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Universidade Federal de Minas Gerais

O Pensamento Social Brasileiro em Relação às Desigualdades Sociais


Profa. Elaine Meire
Aluna: Letícia Lara Quintão Souza

Schwarcz, discute sobre o racismo de forma a indagar sobre os fundamentos da ciência


positivista. A autora aborda o positivismo como ciência que baseou-se no determinismo para
neutralizar a historicidade e contextos sociais. Assim, fatores estruturalmentes comprometidos
com as desigualdades raciais sofreram um processo disfarçado de liberalismo, após uma falsa
libertação que se mantém por baixo dos panos como escravismo moderno.
Em sua obra, Schwarcz reconstitui o paradoxo da teoria Darwinista para dar fim as
concepções racistas tão em voga na época. Lilia analisa a estrutura e o funcionamento das
instituições produtoras de conhecimento no Brasil da época: os museus, os institutos históricos e
geográficos e as faculdades de direito e de medicina. Assim, podemos observar como a autora
demonstra que os intelectuais brasileiros mais bem remunerados e de maior prestígio à época
tentaram “transformar diferenças sociais em barreiras biológicas fundamentais” (p. 316).
A autora da enfâse no que se permanece concreto na sociedade: “raça permanece, porém,
como tema central no pensamento social brasileiro” (p. 325), porém é de grande dificuldade
romper estigmas produzidos por uma grande rede de intelectuais que ignoram o verdadeiro
contexto histórico-social da escravidão.

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