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Exercícios 1 a 11 da página 149 do manual de

Português

1. O Auto da Barca do Inferno é um auto de moralidade, em que é retratada a


sociedade na época de Gil Vicente e que vale também como uma advertência e
uma edificação; indicando todos os pecados que a afastam da salvação.
2. O argumento da peça é o julgamento das almas humanas na hora da morte.
Como lugar deste julgamento é escolhido um profundo braço de mar (a água
como símbolo da passagem da vida para a morte e da purificação) onde estão dois
arrais: um conduz a Barca da Glória (o Anjo), outro a Barca do Inferno (o Diabo).
3. O espaço cénico é um cais, onde se encontram duas barcas: uma com destino
ao inferno, comandada pelo Diabo, e a outra, com destino ao paraíso, comandada
pelo Anjo.
4. O Diabo e o Anjo simbolizam, respetivamente, a maldade e a bondade, o
Inferno e o Paraíso, a condenação e a salvação.
5. Várias personagens são consideradas personagens-tipo porque são personagens
que representam comportamentos e características físicas e psicológicas de uma
classe ou de um grupo social.
6. Duas importantes classes sociais da época de Gil Vicente por ele criticadas são
o clero (Frade Gabriel) e a nobreza (Fidalgo D. Anrique).
7. A função dos símbolos cénicos é representar os vícios e pecados das
personagens, ajudando à sua caracterização. O Parvo não pecou e, por isso, não
se faz acompanhar de quaisquer símbolos cénicos.
8. Gil Vicente aplica ao seu teatro a máxima “ridendo castigat mores" isto é, a rir
castigam-se, corrigem-se os costumes, mostrando pelo riso, pelo registo cómico,
os vícios, os defeitos, as falhas humanas. Os tipos de cómico presentes nesta peça
são o cómico de carácter que resulta do temperamento das personagens: “Fidalgo:
Parece-me isso cortiço...”, o cómico de linguagem que resulta da estrutura da
frase e/ou das palavras escolhidas: “Onzeneiro: Aqueloutro marinheiro/ porque
me vê vir sem nada/ dá-me tanta borregada/ como arrais lá do Barreiro.” e o
cómico de situação que resulta do próprio enredo, das peripécias, dos
acontecimentos ocorridos: “Onzeneiro: quero lá tornar ao mundo/ e trarei o meu
dinheiro.”
9. O Auto da Barca do Inferno é uma sátira porque ridiculariza os vícios e os
defeitos de uma época, e de pessoas, de forma mordaz e sarcástica.
10. O recurso expressivo utilizado é o eufemismo, utilizado para atenuar o destino
da barca, o Inferno, não o referindo diretamente.
11 a. Um arcaísmo no primeiro verso é “Dix”.
b. O processo fonológico que ocorreu na transformação de avantagem- vantagem
é a aférese.
Gramática:
Substitui por um pronome pessoal o Complemento Direto presente na seguinte
frase:
O parvo alcançará a salvação, esperando no cais.
R: O Parvo alcançá-la-á, esperando no cais.
1.1. Coloca a frase obtida na negativa.
R: O Parvo nunca alcançá-la-á, esperando no cais.

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