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A MEDIDA DO TEMPO

E
A IDADE DA TERRA
IDADE RELATIVA vs IDADE
RADIOMÉTRICA
IDADE RELATIVA IDADE RADIOMÉTRICA

A idade de um estrato sedimentar é


determinada com base nos princípios de Permite determinar a idade absoluta de
estratigrafia e com base nos fósseis de uma rocha (sobretudo magmática )
idade recorrendo ao decaimento radioativo
OS FÓSSEIS
✓Fóssil: resto de um organismo ou vestígios da sua atividade (tais
como pegadas, ovos, ...) que viveu num determinado momento da
história e que se encontra preservado nos estratos das rochas
sedimentares.
❖Assim, um fóssil é o registo de um organismo que viveu no
período em que os sedimentos que darão origem a rocha
sedimentar se depositaram e cujo as condições de sedimentação
foram propícias à preservação desses organismos.
❖O estudo de um fóssil e das rochas onde ocorre, permite-nos
obter informações sobre a estrutura biológica do organismo que o
originou, o ambiente em que viveu e, também sobre o momento –
período geológico – em que a rocha que o contém se formou.
❖A identificação da estrutura biológica do organismo, ou resto
fossilizado, permite atribuí-lo a determinada espécie, género ou
família e, deste modo, colocá-lo na árvore genealógica da vida.

✓Fóssil de idade – fóssil que permite atribuir à rocha uma idade, ainda
que relativa. Para tal, o fóssil deve pertencer a um grupo de seres que
viveram durante um período relativamente curto e com uma grande
distribuição geográfica.
Trilobite – fóssil de idade que representa
o Paleozoico

Amonite – fóssil de idade do Mesozoico


✓Fóssil de fácie / de ambiente – fóssil que nos permite definir o
ambiente em que viveu (profundidade da água, condições de
oxigenação, temperatura...) e obter informações sobre a posição
geográfica do habitat que ocupou.

Calcário recifal – ambientes


aquáticos poucos profundos e de
águas quentes.
✓Fóssil de transição ou forma sintética – fóssil que apresenta
caraterísticas que na atualidade se manifesta em grupos distintos.
Permite estabelecer a origem de diferentes espécies.

Archeopterix- apresenta penas e membros Pteridospérmicas – fetos com sementes


anteriores transformados em asas
(semelhante as aves) e cauda longo,
dentes nas mandíbulas, garras semelhantes
aos répteis
PRINCÍPIOS DE ESTRATIGRAFIA
✓Princípio da horizontalidade original – todos os estratos
sedimentares são depositados na horizontal ou próximos dela.

✓Princípio da sobreposição de estratos – numa sucessão de


estratos não deformados, um estrato é mais antigo do que aquele
que o cobre / sucede e mais recente do que aquele que lhe serve de
base / antecede.

✓Princípio da identidade paleontológica – estratos que contenham


o mesmo conjunto de fósseis de idade tem a mesma idade.
✓Princípio da interseção / corte – qualquer formação que intersete
estratos sedimentares é mais recente do que os estratos que intersetou.
✓Princípio da inclusão – qualquer fragmento que seja incluido noutra
rocha é mais antigo do que a rocha que o engloba.
✓Princípio da continuidade lateral: estratos sedimentares separados
mas de composição semelhante e possuindo os mesmos fósseis de
idade tiveram a mesma origem.
EXCEÇÕES AOS PRINCÍPIOS DE ESTRATIGRAFIA
✓Dobras – as dobras podem alterar a ordem dos estratos na sequência
estratigráfica.
✓Depósitos de sedimentos nas margens dos rios – os sedimentos
mais externos às margens são mais antigos do que os depósitos juntos
das margens.
✓Cavernas e grutas – Os sedimentos no chão das cavernas são mais
recentes do que os estratos que constituem as paredes.
DATAÇÃO DOS ESTRATOS SEDIMENTARES
✓Datação relativa – sempre que é possível afirmar que determinado
estrato é mais antigo ou mais recente do que outro. Baseado no
princípio da sobreposição de estratos e no princípio da identidade
paleontológica.

✓Datação absoluta – processo que permite a atribuição de idade


recorrendo à radioatividade. Baseia-se no facto:

❖Cada elemento químico (átomo) é constituído por protões,


neutrões e eletrões.

❖Cada átomo é caraterizado pelo seu número de protões e pelo


seu número de massa, que é o somatório do número de protões
com o número de neutrões.
❖Quando, por qualquer razão, um dado átomo apresenta um
número distinto do número de neutrões, diz-se que passa a
constituir um isótopo. Na natureza, os átomos podem se
apresentar em 3 formas distintas:
→ Com igual número de protões e de neutrões que é a sua forma mais
abundante e representa, regra geral, cerca de 95 a 99% desse
elemento.

→ Com diferente número de protões e de neutrões: isótopo estável

→com diferente número de protões e de neutrões : isótopo instável


estando em constante transformação. Estes isótopos permitem a
determinação da idade absoluta por datação radiométrica.
❖ Os isótopos instáveis designam-se isótopo-pai e aos átomos
que resultam da desintegração / decaimento, desgina-se
isótopo-filho.

❖Uma semivida é o tempo necessário para que 50% do isótopo-


pai se transformar em isótopo-filho.
A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO

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