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Inserção do Psicólogo na Saúde

Pública
Parte 01
• Marcos Históricos.

Parte 02
• Perspectivas.

Parte 03
• Principais.
A inserção do psicólogo nos serviços públicos de saúde
ocorreu no final da década de 1970, com a finalidade de
construir modelos alternativos ao hospital psiquiátrico,
com vistas à redução de custos e maior eficácia dos
atendimentos, por meio da formação de grupos
multiprofissionais.
Fatores que contribuíram para a entrada
dos psicólogos nos serviços de saúde de
acordo com Dimenstein (1998)
• O contexto das políticas públicas de saúde do final dos anos
70 e da década de 80 no que se refere à política de recursos
humanos.
• A crise econômica e social no Brasil na década de 80 e a
retração do mercado dos atendimentos privados.
• Os movimentos da categoria na tentativa de redefinição da
função do psicólogo na sociedade, dando maior significação
social.
• Difusão da psicanálise e psicologização da sociedade.
Funções do Psicólogo no trabalho na atenção
primária a saúde
• Psicossocial: desenvolver diagnósticos das características
psicossociais, procurando relacionar tais características aos
principais problemas de saúde; desenvolver trabalho
preventivo de doenças; proporcionar apoio psicológico a
populações em risco.
• Pedagógica: desenvolver programas educativos relacionados
a problemas de saúde junto às comunidades.
• De investigação: constante avaliação dos resultados de seu
trabalho.
• Administrativa: identificar suas tarefas e as dos outros
componentes da equipe, delegando responsabilidades e
procurando maior integração do trabalho.
Desafios para atuação:

1. Inadequação da sua formação acadêmica para o trabalho no setor


DA SAÚDE;

2. Aportes teóricos e práticos que fundamentam seus modelos de


atuação na defasagem entre os modelos de subjetividade e valores
culturais de pacientes e profissionais;

3. Transposição pura e simples do modelo hegemônico de atuação


clínica do psicólogo para o setor público, seja postos, centros ou
ambulatórios.
Desafios para atuação:

Existem impasses vividos pelo psicólogo no campo da


assistência pública à saúde, decorrentes da sua cultura
profissional, onde subjazem as ideias e os valores da
ideologia individualista, bem como um modelo específico
de subjetividade: o sujeito psicológico.
Implicações da atuação com base no
modelo clínico tradicional
a) Conflito com as representações de Pessoa, saúde e
doença, corpo, próprias aos usuários das instituições
públicas de saúde;
b) Baixa eficácia das terapêuticas e alto índice de abandono
dos tratamentos;
c) Seleção e hierarquização da clientela;
d) Psicologização de problemas sociais.
Configuração das equipes e das práticas
• A equipe mínima da ESF é formada pelo médico, enfermeiro,
auxiliar/técnico de enfermagem, de 4 a 6 agentes
comunitários de saúde, dentista e seu auxiliar. Outros
profissionais, como assistentes sociais, psicólogos podem ser
incluídos na equipe multidisciplinar mínima, ou nas equipes de
apoio (NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família) de acordo
com os interesses e necessidades dos municípios, mas esta
inclusão ainda é praticamente inexistente na grande maioria
dos municípios brasileiros.

• Porém, o fato do psicólogo encontrar seu lugar na atenção


básica através de sua inclusão na equipe de saúde da família
possibilitaria ao profissional, uma vez identificado com a
atuação interdisciplinar e integral, exercer a clínica ampliada.
Princípios que estão presentes na interface da
psicologia com o sus segundo Benevides (2005)
• O princípio da inseparabilidade afirma que é impossível
separar a clínica da política, o individual do social, o singular do
coletivo, bem como os modos de gerir e os de cuidar.
• o princípio da autonomia e co-responsabi-lidade percebe-se
que é impossível pensar em práticas de psicólogos que não
estejam comprometidas com a realidade local, implicando na
constituição de sujeitos autônomos protagonistas e co-
responsáveis pelas suas vidas.
• O princípio da transversalidade acontece pela necessidade de
uma relação de intercessão da psicologia com outros saberes,
visto que é na inter-relação entre os diversos saberes que a
invenção/construção acontece, contribuindo assim para uma
outra saúde possível.
Objetivos da inserção do psicólogo no PSF:
• Atuar junto à comunidade, difundindo informações sobre saúde
mental e fazendo uma identificação das pessoas portadoras de
diabetes e hipertensão arterial com comprometimentos
emocionais que demandem assistência psicológica;
• Possibilitar um espaço terapêutico para que as pessoas possam
trocar suas experiências de saúde-doença e desenvolver suas
potencialidades.
• Atuar junto à equipe do PSF, colaborando com outros profissionais
da Saúde, visando a integrar esforços, estimular a reflexão e a
troca de informações sobre a população atendida, de modo a
facilitar sua avaliação e evolução clínica;
• Proporcionar ao estudante de Psicologia a aplicação dos
conhecimentos obtidos no curso numa atuação tanto terapêutica
quanto preventiva, mediante o atendimento supervisionado dos
pacientes e do trabalho desenvolvido junto à equipe
interdisciplinar.
Principais atividades no PSF pelo psicólogo:

Atendimento
Individual

Grupos Grupos de
Informativos Psicoterapia

Teatro
Dinâmica Informativo
de Grupo
Visita
Domiciliar
A inserção da Psicologia nas instituições de saúde e a
transposição, inicialmente, do modelo clínico psicoterápico paras
essas instituições levaram a discussões e à construção de
conceitos e práticas próprios para a atuação do psicólogo na área
de saúde. Nesse contexto, é correto afirmar:

a) A Psicologia Clínica exerce influência sobre as práticas em


instituições de saúde, com atuação focada nas práticas clínicas e
assistencialistas.
b) A Psicologia da Saúde deve pautar suas práticas por uma visão
assistencialista e sanitarista que viabilize a compreensão
integral do indivíduo.
c) A Psicologia da Saúde se propõe a cuidar das doenças,
atendendo às necessidades assistenciais do indivíduo frente ao
processo saúde-doença.
d) A Psicologia Clínica contribui para a atuação do psicólogo na
saúde, garantindo a proteção do saber psicológico nas práticas e
na particularização do atendimento.
Referências:

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