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Rotina de

Fortalecimento do
Trabalho Coletivo

(VCE.1)
(VCE.1) 1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 3
O QUE É A ROTINA ............................................................................................................. 4
ROTEIROS DE TRABALHO ................................................................................................ 7
1º momento: apresentação da rotina e envolvimento dos professores ...................... 7
2º momento: identificação dos estudantes que serão atendidos ................................ 8
3º momento: planejamento e realização de ações coordenadas ............................... 10
4º momento: acompanhamento da realização das ações coordenadas ................... 14
5º momento: avaliação .................................................................................................. 15
INSTRUMENTOS ............................................................................................................... 17
Observação de sala de aula (parte 1) – Mapeamento de necessidades dos
estudantes atendidos (professor) ................................................................................ 17
Observação de sala de aula (parte 2) – Acompanhamento das ações
coordenadas (professor) .............................................................................................. 18
Observação de sala de aula (coordenador escolar) ................................................... 19
POSSÍVEIS CENÁRIOS ..................................................................................................... 21

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INTRODUÇÃO
Sabemos que o Ensino Médio possui uma característica importante que diz respeito a
quantidade de professores ministrando diferentes disciplinas, com estilos,
capacidades e métodos diversos. Essa diversidade acaba gerando muitas vezes uma
fragmentação, distanciando os professores da perspectiva da sala de aula como um
ponto de encontro entre um grupo de estudantes e uma equipe de docentes, e não a
sucessão deles.
Assim, a dinâmica da instituição escolar, imersa em seus desafios e demandas
diversas, favorece a realização de ações individualizadas em detrimento do
desenvolvimento de um trabalho mais colaborativo entre os professores. As ações
individuais podem criar desequilíbrio entre as práticas pedagógicas. Além disso,
enfraquecem o sentido de grupo e podem causar desorientação nos estudantes, que
percebem a falta de comunicação e incoerência entre docentes.
Partindo dessa premissa, acreditamos na importância de realizar um trabalho mais
colaborativo entre os professores, a fim de potencializar a reflexão sobre suas
práticas e agregar diferentes olhares sobre problemas comuns, resultando em uma
atuação pedagógica coerente do corpo docente no que se refere ao desenvolvimento
dos estudantes.
No Ensino Médio, a relação dos estudantes com a escola se modifica e eles passam
a questionar com veemência as regras apresentadas pela instituição escolar. Nesse
momento, os conflitos entre a cultura escolar e a cultura juvenil tendem a aumentar.
Além disso, a juventude é um período de grandes experimentações e descobertas
dos sujeitos jovens; é quando se intensifica o processo de construção da identidade, o
desenvolvimento da autonomia e a busca pela independência. Nesse contexto, é
comum que alguns estudantes apresentem, por exemplo, diminuição no seu
rendimento escolar ou dificuldades de relacionamento.
Desse modo, é fundamental que a equipe de professores realize ações coordenadas,
planejadas coletivamente, a fim de auxiliar os jovens, com olhar atento para as
especificidades de cada um. Para apoiar o corpo docente na elaboração e realização
dessas iniciativas, propomos a implementação desta rotina.

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O QUE É A ROTINA
Considerando a importância da atuação do professor no desenvolvimento,
engajamento e acolhimento dos estudantes, as práticas cotidianas desse profissional
precisam estar voltadas às necessidades de cada um. Essas necessidades são
percebidas e atendidas pelos docentes de diferentes modos, a depender, por
exemplo, das expectativas sobre os estudantes, da sua trajetória profissional, do
apoio da escola e das possibilidades de atuação em sala de aula.
A perspectiva do grupo de professores sobre as dificuldades desses estudantes, e um
trabalho coletivo para o desenvolvimento deles, tendem a ser mais potentes para
auxiliá-los do que iniciativas fragmentadas e isoladas.
Nesse sentido, a Rotina de Fortalecimento do Trabalho Coletivo apresenta estratégias
e reflexões para apoiar os professores na elaboração e realização de ações
coordenadas voltadas para os estudantes que apresentam dificuldades relacionais,
diminuição no rendimento escolar e na participação. Denominamos ações
coordenadas aquelas desenvolvidas coletivamente pelos professores para auxiliar
estudantes em suas dificuldades educacionais. Desse modo, elas complementam
ações individuais, com intervenções diferenciadas e integradas.
Por se tratar de uma iniciativa que depende do esforço coletivo de docentes, esta
proposta foi elaborada de forma a ser conduzida por você, coordenador escolar, e
desenvolvida nas reuniões de trabalho pedagógico coletivo da escola. O ideal é que
reúna todos os professores de diferentes áreas da mesma turma, para que consigam
ter um olhar e apoio coordenado sobre os mesmos estudantes. No entanto, como as
reuniões de planejamento coletivo são divididas por área e realizadas em diferentes
dias da semana a implementação desta rotina também pode ser realizada utilizando a
estrutura já existente.
Nesse cenário, é preciso cuidar que, mesmo com essa divisão, os professores
discutam sobre os mesmos estudantes e elaborem ações que, ao serem coordenadas
entre si, irão beneficiá-los. Assim, é preciso que as discussões realizadas por cada
área do conhecimento, bem como as ações em sala de aula e seus avanços, sejam
compartilhadas entre todos os envolvidos. Nessa situação, você conduzirá a
articulação entre os Professores Coordenadores de Área (PCA) e estes com os
professores das respectivas áreas. Acompanhar esse processo com eles é o que
garantirá alinhamento e coerência para que as ações sejam realmente coordenadas e
auxiliem cada estudante como o esperado.
A discussão coletiva dos professores da mesma turma sobre os estudantes já
acontece na escola, nos conselhos de classe. Trazer o olhar do coletivo sobre cada
jovem, juntando com o esforço do grupo em apoiar aqueles que começam a
apresentar dificuldades, pode evitar situações em que não haja tempo hábil para
apoiá-los. Essa prática coletiva, realizada com periodicidade, poderá ampliar a
reflexão nesses momentos para além dos casos críticos e, aos poucos, sinalizar a
necessidade de novas adequações na dinâmica das escolas.

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Ao orientar o planejamento de ações coordenadas com os professores, é importante
garantir um ambiente propício para exporem suas práticas, dúvidas e novas ideias.
Para isso, o acerto e o erro precisam ser valorizados como características inerentes
aos espaços criativos. Vale destacar que o processo de mudança não acontece do
dia para a noite. É preciso reconhecer-se e aceitar que não há um ponto fixo de
chegada, mas um constante caminho de crescimento.
Para a realização dessa rotina, este material está organizado da seguinte forma:

 Roteiro com uma sequência de trabalho para a condução dos encontros e o


planejamento de uma atuação coordenada entre os professores
 Instrumentos de observação, sendo dois para os professores e um para você,
coordenador escolar
Sugerimos que cada ciclo de atividades proposto no roteiro seja realizado em até um
trimestre. A escolha desse período foi pensada para que não seja um tempo muito
curto, de modo que, se ocorrer qualquer eventualidade, os encontros e as ações não
deixem de acontecer, nem muito longo a ponto de os professores se dispersarem e a
conversa se perder.
As atividades desta rotina podem ser realizadas com o apoio dos Professores
Coordenadores de Área (PCA) e dos Professores Diretores de Turma (PDT), que
terão muito a contribuir por sua atuação mais próxima do planejamento dos docentes
e dos estudantes das turmas do Ensino Médio (EM). Esses diferentes olhares serão
de grande importância, especialmente para a escolha dos estudantes que irão
receber as ações coordenadas, elaboração das ações e avaliação. A forma de
envolvimento desses profissionais fica a critério da escola, no entanto, espera-se que
gradativamente todos os professores participem das discussões e das ações
conforme se identifiquem com a proposta.
O grupo docente, com o seu apoio, deverá desenvolver um trabalho coletivo com os
estudantes, de acordo com os critérios a seguir.

 Participação na sala de aula:


o Estudantes que apresentam diminuição na participação das atividades
em sala
o Estudantes com pouca ou nenhuma participação nas atividades, que,
muitas vezes, tornam-se invisíveis aos olhos dos professores

 Relação interpessoal:
o Estudantes que apresentam mudanças no relacionamento com os
colegas e/ou com os professores, interferindo em seu engajamento nas
atividades, assim como prejudicando o andamento da aula, tanto para
seus pares quanto para os docentes

 Rendimento escolar:
o Estudantes que apresentam queda no rendimento escolar
representada pelas notas nas avaliações e atividades de um bimestre
ou trimestre para o outro

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Acreditamos que o olhar atento dos professores a esses estudantes é importante para
que se possa agir em tempo de evitar que isso tome outras proporções, atrapalhando
assim o percurso escolar desses jovens.
A realização dessa rotina será acompanhada pelo superintendente durante as visitas
técnicas do Circuito de Gestão. Ele terá o papel de compartilhar os desafios,
estratégias e avanços das demais escolas que acompanha, assim, também será um
importante interlocutor da implementação da rotina na sua escola.

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ROTEIROS DE TRABALHO
A rotina está organizada em cinco momentos que podem ser desmembrados ou
agrupados, de acordo com o contexto da escola, e que envolvem: apresentação da
rotina aos professores; identificação dos estudantes; planejamento e realização das
ações coordenadas; compartilhamento das ações realizadas; e avaliação.

1º momento: apresentação da rotina e envolvimento dos


professores
Objetivos:
• Apresentar a rotina proposta
• Mobilizar os professores para a realização de um trabalho coletivo voltado a
um grupo específico de estudantes

Produto:
• Registro da discussão com os professores sobre a realização do trabalho
colaborativo, como a rotina amplia o que já fazem e os desafios para
realizá-la

Roteiro:
a) Para começar, converse brevemente com os professores sobre a dinâmica
do trabalho entre eles na escola. Faça alguns questionamentos para
provocar a discussão, buscando saber como veem o trabalho colaborativo
entre eles, a troca de práticas, os desafios, as vantagens etc.
b) Na sequência, apresente a proposta de atividades da rotina e os seus
momentos (identificação dos estudantes, planejamento e realização das
ações coordenadas, compartilhamento das ações realizadas e avaliação),
explicando qual é o público-alvo, a estrutura, os instrumentos e como ela se
encaixa no contexto escolar. Ressalte que o trabalho contempla atividades
que eles já realizam no cotidiano, agregando a elas o exercício de
desenvolver ações coordenadas para auxiliar alguns estudantes.
A compreensão do que é a rotina e o que se pretende com ela é algo que não
acontece necessariamente apenas por uma apresentação, mas, sim, à medida
que o grupo vivencia a implementação e fala sobre ela. Assim, é esperado que o
diálogo melhore no decorrer do tempo e que os professores consigam expor com
mais facilidade o que estão fazendo, como e por quê.
c) Para que os professores possam refletir sobre as implicações da rotina em
suas atividades, sugerimos uma dinâmica de discussão nesse momento.
Peça a cada um que escreva, individualmente, suas reflexões sobre as
seguintes questões:
 Como essa rotina se conecta com o que já faço com os
estudantes?
 Como amplia o que já faço?
 Quais os desafios terei para realizá-la?

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d) Solicite que compartilhem suas anotações e discutam sobre as respostas a
fim de criar entendimentos comuns e envolver os professores no trabalho que
será realizado. Se julgar necessário, faça o registro da discussão para
sistematizar as ideias e os pontos de atenção levantados.
Em todos os momentos, identifique os aspectos mais importantes a serem
registrados para que deem suporte à tomada de decisão e avaliação do
percurso na realização da rotina.

e) Para finalizar, combine com os professores a próxima data em que será


realizado o segundo momento do ciclo para a identificação dos estudantes
aos quais serão direcionadas as ações coordenadas.

2º momento: identificação dos estudantes que serão atendidos


Objetivo:
• Identificar estudantes do Ensino Médio que serão atendidos nesse primeiro
momento, considerando os três perfis indicados

Produto:
• Lista com os nomes dos estudantes que serão contemplados pela rotina e
as evidências que indiquem as necessidades de cada um

Roteiro:
a) Retome rapidamente os objetivos e as atividades propostas pela rotina. A
identificação dos estudantes que receberão maior apoio nesse momento
deve ser feita com base no levantamento de evidências que demonstrem
uma nítida queda de rendimento, participação ou dificuldades relacionais.
A proposta é trabalhar com poucos estudantes e alternar o grupo escolhido
conforme a realização da rotina for se repetindo. A quantidade deve ser
definida pelo grupo de professores, considerando as condições e o tempo
de trabalho necessários para realizar as ações coordenadas e atender aos
estudantes em suas necessidades.

b) Na sequência, peça a cada professor que faça uma primeira análise de


suas turmas, refletindo sobre as seguintes questões:
 Você identifica estudantes que tinham um bom rendimento
escolar e começaram a entrar em queda, ou que eram
participativos e pararam de se envolver nas aulas, ou nunca se
envolveram, ou começaram a apresentar dificuldades de
relacionamento?
 Se sim, o que demonstra essa mudança? Como era esse
estudante e como ele está agora?

c) Depois dessa reflexão individual, abra a conversa no grupo para que os


professores compartilhem e discutam suas considerações. Você pode
propor as seguintes questões:
 Este estudante apresenta o mesmo comportamento em todas as
disciplinas?

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 Como é a participação e o rendimento do estudante nas
diferentes disciplinas? Quais as semelhanças? Quais as
diferenças? O que pode estar acontecendo com ele?

O objetivo é reunir os diferentes pontos de vista dos professores de forma


que possam compor uma visão mais ampla do cenário de cada estudante e
das suas possíveis dificuldades.
Nesse momento, vale cuidar para que preconceitos e visões estigmatizadas
não interfiram na definição dos estudantes. É fundamental que esses
comportamentos sejam colocados para discussão entre o grupo a fim de
promover a reflexão, sem julgamentos.
Faça o registro da discussão em um local que todos possam acompanhar,
inserindo quais estudantes serão atendidos e as evidências que indiquem
essas necessidades. O registro pode ser organizado por estudante, de forma
sucinta, em um quadro como este:

Estudante Série e turno Evidências identificadas

É possível que alguns estudantes não sejam contemplados nesse primeiro


momento por conta do nível de prioridade e da capacidade da escola de
realizar o atendimento. Assim, vale deixar registrado quais daqueles que não
entraram nesse grupo que poderão ser atendidos em breve. Com isso, os
professores podem acompanhar com mais atenção esses estudantes durante
as aulas.
d) Para finalizar, dialogue com o grupo sobre a pertinência de ampliar o
entendimento sobre os estudantes antes de planejar as ações
coordenadas:
 Consultando a ficha biográfica do estudante, que compõe o
diagnóstico realizado pelo PPDT. As informações da ficha
contribuirão para que tenham maior dimensão sobre cada
estudante, por exemplo, o que costuma fazer, sua rotina cotidiana e
o contexto familiar
 Observando os estudantes escolhidos em sala de aula a fim de
ampliar a compreensão sobre os fatores associados à queda de
participação, de rendimento ou mudança no relacionamento. Essa
observação é opcional e caso decidam sobre sua realização, os
professores podem utilizar o roteiro Observação de sala de aula
(parte 1) – Mapeamento de necessidades dos estudantes atendidos
(professor), disponível na seção Instrumentos deste material

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3º momento: planejamento e realização de ações coordenadas
Objetivos:
• Elaborar e realizar ações coordenadas para auxiliar os estudantes a
reverterem o quadro identificado

Produto:
• Plano de ações coordenadas elaborado para cada estudante
1. Planejamento das ações coordenadas
a) Para iniciar o planejamento, pergunte aos professores se eles
consultaram a ficha biográfica dos estudantes e/ou realizaram as
observações em sala de aula. Caso afirmativo, peça para que
compartilhem com base nas seguintes perguntas:
 Quais as suposições levantadas anteriormente sobre os
motivos da mudança no rendimento, participação ou relação de
cada estudante foram confrontadas a partir da observação?
 Sobre cada estudante, quais as novas percepções para além
daquelas já levantadas no primeiro encontro?
 Quais os principais aspectos que possivelmente ocasionam a
queda no rendimento escolar, na participação ou nas mudanças
de relacionamento de cada estudante? O que escolhemos para
trabalhar nas ações coordenadas?

b) A partir das informações compartilhadas, os professores elaborarão


ações coordenadas para intervenção junto a esses estudantes. Ajude a
pensá-las propondo as seguintes perguntas:
 Quais ações podem ser desenvolvidas com os estudantes para
ajudá-los a superar as dificuldades, atendendo às
especificidades e necessidades de cada um?
 Há algum/alguns professores que tem uma relação mais
próxima com cada um desses jovens e que poderia fazer uma
aproximação ou dar um suporte afetivo diferenciado?
 Para cada caso, quem se sente mais em condições e gostaria
de realizar as ações pensadas?
Neste momento, procure estimular o grupo a interagir com as propostas de
ação fazendo perguntas, trazendo novas ideias etc. É importante também
que o grupo se sinta coletivamente responsável pela melhoria de cada
estudante e pelas respectivas ações. Para isso, precisam estar envolvidos
e ter compreendido o objetivo dessa iniciativa proposta pela rotina.
Para que sejam coordenadas, as ações precisam ser combinadas e
complementares, de forma a alcançar um objetivo comum com cada
estudante.
Essas ações podem ser uma mudança de atitude dos professores durante
a aula em relação aos jovens escolhidos, ou uma abordagem pedagógica
diferenciada. A seguir apresentamos exemplos de ações que os
professores podem realizar e que não demandam grandes mudanças em
termos de tempo e modo de trabalho.

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 Para os estudantes que não participam da aula:
o Estabelecer contato visual direto, chamar pelo nome e
perguntar se está confortável com a atividade (“João, tudo
bem fazer isso?”)
o Ir ao lado do estudante e perguntar individualmente se está
confortável com a atividade proposta e oferecer ajuda
o Perguntar ao estudante como está a sua motivação e o que
sugere que o professor, a escola e ele mesmo possam
fazer
o Conversar com o estudante para saber como estão suas
relações com amigos, outros professores, família,
namorado(a) etc., se há algo que o professor/coordenador
escolar possa fazer (demonstrar empatia, respeito, cuidado,
que se importa verdadeiramente com ele). Verificar, por
meio dessa conversa, possível questão de autoestima
o Conduzir diálogos em sala de aula, aumentando o tempo
de espera para que os estudantes possam elaborar suas
respostas diante das perguntas. Aumentar o tempo de
espera pode auxiliar os jovens a se engajar nas discussões
ao perceberem que seu processo de reflexão está sendo
valorizado
o Estabelecer diálogos em sala de aula sobre os conteúdos
das disciplinas. Valorizar o processo de formulação das
respostas e não se a resposta é correta ou errada. Diante
de uma resposta imediata promova maior reflexão do
estudante, fazendo perguntas do tipo “por que você pensa
isto?” ou “Como você expressaria essa ideia?”

 Para os estudantes que apresentaram mudança no relacionamento


com os colegas ou professores:
o Estabelecer contato visual direto, chamar pelo nome e
perguntar se está confortável com a atividade
o Atividades individualizadas combinadas fora do horário da
aula (durante o caminho até a sala dos professores,
caminhando junto até o local de intervalo, pedindo para
ficar mais cinco minutos na sala após a aula, marcando
horário específico para conversar na sala dos professores)
o Perguntar ao estudante como ele está vendo a própria
administração do tempo para lidar com o “ser jovem” e as
atividades da escola

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 Para os estudantes que apresentaram queda no rendimento:
o Ir ao lado do estudante, pedir para ver o que produziu ou
está produzindo, e dar uma devolutiva construtiva (entender
como está pensando/agindo, valorizar o que for positivo,
sugerir como continuar para que tenha mais êxito)

o Verificar com o jovem se ele gostaria de uma atividade


diferenciada (diferente dos demais para que consiga ter
mais motivação, engajamento). Caso afirmativo ver com ele
o que sugere e como gostaria de lidar com o grupo ao ser
tratado de forma diferente para que não seja exposto nem
cause problemas para o professor
o Planejar aulas mais interativas que possibilitem aos
estudantes encontrar soluções conjuntamente, por
exemplo, fazer perguntas e reservar um tempo para que os
estudantes, juntos, possam explorar e formular as
respostas.

c) Durante a elaboração das ações, faça o registro em um local em que


todos possam acompanhar. Esse registro pode ser organizado em um
quadro de forma sucinta, para cada estudante:

Estudante 1:

Série e turno:

Melhorias esperadas:

Período de realização Ações (informações que respondam


Professor
das ações (semanas) o que será feito e como)

Estudante 2:

Série e turno:

Melhorias esperadas:

Período de realização Ações (informações que respondam


Professor
das ações (semanas) o que será feito e como)

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Durante a elaboração das ações, é importante que o grupo se atente aos
seguintes aspectos:
● Equilibrar a atenção e o atendimento entre os estudantes
● Equilibrar a quantidade de ações a serem realizadas por cada professor,
de modo que não haja sobrecarga para alguns ou dificulte a realização das
atividades cotidianas
●Prever ao menos uma ação de cada professor para cada estudante,
correlacionando-as para permitir a configuração de ações coordenadas
● Analisar se o conjunto das ações para cada estudante se
complementam, se estão potentes para trabalhar as dificuldades
identificadas e alcançar o objetivo esperado
● Lembrar que algumas ações provavelmente beneficiarão todos os
estudantes, mas terá impacto diferenciado naqueles que precisam de
maior atenção nesse momento

2. Realização das ações com os estudantes


a) Após o planejamento, os professores implementarão as ações
coordenadas que elaboraram para cada estudante. Na realização
dessas ações, oriente aos professores que observem suas práticas e
as reações dos estudantes, registrando no instrumento Observação de
sala de aula (parte 2) – Acompanhamento das ações coordenadas
(professor)
b) Combine com os professores uma data no meio do período de
realização das ações para compartilhar como está o andamento e as
percepções sobre as reações dos estudantes.
c) Nesse período auxilie os professores, se preciso, e propicie as
condições necessárias para que as ações sejam realizadas e com a
qualidade planejada. Esse envolvimento permite que providências
sejam tomadas diante das possíveis dificuldades, sem comprometer o
que foi planejado. Para analisar sua participação nesse processo,
buscando sempre dar o apoio necessário para a equipe, reflita sobre as
seguintes questões:
 Diante das ações planejadas você ficou encarregado de alguma
tarefa?
 Alguma ação depende da sua contribuição para ser realizada?
 Percebe se há algum professor com dificuldades ou menos
engajado, de quem pode estar mais próximo a fim de auxiliá-lo?

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4º momento: acompanhamento da realização das ações
coordenadas
Objetivo:
• Acompanhar a realização das ações e as mudanças de cada estudante
Produto:
• Registro das reflexões sobre as ações, sobre cada estudante, sobre as
aprendizagens dos professores e sugestões de melhorias

1. Compartilhamento e reflexão sobre as ações


a) Após o período de realização das ações, reúna os professores para o
compartilhamento de como foi esse processo a fim de identificar o que
é preciso fortalecer ou replanejar, os sinais de melhoria que os
estudantes podem começar a demonstrar em resposta às ações.

b) Inicie o diálogo para que os professores compartilhem seus registros


sobre o andamento das ações e as reações dos estudantes. Para isso,
você pode propor as seguintes perguntas:
 Como foi a realização das ações com cada estudante?
 Como cada estudante reagiu no desenvolvimento das ações?
Ele se sentiu confortável ao ser envolvido ou tratado de forma
diferente da habitual?
 Para cada estudante: é possível perceber melhorias em relação
ao diagnóstico inicial?
 Foi necessária alguma adequação na ação? Se sim, quais?
 Como foi a interação entre você e o estudante durante a
realização da ação?
 Como foi para você se dispor em oferecer uma atenção e
trabalho diferenciado com cada estudante?
 Com base nessa experiência de realização das ações, quais as
dúvidas, novas ideias que considera interessante compartilhar
com o grupo?
Durante a discussão esteja atento às condições que os professores
tiveram para realizar as ações coordenadas. Perceba se eles se sentem
confiantes em compartilhá-las. Procure observar o quanto demonstram
acreditar na importância dessas mudanças dos estudantes e como se
empenharam para superar os desafios encontrados.

2. Adequações nas ações planejadas


a) Após maior proximidade dos professores com os estudantes atendidos,
converse com o grupo para que compartilhe se algo mudou em relação
as suas percepções sobre cada um dos jovens e quais as melhores
ações de acordo com suas especificidades. Traga algumas questões
para a discussão:
• Alguma ação ou atuação relatada no momento anterior pode
ser usada como referência positiva para a continuidade das
ações?

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• É necessário alterar alguma ação ou abordagem com os
estudantes?
• Alguma ação precisa de material ou suporte diferenciado para
ser realizada?
• Durante a realização das ações, algum estudante demandou
atenção ou indicou que outro tipo de ação com ele seria mais
adequado?

b) Dialogue com o grupo as alterações que consideram necessárias e


registre no quadro das ações essas mudanças, assim como as
motivações para as realizá-las.
c) Combine com os professores uma data para que possam se reunir
novamente e avaliar os resultados da realização das ações
coordenadas.
d) Para finalizar, converse com os professores sobre os benefícios de
uma observação sua em sala de aula para acompanhar a realização de
algumas ações coordenadas. Ela tem como objetivo estimular a
reflexão sobre a intencionalidade da ação, com elementos de contexto
e do momento de sua realização, e o resultado esperado no
desenvolvimento do estudante. Essa observação é opcional e depende
da resposta do grupo.

5º momento: avaliação
Objetivo:
• Avaliar e acompanhar os resultados obtidos com cada estudante e as
aprendizagens do processo de trabalho colaborativo

Produto:
• Registro sobre os resultados obtidos com cada estudante, as
aprendizagens do processo de trabalho coletivo, as melhorias esperadas
para o próximo ciclo da rotina

Roteiro:
a) Ao término do tempo programado para a realização das ações é o
momento de refletir com o grupo os resultados alcançados e as
aprendizagens do caminho. Nesse momento, o grupo deve analisar as
melhorias relacionando-as com as ações que permitiram que isso
acontecesse. Para isso, utilizem os registros de todos os momentos
anteriores.

b) Para a reflexão e discussão, peça aos professores que respondam


individualmente às seguintes questões:
 Você considera que as ações realizadas de forma coordenada
por você e pelo grupo de professores foram ao encontro das
necessidades dos estudantes? Por quê?
 Quais foram as mudanças de cada estudante em relação às
questões que estavam apresentando inicialmente? (mudança

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de atitude, participação na aula, relação com o professor, com
os colegas, desempenho nas atividades, nas avaliações etc.)
 Como as mesmas ações realizadas com os estudantes
selecionados poderiam contribuir para outros estudantes que
também apresentam comportamentos que chamam sua
atenção?
 O que poderia ser melhor no próximo ciclo da rotina?

c) Retome a conversa com o grupo e proponha que compartilhem suas


respostas falando sobre cada estudante, identificando as melhorias e
as necessidades de novas intervenções. Depois, peça aos
professores que complementem suas análises, propondo as seguintes
questões:
 As mudanças identificadas em cada um dos estudantes foram
percebidas em todas as disciplinas?
 Podemos considerar que esse estudante reverteu o quadro
inicial, ou seria importante que ele estivesse, novamente, entre
os escolhidos para o próximo ciclo da rotina?

d) Como próximo ponto de discussão, conduza os professores a


discutirem sobre como foi a realização desse ciclo, o que eles
acharam de diferente, o que aprenderam, o que dificultou o processo
e como gostariam que fosse o próximo.

Nesse momento, é importante dar um retorno ao grupo com suas


considerações sobre esse processo e sobre as observações em sala de
aula, caso as tenha realizado. Procure levar em conta todas as
participações e registros, além do percurso formativo da equipe, no
desenvolvimento da rotina, o tempo disponível de dedicação individual e
coletivo dos professores. O esforço do trabalho colaborativo também é
algo para se discutir e fortalecer, afinal, ele foi o meio escolhido para dar
maior apoio aos estudantes.
e) Após a avaliação dos resultados, converse com o grupo sobre o início
de um novo ciclo da rotina que pode se dar com a formação de um
novo grupo de estudantes, fortalecendo as ações até então
realizadas; modificando as ações e mantendo o mesmo grupo de
jovens; ou de outras tantas formas. O importante é pensar qual a
melhor maneira de dar continuidade à rotina a partir das novas
aprendizagens e experiências do grupo e das necessidades da
escola.

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INSTRUMENTOS
Observação de sala de aula (parte 1) – Mapeamento de
necessidades dos estudantes atendidos (professor)
Professor: com o registro que fez das possíveis necessidades de cada estudante, você
poderá observá-los durante as próximas aulas até o próximo encontro de trabalho
pedagógico coletivo. Essa observação tem por objetivo ampliar seu entendimento sobre
as necessidades de cada jovem para além daquilo que foi levantado por você e pelo
grupo.
Dessa forma, com essas observações, levante novas possibilidades que acrescentem
ao diagnóstico inicial de cada estudante. Seu registro será combinado com o dos
colegas.
Segue um instrumento que facilita essa observação e registro:

Estudante:

Série e turno:

Data da observação:

Comentários

Como foi a participação do estudante na aula?


(envolvimento durante as atividades; produção em sala; fez
perguntas e/ou deu contribuições)

Como foi a interação com os colegas?

É possível perceber que ele gosta das aulas, que


demonstra satisfação?

Demonstrou alguma necessidade específica?

O que parece estar causando as mudanças que ele tem


apresentado? Contou alguma coisa sobre si ou demonstrou
algo que possa justificar as possíveis causas para essas
mudanças?

Demonstra facilidade com um tipo específico de atividade?

O que seria positivo trabalhar com esse estudante para


reverter o quadro de queda que apresenta? Que tipo de
abordagem parece ser positiva para ele?

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Observação de sala de aula (parte 2) – Acompanhamento das
ações coordenadas (professor)
Professor: nesta etapa você irá realizar as ações coordenadas e registrar suas
observações. Sugerimos que as questões a seguir sejam registradas para cada
estudante:

Estudante:

Série e turno:

Melhorias esperadas:

Objetivo da ação/o que espero que o estudante


Aula 1 Aula 2 Aula 3
melhore:

Como foi o envolvimento dele durante a aula? (demonstrou


entusiasmo, dispersão, fez perguntas ou deu contribuições,
conseguiu acompanhar as atividades, ter qualidade nas
produções etc.)

Como foi a interação entre você e o estudante durante a


realização da ação?

Foi necessária alguma adequação diante da resposta do


estudante ou de uma demanda feita diretamente por ele? Se
sim, quais adequações foram feitas e por quê?

Quais atividades ou abordagens você percebeu que dão


resultado com ele? Por quê?

Quais as evidências de evolução do estudante em relação


ao que era esperado com a realização da ação?

Quais as dificuldades e facilidades em realizar essa ação?

O que foi positivo na realização dessa ação e o que


gostaria de mudar na próxima?

Quais as novas percepções a partir da realização dessa


ação que são válidas para compartilhar com os colegas?

Balanço da realização das ações (resultados com o estudante, êxitos, identificação de


novas necessidades, mudanças de rumo, ação e abordagem focadas no que era esperado
com o estudante, efeito da coordenação das ações etc.):

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Observação de sala de aula (coordenador escolar)
Este roteiro pode ser utilizado durante a realização das ações coordenadas. A
observação de sala de aula é uma ação opcional a ser realizada por você,
coordenador escolar. Essa escolha dependerá da abertura dos professores e cultura
escolar para se realizar esse tipo de prática.
Caso opte pela observação, é importante que no planejamento das ações
coordenadas haja um diálogo seu com os professores sobre a melhor forma e
momentos de realizá-la.

Informações prévias:
 Nome do professor
 Série e disciplina que leciona

1) Dados de contexto (pode-se obter antes, depois, diretamente ou


indiretamente)
a) Histórico do professor na escola (evolução do tipo de atividades realizadas,
satisfação com o trabalho, sua visão de educação etc.)
b) Localização da atividade observada dentro do currículo (integrada aos
assuntos curriculares, algo extra, mas desintegrado do andamento normal,
algum foco específico de desenvolvimento de competência para além de
conteúdos curriculares).
c) No caso de uma sequência didática ou projeto, localização da aula dentro do
planejamento da atividade (aula inaugural, aula intermediária, etapa de
produção dos alunos, etapa de autoavaliação, momento de feedback do
professor...)

2) Observação
a) Descrição (registrar com o máximo de detalhes – anotando, fotografando,
gravando...)
 A ação coordenada planejada: como o professor a realiza, como
interage com os estudantes atendidos pela rotina e as reações desses
jovens...
 Ações do professor: explicações, organização da sala de aula, cuidado
com o clima, devolutivas para a classe toda ou para estudantes
específicos, como lida com os diferentes ritmos e envolvimento dos
jovens...
 Materiais de suporte utilizados: rubricas, computador, leitura de livro,
materiais impressos...
 Ações dos estudantes (máximo que se consiga registrar): o que estão
produzindo, como participam da aula, o que e como registram,
interação com o professor, interação com colegas, dúvidas,
desengajamento, entusiasmo, preocupação com o observador
externo...

(VCE.1) 19
b) Interpretação (tentar entender o contexto da aula dentro do planejamento do
professor e as ações do docente enquanto a aula acontece)
 Suposições de porque o professor realiza as ações (intervenções para
melhorar o clima, para conseguir engajamento, para colocar todos no
mesmo nível de compreensão, esperar para que todos cheguem num
ponto comum antes de continuar, não deixar ninguém ocioso e então
propor tarefas diferenciadas, não brecar o ritmo de alguém mais rápido
e então propor tarefas diferenciadas, promover o avanço de um
determinado estudante, servir de exemplo para os jovens...)
 Suposições de porque os estudantes estão tão compenetrados,
desengajados, entusiasmados, produzem com a qualidade que
produzem, são mais profundos ou menos profundos nas suas
colocações...
 Suposições de porque o professor realizou a ação coordenada em um
determinado momento e situação da aula com o estudante...
 Suposições sobre os benefícios de realizar ações diferenciadas com
cada um dos estudantes para atender necessidade específicas...
OBS: Nessas interpretações, provavelmente aparecerão as rotinas pré-
existentes, a cultura da escola, a concepção de ensino e aprendizagem do
professor etc. Se possível, perguntar e validar com estudantes e professor
algumas das suposições enquanto a aula acontece ou logo ao término dela,
mas sem atrapalhar a aula (perguntas curtas, em momentos de menor
concentração)
c) Avaliação (estas avaliações não devem ser devolvidas ou comentadas com o
professor, mas você precisa fazer seus apontamentos, enquanto assiste, e
registrar suas conclusões, assim que possível)
 O planejamento da ação coordenada e a sua realização com o
estudante selecionado estão alinhados? A reação do estudante parece
responder as expectativas implícitas na ação ou abordagem do
professor?
 O planejamento da aula e as ações do professor estão alinhados,
existe uma coerência pedagógica? O que poderia ser melhorado?
 As reações, emoções, produções e participações dos estudantes
demonstram alinhamento entre o que o professor espera e o que está
acontecendo? O que poderia ser melhorado?

3) Devolutivas pós-observação (contato planejado, cuidadoso, com o


professor)
a) Devolutiva construtiva: perguntas para confirmação se compreende de fato as
intenções das ações do professor, elogio ao que estiver positivo, sugestões para
melhorias futuras, por exemplo, para dar maior coerência, ser mais claro,
conseguir maior envolvimento dos jovens, cuidar mais atentamente de
estudantes específicos, gerenciar melhor o clima de sala de aula e o tempo...
b) Se possível sugerir maneiras de registrar, momentos de fazer paradas para
autoavaliação...

(VCE.1) 20
POSSÍVEIS CENÁRIOS
A escola, por definição, é um ambiente de relações interpessoais. Ainda que haja uma
rotina que contribua para o seu funcionamento, a dinâmica das relações
estabelecidas entre as pessoas, e delas com o ambiente escolar, pode facilmente
consumir o seu tempo se você não tiver um direcionamento claro para a sua atuação.
Por isso, identificar possíveis cenários de acordo com a realidade da escola e
especificidades de como se dão as relações e organizações, tornam-se iniciativas que
podem apoiar seu trabalho de mediar e articular a realização dessa rotina junto aos
professores.
Nesse sentido, foram pensados três possíveis cenários:

 Cenário negativo
Entre as dificuldades que você pode encontrar em sua escola, uma delas é não
conseguir juntar os professores para fazer a reunião de planejamento. Sabemos
que os docentes muitas vezes não têm os mesmos horários dedicados ao
planejamento, cumprindo essas horas em outras escolas ou até mesmo em casa.
Diante de situações como essas, pode ser um desafio ter todos eles de diferentes
turmas no mesmo horário. Pensando nesse cenário, reflita como agir a partir das
questões a seguir:
o Existe algum horário que concentre maior número de professores?
o Na sua escola existem recursos tecnológicos que facilitem uma reunião
on-line? Exemplo: Skype/Whatsapp/ferramentas de videoconferência/call
o Na escola você consegue reunir pelo menos dois professores para
desenvolver a rotina?
o Você identifica alguma outra possibilidade para reunir o maior número
possível de professores?
Um segundo cenário negativo pode ser a resistência dos professores em
compreender a importância da implementação da rotina na escola. A dinâmica de
trabalho muitas vezes individualiza a ação dos professores no dia a dia e pode
haver resistência para iniciar uma iniciativa que demande deles o
compartilhamento de suas ações com um grupo maior de professores e de outras
áreas de conhecimento. Diante desse cenário, sugerimos que as ações sejam
realizadas com os poucos professores que estão interessados e que ao longo da
implementação da rotina, os resultados alcançados sejam compartilhados com os
demais.

 Cenário neutro
Pode ser que seja possível reunir os professores para a realização do
planejamento, porém, o que você observa é que eles não se mostram
mobilizados para implementar a rotina. Na reunião, eles mexem muitas vezes no
celular, quando você explica a rotina, os professores propõem outras pautas e
demonstram não acreditar em possíveis mudanças no comportamento dos
estudantes. Pensando nesse cenário, reflita como agir a partir das questões:
o Dentro do seu grupo de professores, existe algum mais motivado?
Será que você poderia contar com ele para mobilizar os demais?
Como?

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o Como é possível encaminhar as outras demandas que eles trouxerem
sem que elas impeçam as discussões que precisam ter conexão com
a rotina?
o Qual o diferencial desta rotina você destacaria para estimular a
participação efetiva dos professores?

 Cenário positivo
Em sua escola, um grupo de professores demonstrou abertura para desenvolver a
rotina proposta e, por isso, tem sido possível realizar bons encaminhamentos e
ações. Embora você ainda não envolva todos os docentes da escola, pode
considerar que o andamento está sendo bem-sucedido.
o Você acredita que esses resultados podem ser melhorados?
o Como é possível envolver um número maior de professores?
o Você acredita ser possível realizar a rotina com um número maior de
estudantes? Quais estratégias você pode usar para potencializar
ainda mais esses encontros e a aprendizagem sobre a prática?

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