Fábio Teixeira
Teixeira, Fabio
Ser em tempos de não ser - Evangelicalismo e pós-modernidade
Rio de Janeiro, 2010 - Edição do autor - 80p
ISBN: 978-85-911667-0-1
Inclui bibliografia
Leonardo Mendes
Prólogo ............................................................................. 11
Introdução ........................................................................ 13
Capítulo 1
Modernidades - uma rápida visão histórica ...................... 17
O renascimento – o início da era moderna ..................... 20
O iluminismo – a idade da razão .................................... 21
A modernidade – esperança e desilusão ......................... 23
Capítulo 2
A pós-modernidade . ......................................................... 27
Os pilares da pós-modernidade . ..................................... 29
Pluralização .................................................................... 30
Privatização .................................................................... 31
Desconstrução de identidades ........................................ 36
A secularização . ............................................................. 38
Mundanismo pós-moderno – sutil e venenoso ................ 40
Capítulo 3
Teologia e pregação evangélica na pós-modernidade .......... 43
O homem no centro do universo .................................... 44
O culto dos sentidos ....................................................... 48
Hedonismo cristão . ........................................................ 51
Capítulo 4
A ética cristã e a pós–modernidade . ................................ 55
Crescimento numérico – parâmetro para o sucesso .......... 57
Mercantilismo da fé ......................................................... 60
O culto evangélico na pós-modernidade .......................... 62
Conclusão ......................................................................... 65
Referências bibliográficas ................................................. 77
16
17
19
20
25
28
Os pilares da pós-modernidade
A cosmovisão do homem pós-moderno está firmada
sobre pensamentos que constroem sua forma de ver
a vida, o mundo, a religião, etc. Ainda que o homem
comum não perceba que sua mente é formada por pen-
samentos que podem ser induzidos por um todo social,
ele sofre esta influência externa, formadora e sutil de
elementos massificadores.
29
Pluralização
Pluralismo é a negação dos absolutos. O homem con-
temporâneo passou a viver com a diversidade das op-
ções. Analisando este fenômeno, Amorese diz que o
homem pós-moderno se sente revoltado com a simples
falta de escolhas, portanto, ele passa a evitar as verda-
des absolutas. É a “sociedade-supermercado”. Quanto
a questões de natureza moral, por exemplo, qualquer
não aceitação da prática do outro passa a ser inter-
pretada como preconceito, intolerância e não como
sendo uma visão de certo e errado. Não aceitar é que
é pecado em uma sociedade pluralizada. A “socieda-
de-supermercado” precisa abolir de sua cosmovisão
qualquer verdade que se torne um ponto fixo, para
não correr o risco de ser limitada ou castrada em
suas opções.
Privatização
A segunda coluna de sustentação da cosmovisão pós-
moderna é a privatização. Compreende-se por priva-
tização o abismo gerado pela modernidade entre a
esfera pública e a privada do homem. Não é errado
dizer que este fundamento é consequência do an-
terior porque não é possível a privatização sem plu-
31
Desconstrução de identidades
Outro fundamento do pós-modernismo é um fenôme-
no sofrido por instituições normalmente tradicionali-
zadas na cultura humana, que passam a conviver com
a relativização de tudo, um processo de perda, ou des-
construção, de sua identidade ou características mais
naturais. Um grande exemplo disso é o casamento ou
a própria instituição familiar, outrora vistos como sa-
grados e agora como mais uma opção de vida. Basta a
observação, para notarmos que o concubinato é prá-
tica cada dia mais comum. A severa discussão sobre
a legalidade da união matrimonial de homossexuais
demonstra a nova face da família pós-moderna, capaz
de ver a possibilidade de existir uma família sem a dis-
tinção dos elementos pai e mãe, marido e mulher. A
geração de filhos se torna uma total impossibilidade,
mas aqui surge outra quebra de identidade, já que na
pós-modernidade ter um filho pode ser uma experi-
ência independente da família. Criança pode ser uma
“produção independente”.
A secularização
A secularização é o resultado da presença dos três
pilares citados na sociedade de hoje. Guinness con-
ceitua a secularização como o processo através do
qual as ideias e as instituições religiosas estão per-
dendo seu significado social. Obviamente, isto é um
resultado do pluralismo unido à privatização em um
tempo de distorções de identidades, pois o sagrado
perdeu seu valor, já que qualquer credo nada mais
é do que uma outra opção e isso cabe ao indivíduo
escolher o que melhor lhe agradar. No “mercado
religioso” não é mais Deus quem nos escolhe, nós o
escolhemos na prateleira, diz Amorese. Em uma so-
ciedade secularizada, toda ideia de transcendência,
ou seja, toda questão que não envolva o material, se
torna secundária, pois o que realmente importa é o
agora, o hoje, o prazer, o bem-estar, o ter, o consu-
mir, o resultado.
39
42
44
Hedonismo cristão
53
5 A palavra grega nomos (lei) aplica-se aqui a ideia de uma ordem moral
maior, regente de valores totalitários.
6 Pecados – falhas, erros; Pecado – natureza originalmente pecaminosa
que leva o homem a cometer pecados.
56
7 populismo
57
Mercantilismo da fé
63
64
• Quanto à ética
É preciso um forte referencial ético em meio ao relati-
vismo moral da pós-modernidade. Se diante da cons-
68
72
75
77
78