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ATIVIDADE INDIVIDUAL – ETAPA 1

Matriz do plano do gerenciamento de riscos1

Disciplina: Gerenciamento de Riscos Módulo: 1

Aluno: Matheus Nery Pacheco Turma: 05

a) Definição do projeto que funcionará como a situação-problema desta atividade e descrição de


todo o contexto em que se insere o projeto escolhido.

A realização do gerenciamento dos riscos tem como objetivo aumentar as chances de sucesso do
projeto, ampliando o impacto e a probalidade dos riscos positivos e diminuindo a probabilidade e impacto
dos riscos negativos (PMBok, 2017).
Será apresentado alguns conceitos e ferramentas fundamentais para o gerenciamento de riscos
compreendidos durante a explicação online, onde será estudado um case de reforma e ampliação da sede
da união protetora dos animais (UIPA) localizado em São Paulo capital.
O intuito dessa reforma e ampliação visa melhorar o espaço de recebimento dos animais
resgatadas, o espaço para adoção, ampliação da área dos visitantes e proporcionar uma melhor condição
de trabalho de colaboradores e voluntários da UIPA.
Com o intuito de aumentar a divulgação da UIPA nas redes sociais e internet, mostrar um novo
espaço de acolhimento dos animais resgatados e cuidado dos recém-chegados. Com isso, aumentar as
chances de adoção de diversos animais que ainda estão aguardando a mais de 3 anos um tutor e poder
ajudar aqueles mais debilitados, na qual, acabam gerando despesas extras com procedimentos específicos
e essenciais. Por fim, atração de novos investidores e aumentar a presença de visitantes.
Serão necessários 8 meses para conclusão total dessa obra. Sendo, o 1º mês usado para
desmobilização dos animais abrigados nos espaços para adoção, animais da clínica veterinária,
equipamentos em geral e alguns móveis e utensílios médicos que serão reaproveitadas. Para o 2º ao 5º
mês, iniciará a ampliação do centro médico, construção de novos espaços de adoção e do viveiro para
recebimento de aves silvestres resgatas. Por fim, a reforma de áreas já existentes como recepção de
visitantes, fachada, estacionamento e banheiros visitantes e funcionários. O projeto está previsto para ser
concluído até final de setembro/2022.
O valor base do projeto (VB) estimado será de R$ 500.000,00 para conclusão total das atividades.

b) Plano de gerenciamento de riscos (PGR)

Durante a análise de riscos, é comum ter uma sequência das etapas de identificação dos riscos e
em seguida, realizar análises quantitativas e qualitativas dos riscos, realizar o planejamento, possuir uma
resposta rápida e por fim, fazer o devido monitoramento e controle.
Para a realização da análise de risco pode ser considerada o caminho para identificação dos riscos,
quais são seus impactos e ações usados para potencializar as oportunidades e diminuir ameaças.
Na PGR, o Gerente de Projeto (GP), responsável pela gestão do processo de risco, deve realizar
uma coleta de dados com sua equipe de gestão de projeto e os responsáveis pelo andamento da obra,
como por exemplo, o engenheiro civil, encarregado, mestre de obra que podem levantar boas ideias através

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de experiências ou estudos preparados, procurando se já houve projetos anteriores para obtenção de
alguma referência e um brainstorming com o objetivo de captação de risco e oportunidades.
Todo risco identificado, será estudado, descrito de forma minuciosa, categorizado e informado o
responsável (gestor) do risco.
De acordo com Silva e Alencar (2013, p.5), como em qualquer outro empreendimento, deve ser
um trabalho constante e levado em consideração em toda a fase de execução do projeto. Conhecendo
quais são os riscos, permitirá a tomada de decisões, estratégias e seguir para uma análise mais aprofundada
considerando a probalidade e o impacto do risco no projeto. A identificação e tratamento dos riscos na fase
inicial do projeto, não é mais suficiente e eficaz. Esse trabalho deverá ser realizado constatemente durante
todo ciclo de vida do projeto.
Para a análise e avaliação do risco, deve-se considerar as seguintes abordagens:
• Probabilidade;
• Causas;
• Consequências;
• Impactos (positivos ou negativos);
• Risco inerente.

Para dar sequência da análise dos riscos, ocorre a sua identificação e são categorizados, respeitando os
critérios estabelecidos. Podemos dividir essa análise da seguinte forma:
• Análise qualitativa de riscos: avaliação da prioridade dos riscos.
• Análise quantitativa de riscos: classificação numérica dos riscos priorizados.

Quando avaliamos a probabilidade de ocorrência de um risco, levamos em consideração informações e


níveis, como por exemplo:
Nível Descrição Pontuação Probabilidade
Muita baixa Algo muito difícil de ocorrer 5e6 0 a 20 %
Baixa Histórico de ocorrência. Casual. 4 20 a 40%
Moderada Histórico parcialmente conhecido. Baixa frequência. 3 40 a 60%
Alta Histórico conhecido. Frequência é recorrente. 2 60 a 80%
Muito alta Ocorrência frequente e interfe diretamente nas 1 >80%
atividades.
Fonte: Autor (2021).
Quando avaliamos o impacto de um risco, levamos em consideração informações e níveis, como por
exemplo:
Nível Descrição Pontuação Valor (R$)
Muita baixa Não afeta a qualidade e custo. Imperceptível. 5e6 < 30.000
Baixa Pequeno impacto no custo e prazo. 4 (30.000 até 135.000)
Moderada Impacto moderado no custo, prazo e qualidade 3 (135.000 até 170.000)
do serviço.
Alta Grande impacto no custo, prazo e qualidade do 2 (170.000 até 250.00)
serviço.
Muito alta Impacto crítico, falhas, comprometimento de 1 > 250.000
segurança, custo, qualidade e satisfação do
cliente.
Fonte: Autor (2021).

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Com a pontuação já conhecida e identificada a partir dos parâmetros das tabelas acima, será
realizado o estudo do impacto x probalidade. Os riscos já mapeados, será realizado a separação do maior
valor até o menor para obter uma melhor visualização da matriz de riscos.
Para ações ou respostas de contenção de riscos negativos, pode-se levar em consideração quatro
estratégias:
• Aceitar – Não realizar nenhuma ação de ameaça ou oportunidade (Risco baixo).
• Mitigar – Diminuir a probalidade de ocorrência do risco.
• Transferir – Transferência de responsabilidade de ameaça, terceirizar a responsabilidade.
• Prevenir, eliminar ou evitar – Não deixar que o risco ocorra, levar a ocorrência a zero.

Para ações ou respostas riscos positivos, pode-se levar em consideração quatro estratégias:
• Explorar – Fazer ações para que a oportunidade ocorra, tendo o benefício do impacto.
• Compartilhar – Trabalho em conjunto, dar resposta ao risco positivo.
• Melhorar – Melhorar a oportunidade de ocorrência do risco.
• Aceitar – Não ocorre a realização de nenhuma ação de realização ao risco.

Ao ser realizado o tratamento dos riscos, com o objetivo de reduzir o risco específico no projeto
através de estratégias relevantes, como por exemplo, o controle de mitigação e planos de contigência
(ameaças), na qual, procuram a redução das chances de ocorrência ou impacto.
Durante o andamento do projeto, poderão serem identificados novos riscos, nas quais, seu
tratamento e processamento é planejado durante toda execução. O registro de riscos deverá ser atualizado.
Evitar um risco sempre é o mais desejável, praticamente levar a probabilidade de ocorrência a zero. A
transferência funciona como se o risco estivesse sendo assumido por terceiros, como por exemplo, a
contratação de um seguro para dar início a reforma e construção da UIPA através da construtora
responsável pela entrega do serviço.
O GP, deverá analisar com cautela a gestão do contrato juntamente com os interessados no
empreendimento, mantendo uma boa comunicação principalmente, por meio de reuniões periódicas, envio
de relatórios semais contendo informações relevantes e imagens fotográficas, contatos telefônicos e através
de e-mail para qualquer formalização de pedido ou alteração de escopo. A comunicação dos riscos iniciais
e os novos é uma das atividades mais importantes para a gestão de riscos.

Ao monitorar os riscos, o GP deve acompanhar os riscos já identificados e monitorar os possíveis


riscos que venham aparecer durante a execução do projeto, onde é importante:
• Identificar, analisar e planejar para os novos riscos;
• Monitorar os riscos já identificados;
• Analisar os riscos existentes
• Monitorar condições do plano de contigência para ameaças;
• Avaliar o plano de resposta aos riscos;
• Verificar se as premissas do projeto ainda são válidas;
• Determinar se as reservas de contigência de custo e prazo precisam ser alteradas devido
os riscos do projeto;
• Realizar um checklist de conferência.

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Estrutura Analítica de Riscos (EAR):

Fonte: Autor (2021).

Referências bibliográficas
CARVALHO, Fábio A. Gestão de projetos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.

COSTA, Hélio Rodrigues. Gerenciamento de Riscos em Projetos – Rio de Janeiro/RJ. Editora FGV, 2021.

MONTES, Eduardo. Premissas de um projeto. PMO Escritório de Projetos, 2020. Disponível em:
<https://escritoriodeprojetos.com.br/gerenciamento-dos-riscos-do-projeto>. Acesso em: 30 de out. 2021.

PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Guia PMOK®: Um guia para o conjunto de conhecimentos em
gerenciamento de projetos, 6ª edição. Pennsylvania: PMI, 2017.

RIO GRANDE DO NORTE (2017), CONSAD, nº 076/2017. Disponível em:


<https://ufrn.br/resources/documentos/planos/plano_de_Gestao_de_Riscos-PGR.pdf>. Acesso dia 30 de
out. 2021.

SILVA, T. C.; ALENCAR, M. H. Gestão de riscos na indústria da construção civil: proposição de uso
integrado de metodologias. Salvador: XXXIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2013.

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