ter que manter um olho em seu
companheiro, enquanto lutava.
Como estes sete passaram pelo patrulhamento dos Sentinelas, essa era
uma boa pergunta. Os sentinelas na floresta estavam sob ataque também? Se
assim fosse, quantos haviam invadido?
Kota podia ouvir a briga no corredor quando ele fechou a mandíbula sobre
no lobo sob ele. O lobo cinzento lutou, chutando e arranhando para se libertar.
Kota não ia permitir isso. Não com seu companheiro atrás da porta do
banheiro.
Kota aplicou pressão quanto o lobo sob ele rasgou seu ventre, as garras
entraram na pele de Kota. Sua forma de lobo sacudiu a cabeça energicamente
para trás e para frente, tentando agarrar o pescoço do lobo cinza.
Ele rosnou alto quando viu Blair espreitar pela abertura da porta. Blair
deve ter ouvido o rosnado dele, porque ele logo fechou.
Kota estava cansado de brincar. Ele precisava ver o que estava
acontecendo lá fora no corredor. Colocando toda a sua força para trás, Kota
puxou o pescoço do lobo cinzento, até que ouviu um estalo.
Não querendo deixar o cadáver no quarto com seu companheiro, Kota
arrastou-o para o corredor com ele. Depois de soltá-lo, ele uivou novamente
para o quarto. Blair enfiou a cabeça para fora de seu esconderijo, viu que o
quarto estava limpo, então correu atravessando-o e bateu a porta do quarto,
fechando-a.
Satisfeito que seu companheiro estava seguro, Kota voltou sua atenção
para os outros para ver os lobos, Murdock e Ludo, lutando com dois lobos
cinzentos no corredor. Os intrusos pareciam pouco determinados. Eles
estavam atrás do que?
Murdock e Ludo finalmente derrubaram seus adversários, e Kota se
juntou a eles quando eles caçaram as ameaças restantes.
Todos se acalmaram quando ouviram as unhas clicando até a escada. Um
A Matilha de Brac 03
rosnado que parecia um trovão em franca explosão ecoou pelo corredor. Kota
conhecia aquele rosnado. Havia apenas um lobo que soava como uma besta
do inferno.
Maverick.
O Alfa caminhou lentamente pelo corredor em direção a eles. Kota
poderia realmente ouvir as tábuas do piso protestando sob seu peso. Os
dentes de Maverick estavam arreganhados quando ele passou por eles. Nunca
atravesse o seu caminho.
Maverick foi à caça. Kota seguiu atrás dele, olhando por cima do ombro
para a porta do quarto, verificando que ainda estava fechada.
Havia outra carcaça morta quando viraram a esquina. Cody estava
rosnando sobre ele. Isso fez quatro lobos cinzentos mortos. Onde estavam os
outros três?
A cabeça de Kota se desviou quando um lobo cinzento saiu voando para
fora do quarto do Comandante Hawk, acertando a parede com um baque
forte, em seguida, caindo ao chão. Hawk saltou de seu quarto, latindo e
mordendo o lobo que não estava se movendo. Kota sabia como ele se sentia.
A cabeça de Maverick lentamente se virou, olhando diretamente para
Kota. Ele pensou que Maverick o estava delimitando ali para o corredor até a
esquina. Kota e os outros seguiram rapidamente. Kota virou a esquina a
tempo de ver Maverick saltar sobre um lobo cinzento, ambos mergulharam de
cabeça rolando pela escada em caracol.
Sua cesta de frutas saiu voando junto com os lobos. Maverick era grande
demais para a criatura intrusa. Maverick abriu a boca, grande como o inferno,
Kota pensou enquanto observava com uma espécie de temor destacado
quando Maverick agarrou o pescoço do lobo cinza. Quase separando a cabeça
do corpo com o tamanho dos caninos do Alfa.
Maverick era o maior lobo de madeira que já nasceu. Do focinho à ponta
da cauda, ele tinha 3m de comprimento e pesava mais de 150k. O lobo
cinzento nunca teve uma chance. Maverick se transformou. — Kota, Hawk, vá
para seus companheiros. Fique com eles. Um escapou, e ele é meu.
Kota não precisava ser mandado duas vezes. Ele pode ouvir Maverick
A Matilha de Brac 03
dizendo ao guerreiro Tank para ir até seu companheiro Cecil e protegê-lo com
sua vida.
Maverick não estava brincando.
Kota mudou em sua forma humana, batendo na porta de seu quarto. —
Abre agora Raio de Sol, sou eu.
A porta se abriu, e Blair caiu em seus braços. — O que está acontecendo?
O que está acontecendo? Eu pensei que era você chegando à porta. Eu
pensei... — Blair irrompeu em lágrimas quando Kota pegou seu companheiro e
levou-o para uma das cadeiras almofadadas.
— Eu tenho você, Bebê. — Blair se enrolou seus braços, soluçando. —
Você está seguro, bebê. — Kota puxou seu companheiro apertado contra o
peito, circundando os braços em torno dele. Ele colocou o rosto na cabeça de
Blair. Seus olhos se fecharam com alívio por seu companheiro ter saído ileso.
Tudo o que ele podia ver era a imagem do lobo cinzento com seu
companheiro impotente encurralado. Kota queria voltar para o corredor e
matar o filho da puta de novo. Ele nunca mais queria ver aquele olhar de
terror no rosto de seu companheiro.
Blair passou os braços em volta do pescoço de Kota, fungando enquanto
abraçava Kota firmemente. — Está acabado agora?
— Não, ainda tem um. Maverick está caçando ele agora. Ele não será
capaz de se esconder. Os lobos madeira são superiores em seus ouvidos e
capacidade de perseguição. É só uma questão de tempo antes Maverick
encontrá-lo.
— Nós temos que nos esconder Kota. — Seu companheiro tentou
contorcer-se de seus braços.
— Não, nós não temos. Sente-se aqui, Raio de sol. — A ideia de se
esconder era um absurdo para Kota. Nunca em sua vida ele tinha se
escondido de alguém, e ele não começaria agora. Mesmo com a necessidade
de proteger seu companheiro, Kota Amergan não iria enfiar seu rabo entre as
pernas.
Kota enrolou o cabelo de Blair em sua mão enquanto inclinava a cabeça
de seu companheiro para trás. Kota tomou posse da boca de seu
A Matilha de Brac 03
pequeninos ameaçados assim. Melhor para eles que o meu companheiro não
está aqui.
— Ou o quê? Você iria deixá-los andar sobre você como um trepa-trepa?
— Remi estourou a rir.
— As crianças gostam — resmungou Tank.
— Ok, podemos voltar aqui? — Maverick sentou mais a frente. — Tank e
Cody podem ir. Eu conheço algumas pessoas que não são fiéis a ele. Vá até
eles, descubram exatamente por que Alfa Jackson - com licença do título -
está atrás dos companheiros.
Kota se levantou para sair.
— Não tão rápido, Beta.
Merda. Pela primeira vez Kota pensou que ele poderia sair do escritório de
Maverick rapidamente. Essa não era sua noite.
Capítulo Dez
jogando poker, mas estava parecendo mais gin rummy 5. Talvez o rapaz
estivesse confuso.
Ele pôs o cabelo atrás da orelha, olhando para seu colo. A imagem do
rosto de Johnny, quando ele viu o corpo de Blair ainda o fez ter certeza do que
estes dois sentiam por ele. Ele olhou para cima quando Cecil bateu seu joelho
com o punho.
— Tudo bem. Nós todos temos as nossas coisas. O seu é apenas...
diferente. — Cecil sorriu amplamente.
Blair olhou para os olhos inocentes de Johnny. — Eu não sou uma
aberração — ele murmurou.
— Ninguém disse que você era.
Ele não estava tão certo de que ele podia acreditar em Cecil. Ele se sentia
como uma. Ele só não queria que os dois olhassem para ele como um. A casa
inteira sabia do seu passado sórdido. Sabia que ele havia sido um garoto de
programa. Blair sempre se perguntava se algum dos guerreiros não olhava
para ele com um ar de nojo.
Naquele momento ele desejou que ele pudesse ter uma vida normal como
os dois sentados com ele. Como teria sido crescer com uma mãe? Ser amado
incondicionalmente, sem ser molestado? Acho que não estava nas cartas para
ele. Blair riu quando ele pegou um cartão. Era o coringa. A propósito.
— Vamos jogar? — Johnny pegou todas as cartas, tentando o seu melhor
para embaralhar. Mas as cartas acabaram mais no chão do que em suas mãos.
— Eu posso fazer isso — Blair ofereceu erguendo sua mão.
— Tudo bem. Você tem que dar sete cartas para cada um. Se os números
ou letras forem iguais, você as coloca para baixo. Mas tem que ser três delas.
— Johnny disse as regras. Ok, então eles não estavam jogando poker.
— Ei, Johnny, diga a Blair sobre sua mãe. — Cecil bateu na perna de
Johnny, apontando para Blair.
— Eu não gosto de falar sobre ela.
— Não force ele, Cecil. — Blair se virou para a gracinha de cabelos loiros.
— Você não precisa fazer isso.
— Eu costumava ficar com esse cara. Seu nome era Jeremy. Sua maneira
de dizer eu te amo era com seu punho.
Blair soltou as cartas no chão, dando a Cecil toda sua atenção.
— Eu pensei que era tudo que eu teria. Eu não sabia como sair dele.
Então, Maverick veio junto. Ah, menino, foi um choque. — Cecil riu. — Ele
praticamente me disse que eu era dele e que era isso. Eu tinha medo de
confiar nele, pensei que ele seria como Jeremy.
— Minha mãe era uma drogada, — Johnny ofereceu. — Ela sempre me
deixou e meu irmão sozinhos. Então meu irmão era meio, bem... — Johnny
correu seus dedos sobre sua bochecha. Onde uma cicatriz feia corria sob seu
olho direito. — Eu estou indo encontrar Hawk.
Blair viu-o ir. O carinha parecia tão triste. — O que aconteceu? — Blair
voltou-se para Cecil.
— Seu irmão usou-o como um saco de pancada e quase o matou. Ele não
é o mesmo desde então. O ponto que eu estava tentando mostrar era que
todos nós temos problemas. O seu é diferente, mas não único. Entendeu?
Blair pensou sobre isso. Acho que eles não têm uma vida tão normal
depois de tudo. Ele olhou para cima para ver Dakota de pé na porta. Blair
levantou-se, fazendo seu caminho para seu companheiro. — Eu te amo,
Dakota.
— Você é tudo para mim, bebê. Lembre-se, sempre que você vale mais
para mim do que minha própria vida.
Bem, inferno. Blair ia chorar como um idiota se o seu lobo não calasse a
boca. Ele encolheu-se nos braços de Dakota. — Podemos ir lá em cima?
— Você leu minha mente.
Blair gritou quando Dakota o agarrou e jogou-lhe sobre os ombros. —
Impaciente?
— Você acha? — Dakota riu quando ele correu até aos degraus
quebrados. — Não foi possível pegar suas frutas.
— Que frutas? — Brincou Blair quando seu companheiro chutou a porta
do quarto, abrindo-a. — Homem das cavernas.
— Eu quer Blair. Ficar nu, querer sexo.
A Matilha de Brac 03
carne ardida, em seguida, mordendo-a. Blair gritou. Seu sangue parecia estar
pegando fogo. Isso era demais, muitas sensações cavalgando seus nervos.
Ele puxou os punhos de novo, desesperadamente querendo tocar em
Dakota e desejando a sensação de estar protegido de uma só vez. Seu
cérebro entrou em curto-circuito.
Quando Dakota repetiu o processo em sua outra bochecha, Blair perdeu.
Ele gozou mais uma vez. Seu corpo estremeceu quando Dakota agarrou sua
cintura e cobriu suas costas.
— Eu tenho você, bebê. Eu tenho você. — Seu companheiro beijou-lhe a
espinha. Blair choramingou. Ele tinha odiado o sexo até seu guerreiro
aparecer e mostrar a ele que não tinha que ter sentido. Sexo não tinha que
ser frio.
O corpo de Blair agitou quando Dakota enfiou os dedos lubrificado nele.
Seu corpo estava tão mole. Tudo o que Blair podia fazer era gemer. Sua testa
bateu no colchão quando Dakota entrou nele. Se ele gozasse mais uma vez,
ele seria drenado de todos seus fluidos. Ele já podia sentir sua pele
murchando.
— Não é possível, o meu companheiro não consegue de lidar com um
pouco de amor? — Dakota brincou enquanto beijava a pele Blair entre cada
palavra.
— Um pouco? Se você continuar assim, você terá que trocar-me por uma
luz azul especial.
Dakota tinha o mais sexy e profundo riso. Suas mãos apertaram os
quadris de Blair, dirigindo-se para dentro, os ombros de Blair desabaram
quando Dakota entrou nele. Ele podia sentir seu coração acelerado, e sua boca
estava completamente seca. Ele gritou quando Dakota agarrou seus cabelos,
puxando-o novamente, a sensação de prazer e dor enviou-o ao limite, mais
uma vez ele gozou sobre os lençóis. A única coisa que ele sentia era o seu
lobo.
— Meu. — Dakota rosnou quando ele selou a ferida.
— Sim. — Isso era tudo que Blair conseguiria falar. Seu corpo parecia um
saco de ossos inúteis. Ele foi bem amado esta noite.
A Matilha de Brac 03
— Eu acho que você não quer jogar o Xbox. — Cecil sorriu e piscou para
Blair. —Maverick me fez mancar antes.
Blair bateu a mão de Kota para longe, quando ele tentou afofar o
travesseiro pequeno atrás dele. Kota estava realmente tentando seu melhor
para não soltar o riso. Mas pequenos risos continuavam escapando.
— Tank e Cody voltaram. Sem sorte na perseguição do Jackson ardiloso e
louco. — Hawk informou a Kota.
— Ele vai escorregar. E nós vamos pegá-lo. — Kota não tinha certeza se
ele estava tranquilizando seu comandante ou a si mesmo. Tudo o que ele
sabia era que ninguém chegaria perto de seu companheiro novamente. Ele
sentiu medo suficiente para uma centena de anos.
— Jogando essa porcaria homo, eu vejo.
A cabeça de Kota estalou em volta para ver Oliver em pé na porta.
— Cuidado com a língua rapaz. Esse com quem você está falando é seu
irmão. — Kota rosnou, dando um passo em direção ao rapaz. Talvez ele
pudesse assustá-lo levemente.
Oliver virou-se.
Micah tirou Oliver do caminho quando Kota se lançou para ele. Criança ou
não, Kota ia ensinar ao pirralho algumas maneiras.
O guerreiro Micah rebocou Oliver de seus pés, levando-o até as escadas.
— Você está bem Raio de Sol?
Seu companheiro suspirou. — Sim, parece que de algumas coisas você
não pode correr suficientemente longe. — Blair sacudiu a cabeça. — Eu sei
que eu fiz foi por sobrevivência. Eu tenho que viver com isso. O que me
preocupa é o meu irmão. Quaisquer que sejam os demônios que o estão
perseguindo, ele não será capaz de correr para longe o suficiente. Mas ele vai
enfrentá-los. Tenho fé nele.
A Matilha de Brac 03
Micah puxou o braço de Oliver quando ele o arrastou para seu quarto.
O menino tinha lutado por todo o caminho até as escadas, seu desafio
inacreditável.
Este jovem estava lutando contra as mesmas pessoas que tentavam
ajudá-lo.
Micah fez o possível para entender o que Oliver estava passando e dar-lhe
algum tempo, mas ser tão ostensivamente cruel era errado.
— Este é o lugar onde você vai dormir. — Ele apontou para o quarto
adjacente. — Eu sugiro que você tome cuidado com sua língua por aqui.
— Vá se danar. Você não é meu pai. — Oliver puxou o braço do aperto de
Micah.
— Você está numa casa cheia de homens que não toleram a sua atitude e
comportamento, então até que você possa adotar uma forma decente, você
ficará no nosso quarto. — Micah rosnou para ele.
Ele não podia acreditar que seu companheiro havia atacado seu irmão
daquela forma.
Micah soltou um suspiro, pensando no longo caminho que seu
companheiro e ele tinham à sua frente na batalha contra os demônios de
Oliver.
FIM
A Matilha de Brac 03