Você está na página 1de 23

USJT – Pós Graduação

Engenharia de Redes e Serviços de Telecomunicações

Redes ATM e MPLS

Arquitetura MPLS

Jorge Sarapka
Arquitetura MPLS
Arquitetura MPLS
Introdução aos Labels MPLS

• Um label MPLS é um campo com 32 bits com uma estrutura


determinada.

Os primeiros 20 bits constituem o valor do label – estando este


valor entre 0 e 220 -1, ou seja, 0 a 1.048.575 .
Arquitetura MPLS
Introdução aos Labels MPLS

O campo EXP (bits 20 a 22), são os 3 bis EXPerimentais que são


usadas apenas para QoS (Qualidade de Serviço)
O bit 23 é o bit Bottom of Stack – se o Label for o último da pilha (fundo
da pilha), este bit vai para 1, caso contrário é 0.
Os bits de 24 a 31 são os 8 bits usados para Time to Live, com a mesma
função dos bits TTL do cabeçalho IP (ou seja, é decrementado a cada
hop), sendo o pacote descartado quando TTL chega a 0.
Arquitetura MPLS
Empilhamento de Labels
Os roteadores MPLS (chamados: Label Switch Router – LSR) podem
requerer mais de um label associado a um pacote para rotear este pacote
através da rede MPLS, ou seja uma pilha (stack) de labels.
Exemplos são as aplicações MPLS VPN e AToM que usam pilhas de 2
labels.

Topo da Pilha (top)

Fundo da Pilha (Bottom)


Arquitetura MPLS
Label Switch Router (LSR)

• É o roteador que suporta MPLS, ou seja, que é capaz de entender os labels MPLS e de receber
e transmitir um pacote rotulado num link de dados.

• Numa rede MPLS existem 3 tipos de LSRs:


– Ingress LSR – recebe um pacote não rotulado ainda, insere um label (ou stack) na frente
do pacote e o envia ao link de dados
– Egress LSR – recebe o pacote rotulado, retira o label e envia este pacote ao roteador do
usuário. Estes dois primeiros tipos são LSRs de borda (edge).
– LSR Intermediário – recebe um pacote rotulado, performa uma operação, chaveia o pacote
e o envia ao link de dados correto.

• Um LSR pode realizar as operações: pop (disposing LSR), push (imposing LSR) e swap.
Arquitetura MPLS
Label Switch Path (LSP)

LSP é uma sequência de LSRs que chaveiam um pacote rotulado através de uma rede MPLS (ou de parte de uma rede) É o caminho que os pacotes
• tomam. O primeiro LSR de um LSP é o Ingress LSR para aquele LSP, enquanto o último é o Egress LSR. Todos os demais LSR entre estes dois são os
Intermediate LSRs.
O LSP é unidirecional, ou seja, o LSP no caminho contrário pode ser formado por outro conjunto de roteadores.

Arquitetura MPLS
LSPs Aninhados (Nested LSP)

• N figura temos um LSP (três roteadores mais internos) aninhado (ou embutido) em outro LSP (que ‘atravessa’ toda a largura da rede).
• Quando o pacote entra no 1o. Roteador do LSP interno (3o. do LSP maior), ele já vem rotulado. O LSR de ingresso do LSP interno,
acrescenta mais um label no topo da pilha (que terá dois labels).

1o. Roteador do 
LSP aninhado
Arquitetura MPLS
Forwarding Equivalence Class (FEC)

Uma Classe de Equivalência no Envio (FEC) é um grupo de pacotes que é enviado ao longo de um mesmo caminho e que são tratados da mesma forma, no que diz respeito ao encaminhamento.
• Todos os pacotes pertencentes a um mesmo FEC tem o mesmo label (rótulo).
• O roteador de ingresso (ingress LSR) é que decide quais pacotes pertencem a qual FEC (é este roteador que classifica e rotula os pacotes).
• Exemplos de FECs:
• Pacotes com endereço IP de destino com um certo prefixo
– Pacotes de multicasting destinados a um determinado grupo
– Frames de nível 2 recebidos de um circuito virtual (VC) pelo ingress LSR a serem transmitidos em um VC no egress LSR
– Pacotes com endereço IP de destino que pertençam ao mesmo conjunto de prefixos BGP (Border Gateway Protocol) contendo o mesmo próximo hop.

Arquitetura MPLS
Forwarding Equivalence Class (FEC)

• No último caso, todos os pacotes no ingress LSR para os quais o


IP de destino aponta para um conjunto de rotas BGP, na tabela de
roteamento – todos com o mesmo endereço BGP de próximo hop
– pertencem a um FEC. Isto significa que todos os pacotes que
entram na rede MPLS recebem um label que depende de qual é o
próximo hop.
Arquitetura MPLS
Distribuição de Labels

• O LSR de ingresso recebe um pacote e coloca o primeiro label (o qual estabelece o caminho do pacote
pela rede – o LSP) e envia o pacote para um link de saída.
• O LSR intermediário (e todos os intermediários fazem o mesmo) troca o label (topo da pilha) do pacote
recebido por um outro label (label de saída) e envia o pacote para o link de saída.
• O LSR egresso do LSP recebe o pacote, retira o label e encaminha o pacote para o roteador do cliente.

Para que isto funcione, os roteadores (LSRs) adjacentes devem “combinar”


que label usar para cada destino (prefixo). Cada LSR intermediário tem de
descobrir por qual label de saída, cada label de entrada deve ser substituído.
Ou seja, é necessário existir um mecanismo que informe aos roteadores qual
label usar quando encaminharem um pacote pela rede MPLS.
Os roteadores precisam de uma forma de comunicação entre eles para este
propósito. Em outras palavras, é necessário um PROTOCOLO DE
DISTRIBUIÇÃO DE LABELS.
Arquitetura MPLS
Distribuição de Labels

• A distribuição de labels pode ser feita de duas formas:

– Adicionar o label a um protocolo de roteamento IP já existente;


– Ter um protocolo separado para distribuição de labels. O LSR intermediário (e todos os intermediários fazem o mesmo) troca o
label (topo da pilha) do pacote recebido por um outro label (label de saída) e envia o pacote para o link de saída.
ADICIONANDO LABELS A UM PROTOCOLO DE ROTAMENTO EXISTENTE

• Neste caso não é necessário um novo protocolo para executar nos LSRs, mas o protocolo de roteamento IP existente deve ser
extendido para carregar os labels. Esta implementação para protocolos de roteamento vetor-distância (como o EIGRP) é direta,
porque cada roteador origina um prefixo para sua tabela de gerenciamento. O roteador só tem de anexar um label a aquele prefixo.
Arquitetura MPLS

Distribuição de Labels

RODANDO UM PROTOCOLO SEPARADO PARA DISTRIBUIÇÃO DE LABELS


• A escolha de todos os fabricantes de roteadores foi por um novo
protocolo de distribuição de labels para prefixos IGP. Este protocolo é o
Label Distibuition Protocol (LDP).
Arquitetura MPLS

Distribuição de Labels com LDP (Label Distribution Protocol)

RODANDO UM PROTOCOLO SEPARADO PARA DISTRIBUIÇÃO DE LABELS


• Para cada prefixo IGP IP em sua tabela de roteamento IP, o LSR cria uma associação local,
ou seja, ele associa um label ao prefixo IP. O LSR então distribui esta associação a todos
os seus vizinhos LPD. Os vizinhos, então, armazenam estas associações remotas e locais
numa tabela especial chamada de LIB (Label Information Base). Cada LSR tem uma única
associação local por prefixo, mas cada LSR tem mais de uma associação remota, pois ele
frequentemente tem mais de um LSR adjacente.
Arquitetura MPLS
Arquitetura MPLS

Label Forwarding Instance Base (LFIB)

• A LFIB é a tabela usada para encaminhar pacotes com label. Ela é populada com os labels de
entrada e de saída para os LSPs, sendo que o labels de entrada é a associação local do LSR
particular e o label de saída é o label remoto escolhido pelo LSR entre todas as associações
possíveis. Todas estas associações remotas são encontradas na LIB.
• A LFIB escolhe apenas um entre todos os possíveis labels de saída para todas as associações
remotas possíveis na LIB e instala na LFIB.
• Dependendo da aplicação esta escolha pode ser feita de diferentes formas.
Arquitetura MPLS
Payload MPLS

• Todos os cabeçalhos de protocolos de Nível 2 tem um campo para indicar que tipo de protocolo de Nível 3 está
sendo transportado, mas isto não ocorre com o Label MPLS. Deste modo como um LSR irá saber qual é o
protocolo que vem atrás da pilha de labels, ou seja, como ele irá saber que tipo de Payload aquele pacote está
carregando?
• Os LSRs intermediários não precisam desta informação, pois toda informação que eles precisam para chavear o
pacote está no topo da pilha de labels.
• O LSR de egresso precisa saber que tipo de payload está vindo no pacote, pois ele precisa encaminhá-lo para a
rede do cliente.
• Este LSR de saída da rede MPLS é quem fez a associação local, o que significa que ele associou um label local
àquele FEC e portanto ele sabe o que o FEC é.
Arquitetura MPLS

Espaço de Label MPLS

• Um LSR pode informar o mesmo label (remoto) para dois LSRs que
estejam ligados a ele, somente se ele conseguir distinguir de qual destes
LSRs chegou um pacote rotulado.
Arquitetura MPLS
Espaço de Label MPLS

• Este escopo de label é chamado de Espaço de Label POR-INTERFACE, devido ao fato do Label L1 só ser único, quando estiver
associado a uma interface específica.

• Se está sendo usado o Espaço de Label Por-Interface, o pacote recebido não é encaminhado apenas baseando-se no label, mas também
na interface de entrada por onde ele foi recebido.
Arquitetura MPLS

Espaço de Label MPLS

• Outra possibilidade é o Espaço de Label POR-PLATAFORMA :

• Neste caso o LSR A Distribui o mesmo label associado ao FEC 1 para os


LSRs A e B, mas no caso do FEC2, deve distribuir um label diferente de L1.
O pacote será encaminhado baseando-se apenas no label recebido.
Arquitetura MPLS

Modos MPLS

• Um LSR pode usar diferentes modos quando está distribuindo labels:

– Modo de distribuição de label


– Modo de retenção de label
– Modo de controle LSP

• Cada modo tem suas próprias características, que veremos a seguir.


Arquitetura MPLS

Modo de Distribuição de Labels

• A arquitetura MPLS possui dois modos para distribuir associações de label:

– Downstram-On_Demand – DoD
– Unsolicitated Downstream - UD

• No modo DoD, cada LSR solicita ao seu LSR de next hop (ou seja, o LSR
downstream) no LSP, uma asociação de label para um determinado FEC. O LSR
downstream é o roteador de next hop indicado na tabela de roteamento IP.
• No modo UD, cada LSR distribui uma associação aos LSRs adjacentes, sem que
estes LSRs solicitem um label. Neste modo, um LSR recebe um label remoto de
cada LSR adjacente.
Arquitetura MPLS

Modo de Distribuição de Labels

• No caso do modo DoD, a LIB mostra apenas uma associação remota,


enquanto que no caso UD, você provavelmente verá mais de uma.
• O modo de distribuição usado depende apenas da interface e da
implementação.

Você também pode gostar