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1. Cálculo Combinatório
Exemplo:
Qual é o número de opções de escolha do chefe e subchefe numa turma de 48 alunos?
Resolução:
1ª Escolha (chefe da turma) - 48 opções
2ª Escolha (subchefe) - 47 opções
Então 48×47=2256 opções.
5 !=5×4×3×2×1
8 !=8×7×6×5×4×3×2×1
10!=10×9×8 !
1!=1
1.3. Permutações
Suponhamos que numa corrida de 100 m participaram sete atletas. Não havendo empates, de quantas
formas diferentes pode ficar a classificação final?
Há 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 maneiras diferentes dos atletas preencherem os lugares, pois existem 7
possibilidades para escolher o primeiro lugar, 6 para o segundo, 5 para o terceiro, …, e para o sétimo
não temos escolha.
P7 =7×6×5×4×3×2×1
P7 =7!
P7 =5040
De um modo geral:
escreve-se
Pn =n!
2
Exemplos:
1. Um teste tem 9 questões e um aluno pode responder às questões seguindo qualquer ordem. De
quantas maneiras diferentes pode o aluno responder?
Resolução:
P9 =9!
P9 =9×8×7×6×5×4×3×2×1=362880 maneiras diferentes.
Resolução:
Observação: “ anagrama “refere-se a uma palavra com ou sem sentido.
a)
P6 =6!
P6 =6×5×4×3×2×1=720
R: Podemos escrever 720 anagramas.
b)
P5 =5!
P5 =5×4×3×2×1=120
c)
P4 =4!
P4 =4×3×2×1=24
A cada uma destas sequências chama-se arranjos sem repetição de seis dois a dois.
Como temos de ocupar dois lugares diferentes e temos seis pessoas, há seis possibilidades para o 1º
lugar e cinco possibilidades para o 2º lugar: Chefe de turma: 6 e adjunta 5.
Dados n elementos quaisquer, chama-se arranjos sem repetição dos n elementos p a p a todas as
sequências que é possível obter com p elementos escolhidos arbitrariamente entre os n dados.
n
O número de todas as sequências designa-se por
Ap , lê-se (arranjos de n, p a p).
Exemplos:
5 7 10
Calcule: A2 , A3 e
A6 .
Resolução:
5 7
A 2 =5×4=20 ; A 3 =7×6×5=210 e
10
A6 =10×9×8×7×6×5=151200
De um modo geral:
n
A p =n ( n−1 ) ( n−2 )× .. .× ( n− p+1 )
Como:
n n ( n−1 )×.. .×( n− p+1 ) ( n− p ) ! n!
A p =n ( n−1 ) ( n−2 )×.. .×( n− p+1 )= =
( n− p ) ! ( n−p ) ! é
n
possível escrever uma fórmula para
Ap usando o símbolo factorial.
n n!
A p= , n≥ p
( n− p ) !
n n
Quando
n=p , A p =Pn . Assim, as
Pn são um caso particular de
Ap .
n n! n!
A n= = =Pn
( n−n ) ! 0 !
Logo:
n
A n =Pn
Exemplos:
1. Numa prova final de natação vão participar sete nadadores, que disputam as medalhas de ouro,
prata e bronze. De quantas formas diferentes se podem repartir estes três prémios? (Não se admitem
empates.)
Resolução:
Trata-se de calcular o número de arranjos de 7, 3 a 3. n=7 e p=3.
n n! 7 7! 7! 7×6×5×4 !
A p= A3 = = = =7×6×5=210
( n−p ) ! , ( 7−3 ) ! 4 ! 4!
n n!
A p= n
( n−p ) ! , A2 =420.
n n! n ( n−1 ) ( n−2 ) !
A2 =420⇔ =420 ⇔ =420 ⇔n ( n−1 )=420 ⇔
( n−2 ) ! ( n−2 ) !
2 2
⇔n −n=420 ⇔n −n−420=0
1± √ 1+4×420 1±41
n= ⇔ n= ⇔n=21∨n=−20
2 2
Como n>0 , então n=21.
1.5. Combinações sem repetição
Observação: A diferença entre as combinações sem repetição e os arranjos sem repetição é que nas
combinações não interessa a ordem.
Na resolução deste problema a ordem não interessa. Levar o António e a Joaquina corresponde à
mesma situação que levar a Joaquina e o António. Assim, o número de formas diferentes de
transportar os seis elementos corresponde ao número de subconjuntos de dois elementos que é
possível definir num conjunto com seis elementos.
Exemplos:
5
1. Calcule
C3
Resolução:
5 5! 5! 5×4×3 ! 20
C3 = = = = =10
3 ! ( 5−3 ) ! 3 !×2! 3 !×2×1 2
2. De quantas formas diferentes se pode escolher uma comissão de cinco professores de entre os 30
professores de uma escola?
Resolução:
Na escolha dos cinco professores não interessa a ordem. É indiferente escolher os professores A, B, C,
D e E ou B, A, C, D e E.
Logo, trata-se de calcular:
5
3. Numa turma de 20 alunos sendo 8 rapazes e 12 raparigas vão ser escolhidos 3 para representar a
turma numa reunião com o Conselho Pedagógico.
Quantos grupos diferentes podem ser formados, sabendo que:
a) o grupo é formado só por raparigas?
b) a chefe de turma terá de fazer parte do grupo?
Resolução
Atendendo a que não há cargos de distribuídos, a ordem da escolha não interessa.
a) Pretende-se escolher o grupo de 3 entre as 12 raparigas:
12 12 ! 12 ! 12×11×10×9 ! 1320
C 3= = = = =220
3 ! ( 12−3 ) ! 3 !×9 ! 6×9! 6
b) Uma vez que a chefe da turma faz parte do grupo, trata-se de um escolher dois alunos entre os
restantes 19.
19 19! 19 ! 19×18×17 ! 342
C 2= = = = =171
2 ! ( 19−2 ) ! 2 !×17 ! 2×17! 2
n
OS valores resultantes de
Cp ( n , p ∈ IN 0 , n≥ p ) podem ser dispostos em forma de triângulo,
do seguinte modo:
0
C0 n=0
1 1
C0 C1 n=1
2 2 2
C0 C1 C2 n=2
3 3 3 3
C0 C1 C2 C3 n=3
4 4 4 4 4
C0 C1 C2 C3 C4 n=4
5 5 5 4 5 5
C0 C1 C2 C3 C4 C5 n=5
….. ….. .… ….. …. ….. ……
Calculando os respectivos valores, obtemos:
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
….. ….. ….. ….. ..…. ….. …..
n
A esta representação de valores de
Cp , chama-se Triangulo de Pascal.
n n n+1
C p+ C p+1= C p+1
n
C0 + n C1 + n C n=2 n
n
Um conjunto com n elementos tem exactamente 2 subconjuntos.
( a+b )0 1
( a+b )1=1 a+1 b 1 1
( a+b )2=1 a 2 +2 ab+1 b2 1 2 1
( a+b )3 =1a 3 +3 a2 b+3 ab 2 +b3 1 3 3 1
( a+b )4 =1 a4 +4 a3 b+6 a2 b2 +4 ab 3 +1 b 4 1 4 6 4 1
E se ordenarmos os termos pelas potencias de a, é fácil perceber um padrão para a parte literal de
cada monómio.
De onde se induz que:
( a+b )5 =1a 5 +5 a 4 b+10 a 3 b2 +10 a2 b3 +5 ab 4 +1 b5 , Visto que a soma dos expoentes é
5
sempre 5, ou seja,
( a+b ) = C 0 a + C1 a b+ C 2 a b + C 3 a 2 b3 + 5 C 4 ab 4 + 5 C 5 b5
5 5 5 4 5 3 2 5
.
Generalizando, com
n∈ IN 0 , encontramos a fórmula binómios de Newton:
n n n n n−1 1 n
( a+b ) = C0 a + C 1 a b + C2 an−2 b 2 +. ..+ n C n−1 abn−1 + n C n bn
n
n
( a+b ) = ∑ n C p×an− p ×b p
p=0
Exemplos:
Desenvolva: ( x−3 )6
Resolução:
Esta expressão permite calcular qualquer termo, conhecida a sua ordem, sem que seja necessário
escrever todo o desenvolvimento.
Exemplos:
Resolução:
n n− p p
Aplicando a expressão
T p+1= C p a b , sendo a=x ,b=2 en=7 entao:
7 7−4
p+1=5 ⇔ p=4 ,
T 5= C 4 x ×24 ⇔ T 5 =7 C 4 x 3 ×16 ⇔T 5=35 x 3 ×16 ⇔T 5 =560 x 3
2. Cálculo de probabilidades
O cálculo de probabilidades iniciou-se no seculo XVII, com Pascal e Pierre Fermat (1601-1665),
matemático francês, quando estudavam questões ligadas aos jogos de azar. O calculo das
probabilidades ê actualmente o ramo fundamental da Matemática para estudo da Estatística.
As experiencias aleatórias (ou fenómeno aleatório) são experiencias cujo resultado, apesar de se
encontrar entre um conjunto de resultados conhecidos à partida, não se conhece antes de se realizar a
experiencia, ainda que esta seja realizada sob as mesmas condições.
A teoria das probabilidades ocupa-se do estudo das leis que regem os fenómenos cujo resultado
depende do acaso. Por isso, só as experiencias aleatórias interessam ao estudo das probabilidades.
Espaço amostral (S) é conjunto de todos os resultados possíveis, associados a uma experiencia
aleatória. (Ex: no lançamento de um dado, espaço amostral é S= {1,2,3,4,5,6 } ).
Sendo S= {1,2,3,4,5,6 }
A∪B={ 1,2,3,4,6 }
S Sendo S= {1,2,3,4,5,6 }
A∩B={ 2 }
S Sendo S= {1,2,3,4,6 }
A∩B={}
Sendo S= {1,2,3,4,5,6 }
A A= {1,2,3 } A∩ A={}
Á A= { 4,5,6 } A∪ A=S
10
S Sendo S= {1,2,3,4,5,6 }
A= {1,2,3 } e
B={ 2,5 } ;
A−B=A ¿= {1,3 }
Frequência relativa
N ̊ de lançamentos c
N ̊ de vezes que “sair cara”
n f r=
n
10 4 0,400
20 11 0,550
40 18 0,450
80 42 0,525
160 84 0,525
320 156 0,487
640 321 0,502
1280 630 0,492
2000 1003 0,501
Verifica-se, por esta tabela, que as frequências relativas, embora não sejam as mesmas, tendem a
estabilizar-se a valor de 0,5, valor que também se chama probabilidade do acontecimento: “sair
cara”.
Portanto:
Ao número à volta do qual estabiliza a frequência relativa de um acontecimento, quando o numero de
repetições da experiencia cresce consideravelmente, chama-se probabilidade do acontecimento.
Corolários:
1. A probabilidade do acontecimento contrário de outro acontecimento obtém-se subtraindo 1 à
probabilidade do acontecimento de que ele é contrário.
P ( A )=1−P ( A ) .
ou
Número de casos favoráveis
P ¿)=
Número de casos possíveis .
Exemplos:
1. Tem-se um octaedro regular. As faces do octaedro são numeradas de 1 a 8. No lançamento do
octaedro, qual é a probabilidade de sair:
a) O número 8?
b) Um número impar?
c) Um múltiplo de 3?
Resolução:
a) Seja S= {1,2,3,4,5,6,7,8 }
O número de casos favoráveis: 1
O número de casos possíveis: 8.
1
P ( 8 )=
8
12
Resolução:
a) Designando por C- cara; k- coroa
2
Os acontecimentos possíveis são em números de 2 =4 , já que se podem obter, CC,CK,KC,KK.
O número de casos favoráveis: 1.
1
P ( kk )=
4
3. Uma urna contém 20 bolas vermelhas e 30 bolas brancas. Extrai-se uma bola ao acaso. Qual a
probabilidade de que saia:
a) Uma bola vermelha?
b) Uma bola branca?
c) Uma bola vermelha ou branca?
Resolução:
a) O número de casos possíveis: 20+30=50
O número de casos favoráveis: 20
20 2
P (V ) = =
50 5
30 3
P (B)= =
b) 50 5
2 3
P ( A )∪P ( V )=P ( V )+ P ( B )= + =1
c) 5 5 , Já que V e B são conjuntos disjuntos.
4. Uma urna contém 7 bolas pretas e 6 bolas brancas. Retirando, ao caso e simultaneamente 8 bolas,
qual é a probabilidade de se obter 4 e só 4 bolas pretas?
Resolução:
13
O número de casos possíveis:
C 8=1287
7
Número de casos favoráveis: C 4 . 6 C4 =525 e a probabilidade pedida será:
7 6
C 4 . C 4 525
=13 = ≃0,4
C 1287
P (obter 4 e só 4 bolas pretas) 8
Resolução:
a) Casos favoráveis: 2
2
P=
Casos possíveis: 5 5
b) Casos favoráveis: 3
3
P=
Casos possíveis: 5 5
c) Casos favoráveis: 3
3
P=
Casos possíveis: 5 5
BOM TRABALHO!