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ANJOS
Copyright desta edição © Palavra & Prece Editora, 2012.
Edição brasileira autorizada por intermédio do Autor.
Título original em espanhol: História del Mundo Angélico.
Todos os direitos desta edição reservados.
Coordenação editorial
Júlio César Porfírio
Revisão e diagramação
Equipe Palavra & Prece
Tradução
Laura de Andrade
Capa
Equipe Palavra & Prece
Execução: Sérgio Fernandes Comunicação
Imagens: Shutterstock
Impressão
Escolas Profissionais Salesianas
ISBN: 978-85-7763-203-9
12-13426CDD-235.3
Prólogo..................................................................................................................................... 7
PRIMEIRA PARTE
História do Mundo Angélico
Introdução............................................................................................................................. 11
I – Como tudo começou...................................................................................................... 13
II – Fazer a vontade de Deus............................................................................................... 21
III – Adoração coletiva........................................................................................................ 25
IV – O tempo sem tempo.................................................................................................... 27
V – A misteriosa presença de Deus................................................................................... 29
VI – Deus criou seres livres................................................................................................. 33
VII – Nem tudo era perfeito............................................................................................... 35
SEGUNDA PARTE
Lúcifer
VIII – A obra-prima de Deus............................................................................................. 41
IX – O maior entre os maiores........................................................................................... 43
X – Lúcifer não orava........................................................................................................... 45
XI – As mudanças começaram após a Revelação do plano de Deus............................. 49
XII – A batalha no Céu........................................................................................................ 53
XIII – O belo tornou-se aterrorizante................................................................................ 57
XIV – Rainha dos Anjos...................................................................................................... 59
XV – Quem como Deus!..................................................................................................... 61
XVI – Trocaram o certo pelo errado................................................................................. 63
XVII – O Inimigo dispensa as graças................................................................................ 67
XVIII – Nascia uma nova ordem no Céu ......................................................................... 71
XIX – A queda da terceira parte das estrelas.................................................................... 73
XX – Satanás destilou seu veneno...................................................................................... 77
XXI – Onde estava Deus?.................................................................................................... 79
XXII – O exército do Bem................................................................................................... 83
XXIII – Os anjos caídos tiveram outra oportunidade de regeneração.......................... 85
XXIV – A expulsão dos anjos caídos................................................................................. 89
TERCEIRA PARTE
O Mal à espreita de almas
XXV – O abismo.................................................................................................................. 95
XXVI – A força do Mal........................................................................................................ 99
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Pe. José Antonio Fortea
QUARTA PARTE
O Céu após a queda dos anjos
XXIX – Tempo de purificação..........................................................................................113
XXX – Quão sábios são os planos de Deus.....................................................................119
QUINTA PARTE
A história dos anjos continua... até os nossos dias!
XXXI – Há anjos em todos os lugares.............................................................................125
XXXII – A criação do homem..........................................................................................131
XXXIII – Satanás infiltrou-se no Paraíso........................................................................135
XXXIV – A vida é uma constante luta contra o exército do Mal.................................139
XXXV – Desfrute seu tempo na Terra............................................................................141
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Prólogo
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Pe. José Antonio Fortea
inúmeras vezes como tudo pode ter sido, mas só Deus conhece o modo em
que tudo realmente aconteceu.
É claro que se alguém não estiver de acordo com algum ponto da minha
história, tem todo o direito de fazê-lo. Aliás, os anjos e eu lhes damos toda
a permissão para discernir. Talvez alguém se sinta incomodado porque uti-
lizo termos tão visuais ao falar de um mundo tão sublime, mas este texto é
como uma grande tela, um extenso ‘tímpano catedralesco’.
Ou redigia um tratado, ou edificava este autossacramental. Definir este
escrito como um autossacramental do século XXI me compraz.
No presente prólogo explico o nascimento desta obra: como um exercí-
cio narrativo-teológico que trata de explicar como puderam ser as coisas,
expressando-as com estética visual e utilizando modos antropomórficos.
Pronto para criar, imaginei o quão atraente se resultava literariamente a
criação, não só de uma história dos anjos, mas também a criação de uma
fictícia origem redacional dessa mesma história. Ao final, não ofereço so-
mente a história dos anjos, mas também a ‘falsa história’ de como surgiu
essa história.
Que me seja me perdoado este ato literário na obra estética.
Padre Fortea
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PRIMEIRA PARTE
História do
Mundo Angélico
Introdução
A nossa história aconteceu antes dos faraós, antes dos construtores dos
zigurates, antes que no deserto repousasse a areia, antes que a primeira gota
de água caísse no primeiro mar. Foi antes que o Sol brilhasse pela primeira
vez, antes mesmo que Deus dissesse: “Seja feita a luz”.
Antes da história de qualquer criatura, veio a nossa história que é a mais
antiga. De fato, esta história teve lugar antes do tempo. Antes de nossa
história, não há nenhuma história, uma vez que o Único que estava antes
de nós não tem história alguma. Deus não tem história.
Eu, um anjo, contarei a vocês, seres humanos – embora não possam
entender muitas coisas –, mesmo que tenha que recorrer a comparações
humanas para que possam compreender o incompreensível.
Inicio agora a minha história...
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I
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Pe. José Antonio Fortea
o que nós víamos, a cena mais próxima é a imagem do Sol cuja luz surge
arrasadora e límpida atrás das nuvens de uma tormenta que se abre. Reu-
nindo todos estes conceitos tão pobres e vocês farão uma ideia aproximada
do que descrevo.
A Trindade da vida gritava alto em Seu interior, fluía no seio dessa Es-
fera. De repente aconteceu algo. Era a primeira vez que acontecia alguma
coisa fora da Esfera. Não podemos dizer que isso ocorreu há milhões e mi-
lhões de séculos atrás porque, de fato, não havia tempo. Mas entre aquele
antes e depois, houve mil eternidades e depois eternidade após eternidade.
Antes do primeiro AGORA, houve uma incontável série de séculos sem
tempo.
E foi assim, no momento previsto, no exato instante, antes do qual não
houve instante, que uma voz poderosa ressoou no interior da Esfera e disse:
“Faça-se!” E da Esfera surgiu uma luz. Aquele ato se assemelha de longe
a uma flor que estende suas pétalas brancas. Esse instante era semelhante
àquele quando de uma corola surgem para fora suas pétalas. Aquilo parecia
como uma explosão de luz em câmera lenta.
Se nos aproximássemos dessa luz, veríamos que cada feixe de luz estava
formado por milhões e milhões de seres angélicos. Cada natureza angélica
era como uma pequena estrela. Havia estrelas de todos os tamanhos. Cada
ser angélico resplandecia com seu próprio tom de luz; cada um emitia uma
música em particular. Se for possível usar esta expressão, cada um mostrava
um rosto espantado, felizmente perplexo, ante o espetáculo do ato criador.
Os anjos mais grandiosos se encontravam suspensos, como que tocan-
do a Esfera. Cada anjo superior tinha ao redor outros que eram menores
que ele, como planetas que rodeiam um astro. Por sua vez cada um desses
satélites tinha outros espíritos angélicos que eram como satélites dos pla-
netas. Dessa forma podíamos ver que havia centenas de hierarquias angé-
licas. Cada anjo dependia de outro anjo superior. Os anjos superiores, me-
nores e intermediários formavam incontáveis níveis, complexas rotações,
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Pe. José Antonio Fortea
diante da insegurança de não saber. Ele nos dava certeza perante a dúvida.
Ele nos oferecia o firme fundamento de saber a nossa procedência, quem
nós éramos, a nossa direção e qual era o sentido de tudo. Sem Ele tería-
mos sido como náufragos no meio do vazio. Sem Ele teríamos nos sentido
abandonados no meio dessas solidões. Olhando para trás, ali estavam essas
solidões vazias e escuras. Quase dava medo olhar em direção do não-ser
de onde tínhamos saído, de onde perfeitamente poderíamos não ter saído
nunca. Teria bastado uma palavra Sua para tirar-nos do nada. Mas com Ele
não temíamos ao nada: Ele preenchia tudo.
O Mestre continuava a responder paciente e amorosamente aos Seus
filhos. Conseguia responder ao mesmo tempo a milhões de seres. Éramos
tantos e mesmo assim cada um escutava distintamente a Sua voz. Nós, as
glórias, conseguíamos escutar as palavras de muitos anjos se dirigindo a
Deus e, simultaneamente, podíamos Lhe fazer perguntas. Nós conseguía
mos entender sem problemas no meio daquelas muitas vozes. Cada um
podia perceber mais ou menos desses diálogos, segundo o poder da sua
inteligência.
No meio daquela sinfonia, formulávamos em coro uma questão a Deus.
Mas no meio daquele coral um pequeno espírito conseguia Lhe fazer uma
pequena pergunta. Havia conversas coletivas, aconteciam conversas indi-
viduais. Outras conversas eram particulares e pessoais, devido a que era o
desejo de algumas glórias. E não fazíamos apenas perguntas, também Lhe
dávamos graças; graças por tudo. Também conseguíamos nos comunicar
entre nós mesmos.
Os anjos mais inteligentes compreendiam melhor aquilo que a Esfera di-
zia, e o explicavam a nós, anjos intermédios. Por sua vez, nós explicávamos
detalhes aos anjos inferiores. Havia milhares de escalas naquela hierarquia
celeste. Todos entendiam o discurso de Deus, mas os anjos superiores nos
faziam ver que só tínhamos captado apenas uma parte da profundidade do
discurso d’Ele.
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Este livro não termina aqui...