1- Apresenta as críticas de Rawls ao utilitarismo.
2 – Duas importantes objeções à teoria de Rawls são a crítica libertarista de Nozick e a crítica comunitarista de Sandel.
- Expõe as críticas de Nozick e Sandel.
1-Segundo o utilitarismo, o melhor resultado é aquele que maximiza a felicidade de
um maior número de pessoas. No entanto, em determinadas situações, pode acontecer que a maneira de maximizar a felicidade leva a um sofrimento considerável a um ou a alguns membros de uma sociedade. Para Rawls, resultados deste tipo colidem com os nossos juízos ponderados sobre os direitos que os indivíduos têm e que não devem ser sacrificados devido a interesses sociais. Este discorda também do utilitarismo, uma vez que não há um critério único e universal que permite distinguir ações boas de más, ou seja, não se considera a forma justa ou injusta como a felicidade é distribuída. Rawls considera que o utilitarismo contraria as nossas intuições sobre a justiça, dado que não exclui o sacrifício de alguns em detrimento da maximização do bem-estar geral. Assim, esta corrente contraria a nossa intuição de que, se queremos ser justos, devemos tratar todas as pessoas como iguais. Para Rawls, a proteção de certos direitos e liberdades é o que garante um tratamento igual de todas as pessoas. 2- Nozick defende que o Estado não tem o direito de interferir na vida de alguém sem o seu consentimento, isto é, não pode obrigar um indivíduo mais favorecido a contribuir com um menos favorecido. O indivíduo é dono de si mesmo, bem como da sua liberdade pelo que o Estado não deve interferir na mesma, uma vez que autonomia das pessoas é fundamental. Já Sandel defende que a forma de encontrar os princípios de justiça está errada (Posição Original e Véu de Ignorância), pois não basta as nossas escolhas serem imparciais para serem boas. As deliberações e decisões realizadas a coberto do véu de ignorância na posição original são moralmente cegas, pois o véu de ignorância implica que as escolhas sejam feitas por indivíduos totalmente desligados de qualquer laço social e, portanto, interessadas no seu próprio bem, sem se guiarem por qualquer noção de bem comum e ficando também sujeitas a tomar decisões tendo em conta apenas os bens individuais.